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O desafio global do atendimento excelente
Publicado em
14/02/2019
às
09:00
O
que mais me tem chamado a atenção aqui na Europa é a dificuldade das empresas
em conseguir um bom atendimento aos seus clientes. Tenho conversado com muitos
empresários, de vários setores, e todos são unânimes em afirmar que o maior
problema que enfrentam é conseguir que seus colaboradores deem um atendimento
excelente a seus clientes. Em muitas lojas e restaurantes tenho encontrado
atendentes e garçons brasileiros que, segundo eles, têm mais paciência e empatia
no trato com clientes.
Discutindo a razão do mau atendimento nas
empresas europeias, os próprios dirigentes afirmaram que para se fazer um
atendimento excelente é preciso humildade, paciência, disposição de servir e
senso de urgência, virtudes nem sempre presentes no europeu moderno. O cliente
sente uma ausência de comprometimento com suas necessidades e a impressão que
se tem é que o atendente está prestando um enorme favor ao atendê-lo. A falta
de paciência para explicar as diferenças entre produtos, formas de pagamento,
condições de entrega, etc. parece ser a marca registrada de boa parte das
empresas.
O problema, reconhecem os europeus, é que com o
agravamento da crise econômica, os clientes estão se tornando mais
seletivos e vencerão as empresas que forem capazes de prestar um atendimento
diferenciado e excelente. Daí a preocupação em formar pessoas e motivá-las a
atender bem, estar entre as maiores prioridades das empresas europeias nos dias
de hoje. Será diferente no Brasil?
A verdade é que, em momentos de crise, o
atendimento excelente se torna ainda mais fundamental e poderá representar a
salvação de muitas empresas.
E
quero lembrar que todas as nossas pesquisas têm mostrado que "atendimento
excelente", na opinião dos clientes, significa: (a) falar a verdade; (b)
cumprir o que prometer; (c) ser ágil e rápido; (d) fazer acompanhamento após a
venda. Na crise somente sobreviverão os melhores. Assim, a empresa preferida
será a que prestar o melhor atendimento, pois a cada dia que passa todos nós temos
muitos concorrentes, com qualidade semelhante e preços similares aos nossos.
Onde estará a diferença que fará com que o cliente opte pela nossa empresa?
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz
Marins
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A vida sem celular
Publicado em
13/02/2019
às
09:00
"Quando você perder, não perca a lição."
(Dalai Lama)
No dia 28 de outubro de 2012 meu celular foi furtado. Eu terminara de ministrar
uma palestra em um evento aberto e atendia a alguns participantes, como de
hábito, quando alguém sorrateiramente foi ao palco e subtraiu o aparelho que
estava dentro do bolsão frontal de minha mala executiva. Mais ainda, o
meliante, provavelmente com apoio de outra pessoa, também acessou minha
carteira, retirou todo o dinheiro e recolocou-a intacta em relação a documentos
e cartões.
Fui dar por conta do ocorrido cerca de uma hora depois. E, honestamente,
gostaria de encontrar o protagonista para prestar-lhe toda a minha... gratidão!
Lição 1 - Simplicidade
Após comunicar a operadora de telefonia celular e bloquear o aparelho,
aproveitei que era um domingo e fui a um shopping para adquirir uma nova
carteira. A minha não fora furtada, mas poderia tê-lo sido. E ao analisar seu
conteúdo, desprovido de dinheiro, topei com diversos cartões bancários e de
empresas, além de documentos de porte não obrigatório. Questionei-me: para que
carregar tudo isso?
Cheques não são mais utilizados, título de eleitor só tem serventia a cada dois
anos, cartões de fidelidade podem ser acessados pelo CPF. Assim, era preciso
esvaziar aquela carteira que, de tão magra, precisou ser substituída.
Hoje carrego
a habilitação, o cartão do convênio médico, um cartão de crédito e um de
débito. Fim! E isso nos conduz a uma importante reflexão: precisamos resgatar a
simplicidade.
Exemplificando, dois ternos e dois pares de sapatos são suficientes para qualquer
homem, aliados a cinco camisas sociais e, por vaidade, igual número de
gravatas. Isso me faz lembrar uma cena do filme "A mosca", na versão dirigida
por David Cronenberg, quando Jeff Goldblum abre seu guarda-roupas evidenciando
apenas ternos pretos e camisas brancas, ao que sentencia: "Não quero perder
tempo pensando no que irei vestir pela manhã".
Lição 2 - Estupidez corporativa
No início da semana fui atrás de repor o aparelho. A tarefa parecia fácil, ao
menos para mim, pois dentre os inúmeros modelos disponíveis eu sabia exatamente
o que desejava: o mais barato, disponível por uma nota de cem reais. Porém, no
momento de fazer a habilitação, um problema: o serviço estava bloqueado.
Ocorre que quando fiz o plano corporativo, adquiri também um modem para acessar
a rede através de meu notebook. Entretanto, o aparelho não funcionava. Ao
acionar a operadora, insistiam que eu deveria procurar o fabricante do modem!
Após quase um ano sem solução e pagando por um serviço que não utilizava,
cancelei-o. Contudo, a operadora insistiu na cobrança gerando um débito
indevido, despropositado e ilegal, que surgiu naquele instante como impeditivo
para habilitar um novo aparelho.
Dentro deste contexto, ou eu pagava por um débito injusto, ou não teria meu
número de volta. Fiquei com a segunda opção, entrando para a restrita família
dos "sem celular".
Registre-se, neste momento, a incompetência da empresa de telefonia. Primeiro,
ao não reconhecer e buscar solucionar o problema com o tal modem. Segundo, por
obstar a habilitação do novo aparelho, perdendo receita - e mais um cliente.
Terceiro, por conquistar o direito a uma ação judicial. Não tem jeito: empresas
continuam sendo péssimas amantes de seus clientes. Lutam para conquistá-los,
mas não aprendem a mantê-los...
Ao celular adquirido habilitei um chip pré-pago. Hoje, mantenho o aparelho
desligado em meu carro, para utilização exclusiva em caso de eventual
emergência.
Lição 3 - Liberdade
Vamos deixar claro que adoro tecnologia. Quando jovem, era pioneiro em
adquirir gadgets. Também aprecio demais a praticidade, a ponto de
instalar uma fechadura digital só para não ter que portar chave para entrar em
casa. Mas estamos nos tornando escravos cibernéticos, com uma dependência
patológica da tecnologia.
Há anos o computador é meu instrumento de trabalho, de modo que já passo tempo
acima do aceitável diante dele. Por isso, acho um despropósito ver
como os smartphones tomaram conta do cotidiano, isolando
as pessoas do mundo real, virtualizando as relações, minando o diálogo. E
você sabe disso, pois está cansando de ver - e talvez protagonizar - as
corriqueiras cenas de pessoas em volta de uma mesa de bar sem conversar, apenas
dedilhando em suas minúsculas telas.
Viver sem
celular fortaleceu meu instinto de planejamento, pois agendo compromissos,
organizo-me para comparecer, saio com antecedência ou comunico previamente um
eventual atraso. Trouxe-me segurança e serenidade, pois não sou interrompido em
reuniões ou quando estou no trânsito. Permitiu-me a liberdade de ser dono do
meu próprio tempo e não refém das demandas de outrem. Ademais, proporcionou-me
momentos de intimismo, quando fico imerso em meus próprios pensamentos, ao
invés de "aproveitar aqueles intervalos para telefonar ou enviar mensagem a
alguém".
Céticos de plantão e profissionais que notadamente dependem da comunicação
instantânea e em tempo integral dirão que é balela. E eu lhes direi que, ainda
assim, precisam aprender a desligar seus dispositivos móveis algumas horas por
dia para partilharem da companhia de familiares e de amigos - além de si
mesmos.
Por Tom Coelho
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O SUCESSO COMEÇA DENTRO DE VOCÊ
Publicado em
12/02/2019
às
09:00
Uma das grandes causas
de infelicidade e desgraça da atualidade é que humanidade vem colocando o TER
antes do SER e do FAZER.
Sucesso é conseguir aquilo que
você quer. Felicidade é querer o que você conseguiu. Para ser feliz, você não
precisa estabelecer condições. Você pode passar a ser feliz agora, basta querer
o que você já tem. Já para ter sucesso, são necessárias três condições básicas:
o querer, o saber e as oportunidades. Ficar sentado no banco da estação
da vida como espectador não garante um lugar no time do sucesso. É sabido que
se você fizer o que sempre fez, só irá conseguir aquilo que sempre conseguiu.
OS PROBLEMAS FAZEM PARTE DA
VIDA
Ao dia se sucede a noite. Na vida nem tudo é um mar de rosas. Há dias da
caça e outros dias do caçador. Se eu tirar os problemas da sua vida, com toda
certeza, acabarei com ela. O mesmo se sucede com o seu trabalho. Problemas são
oportunidades disfarçadas que servem para perturbar o nosso cérebro e permitir
a nossa evolução. Uma das grandes causas de infelicidade e desgraça da
atualidade é que humanidade vem colocando o TER antes do SER e do FAZER.
Oitenta e cinco por cento das pessoas bem sucedidas na vida tiveram uma
infância difícil. A luta para superar os problemas faz pelo espírito o que o
exercício físico faz pelo corpo.
DEMONSTRE
MATURIDADE
Tudo tem o seu tempo. Saiba esperar e lutar pelo que você quer. Uma
evidência de maturidade é saber adiar gratificações. Faça imediatamente o que
deve ser feito. Entre imediatamente em ação. Uma caminhada de mil passos começa
com o primeiro passo. Procure quebrar as suas metas em pedacinhos controláveis.
SEJA
TALENTOSO
Talento tem a ver com a prática. Quanto mais você pratica, mais sortudo
você fica. Para Sócrates, o pensador grego, "o homem preguiçoso é aquele que
poderia estar melhor empregado. "
SEJA
COMPROMETIDO
Se você vive dividindo paredes com o seu vizinho e o telhado dele está
pegando fogo, o problema dele é seu também. Numa organização não basta estar
dentro do mesmo barco, é preciso que todos remem para o mesmo lado.
SAIBA
SE COMUNICAR
Comunicação não é o que você diz, é o que o outro entende. Não rotule as
pessoas como "cabeças duras" porque elas não entendem. Se o outro não entendeu,
é porque você não comunicou com o vocabulário que ele entende.
SEJA
LÍDER
Todo líder é um visionário. É um mercador de sonhos. Liderar é fazer
acontecer. Para fazer mais é preciso aprender a delegar. A delegação dá a
oportunidade para que as pessoas em nossa volta cresçam, e libera o líder para
fazer coisas mais importantes.
PROMOVA
MUDANÇAS
A única coisa constante na vida é a mudança. Busque incansavelmente a
excelência e a inovação. Procure não ser pego de surpresa, pois é bem possível
que o seu maior competidor não tenha aparecido ainda.
Soeli de Oliveira é consultora e palestrante do Instituto Tecnológico de
Negócios, nas áreas de marketing, varejo, atendimento e motivação. E-mail: soeli@sinos.net-
Novo Hamburgo - RS.
Por Soeli de Oliveira
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Paz, Shalom, Salam
Publicado em
11/02/2019
às
09:00
Não importa o idioma.
O importante é a realização
desta palavra.
São só três letras na língua
portuguesa.
Duas consoantes.
Uma vogal. Sendo esta a
primeira letra do alfabeto.
Paz.
Paz!
Paz...
Necessitamos com urgência!
Necessitamos que o mundo
fique calmo.
Necessitamos o todo o ser
humano possa olhar para o céu. De dia e à noite.
Necessitamos que o ser
humano olhe para o céu e não vislumbre fumaça de bombas ou outros objetos
fumegantes.
Necessitamos que o ser humano vislumbre o céu, as estrelas e
tudo o mais que a natureza nos obsequia.
Paz!
Shalom!
Salam!
Não importa o idioma.
Não é utopia!
Tudo vai depender de nós -
os seres humanos -.
Quanta coisa depende de
nós!!! Não será muito difícil?
Não!
Sabem porquê?
Nós os seres humanos é que,
em muitas vezes provocamos a não realização de uma Paz.
Vamos nos comprometer com
esta palavra: Paz, Shalom, Salam.
Não importa o idioma.
Devemos nos comprometer com
a Paz, para o bem de nossos filhos e netos.
A Paz universal entre todos nós. Entre todos os seres
humanos.
Não é uma utopia!!! Volto a
dizer.
É possível!
Só vai depender de todos
nós.
Todos!!!
Por David Iasnogrodski
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"Ela está chegando"
Publicado em
20/11/2011
às
09:00
E ela está chegando.
E chegando bem de mansinho.
Quem?
As férias.
Que legal!
E você já planejou suas férias?
Praia?
Serra?
Águas Termais?
Outros continentes?
Tudo planejado?
Bem se não planejou poderá "bailar"... A corrida está muito interessante junto às agências de viagens.
Eu disse: Agências de Viagens.
Porque muitas vezes sozinho a gente pode esbarrar em muitos percalços que só "esse pessoal" do atendimento a passageiros conseguem desvendar em função do conhecimento e com isso podem nos tranquilizar para arrumarmos nossas malas e dizermos a todos: "Até a volta".
Sempre gostei de viajar.
Até escrevi um livro a respeito do assunto: "Roteiro de sonhos" ( Ed. Imprensa Livre).
Mas sempre as viagens longas foram com grupo, ou pacote - como se diz hoje em dia. É uma maravilha! É uma maneira onde sei que no mínimo vou conhecer novas pessoas. E estas viagens sempre realizei através de Agentes de viagens. Claro que com Agentes de viagens de minha inteira confiança.
Segurança.
Credibilidade.
Conhecimento.
São palavras que envolvem muito a tranquilidade das nossas viagens tão "planejadas" para as nossas férias.
Se puder dar um conselho a vocês: procurem sempre um agente de viagens. Um agente de sua confiança. Será sempre uma pessoa que vai lhe tratar bem e com atendimento personalizado e sempre com aquele sorriso nos lábios. Se não for assim procure outro.
Viajar é saúde. Viajar é sorriso. Viajar é descansar. Viajar é conhecimento. Viajar é tudo.
Mas lembrem-se:
Segurança.
Credibilidade.
Conhecimento.
São as palavras-chave para que as férias possam transcorrer com a melhor tranquilidade e que você possa voltar, também, com aquele sorriso nos lábios e com o pensamento: "durou muito pouco tempo minha viagem". Pensa que terminou! Mas ano que vem tem mais...
Boas férias.
Boa viagem.
Contem-me na volta como transcorreu o roteiro escolhido.
Vamos trocar experiências.
Por David Iasnogrodski.
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O menor aprendiz e o estatuto da microempresa e empresa de pequeno porte
Publicado em
02/11/2011
às
09:00
O atual ordenamento jurídico brasileiro vem seguindo a tendência, cada vez mais freqüente, de estabelecer normatização pormenorizada para específicos temas para o melhor discernimento e regramento. Exemplos são o Estatuto do Torcedor, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto das Cidades, o Estatuto do Idoso, entre outros.
Por sua vez, o Estatuto Nacional da Microempresa da Empresa de Pequeno Porte é uma inovação legislativa necessária para o crescimento econômico de um país, regulamentando o suporte legal para o tratamento determinado pela Constituição Federal. Atualmente a norma em vigor é a Lei Complementar n° 123/2006. Anteriormente, o tema era tratado através da Lei Ordinária n° 9.841 de 1999.
Para o enquadramento como tais, a lei estabelece parâmetros de faturamento. As microempresas são as que possuem, anualmente, uma receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Já as de pequeno porte devem ter, anualmente, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2,4 milhões.
O Estatuto serve para alavancar os negócios diante desse ramo societário - que chegam a representar cerca de 99% dos negócios do país e geram mais de 27 milhões de empregos - através de desburocratização e redução de custos que emperram e complicam a vida empresária. Abrange o sistema tributário, trabalhista, licitatório, civilista e previdenciário. Uma pequena empresa não tem condições de competir em pé de igualdade com uma grande. Diante disso, é necessário o tratamento diferenciado para tornar menos injusta a relação de mercado, assim como entre os consumidores. O que pode ser tolerável para uma grande empresa, poderá não ser para uma pequena.
A publicação da norma foi muito comemorada pelo ramo, pois já era aguardada a unificação de Leis esparsas para o surgimento do Estatuto, agora com status de Lei Complementar. Efetivamente, o advento alavancou os negócios em diversos setores nacionais, diminuindo a informalidade das empresas e consequentemente de postos de trabalho, ajudando a fomentar a economia nacional. A primeira impressão realmente é de avanço e incitação para o seu deslize, entretanto, analisando detalhadamente, vislumbra-se certa falta de destreza do legislador ao aprovar preceitos que deveriam merecer cuidados minuciosos.
Um dos novos permissivos veio de encontro às nossas diretrizes educacionais. Ambas as leis (a de 1999 e 2006) têm previsão de certas dispensas de obrigações trabalhistas. Com certeza, a que mais chama atenção é sobre o tratamento dado aos menores aprendizes. O ponto de choque entre as duas se situa no fato de a Lei atual, em seu artigo 51, III, desobriga o microempresário e o empresário de pequeno porte de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem. A Lei anterior apenas previa a dispensa da sua contratação, mas caso a fizesse, a matrícula nos cursos profissionalizantes era obrigatória. Isto é, a nova regulamentação permite a contratação dos menores, e a fazendo, permite o absurdo de não os matricular nos cursos destinados a esse fim.
A polêmica é pouco tratada, inclusive no âmbito jurídico. Aprendiz é aquele que, de acordo com o artigo 428 da Consolidação das Leis do Trabalho, celebra Contrato de aprendizagem, que é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrição em programa de aprendizagem para formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, nas entidades conhecidas como aquelas do sistema 'S" (SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, e SESCOOP, assim como as escolas técnicas de educação, inclusive as agrotécnicas; e as entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Já o aprendiz se compromete a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação, com observância aos seguintes princípios: garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino fundamental, horário especial para o exercício das atividades e capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. Assim sendo, percebemos a preocupação entre a formação concomitante de um profissional e cidadão responsável, isso em uma fase marcante para isso.
O termo utilizado pela Lei 123 já começa equivocado, uma vez que se utiliza do termo "empregar aprendizes", o certo é "contratar", o aprendiz não se encontra revestido na condição de empregado, como o próprio nome diz, ele é um aprendiz.
Além do mais, cumpre ressaltar que caso os contrate, deverá ser observado o limite máximo de 15% estabelecido na CLT. Traduzindo em números, isto é, em uma microempresa com 60 funcionários, 9 menores de idades poderão trabalhar sem a devida contrapartida do aprendizado.
O permissivo legal inaugurou a possibilidade de contratar um menor de 14 anos na condição de aprendiz sem o direito à formação técnica profissional intrínseca ao instituto da aprendizagem, considerando a educação do jovem de forma secundária, restando o encargo para as empresas de médio e grande porte, arcando sozinhos os custos dessa demanda social.
A aprendizagem proporciona ao jovem o preenchimento de parte do tempo "livre" com atividades que visam a prepará-lo para o ingresso no mundo do trabalho. Na conclusão do curso, o menor receberá um certificado de qualificação profissional. Por outro lado, as empresas também são beneficiadas, pois são elas que recebem esses profissionais capacitados para trabalhar em suas unidades após o término do curso. Elas contribuem compulsoriamente com o recolhimento da alíquota de 1% incidente sobre a folha de pagamento de salários dos seus empregados para custear o respectivo serviço nacional de aprendizagem.
Apesar dos avanços do direito em diversos campos, jamais poderá ser esquecido ou menosprezado a prerrogativa do menor à educação, qual seja o motivo. A proteção ao menor aprendiz é respaldada no título dos direitos e garantias fundamentais da nossa Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII " proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos". Ao disciplinar o tema dentro desse rol, assegura o acesso ao mercado dos trabalhadores menores que necessitem iniciar a vida profissional antecipadamente. Destarte, também garante que este trabalho será desenvolvido com parte importante e indissociável de sua formação técnico-educacional. O legislador constitucional jamais promulgaria um artigo permitindo um menor laborar na condição de aprendiz, sem a condição de estar estudando. Já o legislador do Estatuto, concedeu tal absurdo, fazendo perder a finalidade legal imprescindível de associar o início da vida no mercado de trabalho com a conclusão de cursos de habilitação profissional.
O Estatuto preza os interesses dos grupos econômicos em detrimento da educação, dos estudos do menor. A necessidade de contratação de aprendizes não se dá somente pela imposição legal, mas sim em função de uma questão de responsabilidade social e consciência de desenvolvimento e aprimoramento mundial, principalmente em um país como o Brasil, que tanto tem que melhorar e rever seus aspectos educacionais.
Diante da carência de trabalho que assola a sociedade, ficando o mercado de trabalho cada vez mais seletivo e competitivo, exigindo aprimoramento daqueles que pretendem ingressar ou se manter, o Estado tem o dever de tomar medidas para aumentar a quantidade de postos de trabalho. O ordenamento jurídico através de vários preceitos vinha destacando a importância do menor, principalmente com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, o tratando como um ser em desenvolvimento. Todavia, a presente Lei veio romper com as diretrizes apontadas pelas demais Leis pátrias, fazendo o caminho contrário, incentivando o descaso na educação.
É necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre a situação socioeconômica em que o país se encontra com a condição de aprendiz do menor. Ambos são valores dignos, mas em nenhum momento poderá ocorrer o total desrespeito com nenhum dos campos envolvidos. Uma matéria de tamanha relevância jamais poderia ser encarada de forma tão radical. Entretanto, também não podemos esquecer da condição econômica das micro e pequenas empresas, que não conseguem suprir o número de aprendizes estabelecido. Portanto, uma solução acertada seria um raciocínio proporcional, cada empresa promovendo os aprendizes na medida de sua capacidade. Pequenas empresas com pouco investimento, quase familiares, poderiam ficar dispensadas. Já empresas que possuem uma condição melhor, arcariam com a contratação de um número X de aprendizes, de acordo com uma tabela que poderia fixar tais proporções em harmonia com o crescimento da empresa. O número de aprendizes aumentaria em um crescimento progressivo. Elaborado o quadro, a microempresa o seguiria, ficando sujeita à fiscalização trabalhista.
O principal objetivo do Estatuto é trazer maior facilidade e simplicidade para as empresas em diversos ramos do direito, e com o seu crescimento a longo prazo, proporcionaria maior desenvolvimento econômico para a coletividade. Todavia, dessas simplificações poderão não ocasionar o desenvolvimento social almejado, em virtude de retrocessos como o apontado.
Nada impede que o micro e pequeno empresário contrate e matricule o aprendiz nos cursos, mas diante da necessidade do ramo de economizar para se sobressair no mercado, frente a esse permissivo elaborado pelo próprio Estado - que deveria dar o exemplo ditando as regras - a probabilidade da não matrícula é grande.
Sem dúvidas, a qualificação profissional não é a única condição que determinará o sucesso do adolescente, mas nesse atual contexto global, de desemprego, falta de mão de obra qualificada, discrepância de classes sociais, com certeza, ela pode ser a porta de entrada que permitirá o acesso do jovem a uma condição de vida mais digna. A reversão do preceito legal deverá ser realizada logo, pois as conseqüências poderão ser irremediáveis, visto que ocorre em uma faixa etária onde a educação é de tamanha importância, e se talvez recuperada, não ocorrerá com a mesma qualidade.
Por Laura Machado de Oliveira.
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A prevenção do assédio moral no ambiente de trabalho
Publicado em
01/11/2011
às
09:00
Considera-se assédio moral todo o tipo de ação, gesto ou palavra que atinja a auto-estima e a segurança de uma pessoa fazendo-a duvidar da sua competência e implicando em danos irreversíveis ao ambiente de trabalho, à evolução da sua carreira profissional e à continuidade do vínculo empregatício, podendo se manifestar entre superiores e subordinados e também entre empregados de um mesmo nível hierárquico.
Sua ocorrência dentro do ambiente de trabalho vem trazendo preocupações imensuráveis tanto aos trabalhadores quanto aos donos de empresas, sendo notória a necessidade de uma atitude efetiva para coibir essa prática.
Recentemente o Banco Santander foi condenado a pagar R$ 40 milhões de reais por prática de assédio moral contra seus funcionários.
A multiplicação de condenações do gênero levaram a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) recentemente a assinar um acordo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, visando a redução do assédio moral na empresa através da criação de um canal específico para apurar denúncias, as quais serão recebidas em caráter anônimo e deverão ser resolvidas em 60 dias, informando o sindicato sobre sua resolução.
Como vemos, nos mais variados setores a palavra de ordem tem sido a mesma: PREVENÇÃO. Isso porque o dano maior não é financeiro, mas à imagem da empresa que fica comprometida para o público, para seus clientes e para o próprio mercado de trabalho.
Não podemos negar que as inúmeras atividades do trabalho e as metas a que o trabalhador está adstrito, hoje entendidas como obstáculos, devem ser vistas como algo positivo, na medida em que enrijecem a energia psicológica e redobram a disposição física do trabalhador através do incentivo que geram.
Porém, só serão realmente válidas e rentáveis se foram exigidas de maneira coerente e respeitosa, já que o trabalhador assediado perde o interesse pela empresa e a motivação para o trabalho de qualidade deixa de existir.
Em nossa rotina de trabalho diária nos deparamos com inúmeros questionamentos de nossos clientes empresários sobre a conduta correta a seguir em casos específicos e vemos que essa prática preventiva vem rendendo frutos, tais como o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do trabalho, redução de custos com faltas e atrasos, redução de doenças do trabalho, levando ao conseqüente aumento no faturamento.
Por isso é importante investir em uma política de controle eficaz que permita aos empresários a utilização de seu faturamento para seu próprio benefício e não para o pagamento de obrigações trabalhistas que derivam de atos impensados.
Ante o quadro que vem se delineando na Justiça do Trabalho desde o início deste século é fácil concluir que a atitude de adotar determinados procedimentos preventivos pode determinar o destino de uma empresa, conduzindo os negócios de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social da sociedade, reduzindo os custos, aumentando os lucros e alterando completamente a sua imagem frente à sociedade.
Por Kerlen Caroline Costa
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Um Ilustre
Publicado em
31/10/2011
às
09:00
- Fiquei muito satisfeito em receber, mais uma vez, o presente pela passagem do meu dia – dia da criança. Gostei muito.
- Que bacana! Tinha a certeza que irias gostar.
- Bacana mesmo! Mas desejo fazer uma pergunta.
- Qual?
- Durante o ano, qual atividade do Papai Noel?
- Boa pergunta. Não sei!
- Bem, se tu não sabes e tens mais idade do que eu, onde vou saber? Será que no Google, não terei esta resposta? Lá, normalmente, tem resposta para tudo.
- Meu filho, com a tua idade e sabendo como você sabe usar o computador, devo te parabenizar. Você sabe utilizar bem este aparelho...
- Claro! Hoje tudo está no computador...
- É verdade! Vou te contar uma história. Faz muito pouco tempo que a gente utiliza o computador.
- Mas ele já não existia?
- Existia sim, mas não com tanta perfeição e nem com tanta popularidade. Hoje tudo é através do computador. Todos nós devemos saber utilizá-lo.
- Mas vou continuar com o assunto Papai Noel. Vou procurar no Google qual é a principal atividade do Papai Noel. Ou melhor: o que ele faz durante os onze meses do ano, pois só o vimos trabalhar em dezembro.
- E se não achares?
- Bem, aí eu vou compreender que Papai Noel aparece na televisão e nos “shopping” para perguntar o que a “gente” deseja ganhar no Natal e aí a “gente” depois de ficar um “tempão” na fila a “gente” ganha uma bala. O legal mesmo é que ele está sempre sorrindo e de bom humor...
- É verdade, mas depois no Natal ele entrega o “presentinho” para você. Não é verdade?
- Isso é verdade. Mas ainda acredito que os presentinhos ou “presentões” são comprados por alguém e dado a ele distribuir na noite de Natal.
- Bem isso também não sei te responder, pois quando eu era criança também tinha essas mesmas dúvidas. Ninguém me respondeu e não tinha Google... Não tinha computador.
- Bem, o importante é que está chegando a hora. A hora de receber novamente um presentinho ou “presentão”. Não vou mais me preocupar com a atividade deste “ilustre” e sim pensar no que vou pedir a “ele”
- Se é assim o teu desejo, podes iniciar a realizar os pensamentos e também na “cartinha” que vais entregar a este “ilustre”. O teu presente dependerá da carta... Mãos à obra!
Por David Iasnogrodski
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Saber sobre o concorrente é importante sobre o cliente é fundamental
Publicado em
30/10/2011
às
09:00
Saber sobre o concorrente é importante sobre o cliente é fundamental
Ainda hoje as empresas têm dificuldade de identificar seus concorrentes, achando que somente àqueles com produtos ou serviços idênticos são concorrentes, como também não conseguem identificar seus consumidores reais e consumidores potenciais.
Vamos citar alguns mercados e identificar os possíveis concorrentes, que deixam confusos os empreendedores:
Sapatos: seriam só, os fabricantes de sapatos os concorrentes ou, os fabricantes de tênis também, quando se usa tênis, não está usando sapatos, a maior concorrência; e agora com a projeção internacional das sandálias havaianas e outras que estão vindo atrás, as sandálias de couro perdeu um pouco de mercado, como também as botas masculinas e femininas dependendo da região influenciam fortemente no mercado.
Pastelaria: não só outras pastelarias são seus concorrentes, mas todos os que vendem coxinhas, empadinhas, pizza em pedaços quibes, hambúrgueres, e demais salgados, lances ou refeições rápidas.
Lojas de Cristais: todas as lojas de presentes para casamento são seus concorrentes.
Uísque “Old Eight”: todas as marcas como também outros destilados como Vodca, Conhaque, aguardentes (pingas ou bagaceiras), etc.
Sergio J. Cides, no seu livro Introdução ao Marketing, cita, “Concorrente é, todo produto ou serviço que impede o consumidor de comprar seu produto ou serviço, não apenas àqueles idênticos”.
Enquanto as grandes empresas ficam “brigando” entre si para mostrar quem é mais criativo, os pequenos mais ágeis ganham ampliando sua participação no mercado, tais como, cervejas, sabão em pó, refrigerantes, esponjas de aço, etc.; algumas empresas esquecem os desejos e as necessidades de seus consumidores.
Parece fácil identificar seus consumidores, mas é uma tarefa complicada, é ele adulto, criança, jovem, homem, mulher, casado, solteiro, gordo, magro, diabético, hipertenso, rico, pobre, classe média, negro, branco, universitário, trabalhador comum sem instrução, dona de casa que não freqüenta shopping, deficiente, homossexual, evangélico, e onde estão localizados.
Note quantos alvos tem que atingir para vender seus produtos ou serviços; identificar os consumidores reais e os potenciais é um trabalho árduo; os potenciais são os que precisam ser trabalhos obtendo algumas informações tais como: estão comprando do concorrente? por quê? não estão consumindo? por quê?.
Poderá também classifica-los em 3 grupos básicos:
1. Demográficos: (idade, sexo, onde mora, etc.)
2. Psicológicos: (inibido, extrovertido, indeciso, vaidoso, etc.)
3. Hábitos de Consumo: (onde e quando compra, procura preço ou qualidade, etc.)
Com estas informações o perfil dos prospectivos consumidores já está bem definido, é seu público alvo.
Saber o que seu concorrente faz é bom, mas, melhor ainda é cuidar dos seus clientes, pois estes são os que mantêm seu negócio e com lucro.
Por Cláudio Raza
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A chave da boa educação
Publicado em
29/10/2011
às
09:00
Não é tijolo que educa. Escolas podem ser reformadas e ampliadas, quadras poliesportivas construídas, computadores de última geração instalados, e ainda assim a qualidade de ensino continuar sofrível porque a chave para a boa educação está no professor.
Ser professor neste país já foi símbolo de status. Contudo, pesquisa realizada em 2009, pela Fundação Carlos Chagas, encomendada pela Fundação Victor Civita, apontou que apenas 2% dos universitários escolhem o magistério como primeira opção de carreira. Pior, os que o fazem estão entre os 30% de estudantes com pior desempenho escolar que usam a licenciatura e a pedagogia como mera porta de entrada para o nível superior, haja vista serem cursos pouco disputados.
Em contrapartida, na Finlândia, meca do ensino no mundo, para abraçar a carreira de docência o candidato deve estar entre os 20% melhores alunos. Em Cingapura, outra referência, apenas os 30% melhores são aceitos. A lição é simples: o caminho está em selecionar os professores com maior potencial, valorizá-los e extrair o máximo deles.
Neste debate, o salário sempre surge como um dogma. O detalhe é que estudos diversos, inclusive do exterior, desmistificam esta assertiva, comprovando a inexistência de uma correlação direta entre salários maiores e melhor qualidade de ensino. Mas é fato que a questão salarial exige que o profissional acumule vários empregos, tendo menos tempo para capacitação e preparação de aulas. E não se pode negligenciar que a remuneração é um forte atrativo. Afinal, um professor da rede pública, em São Paulo, atinge ganhos mensais da ordem de R$ 4.000,00, incluindo bônus por desempenho, após anos de exercício da profissão, o que representa apenas 15% da bagatela que juízes, e agora também parte do legislativo, recebe. É para fugir do magistério.
Contudo, o maior problema do corpo docente não é o salário, e sim o despreparo, a falta de vocação e interesse em lecionar, e o descrédito da categoria profissional. O Estado brasileiro fez uma opção míope pela quantidade em lugar da qualidade. Assim, valem as estatísticas de redução do analfabetismo, ainda que se formem analfabetos funcionais. Vale perseguir a meta de 30% de estudantes com nível superior, ainda que formados em universidades de fundo de quintal, que vendem diplomas a baciada, em suaves prestações mensais. Neste contexto, ensino vira negócio e, aluno, cliente.
Na Finlândia, o nível de mestrado é pré-requisito para lecionar, exceção feita à pré-escola. No Brasil, apenas 2% dos docentes no 8º ano do ensino fundamental são mestres. Na busca pela quantidade, não é possível formar adequadamente os profissionais mediante uma capacitação que transcenda o conhecimento técnico. Tal qual uma residência médica, o professor precisa de respaldo empírico em sua formação.
A valorização do professor é instrumento essencial para a melhoria da qualidade da educação. É preciso resgatar a autoridade do docente, inseri-lo em um processo de desenvolvimento contínuo, motivar os educadores a trabalharem por metas e ensiná-los a inspirar os educandos. Alunos de professores ruins aprendem mal, aprendem menos e reproduzem o circulo vicioso que já conhecemos.
Por Tom Coelho
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A culpa é do contador
Publicado em
28/10/2011
às
09:00
Uma explosão, dia 13 de outubro, no restaurante Filé Carioca, no centro do Rio de Janeiro, causou a morte de três pessoas e ferimentos em 17. Ao prestar depoimento na delegacia, o proprietário eximiu-se inteiramente de culpabilidade, jogando a responsabilidade no seu contador, fato que levou o Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro a estabelecer processo de investigação e prometer punir o profissional caso a acusação se confirme.
Esse triste episódio vem ressaltar como responsabilidades são facilmente atribuídas aos profissionais da contabilidade. Sem conhecer detalhes, não vamos fazer aqui a defesa do contador do restaurante, mas, via de regra, um profissional só responde pela parte formal, legal da empresa, na fase de abertura, e depois nas demonstrações contábeis e obrigações fiscais. Aspectos relativos a segurança, meio ambiente e outros não são da sua alçada. A tragédia do Filé Carioca envolve também, além do proprietário, o Corpo de Bombeiros, que teria emitido laudo proibindo o uso de gás no prédio, e agentes municipais, que têm a obrigação de vistoriar ambientes comerciais e, em caso de irregularidades, multar e até fechar.
A exemplo dos romances de Sherlock Holmes, em que a culpa é sempre do mordomo, instalou-se no Brasil, desde a época do guarda-livro, suspeitas sobre o contabilista, criando-se um estereótipo negativo da sua imagem, explorado inclusive em novelas de televisão. Se uma empresa dá o calote no fisco, imediatamente apontam o contador. Se entes públicos têm as suas contas reprovadas pelos tribunais, questionam o responsável pela contabilidade.
Ao aprovar o princípio da solidariedade, o Código Civil permitiu que empresários transferissem algumas das suas funções aos contabilistas, situação que nos levou a fazer seguro de responsabilidade civil pelo temor de responder solidariamente a reclamações judiciais. A lei nos converteu em fiadores das organizações para as quais, na verdade, apenas prestamos serviços contábeis.
Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, passamos a ser apontados como culpados por erros, nas finanças de órgãos públicos, quando não por coisas mais graves, quando os verdadeiros autores são os gestores que manipulam politicamente os recursos e não observam as regras de objetividade e transparência.
O dever dos contabilistas é fazer contabilidade, demonstrações, escriturações, balanços e outras peças próprias da atividade. Quanto a isso, somos fiscalizados pelo Conselho Regional de Contabilidade e somos punidos em casos de omissões, podendo ter o registro profissional cassado. Essas obrigações estão previstas no Decreto-Lei 9295/46, reformulado parcialmente pela Lei 12.249, no ano passado, impondo exigências ainda mais severas.
Pode até ser que o contador do restaurante Filé Carioca tenha a sua dose de responsabilidade no caso. Mas, de um modo geral, não é justo que, em toda e qualquer situação, principalmente naquelas de cunho financeiro, sejamos inscritos como culpados por coisas que não são da nossa competência ou ainda expostos como suspeitos perante a sociedade, condenados antes de apuração e julgamento, estigmatizados.
É oportuno lembrar que é graças à atividade do contador que as empresas podem planejar o seu crescimento e os entes da administração pública exibir ética em suas contas.
Por Narciso Doro
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Que tal sepultar seus medos?
Publicado em
27/10/2011
às
09:00
Tenho uma amiga que é professora e, cansada de ouvir expressões incoerentes escritas por seus alunos, decidiu aplicar uma dinâmica com experiência vivencial. Estruturou uma nota de falecimento e divulgou a seguinte frase: "Com pesar, anunciamos que no domingo, faleceu algumas expressões da língua portuguesa. O velório será realizado na segunda-feira, no período matutino (especificou o local)". Foi um tumulto no colégio. Minha amiga, com a ajuda de outros educadores, montaram inúmeros cartazes, com frases escritas incorretamente pelos próprios estudantes nas redações e avalições. Em seguida, colocaram no centro de uma sala de aula, um caixão e simularam um velório. Pense no impacto que tudo isso causou. Relatei essa história, pois chegou o momento de você substituir definitivamente em sua vida, o medo por confiança, abandonar as desculpas por resultados, e sepultar o temor para descobrir novas oportunidades.
Substitua em sua vida o medo por confiança - Há profissionais que negam tentar algo novo, pois o medo de falhar estará refletindo em fracasso. O poder destrutivo do medo ocupa na mente do ser humano, um significativo espaço de alegria, esperança e experiência em descobrir algo novo. Mas o que é o medo? A raiz da palavra medo vem do termo em Latim MÉTUS, que significa angústia, ansiedade e temor. Procure fortalecer sua autoestima, acredite mais em você e nas suas habilidades. Tenha como hábito escolher pensamentos produtivos e otimistas, ao contrário de afirmar que uma determinada situação não dará certo. Diante de um problema, o que impede você de pensar positivamente?
Abandone as desculpas e apresente resultados - A ausência de uma atividade física é justificada com desculpas. Um jardim não recebe manutenção em virtude da falta de tempo. Alunos em uma universidade usam inúmeras justificativas para compensar a não entrega de um trabalho. Desculpas não faltam, não é mesmo? O interessante é observar que desculpas não fazem você uma pessoa vitoriosa. Na estruturação de metas e desafios na organização, gosto de enfatizar nas palestras que realizo que as desculpas podem ser minimizadas quando há participação de um maior número de pessoas, pois todas sentirão responsáveis pelo processo do planejamento. Enfatizo um provérbio alemão que diz: "O medo e uma desculpa fazem o lobo ser maior do que realmente é na realidade".
Que tal fazer como minha amiga professora e colocar em prática a ação de realizar um sepultamento das suas desculpas e medos? Pode parecer forte demais essa expressão "sepultar", mas em alguns momentos da vida é preciso uma ação enérgica. Gosto sempre de afirmar que "o medo de fracassar levou inúmeras pessoas a desistirem da concretização de seus sonhos". Amadurecemos ao perceber nossas limitações e equívocos, entretanto, crescemos significativamente ao maximizar resultados e perceber as oportunidades por meio da capacidade de superação. O maior engano que você poderia cometer seria ler esse texto e, absolutamente, não fazer nada na sua vida. Agora é com você. Que tal superar o medo, levantar cabeça, respirar fundo e sentir o gostinho encantador da vitória? Vamos tentar?
Por Dalmir Sant’Anna
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Pretende importar produtos da China? Firme um contrato!
Publicado em
26/10/2011
às
09:00
Muitas empresas brasileiras encontram na comercialização de produtos importados da China uma atividade altamente lucrativa. No entanto, a falta de um contrato que regule seu relacionamento com o fornecedor chinês pode transformar um grande negócio em uma grande dor de cabeça.
Não é novidade que, já há alguns anos, as atenções dos empresários brasileiros têm se voltado para o Oriente e, especialmente, para a China, que tem se consolidado como nosso grande parceiro comercial.
Confirmando este movimento, cada vez mais empresas brasileiras, inclusive aquelas de pequeno e médio porte, têm procurado empresas chinesas para fornecer ou até mesmo fabricar os produtos que comercializam. As razões, para tanto, vão desde a vantagem econômica, até a infinita gama de produtos que o gigantesco parque industrial chinês oferece, passando, ainda, por um fator relativamente novo: o crescente interesse das indústrias chinesas em fazer negócios com o Brasil.
Neste cenário tão favorável do ponto de vista comercial, o grande perigo para as empresas brasileiras é, seja por inexperiência, ingenuidade, euforia, ou até mesmo excesso de confiança, deixar de se resguardar contra as armadilhas inerentes ao dia-dia do comércio internacional, bem como, contra aquelas particulares em se contratar com um fornecedor tão distante, tanto geográfica quanto culturalmente, do Brasil.
Para evitar dissabores futuros, é extremamente importante, senão imprescindível que, antes de qualquer pedido de compra e, acima de tudo, de quaisquer pagamentos, a empresa brasileira firme com seu fornecedor chinês o contrato adequado, garantindo, assim, uma parceria duradoura e vantajosa para ambas as partes.
Ocorre que, muitas vezes, as empresas brasileiras, especialmente aquelas que estão apenas começando a se aventurar pelo caminho das negociações comerciais internacionais, desconhecem, de fato, quais as peculiaridades e, logo, os riscos envolvidos na importação de produtos chineses.
Na verdade, o principal risco envolvido nos negócios entre brasileiros e chineses parece óbvio à primeira vista, no entanto, muitas empresas brasileiras acabam por ignorá-lo: é a diversidade.
Trata-se de um país diferente, com uma língua (e um alfabeto) diferente, com costumes diferentes e, especialmente, com uma legislação completamente distinta da brasileira. Logo, ao supor que seu parceiro chinês vá se orientar pelas mesmas leis vigentes, e pelos mesmos costumes adotados nas relações de negócios no Brasil, a probabilidade da empresa brasileira vir a enfrentar problemas futuros é grande.
De fato, a maioria dos conflitos surgidos neste tipo de operação decorre ou do posicionamento oposto que a lei chinesa e brasileira tem de uma mesma matéria, ou da interpretação diferente que empresas brasileiras e chinesas tem de alguma lei ou costume de comércio internacional.
Neste sentido, um contrato presta-se a orientar as partes de como proceder com relação a possíveis questões conflituosas. Na verdade, por meio de um contrato escrito com clareza e objetividade, o comprador brasileiro e o fornecedor chinês podem determinar com antecedência como um agirá com relação ao outro no curso de sua relação comercial, prevenindo conflitos ou, na pior das hipóteses, apresentando a forma de solucioná-los.
Como exemplo, podemos citar um problema (infelizmente) comum na importação de produtos da China, especialmente, quando a empresa brasileira não teve a chance (ou o cuidado) de conhecer o processo produtivo de seu fornecedor: o produto importado é de má qualidade, ou de qualidade inferior à pretendida.
Caso a empresa brasileira não tenha firmado um contrato, estabelecendo os requisitos de qualidade exigidos e como proceder acaso o fornecedor chinês não os atenda, suas chances de ser ressarcida do valor pago pelo produto de má qualidade, ou, ainda, das perdas e danos causados pelo fornecedor são virtualmente nulas.
Isto porque, ainda que a empresa brasileira se disponha a “cruzar o mundo” – com toda logística e custos envolvidos – para pleitear seus direitos perante uma corte chinesa, o que é considerado “má qualidade” no Brasil, pode não o ser na China, e o simples fato das partes não o terem definido com antecedência, pode gerar uma discussão tão longa e desgastante, que simplesmente seja mais fácil arcar com os prejuízos, o que, na prática, acaba ocorrendo.
Infelizmente, não faltam entre as empresas brasileiras exemplos de como a falta de planejamento e de formalização via contrato podem transformar uma excelente oportunidade de negócios em uma fonte interminável de problemas e, com a importação de produtos chineses não é diferente. Mas isto não quer dizer que as empresas brasileiras devem desistir desse “negócio da China”.
Buscando a orientação de um advogado especializado e firmando um contrato que busque resguardá-la de eventuais dissabores, elas têm toda chance de fazer dessa parceira um grande sucesso.
Por Ana Paula Quadrado
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A importância do acordo de sócios
Publicado em
25/10/2011
às
09:00
As notícias veiculadas na mídia sobre o desentendimento entre sócios de gigantes do varejo podem parecer distantes da realidade dos pequenos e médios empresários.
No entanto, tais notícias devem servir de exemplo para que se reflita sobre a importância de firmar um acordo de sócios, elaborado por advogado especializado. Tal conclusão decorre, primeiramente, da eficácia e força do acordo de sócios. Em segundo lugar, da importância da redação do acordo, pois poderão ser procuradas brechas neste documento para justificar seus atos.
Mas, afinal, o que é um acordo de sócios? É um documento particular firmado para tratar de diversos assuntos que não estão previstos no contrato social, tais como ampliação do capital; prazo de subscrição de ações e integralização destas; perfis de terceiros para ingresso na sociedade e opções de compra e venda de ações. O acordo de acionistas não precisa ser registrado na Junta Comercial, embora seja recomendada a sua menção no contrato ou estatuto social. O acordo de sócios está previsto na Lei das Sociedades Anônimas, mas pode ser utilizado pelas sociedades limitadas, caso no contrato social seja estipulada a aplicação subsidiária da referida lei.
O acordo de sócios deve ser elaborado por um advogado especializado e será arquivado na sede da empresa. Portanto, a concorrência ou terceiros não terão acesso a este documento, cujas disposições com relação à compra e venda de ações ou quotas, poder de controle, entre outras, interessam somente aos sócios e garantem a perpetuidade do que foi combinado entre eles, caso alguém mude de ideia.
No caso da Schincariol, os problemas acarretados pela falta de um acordo de acionistas foram transmitidos de uma geração para a outra, pois parte dos entraves entre os primos Adriano e Gilberto foi herdado dos seus pais, em razão do aumento de capital realizado pelo pai do Adriano que permitiu com que ele assumisse o controle da empresa.
Atualmente, em razão da ausência do acordo de acionistas, o vice-presidente Gilberto, representante da família sócia minoritária, luta contra a venda da empresa para a japonesa Kirin para evitar que a sua participação seja diminuída pelo sócio controlador por meio de um novo aumento de capital, entre outras prerrogativas do sócio controlador, que poderão prejudicar a família.
Como podemos verificar, os desentendimentos, arrependimentos ou simples mal-entendidos podem acontecer em qualquer empresa, independentemente do seu porte, e poderão ser evitados ou resolvidos da melhor forma possível e mais rapidez com a aplicação do acordo de sócios.
Por Vanessa Podestá Castilho
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Aonde Vamos?
Publicado em
24/10/2011
às
09:00
Aonde Vamos?
Era o título de uma revista – da década de 60, 70 –da comunidade judaica brasileira, editada em São Paulo, cujo diretor era Aron Neumann. Revista com boa qualidade.
Mas realmente “Aonde Vamos”?
Como as coisas estão mudando. Tudo está mudando.
No clima.
Na política.
No consumo.
Nos progresso.
No meio ambiente. Antigamente não se dava muita bola para o meio ambiente. Hoje tudo é pensado para a melhor qualidade de vida.
Tudo mudando
Onde vamos parar?
Tudo mudando e com muita rapidez.
Cinzas vulcânicas no Estado do Rio Grande do Sul, em função de um vulcão do Chile. Tremores de terra no Brasil. Tudo mudando...
As brincadeiras de ontem, nem pensar – esconde, esconde, pegar... Nada disso!
Os programas de finais de semana, nem pensar. Por enquanto assistir programas culturais ainda está na moda... Até quando? Ninguém sabe. Tudo está mudando.
Tudo diferente.
Vivemos o mundo onde o que impera, para todas as idades, é a tecnologia. Criança quando nasce já ganha de brinquedo um celular... Antigamente era um carrinho ou uma bonequinha. Não é a verdade?
Tudo mudando.
É a tecnologia em todos os nossos momentos e em todas as nossas ocasiões.
Sim, é a tecnologia.
Aonde vamos?
Todos os dias, em todas as horas e em todos os minutos e segundos observamos produtos novos chegando ao mercado. É o consumo aliado à tecnologia. Necessitamos nos adaptar a esse tempo. A esse tempo de agora. No próximo minuto muito de agora já estará modificado.
Não é tempo novo.
É o tempo de hoje.
É o tempo de agora e rapidamente está mudando.
Viver a história?
Necessitamos sempre, mas devemos nos condicionar ao momento atual que é o momento de adaptabilidade rápida. Devemos reconhecer que o ser humano é capaz para estas adaptações, mesmo que sejam rápidas.
Hoje tudo é pensar em sustentabilidade.
Hoje tudo é pensar no meio ambiente.
Hoje tudo é pensar na longevidade deste ser humano que a bem pouco tempo atrás vivia muito menos, mas com o progresso da medicina e da farmacologia tudo está sendo mudado. E para tanto necessitamos de adaptação.
É a realidade.
Não podemos fica alheio e nem fugir deste tempo.
Mas podemos, isso sim, pensar e indagar: “Aonde Vamos”?
Por David Iasnogrodski
d
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Mercado saturado, clientes dispersos o Marketing faz diferença
Publicado em
23/10/2011
às
09:00
O marketing em poucas palavras é a realização do cliente na busca de sua satisfação. A satisfação difere quanto à classe social, idade, cultura, disponibilidade de tempo, etc.
O verdadeiro homem de marketing é aquele que olha a necessidade do consumidor, define seu público alvo, avalia o produto ideal, fixa preço e estrategicamente faz chegar ao cliente por meio de ações, criação e desenvolvimento de campanhas de publicidades aliadas ou com a participação dos vendedores.
Para que ocorra sem erros toda a empresa deve participar do processo, especialmente o Departamento Comercial com seus vendedores e o Depto de Marketing com as pesquisas, a criação de embalagens e os meios de comunicação.
Não é um trabalho fácil a empresa tem que ter uma equipe coesa e disposta a ouvir, dialogar e ceder quando necessário.
O objetivo final não é mais o lucro, mas o cliente e este é que trará o lucro desejado pela empresa se ele for “encantado” ou plenamente satisfeito.
E o trabalho não termina aí, os concorrentes ficarão incomodados, pois estarão perdendo clientes e você terá que fideliza-los para não perdê-los, pelo preço ou qualidade, por isso a proximidade ao cliente é fundamental, caso contrário todo o trabalho e investimentos irão por água abaixo.
È lógico que a manutenção da propaganda, publicidade em jornais, revistas e TV são proporcionais ao tamanho e a disponibilidade financeira da empresa aliado ao mercado, margem de lucro e o retorno do investimento.
Se você tem um bom produto ou serviço e não faz a divulgação, poucos saberão e seus objetivos e metas não serão alcançados.
Dependendo do tipo de negócio ou produto a localização é fundamental e o SEBRAE pode ajudá-lo a verificar pelo banco de dados próprio se seu endereço é viável para o negócio, produto ou serviço.
O Cliente também é atraído e fidelizado pelo Marketing Sensorial, visual, olfato, audição, paladar e a climatização, por isso cuide do visual interno e externo de sua loja, negócio ou empresa, tais como vitrines atrativas, iluminação adequada, ao local ou produto; temperatura agradável, estudo das cores do ambiente e das embalagens, “layout” de fácil visualização e circulação, musica ambiente, aromatização do local, indicação dos preços, provadores, bebedouros, sanitários e principalmente vendedores treinados a não pressionar o cliente, mas ajudá-los na sua decisão.
O Marketing será o diferencial competitivo no seu negócio e é muito mais amplo do que as sugestões acima, envolve: pré e pós venda, assistência técnica, relações públicas, logística interna e externa, atendimento ao cliente, marca, logo, benchmarking, endomarketing, marketing reverso e muito mais.
Por Claudio Raza
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Concorrência para crescer
Publicado em
22/10/2011
às
09:00
Os corredores se amontoam na largada e "pow"! Ao som de um tiro todos iniciam a São Silvestre, uma das mais tradicionais corridas de rua do mundo realizada todo ano em São Paulo. Logo um deles se destaca pela velocidade e pelo ritmo que impõe aos demais. Aos olhos do público aquele é o "cara", corre muito e deve vencer o longo caminho com facilidade. Na verdade ele é o coelho! Não, o nome do atleta não é coelho. Coelho é o nome que se dá para aquele corredor que tem por objetivo ditar um determinado ritmo aos atletas ou a um atleta da sua equipe. Dificilmente um coelho vence uma prova, pois manter o ritmo inicial até o seu final é quase impossível.
No dicionário Priberam um dos significados da palavra concorrente é "pessoa que pretende coisa pretendida por outros". Genial! É sobre isso que quero falar.
Concorrente não é só aquela empresa que vende o mesmo produto ou serviço que você. Esse é o concorrente mais óbvio é claro, mas vamos pensar juntos em como extrair o melhor de cada concorrente.
Levante os processos fundamentais para o seu negócio onde vale a pena se tornar referência. Sabe aquela recepcionista simpática e eficiente daquele médico que você posterga em revisitar. Então, ta aí um concorrente. Caso o atendimento da recepção daquele consultório seja melhor e mais eficiente do que o da sua empresa você acaba de encontrar um concorrente. É claro que neste processo em específico. E assim vale para qualquer empresa que tenha uma logística melhor do que a sua, sistema de vendas, comércio eletrônico, enfim; naquilo que você considera estratégico para o seu negócio.
Aprenda sempre e nada de salto alto. É uma grande ilusão acreditar que atingimos a excelência. A excelência é uma busca constante e não tem fim. Por mais que esteja bom sempre dá para melhorar. Jamais dê por encerrada a busca pela melhoria contínua e sempre procure novas ferramentas, processos ou sistemas que possam ajudar a dar um salto a mais.
Olhe, pergunte, copie e melhore. Conheceu uma empresa que tem um processo melhor do que o seu? Vá até lá e a visite! Peça licença para conhecer in loco como se faz. Caso não seja possível pergunte aos clientes daquela empresa como funciona, como eles conseguem ser tão bons assim. Depois separe o joio do trigo, defina critérios de medição e metas de forma clara e persiga esse nível de excelência que o seu concorrente já tem.
Ninguém é bom em tudo! Sempre existirá alguém que faz algo melhor do que a sua empresa ou que a sua empresa faz melhor do que os outros. Aprenda com o concorrente e não perca noites de sono pensando o quanto sua empresa poderia ser melhor se fizesse daquele jeito. Perca noites de sono descobrindo, elaborando, planejando e executando um processo que pode ser no mínimo igual ou melhor do que o seu concorrente. Gaste sua energia e tempo em ação, não em lamentação!
Coelho bom é aquele que ao final da sua própria corrida ajudou os colegas da sua equipe a manter um ritmo que os leva a vitória final. Concorrência boa é aquele que te faz crescer! Dita um ritmo de inovação constante, busca por melhorias no atendimento ao cliente e torna o mercado mais maduro e profissionalizado.
Longa vida aos bons concorrentes! São eles que ditam o ritmo e a velocidade de melhorias que a sua empresa irá fazer para sempre estar no pelotão de elite do seu mercado.
Por Paulo Araújo
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Trabalhar para viver ou viver para trabalhar
Publicado em
21/10/2011
às
09:00
É uma expressão muito interessante. Não acham?
Difícil de se escolher.
Trabalhar e viver estão sempre acompanhados.
Cada vez mais notamos a importância do trabalhar e trabalhar com qualidade.
Estamos vivenciando uma nova era. A era do crescimento brasileiro onde a mão-de-obra qualificada é a maior necessidade. Estamos em falta “deste” produto... É o crescimento de nosso país perante o mundo globalizado. É a realidade que estamos atravessando.
Cada vez mais necessitamos do trabalho técnico e que goste do seu ofício.
“Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Para muitos, talvez, seja um dilema a expressão acima citada.
Necessitamos trabalhar. E cada vez mais.
Necessitamos viver com dignidade. E cada vez mais.
Necessitamos de lazer. E cada vez mais.
Se isso não acontecer o “estresse” toma conta de todos nós.
Necessitamos de limites para tudo. E esses limites deverão ser decisões individualizadas. O mundo de hoje é um mundo apressado. E cada vez mais precisamos definir e decidir rapidamente, pois senão o concorrente nos pega... (é o jogo do gato e rato...)
“Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Eis uma questão que talvez nem Freud possa explicar. ( he,he,he...)
Mas necessitamos achar e desvendar um “modus facienti” onde a “balança” possa ficar no meio termo e com isso nossa vida se organiza melhor. “Estamos com pressa, mas não podemos fazer com pressa...”
“Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Os leitores mais ligados à psicologia devem já estar explicando esta situação. Devem estar explicando com maiores detalhes esta expressão, ou melhor, devem explicar melhor como sair desta expressão... Não é verdade?
É uma expressão que me veio à mente.
Talvez até para muitos...
Quero compartilhar com vocês.
O que é o melhor? “Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”.
“That’s the question”.
Por David Iasnogrodski
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Contaminadas pelo vírus da arrogância
Publicado em
20/10/2011
às
09:00
Por que marcas fortes, empresas dominantes que ficaram anos no topo de suas categorias perdem essa gloriosa posição de forma tão surpreendente? Por que pessoas famosas, envoltas em glória e fama, perdem a invejada posição? É claro que há muitas explicações.
Mas, sem dúvida alguma, uma delas que nos salta aos olhos, é a arrogância.
Empresas líderes tornam-se arrogantes com muita facilidade. Pessoas também. O sucesso lhes sobre à cabeça. Não dão mais a devida atenção ao atendimento simpático e cortês; à assistência técnica rápida e eficaz; à visita constante aos clientes principais, etc., etc. Elas começam a acreditar que o cliente e o mercado precisam mais dela do que ela do cliente e do mercado. Tornam-se soberbas e arrogantes; acreditam que sua marca seja capaz de agüentar todos os desaforos. Essas empresas e pessoas não se apercebem quando a arrogância toma conta de suas almas.
Dia destes assisti a um respeitável senhor da sociedade humilhando um manobrista de estacionamento. Já tive o desprazer de ver madames ricas ofendendo balconistas. Já ouvi diretores de empresa dizer que não precisam de clientes. É o começo do fim! O mais grave é que essas pessoas são ensurdecidas e cegas pelo vírus da arrogância.
As pessoas que se deixaram inocular pelo vírus da arrogância não suportam mais suas velhas amizades, suas companheiras dos primeiros anos, os lugares simples que freqüentavam. O vírus faz um estrago total na mente da vítima. Tudo deve mudar - roupas novas, carros novos, mulheres novas, amigos novos, hábitos novos. E um dos maiores sintomas da arrogância é a cegueira mental que faz com que essas pessoas não se apercebam de que os novos amigos são falsos amigos e as novas mulheres só estarão ali enquanto a fama ou a riqueza durarem.
As empresas que se deixam contaminar pelo vírus da arrogância sofrem de perda total de memória. Não se lembram de quem as ajudou a crescer. Esquecem-se dos primeiros clientes, dos velhos fornecedores, dos funcionários que, sem perspectiva alguma, acreditaram em seu futuro. Elas se esquecem do passado. É o começo do fim. E a contaminada empresa, em vez de perceber a sua doença e buscar a cura, fica ainda mais arrogante. O vírus da arrogância, uma vez inoculado, não deixa mais aquela vítima, até matá-la.
E, para não se deixar contaminar, só há uma vacina: a humildade. E a humildade, por sua vez, só pode ser conseguida com muito esforço, muita espiritualidade, muita consciência da transitoriedade da fama e dos bens materiais e da sabedoria que nos avisa a todo instante de que é mais fácil chegar ao topo, que manter-se no topo.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Se fosse hoje o último dia
Publicado em
19/10/2011
às
09:00
Eu iria como vim, sem medo, inocente, sem segurança. Diga aos meus para não chorar, porque no paraíso estou e meu pai e minha mãe encontrei. Lá os cegos podem ver, os aleijados podem caminhar e ninguém tem contas de telefone, internet discada ou banda larga, ipva, iptu, cofins, pis, contribuição social e imposto de renda para pagar. Tampouco cartão de crédito a ser debitado ou com opção de pagamento mínimo.
Se fosse hoje meu último dia na terra faria uma cerimônia à luz de velas para lembrar que a luz recebida ao nascer, deve ser devolvida mesmo não tendo achado ela por completo.
Uma canção muito bonita que recentemente tive oportunidade de ouvir, ouvir novamente e estudar a letra chama-se: Peace in the valley. Paz no vale. Foi inclusive gravada por Elvis Presley. A letra e a música surgiram em 1939. Eis algumas estrofes. “O meu senhor, estou cansado e fraco porem eu preciso seguir sozinho, até que meu senhor me chame. As manhãs são tão ensolaradas e as noites são tão claras como o dia. Um dia haverá paz em meu vale. Não haverá tristeza, nem problemas que possa ver. Um dia haverá paz em meu vale.”
Quando será este dia em que haverá paz no meu vale. Depende de sua atitude. Pode ser no dia ou após a grande iniciação, a morte, ou pode ser hoje, aqui e agora. A escolha é de cada um, a escolha é sua. Podemos nos lamentar ou podemos desfrutar o momento. É tudo uma questão de opção.
O menino estava atrapalhando o pai, professor. O pai resolveu dar a ela um quebra cabeças, do mapa mundial. Pensou, isto vai levar a manhã toda, assim posso trabalhar tranqüilo. O menino terminou em minutos. Papai terminei. Espantando, perguntou, como assim, tão rápido. Foi fácil. Percebi que no verso dos pedaços do mapa havia a figura de um homem. Montei a figura, virei e o mapa do mundo estava pronto.
Assim como é dentro é fora. Quando estamos bem conosco mesmo, o mundo também está bem. Quando não estamos bem, o mundo também parece não estar bem. Parece estar sujo, tumultuado, nada dá certo. Precisa-se concertar o mundo interior para que o exterior seja um dia ensolarado.
E se hoje fosse seu último dia, mês, ano, sua última década? Espero que para a maioria e para mim sejam ainda muitas décadas. O que você faria o que você ainda quer fazer, realizar, ser.
Um dia haverá paz em meu vale. E até este dia chegar, quero ter toda paz que mereço, toda paz que construo. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Tempo de Escolher
Publicado em
18/10/2011
às
09:00
“Um homem não é grande pelo que faz, mas pelo que renuncia.”
(Albert Schweitzer)
Muitos amigos leitores têm solicitado minha opinião acerca de qual rumo dar às suas carreiras. Alguns apreciam seu trabalho, mas não a empresa onde estão. Outros admiram a harmonia conquistada, mas não têm qualquer prazer no exercício de suas atividades. Uns recebem propostas para mudar de emprego, financeiramente desfavoráveis, porém desafiadoras. Outros têm diante de si um vasto leque de opções, muitas coisas por fazer, mas não conseguem abraçar a tudo.
Todas estas pessoas têm algo em comum: a necessidade premente de escolhas. Lembro-me de Clarice Lispector: “Entre o sim e o não, só existe um caminho: escolher”.
Acredito que quase todas as pessoas passam ao longo de sua trajetória pelo “dilema da virada”. Um momento especial em que uma decisão específica e irrevogável tem que ser tomada apenas porque a vida não pode continuar como está. Algumas pessoas passam por isso aos 15 anos, outras, aos 50. Algumas talvez nunca tomem esta decisão, e outras o façam várias vezes no decorrer de sua existência.
Fazer escolhas implica renunciar a alguns desejos para viabilizar outros. Você troca segurança por desafio, dinheiro por satisfação, o pouco certo ao muito duvidoso. Assim, uma companhia que lhe oferece estabilidade com apatia pode dar lugar a uma dotada de instabilidade com ousadia. Analogamente, a aventura de uma vida de solteiro pode ceder espaço ao conforto de um casamento.
Prazer e Vocação
Os anos ensinaram-me algumas lições. A primeira delas vem de Leonardo da Vinci que dizia: “A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz”. Sempre imaginei que fosse o contrário. Porém, refletindo, passei a compreender que quando estimamos aquilo que fazemos, podemos nos sentir completos, satisfeitos e plenos, ao passo que se apenas procurarmos fazer o que gostamos, sempre estaremos numa busca insaciável, porque o que gostamos hoje não será o mesmo que prezaremos amanhã.
Todavia, é indiscutível a importância de alinhar o prazer às nossas aptidões. Encontrar o talento que reside dentro de cada um de nós ao que chamamos vocação. Oriunda do latim vocatione, e traduzida literalmente por “chamado”, simboliza uma espécie de predestinação imanente a cada pessoa, algo revestido de certa magia e divindade. Uma voz imaginária que soa latente, capaz de converter advogados em músicos, fazer engenheiros virarem suco. É um lugar no tempo e no espaço onde a felicidade tem sua morada.
Escolhas são feitas com base em nossas preferências. E aí torno a recorrer à etimologia para descobrir que o verbo “preferir” vem do latim praeferere e significa “levar à frente”. Parece-me uma indicação clara de que nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro, no uso de nosso livre-arbítrio.
O mundo corporativo nos reserva muitas armadilhas. Trocar de empresa ou mudar de atribuição, por exemplo, são convites permanentes. O problema de recusá-los é passar o resto da vida se perguntando: “O que teria acontecido se eu tivesse aceitado?”. Prefiro não carregar comigo o benefício da dúvida. Por isso, opto por assumir riscos calculados e seguir adiante. Somos livres para escolher, porém prisioneiros das consequências.
Para aqueles insatisfeitos com seu ambiente de trabalho, uma alternativa à mudança de empresa é postular a melhoria do ambiente interno atual. Dialogar e apresentar propostas são um bom caminho. De nada adianta assumir uma postura defensiva e crítica. Lembre-se de que as pessoas não estão contra você, mas a favor delas.
Por fim, combata a mediocridade em todas as suas vertentes. A mediocridade de trabalhos desconectados com sua vocação, de empresas que não lhe valorizam, de relacionamentos falidos. Sob este aspecto, como diria Tolstoi, “Não se pode ser bom pela metade”. Meias-palavras, meias-verdades, mentiras inteiras, meio caminho para o fim.
Os gregos não escreviam obituários. Quando um homem morria, faziam uma pergunta: “Ele viveu com paixão?”.
Qual seria a resposta para você?
Por Tom Coelho
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Sendo Possível Voltar no tempo, o que você faria?
Publicado em
17/10/2011
às
09:00
Depois de muita turbulência e intensa chuva, o comandante consegue com louvor, pousar no aeroporto de Congonhas (SP). Os passageiros estavam preocupados e com sinais de intranquilidade. Observo uma aeromoça andando pelo corredor da aeronave, solicitando aos passageiros que permaneçam sentados. Sem êxito, comenta com outra aeromoça: "Eu ganho uma miséria para fazer isso e ninguém obedece!". Ouço com atenção e faço reflexões, do quanto o ser humano desperdiça oportunidades, pois ao contrário de mostrar fragilidade emocional, essa profissional poderia mostrar segurança, confiabilidade e profissionalismo. Você concorda? Como diz o antigo ditado "não adianta chorar por leite derramado". Há ocasiões que o desejo de voltar é algo inevitável, mas não há como regressar.
O momento de fazer a diferença é agora - Entrevistei recentemente, importantes empresários, artistas e esportistas brasileiros para o meu próximo livro. Todos foram unânimes em afirmar que o medo de tentar, seria substituído pela confiança em vencer. Ampliariam o comprometimento, o entusiasmo e a paixão pelo trabalho que realizam. Para conquistar mais resultado na sua vida, acredite que não há como voltar o ponteiro do relógio e, viver novamente um tempo passado. Coloque em prática, o ingrediente do amor ao seu trabalho e jamais esqueça que o momento de fazer a diferença não é no passado, mas sim no presente.
Você é o principal responsável em transformar erro em acerto - A palavra erro vem do latim errare, que significa vaguear, ou ainda, andar sem direção fixa. Portanto, só pode dizer que existiu um erro, quando há uma prévia direção adotada incorretamente. Há pessoas que não possuem planejamento e visualização de seus sonhos. Com frequência respondem "não sei", ao serem questionadas sobre suas responsabilidades, desejos e metas. Você conhece pessoas assim? Quando há planejamento e objetivos, o monitoramento dos resultados passa a ser frequente, principalmente para a correção de algo equivocado que possa ocorrer. Lembre que você é principal responsável por transformar erro em acerto. Faça uma avaliação de seus resultados e perceba que, inúmeras vezes, você pode evitar o retrabalho, colocando em prática o compromisso de monitorar seu desempenho. Vamos tentar?
Apresentei no início do texto, a conduta da aeromoça no interior da aeronave. Lembra? Certamente seu desejo seria voltar no tempo e corrigir o comentário realizado. Sendo possível voltar no tempo, o que você faria diferente na sua vida? O que impede você de colocar em prática o desejo de uma transformação agora. Qual motivo de deixar para amanhã, a oportunidade de demonstrar profissionalismo, competência e desejo de vencer? Um aluno gostaria de voltar o tempo, e estudar mais para uma avaliação que não conquistou uma nota suficiente para passar de ano. Mas isso não é possível, você concorda? Lembre que o passado serve como recordação e experiência. O amanhã pode ser tarde demais para você viver um grande amor, uma nova descoberta, um novo amanhecer.
Por Dalmir Sant’Anna
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A Venda Nasce no Planejamento
Publicado em
16/10/2011
às
09:00
Ouso dizer que a capacidade de planejar, é sem dúvida alguma, uma das maiores, senão a maior dificuldade do profissional de vendas.
Não por que faltam ferramentas que auxiliem nessa questão, mas por pura falta de conhecimento para fazer um simples plano ou de acreditar que isso dará certo.
Neste artigo desejo apenas ajudar ao vendedor, aquele que está diariamente no campo, a planejar melhor cada visita e assim melhorar seu desempenho junto aos seus clientes.
Perceba que seguindo o exemplo abaixo o vendedor tende a estar melhor preparado e muito mais focado no que oferecer ao cliente e assim fazer o que realmente importa.
Coloque a sua análise em uma simples planilha ou se preferir até no papel levando em conta os seguintes aspectos: Data e nome do cliente – neste campo indique a data do planejamento e nome do cliente para futuras análises comparativas.
Concorrentes – coloque todos os concorrentes dos quais seus clientes já compra ou que pode vir a comprar. Assim você sabe com quem está competindo e quais são os pontos fortes e fracos de cada um.
Produtos que compra ou já comprou – liste todos os produtos que o cliente compra ou comprou de você por um determinado período e a sua quantidade. No mínimo liste as últimas três compras realizadas. A facilidade de acesso a esse tipo de dados depende do sistema de cada empresa, mas hoje é comum, no mínimo, o vendedor receber um relatório do que e para quem vendeu ao final de cada mês.
Preço – coloque ao lado de cada produto o valor pago por unidade ou o total do lote.
Potencial de compra mensal – agora aliado a fatos e números estime o valor que o cliente pode comprar mensalmente. Tome como referência o valor que ele já comprou e faça uma previsão realista e que possa ser atingida em um prazo máximo de seis meses.
Potencial de compra anual – essa conta é bem simples. Multiplique por doze o número que você definiu e assim você terá a estimativa de valor que o cliente, segundo seu estudo, pode vir a comprar de você.
Vendas reais acumuladas no ano – basta colocar o quanto o cliente já comprou de você neste ano no campo “Potencial de compra anual”. Esse número é o total de vendas e não vendas por produto. Assim é mais simples, mas caso desejar você pode fazer por produto.
Gap em $ – nesta coluna você simplesmente diminui o valor da coluna “Potencial de compra anual” da coluna “Vendas reais acumulada no ano”. Assim você visualizará a diferença de valores entre o potencial que o cliente tem de compra frente ao que você efetivamente vendeu. Nessa hora a gente leva cada susto!
Produtos do mix que não vendo – agora é hora de listar todos os produtos que o meu cliente não compra, mas que pode vir a comprar em um curto prazo de tempo. Muitos vendedores não trabalham o seu mix da forma adequada, porque foca o que vende mais, o que dá mais comissão, aquilo em que é expert ou porque esquece mesmo.
“Quem tem a informação tem poder!” Eu discordo deste pensamento. Na verdade “quem sabe usar a informação é quem tem o poder!”
Planeje suas vendas, prepare-se, foque sua execução e boas comissões!
Por Paulo Araújo
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Barcelona
Publicado em
15/10/2011
às
09:00
Sem ser preciso, Barcelona foi fundada pelos Romanos, no final do século I A.C. A segunda língua mais falada no mundo, depois do Chinês é espanhol. O inglês vem em terceiro, mesmo sendo a língua diplomática oficial. O espanhol daqui é diferente daquele que ouvimos no Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e demais países da America latina. Aqui, além do Espanhol, o Catalão é língua oficial. Os cartazes, avisos, jornais denotam isto. O portunhol que costumamos falar é totalmente diferente, mas não impede a comunicação na rua. Falando com alguns locais, e é nítida a sua tendência em afirmar que os catalães são separatistas.
A arquitetura modernista, com formas redondas, baseadas nas formas da natureza, foi o forte no inicio do século passado. Depois vieram as formas geométricas, o triângulo, o quadrado. Muitos prédios ainda registram este período. O arquiteto mais famoso foi Gaudi. A igreja Sagrada Família é um monumento arquitetônico e ao mesmo tempo religioso, pois suas fachadas contam passagens da bíblia. Uma expressão que se houve muito: Jesus, Maria, José. Esta inscrita varias vezes nas fachadas. O parque Guel, cuja arquitetura é diferente de tudo que vimos por aqui chama atenção por suas cores, pedras da região dispostas em formas geométricas e o simbolismo da natureza em quase tudo.
Em 1992 aconteceram aqui as Olimpíadas. A impressão que tive ao visitar as instalações, que são visitadas por turistas todos os dias, de estarem abandonadas, com pouco uso. Barcelona do futebol, da arquitetura. Ao se andar na ruas, se escuta idiomas dos mais diversos. É uma cidade mundial. É a Nova York da Europa.
Enquanto estava no hostal com minha esposa, pois desta vez não viajei sozinho, muitos hóspedes não puderam retornar e outros não puderam chegar por causa do vulcão na Islândia que cancelou milhares de vôos em toda a Europa.
A natureza, que criou o céu e as terras, sempre comandou e continua comandando o espetáculo. O ser humano sempre estará a mercê da natureza. Consegue controlar, quando não falta energia, o ambiente onde habita através de aparelhos de ar condicionado.
Um provérbio japonês para encerrar: O homem sábio fala das suas idéias, o inteligente dos fatos, o vulgar do que comeu.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Os conflitos coreanos e a economia mundial
Publicado em
14/10/2011
às
09:00
A história da Coréia foi marcada pelo domínio estrangeiro, primeiro e durante séculos da China e mais tarde do Japão, num período de expansão neocolonialista, como parte de um processo que pretendia transformar o Japão na principal potência oriental.
A dominação da Coréia pelos japoneses foi caracterizada por grande violência, não apenas militar,mas cultural, quando o ensino da língua coreana nas escolas foi substituído pelo ensino do japonês, a sociedade e os costumes modificaram-se profundamente, a industria e a economia integraram-se por completo no sistema de produção japonês e verificou-se um acelerado processo de expansão.
Sob o domínio dos japoneses e com a derrota do Japão em 1945, que se renderam após a explosão das bombas atômicas na Segunda Guerra Mundial,deram liberdade aos coreanos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as superpotências do mundo dividiram a Coréia em duas áreas de influência, e em 1948, a instalação de dois governos: um norte comunista e um sul influenciado pelos Estados Unidos.
As duas Coréias desejavam expandir seus limites territoriais, sendo que em 1950, a Coréia do Sul foi invadida pela Coréia do Norte, apoiados por Moscou. Os EUA também fizeram o mesmo com as suas tropas americanas ao Sul e mais as sul-coreanas, fazendo uma grande batalha e atingindo uma situação de impasse onde foi assinado um acordo em 1953, dividindo a península coreana.
Em Junho de 2000 realizou-se uma histórica primeira conferência Norte-Sul, como parte da "política do Sol" sul-coreana, apesar de um aumento recente de preocupação com o programa de armas nucleares da Coréia do Norte.
Porém, hoje os dois países estão mais próximos de um conflito do que de uma aproximação. Isso por que, no momento, a Coréia do Norte ameaça toda a comunidade internacional com testes de armas nucleares e mísseis balísticos.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu à Coréia do Norte que pare com suas provocações e sua política de ameaças e afirmou que a opinião mundial deve se pronunciar frente ao afundamento pela marinha norte-coreana de um navio sul-coreano.
Hillary, que chegou a Seul, proveniente da China, onde tentou obter mais firmeza de Pequim frente a seu aliado norte-coreano, indicou que os Estados Unidos estudavam outras opções para estabelecer a responsabilidade da Coréia do Norte e seus dirigentes, também reiterou o firme compromisso de seu país para com a segurança de seu aliado sul-coreano.
Caso as conversações não trouxerem resultados e os norte-coreanos iniciarem uma guerra não ficará restrito apenas à Ásia, a China provavelmente se colocaria ao lado do norte, enquanto os Estados Unidos defenderiam o Sul.
Seria a terceira maior economia do mundo enfrentando a primeira, o que traria conseqüências
desastrosas para todo o mundo, o que poderiam se envolver também Rússia, Índia e Paquistão, colocando o Oriente Médio dentro do conflito.
A Coréia do Sul alterou a rota dos seus vôos, alongando em meia e uma hora os que atravessavam o espaço aéreo norte-coreano em direção aos Estados Unidos e à Rússia.
A situação atual já está afetando exportadores em todo o mundo. Em Israel, são os produtores de flores que estão sendo prejudicados, pois. este é um dos principais produtos de exportação do país.
Em Bruxelas está armazenada uma grande quantidade de peixe que agora cinco toneladas está destinada ao lixo.
A Alemanha, principal exportador europeu, está a avaliando as consequências atravéz do ministério da Economia, que colocou em funcionamento um grupo de trabalho para verificar as consequências e as saídas devido a crise nos aeroportos.
Na França, o caos aéreo coincide com uma greve dos ferroviários, o que complica mais ainda a situação.
O uso de um torpedo de fabricação chinesa para atacar submarinos sul coreanos também não foi uma boa idéia, não tanto pelo uso da arma em si, mas pelo simbolismo que isso denota. Esse uso deixou a China em uma posição bem delicada nesta situação.
Em todo o mundo, as bolsas voltaram a oscilar por razões da fragilidade do euro e na possibilidade duma guerra na península coreana.
Outro fator que dificulta o acordo é que o atual Secretário Geral da ONU é um sul coreano que está se dedicando pessoalmente neste novo conflito. Já há informações de dentro da ONU que dizem que Ban Ki-moon está se dedicando pessoalmente, inclusive se reunindo com membros da delegação chinesa.
Teremos que esperar os acontecimentos futuros para compreendermos o total avanço da situação. Mas a verdade é que enquanto o mundo se concentra no problema iraniano, o conflito maior e mais perigoso para a paz mundial, pode estar na península coreana.
Por Cláudio Raza
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Educação sem Futuro
Publicado em
13/10/2011
às
09:00
Dezessete anos depois de realizar meu primeiro exame vestibular, tornei a vivenciar esta experiência ao prestar o concurso promovido pela Fuvest para seleção dos postulantes às vagas oferecidas pela Universidade de São Paulo.
Domingo ensolarado, dia de final de campeonato brasileiro de futebol, observo no local do exame uma legião de candidatos, jovens em sua maioria, que estampam em seus semblantes um ar de apreensão, tensão e incômodo, como se estivessem diante de uma decisão que impactará todo seu futuro.
Cinco horas de prova e cem questões de múltipla escolha para dizer-lhes se estarão aptos a transpor mais um ritual de passagem, chancelando o passaporte para a vida adulta, marcando o fim da adolescência. A aprovação significará a certeza de um horizonte na vida profissional, a conquista de um novo padrão de liberdade e de um novo status de inclusão social.
Após algumas instruções gerais e a preocupação inequívoca do fiscal de prova com o risco de algum candidato aventurar-se a colar durante a realização dos testes, o caderno de questões é entregue. Folheio-o e uma profunda sensação de decepção toma conta de meus pensamentos.
Nosso sistema educacional está falido. Inadequado, ultrapassado, anacrônico. Continuamos formando um exército de estudantes doutrinados a grafar uma letra "X" em uma alternativa dentre cinco possíveis. Estamos desperdiçando a oportunidade de ensiná-los a pensar, a raciocinar, a criar.
O exame vestibular considerado o mais bem preparado do Brasil sinaliza esta realidade com perfeição. As questões de física e química remetem todas ao uso de fórmulas e equações que precisam ser decoradas pelo estudante para serem utilizadas na solução de problemas absolutamente desconectados de nosso cotidiano. O sujeito aprende a mensurar a velocidade de arrasto de um peso ancorado em uma polia bem como a fazer o cálculo estequiométrico de uma reação, mas não sabe trocar o chuveiro de sua casa, compreender como o consumo de seus equipamentos eletroeletrônicos afeta sua conta de energia elétrica e o porquê da adição de álcool à gasolina reduzir a potência de seu carro.
Mais algumas regras memorizadas e se está habilitado a estimar a altura "h" de um triângulo escaleno inserido em um poliedro ou a probabilidade de se extrair uma sequência de bolas coloridas mediante determinada combinação preestabelecida, mas não se dispõe de instrumental suficiente para calcular os juros embutidos nas prestações de um produto vendido "em oferta" por uma loja de departamentos.
Aprende-se a vital diferença entre angiospermas e gimnospermas, sem nunca se ter visitado um jardim botânico ou atravessado a rua até o parque ou praça mais próximos. Aprende-se sobre como se dá a fotossíntese, mas evita-se falar em educação ambiental. Gametas e zigotos são explorados ao longo de todo um ano, mas educação sexual deixa de ser discutida.
Ignoram-se a crise política no país e os conflitos étnico-religiosos no mundo, para se falar sobre aspectos do feudalismo. Questiona-se sobre as características físicas ou a personalidade do protagonista de um romance, mas não se promove o prazer pela literatura através da leitura despretensiosa.
Vestibulares existem para alimentar uma rentável indústria formada por cursinhos preparatórios e mesmo para justificar as altas mensalidades cobradas por muitas instituições de ensino médio que se notabilizam pelo elevado índice de aprovação de seus rebentos nestes concursos.
A verdade lastimável, preocupante e penosa é que nossos jovens continuarão pagando elevados juros no cheque especial, cartões de crédito e compras parceladas; permanecerão engordando os indicadores de gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis; seguirão destruindo o meio ambiente tomado por empréstimo dos filhos que ainda vão ter; persistirão elegendo maus governantes.
Educação é o meio de se construir uma nação mais equânime num futuro próximo. Sinto que a argamassa não está sendo elaborada com boa qualidade e que nossos alicerces estão cada vez mais frágeis...
Por Tom Coelho
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Não ative o concorrente na memória do cliente
Publicado em
11/10/2011
às
09:00
Em um cenário cada vez mais competitivo, a flexibilidade, abordagem prática e customização nos resultados, passam a ser exigências do ambiente de trabalho. Mas, ao contrário de valorizar o próprio produto e os diferenciais da empresa, há profissionais que optam em falar mais sobre a concorrência. Existem apresentadores de televisão, que insistem em dizer que o início do seu programa, começa após o término de um programa da concorrência. Esse profissional, ao mencionar o nome da concorrência, acaba por ativar na memória do telespectador, a existência de um concorrente e oferece sem perceber, outra opção de escolha. Observe nos dois itens abaixo, como conquistar mais atenção do cliente no momento da negociação e fazer a constelação de estrelas da sua empresa brilhar mais intensamente.
Fale mais da sua empresa e evite falar da concorrência – Você percebeu que há profissionais de vendas, que optam em usar o tempo disponível para falar do concorrente? Qual o resultado? Acabam por ativar na memória do cliente, o nome, a marca, preços e os produtos do concorrente, além de oferecer mais uma opção de compra. Ao contrário disso, que tal valorizar seu marketing pessoal e os diferenciais da sua empresa? Parece incrível, mas há profissionais lojistas, que são capazes de enumerar detalhes da última campanha publicitária do concorrente, entretanto, desconhecem a missão, a visão e os valores da empresa em que atua. Certa vez, elogiei um gerente de uma rede lojas pelo belo comercial que estava sendo veiculado. Para minha surpresa, o gerente respondeu: “Tem comercial passando na televisão e no rádio sobre nós? Eu nem sabia! O senhor tem certeza de que é da nossa loja o comercial?”. Fale mais da sua empresa, valorize o seu negócio e pratique o exercício de “morder a língua” antes de pronunciar o nome do concorrente para não oferecer outra opção de compra ao cliente.
Jogue positivamente para o time da sua empresa – Estava realizando a compra de um determinado produto, em uma loja de materiais de construção, quando observei o proprietário desse estabelecimento comercial reclamar de maneira triste à um representante comercial que o fornecedor enviou o dobro da quantidade de mercadoria solicitada. Qual foi a atuação desse representante? Ao contrário de passar tranquilidade e uma solução ao cliente, esse vendedor passou a falar mal da própria empresa. Eu fiquei impressionado! O representante, em alta voz, alegou: “Naquela empresa somente trabalha gente desqualificada, despreparada, improdutiva e incompetente. Lá fazem tudo errado”. Perceba que ele afastou, toda responsabilidade do fato ocorrido e distanciou sua empresa ao demonstrar não fazer parte dela. Mostrou pelo uso das palavras que, joga nitidamente contra o time da própria empresa e não demonstrou nenhum grau de comprometimento pela empresa que representa. Reflita: Se na empresa em que esse representante atua, trabalham somente profissionais assim, quem é essa pessoa?
Há profissionais que falam de maneira negativa da concorrência com o objetivo de fechar uma venda, entretanto, depois de algum tempo, aceitam mudar de empresa para trabalhar onde antes falavam mal. Perceba que nem todas as empresas que atuam no mesmo segmento são seus concorrentes. Seriam se, adotassem a mesma política de gestão com pessoas que você realiza. Seriam seus concorrentes se, aplicassem a mesma regra comercial, o mesmo padrão de qualidade e o mesmo investimento que você desenvolve. Agora responda: Na sua organização, os profissionais valorizam e sentem-se pertencer a uma empresa campeã? Como seus colaboradores reconhecem os concorrentes?
Por Dalmir Sant’anna
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Achei
Publicado em
10/10/2011
às
09:00
- Achei e não roubei!
Que legal!
Mais uma moedinha.
E desta vez de 50 centavos. As outras todas foram de 10 e 5 centavos de real. Ontem achei uma de um real. Fiquei muito entusiasmado... E tu?
Como foste hoje?
- Só três moedas de 10 centavos até gora...
-Legal! Ao menos achaste alguma coisa... Vou continuar o meu trabalho.
- Eu também.
-Pode ser que "alguns" perdem mais moedas. Com isso a gente ganha e continua com o trabalho da limpeza das ruas. Afinal de contas é o nosso dever de todos os dias.
- Não há dia que eu não ache uma moeda. Estou sempre atento ao trabalho e às moedas...
-Eu também.
- Pega a vassoura e vamos continuar a "luta"...
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Diálogo entre dois garis no meio da jornada de trabalho numa cidade deste "Brasil varonil".
Tenho duas curiosidades ( talvez vocês também tenham as mesmas curiosidades):
a) Quantos de nós perdemos moedas nas ruas e não nos damos conta?
b) Quantas moedas cada gari, deste Brasil, acha nas nossas ruas durante as jornadas de trabalho?
São curiosidades.
É dinheiro que está "circulando"...
O importante é que achem e utilizem para as suas poupanças e não para outras "cositas"...
Todos nós já achamos - em algum dia - uma moeda. Não é verdade? E ficamos satisfeitos. Outra verdade. E também já perdemos moedas. Mais uma verdade.
Uns perdem.
Outros acham...
É a lei do Tio Patinhas...
Por David Iasnogrodski
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O Talento e a Crise
Publicado em
09/10/2011
às
09:00
Conta a história que no ápice da crise de 1929, a quinta pessoa mais rica da Alemanha cometeu suicídio ao se jogar na frente de um trem porque perdeu mais de 1 bilhão de dólares com o crash. O fato que interessa é que o suicida alemão tinha uma fortuna avaliada em mais de 9 bilhões de dólares.
Na verdade em toda e qualquer tipo de crise existem os alarmistas que se gabam por ter previsto que uma hora a bolha iria estourar, os otimistas que dizem: - calma, que logo tudo passará!, os prático-realistas que se preocupam em como sobreviver e quem sabe tirar uma casquinha dessa confusão toda e os loucos por notícias que ficam desesperados e perdem a noção da realidade tamanha a enchente de péssimas informações. Esses são os primeiros a sucumbir.
O talento sabe que em toda crise há a oportunidade, mas não estou só falando da oportunidade de novos negócios ou geração de receita, quero discutir com você a oportunidade de se transformar e amadurecer como pessoa, de ter uma visão mais sistêmica do seu negócio e do mundo. Oportunidade para fortalecer parcerias e relacionamentos com clientes, fornecedores e principalmente com os seus funcionários. Agora, mais do que nunca, essa história de "nossa empresa é uma grande família" irá ser testada.
Em caso dos negócios diminuírem fica a oportunidade para rever processos, fazer mais com menos, reviver e fortalecer os grupos de melhorias que estavam lá escondidinhos durante a bonança, de ouvir mais e melhor o cliente ou quem sabe criar algo inesperado que encante o mercado. E não perder a maior de todas as oportunidades: a de reflexão e ação para mudança de postura profissional, de aprender e reaprender com o que foi feito de errado e quem sabe uma forte mudança no modelo de negócios da empresa.
Foi no ano da crise de 1929 que a Unilever chegou ao Brasil e começou sua tão bonita história e que dia após dia continua a fabricar produtos como o Omo, Rexona, Maizena, ou ainda, produtos da marca Knorr e Kibon, entre tantas outras. Outro exemplo? Nesse ano a Lojas Americanas completam 80 anos de história. E que história! De quase falida para um dos ícones do comércio eletrônico brasileiro. Para finalizar temos a fábrica de tecidos Tatuapé que hoje é conhecida como Santista Têxtil. Todas viveram suas crises, todas se transformaram e todas saíram mais fortes.
Mas o que espero de verdade é que o Mundo e seus grandes líderes não percam a oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, que cooperem entre si, que evitem um protecionismo infundado, que deixem de acreditar que existe prosperidade ad eternum e que entendam de uma vez por todas que será só unindo forças que tudo irá melhorar.
É exatamente assim que a sua empresa deve fazer para sofrer menos em épocas de crise.
Por: Paulo Araújo
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O Consumidor sofre com os SACs
Publicado em
08/10/2011
às
09:00
Há quem diga que o consumidor é superprotegido no mercado, mas a verdade é outra. Mesmo com toda a proteção que o consumidor tem, os abusos continuam acontecendo.
Para justificar essa afirmação, conto dois casos que aconteceram comigo, muito recentemente. Primeiro, tive um problema com a conta de energia da minha residência. Veio uma primeira, cujo valor superava os cinco mil reais e, enquanto a concessionária verificava a minha reclamação, veio outra conta ainda mais alta.
Diante da relutância da concessionária em resolver o problema e após a perda de horas em contato com seu serviço de atendimento a clientes, não me restou outra alternativa a não ser entrar com ação judicial, o que para um advogado é até mais fácil do que perder em vão horas buscando a solução.
Logo na primeira audiência houve a conciliação porque a advogada da empresa confessou que foram colocados no mercado medidores com problemas de software. Mas por que não resolver o problema administrativamente? A resposta para essa pergunta não foi dada.
Bem mais recentemente tive outro problema, ainda sem solução. Havia contratado serviço de internet banda larga de operadora móvel que funcionava na minha antiga residência, mas que, após mudança de endereço, parou de funcionar.
Notifiquei a operadora de que o serviço não funcionava no novo bairro de São Paulo, a fim de que não me cobrassem a multa rescisória referente à fidelização, afinal de contas haviam decorrido onze dos doze meses exigidos.
Mesmo após a notificação, a multa contratual foi cobrada na íntegra, ou seja, sem levar em conta o decurso quase integral do período contratual. Mais uma vez, reclamei no serviço de atendimento a clientes e a operadora insistiu que a multa era devida.
Quando ouvi a gravação do serviço de atendimento a clientes por mim solicitada, notei que as operadoras de telemarketing conversaram entre si e que uma delas reconheceu que o meu novo bairro não contava com a cobertura do serviço de internet móvel.
Mesmo assim, a segunda atendente, mais gabaritada, buscou me convencer de que a multa era devida. Obviamente não me convenceu.
A conclusão a que eu chego é que os serviços de atendimento a clientes das empresas que criam mais problemas para os consumidores não atendem ao objetivo de harmonizar as relações de consumo.
Muito ao contrário, o treinamento por parte dessas empresas é feito para convencer o consumidor de que a empresa está certa.
Alguns consumidores deixam para lá, incentivando a continuidade desses comportamentos nocivos por parte das empresas.
Outros mais chatos, como eu, entram com ações judiciais e apenas resolvem seus problemas, sem conseguir punir esses comportamentos ilegais.
Isso deve parar! Para tanto, são fundamentais as reclamações dos consumidores.
Por Arthur Rollo
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A Pneumonia Mental
Publicado em
07/10/2011
às
09:00
Ninguém, em sã consciência, vai a Campos do Jordão em julho, num frio de quatro graus negativos, toma um banho quente e sai imediatamente após, na chuva fria, de shorts ou bermudas e sem camisa. Todos sabemos que se fizermos essa "loucura" poderemos contrair uma gripe, uma pneumonia e até morrer. Ou seja - temos plena noção da necessidade de prevenção da saúde física. Assim como ninguém come uma feijoada imensa e em seguida se atira numa piscina. Sabemos do perigo de uma congestão.
O que me intriga, no entanto, é que não temos a mesma consciência da necessidade de prevenção da saúde mental. Estamos constantemente nos expondo a situações em que temos todas as chances de contrair uma pneumonia mental e não nos apercebemos disso.
Se não, vejamos:
Passamos o dia todo trabalhando, brigando no mercado, buscando um espaço para vencer os desafios da competitividade que nos assola; chegamos em casa cansados e ligamos a televisão para assistir programas que só nos trazem notícias ruins - crimes, situações incríveis de degradação humana, doenças incuráveis, estupros, violência de todos os tipos....
Sábado à noite escolhemos para sair justamente com aquele casal que só fala mal dos outros, que conhece todas os sintomas e doenças das pessoas, que diz que o filho do outro amigo é viciado em drogas e que a filha da vizinha ficou grávida e provocou aborto, etc, etc.
Domingo, vamos almoçar na casa daquele(a) parente invejoso(a) que fica perguntando o nosso salário, comparando nossos carros, dizendo que os filhos dele(a) são mais inteligentes que os nossos, etc, etc. Voltamos para casa domingo à noite e lá vai mais televisão com guerras, violência, desemprego, crise....
Com tudo isso, não há como ser "motivado". Com tudo isso, não há como ser "entusiasmado". Com tudo isso não há como acreditar nas pessoas. Com tudo isso não há como ser "criativo", etc, etc.
De repente, ficamos acreditando que o mundo é feito só de desgraças, de desemprego, de crise, de guerras, de estupros, de maníacos do parque, assassinos e seqüestradores. Pegamos "Pneumonia Mental" . Não conseguimos mais enxergar a metade do copo que ainda está cheia - só vemos a que já acabou! Tudo é ruim. Tudo é crise. Ninguém presta!
Para vivermos "motivados" é preciso que nutramos dentro de nós os "motivos" que nos farão ter a energia necessária para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. É preciso que tenhamos a preocupação de buscar esses "motivos" no mundo que nos rodeia. Se não tomarmos o cuidado "preventivo" que tomamos com a saúde física, podemos pegar uma verdadeira pneumonia mental que nos fará verdadeiros "doentes mentais" ainda que "fronteiriços" entre a sanidade e a insanidade mental.
Cuidado! Há muita coisa ruim no mundo, mas há muito coisa boa! Há muita gente que não vale nada, mas há muita gente espetacular, muito boa, honesta! Da mesma forma, há muita empresa "quebrando", mas há muita empresa tendo sucesso, crescendo, conquistando mercados novos. Há setores da economia em baixa, mas há setores da economia em grande expansão.
Ver só o lado negativo e ruim de tudo é ter contraído "Pneumonia Mental".
E assim como é nosso dever cuidar da saúde física com atitudes preventivas, é também, nosso inalienável dever, cuidar de nossa saúde mental.
Por Luiz Marins
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Atitude
Publicado em
06/10/2011
às
09:00
Um novo emprego, um novo empreendimento, um novo relacionamento. Qualquer seja seu novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas será possível cultivar resultados diferenciados. Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará somente aos mesmos lugares.
Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.
O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude. Por fim, a vertente comportamental está relacionada à intenção de permitir-se de determinada maneira com relação a alguém, alguma coisa ou situação.
Para melhor compreensão, tomemos o seguinte exemplo. Algumas pessoas têm o hábito de fumar. E a pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não declinam desta prática mesmo estando cientes de todos os malefícios à saúde cientificamente comprovados.
Analisando este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar o que acontece. O fumante, em regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente. Porém, como ele não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Contudo, se um dia uma pessoa próxima morrer vitimada por um enfisema, ou ainda, o próprio fumante for internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo, então a porta para acessar o aspecto emocional será aberta: ao sentir o mal ao qual está se sujeitando, o indivíduo decidirá agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.
As pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude é racionalizar, sentir e externar. E não se trata de um processo exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E entre a conscientização e a ação, é necessário estar presente o sentimento como elo. Ou você sente, ou não muda.
Atitudes, como valores, são adquiridas a partir de algumas predisposições genéticas e muita carga fenotípica, oriunda do meio em que vivemos, moldadas a partir daqueles com quem convivemos, admiramos, respeitamos e até tememos. Assim, reproduzimos muitas das atitudes de nossos pais, amigos, pessoas de nossos círculos de relacionamentos. E as atitudes são bastante voláteis, motivo pelo qual a mídia costuma influenciar as pessoas, ainda que subliminarmente, no que tange aos hábitos de consumo. Das calças boca de sino dos anos 1970 aos óculos do filme Matrix na virada do século, modas são criadas a todo instante.
Atitudes devem estar alinhadas com a coerência, ou acabam gerando novos comportamentos. Tendemos a buscar racionalidade em tudo o que fazemos. É por isso que muitas vezes mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma determinada postura. É um processo intrínseco. Sem coerência, não haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar pelo autoengano ou pela dissonância cognitiva.
Se você está em fase de transição -e normalmente estamos, sem nos aperceber disso -aceite o convite para refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de ter ideias criativas e inovadoras, além de livrar-se das antigas.
Por Tom Coelho
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Prego que se destaca é martelado
Publicado em
05/10/2011
às
09:00
Não há como negar a existência de pessoas que, ao contrário de contribuir com o desenvolvimento profissional, optam em bloquear seu crescimento com a disseminação de fofoca e ações de torcer contra. Você apresenta um trabalho na faculdade, recebe elogios do professor e ao contrário da turma reconhecer seu esforço, invejam suas conquistas. Em uma reunião na empresa, a liderança faz elogios sobre sua atuação e intrinsicamente, há pessoas remoendo de ódio. É possível lidar com essas situações? Observe as dicas a seguir, sem jamais se esquecer de um ditado popular assim: "Prego que se destaca é martelado".
Procure conhecer melhor as armadilhas - Há sempre um alto preço a ser pago para alcançar o sucesso. Quanto mais a sua estrela irradiar luz, mais os olhos de pessoas invejosas e traiçoeiras estarão atentos para ofuscar seu brilho. Jamais esqueça que o desejo de uma pessoa invejosa é o de estar no seu lugar. Isso mesmo! Como não dispõe de competência, criatividade, senso de inovação e dinamismo como você, resta usar de sentimentos gerados pela inveja para destruir as suas qualidades, criando armadilhas para prejudicar suas conquistas. Pessoas com persistência para serem vitoriosas, praticam o hábito de "cobrir os ouvidos" para quem, com frequência, diz que não dará certo. No começo pode parecer difícil, mas vamos tentar praticar esse exercício?
Pare de levar para o lado pessoal - Algumas pessoas ficam emburradas, tristes e com baixo índice de produtividade, por acreditar que uma crítica é uma ofensa. Basta um comentário ou feedback, para que o comportamento sofra alterações imediatas, reagindo com ardor a comentários sobre o desempenho profissional ou ações pessoais. Quando uma pessoa indicar algo negativo que você fez, ou realizar piadas sobre seu sucesso, ao contrário de explodir de raiva, pratique o exercício de agradecer. Isso mesmo, gratidão. Pare de levar para o lado pessoal, pois a principal pessoa prejudica é você. Pessoas bem sucedidas agradecem, pois o resultado de seu destaque, não está somente em si, mas também no esforço e comprometimento da sua equipe.
Confiabilidade, disciplina e comprometimento são três ingredientes essenciais que conduzem uma pessoa às suas realizações. Sem a aplicabilidade desses três itens, os sonhos pessoais passam a ser como um castelo de areia, que a onda do mar consegue destruir com facilidade. Acredite que na sua volta, há sempre adversários, torcendo para dar errado, como também há aliados, fazendo torcida positiva para o seu êxito pessoal e profissional. Dalmir, mas se eu tentar e não funcionar? Lembre-se do que disse Phil Knight, fundador da marca Nike: "O segredo é tentar só mais uma vez, até o momento de acertar, porque o acerto final é maior que todos os erros anteriores."
Por Dalmir Sant´Anna
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Guerra Fiscal
Publicado em
04/10/2011
às
09:00
Com o pretexto de atrair novos investimentos, bem como reduzir diferenças regionais, alguns Estados concedem unilateralmente benefícios fiscais, como, por exemplo, redução da base de cálculo e concessão de crédito presumido do ICMS. Essa é a chamada guerra fiscal. Cumpre salientar que o Rio Grande do Sul fica prejudicado, tendo em vista que Estados vizinhos costumam dar incentivos, sem a aprovação pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ainda que o Supremo Tribunal Federal tenha julgado procedente mais de uma dezena de ações diretas de inconstitucionalidade (Adins), movidas pelos Estados para questionar benefícios outorgados por outras unidades da federação, definindo que os Estados não podem conceder qualquer tipo de vantagem envolvendo o imposto sem convênio prévio do Confaz, não se manifestaram quanto a modulação dos efeitos da decisão, ou seja, se ela também tem implicações no passado, ou se vale somente a partir do momento em que transitar em julgado, quando não couber mais recurso. O pedido é de que ela só se aplique daqui para a frente. Isso porque, se os Ministros optarem pela outra hipótese, o Estado estaria obrigado a cobrar das empresas todos os benefícios usufruídos até o momento.
O problema que fica é: até que as Adins sejam julgadas, os Estados que deferem incentivos fiscais são beneficiados com instalações ou ampliação de empresas, prejudicando Estados que respeitam a legislação.
Por Mariana Porto Koch
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Nunca sabemos como será o amanhã
Publicado em
03/10/2011
às
09:00
Marcone, todos nós já fomos um dia crianças, mas acredito que muitos, como eu, se sinta, em muitas ocasiões, uma criança.
Época espetacular.
Época das correrias.
Época das brincadeiras sadias.
Época de esperar o programa favorito que passará na TV.
Época de ganhar presentes.
Época..., época...
Marcone. está chegando o dia da criança.
Vamos pensar nas crianças que só possuem o sorriso infantil, mas não conseguem satisfazer suas vontades. A vontade de ser, realmente, uma criança. Criança feliz. Criança que canta. Criança que brinca com outras crianças.
Existem muitas crianças que chegam logo na idade e vida adulta sem passar pelo período natural da infantilidade. Necessitam sempre, em todos os momentos, ajudar no custeio da família, ao invés de desfrutar o seio materno e familiar... É duro, mas é uma realidade.
Vamos pensar mais nestas crianças. Crianças que não pediram para vir ao mundo. Estão aí, muitas vezes a chorar. Não um choro de alegria, mas choro de tristeza. Muitas vezes por pensar que são crianças e que não podem realizar os atos infantis ou mesmo não podem realizar os atos adultos...
Marcone sinto o dever de dizer a todos os nossos amigos e amigas: olhem um pouquinho mais para o lado. Olhem para frente. Olhem,... Na nossa frente ou ao nosso lado pode estar uma criança necessitando da nossa ajuda. Do nosso carinho. Muitas vezes não é a ajuda monetária que vai satisfazer esse ser que está ao nosso lado. É ajuda da nossa palavra. De colocar as mãos nos "ombrinhos" daquele ser que está ali com uma chupeta na boca e a nos pedir um pouquinho do nosso afeto. Da nossa palavra.
Vamos nos ajudar.
Vamos nos ajudar um "pouquinho mais".
É apenas uma sugestão.
Nosso gesto poderá salvar muita gente. Não salvará o mundo, mas salvará alguém...
Nunca sabemos como será o nosso dia de amanhã.
Só sabemos que logo ali é o dia das crianças.
Por David Iasnogrodski
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Cortando Despesas: auxílio-alimentação e Vale-Transporte
Publicado em
02/10/2011
às
09:00
Embora muito discutidos, os benefícios trabalhistas auxílio-alimentação e vale-transporte ainda geram dúvidas no mundo empresarial. Muitos empregadores ainda não sabem, ao certo, a quantidade e/ou valores de tais benefícios que devem, realmente, aos seus funcionários. Este trabalho foi elaborado justamente no sentido de apresentar ao empreendedor uma interessante possibilidade de diminuição das despesas oriundas destes benefícios.
Na prática, ocorre que, muitas vezes, o empregado não utiliza os vales-transporte que recebe para o uso exclusivo do deslocamento residência-trabalho e vice-versa, o que vai de encontro ao que dispõe a lei. Isto possibilita o empregador a diminuir o número de vales-transporte concedidos, de modo a fornecê-los de acordo com a devida utilização pelo empregado.
Além disso (e principalmente), na opinião de muitos advogados e no posicionamento dos tribunais - inclusive do Tribunal Superior do Trabalho - há o entendimento de que o empregador não tem a obrigação de fornecer o vale-transporte para o deslocamento trabalho-residência e residência-trabalho para que o empregado, em seu horário de intervalo, almoce em sua casa. Isso representaria, para qualquer empresa, uma grande oportunidade de redução de despesas.
Todavia, existem alguns pontos que desfavorecem o empresário que resolver aplicar essa ideia. Abordam-se dois, considerados de maior relevância. O primeiro deles é que, em caso de não uso, uso indevido ou renúncia do empregado ao benefício, o ônus de provar tais situações será do empregador, em eventual demanda judicial. O segundo ponto negativo é que tal entendimento, apesar de o Tribunal Superior do Trabalho já ter se manifestado favoravelmente, não é unívoco na jurisprudência.
Isso deve servir de alerta ao empreendedor a não tomar qualquer tipo de medida nesse sentido sem antes consultar o setor jurídico de sua empresa e um escritório de advocacia especializado. Se apenas um funcionário resolver acionar a justiça para combater prática que considere abusiva e obter êxito, haverá, certamente, uma verdadeira tempestade de ações judiciais dos demais contra a empresa, o que pode acarretar uma situação insustentável para a mesma.
Cabe, agora, tratar do auxílio-alimentação. Tal benefício é devido, por lei, (artigo 1º do decreto 3.887) apenas aos servidores públicos. Entretanto, pode ser incluído entre os benefícios dos empregados celetistas através de dissídio coletivo do sindicato representativo da respectiva classe.
Há empregadores que tem a ideia de que, fornecendo o auxílio-alimentação, livram-se do encargo de prestar os vales-transporte referentes ao deslocamento do funcionário para sua residência durante o período intrajornada. Na verdade, esse pensamento é equivocado. Por mais estranho ou até mesmo indevido que possa parecer, a maioria dos julgadores entendem que os referidos benefícios podem ser percebidos acumuladamente pelo empregado.
Por fim, lembra-se que o empregador deve se atentar à norma sindical da classe a que pertencem seus empregados e reitera-se que esteja, sempre, bem amparado juridicamente. Assim, um eventual corte de benefício indevido será feito corretamente, impossibilitando ou, ao menos, diminuindo muito as chances de o empregador acabar tendo que suportar o ônus de uma perda de ação judicial.
Por Marcelo Pires Hartwig
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Controles Internos e Auditoria Interna
Publicado em
01/10/2011
às
11:00
1 INTRODUÇÃO
As sociedades empresárias experimentam formas de administrar recursos dentro do processo de globalização assente em modelos orientados principalmente pelos grandes grupos econômicos, em geral originários de países centrais. E neste cenário, para que as entidades possam estabelecer seus objetivos e metas, adotam ações para que eles sejam alcançados.
Controles Internos devem interagir com diversos níveis da hierarquia organizacional, desde a que se encontra no topo dessa hierarquia, passando pelos níveis gerenciais e outros considerados como pontos chaves, relevantes quanto ao entendimento, execução e a inter relação das informações geradas, para que as organizações possam desenvolvê-los e assim lograr o êxito desejado para atingir os objetivos e metas traçados.
Ao elaborar os Controles Internos, a intenção primeira é o de evitar ineficiência, erro e a fraude. É a maneira das entidades protegerem seus ativos, de assegurarem a fidelidade e a integridade dos dados que, processados, serão transformados em informações e estas, por sua vez, se transformarão em relatórios para que seja conhecida a realidade das entidades expressas nas informações contábeis.
À auditoria interna cabe o conhecimento acerca do funcionamento do conjunto dos controles internos para poder avaliar a eficiência e a eficácia do sistema da organização, além de sua importância estratégica, portanto, ela torna-se co responsável pelo resultado.
2 SISTEMA
O pensamento sistêmico, nos padrões atuais, envolve uma mentalidade de se deixar de atentar apenas para as partes e conhecer o todo e fazer do somatório - a interação dessas partes - a maneira de se conhecer a entidade assim como os objetivos estabelecidos. Junto atentar para outras opções quanto a tomada de decisão para facilitar a percepção das consequências quando determinada ação é implementada.
Entender a organização como um sistema que pode ser definido como um conjunto organizado e complexo, uma reunião e combinação de coisas ou partes, interdependentes que formam uma unidade, visando a realização de um objetivo ou um conjunto de objetivos que Chiavenato (1987) define como:
"um conjunto de elementos dinamicamente inter relacionados, desenvolvendo uma atividade ou função para atingir um ou mais objetivos. O sistema funciona como um todo organizado logicamente e interagindo entre si (as partes) e com o meio ambiente no qual está inserido".
A gestão empresarial está sempre demandando informações e por isso a intensificação na elaboração de sistemas que se obrigam a ser cada vez mais 'amigáveis' quanto ao entendimento para volverem-se em subsídios para os gestores em sua missão de melhor atingir objetivos; sistemas administrativos e informacionais; para que haja controle acerca dos dados e informações e sua exatidão e confiabilidade.
3 CONTROLE
Controle, substantivo masculino, é o ato, efeito ou poder de controlar; domínio; governo; fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos ou sobre produtos para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas; fiscalização financeira (FERREIRA,1999). Vem do latim contrarotulus, técnica medieval de verificar contas (racionalização). Que se pode entender como defesa para certos atos que contemple uma explicação coerente para determinados atos (WIKCIONÁRIO).
3.1 CONTROLES INTERNOS
Martinelli Auditores (2002) avalia controles internos como a maneira de se evitar riscos, compreende um plano de organização proposto pela entidade correspondente a divisão de trabalho, relações de autoridade e responsabilidades, com métodos que estabelecem os meios para se chegar a determinado fim e é a forma pela qual são salvaguardados os bens e direitos de uma empresa.
Controle interno deve, portanto, prever possíveis consequências de determinados atos dentro de padrões predeterminados e estabelecidos (projetados) para serem comparados à realidade experimentada, com
acompanhamento constante através de informação contábil com dados confiáveis para evitar falhas, fraudes, erros e desvios, correção em tempo hábil para garantir eficácia na condução dos negócios da entidade de forma ordenada e proteger os ativos da entidade.
De acordo com William Attie (1992, p. 198), inclui uma série de procedimentos bem definidos que, conjugados de forma adequada, asseguram a fluidez e a organização necessárias para a obtenção de algo palpável. O controle tem significado e relevância somente quando é concebido para garantir o cumprimento de um objetivo definido, quer seja administrativo ou gerencial, um dado físico que avalia uma função observável.
A concepção do controle interno, se pode dizer, é o estabelecimento de componentes de um sistema em conformidade com determinada política e planos concebidos dentro de uma visão sistêmica empresarial, que compreende os meios (planejados) para se dirigir, restringir, conferir e corrigir as várias atividades com o propósito de atingir objetivos.
3.2 CONTROLES INTERNOS COM O ENFOQUE DA AUDITORIA
Para se mensurar a abrangência e extensão do trabalho do Controle Interno, é essencial medir a abrangência e extensão do trabalho a ser desenvolvido para identificar os parâmetros que nortearão o desenvolvimento do que é implantado, medido e avaliado.
Dias (2010) considera que as avaliações dos controles internos, feitas por uma área de auditoria, que não tenha uma visão de processo, é comum a auditoria interna ser vista, pelos auditados, como uma intromissão no trabalho desenvolvido, dando sugestões e opiniões sobre assuntos que julgam desconhecer.
Cabe a Auditoria tornar claro o objetivo do seu trabalho, mostrar aos auditados a importância de sua colaboração para a obtenção de um resultado que nada mais é do que uma maneira de agregar valor ao processo.
Em uma auditoria com um enfoque meramente operacional, faz-se o levantamento dos procedimentos exercidos pela área auditada para identificar determinados pontos (de controle) e verificar se efetivamente representa o que é feito dentro do processo para determinar possíveis melhorias. É uma concentração de esforços, pela auditoria, para identificar problemas e apontar sugestões para sua correção.
Há, com isso, a necessidade do conhecimento de determinados procedimentos e o entendimento destes dentro do contexto geral do processo e de sua influência perante todos os demais processos adotados pela entidade.
4 INTER RELACIONAMENTO DA AUDITORIA INTERNA NA EMPRESA
Attie (1992, p. 33) diz acerca desse inter relacionamento:
"A auditoria interna geralmente tem sua preocupação voltada para a empresa como um todo. A empresa é, em verdade, um grande sistema de comprar, produzir, vender e gerar resultado de modo a lhe possibilitar a continuidade e funcionamento por tempo indefinido. Como a administração necessita fazer-se presente por toda a organização, e em cada um dos sistemas que a compõem, determinando que tudo flua normalmente conforme propusera, a auditoria interna funciona, na realidade, como os olhos da administração".
Para que isso seja possível faz-se necessário que a Auditoria Interna tenha uma completa e total independência, consequentemente, a Auditoria Interna é parte da empresa que também recebe aporte desta, por conseguinte, a meta é achar o maior grau de independência dentro das limitações existentes na sua realidade. Independência esta protege a Auditoria de assumir compromissos em detrimento dos seus objetivos.
Assim, a necessidade de ser imparcial e de se manter numa condição que permita agir íntegra e objetivamente exige que a Auditoria seja colocada separadamente das pessoas cujas atividades ela examina.
Portanto, Auditoria Interna não significa sinônimo de Controle Interno. Trata-se de um trabalho organizado de revisão e apreciação de controles praticados internamente; normalmente executado por um departamento especializado; o Controle Interno se refere a procedimentos organizacionais adotados como planos [permanentes] das organizações que hodiernamente se obrigam a trabalhar em sinergia.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visto que a entidade deve ser entendida como um sistema, as várias áreas, setores e departamentos devem trabalhar como parceiros com a finalidade de canalizar suas virtudes e esforços e potencializar o valor que eles próprios agregarão às suas funções. Há de se considerar também que Controles Internos e Auditoria Interna são próprios de Grupos que alcançaram um significativo desenvolvimento e por isso necessitam segregar funções, áreas, departamentos e setores.
Paradoxalmente a isso, necessitam operar em conjunto com a finalidade de manutenção da qualidade de produção de bens e serviços, confiabilidade e informações seguras para que seja garantido o objetivo maior, o da continuidade norteado por metas e objetivos, e por isso a necessidade do controle.
O controle interno pode ser considerado como uma técnica utilizada pela auditoria e serve de instrumento de apoio para a contabilidade que, de posse de um sistema [contábil] bem estruturado (seguro), é garantia para que erros, as fraudes e a ineficiência sejam evitados por meio de controles corretos, pois evitam improvisos e surpresas quando as informações são intercambiadas e transmitidas contabilmente.
A contabilidade serve como 'célula de armazenamento' dos dados de todas as partes do sistema (empresa) e os transforma em informações. E é na contabilidade onde são verificados se os controles internos retratam fielmente as movimentações que provocam as mutações no patrimônio da organização. São estas informações que permitem novos investimentos, reduções de custos e outros, ou seja, é o determinante para que novas ações sejam implementadas nos âmbitos gerencial, administrativo ou do próprio controle, como também identificar e propor as correções e é o ponto onde a Auditoria Interna se faz presente.
Controle Interno e Auditoria Interna se volvem como parceiros visando buscar eficiência e eficácia, habilidade para corrigir e implementar ações novas, maximizar resultados e pode ser um entendimento hegemônico acerca do modo de se administrar entidades de grande porte. Provavelmente uma exigência do moderno mercado, mais marcadamente o mercado globalizado (visão hegemônica).
Mas ainda que o mercado passe a ideia de hegemonia, igualmente moderna é a constatação de um mundo fragmentado e encontra nas palavras do sociólogo português Boaventura de Souza Santos (2002), que "qualquer totalidade é feita de heterogeneidade e que as partes que a compõem têm uma vida própria fora dela".
Isto leva ao entendimento de que empresas pequenas dificilmente levarão em consideração controles internos (menos ainda a auditoria) como um conceito de continuidade e sequer pensam em investir recursos. Estes controlam com tendência para o improviso; aquela vida própria fora da totalidade - fragmentação - identificada por Santos (2002).
Negócios menores desenvolvem 'alguma forma própria de administrar e controlar', cada qual com suas características e especificidades. Diferente entendimento deve ser feito se forem levadas em consideração as grandes sociedades empresárias, para estas é uma obrigação, pois a necessidade de controle é primordial para identificar em qual das partes podem ocorrer falhas (geradores de perdas) e se o Controle Interno mostra-se falho, caberá a Auditoria Interna identificá-las bem como proceder para corrigi-las.
Quando Attie (1992) diz que a auditoria interna é uma atividade profissional e o seu propósito é julgar, deixa o controle interno de ser o ponto de partida quando esta julga, pode-se entender que nesse ponto a Auditoria Interna assume o papel de controlar e é ela que passa a determinar as ações do Controle Interno. É também aonde eles se confundem.
É de se inferir, então, o receio que o Controle Interno guarda da Auditoria Interna. O de intuir de os auditores internos pecarem pela intromissão, mesmo que ambos possuam o objetivo de proteger os ativos da entidade (Auditoria e Controles Internos são partes do mesmo sistema).
Tanto o Controle como Auditoria internos, contribuem para a confiança das informações geradas pela Contabilidade elevando, portanto, a qualidade dessas informações. O Controle Interno deve primar pela verificação de que as normas internas estão sendo seguidas e se há necessidade de novas, diagnosticar áreas de risco e, sobretudo, garantir o funcionamento correto das operações para evitar desvios sejam eles quais forem.
O ponto que [mais] diferencia a Auditoria Interna do Controle Interno é o salientado por Dias (2010), a relação mais estreita da primeira com a alta gestão. Aliás, é um dos pontos característicos das grandes organizações.
REFERÊNCIAS
ATTIE, Willian, Auditoria interna. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1992.
CHIAVENATO, Idalberto, Administração: teoria, processo e prática. 2 ed. São Paulo: McGrow Hill, 1987.
DIAS, Sérgio Vidal dos Santos, Avaliação dos controles internos com o enfoque de auditoria de processos. Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/artigos.aspx?id=25> Acesso em 12/10/2010.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Novo aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
MARTINELLI AUDITORES, Avaliação de riscos e controles internos. Disponível em: <http://www.reitoria.rei.unicamp.br/auditoria/documentos/mod2_ap_dia2.pdf>. Acesso em 24/10/2010.
SANTOS, Boaventura de Souza, Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Disponível em: <http://www.ces.pt/bss/documentos/sociologia_das_ausencias.pdf> Acesso em 31/10/2010.
WIKCIONÁRIO, disponível em http://pt.wiktionary.org Acesso em 31/10/2010.
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O consumidor e as empresas de vigilância.
Publicado em
01/10/2011
às
09:00
De uns tempos para cá, por razões de segurança, condomínios e residências estão preferindo contratar empresas de vigilância ao invés de contratar de funcionários. Muito embora essa mudança invariavelmente implique em custos mais elevados, a eficiência do serviço acaba compensando.
Mesmo quando o funcionário fica doente ou entra em férias, o serviço está preservado, porque a empresa promove a substituição. Se o funcionário indicado pela empresa é ruim, basta solicitar para que seja promovida a troca.
Nos últimos dias temos visto assaltos a condomínios que contrataram essas empresas de vigilância. Muito embora a segurança pública seja um dever do Estado, a contratação de empresas privadas de vigilância, em caso de roubos, acarreta para elas certas responsabilidades.
É inconcebível que assaltantes passem por todo o aparato de vigilância de um condomínio sem serem notados, notadamente quando esse condomínio conta com câmeras, cercas elétricas e inúmeros seguranças. A expectativa dos consumidores que contratam uma empresa de vigilância é de um serviço de qualidade, que fiscalize a entrada e a saída de pessoas e que reduza ao mínimo o risco de roubos.
Logo ao ser contratada, a empresa de vigilância deve promover todas as adaptações no local da prestação do serviço para dotá-lo de eficiência, eliminando os pontos vulneráveis e também orientando os moradores para prevenir incidentes.
Quando o serviço prestado pela empresa de vigilância não é eficiente a ponto de prevenir roubos deve haver a sua responsabilização, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, pelo fato do serviço.
Um roubo que acontece durante a prestação de serviço por empresa de vigilância configura defeito na prestação de serviço, já que o consumidor contrata tal empresa justamente para que esses dissabores decorrentes do descumprimento do dever de vigilância do Estado não ocorram.
A responsabilidade nesses casos é objetiva, ou seja, decorre simplesmente do roubo, cabendo à empresa contratada indenizar os moradores lesados no seu patrimônio em todos os prejuízos que tiveram.
Se o evento aconteceu em virtude da colaboração ou da desídia de funcionários da empresa contratada, a responsabilidade será ainda maior, já que esta responde pela conduta de seus funcionários.
Quem contrata empresa de vigilância espera ter paz, ressalvados os casos em que os bandidos ingressam no local acompanhados de moradores, entendemos que as empresas de vigilância particular devem indenizar todos os danos causados pelos roubos aos consumidores.
Por Arthur Rollo
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Como atingir objetivos e metas
Publicado em
30/09/2011
às
09:00
Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei durante mais de um ano, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior.
O que a caçada aborígine nos ensina?
Em primeiro lugar vemos que a "dança" é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro "treinamento". Quando imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc.
Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte - caçar aquele determinado animal (e não outro).
Com o objetivo bem determinado, claro e de conhecimento de todos (qual é o animal a ser caçado) e com ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquista-lo, e com as armas certas, não há como não obter êxito na caça!
No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade pois que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final - trazer o animal para a aldeia!
Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, instrumentos certos para atingi-los (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser.
Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claro os nossos objetivos pessoais e profissionais e um total envolvimento e comprometimento com as coisas e com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas e outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso.
Há pessoas que não se envolvem, não se comprometem, com a idéia falsa e errônea de que não se envolvendo e não se comprometendo ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem "morrer sentadas" com medo de participar ficam à margem do caminho, nunca são promovidas e são vistas como não-comprometidas.
As pessoas de sucesso são as que não têm medo de se comprometer e as que compreendem que o sucesso exige de nós a coragem para correr riscos, para assumir compromissos e lutar por nossos objetivos. A diferença fundamental entre ganhadores e perdedores está na medida do comprometimento, do envolvimento, da participação e da capacidade de fazer, empreender.
Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho menos comprometido e mais fácil? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em coisas que "dão trabalho"?
Eu conheço muita gente assim e tenho pena dessa gente.
O tempo atual é dos que têm objetivos claros e são comprometidos com aquilo que fazem. Vejo, com pesar, pessoas que se economizam o tempo todo. Parece que não querem "gastar-se". Não querem "doar-se" àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Jamais alcançarão seus objetivos e metas.
Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim, elas vão ficando cada vez mais "por fora" e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão igualmente esquecidas nas promoções e nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem e ficam à margem do caminho.
Acredite! Tenha foco, se aperfeiçoe, use as armas adequadas, tenha dedicação e entusiasmo e traga para casa o seu "bicho"!
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins.
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A Venda Nasce no Planejamento
Publicado em
29/09/2011
às
09:00
Ouso dizer que a capacidade de planejar, é sem dúvida alguma, uma das maiores, senão a maior dificuldade do profissional de vendas.
Não por que faltam ferramentas que auxiliem nessa questão, mas por pura falta de conhecimento para fazer um simples plano ou de acreditar que isso dará certo.
Neste artigo desejo apenas ajudar ao vendedor, aquele que está diariamente no campo, a planejar melhor cada visita e assim melhorar seu desempenho junto aos seus clientes.
Perceba que seguindo o exemplo abaixo o vendedor tende a estar melhor preparado e muito mais focado no que oferecer ao cliente e assim fazer o que realmente importa.
Coloque a sua análise em uma simples planilha ou se preferir até no papel levando em conta os seguintes aspectos: Data e nome do cliente - neste campo indique a data do planejamento e nome do cliente para futuras análises comparativas.
Concorrentes - coloque todos os concorrentes dos quais seus clientes já compra ou que pode vir a comprar. Assim você sabe com quem está competindo e quais são os pontos fortes e fracos de cada um.
Produtos que compra ou já comprou - liste todos os produtos que o cliente compra ou comprou de você por um determinado período e a sua quantidade. No mínimo liste as últimas três compras realizadas. A facilidade de acesso a esse tipo de dados depende do sistema de cada empresa, mas hoje é comum, no mínimo, o vendedor receber um relatório do que e para quem vendeu ao final de cada mês.
Preço - coloque ao lado de cada produto o valor pago por unidade ou o total do lote.
Potencial de compra mensal - agora aliado a fatos e números estime o valor que o cliente pode comprar mensalmente. Tome como referência o valor que ele já comprou e faça uma previsão realista e que possa ser atingida em um prazo máximo de seis meses.
Potencial de compra anual - essa conta é bem simples. Multiplique por doze o número que você definiu e assim você terá a estimativa de valor que o cliente, segundo seu estudo, pode vir a comprar de você.
Vendas reais acumuladas no ano - basta colocar o quanto o cliente já comprou de você neste ano no campo "Potencial de compra anual". Esse número é o total de vendas e não vendas por produto. Assim é mais simples, mas caso desejar você pode fazer por produto.
Gap em $ - nesta coluna você simplesmente diminui o valor da coluna "Potencial de compra anual" da coluna "Vendas reais acumulada no ano". Assim você visualizará a diferença de valores entre o potencial que o cliente tem de compra frente ao que você efetivamente vendeu. Nessa hora a gente leva cada susto!
Produtos do mix que não vendo - agora é hora de listar todos os produtos que o meu cliente não compra, mas que pode vir a comprar em um curto prazo de tempo. Muitos vendedores não trabalham o seu mix da forma adequada, porque foca o que vende mais, o que dá mais comissão, aquilo em que é expert ou porque esquece mesmo.
"Quem tem a informação tem poder!" Eu discordo deste pensamento. Na verdade "quem sabe usar a informação é quem tem o poder!"
Planeje suas vendas, prepare-se, foque sua execução e boas comissões!
Por Paulo Araújo
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O caminho para melhores resultados em vendas
Publicado em
28/09/2011
às
09:00
Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou produto que vende, mas não é capaz de comprá-lo? Certa vez, entrei em uma loja de eletrodomésticos, para comprar uma máquina de lavar roupas. Fui abordado por um vendedor, que disse que "as máquinas para serem impecáveis, só faltam estender e passar as roupas!" Depois de ouvir o vendedor, questionei qual dos modelos apresentados ele tinha em casa? Para minha surpresa, ele respondeu que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Você presenciou algo parecido? Observe nos dois fatores abaixo, como evitar dissabor ao apresentar uma proposta comercial ou oferecer um produto para um cliente.
Uma estrada de desmotivação e incertezas - Para fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo para desenvolver as atividades, por meio da cordialidade e do uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão, para fazer piadas e acreditam que estão arrasando! Há vendedores que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado para o perfil da cliente. Há profissionais de vendas, que realizam abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Caminham em uma estrada de desmotivação e incertezas. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com expressivo mix de venda. Ao utilizar de exemplos práticos e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de inovar suas argumentações para os produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos, de acordo com o perfil do público alvo.
Você contrataria um "especialista em jeitinho"? - O profissional que deseja argumentar com coerência sobre o produto ou o serviço com o cliente, deve conhecer o que está falando, por meio de treinamento prévio. Passa a ser inaceitável observar uma balconista, ociosa em uma loja, sabendo que neste momento, ela poderia estudar os produtos, as ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de uma marca. O "especialista em jeitinho" passa ser aquele que ao contrário de estudar, apresenta justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o "especialista em jeitinho" responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor que tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento pode contribuir para eliminar o comportamento do "especialista em jeitinho" e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais e coesas com as realidades do mercado.
Houve um período da história comercial, onde o vendedor era uma pessoa que usava de pretextos, com o objetivo de "empurrar" algo para um cliente. Tempo passado, pois atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial, para o crescimento de qualquer organização. Note que, quando ouvimos a sugestão de alguém, que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Você estaria confortável, em uma aeronave, onde o piloto não se preparou para pousar? Você realizaria a compra de um automóvel, com um vendedor, que não acredita no que está oferecendo? Qual caminho você está andando na trajetória do seu sucesso? Uma estrada de fracassos ou um caminho de conquistas com motivação?
Por Dalmir Sant'Anna
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Até Lá...!
Publicado em
27/09/2011
às
09:00
Acordei cedo.
Frio. Muito frio!
Mas continuo me perguntando: O que fazer?
Já sei: Vou sair.
Caminhar.
Caminhar ao vento, como preconiza o poeta.
Caminhar ao sol.
Caminhar com frio.
Caminhar!!!
Como faz bem este tipo de exercício físico.
Só este tipo?
Não, qualquer exercício físico é importante para o organismo humano, desde que tenhamos o aconselhamento médico.
Continuo a caminhar.
Caminhando e pensando.
Caminhando, pensando e assobiando.
Vontade de viajar...
Viajar, também, faz um bem danado... E como faz! Revigora as energias. Conhecimento de outras pessoas. Outros lugares. Outras línguas. Coisas diferentes de nossas rotinas...
Viajar com programação pronta. É muito interessante e confortável...
Viajar, caminhar e ir a um teatro.
Que programa! Sonho? Será? Só sei afirmar que é um excelente programa...
Será que vou conseguir tudo isto?
Claro que vou... Sou positivo nas minhas atitudes...
Já sei: viajarei ao Rio de Janeiro - "Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil...".
Caminharei no calçadão de Copacabana e Ipanema.
Irei ao teatro ver "Um violinista no telhado". Que legal!
Sonho?
Claro que não.
Viajar, caminhar e ir ao teatro.
Programa completo.
Como conseguir realizar este sonho?
Já sei.
Vou telefonar a minha agente de turismo. Ela deve possuir esta programação, ou similar. Mas acredito que ela vai me proporcionar que este sonho se transforme em realidade.
- Janice? Janice da Kiaitur? Aqui é o David...
Sonho?
Não.
Realidade.
Por enquanto frio.
Por enquanto acordei cedo.
Por enquanto estou caminhando.
Caminhando contra o vento.
Caminhando...
Depois... Bem, depois vou ao telefone, pois não caminho com meu celular. Isto me transtorna... Vou falar depois com a Janice.
Já estou sonhando.
Já estou sorrindo.
Espero realizar este sonho.
Juntamente com vocês.
Acredito que vocês também estão "com água na boca" em função deste meu sonho. Sonho que acredito que não seja - ao menos neste momento - somente meu. É de vocês também. Estou alegre. Estou podendo compartilhar o meu sonho com vocês. Meus amigos...
Amigos de caminhada.
Amigos de viagens.
Amigos do teatro.
Amigos de realizações de sonhos.
Amigos...
Esperem-me.
Realizarei este sonho.
E vocês juntos...
Certo?
Até lá...!
Por David Iasnogrodski
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Uma nova vida em dois anos
Publicado em
26/09/2011
às
09:00
A vida me tem sido um constante exercício do aprendizado. E, parafraseando o Talmude, tenho aprendido muito com meus mestres, mais com meus amigos e maisainda com meus alunos. Estes personagens surgem a todo instante, vêm e vão, deixando sempre um pouco de si e levando um pouco de mim também. E assumem formas variadas, humanas ou inanimadas, eternizadas numa palavra, num gesto, numa canção ou numa imagem.
Aprendi com o filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard que "a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente". Assim, embora com a visão sempre voltada ao futuro, próximo e distante, não raro coloco-me a espreitar meu passado, como quem investiga o porquê das escolhas feitas e dos caminhos trilhados. E tenho observado que minha vida, hoje, é reflexo das decisões tomadas há não mais do que apenas
dois anos.
Minhas alegrias ou desalentos, realizações ou frustrações, companheiros ou adversários, enfim, os frutos que tenho colhido, sejam saborosos ou insípidos, foram cultivados por mim mesmo, ora em terreno fértil, de onde viceja a prosperidade, ora em terreno arenoso, de onde grassa a inutilidade.
Finis origine pendet
Fui felicitado com a possibilidade de assistir a um filme singular, "O Clube do Imperador", protagonizado por Kevin Kline, no papel do professor William Hundert, responsável pelo ensino de História Greco-Romana aos alunos secundaristas de uma tradicional escola norte-americana cujo lema associado
à sua insígnia é finis origine pendet, ou seja, "o fim depende do início".
Na mesma proporção em que nossa condição vigente é resultado do que fizemos no passado, as portas do futuro se abrirão como consequência daquilo que fizermos no presente. Olhe ao seu redor. São as atividades que você realiza hoje e as pessoas com as quais convive neste momento que determinarão quem você será e onde aportará ao cabo de um par de anos.
Se um determinado empreendimento não vai bem, esteja certo de que isso decorre de decisões equivocadas, de estratégias inadvertidas ou de projetos não implementados no decorrer dos últimos dois anos. Lembre-se de que uma empresa quebra de duas maneiras: aos poucos e de repente. E relacionamentos também são assim...
Iniciar um novo curso ou uma pós-graduação fará de você um profissional mais conceituado e requisitado em dois anos. Mudar sua postura e suas atitudes na empresa em que trabalha atualmente ensejará ganhos que poderão ser premiados com uma grande promoção em até dois anos. Considerar a possibilidade de empreender em um negócio próprio, estruturando sua saída do mercado de trabalho formal e preparando-se estrategicamente para alçar voos maiores, com certeza lhe permitirá ter sucesso em breves dois anos. Alterar hábitos alimentares e adotar uma rotina de exercícios físicos prazerosos e regulares tornará seu corpo mais saudável em menos de dois anos. Transformar um
relacionamento pessoal superficial e despretensioso em algo nobre e edificante, uma vez vislumbrado que corações e mentes se completam, poderá implicar uma união duradoura em meros dois anos.
Espero que você se conscientize da importância de fazer escolhas e de suas consequências num horizonte próximo. Simplifique sua vida, abdicando de atividades e relações que não lhe acrescentam paixão e bem-estar. É fácil identificar isso, pois são fontes de ressentimento e angústia. Pessoas que
você não quer ver, telefonemas que não deseja atender. Você não está obrigado a manter tais relações. Talvez não as possa romper de imediato, mas poderá planejar sua saída com a maior brevidade.
Para o político que ganha a eleição, o atleta que se consagra na competição, o profissional que se completa na realização, o amor que se revigora na paixão, o fim depende do início. Depende dos propósitos de nossas ideias, dos princípios que norteiam nossas ações e do caráter, nosso e dos que nos
cercam.
Por Tom Coelho
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A Esperança Brigou com o Entusiasmo
Publicado em
25/09/2011
às
09:00
Atônita, ao olhar para seu relógio, Esperança já podia sentir aquela sensação de recomeço. Recomeçar o ano... as metas... a sonhar.
E ao ouvir o quase ensurdecedor barulho dos fogos de artifício também pôde sentir aquele friozinho na barriga. Medo? Talvez medo do stress, de não conseguir, quem sabe do próprio recomeço.
O fato é que Esperança havia há muito tempo brigado com o entusiasmo e até mesmo esquecido que por definição entusiasmos significa: inspiração divina; a força que vêm de dentro, que nos levar a realizar o que antes parecia impossível; uma paixão viva; alegria ruidosa. O que ela parecia não sentir mais.
Esperança estava perdida na busca pelo sucesso, que erroneamente na sua mente é o mesmo que dinheiro, matéria, status. E nessa busca frenética perdeu-se na ilusão de que sem isso a vida seria mais dura, mais triste, até mesmo insana. Esperança tem tudo, mas não tem nada. Vive de ansiedade, na ilusão de que na próxima conquista conseguirá tempo para si, para celebrar, para curtir. Esperança está seriamente doente... mas não se dá conta.
Esperança sofre de um mal comum na sociedade moderna - entusiasmar-se pelas coisas erradas.
Mas como a noite era mágica e especial bem ao seu lado, na sala de estar, encontrou um livro e entendeu o porquê nunca deveria brigar com o entusiasmo.
Foi Carlos Drumond de Andrade quem a ajudou nesta árdua tarefa, quando ela leu e refletiu sobre o texto abaixo.
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para frente tudo vai ser diferente".
Esperança finalmente aprendeu que a esperança é um componente do nosso próprio ser, que não pode ser um comportamento passivo, mas que está voltada para a ação. É uma virtude, uma força que nos anima. É quem nos leva a acreditar num futuro melhor.
Não brigue com o entusiasmo porque ele é intransferível é aquele que dá sentido para a sua vida!
E não seja diferente somente no trabalho ou na condução de sua carreira, vá ainda mais fundo e seja um SER HUMANO Diferente.
Em 2011 tenha entusiasmo pelas coisas certas e pelos motivos certos!
Começar o ano com a esperança renovada pode ser o seu maior presente de ano novo.
Feliz Natal, muita paz, saúde, realizações e um 2011 pra lá de ESPECIAL!
Por Paulo Araújo
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Eu e eu mesmo
Publicado em
24/09/2011
às
09:00
Eu preciso viver comigo e por isso
Eu quero servir para mim
Eu quero ser capaz, assim que os dias passarem,
Sempre poder olhar diretamente nos meus olhos.
Eu não quero quando o sol se por
Me odiar pelas coisas que fiz
Eu quero sair com a cabeça ereta
Eu quero ter o respeito que cada ser humano merece
E aqui,na luta pela fama e riqueza
Eu quero ser capaz de gostar de mim,
Eu não quero olhar para mim mesmo e saber
Que atuei em show vazio
Eu nunca vou poder me esconder de mim mesmo
Eu vejo que os outros não podem ver
Eu sei que os outros não sabem
Eu nunca vou poder enganar a mim mesmo.
Não importa o que acontece
Quero ser orgulhoso de mim e ter
A consciência limpa.
E ser feliz agora.
Pense sobre isto.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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A copa de 2014 e a profissão contábil
Publicado em
23/09/2011
às
09:00
Podemos afirmar que a contabilidade, atualmente, não se preocupa apenas com os registros contábeis e com o preenchimento de declarações exigidas pelas autoridades tributárias. O desenvolvimento do mercado mundial, e da economia tornou a contabilidade um instrumento fundamental para a administração das empresas, gerando informações exatas para tomada de decisões. Ou seja, a contabilidade tem fornecido a seus usuários informações úteis e confiáveis, auxiliando no processo de decisões empresariais, exigindo cada vez mais do profissional contábil.
A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, trará muitas oportunidades e recursos financeiros. Estima-se que a economia brasileira vai agregar em torno de R$ 5 bilhões com o aumento do consumo, pois são esperados mais de 600 mil turistas estrangeiros, e três milhões de turistas brasileiros, estima-se também em torno de R$ 47 bilhões aos cofres públicos de impostos diretos, somando-se a outros tributos, serão arrecadados mais R$ 16 bilhões, esses dados foram fornecidos pelo assessor do Ministério do Esporte Ricardo Gomyde, numa reunião em Julho, no 2º Fórum Legislativo das Cidades-Sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Essas perspectivas de aquecimento nos mercados econômico, e de trabalho brasileiro, causarão impacto nas áreas de construção civil, infra-estrutura, transportes, varejo, entre outras, para grandes, médias empresas, empresas de pequeno porte e empreendedores individuais.
O contabilista que desejar se destacar precisa estar atento, pois o mercado contábil já começa a se preparar para esse evento, visualizando como pode alavancar os negócios.
Apesar da profissão contábil não estar diretamente relacionada com as principais atividades da Copa de 2014, cabe destacar, que as empresas que estão diretamente relacionadas com as atividades desse evento, necessitam dos serviços prestados pelas empresas contábeis, tais como, abertura de novas empresas e ou filiais, investimentos de empresas estrangeiras em fundos de investimentos do Brasil, planejamento e gestão contábil, e gestão tributária.
Compete ao contabilista, se aprimorar para estar na “vitrine” durante a Copa de 2014, através de certificações e, principalmente, dominando um segundo idioma, de preferência o inglês, pois o mercado trará inúmeras oportunidades para a profissão contábil.
Por: Lisiane dos Santos Palmeira
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O novo profissional de contabilidade
Publicado em
22/09/2011
às
09:00
A vida me tem sido um constante exercício do aprendizado. E, parafraseando o Talmude, tenho aprendido muito com meus mestres, mais com meus amigos e maisainda com meus alunos. Estes personagens surgem a todo instante, vêm e vão, deixando sempre um pouco de si e levando um pouco de mim também. E assumem formas variadas, humanas ou inanimadas, eternizadas numa palavra, num gesto, numa canção ou numa imagem.
Aprendi com o filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard que "a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente". Assim, embora com a visão sempre voltada ao futuro, próximo e distante, não raro coloco-me a espreitar meu passado, como quem investiga o porquê das escolhas feitas e dos caminhos trilhados. E tenho observado que minha vida, hoje, é reflexo das decisões tomadas há não mais do que apenas
dois anos.
Minhas alegrias ou desalentos, realizações ou frustrações, companheiros ou adversários, enfim, os frutos que tenho colhido, sejam saborosos ou insípidos, foram cultivados por mim mesmo, ora em terreno fértil, de onde viceja a prosperidade, ora em terreno arenoso, de onde grassa a inutilidade.
Finis origine pendet
Fui felicitado com a possibilidade de assistir a um filme singular, "O Clube do Imperador", protagonizado por Kevin Kline, no papel do professor William Hundert, responsável pelo ensino de História Greco-Romana aos alunos secundaristas de uma tradicional escola norte-americana cujo lema associado
à sua insígnia é finis origine pendet, ou seja, "o fim depende do início".
Na mesma proporção em que nossa condição vigente é resultado do que fizemos no passado, as portas do futuro se abrirão como consequência daquilo que fizermos no presente. Olhe ao seu redor. São as atividades que você realiza hoje e as pessoas com as quais convive neste momento que determinarão quem você será e onde aportará ao cabo de um par de anos.
Se um determinado empreendimento não vai bem, esteja certo de que isso decorre de decisões equivocadas, de estratégias inadvertidas ou de projetos não implementados no decorrer dos últimos dois anos. Lembre-se de que uma empresa quebra de duas maneiras: aos poucos e de repente. E relacionamentos também são assim...
Iniciar um novo curso ou uma pós-graduação fará de você um profissional mais conceituado e requisitado em dois anos. Mudar sua postura e suas atitudes na empresa em que trabalha atualmente ensejará ganhos que poderão ser premiados com uma grande promoção em até dois anos. Considerar a possibilidade de empreender em um negócio próprio, estruturando sua saída do mercado de trabalho formal e preparando-se estrategicamente para alçar voos maiores, com certeza lhe permitirá ter sucesso em breves dois anos. Alterar hábitos alimentares e adotar uma rotina de exercícios físicos prazerosos e regulares tornará seu corpo mais saudável em menos de dois anos. Transformar um
relacionamento pessoal superficial e despretensioso em algo nobre e edificante, uma vez vislumbrado que corações e mentes se completam, poderá implicar uma união duradoura em meros dois anos.
Espero que você se conscientize da importância de fazer escolhas e de suas consequências num horizonte próximo. Simplifique sua vida, abdicando de atividades e relações que não lhe acrescentam paixão e bem-estar. É fácil identificar isso, pois são fontes de ressentimento e angústia. Pessoas que
você não quer ver, telefonemas que não deseja atender. Você não está obrigado a manter tais relações. Talvez não as possa romper de imediato, mas poderá planejar sua saída com a maior brevidade.
Para o político que ganha a eleição, o atleta que se consagra na competição, o profissional que se completa na realização, o amor que se revigora na paixão, o fim depende do início. Depende dos propósitos de nossas ideias, dos princípios que norteiam nossas ações e do caráter, nosso e dos que nos
cercam.
Por Tom Coelho
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A Família e o Álcool
Publicado em
21/09/2011
às
09:00
Foi publicada na imprensa, há dias, a informação de que a Comissão de Estudos sobre Políticas Públicas de Combate às Drogas, da Câmara dos Deputados, vai propor o fim da propaganda de bebida alcoólica na TV. Trata-se, afirmo com segurança, de um avanço no combate ao uso imoderado de bebidas alcoólicas, que tanto dano traz às pessoas e, em consequência, às famílias brasileiras. Vai haver muita contrariedade e reação, do mesmo modo que aconteceu quando foi proibida a propaganda do cigarro. Espero que o resultado seja parecido, pois, desde então, mais de 30 milhões de brasileiros deixaram o tabaco. Antes, os fumantes representavam 32% da população e hoje são apenas 17%. Ora, se não é possível acabar com o consumo descontrolado, evite-se o estímulo ao consumo. A verdade é que a propaganda para incentivar o uso de uma droga como o álcool é totalmente errada. É inconcebível que se faça propaganda de bebida alcóolica em competições esportivas, inclusive com a participação de atletas e técnicos. Pois a situação de consumo abusivo do álcool, no Brasil, já é altamente preocupante. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool, divulgado em fevereiro deste ano, mostra que o Brasil está entre os países com maior aumento do uso excessivo de bebida alcoólica. Talvez muitos não saibam, mas o álcool mata mais que epidemias, AIDS, tuberculose, violência e guerras, sendo responsável por 5% de todas as mortes no mundo. De acordo com o relatório da OMS, a média mundial de consumo de álcool, em 2003, foi de 6,13 l de álcool per capita, em 2003, enquanto no Brasil 32,4% dos homens e 10,1% das mulheres abusaram da bebida alcoólica. Nos dois sexos, a faixa etária analisada é a partir de 15 anos. De acordo com o documento, o consumo de álcool no Brasil foi de 6,2 l por pessoa, em 2005, sendo a cerveja a bebida mais consumida pelos brasileiros, seguida por destilados e vinhos. No ano passado, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que aumentou de 16,2% para 18,9% o percentual de brasileiros que declararam ter abusado do álcool, entre 2006 e 2009. A tendência, então, é de aumento de consumo. Infelizmente, hoje, no Brasil, já são 16 milhões de pessoas dependentes do álcool. E mais de 1.000 brasileiros morrem, por ano, vítimas de acidentes causados por excesso de álcool, sendo que cerca de 10% de todos os acidentes com vítimas resultam de dirigir com excesso de álcool no sangue. A Lei pode ajudar a reduzir esses resultados. Mas cabe especialmente às famílias o dever de um trabalho preventivo, pela educação e pelo exemplo, evitando o consumo de álcool, para não ter, mais tarde, de chorar por suas perdas.
Por João Carlos Nedel
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Vontade de Vencer
Publicado em
20/09/2011
às
09:00
Um time.
Um candidato a "qualquer coisa".
No trabalho.
Todos nós somos desejosos da vitória.
Muitos desejam - e às vezes até conseguem - vencer a qualquer "custo".
É do ser humano: vencer. Vencer!
Muitos não conseguem. Muitos não conseguem vencer o que desejam...
O maior exemplo é o atleta de futebol.
Inicia na "base" tendo como "foto" principal - Pelé. Depois Ronaldinho Gaúcho. E assim por diante.
Vai passando o tempo e a idade. Consegue ele, muitas vezes, chegar à terceira divisão do campeonato da sua cidade. Muitos amigos dele, nem isso conseguem...
Vem à frustração.
O tempo passou e "ele" fica olhando as fotos dos vitoriosos... Não se dá conta que "ele" também é vitorioso, pois atrás estão alguns outros...
Lastima-se.
E aí? Bola prá frente...
E assim é em tudo.
Assim é em todos os momentos.
Assim é em todas as profissões.
Assim é em tudo... Em tudo mesmo!
O topo da pirâmide é pequeno. Tem poucos lugares...
A base desta pirâmide é enorme. Como ela é grande!
Não podemos, isso sim, é cair numa frustração. Necessitamos é pensar na realidade... Cada um de nós tem uma realidade. Para cada um de nós está traçado um caminho. É a realidade da pirâmide.
Vencer? Como?
Vendo as oportunidades. Não sendo egoísta. Devemos observar as reais oportunidades. Muitas vezes fechamos os olhos e "elas" passam despercebidas. Também isso acontece. Necessitamos ficar atentos a todos e a tudo.
Sou de uma opinião, não sei se estou certo ou se sou um pouco conservador: "Devemos procurar vencer sempre. Nem sempre "achamos" a tal oportunidade. Não podemos esperar pela sorte. Mas já tendo saúde e amigos, já são grandes vitórias. Muitas vezes estas duas premissas e juntas se tornam muito dificultosas. Muitos e muitos nem isso conseguem..."
Vencer?
Necessitamos procurar o progresso.
Necessitamos procurar o melhor rendimento.
Não podemos ser egoístas, mas necessitamos também ajudar "o próximo" a vencer.
Vencer todos os obstáculos. E são muitos durante a nossa existência.
Necessitamos criar.
Necessitamos exercitar.
Necessitamos vencer.
Por David Iasnogrodski
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Posicionamento: Um diferencial no mercado de atuação
Publicado em
19/09/2011
às
09:00
Em um cenário competitivo e com expressivas transformações em várias áreas profissionais, o posicionamento de uma empresa torna-se importante instrumento, para contribuir com o sucesso organizacional, além de gerar diferenciais sobre a concorrência e maior aproximação com o cliente. De maneira figurativa, não é possível aceitar entrar em um barco e permitir que a onda leve sua carreira profissional para qualquer destino. Observe abaixo, como tornar o posicionamento um grande diferencial e assumir o compromisso de prometer menos e fazer mais.
Encontre caminhos para conduzir seus sonhos à realidade - Precisamos compreender, que no ambiente profissional, o posicionamento se concretiza no ato de desenvolver a imagem da organização, para ocupar um lugar de destaque na mente do consumidor. Toda empresa precisa gerar diferenciais, pois é uma questão de sobrevivência. Na vida pessoal não é nada diferente para quem deseja ser o primeiro colocado. Ser o número um, exige treinamento, visualização constante das metas e perseverança para superar desafios. Acredite que seu posicionamento diante de uma decisão mostra o quanto você pode fazer a diferença. Estabeleça as metas e os rumos que deseja realizar. Torne-os o mais visível possível para sua mente e defina os critérios necessários para alcançar esses resultados.
Visualize você passando pela linha de chegada - Imagine que você está participando de uma corrida. Antes do sinal da largada o que passa em sua mente? Pensa em desculpas para justificar sua colocação? Encontra desmotivação ao perceber o perfil dos concorrentes ou visualiza você passando pela linha de chegada? Há alunos que, antes de receber a avaliação, reclamam que a prova está difícil. Há vendedores que prezam em falar da concorrência ao contrário de enaltecer a empresa que trabalham. Lembre que, se não puder ser o primeiro em uma categoria, estabeleça uma nova categoria em que seja o primeiro. Esse importante princípio do marketing indica que, ao contrário de desculpas será preciso visualizar as conquistas.
Posicionamento exige uma estratégia de destaque. Algumas empresas buscam posicionamento no preço, nas características dos produtos, no serviço oferecido, na equipe de trabalho ou na localização. Na sua carreira, qual a estratégia utilizada para encontrar um posicionamento de destaque? Como você está posicionado em relação as suas metas e desafios? Concentre seus esforços no que deseja realizar e conceda prioridade absoluta para estimular seu potencial. Não permita que o barco da sua vida navegue à deriva, mas conduza para que alcance a descoberta de novas e vitoriosas oportunidades.
Dalmir Sant'Anna
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Não tem, não dá, não pode
Publicado em
18/09/2011
às
09:00
Pergunto à balconista se na loja tem tal produto. Ela diz: “não tem”. Pergunto ao eletricista se dá para colocar uma tomada extra junto à geladeira. Ele diz: “não dá”. Pergunto ao advogado se tal coisa pode ser feita. Ele diz: “não pode”.
Já recebi muitos “não tem, não dá e não pode” que tinham, davam e podiam. De preguiça de procurar o produto no estoque, o balconista diz que não tem. De preguiça de arrastar a geladeira, subir no forro e puxar a dita tomada, o eletricista diz que não dá, que a rede não suporta a carga. De preguiça de consultar a jurisprudência, o advogado diz que não pode. Se batermos o pé e ficarmos firmes em nossa decisão, vemos que não era bem assim. “Ter, tem”, me disse o balconista, “mas está lá no alto...”. “Que dá, dá”, me disse o eletricista, “mas o seu forro é baixo demais”. “Poder, pode”, me disse o advogado, “mas eu não conheço bem a legislação trabalhista”.
Todas as vezes que alguém lhe disser não tem, não dá e não pode, desconfie e confira. Pergunte novamente e insista e você verá que muitas vezes tem, dá e pode.
A maneira mais fácil de fugir de uma responsabilidade ou de um serviço é dizer não. E você conhece as dezenas de variantes destes não tem, não dá e não pode. É a secretária que diz que já ligou centenas de vezes e não encontrou a pessoa. É o motorista que diz que não dá tempo de fazer a entrega naquele dia. É a costureira que diz que é impossível fazer aquela barra de saia. É o dentista que diz que aquele seu dente, só extraindo mesmo. É o médico que afirma que isso é caso de cirurgia e não tem outro jeito. É o mecânico que diz que o motor de seu carro está fundindo e que não pode fazer nada e o auto-elétrico que diz que aquela lâmpada queimada de seu carro não existe mais. Será?
É sempre mais fácil dizer não tem, não dá, não pode, assim como os famosos não sei, não vi, não conheço, não estava lá, não é da minha alçada, não é da minha área ou do meu departamento.
Será que não estamos sendo vítimas de pessoas pouco comprometidas em solucionar nossos problemas, simplesmente dizendo não tem, não dá, não pode? Será que em nossa própria empresa isso acontece? Será que nós próprios não dizemos não tem, não dá, não pode, quando o tem, o dá e o pode exigem muito trabalho e um comprometimento extra?
Pense nisso. Sucesso
Por Luiz Marins
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Mulher é ser anfitriã do amor
Publicado em
17/09/2011
às
09:00
O ser humano precisa observar com mais carinho e generosidade, toda doação, compreensão e tantos outros sentimentos de ternura que envolve o coração, ao reconhecer o poder mágico de uma mulher. Seu coração está repleto de lições de polivalência, bondade, superação e segredos unicamente maternais, que expressam a beleza de viver e assumir desafios, sem deixar jamais de abandonar os exercícios de amar e perdoar. A mulher sabe, de maneira generosa agradecer e com sabedoria, transforma erros em lições de vida.
Portadora do infinito amor - Indiferente da classe social, a mulher é uma batalhadora, que mesmo em situações de baixo astral, administra as emoções de modo a buscar liberá-las, quase sempre na hora correta e da forma mais adequada, para servir com solidariedade e dedicação. Chora escondida, para não revelar suas fraquezas, mas busca conhecer suas falhas, aprender como lidar e manter a harmonia aliada ao bem estar. Verdadeira heroína, diariamente é capaz de encarar o trabalho, não como uma obrigação, mas como uma opção de desenvolvimento humano e valorização da autoestima.
Valoriza a motivação para viver de bem com a própria vida - Conte quantas letras é preciso para escrever a palavra alegre. Agora conte quantas letras é preciso para escrever a palavra triste. Você percebeu, que ambas palavras são formadas pela mesma quantidade de letras? A mulher fortalece cada situação da vida e com sinergia procura encontrar o melhor caminho pra realizar o exercício de avaliar suas ações, atitudes e o próprio comportamento. Lembre que a vida apresenta duas opções com a mesma quantidade de letras (alegre ou triste), entretanto, a aplicabilidade das letras, oferece resultados opostos para a superação de metas e desafios.
Diante do destaque profissional e da expressiva competitividade apresentada pelo mercado de trabalho, a mulher apresenta determinação e polivalência para superar desafios, através da aceitação das rápidas transformações geradas pelo progresso tecnológico e com a expansão das atividades nos mais diversos segmentos profissionais. O estilo feminino de ser, demonstra que a mulher é sensível, cautelosa e persistente, bem como, utiliza de suas competências para superar desafios pessoais, profissionais e emocionais. Lembre que você, somente realiza esta leitura, porque uma mulher aceitou ser mãe e consequentemente, ser uma anfitriã do amor.
Por Dalmir Sant’Anna
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Mercado saturado, clientes dispersos o Marketing faz diferença
Publicado em
16/09/2011
às
09:00
O marketing em poucas palavras é a realização do cliente na busca de sua satisfação. A satisfação difere quanto à classe social, idade, cultura, disponibilidade de tempo, etc.
O verdadeiro homem de marketing é aquele que olha a necessidade do consumidor, define seu público alvo, avalia o produto ideal, fixa preço e estrategicamente faz chegar ao cliente por meio de ações, criação e desenvolvimento de campanhas de publicidades aliadas ou com a participação dos vendedores.
Para que ocorra sem erros toda a empresa deve participar do processo, especialmente o Departamento Comercial com seus vendedores e o Depto de Marketing com as pesquisas, a criação de embalagens e os meios de comunicação.
Não é um trabalho fácil a empresa tem que ter uma equipe coesa e disposta a ouvir, dialogar e ceder quando necessário.
O objetivo final não é mais o lucro, mas o cliente e este é que trará o lucro desejado pela empresa se ele for “encantado” ou plenamente satisfeito.
E o trabalho não termina aí, os concorrentes ficarão incomodados, pois estarão perdendo clientes e você terá que fideliza-los para não perdê-los, pelo preço ou qualidade, por isso a proximidade ao cliente é fundamental, caso contrário todo o trabalho e investimentos irão por água abaixo.
È lógico que a manutenção da propaganda, publicidade em jornais, revistas e TV são proporcionais ao tamanho e a disponibilidade financeira da empresa aliado ao mercado, margem de lucro e o retorno do investimento.
Se você tem um bom produto ou serviço e não faz a divulgação, poucos saberão e seus objetivos e metas não serão alcançados.
Dependendo do tipo de negócio ou produto a localização é fundamental e o SEBRAE pode ajudá-lo a verificar pelo banco de dados próprio se seu endereço é viável para o negócio, produto ou serviço.
O Cliente também é atraído e fidelizado pelo Marketing Sensorial, visual, olfato, audição, paladar e a climatização, por isso cuide do visual interno e externo de sua loja, negócio ou empresa, tais como vitrines atrativas, iluminação adequada, ao local ou produto; temperatura agradável, estudo das cores do ambiente e das embalagens, “layout” de fácil visualização e circulação, musica ambiente, aromatização do local, indicação dos preços, provadores, bebedouros, sanitários e principalmente vendedores treinados a não pressionar o cliente, mas ajudá-los na sua decisão.
O Marketing será o diferencial competitivo no seu negócio e é muito mais amplo do que as sugestões acima, envolve: pré e pós venda, assistência técnica, relações públicas, logística interna e externa, atendimento ao cliente, marca, logo, benchmarking, endomarketing, marketing reverso e muito mais.
Por Claudio Raza.
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Como acessar crédito para investir?
Publicado em
15/09/2011
às
09:00
Quando foi lançado o Programa Brasil Empreendedor pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, em parceria com o Sebrae, foi gerada uma forte expectativa no sentido de acesso ao crédito para financiar novos empreendimentos.
O mérito do programa foi instituir um curso de capacitação de empreendedores, cuja certificação faria parte dos requisitos de crédito.
Na teoria o programa realmente andou. Houve articulação com bancos oficiais para operacionalizar esse tipo de financiamento, mas o problema surgiu no momento de formalizar o pedido. Os processos caíram na vala comum, isto é, foram submetidos ao mesmo crivo de análise como outro projeto qualquer. Sucumbiram aos quesitos de experiência dos empreendedores e tempo de atividade da empresa.
Esse é mais um exemplo da diferença entre o discurso e a prática. O banco não está errado em cercar-se dos cuidados naturais de concessão de crédito, afinal é dele o risco; o que se questiona é a expectativa exagerada de certos programas.
Deve ser entendido que todo e qualquer anúncio de crédito faz parte da política da instituição, mas a sua efetivação depende da análise técnica de cada projeto. O tipo de negócio e a qualificação da empresa são fatores determinantes de êxito.
A informalidade da gestão, evidenciada pela falta de uma Contabilidade Gerencial, vem sendo observada como um dos pontos fracos de aspirantes ao crédito.
Empresas de pequeno porte escusam-se da escrituração contábil sob o manto do regime fiscal do Simples, que as eximem dessa obrigação, mas é requisito de análise de crédito por parte de bancos de fomento.
Por mais promissor que seja o projeto é fundamental que a empresa apresente um histórico de bom desempenho, o que deve estar refletido em demonstrativos que vão além da contabilidade fiscal.
A falta de um sistema de informações gerenciais dificulta o acompanhamento da evolução patrimonial da empresa, fator fundamental para a análise de retorno do investimento.
A empresa existe para criar valor econômico e isto se reflete tecnicamente na chamada conta de Patrimônio Líquido. Se ocorrer prejuízo, ou houver distribuição sistemática de lucros, não haverá acréscimo patrimonial, nem o consequente aumento do Capital Social, sendo este um dos fatores determinantes do limite de crédito.
Nesse sentido é importante que o empresário tenha noções básicas de contabilidade e utilize um padrão mínimo de relatórios gerenciais.
Todo o projeto de financiamento é desenvolvido a partir de um roteiro fornecido pela própria instituição de crédito. O empreendedor, entretanto, deve levar em conta que se trata de um modelo básico, aplicável a qualquer tipo de negócio. O importante é personalizar o projeto, isto é, dar o máximo de consistência e explorar toda a sua potencialidade, tendo presente os fatores críticos de análise.
Deve-se levar em conta também que o projeto deve ser rico em substantivos e despojado de adjetivos.
Pelo exposto pode parecer que o banco só financie projetos de expansão. Não, há possibilidade de projetos de implantação, mas isto requer uma abordagem específica.
Antes de encaminhar qualquer pedido de financiamento, o empresário deve ter seu plano por escrito, isto é, desenvolver um Plano de Negócios, onde fique evidenciada a viabilidade do projeto em todo o seu contexto: mercadológico, tecnológico, financeiro e gerencial.
Para credenciar-se ao crédito, portanto, além de um bom projeto, é essencial que a empresa apresente uma identidade clara de organização e competência.
Por Nadir Andreolla
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O Voluntariado do bem, sempre.
Publicado em
14/09/2011
às
09:00
"O que fazemos por nós mesmos morre conosco, o que fazemos pelos outros permanece e é eterno."
No mundo atual, moderno pela tecnologia de informação, muitas atividades ganham uma dinâmica melhor se os produtos e serviços tiverem, além da original seriedade, uma abrangência infinita de parceiros.
Pela internet é possível se nutrir de redes de voluntariado, cuja finalidade é propiciar uma variedade de atividades com enfoque absoluto ao bem-estar da humanidade. Na medida em que uma ferramenta de primeiros socorros ou rápidas informações é disponibilizada economiza-se energia e se ganha tempo na resolução dos problemas.
De fácil manipulação e utilização, o Planeta Voluntários nasceu com a premissa de fortalecer parcerias, agregar conhecimento e disseminá-lo, seja no eixo social, cultural, científico ou beneficente.
Cada atividade é desenvolvida com a determinação de se buscar caminhos retos e rápidos, com o propósito de atuar na imediata resolução, pois muitas vezes, uma resposta, uma alternativa ou mesmo ou uma sugestão, por simples que seja, pode estar a quilômetros de distância. Com os parceiros e colaboradores se forma um expressivo banco de dados e em poucos minutos se pode atuar na prática através da permuta comunitária. É a forma instantânea de agir e reagir.
Na última década grandes avanços se consolidaram pelas atuações da mídia eletrônica. Muitos casos considerados difíceis foram resolvidos. Encontraram-se pessoas há muito tempo procuradas; dividiram-se ajudas coletivas em prol de vítimas de catástrofes e consegui-se repassar à boa e importante informação. É bem verdade que há muitos instrumentos servindo várias populações hoje em dia. No caso do Planeta Voluntários, além de se caracterizar como uma organização que prima pela absoluta benevolência, há na espinha dorsal dos objetivos um imensurável potencial profissional, utilizando a rede para ser e não para ter.
Paradoxalmente muitas pessoas acreditam que a internet e suas derivações servem para afastar as pessoas. O Planeta Voluntários não. Nossa missão é aproximá-las para com efeito somatório dividirmos o que de bem se precisa para que as pessoas tenham dias melhores, anos melhores, uma vida melhor.
Por Marcio Demari
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País precisa adequar as leis ao mercado globalizado
Publicado em
13/09/2011
às
09:00
Atualmente, muito se ouve falar em globalização e nas inúmeras benesses geradas por tal processo, o qual nasceu eminentemente econômico em razão da abertura dos mercados internacionais, mas com o passar do tempo veio a compreender um universo de relações, dentre elas o trânsito de empregados.
É normal que um funcionário de uma empresa que possui clientes em todo o mundo (situação não rara) acabe por ter seu trabalho conhecido por empresas estrangeiras que, em razão de sua qualidade técnica, optam por contratá-lo, oferecendo-lhe salário atrativo e demais vantagens.
É comum que as empresas que possuem negócios em diversos países precisem que um funcionário de sua confiança as representante em um determinado país estrangeiro.
Fazem parte desse novo sistema o estrangeiro contratado por empresa nacional para prestar serviço em território também nacional; o empregado e companhia estrangeiros com execução do serviço em território nacional; o profissional nacional contratado por empresa estrangeira para prestar serviços em território estrangeiro; o empregado nacional contratado por empresa estrangeira para executar serviços em território nacional.
É oportuno destacarmos que aqui não estamos tratando do empregado assalariado, parte mais fraca da relação empregatícia, mas de grandes executivos e pessoas altamente qualificadas que negociaram as condições de seu contrato impondo regras, salários e benefícios da forma como melhor lhes aprouve.
Ditas transferências não costumam se operar sem que haja a concordância do empregado transferido que, normalmente, já é contratado conhecendo de antemão a existência da possibilidade de trabalhar no estrangeiro.
Obviamente, há um rol de interesses pessoais e profissionais que animam esses trabalhadores, sendo o principal deles a qualificação profissional e o reconhecimento das grandes empresas nacionais e estrangeiras, já que em determinadas profissões a experiência internacional é crucial no momento da contratação. Ainda, a transferência é sinônimo de diversos outros benefícios (extensíveis aos familiares) como índices de violência reduzidos, projetos sociais que realmente saem do papel, baixo percentual de impostos, saúde garantida pelo governo, etc... Coisas que fazem parte de uma utopia muito distante no Brasil.
Portanto, é ingênuo o pensamento que considera uma transferência nesses termos como "unilateral". Ela é, na verdade, um conjunto de fatores proveitosos para ambas as partes que representam o desejo da maioria dos funcionários das grandes empresas.
Este cenário nada mais é que o resultado efetivo da tão sonhada globalização, para a qual o Brasil, infelizmente, parece não estar preparado.
As transferências e contratações de empregados brasileiros para trabalhar no exterior e de estrangeiros para trabalhar no Brasil trouxeram a tona uma questão que até pouco tempo era raramente comentada: a inexistência de uma legislação trabalhista que permita que se proteja o trabalhador altamente qualificado sem atingir a ampla defesa da empresa ou vedar-lhe o devido processo legal, a fim de que a Justiça do Trabalho não se torne um óbice à própria globalização.
Questiona-se: é justo que o empregador estrangeiro sem filiais no Brasil tenha que comparecer a audiências em nosso país apenas pelo argumento de que a empresa estrangeira possui dinheiro suficiente para custear a viagem de um preposto, contratar um advogado brasileiro e pagar o tradutor para os documentos e audiências, postergando-se a análise do Foro competente, apenas porque o ex-funcionário (que hoje recebe quinze vezes mais que um trabalhador comum) atualmente reside no Brasil?
É justo que o novo empregador seja condenado ao pagamento de verbas existente apenas na legislação brasileira, das quais sequer tem conhecimento?
E o que se diria da equiparação salarial entre os funcionários brasileiros transferidos para o estrangeiro com aqueles que lá sempre prestaram trabalho?
Seria justo que tal empresa tivesse que pagar ao funcionário transferido em caráter definitivo para o estrangeiro, as horas extras por trabalho em dias que, no Brasil, correspondem a feriados se nesses dias a empresa estrangeira funciona normalmente naquele país?
É óbvio que não há justiça. Porém, por não haver um estudo jurídico mais detalhado a respeito do assunto, a Justiça do Trabalho permanece ignorando uma realidade gritante.
O que mais se vê nas reclamatórias trabalhistas em trâmite no Brasil são casos em que multinacionais, clientes de empresas brasileiras, ao reconhecer no trabalho prestado por determinado empregado brasileiro a qualidade que necessitam, oferecem-lhe salário e benefícios vantajosos para que o mesmo passe a ser seu colaborador. Embora a Súmula 207 do TST diga o contrário, o que se vê são condenações com reconhecimento de uma "unicidade contratual" que sequer existe por entenderem os julgadores que haveria uma espécie de "transferência" entre empresas quando este funcionário pede demissão da empresa brasileira e é contratado pela estrangeira.
Ainda que se tratasse de mesmo grupo econômico, a prática da rescisão, seguida de nova contratação é a única solução razoável para as transferências definitivas, já que não é plausível que o profissional seja mantido eternamente como suposto funcionário da empresa nacional, guindado à imobilidade, não podendo usufruir dos direitos e benefícios de seus colegas estrangeiros.
Frise-se que também é argumento da justiça o fato de o contrato ser entabulado dias depois do pedido de demissão da empresa brasileira, o que é mais que plausível, já que para a obtenção do visto de trabalho é requisito a apresentação do contrato laboral.
Tal pensamento é retrógrado.
Falta-nos, enquanto juristas, a consciência de que o direito pátrio não é o único existente e passível de aplicação para reger relações, sendo imprescindível a flexibilização do direito do trabalho para que se adapte às novas relações existentes. Globalização e flexibilização devem andar juntas.
De nada adianta pregarmos a globalização se punimos as empresas que proporcionam ao cidadão brasileiro o amparo que o próprio país não oferece.
Não há como impormos a jurisdição trabalhista brasileira em territórios sujeitos a outra soberania. Estamos relegando a Lei Maior de cada país à inexistência.
Segundo a jurisprudência, o estrangeiro transferido para o Brasil deve submeter-se à legislação brasileira. O brasileiro transferido para o exterior deve submeter-se à legislação brasileira. O Foro para julgamento da reclamatória trabalhista ajuizada por brasileiro que foi contratado no Brasil e prestou serviços exclusivamente no exterior (em detrimento do artigo 605 da CLT) é (no entendimento da grande maioria dos Juízes trabalhistas de primeiro grau) o brasileiro. Ignora-se que nos outros países também se legisla!
Ao ignorar a legislação dos países com os quais pretendemos estreitar ligações estamos, ao contrário, repelindo-os.
Segundo dados divulgados em 2008 pelo Ministério das Relações Exteriores, cerca de 4 milhões de brasileiros trabalham no exterior. Acredita-se que atualmente esta estimativa tenha aumentado em cerca de 20%.
Tais números apenas demonstram que é extremamente necessário que a Justiça do Trabalho busque entender esta realidade e as centenas de situações geradas pela emigração a fim de proporcionar a efetividade da Justiça.
Enquanto a flexibilização das leis trabalhistas continuar sendo confundida com o sacrifício de todas as conquistas alcançadas a duras penas pela classe operária, não poderemos falar em Justiça.
Flexibilização não é desordem! É, sim, o desenvolvimento econômico, é a competição internacional, são os avanços tecnológicos e a introdução de novas categorias de trabalhadores de modo a evitar o desemprego que assola esse país.
Não se beneficia as classes menos favorecidas fazendo-lhes concessões tais que geram uma enxurrada de reclamatórias trabalhistas, a falência de empresas, o crescimento do emprego informal e o rechaço de corporações que nos possibilitariam reduzir o desemprego. Beneficia-se os menos favorecidos proporcionando-lhes capacitação para que finalmente façam parte da engrenagem financeira que move o mercado.
Com relação ao contrato internacional de trabalho não há que se falar em "exceções" à regra que são julgadas de uma dezena de maneiras diferentes e sim, na criação de uma norma que contemple todas essas "exceções", fazendo com que o Brasil, a exemplo da União Européia, possua segurança jurídica tal que possibilite justiça nas relações trabalhistas, conhecimento do sistema jurídico brasileiro pelo mercado estrangeiro e, conseqüentemente, proporcione ao país a ascensão de mais um degrau rumo ao crescimento.
Por Kerlen Caroline Costa
kk
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Diálogo Franco e Aberto
Publicado em
12/09/2011
às
09:00
Estou indo ao encontro dele.
Uma fila enorme.
Vejo-o de longe. Sentado numa poltrona enorme e confortável. Cor vermelha. Com um computador ao colo. Eu acho que é para colocar os nomes das pessoas que ali estão passando.
E a fila anda. Devagar, mas anda...
E eu ali.
Todos acompanhados dos pais.
Eu estou sozinho.
Tenho muito mais idade do que as crianças ali presentes. Todas sorrindo. Todas desejosas de falar com "ele'".
E a fila vai andando. Parece um "trenzinho"...
E eu a pensar com meus botões: "vou falar com ele".
Cada criança sai, depois da conversa, com bala e pirulito.
Quase chegando a minha vez.
Finalmente chegou a hora.
- E o senhor, o que deseja? Não trouxe os filhos?
- Claro que não. Vim sozinho. Quero bater um "papinho" com este velhinho.
- Estou ao inteiro dispor, meu filho.
- Papai Noel. Não quero bala, já passei desta idade de ganhar guloseima. Não quero pirulito, pelo mesmo motivo. Não escrevi cartinha nenhuma solicitando um "presentinho" para ganhar no Natal. Não faço mais "chichi" na cama. Não uso mais fraldas e nem chupo mais bico.
- Então o que vieste fazer aqui?
- É uma época de diálogos. Todos vêm aqui com o intuito de lhe pedir algo ou dizer-lhe alguma coisa. Eu sou diferente. Sou adulto mas seria muito bom falar com este "bom velhinho" que está sempre de vermelho e com a barba branca do mesmo tamanho.
- Estás gozando da minha cara? He, he, he...
- Claro que não. Estou falando a verdade. Os adultos não possuem pessoas para dialogar. Estão todos nas suas casas. Engaiolados entre as grades devido à insegurança urbana.
- Será que sou eu a solução?
- Acho que sim! Como é bom dialogar com pessoas que possuem paciência. Paciência de ouvir lamúrias. Paciência de ouvir choros. Paciência... E também dar alguns conselhos...
- Isto que falaste é verdade. Estou aqui sentado para isso. As crianças têm muita confiança em mim. Adoram as minhas respostas. Adoram as minhas balas e também adoram que eu diga a eles algumas verdades. Elas me adoram... Acho que fui treinado para isso...
- São essas verdades que alguém deveria, também, dizer aos adultos. Dizer aos adultos a fim de que "eles" possam parar com as intrigas, com as fofocas, com as guerras, com as intrigas. Com as brigas familiares. Com tudo que não soma nada...
- Eu dizer isso?
- Sim, porque não? O senhor, mesmo com essa barba branca e a roupa vermelha é um ser humano e adulto. E como tal também deve ter no seu íntimo alguns "probleminhas".
- E como os tenho... Mas para as crianças estou sempre sorrindo e não devo demonstrar estas minhas preocupações. Minhas angústias... Meus "probleminhas"... Bem, chega. Nossa conversa já se alongou demais. A fila está grande. Estão resmungando que não está andando o "trenzinho". Afinal de contas, queres a bala e o pirulito?
- Vou aceitar, mas continuo dizendo que necessitamos conversar mais. Nós dois. Adulto também acredita em Papai Noel... e Papai Noel acredita nos adultos...
- Fica para o ano seguinte.
- Tudo bem. Se é assim que o senhor deseja, assim será...
- O próximo da fila, por favor... he, he, he.
Vou ficar esperando?!
Por David Iasnogrodski
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Inovar para crescer
Publicado em
11/09/2011
às
09:00
Alguns mitos cercam o mercado de trabalho no sistema financeiro. Primeiro, nos tempos de inflação galopante, valorizava-se mais os executivos de finanças, pois eram responsáveis por grande parte do resultado das empresas. Segundo, as oportunidades profissionais eram maiores quando comparadas à atual concentração decorrente de fusões e aquisições. Terceiro, o sistema bancário ficou comoditizado, com pouco espaço para inovação.
Analisando sob este prisma, gerenciar a carreira pode tornar-se desestimulante. As possibilidades de crescimento parecem limitadas, e as iniciativas pessoais, restritas e inócuas.
Vamos debater os mitos. É fato que bancos e companhias perderam a receita de floating e ações de tesouraria nestes mais de 15 anos de economia estável. Porém, tal como executivos em empresas tiveram que aprender a reduzir custos e buscar rentabilidade real em substituição aos ganhos com aplicações financeiras de outrora, também os bancos descobriram a lucratividade a partir da prestação de serviços.
Igualmente é verdade que a globalização incentiva a formação de novos conglomerados. Mas se temos a impressão de que há menos empresas para trabalhar, também dispomos da oportunidade ímpar de atuar em organizações transnacionais com chances de uma experiência internacional.
Por fim, atualmente produtos, serviços e pessoas estão cada vez mais semelhantes. Mas há um universo inimaginável de possibilidades de inovação. Se durante o período inflacionário alguém inventou a “conta remunerada”, qual será o produto atraente que você criará num cenário de estabilidade? Quais suas propostas para melhoria no atendimento, este grande fator de diferenciação capaz de conquistar e fidelizar clientes?
O crescimento profissional passa pelo desenvolvimento de competências técnicas (formação acadêmica, fluência em outros idiomas, administração do tempo, negociação), comportamentais (iniciativa, comprometimento, ousadia, determinação, resiliência), relacionais (liderança, empowerment e trabalho em equipe) e valorativas (integridade, pluralidade, ética). Entre estas e tantas outras, destaca-se a criatividade.
Criar novos produtos, serviços e processos capazes de facilitar a vida das pessoas, conquistando mercados e ampliando a lucratividade. Compreender o novo perfil das demandas pessoais e a dinâmica do mundo corporativo. Usar a velocidade e a capilaridade da comunicação em rede e contemplar o imperativo da sustentabilidade. Estes são os grandes desafios profissionais da atualidade.
A pergunta final é: dentro deste contexto, como você vai construir seu futuro?
Por Tom Coelho
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Nosso Amigo nos Deixou
Publicado em
10/09/2011
às
09:00
Bom coração, solidário, culto e amigo. Escrevia várias páginas apenas mencionando suas qualidades.
Tive o prazer de nos últimos cinco anos, pelo menos três vezes por semana, ajudá-lo a abrir as portas do Café Rio Branco, pontualmente às seis e vinte da manhã.
Como era engraçado ver o Jorge todos os dias medir o consumo de energia. Ao final do mês ele já sabia exatamente quanto seria sua conta. Tinha suas manias, exercitava diariamente o cérebro, fazia palavras cruzadas, escrevia para jornais, não admitia envelhecer. Aliás, engraçado também era a forma como ele escrevia seus textos: pegava o papel dos pacotes de cigarros e escrevia no verso, acredito, para não gastar dinheiro com papel.
Dizem que os árabes são meio loucos. No caso do Jorge discordo, acho que ele era gênio.
Sábio e inteligentíssimo conversávamos sobre qualquer assunto, Jorge sabia muito sobre tudo, lia tudo e pesquisava sobre aquilo que não sabia.
Sarcástico, mal humorado às vezes, riamos muito quando ele desancava a criticar, expondo as mazelas do mundo ao seu ponto de vista, jamais haverá outro Jorge.
Um homem único que viveu momentos únicos. Recebia em seu Café políticos, artistas e personalidades, mas gostava mesmo era de ver os amigos de todos os dias, da companhia, de bater um bom papo.
Lembro-me que o café era cheio de badulaques, certa vez meu pai me consultou se poderia dar ao Jorge o capacete de meu avô que ele havia usado na revolução de 1932, eu disse que não, mas mesmo assim ele entregou ao Jorge.
Como retribuição, há alguns meses fui presenteado com a medalha da mesma revolução que meu avô havia lhe dado de presente.
Sinto-me feliz por ter ajudado seus projetos, sobretudo seu maior legado, a Patrulha Ecológica. Aliás, Bebedouro deve-lhe muito por tudo o que fazia pelo coletivo. Seu emprenho em tirar crianças das ruas oferecendo-lhes cidadania, educação e lazer era descomunal. Aos quase oitenta anos abraçou essa causa, ia aos sábados transmitir conhecimento aos meninos e meninas de forma abnegada. Lutava bravamente pelo projeto, conseguiu realizar e consolidar.
Também não descuidava do Hospital do Câncer, era o embaixador daquela instituição em Bebedouro.
Jorge era amoroso e carinhoso com minhas filhas, pegava a Bia no colo, brincava pacientemente com ela, levava-a para o lado de dentro do balcão e brincavam como avô e neta. Domingo era dia de irmos ao tio Jorge comer pão de queijo. Que saudades sentiremos!
Certa vez sabendo que a Bia estava doente, disponibilizou-se a sair de casa as dez da noite para ir ao Café assar os pães de queijo que ela adorava.
Tenho orgulho de tê-lo conhecido e com ele convivido, perdi meu amigo de todas as manhãs, faltará sempre alguma coisa nos meus dias, a visita ao meu velho mestre.
Deixou-me sem cumprir a promessa de passar um final de semana no rancho, dizia que em fevereiro estaríamos lá. Sei que agora poderá estar conosco sempre, em espírito e em pensamento.
Esteja em paz meu amigo, como foi bom estar com você por esses anos. Obrigado por ter sido tudo o que foi para nós todos.
O cafezinho da Esquina do Pecado não será mais tão saboroso.
Saudades!
Por José Rodrigo de Almeida
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Que tal deixar isso para seu concorrente?
Publicado em
09/09/2011
às
09:00
Conquistar um atendimento extraordinário não é tarefa fácil. Exige compromisso e entendimento de que essa é uma responsabilidade de todas as pessoas, que fazem parte do time da empresa. Perceba que, um excelente atendimento não é uma ação isolada para auxiliar o cliente na compra, mas um compromisso que envolve toda a equipe para gerar mais resultados. Não há como a equipe comercial realizar um extraordinário atendimento, se ao chegar ao setor de crediário, o cliente encontra falta de vontade, mau humor e intolerância. Fazer o cliente voltar mais vezes é resultado direto do atendimento oferecido, por todas as pessoas que fazem parte do seu negócio. Observe os itens abaixo e procure assumir o compromisso de deixar para o concorrente, fatos, ações e experiências negativas.
Deixe a burocratização para seu concorrente - Cheguei de madrugada, em um hotel no litoral da Bahia para apresentar palestra, em uma convenção de vendas. Expliquei ao recepcionista do hotel que o voo atrasou, estava bastante cansado e solicitei a possibilidade de preencher o formulário posteriormente. Qual foi a resposta? Recebi um "não", o mais rápido que você possa imaginar. Se pelo menos, o hotel ligasse, no dia do meu aniversário para dar parabéns, já seria um motivo para entender a exigência de tantas informações naquele formulário. Qual a dificuldade em reduzir a permanência do cliente na recepção? Se na sua empresa, o cliente precisa preencher um extenso formulário, elimine dados desnecessários. Deixe a burocratização para seu concorrente e perceba na prática, que as pessoas estarão reagindo de maneira positiva, sempre que você valorizar e otimizar o tempo do cliente.
Deixe as desculpas para seu concorrente - Ao exercer um cargo de liderança, não permita que uma situação de risco, equívoco ou devolução de mercadoria, seja corrigida no futuro. O tempo é veloz, dinâmico e exigente. Não deixe para amanhã a correção de algo que ocorreu de maneira negativa. Procure assumir com todo o seu time, o compromisso de deixar as desculpas para seu concorrente. Coloque em prática os 3R's a seguir: Relacionamento, Resultado e Recomendação. Busque valorizar o relacionamento com o cliente, lembrando que o resultado do atendimento gera uma recomendação. Quanto maior a sua dedicação, comprometimento, capacidade de superação e desejo para surpreender, com ênfase nos resultados, mais o seu desempenho torna-se evidente. Faça a seguinte reflexão: Se cada cliente que você possui, indicar o seu trabalho para mais uma pessoa, qual é o resultado? O dobro do que você tem hoje. Vamos tentar?
Disponha colocar em prática, os itens acima e perceba que atendimento não é somente falar, mas fazer acontecer. Todas as pessoas do seu time podem contribuir para fazer acontecer algo a mais, melhorar o atendimento, aumentar o relacionamento e intensificar a fidelização do cliente. São pessoas que fazem a diferença no atendimento. Quando há cooperação, torna-se mais compreensível o entendimento, de que uma meta é de todos. Faça um excelente trabalho de relacionamento, mesmo quando não há ninguém olhando e, deixe para o seu concorrente a catástrofe de um atendimento ineficaz.
Por Dalmir Sant'Anna
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Concorrência para crescer
Publicado em
08/09/2011
às
09:00
Os corredores se amontoam na largada e "pow"! Ao som de um tiro todos iniciam a São Silvestre, uma das mais tradicionais corridas de rua do mundo realizada todo ano em São Paulo. Logo um deles se destaca pela velocidade e pelo ritmo que impõe aos demais. Aos olhos do público aquele é o "cara", corre muito e deve vencer o longo caminho com facilidade. Na verdade ele é o coelho! Não, o nome do atleta não é coelho. Coelho é o nome que se dá para aquele corredor que tem por objetivo ditar um determinado ritmo aos atletas ou a um atleta da sua equipe. Dificilmente um coelho vence uma prova, pois manter o ritmo inicial até o seu final é quase impossível.
No dicionário Priberam um dos significados da palavra concorrente é "pessoa que pretende coisa pretendida por outros". Genial! É sobre isso que quero falar.
Concorrente não é só aquela empresa que vende o mesmo produto ou serviço que você. Esse é o concorrente mais óbvio é claro, mas vamos pensar juntos em como extrair o melhor de cada concorrente.
Levante os processos fundamentais para o seu negócio onde vale a pena se tornar referência. Sabe aquela recepcionista simpática e eficiente daquele médico que você posterga em revisitar. Então, ta aí um concorrente. Caso o atendimento da recepção daquele consultório seja melhor e mais eficiente do que o da sua empresa você acaba de encontrar um concorrente. É claro que neste processo em específico. E assim vale para qualquer empresa que tenha uma logística melhor do que a sua, sistema de vendas, comércio eletrônico, enfim; naquilo que você considera estratégico para o seu negócio.
Aprenda sempre e nada de salto alto. É uma grande ilusão acreditar que atingimos a excelência. A excelência é uma busca constante e não tem fim. Por mais que esteja bom sempre dá para melhorar. Jamais dê por encerrada a busca pela melhoria contínua e sempre procure novas ferramentas, processos ou sistemas que possam ajudar a dar um salto a mais.
Olhe, pergunte, copie e melhore. Conheceu uma empresa que tem um processo melhor do que o seu? Vá até lá e a visite! Peça licença para conhecer in loco como se faz. Caso não seja possível pergunte aos clientes daquela empresa como funciona, como eles conseguem ser tão bons assim. Depois separe o joio do trigo, defina critérios de medição e metas de forma clara e persiga esse nível de excelência que o seu concorrente já tem.
Ninguém é bom em tudo! Sempre existirá alguém que faz algo melhor do que a sua empresa ou que a sua empresa faz melhor do que os outros. Aprenda com o concorrente e não perca noites de sono pensando o quanto sua empresa poderia ser melhor se fizesse daquele jeito. Perca noites de sono descobrindo, elaborando, planejando e executando um processo que pode ser no mínimo igual ou melhor do que o seu concorrente. Gaste sua energia e tempo em ação, não em lamentação!
Coelho bom é aquele que ao final da sua própria corrida ajudou os colegas da sua equipe a manter um ritmo que os leva a vitória final. Concorrência boa é aquele que te faz crescer! Dita um ritmo de inovação constante, busca por melhorias no atendimento ao cliente e torna o mercado mais maduro e profissionalizado.
Longa vida aos bons concorrentes! São eles que ditam o ritmo e a velocidade de melhorias que a sua empresa irá fazer para sempre estar no pelotão de elite do seu mercado.
Por Paulo Araújo
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O Voluntariado do bem, Sempre.
Publicado em
07/09/2011
às
09:00
"O que fazemos por nós mesmos morre conosco, o que fazemos pelos outros permanece e é eterno."
No mundo atual, moderno pela tecnologia de informação, muitas atividades ganham uma dinâmica melhor se os produtos e serviços tiverem, além da original seriedade, uma abrangência infinita de parceiros.
Pela internet é possível se nutrir de redes de voluntariado, cuja finalidade é proporcionar uma variedade de atitudes com enfoque absoluto ao bem-estar da humanidade. Na medida economiza-se energia e se ganha tempo na resolução dos problemas.
De fácil manipulação e utilização, o Planeta Voluntários nasceu com a premissa de fortalecer parcerias, agregar conhecimento e disseminá-lo, seja no eixo social, cultural, científico ou beneficente.
Cada atividade é desenvolvida com a determinação de se buscar caminhos retos e rápidos, com o propósito de atuar na imediata resolução, pois muitas vezes, uma resposta, uma alternativa ou mesmo ou uma sugestão por simples que seja, pode estar a quilômetros de distância. Com os parceiros e colaboradores se forma um expressivo banco de dados e em poucos minutos se pode atuar na prática através da permuta comunitária. É a forma instantânea de agir e reagir.
Na última década grandes avanços se consolidaram pelas atuações da mídia eletrônica. Muitos casos considerados difíceis foram resolvidos. Encontraram-se pessoas há muito tempo procuradas; dividiram-se ajudas coletivas em prol de vítimas de catástrofes e consegui-se repassar à boa e importante informação. É bem verdade que há muitos instrumentos servindo várias populações hoje em dia. No caso do Planeta Voluntários, além de se caracterizar como uma organização que prima pela absoluta benevolência, há na espinha dorsal dos objetivos um imensurável potencial profissional, utilizando a rede para ser e não para ter.
Paradoxalmente muitas pessoas acreditam que a internet e suas derivações servem para afastar as pessoas. O Planeta Voluntários não. Nossa missão é aproximá-las para com efeito somatório dividirmos o que de bem se precisa para que as pessoas tenham dias melhores, anos melhores, uma vida melhor.
Por Marcio Demari |
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Deficiência não é ineficiência
Publicado em
06/09/2011
às
09:00
Eficiência.
Ineficiência.
Deficiência.
Três palavras muito importantes para todo o ser humano.
Eficiência e Ineficiência são muito subjetivas pois os graus de eficiência e ineficiência vão depender muito da nossa avaliação.
Mas Deficiência, bem! Deficiência é algo muito sério. Muito sério mesmo... Principalmente a deficiência cultural. Infelizmente, a nossa sociedade, em muitos momentos é um pouco ( ou em demasia) egoísta.
Não sabemos nunca o nosso dia de amanhã. Não podemos julgar ninguém hoje e nem nunca. Mas o convívio entre os seres humanos é muito importante, inclusive com aqueles que por ora ou para sempre são deficientes em certas atividades. É só através do convívio com o outro que o indivíduo torna-se membro de um conjunto social.
Podemos ter amigos, vizinhos, conhecidos, filhos, netos que se apresentam com deficiência. Normalmente são as pessoas que apresentam diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais. Por esse motivo devem ser desprezadas da sociedade? Claro que não... Vão necessitar sempre de estímulo e oportunidades, como qualquer ser humano, que lhes permitam alcançar uma boa qualidade de vida. Não é a pura verdade?
Acreditando nestas verdades é que Sarita Zinger (saritazinger@gmail.com) e Victor Daniel Freiberg (freiberg.victor@gmail.com) resolveram, numa feliz hora, realizar o projeto Clube Social Pertence, elaborado como um sistema diferenciado, visando, principalmente, a socialização do necessitado especial. Despertando nele a sensação do “pertencer”.
Afinal de contas os Deficientes não são Ineficientes.
As atividades principais serão desenvolvidas visando a descontração e lazer através de passeios, cinema, teatro, churrascadas, esporte, reuniões-dançantes, jantares em restaurantes e muitas outras atividades criativas num ambiente agradável e sociocultural.
Sarita e Victor- Parabéns pela iniciativa. São ideias assim que a humanidade necessita. Somos todos seres humanos... Tenho a certeza que todos se realizarão nestas atividades.
Por David Iasnogrodski
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A aplicação das normas contábeis para as PMEs
Publicado em
05/09/2011
às
09:00
As constantes e recentes alterações na legislação contábil, com a adoção das Normas IFRS, que interferem diretamente na 6.404/76 (Lei das S/A), estão propiciando uma importante e substancial reflexão acerca de quais empresas realmente devem utilizar a Resolução CFC nº 1.255/09 (Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas).
Primeiramente, vale considerar sua viabilidade até mesmo para as sociedades por ações de capital fechado, ou seja, sem negociação de ações na bolsa de valores; limitadas e entidades sem fins lucrativos, desde que não enquadradas como sociedades de grande porte pela Lei 11.638/07.
Em meio à gradual padronização das normas contábeis, entretanto, duas linhas de opinião se destacam sobre este tema. A pessimista acredita que os novos caminhos impostos pelas normas IFRS são a prova de que a profissão de contador está desmoralizada. Os que defendem essa tese afirmam categoricamente, com argumentos jurídicos, que as normas do Conselho Federal de Contabilidade não devem ser seguidas.
A outra vertente, na qual me incluo, entende que as normas contábeis produzidas pelo CPC -Comitê de Pronunciamentos Contábeis e transformadas em Resoluções/NBC pelo CFC são um arcabouço que irá valorizar nossa profissão, transformando-nos em profissionais que geram benefícios à sociedade e não apenas ao fisco, como ocorria até a emissão destas normas.
Com todas essas mudanças em curso, nós, contadores de pequenas e médias empresas, nos deparamos com as seguintes questões:
a) Devemos adotar o conjunto completo das normas mesmo que a empresa para a qual prestamos serviço seja de porte médio?
b) Como vou interagir com as empresas às quais presto serviços e passar a atuar diretamente em assuntos que, até pouco tempo atrás, simplesmente delegava ao gestor da empresa como, por exemplo, os estoques?
c) Como explicar para a empresa para a qual presto serviços que o trabalho contábil aumentou substancialmente em função das novas normas contábeis e, portanto, os honorários ficaram insuficientes para o tamanho da demanda?
São três pontos controversos, sem dúvida, mas que não impedem ao contador optar entre o conjunto completo das normas ou utilizar o CPC - PME, publicado em 2009 pelo CFC, destinado às pequenas e médias empresas.
A primeira etapa para a aplicação do CPC - PME, respondendo a questão “a”, é saber quando aplicá-lo, ação que deve ser realizada nas empresas que:
1) Não tenham obrigação pública de prestação de contas.
2) Elaborem demonstrações contábeis para fins gerais de usuários externos.
3) Possuam receita anual inferior a R$ 300 milhões ou ativos inferiores a R$ 240 milhões.
A segunda questão, sobre a interação com a administração em assuntos complexos, como os estoques, é alvo da nova contabilidade. A partir de agora, os contadores deverão entender o negócio da empresa, pois certamente passarão a ser mais consultados antes de importantes tomadas de decisões.
Por fim, vem o tema da elevação de custos, que invariavelmente não soa muito bem aos ouvidos dos clientes. É imprescindível expor que as novas tarefas aumentarão o volume de trabalho e de responsabilidades, além de aprimorar a qualidade dos serviços contábeis.
Tudo isso, se demonstrado adequadamente à administração da empresa, implica a valorização do serviço prestado, que deverá ter como contrapartida o aumento de salário/honorários do profissional contábil. Não há segredo, basta ser claro na abordagem, que certamente todas as arestas relativas a tais mudanças serão bem assimiladas.
Por Marco Antonio Papini
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Atendimento ineficaz pode levar a sua empresa para o final da fila
Publicado em
03/09/2011
às
09:00
Houve um período na história comercial, onde para ser um bom vendedor bastava contar com boa lábia para empurrar a mercadoria ao cliente e, muitas vezes, ludibriar para obter uma venda momentânea, passando a acreditar ser o primeiro da fila na preferência do consumidor. Naquela época era muito tranqüilo destinar a culpa por um equívoco cometido para a empresa, do que propriamente assumir a falha, pois não havia necessidade de demonstrar preocupação com um atendimento diferenciado, com a satisfação do cliente e principalmente, com a fidelidade e fortalecimento da marca.
O vendedor se sentia poderoso ao extremo e sua posição como o primeiro da fila, permitia não investir na sua própria capacitação. No período contemporâneo, o profissional de vendas necessita de um perfil diferenciado para ser competitivo e permanecer no primeiro lugar da fila, apresentando um atendimento eficaz, dinâmico, com autenticidade e transparência. O consumidor constrói uma fila imaginária em sua mente de fornecedores e locais de compra, posicionando por ordem de preferência, ou seja, ocupa o primeiro lugar a empresa a qual o cliente tem maior satisfação. Desta maneira, fique atento aos dois fatores abaixo e perceba que um atendimento ineficaz pode levar sua empresa para o final da fila.
Atendimento é um elo de aproximação entre a empresa e o cliente - Recentemente estava em uma loja aguardando para ser atendido e observando o trabalho dos vendedores. Após alguns momentos, uma vendedora chamou minha atenção pela ausência de interesse e pela falta de comprometimento, ao falar para o cliente: "Este produto eu acho que não tem no estoque, mas na loja X (citando o nome do concorrente), você vai encontrar com absoluta certeza". E para finalizar o horrível atendimento, completou dizendo: "Fora isto, você não quer mais nada, não?". Mesmo considerando toda a tecnologia utilizada atualmente nos processos produtivos de bens e serviços, uma ação que está presente desde os primórdios das relações comerciais é o atendimento. Realizado por telefone, pela internet ou pessoalmente, qualquer negociação, independente da sua natureza, abrange no atendimento um elo de aproximação entre a empresa e o cliente, exigindo empatia, profissionalismo, comprometimento, seriedade, entusiasmo e satisfação em bem servir. Normalmente, a cordialidade como os colaboradores abordam os clientes espelha como são tratados na empresa, desta maneira, a qualidade do atendimento de uma empresa com seus clientes pode se constituir na principal vantagem competitiva para os diversos setores comerciais ou empresariais.
A cooperação para o fortalecimento de um atendimento diferenciando - A figura do "vendedor lobo solitário" ou do "vendedor superstar" vem diminuindo em muitas organizações, essencialmente quando o foco está em fortalecer o relacionamento com os clientes para agregar valor aos negócios por um longo período. Profissionais que acreditam que o individualismo eleva seu volume de vendas estão enganados, pois a cooperação é essencial em todos os setores da empresa quando o objetivo é gerar um atendimento diferenciado. Vendedores do tipo "superstar" adotam uma postura egocêntrica, de estrelismo e arrogância, e em muitas ocasiões, optam em falar continuamente de forma negativa dos produtos da concorrência, e indiretamente, exaltam os benefícios do concorrente. Há empresas que são colocadas no final da fila, pelo fato dos seus próprios vendedores não conhecerem as diretrizes da empresa (missão, visão, valores, campanhas), ou ainda, sendo surpreendidos com uma nova campanha publicitária veiculada pelo rádio ou pela televisão, quando no entanto, deveria ser vendedor o primeiro a receber a informação.
Acredito que quando uma empresa promete entregar uma mercadoria em uma data, anteriormente acordada, e por algum motivo isto não ocorre, a empresa passa imediatamente para o final da fila, pois o cliente acaba divulgando o nome da empresa de maneira negativa para sua rede de relacionamentos. Um hotel que não é capaz de surpreender o cliente com algum diferencial e acaba lamentavelmente deixando de oferecer cortesia, tranqüilidade e conforto, acaba sendo a última opção de hospedagem. Quando você entra em uma loja e, recebe um atendimento ineficaz ou incoerente com as suas expectativas, acaba direcionando este estabelecimento comercial para o final da fila, ou seja, acaba buscando outras alternativas de compra e de consumo. Observe que você como consumidor, inúmeras vezes é envolvido às boas iniciativas e a um atendimento prestativo, gerado através de conhecimento do produto, cortesia, educação, profissionalismo e empatia. Agora, pare, pense e responda: Se o seu cliente montar uma relação de fornecedores, em que local da fila você estará?
Por Dalmir Sant’Anna
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Como atingir objetivos e metas
Publicado em
03/09/2011
às
09:00
Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei durante mais de um ano, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior.
O que a caçada aborígine nos ensina?
Em primeiro lugar vemos que a "dança" é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro "treinamento". Quando imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc.
Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte – caçar aquele determinado animal (e não outro).
Com o objetivo bem determinado, claro e de conhecimento de todos (qual é o animal a ser caçado) e com ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquista-lo, e com as armas certas, não há como não obter êxito na caça!
No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade pois que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final – trazer o animal para a aldeia!
Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, instrumentos certos para atingi-los (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser.
Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claro os nossos objetivos pessoais e profissionais e um total envolvimento e comprometimento com as coisas e com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas e outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso.
Há pessoas que não se envolvem, não se comprometem, com a idéia falsa e errônea de que não se envolvendo e não se comprometendo ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem "morrer sentadas" com medo de participar ficam à margem do caminho, nunca são promovidas e são vistas como não-comprometidas.
As pessoas de sucesso são as que não têm medo de se comprometer e as que compreendem que o sucesso exige de nós a coragem para correr riscos, para assumir compromissos e lutar por nossos objetivos. A diferença fundamental entre ganhadores e perdedores está na medida do comprometimento, do envolvimento, da participação e da capacidade de fazer, empreender.
Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho menos comprometido e mais fácil? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em coisas que "dão trabalho"?
Eu conheço muita gente assim e tenho pena dessa gente.
O tempo atual é dos que têm objetivos claros e são comprometidos com aquilo que fazem. Vejo, com pesar, pessoas que se economizam o tempo todo. Parece que não querem "gastar-se". Não querem "doar-se" àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Jamais alcançarão seus objetivos e metas.
Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim, elas vão ficando cada vez mais "por fora" e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão igualmente esquecidas nas promoções e nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem e ficam à margem do caminho.
Acredite! Tenha foco, se aperfeiçoe, use as armas adequadas, tenha dedicação e entusiasmo e traga para casa o seu "bicho"!
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Os "Cinzentos"
Publicado em
02/09/2011
às
09:00
Sou cinzento.
Somos vários irmãos.
Recentemente nos instalamos na cidade de Porto Alegre.
Nós conseguimos nos ver. Estamos instalados a mais ou menos cem metros de distância – um do outro. Vimos-nos. Não nos comunicamos. Muitos de nós já recebemos até “visitantes” que nos atearam fogo... Que barbaridade!
Mas é assim.
Muitos não estão acreditando que nós chegamos e vamos ficar.
Somos cinzentos.
Será que é a nossa cor que está atrapalhando “alguns” malfeitores?
Não acredito...
Somos cinzentos.
Temos tampa.
Colocam em nossa “casa” o lixo orgânico dos habitantes da rua. É um local bem apropriado.
Somos instalados junto ao meio fio ou em cima de uma calçada.
Somos cinzentos.
É a nossa cor.
Chegamos para melhorar a higiene de nossa cidade. Afinal de contas os turistas também estão gostando...
Assim como nós estamos agora em Porto Alegre, irmãos nossos já estão instalados há mais tempo em várias outras cidades. Do estado, país e mundo.
Aqui somos cinzentos.
Não somos feios. Alguns podem até achar. Mas gosto é gosto... Em tudo!
Somos cinzentos.
Fazemos hoje parte do mobiliário urbano da cidade de Porto Alegre.
Estamos observando tudo e a todos. Não falamos nada... Mas estamos vendo. Sabemos nós, pela experiência que possuímos, que toda a mudança gera transtornos iniciais. Mas chegamos... E vamos ficar.
Vamos ficar e somos cinzentos.
Utilizem-nos.
Vocês vão notar muita mudança com a nossa chegada. E mudanças para melhor... Isso nós temos certeza.
Somos cinzentos.
Somos os containers que estão colocados nas principais ruas e avenidas da capital dos gaúchos.
Somos neófitos nesta cidade.
Não nos machuquem.
Nós não machucamos ninguém.
Chegamos simplesmente para melhorar a vida de todos.
Somos cinzentos.
Somos os containers onde deve ser colocado o lixo urbano orgânico.
Não se preocupem. Chegamos e vamos ajuda-los em tudo. Basta vocês se aproximarem de nós.
Não nos molestem. Isso só vai enfeiar a cidade.
Nós só somos “os cinzentos”.
Por David Iasnogrodski
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Marketing Internacional e a Competitividade Internacional
Publicado em
01/09/2011
às
09:00
Este artigo trata de um dos temas mais atuais e desafiadores da gestão, em pauta na agenda dos principais executivos das maiores corporações do mundo. Nunca, o marketing foi tão importante no mundo dos negócios como é hoje, fornecendo aos administradores ferramentas que possibilitam antecipar diferentes tendências em mercados complexos que se fundem e dividem-se com uma rapidez nunca antes vivida. Variáveis antes tidas como imutáveis, agora são substituídas por insights de mercado tão valiosos quanto uma informação exclusiva.
No mundo inteiro, grandes corporações reestruturam-se para se manter competitivas, analisando constantemente o comportamento e as tendências de mercado. As novas gerações possuem intrínsecas a cultura da comunicação em tempo real e a interatividade e, aliado a isto, o desejo pela busca de novas experiências gera um movimento de constante fluxo de viajantes pelo mundo. Na medida em que o consumidor exige cada vez mais das empresas no que tange às variáveis impactantes à relação cliente/empresa/produto ou serviço, a infidelização é ainda maior e cresce a cada dia. Hoje, mais do que nunca, as empresas não podem se dar ao luxo de esquecer que a experiência do cliente é parte integrante das estratégias ligadas ao produto ou serviço.
Assim a organização pode posicionar-se adequadamente de acordo com suas características e desempenhando um papel central dentro da estratégia adotada. Como um dos resultados temos a geração de uma cadeia de valor como uma ferramenta que identifica as maneiras pelas quais se podem criar mais valor para o cliente na utilização do produto ou no consumo de um serviço.
E nunca é demais lembrar que, para que todas estas possibilidades possam funcionar de forma sinérgica e eficaz é imprescindível a construção de um plano de marketing estruturado. Em um cenário de globalização, a figura do plano estratégico de marketing internacional assume uma posição de relevo.
Por Márcio Barreto
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Dilma Veta dedução de plano de saúde de empregado doméstico no IR
Publicado em
31/08/2011
às
10:00
A presidente Dilma Rousseff sancionou com veto o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 528, que trata da correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Foi vetado o dispositivo que permitia a dedução, no Imposto de Renda, de valores relativos a planos de saúde privados pagos aos empregados domésticos. Publicada na edição desta segunda-feira (29) do Diário Oficial da União, a justificativa ao veto é que a proposta de dedução distorce o princípio da capacidade contributiva. A justificativa diz ainda que entidades representativas da categoria profissional questionam o efetivo benefício da proposta aos empregados domésticos.
"Ao permitir que sejam deduzidos da base de cálculo do imposto de renda da pessoa física o valor das despesas com plano de saúde pago pelo empregador doméstico em favor do empregado, a lei estará criando exceção à regra de que a dedução se aplica ao contribuinte e aos seus dependentes, visto que este é o núcleo familiar suportado pela renda produzida. Alcançando despesas com terceiros, a dedução passaria a constituir-se em benefício fiscal", diz o texto com a exposição de motivos para o veto. A nova lei reajusta em 4,5% ao ano os valores da tabela do IRPF até 2014. Com isso, a faixa de rendimentos mensais isenta do imposto passou, este ano, de R$ 1.499,15 para R$ 1.566,61.
Fonte: Jornal do Comércio
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Sociedades Uniprofissionais; sociedade simples ou limitada?
Publicado em
31/08/2011
às
09:00
As sociedades compostas por contadores, médicos, administradores e outras profissões elencadas no Decreto Lei nº 406/68 e em Porto Alegre pela Lei Complementar nº 07/73 gozam de uma tributação diferenciada perante o Imposto Sobre Serviços (ISS). São as denominadas sociedades uniprofissionais, onde dois ou mais profissionais da mesma área unem esforços para oferecer ao mercado seus serviços e o fazem mediante a constituição de uma pessoa jurídica. O imposto é pago por alíquota fixa ao invés de percentual sobre o faturamento.
O fundamental em uma sociedade uniprofissional é que seja formada por profissionais da mesma área de atividade (subordinada ao mesmo conselho federal) e que o serviço seja prestado de forma pessoal pelos sócios, com responsabilidade também pessoal. A presença de auxiliares ou colaboradores é expressamente autorizada pelo Parágrafo Único do art. 966 do Código Civil. Isso porque os empregados da empresa (secretária, office-boy, estagiários) exercem atividade meio, para que o sócio habilitado possa exercer sua atividade fim. Entretanto atividades que, embora encabeçadas por profissionais habilitados, sejam essencialmente empresariais, como por exemplo um SPA de propriedade de dois médicos, não contarão com a tributação diferenciada por profissional habilitado. Quem procura um SPA pode até ser atendido pelo médico proprietário, mas principalmente está buscando o conjunto de serviços ofertados, que vão muito mais além da consulta médica.
Por ser uma sociedade não empresária (o fator conhecimento prepondera sobre o capital investido) a forma de constituição indicada é a sociedade simples, modalidade de sociedade personificada prevista nos artigos 997 a 1.038 do Código Civil. Em decorrência de uma série de fatores, cujos motivos não poderemos abordar nesse limitado texto, essas sociedades também tomam a forma de sociedade limitada, com registro na Junta Comercial.
Ocorre que ao ser registrada perante a Junta Comercial, ao invés de no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, a sociedade toma um contorno de sociedade empresária, atraindo assim os olhos do fisco municipal, que estará sempre ávido para descaracterizar a sociedade uniprofissional e enquadrá-la na forma geral de tributação com base em percentual sobre o faturamento.
A questão central, de saber se a atividade fim é realmente realizada pelos sócios, em caráter e responsabilidade pessoal, pode ficar relegada a segundo plano pela questão formal da constituição da empresa na forma de sociedade simples limitada, inscrita na Junta Comercial. A natureza da sociedade limitada é essencialmente empresarial, com responsabilidade limitada ao capital social (art. 1.052 do Código Civil). Muito embora a limitação da responsabilidade prevista no art. 1.052 do Código Civil refira-se a integralização de suas cotas que o sócio deve realizar perante a sociedade, esse artigo tem sido utilizado sistematicamente pelos tribunais superiores (em especial o Superior Tribunal de Justiça) para afastar a tributação por profissional habilitado nas sociedades constituídas na forma limitada.
É o que se depreende da seguinte decisão:
“1. A tributação fixa do ISS, prevista no art. 9º, § 3º, do DL 406/1968, somente se aplica quando houver responsabilidade pessoal dos sócios e inexistir caráter empresarial na atividade realizada.
2. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas (art. 1.052 do CC), o que afasta o benefício da tributação fixa. Precedentes do STJ.
3. Agravo Regimental não provido.”
Fonte: Recurso Especial nº 1075488/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/11/2008, DJe 13/03/2009).
Diversos outros julgados do STJ corroboram esse entendimento, o que pode ser aferido nos seguintes julgados: REsp 686.764/RS, Rel. Ministro Luiz Fux; REsp 836.164/RO, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki; entre muitos outros.
Então, como forma de minimizar riscos, fica a sugestão de que as sociedades uniprofissionais, independentemente do número de profissionais atuantes, sejam constituídas na forma se sociedade simples, com registro perante o Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídica, evitando a forma de sociedade limitada e a Junta Comercial.
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Uma Simples e Perigosa Confusão
Publicado em
30/08/2011
às
09:00
Nada nos ensina mais do que a prática do dia a dia , pois é onde temos a oportunidade de colocarmos em funcionamento tudo aquilo que aprendemos, vendo o que dá certo e , principalmente, aquilo que podemos melhorar.Essa é uma filosofia das pessoas e das organizações vencedoras.
Pois uma situação dessas vi confrontada na minha própria empresa quando ,conversando com um gerente , perguntei a ele quantos clientes tínhamos atendido no dia anterior.Ele me deu o número e , para minha surpresa , o número era exatamente o total de pessoas que tínhamos atendido naquele dia.Parei tudo e disse para ele:”talvez você esteja confundindo uma das coisas mais simples que existe nas concepções de marketing : comprador é aquele que compra pela primeira vez e cliente é aquele que volta”.
Acredito que mais de 80% das empresas vêm cometendo essa simples e perigosa confusão, achando que compradores e clientes são as mesmas pessoas. Quando começo a fazer com mais clareza a distinção entre os 2, posso fazer raciocínios poderosos e de grandes valia para uma empresa que busca excelência naquilo que fez.
Quando avalio em um determinado período quantos compradores eu tive, estou avaliando como está a capacidade de atração de novos consumidores da minha organização, pessoas que estão comprando pela primeira vez. Aqui posso avaliar se a propaganda está sendo bem feita, se nosso mix de produto e preço está adequado á realidade do mercado e da concorrência.Posso avaliar ainda que tipo de comprador estou atraindo, sua classe social, idade, renda e , se for uma empresa de ponta, pesquisar porque ele decidiu comprar conosco para aprimorarmos nossa estratégia de buscar novos compradores, até porque não existe risco mais perigoso para uma empresa do que depender de poucos clientes.
Quando avalio em um período quantos clientes tivemos, estamos avaliando qual está sendo nossa capacidade de proporcionar ao cliente uma experiência tão satisfatória de compra que ele está retornando, porque clientes são aqueles que voltam pela segunda, terceira ou n vezes a fazer negócios conosco.Esse dado me permite avaliar uma aspecto essencial para o futuro:a capacidade de retenção de clientes, o quanto nossa equipe de vendas está sendo competente para não apenas trocar produtos ou serviços por dinheiro e sim, como digo em minhas palestras, “de fazer amigos enquanto fazemos negócios”.
Sempre gostei do que é simples e objetivo no mundo dos negócios, mas por vezes a simplificação pode ser perigosa. No caso, confundir compradores com clientes pode parecer uma simples troca de palavras, mas para definir o futuro de uma empresa , saber distinguir os 2 pode ser um farol seguro para iluminar um futuro cada vez mais rentável e competitivo de uma empresa.
Acredite, vender não é para qualquer um. Vender hoje é assunto para profissionais, mas cada vez mais me convenço que o sucesso em vendas está muito relacionado com a felicidade com que você trabalha , com o prazer que você tem de servir aos outros, com seu tesão por vencer desafios.Acredite:o sucesso hoje é 40% técnica e 60% emoção.Trabalhe com felicidade e amor no seu coração e você vai ter cada vez mais clientes
Por Eduardo Tevah
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Autenticidade na responsabilidade sócial
Publicado em
29/08/2011
às
09:00
Responsabilidade social é um dos imperativos do mundo corporativo moderno.
Para algumas organizações isso se resume meramente a práticas de cunho
assistencialista. A distribuição de ovos de páscoa em abril, uma campanha do
agasalho organizada durante o inverno, brinquedos distribuídos no dia das
crianças e cestas básicas ofertadas no Natal funcionam como pequenas
indulgências ao empresariado. A sensação de legar uma contribuição à
comunidade consegue amainar o espírito e promover o bem, ainda que de forma
pontual.
Outras empresas são eficientes em praticar marketing social. O importante
não são as realizações, mas a repercussão midiática das ações tidas como
sociais. Assim, investe-se mais em material publicitário e assessoria de
imprensa do que nas pessoas beneficiadas, com foco precípuo na imagem
institucional. Agindo assim, correm elevado risco, haja vista que a
sociedade, apoiada pelas redes sociais, está atenta para denunciar
publicamente um comportamento antiético.
Contudo, a autêntica responsabilidade social é exercida por companhias com
visão de futuro, capazes de iniciativas de longo prazo, auto-sustentáveis e
passíveis de serem replicadas, transformando positivamente a realidade dos
envolvidos.
Dentro deste contexto, ações de caráter sócio educativo estão entre as mais
dignas de serem desenvolvidas. O primeiro passo é a capacitação dos próprios
funcionários, desenvolvendo competências que conduzam ao aprimoramento
profissional, com consequente aumento da produtividade e elevação da
auto estima. É a iniciativa privada mais uma vez suprindo as deficiências do
Estado.
O chamado "apagão da mão de obra" é uma triste realidade evidenciada
estatisticamente. Segundo o Sistema Nacional de Emprego (SINE), braço do
Ministério do Trabalho e Emprego responsável pela intermediação de mão de
obra e apoio ao programa de geração de emprego e renda, mais de 60% das
vagas ofertadas em 2009 não foram preenchidas porque os candidatos não
atendiam os pré-requisitos mínimos exigidos pelas organizações.
Construtoras brasileiras, em um momento de pujança do setor imobiliário,
estão sendo obrigadas a importar engenheiros, em especial de outros países
latinos, porque o número de profissionais formados anualmente em nosso país
(32 mil, em 2008), atende a menos da metade da demanda de mercado.
O segundo passo consiste em transpor o processo educacional para além dos
muros da corporação, alcançando os familiares. Um bom exemplo é a educação
financeira. O papel de uma empresa não é facilitar o acesso ao crédito
consignado, mas ensinar seus funcionários a lidar com o dinheiro. E o êxito
desta tarefa depende eminentemente da participação do cônjuge.
Por fim, deve-se envolver a comunidade. O objetivo deve ser a integração do
público com o privado. A promoção de manifestações artísticas e culturais, a
conscientização da cidadania e o desenvolvimento de um senso de
pertencimento e propriedade possibilitam a construção de uma sociedade mais
equilibrada, com menos conflitos e maiores oportunidades. De quebra, as
empresas investem na formação de um promissor mercado consumidor para seus
produtos e serviços.
Associado a estes aspectos temos outros fatores fundamentais, com destaque
para a adoção de políticas de estímulo à diversidade e a inclusão de pessoas
com deficiência, as quais não são uma minoria silenciosa, posto que
representam cerca de 15% da população brasileira.
por Tom Coelho
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Saber sobre o concorrente é importante sobre o cliente é fundamental
Publicado em
28/08/2011
às
09:00
Ainda hoje as empresas têm dificuldade de identificar seus concorrentes, achando que somente àqueles com produtos ou serviços idênticos são concorrentes, como também não conseguem identificar seus consumidores reais e consumidores potenciais.
Vamos citar alguns mercados e identificar os possíveis concorrentes, que deixam confusos os empreendedores:
Sapatos: seriam só, os fabricantes de sapatos os concorrentes ou, os fabricantes de tênis também, quando se usa tênis, não está usando sapatos, a maior concorrência; e agora com a projeção internacional das sandálias havaianas e outras que estão vindo atrás, as sandálias de couro perdeu um pouco de mercado, como também as botas masculinas e femininas dependendo da região influenciam fortemente no mercado.
Pastelaria: não só outras pastelarias são seus concorrentes, mas todos os que vendem coxinhas, empadinhas, pizza em pedaços quibes, hambúrgueres, e demais salgados, lances ou refeições rápidas.
Lojas de Cristais: todas as lojas de presentes para casamento são seus concorrentes.
Uísque “Old Eight”: todas as marcas como também outros destilados como Vodca, Conhaque, aguardentes (pingas ou bagaceiras), etc.
Sergio J. Cides, no seu livro Introdução ao Marketing, cita, “Concorrente é, todo produto ou serviço que impede o consumidor de comprar seu produto ou serviço, não apenas àqueles idênticos”.
Enquanto as grandes empresas ficam “brigando” entre si para mostrar quem é mais criativo, os pequenos mais ágeis ganham ampliando sua participação no mercado, tais como, cervejas, sabão em pó, refrigerantes, esponjas de aço, etc.; algumas empresas esquecem os desejos e as necessidades de seus consumidores.
Parece fácil identificar seus consumidores, mas é uma tarefa complicada, é ele adulto, criança, jovem, homem, mulher, casado, solteiro, gordo, magro, diabético, hipertenso, rico, pobre, classe média, negro, branco, universitário, trabalhador comum sem instrução, dona de casa que não freqüenta shopping, deficiente, homossexual, evangélico, e onde estão localizados.
Note quantos alvos tem que atingir para vender seus produtos ou serviços; identificar os consumidores reais e os potenciais é um trabalho árduo; os potenciais são os que precisam ser trabalhos obtendo algumas informações tais como: estão comprando do concorrente? por quê? não estão consumindo? por quê?.
Poderá também classifica-los em 3 grupos básicos:
1. Demográficos: (idade, sexo, onde mora, etc.)
2. Psicológicos: (inibido, extrovertido, indeciso, vaidoso, etc.)
3. Hábitos de Consumo: (onde e quando compra, procura preço ou qualidade, etc.)
Com estas informações o perfil dos prospectivos consumidores já está bem definido, é seu público alvo.
Saber o que seu concorrente faz é bom, mas, melhor ainda é cuidar dos seus clientes, pois estes são os que mantêm seu negócio e com lucro.
Por Cláudio Raza
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Se andar, quebra!
Publicado em
27/08/2011
às
09:00
Há uma estreita relação entre a morosidade do Poder Judiciário e a possível falência de nosso Brasil.
Vou explicar o motivo desta constatação: o Estado Brasileiro é o maior litigante e o maior devedor em ações nos tribunais do país. Se os processos tiverem seu curso acelerado, o país não tem como pagar a conta de seus débitos gerados por condenações definitivas em juízo.
Não há interesse por parte dos nossos governantes em manter uma justiça célere e eficiente garantindo ao cidadão, ao empresário ou ao investidor a mínima segurança jurídica.
A verdade é que o infindável número de recursos meramente procrastinatórios que vemos todos os dias na justiça, em sua maioria, são interpostos pela União Federal por conta inclusive, da aberração jurídica do chamado recurso de ofício. É uma vergonha, os processos não terminam nunca e quando terminam geram os famosos precatórios que demoram outra eternidade para serem honrados.
O Estado é um ótimo cobrador e um péssimo pagador!
É absolutamente impossível alguém levar este país a sério com a estrutura judiciária que o governo oferece ao povo. Juízes capazes, mas com quantidades absurdas de processos, poucos funcionários, carência de materiais, de equipamentos, de mínima estrutura e de investimentos.
Estão falando em intervenção no Distrito Federal? Eu gostaria de saber quem é que vai intervir em todos os outros governos que infringem os dispositivos de nossa Carta Magna, inclusive e principalmente o próprio Governo Federal.
Só para se ter uma idéia, o governo de São Paulo está pagando dívidas de precatórios gerados no ano de 1998. Tais débitos deveriam ter sido saudados já no ano de 1999, sob pena de intervenção no Estado.
Há também outro fator a ser considerado: a corrupção, o desvio de verbas públicas e outros crimes cometidos pelos políticos viraram epidemia e a impunidade é garantida pela morosidade do judiciário. Imagine se o inquérito do mesalão do PT andasse rápido? Será que figurões da atual política brasileira não estariam à espreita da administração pública e dos mandatos políticos por conta da inelegibilidade?
Quantos presidentes da república, governadores e prefeitos tem processos na justiça que jamais foram concluídos? As manobras processuais aliadas à falta de estrutura dos tribunais permitem que fiquem impunes.
E deputados, senadores e vereadores, quantos estão ai, cumprindo seus mandatos amparados pela presunção de inocência? É isso mesmo, embora cometam crimes veladamente, com provas irrefutáveis, são inocentes até a condenação definitiva.
Como operador do Direito não questiono a presunção de inocência, é um conceito fundamental numa democracia. O que coloco em pauta é a questão da ilibada reputação do agente público. Como pode um sujeito com mais de 50 processos assumir um cargo onde se exige o mínimo de moralidade?
Acabei me alongando no assunto, mas o que ocorre, é que com o posicionamento atual em relação a investimentos no Poder Judiciários e a manutenção dessa cultura de que “os processos não andam mesmo”, a população e os profissionais do Direito sofrem com as injustiças oriundas da endêmica morosidade do Poder Judiciário, pilar de sustentação maior de um regime democrático.
Por José Rodrigo de Almeida
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Vendas Consultivas
Publicado em
26/08/2011
às
09:00
Erga as mãos para os céus e agradeça a Deus caso você pertença ao grupo de vendedores que vendem continuamente para os mesmos clientes.
É uma oportunidade única para em cada contato inovar no atendimento, oferecer algo diferente e fazer com que o seu cliente sinta que a sua única preocupação é trazer prosperidade para ambos os negócios.
O problema é que muitos profissionais que estão nesta situação não percebem do quanto são afortunados e acreditam que basta aparecer continuamente e verificar se o cliente precisa de alguma coisa que tudo está resolvido. E assim cada visita se torna como o replay de um jogo de futebol e a mesmice impera nesta relação.
O que você pode fazer de diferente para sair do estágio de vendedor esforçado para o de vendedor consultor?
Faça o diagnóstico do cliente. O comprador e sua equipe também têm metas. Você sabe quais são? Seja empático e pergunte o que você pode fazer para que as metas sejam atingidas. Dê um passo adiante e faça uma análise detalhada do que seu cliente realmente necessita. Descubra o que ele ainda nem sequer sabe que existe e traga novas soluções alinhadas com as políticas e diretrizes do seu cliente.
Anote os produtos do seu mix que ele não usa. Faça uma relação de todos os produtos do seu mix que ele não compra e estipule uma meta para que aos poucos passe a comprar. Vá a fundo nesta questão e descubra a verdadeira objeção. Tenha na ponta da língua quais são os produtos similares que sua empresa vende.
Estude os concorrentes que vendem para o seu cliente. Não basta saber quem é o seu maior concorrente, tem que saber qual é o seu maior concorrente naquele cliente. Anote preços, condições de pagamento, prazos de entrega e as principais diferenças entre os produtos. Assim você terá mais condições de argumentar, comparar desempenho e mostrar em qual ponto exatamente sua empresa é melhor que a do outro.
Visite e conheça os influenciadores. Todo processo de compra tem o decisor e o influenciador. Descubra no seu cliente quem é o usuário, não só quem faz as compras. Entenda o processo produtivo, suas dificuldades, gargalos e não perca de vista o que é real do que é o desejado. Conheça a fundo tudo o que cerca o negócio do seu cliente.
Criar e manter um bom relacionamento com o cliente é como a promessa de casamento feita perante o altar. Basta você ser leal e ético, descobrir suas necessidades com o mercado aquecido ou em crise, apoiar na alegria ou na tristeza em todas as visitas que tudo acabará com o mesmo final das histórias infantis onde os protagonistas são felizes para sempre.
Paulo Araújo
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Preciosas dicas para gerar maior resultado nas reuniões
Publicado em
25/08/2011
às
09:00
Em um mercado de trabalho, cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de idéias, opiniões e posicionamentos, fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingredientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organização, pontualidade e respeito aos participantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram aumento da troca de informações, bem como, no intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coerente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquiste maior comprometimento nos acordos firmados durante uma reunião.
Realizar o convite com antecedência - Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reunião de trabalho, pode ser encaminhado através de um e-mail. Entretanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão "enviar", será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atentamente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equívocos. A presença de pessoas relacionadas ao conteúdo é imprescindível e desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta sobre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e paralelamente compreender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião.
A participação revela interesse pelo assunto - Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e apontamentos durante uma reunião de trabalho, revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improdutivo, ficar durante uma reunião conversando paralelamente com outro colega, demonstra desinteresse. Quando um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de gerar uma mudança de atitude. Se você foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas idéias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ouvir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momento apropriado.
Não seja prejudicado pelo tempo - Pela ausência de um planejamento e de uma seqüência cronológica dos assuntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sendo comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada assunto. Compartilhe os assuntos, para evitar que algum participante se torne o centro das atenções, ou se omita sobre o assunto em pauta. É imprescindível realizar o registro dos assuntos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no futuro não ouvir de algum participante a expressão: "Eu não sabia nada sobre este assunto".
Com o objetivo de realizar uma reunião de trabalho mais produtiva e participativa, utilize uma breve dinâmica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar nenhum participante em situação constrangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser prejudicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não desperdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao participar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as dicas apresentadas e faça a diferença.
Por Dalmir Sant’Anna
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Ruas da Vida
Publicado em
24/08/2011
às
09:00
Andando pelas ruas desta enorme cidade que é o planeta, vejo pessoas com mais idade, mais jovens, caminhando com pressa, sem pressa, de mãos dadas, olhando para cima, pedindo informações, cabisbaixas, com mala na mão, com telefone na mão, puxando mala de rodinhas. Vejo pessoas sentadas nos bancos, sozinhas, acompanhadas, com crianças, alimentado os pombos, olhando as fontes de água.
Andando pelas ruas da vida, vejo pessoas com rugas, com cabelos coloridos, com roupas diferentes, com sorriso na boca, falando sozinhas. Vejo pessoas nervosas, chorando, discutindo.
Andando pelas ruas da vida em terras distantes, vejo pessoas entrando no ônibus, no táxi, descendo escadas em estações de metrô. Vejo pessoas indo aos bandos de malas em direção ao aeroporto. Vejo pessoas descansando em bancos no aeroporto, dormindo em bancos de aeroporto, dormindo no chão do aeroporto. Vejo pessoas cantando em estações de Metrô, tocando musicas em estações de metrô alegrando as pessoas que passam em troca de uma moeda ou de nenhuma.
Andando pelas ruas da vida vejo prédios antigos, muito antigos, da época dos que vieram séculos antes de nós, todos de pedras uniformes, parecem feitos para serem uma obra de arte. Vejo prédios novos, todos de vidro refletindo o sol e que não cabem na máquina de tirar foto.
Andando pelas ruas da vida, imagino que por este mesmo lugar muitos já passaram que já voltaram. Hoje eu estou passando por aqui. Um dia vou voltar também.
Andando pelas ruas da vida percebo que o mundo é diferente em cada rua que passo. Que o mundo é diferente a cada vez que passo pela mesma rua, mesmo sem me dar conta. Andando pelas ruas da vida, sem conhecer ninguém, mas rodeado de gente, percebo que somos um, todos interligados, sem saber disto.
Andando pelas ruas da vida, percebo que o Barco passa, mas o rio fica.
Percebo também que tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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A economia do entretenimento
Publicado em
23/08/2011
às
09:00
Um dos mais interessantes livros que li nos últimos tempos foi "The Entertainment Economy – How mega-media forces are transforming our lives" de Michael J. Wolf – (Times Books, New York, NY, 1999).
Recém publicado, este livro nos fala que a grande geradora de emprego e renda deste século XXI é justamente a indústria do entretenimento. Michael J. Wolf é um dos mais importantes consultores do mundo do entretenimento e nos mostra com dados irrefutáveis que o homem contemporâneo está disposto a gastar cada vez mais para ter tempo livre para seu próprio conforto e entretenimento. Assim, um shopping center tem que ser a cada dia mais um centro de entretenimento além de compras. Uma empresa tem que prover espaço para que seus funcionários sintam-se "having fun" ou seja "divirtindo-se" enquanto executam suas tarefas obrigatórias. O próprio cliente escolherá para serví-lo uma empresa que lhe dê "prazer" e "alegria".
Assim, "imaginação" será o mais valioso capital daqui para a frente. Desde a MTV, ESPN, até viagens espetaculares para lugares exóticos, shows, etc., todo o mundo se volta para o entretenimento com uma força incrível neste final de século. A cidade do mundo que mais cresce em termos econômicos é justamente Las Vegas, um centro mundial de entretenimento e só diversão em seus múltiplos aspectos, desde jogos até shows, passeios, etc. Nada mais!
As empresas que mais crescem são justamente as empresas que estão no setor de entretenimento em seus múltiplos aspectos, como Disney e, porque não, Microsoft, por exemplo.
O desafio, portanto, para empresas e empresários neste século XXI é como adicionar aspectos de entretenimento em nossas empresas, em nossos produtos e em nossos serviços. Quaisquer que sejam os produtos ou empresas, temos que agregar o "fator entretenimento" para que tenhamos sucesso. Assim, uma loja tem que ser um local agradável e que tenha "algo mais" para o cliente além dos produtos expostos, do bom atendimento, etc. Uma das lojas de moda feminina que conheço e que tem o maior sucesso, coloca à disposição dos maridos e acompanhantes revistas masculinas, de automobilismo, motos, jornais de negócio, além de café expresso, sucos, água, etc. enfim, um "canto masculino" na loja. Quando perguntei a uma cliente a razão pela qual ela havia escolhido aquela loja para comprar ela me disse: "- Venho aqui 'estacionar' meu marido... enquanto faço as compras que quero."
Assim, quando você vai comer um sanduíche numa lanchonete moderna, você terá à sua disposição e de seus filhos canetas coloridas, lápis de cor e papéis para desenhar, colorir, etc. Não é mais só o sanduíche. No fundo das igrejas americanas modernas há um play ground para as crianças. A própria religião está descobrindo a importância do entretenimento. A igreja Católica está a cada dia mais alegre, por exemplo. As missas que antes eram "contemplativas" hoje são verdadeiras festas, com cantos, gestos, abraços, etc.
Até a escola, a universidade, tem que ter hoje preocupação com o "fator entretenimento". Aulas chatas, monótonas, com professores de grande conteúdo, não resistem mais. O cliente muda de escola! Até a aula, seja de álgebra ou geometria ou de física ou química, português ou geografia ou história – tem que ter "entretenimento". Há professores que ainda não compreenderam essa nova realidade e insistem em se concentrar no "conteúdo" de suas disciplinas sem levar em consideração a "forma" de ensinar. Estamos na era de uma "didática do entretenimento", queiramos ou não, gostemos ou não.
O ambiente de trabalho na empresa também está mudando e tem que mudar. Empresas com um clima "pesado", não atraem mais os melhores cérebros, as melhores pessoas. As empresas de sucesso no mundo moderno estão permitindo cada vez mais que o "fator entretenimento" ocorra no dia-a-dia do trabalho. Assim, as empresas estão construindo academias de ginástica, quadras poli-esportivas, áreas de lazer e recreação para seus funcionários num ritmo nunca antes visto. Aulas de dança, torneios internos, excursões, piqueniques e até piscina estão sendo colocadas à disposição do funcionários para mantê-los na empresa. Só salário não basta! É preciso "gostar" da empresa. É preciso sentir-se num ambiente de "divertimento" no trabalho. É preciso ter "fun" como dizem os ingleses.
Isso nos leva à valorização da estética na empresa. Cores, móveis, ambientes, jardins, tudo deve ser planejado para criar um ambiente de "entretenimento". Música ambiente, cafeterias agradáveis, amplas, iluminadas, confortáveis completam o quadro da empresa do século XXI.
Outro aspecto fundamental é o da comunicação interna na empresa. Ela deve conter aspectos de "entretenimento". Jornais, newsletters, malas-diretas, e que tais devem conter esses fatores. A empresa deve comunicar, interna e externamente a sua preocupação com a melhor qualidade de vida de seus funcionários e clientes.
Veja os "clubes de clientes", cada vez mais importantes no processo de fidelização dos clientes à empresa. Esses "clubes" oferecem várias oportunidades de entretenimento – conhecer outros membros do clube, sentir-se membro de uma comunidade, etc. – e é hoje o que faz a diferença para a manutenção de clientes em muitas empresas de sucesso.
Há pouco tempo comentávamos numa empresa multinacional que as convenções empresariais que antes eram mais para trabalhar e definir metas e objetivos, hoje são mais, congraçamento, integração, lazer, enfim, "entretenimento"! E isso não quer dizer que não sejam discutidos os objetivos e metas. A "forma" de discussão e de apresentação é que mudou. Não se pode acreditar na dicotomia entre "seriedade" e "entretenimento". As duas coisas devem convergir. Seriedade e trabalho não devem ser sinônimos de "chatice".
Vejam os chamados "Programas de Incentivo" nas empresas. Os que mais funcionam incluem aspectos "motivacionais" como viagens ao exterior, cursos no exterior e aspectos de reconhecimento ao mérito. Observem que o fator entretenimento está presente em quase todas as ações de "incentivo e motivação".
As páginas da Internet mais visitadas são aquelas que oferecem ao navegador aspectos de entretenimento – banners em movimento, jogos, testes de auto-avaliação, etc.
Os jornais e revistas do mundo inteiro, a cada dia descobrem mais a importância de uma diagramação alegre, colorida, inusitada, inovadora. Textos mais curtos. Informações mais rápidas. E, é claro, mais entretenimento. Podem observar!
Os hospitais modernos estão agregando em suas instalações verdadeiros centros e atividades de entretenimento. Assim há salas de jogos para os acompanhantes. Há videogames para os pacientes ficarem brincando na TV em seus apartamentos. A comida vem apresentada de maneira mais agradável, com flores. Há grupos de teatro fazendo encenações rápidas em hospitais para melhorar o "astral" dos pacientes. As cafeterias dos hospitais são tão bem aparelhadas quanto a de qualquer universidade ou grande empresa. Há música ambiente. Os corredores são amplos, iluminados. O ambiente é perfumado com essências agradáveis. O hospital de nossos avós era bem diferente, lembra-se?
Fui num cemitério nos Estados Unidos. Tinha um play ground, uma sala de estar super-confortável com uma enorme TV e fitas de vídeo de desenhos animados para as crianças, café, sucos, revistas, jornais e até uma pequena loja de conveniência com uma seção especializada em "condolências", com flores, sistema de envio de telegramas e mensagens e uma interessante máquina em que você podia desenhar, criar a própria mensagem e enviar o seu cartão de "sentimentos".
Assim, nada escapará ao "fator entretenimento" se quisermos ter sucesso. Daí a importância de, constantemente, estarmos nos questionando sobre o que mais fazer em nossa empresa para que esse fator esteja presente.
E a verdade é que em qualquer setor de atividade em que estejamos é sempre possível, com muita criatividade, criar elementos permanentes e transitórios de entretenimento.
Assim, repito, o nosso desafio é como colocar "entretenimento" em nosso negócio. Ou mesmo fazer do "entretenimento" o nosso negócio.
Aqui então as oportunidades são quase infinitas. Se o mundo do século XXI será calcado no fator entretenimento, imagine o que as empresas especializadas no "fator entretenimento" ganharão. Novamente o limite será o limite da criatividade humana. E a criatividade humana, você sabe, não tem limites.
Por Luiz Marins
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O Sexto Homem
Publicado em
22/08/2011
às
09:00
Leandro Barbosa, ou apenas Leandrinho, é um dos brasileiros a brilhar na liga norte-americana de basquetebol, a NBA. O armador foi eleito o melhor sexto jogador da temporada 2006/2007 e o segundo melhor na temporada 2007/2008. Eu disse “sexto jogador”. Isso significa que ele é um dos melhores reservas do mundo. Inicia os jogos no banco, sendo chamado a participar no decorrer das partidas quando entra e resolve: muitos pontos convertidos e ótimas assistências realizadas.
O arqueiro do São Paulo, Rogério Ceni, era apenas o terceiro goleiro do Sinop Futebol Clube nos idos de 1990. Durante o campeonato estadual, o goleiro titular e o primeiro reserva ficaram lesionados. Ceni assumiu a posição e já na partida inaugural defendeu um pênalti. Sua equipe sagrou-se campeã naquele ano e logo depois ele principiaria uma carreira vitoriosa em sua atual equipe.
Os dois exemplos relatados demonstram que não ser o primeiro pode ser uma condição apenas temporária. E a lição é perfeitamente aplicável ao mundo corporativo.
A maioria dos profissionais que inicia uma carreira almeja alcançar o topo da pirâmide com a maior velocidade possível. Subir na hierarquia, acumulando dinheiro, poder e realizações. Mas sendo este é o desejo de muitos é evidente que o funil de oportunidades é rigoroso. Poucos têm êxito. E mesmo os bem-sucedidos descobrem com rapidez que mais difícil do que chegar ao cume é permanecer por lá.
Se você está no banco de reservas, o que simbolicamente equivale a integrar o segundo ou terceiro escalão em sua empresa, aproveite o momento para preparar sua ascensão futura.
1. Aprenda. Enquanto subalterno, seguramente você está vinculado a atividades operacionais. Em lugar de reclamar desta condição, aproveite para aprender tudo sobre o seu trabalho –e sobre o trabalho dos outros. Lembre-se de que os fundamentos são essenciais. Não se pode calcular uma integral de uma função sem compreender as quatro operações matemáticas básicas.
2. Observe. Como você é pouco notado, pode transitar livremente pela companhia e compreender sua estrutura de poder. Pesquise e observe quem é quem, como funcionam as relações interpessoais. Olhos abertos e boca fechada. Não é por acaso que ascensoristas e office-boys são tão bem informados.
3. Melhore. Pratique o kaizen, ou seja, o aprimoramento contínuo. Exercite suas habilidades, eleve sua destreza no exercício das tarefas. Faça mais com menos. Gaste menos tempo executando para sobrar mais tempo para pensar e planejar. Assim você começará a se destacar.
4. Conheça. Procure estabelecer relações interpessoais verdadeiras. Neste estágio você será avaliado por seus pares pelo que você de fato é e não pela posição que ocupa. E poderá construir uma teia de amizades que lhe dará suporte quando estiver lá em cima. Seja solícito com todos, mas evite entrar em “panelas”!
5. Prepare-se. Se trabalhar com afinco, esteja certo: sua hora chegará. Por isso, aproveite o distanciamento que sua posição atual lhe confere para lapidar suas competências. Projete a “pessoa ideal”, aquela que vislumbra ser, e planeje sua escalada.
No decorrer deste processo, você poderá atirar no que viu e acertar no que não viu. Talvez opte por mudar de empresa. Talvez decida, por exemplo, redirecionar sua carreira para a forma consultiva ao invés de executiva. Alguns atletas descobrem que jamais serão craques, mas podem ser ótimos técnicos. Ou que podem ser apenas o sexto homem e ainda assim fazer toda a diferença.
Por Tom Coelho
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Por que as empresas morrem precocemente?
Publicado em
21/08/2011
às
09:00
Como um ser humano as empresas passam por processos semelhantes; algumas dão sinais que algo não vai bem e começam adoecer financeiramente, outras ficam velhas mentalmente, sem condições de recuperação, já outras, mal nutridas de produtos essenciais e sem tratamentos como reposição de vitaminas e sais minerais não conseguem chegar à fase adulta.
Existe uma cultura no mundo empresarial brasileiro de falta de planejamento, como também existe nos nossos governantes, foram poucos os que fizeram e executaram um planejamento ou um plano de governo; podemos citar alguns exemplos de falta de visão de futuro ou falta de planejamento; nossas ferrovias, totalmente sucateadas; nossos portos em péssimas condições e sem investimentos há décadas; nossos aeroportos com capacidade e infra estrutura precárias; nossas rodovias, somente em alguns estados funcionam, mas com altos pedágios; todas essas deficiências encarecem e dificultam o escoamento de nossas safras e produtos fabricados.
Nas empresas não é diferente, abre-se uma empresa sem planejamento algum, não se faz um plano prévio de abertura do negócio, onde se verifica o mercado, o local, o produto, o preço, os concorrentes, o perfil dos consumidores, o investimento necessário, os fornecedores, a lucratividade, etc.
Na grande maioria destas empresas os sócios são profissionais da área de produção, técnicos ou engenheiros, sem qualificação ou capacitação em gestão de negócios ou mesmo administração de empresas, não que isso seja um fator determinante para a empresa não morrer, mas saberá que com um plano de negócio prévio as possibilidades serão bem melhores.
Normalmente o dinheiro para a abertura do negócio vem do fundo de garantia resgatado pela demissão ou por empréstimo bancário ou familiar. Se não for bem planejado poderá conforme estudo do SEBRAE, morrer precocemente, antes de completar cinco anos de vida e 56% destas não chega á esta meta.
Mas, quais são os principais passos para a sobrevivência:
Primeiro, faça um planejamento ou plano de negócio: pesquise quais os ramos de atividades se enquadram no seu perfil profissional, qual sua disponibilidade de recursos financeiros, conhecimento ou qualificação.
Segundo, pesquise os produtos que farão parte do negócio, revenda, fabricação ou serviço; quem irá consumir, qual a classe social, idade região, capacidade do mercado, quais os concorrentes no mercado, a apresentação do seu produto irá agregar algo diferenciado, o preço será competitivo, será necessário licenças, autorizações ou registros em órgãos ambientais, saúde ou higiene.
Terceiro, verificar a melhor opção, comprar uma franquia, pois a estrutura e a metodologia do negócio já esta pronta ou terceirizar a fabricação que não precisará de uma unidade produtiva.
Quarto, procurar um bom escritório de contabilidade para as exigências legais e fiscais, somente após isso irá procurar um local ideal para a instalação do negócio, onde o escritório contábil irá orientá-lo sobre a legalização do imóvel, com "habite-se", licença de funcionamento, corpo de bombeiro, prefeitura, CETESB e outras mais.
Com o seu negócio em funcionamento não poderá esquecer-se dos controles básicos mensais, tais como; previsão de vendas, controle dos estoques, fluxo de caixa, qualidade do produto, lucratividade por
produto, controle das despesas fixas, perdas ou desperdícios, não misturar despesas pessoais com o da empresa, e muitos outros.
Abrir uma empresa poderá até ser fácil se seguir os passos acima, mas o difícil é mantê-la funcionando com lucratividade e organização.
Por Cláudio Raza
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A melhor frase
Publicado em
20/08/2011
às
09:00
A melhor frase.
Conta-se que um rei muito poderoso ao enfrentar um outro rei também poderoso, quase perdeu tudo depois de anos de batalhas. A guerra só acabou com a morte de um deles, mas custou muito caro ao vencedor, que sentiu o peso da miséria na sua vida e na to seu povo.
Foram necessários muitos para alguma recuperação nas finanças e na auto estima. Assim, meditando na riqueza e na pobreza, nos altos e baixos, o rei chamou seus sábios consultores e pediu que eles definissem em uma única frase esses dois momentos tão opostos, e que desse força para que ele superasse a falta de recursos, os problemas , dificuldades, angustias e tudo mais que aguarda cada ser humano . Essa frase vencedora seria escrita na bandeira daquele reino, e seria inserida no brasão real do rei.
Um dia pelos arredores do seu reinado parou perto de uma casa na beira da estrada. O rei perguntou ao proprietário como ele conseguia ser feliz naquele lugar tão longe de tudo e tão simples. O proprietário contou que no passado chegou a ter, dinheiro, mas perdeu tudo com o ataque de um rei muito poderoso naquela região.
Andou muito, conheceu muitas realidades, até encontrar esse lugar e mostrou ao rei uma tabuleta onde ele mandou gravar a frase da sua vida, para que ele se lembrasse sempre que podia superar tudo, desde que se lembrasse sempre da verdade escrita na tabuleta. Lá estava à frase que o rei tanto buscava. Estava escrito: "Tudo passa!"
Por isto: Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Faço na prática o que prometo?
Publicado em
19/08/2011
às
09:00
Há pessoas que prometem muito, mas no cotidiano esquecem o que foi acordado. Profissionais de vendas que prometem vender mais. Estudantes que prometem melhores notas na faculdade. Mulheres que prometem emagrecer. Homens que prometem participar mais ativamente da família. Gerentes, líderes, supervisores e empresários que prometem melhorar o clima organizacional no ambiente de trabalho. Existem funcionários que prometem participar de um treinamento, mas querem mesmo é aproveitar o evento para fazer compras. Há pessoas que na sexta-feira ao terminar o expediente, assumem o compromisso de chegar de volta na segunda-feira mais motivado, entretanto, na prática esquecem o que prometeram. Você conhece pessoas com este comportamento?
Coerente relação entre o discurso e a prática - O compromisso de prometer algo a si próprio, ou mesmo à outra pessoa deve ser aceito como uma dívida que somente terá sua quitação, com a coerente relação entre o discurso e a prática. Talvez neste momento, você lembre alguém que prometeu algo e nada fez para cumprir o acordado! Promessas que por falta de planejamento e foco no resultado, passam a ficar somente no discurso. Quando um profissional demonstra ser comprometido com suas atribuições, busca a melhoria contínua no desempenho dos índices de trabalho e também com os compromissos assumidos. A falta de dedicação e comprometimento com suas metas e planejamento, resulta no aspecto de prometer e nada fazer acontecer.
A promessa não pode ser esquecida - O desafio de prometer menos e surpreender mais, exige parar, por alguns momentos da sua vida e escrever uma lista das principais atividades que você deseja realizar. Em seguida estabelecer prioridades, de acordo com cada período do dia ou da semana. Em terceiro, buscar cumprir cada meta estabelecida. Esta lista de prioridade pode ser escrita a mão, impressa, disponibilizada em um arquivo do seu computador, ou ainda, no próprio celular. O importante é que esteja em um local de rápido acesso e que permita monitorar seu desempenho. Lembre de colocar em prática o que prometeu e realize o exercício de monitorar sua evolução, pois estará percebendo que evitou atropelos e conseguiu cumprir com compromisso, organização e perseverança as promessas assumidas.
Para coibir que promessas sejam apenas palavras soltas ao vento é imprescindível intensificar o desejo de fazer a diferença. Permanecer atento às informações e as oportunidades que estão a sua volta. Investir em renovação tecnológica, desenvolvimento das suas competências, administração do tempo e exercitar sua visão de futuro. Note que antes de prometer algo ou de assumir um compromisso, você tem o livre-arbítrio de dizer sim ou não. Perceba que pessoas que prometem e nada fazem, somente contam com uma palavra para justificar sua falha: desculpas. Vamos juntos, assumir o compromisso de prometer menos e fazer mais?
Por Dalmir Sant’Anna
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O Sexto Homem
Publicado em
18/08/2011
às
09:00
Leandro Barbosa, ou apenas Leandrinho, é um dos brasileiros a brilhar na liga norte-americana de basquetebol, a NBA. O armador foi eleito o melhor sexto jogador da temporada 2006/2007 e o segundo melhor na temporada 2007/2008. Eu disse “sexto jogador”. Isso significa que ele é um dos melhores reservas do mundo. Inicia os jogos no banco, sendo chamado a participar no decorrer das partidas quando entra e resolve: muitos pontos convertidos e ótimas assistências realizadas.
O arqueiro do São Paulo, Rogério Ceni, era apenas o terceiro goleiro do Sinop Futebol Clube nos idos de 1990. Durante o campeonato estadual, o goleiro titular e o primeiro reserva ficaram lesionados. Ceni assumiu a posição e já na partida inaugural defendeu um pênalti. Sua equipe sagrou-se campeã naquele ano e logo depois ele principiaria uma carreira vitoriosa em sua atual equipe.
Os dois exemplos relatados demonstram que não ser o primeiro pode ser uma condição apenas temporária. E a lição é perfeitamente aplicável ao mundo corporativo.
A maioria dos profissionais que inicia uma carreira almeja alcançar o topo da pirâmide com a maior velocidade possível. Subir na hierarquia, acumulando dinheiro, poder e realizações. Mas sendo este é o desejo de muitos é evidente que o funil de oportunidades é rigoroso. Poucos têm êxito. E mesmo os bem-sucedidos descobrem com rapidez que mais difícil do que chegar ao cume é permanecer por lá.
Se você está no banco de reservas, o que simbolicamente equivale a integrar o segundo ou terceiro escalão em sua empresa, aproveite o momento para preparar sua ascensão futura.
1. Aprenda. Enquanto subalterno, seguramente você está vinculado a atividades operacionais. Em lugar de reclamar desta condição, aproveite para aprender tudo sobre o seu trabalho –e sobre o trabalho dos outros. Lembre-se de que os fundamentos são essenciais. Não se pode calcular uma integral de uma função sem compreender as quatro operações matemáticas básicas.
2. Observe. Como você é pouco notado, pode transitar livremente pela companhia e compreender sua estrutura de poder. Pesquise e observe quem é quem, como funcionam as relações interpessoais. Olhos abertos e boca fechada. Não é por acaso que ascensoristas e office-boys são tão bem informados.
3. Melhore. Pratique o kaizen, ou seja, o aprimoramento contínuo. Exercite suas habilidades, eleve sua destreza no exercício das tarefas. Faça mais com menos. Gaste menos tempo executando para sobrar mais tempo para pensar e planejar. Assim você começará a se destacar.
4. Conheça. Procure estabelecer relações interpessoais verdadeiras. Neste estágio você será avaliado por seus pares pelo que você de fato é e não pela posição que ocupa. E poderá construir uma teia de amizades que lhe dará suporte quando estiver lá em cima. Seja solícito com todos, mas evite entrar em “panelas”!
5. Prepare-se. Se trabalhar com afinco, esteja certo: sua hora chegará. Por isso, aproveite o distanciamento que sua posição atual lhe confere para lapidar suas competências. Projete a “pessoa ideal”, aquela que vislumbra ser, e planeje sua escalada.
No decorrer deste processo, você poderá atirar no que viu e acertar no que não viu. Talvez opte por mudar de empresa. Talvez decida, por exemplo, redirecionar sua carreira para a forma consultiva ao invés de executiva. Alguns atletas descobrem que jamais serão craques, mas podem ser ótimos técnicos. Ou que podem ser apenas o sexto homem e ainda assim fazer toda a diferença.
Por Tom Coelho
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Venda Valor, Não Preço!
Publicado em
17/08/2011
às
09:00
Você pagaria um milhão de dólares em um anzol de luxo? Olha que é feito com ouro dezoito quilates, brilhantes e tem detalhes em rubi. Esta caro, né? Mas se eu fosse um lambari eu prefiriria ser fisgado por esse anzol. Já que irei para o além que seja de uma forma ?chic?. Agora quero lhe vender uma pizza que custa só, eu disse só mil dólares. Perceba que é uma pizza com caviar, lagosta, salmão selvagem, queijos magníficos e tem até um pouquinho de ouro em pó.
Você deve estar pensando que sou louco e que ninguém pagaria esse preço nos produtos acima. Pois para a sua surpresa a pizza acima vende muito bem obrigado e o anzol, longe de ser papo de pescador, já tem lá seu cliente vip.
O caro não existe, o que existe é uma percepção de caro que está na mente do cliente. Todo vendedor diz que preço é o maior obstáculo para aumentar suas vendas, mas se todo mundo tiver preço bom, de que serviria o profissional de vendas? Tirador de pedido poucas empresas precisam.
Valor é algo pessoal. O que é caro para você pode não ser tão caro assim para o outro. O que importa é o benefício que o produto gera. O importante é ter preço compatível com o mercado e perceba que as melhores empresas não têm necessariamente os menores preços. Evite falar em preço, procure usar o termo valor, assim você convencerá o cliente que muitas vezes vale a pena pagar um pouco mais para ter um benefício melhor.
É o vendedor quem cria a percepção de valor. A estratégia de convencimento é sempre mostrar o valor agregado do produto, além da qualidade, assistência técnica e outros fatores. A imagem que você faz e vende para o seu cliente é decisiva na escolha final. Mostre sempre o quanto seu produto pode reduzir custos ou aumentar a qualidade. Procure sempre a solução do problema do cliente e não algo que só vai tapar o buraco.
Qualidade custa. Na maioria das vezes o cliente quer preço, desconto e prazo. É um pedido legítimo. Por isso sempre demonstre e valorize a qualidade do seu produto e seja sincero em dizer no quê ele é melhor do que o do concorrente. Não dá para ter uma excelente qualidade e ao mesmo tempo ser o mais barato, mas ele pode ser o mais barato em relação a questões como durabilidade, resistência, design ou prestação de serviço. Cabe ao vendedor mostrar ao cliente que na verdade seu preço é justo.
Procure o cliente certo. Não queira vender uma BMW para aquele que só pode comprar um fusquinha. Nada contra o Fusca, mas uma BMW é uma BMW! A noção de valor precisa ser compatível com o que o cliente pode gastar e não com o que ele poderia gastar. Faça com que o cliente perceba o valor. Faça perguntas e deixe-o perguntar à vontade. Lide com objeções com naturalidade, mas nunca perca de vista o foco da conversa e a noção de valor. Não embarque no papo do mais barato que aí você se torna tão igual quanto aos outros.
Não entregue o ouro. É claro que todo vendedor tem uma margem de negociação, mas sempre sugiro que não entregue todo o ouro logo no início da conversa. Há vendedores que logo de cara mostram a tabela, até onde podem ir e qual o desconto máximo. Esquecem de falar e valorizar o produto e ficam só na discussão de preço, preço e preço. Será que em todas as ocasiões é preciso dar o desconto máximo? Todo cliente merece o maior desconto? Imagine em quanto você pode aumentar seu rendimento anual se conseguir deixar de dar pelo menos x% do desconto total. Sua comissão agradece! Valorize o seu trabalho, Mostre o valor do produto e também se dê o devido valor como profissional.
Por Paulo Araújo
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É possível reter talentos?
Publicado em
16/08/2011
às
09:00
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Duas Lideranças
Publicado em
15/08/2011
às
09:00
Israel Starosta.
Mauricio Steinbruch.
Duas lideranças.
Duas obras deixadas em prol da comunidade judaica de Porto Alegre.
Israel Starosta - comerciante, além de tirar toda a família das agruras em que viviam na velha Rússia e trazê-las para um porto alegre - Porto Alegre - realizou inúmeras obras em benefício da sua comunidade.
Mauricio Steinbruch - advogado emérito. Dedicou a vida toda em prol da sua comunidade.
Israel Starosta - uma vida dedicada à Sinagoga do Centro Israelita Porto Alegrense.
Mauricio Steinbruch - liderou por completo a construção do então Ginásio Israelita Brasileiro, hoje Colégio Israelita Brasileiro. Além de ter colaborado em inúmeras outras instituições sociais.
Pergunto eu:
Vale a pena se dedicar às instituições de uma comunidade?
Vale a pena o Associativismo?
Bem, acredito que sim.
Mas também acredito que necessitamos mostrar à história a história de seus líderes. Se chegamos hoje onde estamos é porque alguém iniciou. E isto deve ser lembrado sempre... Não podemos esquecer, jamais, o trabalho enfrentado pelas lideranças de ontem. Se existe o hoje, é porque existiu o ontem. Este ontem de ser lembrado sempre. E eu digo; sempre!
Precisamos, isso sim, é continuarmos essa obra, pensando nos antecedentes e lembrando as dificuldades de outrora para a consecução destas obras.
Infelizmente, muitos não pensam assim.
Não sei se estou errado, mas muitas vezes me denominam de conservador. De pensar muito na história. Eu acredito na história. Povo sem história não existe. Trago comigo sempre o exemplo das tradições gaúchas e das tradições judaicas. Graças a estas tradições é que podemos lembrar e passar adiante a história.
Ontem a construção.
Hoje a manutenção com a modernidade e a devida continuidade.
Pensar no ontem não custa nada. É a experiência com suas adversidades. Amanhã seremos nós - o ontem -.
Israel Starosta.
Mauricio Steinbruch.
Duas lideranças.
Duas obras.
Dois exemplos.
Eu os conheci.
Eu era muito pequeno.
Mas os conheci.
Realmente "tiro meu chapéu" para as obras que nos legaram.
Colégio, Sinagoga - dois exemplos maiores das obras destas duas lideranças.
Israel Starosta.
Mauricio Steinbruch..
Duas lideranças que todos nós devemos recordar e reconhecer seu trabalho. São símbolos!
Por David Iasnogrodski
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Verdades e Mentiras
Publicado em
14/08/2011
às
09:00
“Não existe mulher meio-grávida”.
Foi desta maneira que meu pai me ensinou que há situações nas quais inexiste o meio-termo. Ou é, ou não é.
Da mesma forma eduquei-me acreditando que a verdade também não admite interpretação dúbia. Como diria um provérbio iídiche, meia-verdade é uma mentira inteira.
Em tempos de crise de valores, quando a integridade, a idoneidade, a dignidade e tantas outras virtudes se despedem, tornando-se peças de museu, artigo raro seja na gestão pública, no mundo corporativo ou nas relações interpessoais, adotamos a verdade com vigor ainda maior. Primeiro, por princípio. E segundo, porque ela sempre vem à tona, cedo ou tarde.
Mas aí, como disse certa vez Luís Fernando Veríssimo, quando a gente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.
Escrevi um artigo intitulado “A fragilidade da vida” no qual relato a experiência da descoberta de um câncer que acometeu meu pai. O fato nos foi revelado após exames para diagnosticar o que parecia ser um AVC (acidente vascular cerebral). E durante vários dias vivenciamos um dilema: os familiares sabiam que era um tumor maligno, enquanto meu pai imaginava tratar-se apenas de um breve coágulo no cérebro.
Quando penso em meu pai, sempre me vem à mente uma pessoa ativa, dinâmica, criativa e muito batalhadora. Com pouca instrução, teve a capacidade de promover grandes realizações em sua vida. Proporcionou estudo aos seus cinco filhos e jamais permitiu que algo nos faltasse. Domina a matemática de maneira invejável para muitos estudantes de nível superior. Porém, ao lado de tantos aspectos positivos, há um contraponto tenaz: um terrível hábito de cultivar o pessimismo em momentos de adversidade.
Este aspecto já nos distanciou algumas vezes. Chegamos a trabalhar juntos por alguns anos, mas a divergência entre nossas posturas era objeto constante de conflito. Perante uma vicissitude ou uma oportunidade, eu sempre acreditava que seria possível, que daria certo. Já meu pai partia do pressuposto de que o jogo estava perdido.
Conhecendo este padrão de comportamento eu sabia que o ideal seria omitir a verdade sobre sua doença. Afinal, a cabeça comanda o corpo, de modo que em seu período de maior debilidade física, o melhor seria fazê-lo acreditar que tudo era relativamente simples e passageiro.
Contudo, hospitais trabalham com protocolos médicos. E um deles determina que todo paciente deve ser esclarecido com franqueza sobre seu quadro clínico e o tratamento ao qual será submetido. Diante disso, o pneumologista sentenciou: “Ou vocês, familiares, contam a ele o que está se passando, ou contaremos nós”.
Minhas irmãs decidiram por consenso que esta tarefa caberia a mim. E dois dias depois lá estava a sós com meu pai, em seu quarto, ao lado de seu leito. Solicitei-lhe que se sentasse, por um instante, de frente para mim. Segurei-lhe as mãos e reproduzo a seguir um resumo do diálogo que sucedeu:
– Pai, você acredita em Deus?
– Sim, acredito!
– E confia em mim?
– Com toda certeza, meu filho.
– Pois então, seu problema é um pouco mais grave do que imaginávamos...
– Eu já sabia... Mas não me conte. Eu não quero ouvir! Não quero! (virando o rosto)
– Mas eu preciso lhe dizer, porque ou você ouve de mim, ou ouvirá dos médicos. Você está com um tumor no pulmão. É algo raro, ainda mais para quem, como você, nunca fumou. E o coágulo em seu cérebro é uma consequência deste tumor.
– Então estou liquidado...
– Pai, deixe de pensar assim! Há tratamento, há cura, e é por isso que você está aqui, num dos melhores hospitais do país e com ótimos especialistas.
– É verdade? Mas me diga uma coisa, meu filho: isso não é câncer não, certo?
– É pai. É câncer. Tumor e câncer são a mesma coisa. Pouco importa o nome que se dê, mas sim que a medicina está muito evoluída e que juntos vamos sair desta.
Após esta conversa, senti que sua aceitação foi muito positiva. As lágrimas que rolaram foram menos intensas do que se poderia esperar. Mas fundamentalmente notei que ele decidiu abraçar a luta pela vida, em vez de entregar-se à enfermidade.
Eu poderia ter lhe dito que o tumor é maligno. Que seu estágio é avançado, alcançando os dois pulmões e que o edema no cérebro é fruto de uma metástase, caracterizando a evolução da doença. Poderia ter lhe dito que os oncologistas trabalham com expectativa de vida e que a luta não é pela cura, mas pelo que chamam de sobrevida. Mas optei conscientemente pela omissão. E descobri que há circunstâncias em que, sim, cabem meias-verdades. Porque elas aliviam, em lugar de ferir. Porque elas não são um erro, nem tampouco um acerto, mas apenas o adequado. Porque elas podem confortar e promover a esperança. Uma verdade oculta não é uma mentira contumaz.
Nietzsche dizia: “Não pretendo ser feliz, mas verdadeiro”. Abro mão da verdade plena e da minha felicidade, para ver feliz quem amo.
Por Tom Coelho
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Coisas Ruins Acontecem Com Bons Vendedores
Publicado em
13/08/2011
às
09:00
Por mais que você se esforce, por mais que siga regras universais que ditam o rumo para o sucesso, por mais que você faça tudo quase sempre da melhor maneira possível, ainda assim coisas ruins irão acontecer com você.
Sabe por quê? Na verdade ninguém sabe. O que sabemos é que coisas ruins acontecem com boas empresas, com boas pessoas e com... Excelentes profissionais de vendas.
Não há nada de errado nisso, errado seria se só acontecessem coisas boas na sua vida.
Este tópico é importante para que você entenda que não pode desistir no primeiro e nem no segundo obstáculo.
Mantenha uma atitude positiva. Deu tudo errado? Fique chateado no primeiro momento por que no segundo você já deve ter de volta aquela atitude positiva em relação aos fatos da vida. Pense que se não era para ser do jeito que você queria, é por que vai ser de um jeito melhor. O que não pode é se entregar e se deixar abater por vários dias e muito importante, nunca gaste aquilo que você ainda não recebeu. Esse é o problema maior quando tudo dá errado. Por vezes boa parte da possível, eu disse possível comissão, já está comprometida.
Dê a volta por cima. Nessas horas faça um esforço extra e gaste tempo e energia tentando bolar algo que possa te jogar para o alto. Que tal oferecer a mesma proposta para um outro cliente? Buscar novos mercados, abordando de forma diferente? O que sugiro aqui é que você não deixe a porta aberta para a tristeza se estabelecer, porque depois acaba vindo junto à prima-irmã baixa auto-estima e para se levantar novamente fica mais difícil. Procure valorizar o seu esforço e empenho.
Aprenda a aceitar e a mudar. Não fique moendo e remoendo o fato e fazendo disso uma novela mexicana sem fim. Procure descobrir o que deu errado e use isso como aprendizado. Mas aprenda pra valer! Que seja algo que não se repita mais e procure mudar o que tiver de ser mudado para que isso não ocorra novamente. Nada pior do que errar e não aprender nada com os próprios erros. Use esse fato negativo para alguma coisa boa em sua vida.
Tenha controle emocional. Nessas horas é que a gente percebe o quanto é bom saber se controlar. Por pior que seja a situação sempre poderia ter sido pior. Reconheça os sentimentos do momento e procure aceitá-los e deixar a coisa fluir de modo controlado. Por mais que sinta vontade, de nada adianta ofender o comprador, falar mal da empresa ou muito menos jogar uma praga na organização. O que adianta é ter controle para pensar em uma solução e recomeçar a escrever uma nova história no livro da sua vida.
Autodisciplina e foco. Perceba que todos nós sabemos o que se deve fazer para ser feliz e podemos criar como ninguém dicas e mais dicas de como vender melhor. Mas se é assim, por que a maioria das pessoas não estão felizes com sua condição atual? Por que falta foco, autodisciplina e direção na sua carreira de vendas. Não fique o tempo todo pulando de galho em galho. Tenha uma estratégia e siga o que foi determinado. Ter foco não é fácil. Não é da natureza humana seguir uma única direção, por isso é difícil ficar sempre no caminho certo. Veja como o foco é importante:
* as pessoas conseguem se concentrar com excelência apenas em uma coisa por vez, ou, em muito poucas.
* caso tenha 80% de chance de atingir um objetivo e acrescentar um segundo objetivo, as chances de ambos cairão para 64%.
* com cinco objetivos simultâneos as chances serão de 33%.
Sem autodisciplina e foco sua carreira de vendas tende a ser muito mais complicada. Mude essa história agora!
Por Paulo Araújo
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Psicóloga associa a terapia "Par Biomagnética" com a Psicoterapia convencional com êxito
Publicado em
12/08/2011
às
09:00
O Par biomagnetismo é um sistema terapêutico desenvolvido pelo Dr. Isaac Goiz Duran, em 1988; com o uso de ímãs positivos e negativos para combater parasitas, bactérias, fungos, vírus e outros germes que causam várias doenças.
A psicóloga Cássia Ghelfi Raza Marcelo com mais de vinte anos de experiência, Coordenadora de Cursos e Instrutora, Psicodramatista, Master Practitioner em Programação Neurolingüística, Hipnoterapeuta (USA), formada em Emotologia, Docente convidada da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), viveu numa ponte entre os Estados Unidos e o Brasil durante quatro anos e trouxe novas pesquisas e estudos na área das Relações Humanas e agora estuda a aplicação do Par Biomagnetismo, uso de imãs negativos e positivos, associado a psicoterapia, sua área de especialização.
O Par biomagnetismo é um sistema terapêutico desenvolvido pelo Dr. Isaac Goiz Duran, em 1988; com o uso de ímãs positivos e negativos para combater parasitas, bactérias, fungos, vírus e outros germes que causam várias doenças.
O sistema consiste no reconhecimento de pontos de energia sobre o corpo humano que juntos causam uma doença; o terapeuta aplica um conjunto de ímãs sobre estes pontos para inibir o desenvolvimento da doença.
A doença está localizada no órgão ou tecido, dando um desequilíbrio entre cargas positivas e negativas; se a interrupção for corrigida, o problema fica melhor, pois retornou ao ponto de equilíbrio.
Acompanhando esse estudo como cliente e observador, tenho conversado com a competente e dedicada psicóloga Cássia e analisando seus mais de cem casos em tratamento os resultados tem sido excelentes, tais como: inibição da síndrome do pânico, a melhora bipolar, a estagnação de tumores, o equilíbrio da diabete, da hipertensão e muitos outros.
Por Cláudio Raza
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Não cai do céu
Publicado em
11/08/2011
às
09:00
Frequentemente deparo-me com pessoas se queixando, falando das dificuldades econômicas que enfrentam em sua vida privada ou nos seus negócios, reclamando da economia do País, do Estado e da Cidade, da falta de segurança pública, dos serviços de saúde precários, da falta de lazer e outros problemas corriqueiros a que todos nós estamos sujeitos por conseqüência da vida.
Bem verdade que muita coisa poderia ser diferente do que é, principalmente no que diz respeito à coisa pública, nossos governantes, que deveriam nos dar exemplo de ética, respeito, trabalho, honestidade e, competência, a toda hora nos brindam com escândalos e mais escândalos. É corrupção, malversação do dinheiro público, cartão corporativo que virou moda, é obtenção de vantagem pessoal e financeira por conta do cargo ou do mandato que exercem, e por ai vai.
Verdade, também, que as coisas não estão fáceis hoje em dia. Não podemos deixar de admitir que a vida está se tornando mais complicada com o passar do tempo, pois hoje em dia os valores sofreram uma inversão negativa, existem problemas que poderiam ser evitados com uma série de ações simples, mas que não o são por puro comodismo. O excesso de consumo prejudica de certa forma o convívio social, o ter em detrimento do ser contagia e traz uma sensação de impotência para aqueles que não conseguem o sucesso financeiro desejado, pois não são reconhecidos por seus valores perante a sociedade moderna.
Não posso deixar, no entanto, de tecer minhas considerações a respeito destas dificuldades todas da vida. Nada cai do céu ou muda de forma milagrosa, creio que se faz necessário uma mobilização geral da sociedade para mudar aquilo que compete a ela e cobrar dos entes públicos o que lhes compete.
Todos nós sabemos que se deixarmos lixo acumulado e água parada estaremos propiciando a proliferação do mosquito da dengue. Isso a qualquer momento e em qualquer ano. O governo já advertiu à exaustão, muitas campanhas já foram realizadas, nós temos que ter esta consciência para o resto da vida. Sabe-se de cor o que tem que ser feito, não precisa de campanha toda hora!
Ocorre que somos acomodados, relaxamos a vigilância, contribuímos para o aparecimento da epidemia e depois culpamos o Governo, o que é muito fácil. E a nossa responsabilidade? Fizemos a nossa parte?
A segurança pública é responsabilidade do Governo, mas em muitas situações contribuímos para que a situação da insegurança piore. Somos tolerantes com uma série de fatos que não deveriam acontecer. As vezes, visando uma vantagem pessoal aceitamos situações que não gostaríamos que ocorressem com a gente.
Vejo pessoas dizendo que a situação está ruim, precisa mudar o prefeito, o governador, o presidente da república, que o juiz não julga, o médico não atende, o delegado não prende, que a polícia não faz nada, jogando sempre a responsabilidade por tudo que acontece nas costas de alguém.
Se a economia vai mal, se o negócio não prospera, é necessário inovar, investir em eficiente propaganda, analisar o mercado, buscar outro ramo de atividade se for o caso, verificar se há algo errado com o atendimento aos clientes, se a estrutura é adequada, ou oferecer um diferencial. O que não vai adiantar é ficar culpando os outros o tempo todo, sentado atrás de uma mesa ou um balcão esperando que as coisas melhorem como num passe de mágica. Cada um tem que fazer a sua parte. Faça a sua! Depois cobre do Governo a parte dele!
Quanto aos governantes, os únicos responsáveis pelo caos administrativo brasileiro somos nós. As figuras que estão ai foram eleitas pelo nosso voto, e não é necessário citar nomes de políticos desonestos, corruptos e incompetentes que são eleitos ou reeleitos todos os anos. Todos sabemos quem são, e sempre estão lá, entre os mais votados. Você, por vezes, não dá ao seu filho mais um voto quando ele trai a sua confiança. Então porque dá ao político?
Como podemos ser valorizados pelo que somos se só enxergamos nos outros os bens materiais que possuem e nem olhamos quem realmente são? Como receber aquilo que não damos? A mudança de valores começa em cada um, para que se estabeleça no todo. Podemos colaborar com a sociedade sendo mais éticos, criativos e positivos. O sucesso é a soma de trabalho, planejamento e estratégia. As ações visando o progresso do convívio em sociedade começam por nós e não pelos outros. Nossa vida se tornará mais fácil quando nós começarmos a mudar nossa atitude e não ficarmos esperando que as coisas mudem por si próprias.
Se a economia está ruim, vamos trabalhar, vamos plantar a semente para quando as coisas melhorarem estarmos preparados para a colheita. Sem semente não tem colheita, sem trabalho não tem resultado! Ninguém vai fazer por nós aquilo que é nosso dever!
Você é responsável pelo ambiente em que vive e pela qualidade da sua vida. Não espere nada! Faça sua parte! Não vai cair nada do céu além da chuva, e da fuligem que suja a sua varanda.
E não vale reclamar que a sujeira da cana é culpa do Governo, pois é da agricultura que nossa região sobrevive.
Por José Rodrigo de Almeida
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Vamos R.I.R no Atendimento?
Publicado em
10/08/2011
às
09:00
Tenho uma amiga, que é proprietária de um salão de beleza. Quando ela observa, que no estacionamento, há alguém aguardando um cliente, solicita a uma funcionária para servir um chá, café, água ou suco. Interessante, não é mesmo? Quantas vezes você acompanhou uma pessoa e acabou esquecido dentro do automóvel em um estacionamento, na recepção de um hotel ou, na sala de espera de um consultório, sem o mínimo de atenção. Na sua empresa, o que você e sua equipe estão fazendo para surpreender seu cliente no atendimento? Elaborei uma expressão para mostra que, no atendimento é preciso R.I.R.: Respeito, Inovação e Reconhecimento. Vamos tentar colocar em prática?
RESPEITO - Quando o gerente de uma agência bancária levanta da cadeira e, de pé realiza o cumprimento a um cliente que chegou, demonstra respeito, cordialidade e simpatia. Mostra com esse comportamento que a pessoa a sua frente é importante. Ao contrário de ficar digitando enquanto fala com o cliente pessoalmente, ou pior ainda, conversar ao telefone e apertar a mão de alguém, use de empatia e responda a pergunta: Você gostaria de receber o atendimento que está oferecendo? Lembre sempre do que disse o dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare: "É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada".
INOVAÇÃO - Você se acha uma pessoa criativa? Quanto? Em uma escala de zero a dez, sendo zero o mínimo e, dez o máximo, qual é a sua resposta? Respondeu a pergunta? Agora faça a seguinte reflexão. Quanto desse percentual você coloca em prática? Há pessoas que dispõem de uma capacidade expressiva para inovar, mas ocultam seus talentos. Inovar no atendimento é algo essencial. Pode ser uma ligação telefônica, no dia do aniversário para homenagear seu cliente, o desenvolvimento de um cartão de fidelidade, ou ainda, um contato de pós-venda. A cada novo ano, a tendência em inovar é mais necessária e, como enfatiza Machado de Assis: "Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho, há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"
RECONHECIMENTO - Tenho a sensação de que a ação de agradecer foi colocada na última página do manual de vendas e, poucas pessoas chegam a ler. Reconhecimento é um ato sublime na área comercial que reforça gratidão. Valorize mais seu cliente. Coloque em prática frases de reconhecimento como: Somos gratos por confiar na nossa empresa; Volte sempre; Aguardamos sua volta; Agradecemos sua confiabilidade; Conte sempre comigo. O poeta gaúcho Mário Quintana ensina: "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores". Um sorriso com cortesia é capaz de oferecer resultados imensuráveis e ser um multiplicador do seu profissionalismo.
O atendimento é muito comentando em treinamentos, entretanto, na prática deixa a desejar pela ausência do R.I.R. Faça uma revisão constante das suas ações, comportamentos e maneira de conversar com o cliente. Use com maior frequência, palavras de cortesia e maximize seus resultados com Respeito, Inovação e Reconhecimento. Lembre-se do que minha amiga faz, pelas pessoas que estão aguardando no estacionamento do salão de beleza. Para você pode representar algo simples, mas para o cliente algo diferente. Coloque em prática na sua empresa a ação de R.I.R. durante um atendimento e conquiste resultados surpreendentes. Vamos tentar?
Por Dalmir Sant'Anna
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O Peso do QI na Recolocação Profissional
Publicado em
09/08/2011
às
09:00
Já engordei as estatísticas do desemprego há alguns anos. Eram tempos em que
atuava como executivo, ocasião na qual conheci o trabalho das empresas de
recolocação profissional.
Foi quando aprendi a preencher adequadamente um currículo, além de ser
orientado sobre como me portar em entrevistas. Também passei horas
analisando companhias diversas, escolhendo aquelas nas quais gostaria de
trabalhar para, ato contínuo, enviar-lhes meu precioso portfólio, agora
maquiado e vitaminado, na expectativa de ser convocado.
Ledo engano. Já naqueles tempos, início dos anos 1990, os processos de
recrutamento estavam mudando. Currículos aleatoriamente enviados pelo
correio ou preenchidos pela internet podem se configurar em pura perda de
tempo. Tornam-se lixo, físico ou eletrônico, antes mesmo que alguém leia o
nome do remetente.
Pesquisa realizada em abril de 2011 pela Catho Online, com participação de
46.607 profissionais, indicou que 59,4% dos cargos foram preenchidos com
base no QI do candidato. Não estamos falando do famigerado "quociente de
inteligência", mas, sim, do "quem indicou". Networking, relacionamento,
estas são as palavras de ordem. Há até quem opte por mudar de emprego graças
à confiança depositada em quem lhe fez a indicação. Esses fatos levam-nos a
algumas reflexões.
Sempre recebo mensagens de leitores comentando sobre sua insatisfação com a
empresa em que trabalham. As queixas vão da falta de reconhecimento e
ausência de desafios à baixa remuneração e inexistência de plano de
carreira, passando inexoravelmente por problemas de relacionamento
interpessoal, seja junto à direção, seja com os próprios colegas.
Estes profissionais vislumbram como única solução pedir demissão e buscar
novos horizontes, como se o ambiente fosse a origem de todos os males,
acreditando que em outra corporação os mesmos dissabores não acontecerão.
Pior, há aqueles que optam pelo desligamento sumário da companhia, passando
por uma semana de regozijo até caírem em si e na realidade de que nos
assuntos relacionados ao dinheiro, como diria Victor Hugo, é preciso ser
prático.
Diante dos fatos, alguns cuidados devem ser tomados para que uma proposta
pretensamente interessante não se apresente como uma armadilha:
1. Cheque a oportunidade de trabalho. Verifique se a mesma é concreta e,
mais ainda, permanente. Pode tratar-se de uma posição temporária e que não
lhe garantirá estabilidade.
2. Pesquise a empresa. A internet é fonte inesgotável de informações. Acesse
o site da empresa e, depois, os buscadores, para obter mais informações
sobre o perfil da companhia e sua posição relativa no mercado. Dê especial
atenção aos valores declarados pela organização a fim de observar se estão
alinhados com seus valores pessoais.
3. Dissocie relações afetivas e profissionais. Se a indicação dada foi
positiva, ótimo. E fim da história! Não convém associar o nome da pessoa que
recomendou você ou lhe sugeriu a vaga durante o processo seletivo ou mesmo
após o término deste. Seja grato, mas seja independente.
4. Prefira o pouco certo ao muito duvidoso. A menos que você disponha de uma
boa herança ou alguém que lhe sustente, abdicar de uma remuneração lhe trará
mais preocupação, angústia e ansiedade. Peça demissão somente após ter
firmado sua recolocação.
5. Caia fora na hora certa. Isso não é um jogo de pôquer, mas é um jogo. Se
a proposta de trabalho não corresponder às promessas feitas ou não atender
aos seus anseios, prepare sua saída o quanto antes evitando prolongar sua
insatisfação.
Recorde-se sempre da importância do networking. Na Era da Integração, num
mundo sem fronteiras e regido pela conectividade, não são dados ou
informações, máquinas e tecnologia, que fazem a diferença. São pessoas. E
mais do que isso, relacionamentos. Prova disso é que a mesma pesquisa
mencionada no início do artigo indica que mais de 70% dos desempregados
utilizam sua rede de contatos networking como meio de procura de emprego.
Analogamente, 75% das empresas utilizam como instrumento para divulgação de
vaga a indicação de pessoas de dentro e de fora da corporação.
Por isso, cultive o hábito de conversar com estranhos, pessoas que lhe
avizinham num saguão de aeroporto ou numa simples fila no cinema ou no
banco. Frequente outros ambientes, seja um restaurante, um bar ou um museu,
e converse com quem lhe rodeia. E lembre-se sempre de portar cartões de
visita. Destas relações fortuitas, pode surgir um novo curso em sua vida.
Por Tom Coelho
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Hoje e Ontem: Sempre!
Publicado em
08/08/2011
às
09:00
Voltar a o tempo.
Voltar no século passado.
Voltar ao ano de 1921.
Voltar ao mês de agosto de 1921.
Voltar à data de 21 de agosto de 1921.
Voltar à data de 21 de agosto de 1921 na cidade de Porto Alegre.
- "Gente! Chegou a data. Chegou o dia. Trabalhamos em prol da tzedaká. Em prol da benemerência. Estamos hoje aqui para continuar nossa luta. Agora como uma entidade organizada... Não mais isoladas".
Talvez não foram bem essas as palavras da fala inaugural de uma líder. Talvez nem tenha tido esta fala... Talvez não tiveram o tempo suficiente para realizar tal ato com fala... O importante é que em 21 de agosto do saudoso ano de 1921 - 90 anos atrás -as Damas de Caridade (Froim Faraim) da comunidade judaica de Porto Alegre, davam início - e sempre no anonimato - a um dos trabalhos mais dignos, mais importantes que se tem notícia. Ajudar aos necessitados de maneira igual como as "formiguinhas" trabalham. Sempre seguindo suas metas! Suas principais lideranças, na época, foram: Rivka Wichnewetsky, Rosa Lacher, Fany Knijnik, Berta Starosta e tantas e tantas outras. Sempre no trabalho de prestar assistência a pessoas carentes da comunidade.
Antigamente o principal enfoque eram as pessoas idosas, atualmente o perfil mudou em função do empobrecimento das pessoas não serem somente idosos. Sempre as Damas de Caridade auxiliam com roupas, alimentos, medicamentos e também, e principalmente, a visita aos necessitados dando o carinho tão necessário.
"Muitas vezes o carinho substitui um bem material", já se expressou em certa ocasião um "velho poeta".
E estas "formiguinhas" continuam sua caminhada: com sol, com chuva, com vento, com frio, com calor - elas vão em busca do auxílio para levar aos necessitados. A necessidade não tem hora!
Merecem todo o aplauso. Este aplauso muitas vezes não vem...
Merecem toda nossa ajuda. Muitas vezes esta ajuda não aparece tão fácil...
São poucas.
Sim, são muito poucas.
Muitas vezes não reconhecidas por muitos.
Não esmorecem jamais.
São jovens. São idosas.
Não importa a idade.
Mas sempre jovens no espírito de ajudar ao próximo.
Trabalham com o fim precípuo da ajuda ao necessitado. Da ajuda ao próximo. Muitas vezes tão próximo de nós...
Deixam suas casas.
Deixam suas famílias.
Reúnem-se.
Trocam ideias e traçam suas metas.
E vão ao encontro do necessitado.
Necessitam do nosso reconhecimento. Sei muito bem que isso não é o principal para elas...
Precisamos dizer: "Obrigado"
Ninguém está livre do "amanhã".
- "É hoje. 21 de agosto de 1921. Vamos nos dar as mãos e iniciar a nossa jornada. Nossa caminhada. Não podemos pensar e nem parar. "Eles" estão à nossa espera. Juntas venceremos todos nossos obstáculos. Não serão poucos. Esperamos que saibamos mostrar aos nossos filhos, netos e amigos da necessidade da continuidade e pensarem em nos ajudar. Ajudando-nos estarão ajudando o próximo. Ajudando o necessitado. Não vamos esperar aplauso. O trabalho será árduo mas gostoso. Gente! Vamos nos dar as mãos e sair à rua ao encontro do necessitado. Chega de conversa! Vamos ao trabalho! Somos poucas, mas o trabalho é enorme".
Será que foram estas as palavras daquelas lideranças? Será que houve discursos em função da inauguração da entidade? Será que tiveram tempo para falas?
Não sei!
Só sei dizer a vocês todas que estão continuando aquela tarefa iniciada no longínquo 21 de agosto de 1921: Muito obrigado. Vocês souberam continuar. Estão hoje completando e lembrando os 90 anos de todas aquelas lideranças que passaram por esta entidade: Damas de Caridade.
Posso dizer somente algo a vocês - líderes de hoje - "não deixem a peteca cair". Sei que dizer é fácil... Os necessitados - em grande número - estão aplaudindo vocês. Também estão dizendo em alto e bom tom: "Obrigado".
"Damas de Caridade" - as verdadeiras Damas da comunidade judaica de Porto Alegre.
Vida longa a vocês e a entidade que vocês que representam - " é a jovem que está completando os primeiros 90 anos de existência".
Por David Iasnogrodski
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Abrir Mão De Direitos Trabalhistas Ou Perder O Emprego?
Publicado em
07/08/2011
às
09:00
Com as novas mudanças de consumo, de créditos gerados pela crise mundial, as empresas e empregados ainda estão esbarrando nos direitos trabalhistas adquiridos, que às vezes prejudica a empresa que fica com um empregado desmotivado e caro, e o empregado por causa da multa e do saque do FGTS não pede demissão para buscar novas oportunidades.
Isto é um verdadeiro entrave na vida de ambos; está na hora de mudanças ou acordos, mas algumas empresas já estão vencendo alguns obstáculos fazendo acordos no sentido de minimizar as demissões.
Mas o do FGTS que é um dos mais caros permanece inalterado, pois não depende de acordo, mas de legislação específica, que pelo jeito vai demorar muito.
Muitas empresas e empregados estão flexibilizando outros direitos para que ambos sejam beneficiados, num ganha, ganha tais como;
a-) Redução da jornada de trabalho e dos salários, a empresa não precisa demitir causando-lhe altos custos financeiros imediatos e o empregado aperta um pouco o cinto, mas continua empregado com todos os benefícios.
b-)Compensação das horas paradas durante as férias coletivas, o funcionários já recebeu antecipadamente o dinheiro, vai aprender a se planejar melhor.
c-)Corte das horas extras e diminuição de funcionamento da fábrica, evitando demissões e perda de profissionais já preparados pela empresa.O governo deveria tomar iniciativas para injetar, mas dinheiro na economia, alterando ou simplificando alguns direitos trabalhistas, tais como;
d-) As férias e o 13º. Salário, poderiam ser divididos ao longo do ano, como é feito contabilmente, evitando picos de desencaixes de dinheiro pelas empresas no final do ano.
e-) Reduzir o adicional sobre as horas extras e a porcentagem do adicional noturno.
f-) Reduzir as contribuições ao INSS, seguros e sindicatos.
g-) Liberação da Multa de 40% pó demissão do FGTS, a realidade nas empresas já demonstra que o empregado pede demissão já faz um acordo com a empresa devolvendo esse valor por fora.
h-) Para injetar mais dinheiro na economia e facilitar a vida dos desempregados ou não, liberar em até 50% dos depósitos totais acumulados, para saques do FGTS, para pagamentos de dívidas com cartões de créditos, dividas com carros, ou outro qualquer; pois também estes acordos são feitos nas empresas burlando a legislação.
i-) Agilizar as ações trabalhistas junto à Justiça do Trabalho, para que o dinheiro chegue mais rápido aos desempregados.
j-) Liberação de parcelas do PIS, para desempregados, ajudando-os na manutenção dos gastos.
l-) Incentivos de impostos nas admissões de jovens sem experiência, não como hoje é feito, onde são admitidos como estagiários e ali permanecem por vários anos. Os direitos trabalhistas e a carga tributária só prejudicam as empresas e os trabalhadores nessas épocas de crises, está na hora, e é urgentemente necessário uma reforma de todos esses entraves no nosso pais em benefício do crescimento da economia.
Chega de oportunismo de alguns sindicalistas, de palanques e trampolim para a política para outros, de hipocrisia dos parlamentares que só se preocupam com seus salários e benefícios, tenha visto o que está acontecendo ou sempre aconteceu, só que agora estamos mais espertos, como aumento desnecessário do já excessivo número de vereadores, das vendas de sentenças publicadas pelos jornais, dos juízes corruptos, e muitas outras.
Vamos olhar o futuro, e este é hoje, nós já somos passado, vamos preparar hoje o amanhã.
Por Claudio Raza
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Por que desistir de acreditar?
Publicado em
06/08/2011
às
09:00
A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada "Ciranda da Bailarina". Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas, abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.
Superar a zona de conforto - Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O detalhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se transformar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espelho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina, se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez, você não tenha feito o melhor possível e para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.
Alterar o estereótipo de perfeição - Há no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber, o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.
Não deixe a cortina do palco da vida fechar - A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: "Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!" Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições, de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão a sua volta. Ninguém mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.
A letra da música "Ciranda da Bailarina" diz: "Sala sem mobília, goteira na vasilha, problema na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem". Incertezas, receios, adversidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas a sua volta, tenham a capacidade de destruir sua autoestima e, paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar, mais em você, não é amanhã, mas já!
Por Dalmir Sant'anna
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Mexer ou Não Mexer: o"X" da Questão
Publicado em
05/08/2011
às
09:00
A verdade é que a gente nunca deixa de aprender. Foi graçax ao nosso querido presidente da PetroBrax que descobri a razão pela qual o nosso que querido Brasix ter tido, nestex anox todox, tantox problemax para exportar, enfim participar do comércio internacionax e talvex até ser maix respeitado lá fora com paíx. É tudo uma simples questão de "x"! E o "x" da questão, quem diria, está simplesmente no próprio "x"! Basta trocar o "s" e outrax conxoantex por "x" e "zapex" - seremox aceitox no mundo inteirox com nosso petróleo e outrox produtox tupiniquinx.
Não se trata do "custo Brasix" ou coisax que o valham. Nada tem a ver com a carga tributária que onera ax empresax brasileirax. Basta uma reforma ortográfica e a nossa balança comerciax tornar-se-á poxitiva para semprex.
Por que ninguém penxou nixxo antex?? O que estavam fazendo os membrox do governo e os políticox todox nos quaix votamox para resolver nossox problemax? Em vex de cuidarem dos problemax sériox do Brasix como este, ficam o tempo todo discutindo assuntox banaix que não levam a nada como a Lex da Responsabilidade Fiscal, Reforma da Previdência, etc. Tudo isso é nada perto do "x" que resolverá todox os nossox problemax reaix.
E o que maix irrita é ver a imprensa e outrax pessoax incultax e despreparadax querendo saber quanto custou o "x", sem perceberem a chanxe que o Brasix pode estar perdendo de salvar-xe como nação. Como sempre, a maioria inculta não consegue enxergar as coisax realmente importantex num paíx! Eis o "x" da questão!
Com exxa lixão, digo, lição, fico penxando e me pergunto: Será que nóx, também, nas noxxas empresax e em noxxas própriax vidax não vivemox mexendo onde não é preciso, deixando de fazer as coisax que são realmente relevantex? Não extaremox mexendo onde não devemox e deixando de fazer o que realmente deveríamos para conquistar e manter clientex, para produzir com mais qualidade e competitividade, para motivar funcionariox, para conquistar maix mercadox internacionaix e enfim vencer os dexafiox dexte Xéculo XXI?
Mexendo onde não prexisa ser mexido, ganhamos tempo, fingimox que estamox trabalhando em benefício da noxxa empresa e do mercado. E como dirigentex empresariaix principaix, sempre teremox os "puxa" que ficam nox adulando dizendo que noxxa idéia é simplexmente genial! Mudando o nome da empresa, trocando um "s" por um "x" passamox a acreditar que conquistaremox mais mercado, mais clientex, mais contratox.
Eu não posso acreditar que a idéia de trocar o "s" pelo "x" tenha saído da cabeça do presidente da PetroBrax. Ele deve ter muito mais coisax para pensar e decidir e é extremamente competente e equilibrado. Por ixxo é prexiso que dirigentex empresariaix tenham muito cuidado com certos tipox de subordinadox ou prestadorex de serviço que vivem aparecendo com idéiax revolucionáriax em vez de fazerem o que realmente deveriam fazer. E geralmente exxas idéiax são tão sem sentido que acabam sendo deixadas crescer na empresa até que tomam forma e corpo e daí o estrago está feito e fica difícil ou quaxe impossível abortar. Já vi isso acontecer muitax e muitax vexez. Assim, quando uma idéia mirabolante comexar a brotar na sua empresa, aborte-a o maix rapidamente poxxível! Não deixe a loucura cresxer!
Quero lembrar, também, que é função do dirigente principal da empresa ficar constantemente chamando a atenxão das pexxoas para o "foco" principal da empresa e da atividade de cada um. Sem um constante "chamar atenxão" as pexxoas podem começar a "voar" alto demaix e a perder o "foco" o que é extremamente perigoxo para qualquer empresa nestes tempox de alta competitividade.
Quero deixar bem claro que sou francamente a favor da mudança. Eu mesmo tenho dito sempre que "a única certeza estável é a certeza de que tudo vai mudar". Sou também extremamente favorável a mexer até em time que está ganhando, pois não se pode esperar um time comexar a perder para promover as mudanças. Justamente quando o astral está alto e o time ganhando é que as mudanças devem ser propostas e implementadas para que a curva de crescimento e motivação não caiam.
Mas é preciso ter "bom senso". Mexer por mexer. Mudar por mudar - sem critério, sem análise, sem proposta de mudança consistente - é perigosamente irresponsável em qualquer organização, empresa ou time. Portanto, a dúvida - "Mexer ou Não Mexer" - não é de fácil e simplex resposta. Conheço empresas que mexeram exatamente onde jamais deveriam ter mexido. Mexeram em identificadorex fundamentaix de seu sucexxo para o mercado. Alteraram aspectos fundamentalmente positivos de produtox por não terem tido o cuidado de fazer uma pesquisa antex de mexer. Fizeram mudanças hierárquicas extremamente destrutivas em áreas perfeitamente ajustadas levando a uma queda de produtividade quase fatal para o negócio. Colocaram pessoax erradax em lugarex erradox - pelo simplex desejo de mudar e mostrar que tinham o "poder de mudar".
Cuidado! Lembre-se que "Mexer ou Não Mexer" é realmente o "X" da questão!
Por Luiz Marins
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Como se fosse pela Primeira Vez
Publicado em
04/08/2011
às
09:00
Lembro-me quando adolescente de acompanhar admirado pelos jornais que determinado espetáculo teatral completava cinco anos em cartaz. Então, questionava-me como poderiam aqueles atores literalmente suportar a mesma interpretação por duas ou três sessões seguidas, ao longo de três ou quatro dias consecutivos, ao cabo de tantos anos. Como tolerar os mesmos procedimentos de bastidores, a rotina de um mesmo script, piadas e cenas melancólicas igualmente dramatizadas, além de platéias similares, variando da animação à apatia nos mesmos momentos da apresentação?
Anos depois comecei a utilizar o transporte aéreo com certa regularidade. E aquela mesma pergunta tornou a me avizinhar o pensamento. Como podem pilotos, co-pilotos e equipe de comissários extraírem prazer de tarefas tão rotineiras? Da recepção dos passageiros à checagem das normas de segurança, passando pelo serviço de bordo, tudo transcorre religiosamente de igual maneira a cada decolagem e pouso...
A vida me reservou surpresas, mudando de forma radical o curso de minha história. De economista para publicitário, de empresário para consultor, de executivo para escritor. E palestrante. De repente, vi-me num palco, microfone na mão, olhos voltados para uma platéia, por vezes tão reduzida que torna possível saber o nome de cada um dos participantes, e por vezes tão ampla que os olhos não ousam alcançar o último dos presentes.
E, neste ofício, descobri que não há rotina, que inexiste a mera repetição. Cada apresentação é singular, porque os participantes são diferentes, porque o ambiente conspira de forma diversificada, porque meu estado de espírito é incomparável. Lembro-me de Saint-Exupéry: "Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada".
Tenho amor verdadeiro pelo trabalho que desenvolvo. Tal qual o ator ama o palco e o piloto, sua aeronave. Cada peça apresentada é única; cada vôo, ímpar. Porque as platéias de todos nós são invariavelmente distintas.
O tempo passa e a idade aplaca-se sobre nós. Amadurecemos, mas também perdemos coisas. E só nos damos conta de nossas perdas depois que elas ocorreram. E todo final de ano colocamo-nos a refletir sobre o que fizemos, o que conquistamos, o que faremos e para onde iremos.
A rigor, podemos qualificar nossas vidas como absolutamente rotineiras. Uma repetição constante de tarefas e experiências em favor da sobrevivência, da subsistência. Apenas passamos. E podemos nos imaginar humanamente medíocres, vivendo vidas previsíveis e medianas. Mas também podemos tornar estes eventos únicos, posto que os são. Basta fazer tudo como se fosse pela primeira vez. E pela última vez.
A virada do ano, dizia Drummond, industrializa a esperança. Mas pouco adianta acreditar que este fato isoladamente será suficiente para fazer você mudar de vida. Fazemos isso a cada dia, a cada momento, a cada atitude.
Que assim seja com um abraço terno, com um beijo afetuoso, com um olhar reluzente desferido a quem se despede. No despertar para ir ao trabalho, numa reunião de negócios, no almoço com os amigos, no retorno ao lar. No dia de Natal, no Reveillon e em cada um de seus próximos 365 dias.
Por Tom Coelho
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Frio
Publicado em
03/08/2011
às
09:00
Frio.
Até quando?
Muito frio...
Muita umidade.
Somos fortes! Os sulistas do Brasil (he,he,he)
Somos fortes!
Tenho a certeza que logo virá o calor. E vamos dizer: “Que calor!”.
Que calor!
Aqui no sul do Brasil temos todas as temperaturas. Desde a mais alta até a mais baixa. Muitas vezes acontecendo no mesmo dia. Também nos acompanha a umidade. Esta umidade é que, em muitas vezes, reflete no nosso organismo.
O frio seco – aguentamos!
O calor seco – aguentamos!
Mas aqui no sul tudo é acompanhado da umidade. Esta umidade é que faz “explodir” as emergências hospitalares. E falando em hospital lotado, fico a pensar seriamente na recente reportagem da Zero Hora em relação ao Hospital da cidade de Barra do Ribeiro. Todo pronto. Todo equipado e fechado. Ninguém a utilizá-lo. Onde é que vamos parar? É a falta de consciência. Um hospital “novinho”, equipado até com centro cirúrgico e fechado. O que fazer? Assim não dá...
Frio!
Muito frio!
É a região sul do Brasil no inverno de 2011. Assim aconteceu nos invernos anteriores.
O que fazer?
Aguentar...
Somos fortes!!! (he,he,he)
Por David Iasnogrodski
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Eles estavam certos.
Publicado em
02/08/2011
às
09:00
A mãe natureza tem o poder. Quem tem o poder manda. A mãe natureza que é deus, ela gera, ordena e destrói. A palavra God em Inglês pode significar, generator, ordenator e destructor. A natureza faz isto. As primeiras civilizações das quais temos registro, acreditavam que a natureza, a terra, o ar, o fogo, a água eram os poderes. Os egípcios declararam o sol como deus. Sempre relacionado com os quatro elementos da natureza. A quintessência já é outro assunto.
Faço esta introdução para compartilhar minha experiência em visitar em uma das ilhas que compõem o estado do Hawaii, onde existe e está em atividade, o vulcão mais ativo do planeta. A natureza esta gerando mais terra, ordenando os elementos. O homem por mais que tente controlar e se preparar não consegue antever os fenômenos da natureza, tais como as erupções, tsunamis, furacões, terremotos, ventanias, e a previsão de tempo para amanhã.
Eles estavam certos. Quero dizer que as civilizações anteriores a nossa que acreditavam que deus falava com as pessoas quando trovejava, ou que deus estava triste quanto chovia simbolizado pelas lágrimas, ou bravo quando soprava vento muito forte ou ainda furioso quando derramava água provocando enchentes, talvez estivessem certos.
Deus poderoso, que cria terras e o céu. A natureza continua criando terras. O homem, uma evolução da natureza, cria coisas fantásticas, tudo com aval da natureza, de onde surgiu. A experiência de ver o grande arquiteto do universo em ação é impressionante.
Pense sobre isto, sem paradigmas.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Informação não é Poder
Publicado em
01/08/2011
às
09:00
Dificilmente você nunca ouviu a frase: Informação é poder!
Falsa ou verdadeira? Só a informação basta?
Há alguns meses atrás o aquecedor de gás da minha casa parou de funcionar. Chamei um técnico que fez seu diagnóstico e concluiu que precisava trocar os filtros e que essa troca e a revisão devem ser feitas a cada seis meses. Depois me mostrou uma etiqueta posicionada no canto do aparelho com a data da última revisão e da próxima. A revisão estava em quase dois anos atrasada. Aí não há aquecedor que resista!
Falhei em não anotar na minha agenda a data da próxima revisão, mas confesso que não visito com freqüência os aparelhos que ficam na lavanderia da minha casa.
Sugeri ao técnico-vendedor que criasse uma planilha no Excel ou anotasse em sua agenda logo que terminasse o serviço a data da próxima revisão e que entrasse em contato com o cliente, no futuro, para lembrar e oferecer seus serviços.
Com cara de espanto ele me diz: - Mas isso não é minha obrigação!
Agradeci o conserto e anotei em meu palm a data da próxima troca.
Imagine quantos serviços de manutenção essa empresa perde, abre espaço para o cliente pesquisar e procurar um concorrente e ainda pior é o dinheiro que deixa de ganhar.
Neste caso o técnico tem a informação, mas não gera uma ação.
Que tal mudar a frase para: Transformar a informação em AÇÃO é poder!
Fique atento a qualidade da informação. Hoje temos tudo on line. Pesquisas, dados, fofocas, o que você quiser encontra na rede, nos livros, revistas, entre outras fontes. Nem toda informação é confiável e o seu excesso mais prejudica do que ajuda uma boa análise. Separe o joio do trigo, use informação que agregue valor e nada de adiar uma decisão por procurar justificar o que já está justificado com as informações que dispõe.
Informação todo mundo tem. Disciplina para transformá-la em conhecimento ou em ação planejada e que gere resultado, são poucos. Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles descreve a disciplina como uma das maiores qualidades do Homem. A indisciplina gera desordem física e mental, tira o foco, evita o planejamento, gera esforço desnecessário. É a mãe da bagunça. A disciplina modela o caráter. Informação sem disciplina para gerar ação é meio caminho para o fracasso.
Só a ação gera resultado. Que atire a primeira pedra o vendedor que nunca recebeu uma indicação para prospectar e posterga o contato até cair no esquecimento, ou então a quantidade de técnicas de vendas que aprendemos, mas que nos recusamos a usá-las apenas porque dá certo trabalho a sua implantação.
Informação sem ação é só papo furado! E isso a sua carreira já não tolera mais!
Por Paulo Araújo
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"Ofende os bons, quem poupa os maus"
Publicado em
31/07/2011
às
09:00
Há um ditado latino que diz: "bonis nocet, qui malis parcit".
Esse ditado é repetido em vários países, em vários idiomas: "Who pardons the bad, injuries the good" na Inglaterra e nos Estados Unidos. "Chi perdona ai cattivi, nuoce ai buoni" na Itália; "Qui épagne le vice, fait tort à la vertu" na França; "Ofensa hace a los buenos el que a los malos perdona" na Espanha. Em nosso bom português é "Ofende os bons quem poupa (ou protege) os maus".
Veja quanta verdade está inserida neste ditado!
Quando somos complacentes com quem não é bom, estamos, na verdade, ofendendo os que são verdadeiramente bons.
Veja na empresa. Quando protegemos funcionários que não são comprometidos, que não buscam ser competentes, que não atendem bem, que não participam de nossa visão e nossas crenças, estamos, na verdade, punindo os bons, aqueles que são comprometidos, que são competentes, que atendem bem, que compartilham de nossa visão e nossas crenças. É ou não verdade?
Quando um chefe vê um erro ou um trabalho mal feito e não chama a atenção do subordinado, está na verdade ofendendo quem faz bem feito e luta para se aperfeiçoar todos os dias.
Quando um funcionário atende mal a um cliente e não é chamado a atenção ou punido pelo seu chefe, esse chefe está na verdade, indiretamente, punindo quem faz todo o esforço para atender bem os clientes.
E nada é mais desmotivador para um funcionário do que a injustiça de ver pessoas erradas sendo tratadas da mesma forma que pessoas certas. Nada é mais desmotivador do que vermos pessoas desonestas sendo tratadas da mesma forma que as honestas. Nada é mais desmotivador do que a injustiça e a impunidade.
Da mesma forma é com os clientes. Ofende os bons clientes, a empresa que não faz diferença entre os bons e os maus e trata os maus da mesma forma que os bons. Clientes que não pagam em dia, que não seguem as instruções de uso de nossos produtos, não podem ser tratados da mesma forma que os que são realmente comprometidos com o nosso sucesso como empresa.
Um dos grandes problemas do Brasil, dizem os jornais e revistas, é a impunidade. Quem faz o certo sente-se injuriado ao ver a impunidade. Assim, os que pagam seus impostos em dia são zombados pelos que não pagam, na certeza de uma anistia fiscal. Os que chegam aos compromissos no horário marcado sentem-se tolos, ao verem que o horário respeitado é o dos que chegam meia hora atrasado. Os organizadores do evento ainda têm a petulância de dizer: "Vamos demorar mais meia horinha (sic) para começar porque muitos convidados ainda não chegaram...". Quem respeita as leis do trânsito fica revoltado ao ver os que desrespeitam o fazerem na frente de um policial, e nada acontecer. Isso sem falar nos corruptos soltos. Nos traficantes soltos. Nos pichadores do patrimônio histórico que são elogiados como "grafiteiros", etc.
Anestesiado por tanta impunidade, como se sente o brasileiro?
Lembre-se: "Ofende os bons, quem poupa os maus".
Faça um exame de consciência e veja se você também não está cometendo essa injustiça.
Por Luis Marins
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Pais, Filhos e Valores
Publicado em
30/07/2011
às
09:00
Há um consenso na sociedade sobre um ditado que prega que "criança não segura casamento".
Tenho plena convicção de que isso realmente proceda. Não segura mesmo!
No entanto, se pensarmos na responsabilidade que os pais têm em relação aos filhos, na pureza e na bondade dos pequenos, na felicidade em tê-los, podemos dizer, que pais conscientes de seu papel em relação à sua prole, procuram alternativas para que as crianças não sofram com as conseqüências de uma separação.
Sei do que estou falando, meus pais separaram-se e a verdade é que nós, os filhos, acabamos pagando a conta de uma situação que não provocamos. Hoje, passados vinte anos posso novamente contar com o convívio dos dois novamente.
Penso todos os dias como seria minha família cindida, dividida, destruída, como ficariam minhas filhas?
Agradeço a Deus todos os dias por viver harmonicamente em meu lar, por poder desfrutar do convívio das crianças e de minha esposa.
Imagino, como seria minha vida sem o "bom dia, eu te amo" que escuto de minha esposa todos os dias pela manhã, como poderia chegar em casa para almoçar e a Beatriz não estar lá para pular em meu colo e me dar um caloroso abraço ou a Manuella não me felicitar com seu lindo sorriso de "dois dentinhos" recém nascidos.
Vejo na sociedade uma tolerância muito grande em relação à separação de casais. Tal fato, tem se tornado cada vez mais comum, e os filhos acabam sofrendo pela falta de diálogo e pela inconseqüência daqueles que deveriam prezar pela família.
Hoje, é mais fácil separar-se do que casar. Basta ir a um cartório ou simplesmente redigir um documento e homologá-lo perante um juiz.
Num mundo onde o que vale são as coisas e não as pessoas, a entidade mais importante que temos no meio social está perdendo valor. A família está deixando de ser o maior patrimônio que temos.
Cada vez mais estamos permitindo que se banalize algo que nossos avós muito prezavam. Veja o leitor que antigamente, separações eram raras. As pessoas conversavam mais, se entendiam mais, se respeitavam mais, faziam maiores concessões recíprocas e buscavam manter de pé a estrutura familiar que lhes era importante e que lhes tornava pessoas mais felizes e plenas.
Quando recebemos no escritório pessoas com o desejo de se separarem, não pensamos em quanto poderíamos ganhar financeiramente com aquela separação. Pensamos em quanto aquelas pessoas perderão com os traumas causados por essa decisão, o quanto seus filhos sofrerão por essa atitude dos pais.
Óbvio que há situações insustentáveis, e muitas ocorrem pela falta do cultivo de valores nos dias de hoje. Num momento em que infidelidade conjugal passou a ser tratada como virtude, ou seja, é bonito ser o "garanhão" que "pega todas", famílias têm sido destruídas por aventuras amorosas que em grande percentual das vezes resultam na desestruturação das pessoas envolvidas pelo resto de suas vidas.
Vejo um papel extremamente importante exercido pelas mais diversas denominações religiosas no sentido da manutenção da família. Jamais vi qualquer Igreja, seja lá qual for, que não valorize a manutenção e a preservação do ente familiar. Eis uma grande contribuição que a religião presta à sociedade.
Ao bem da verdade, a inversão de valores que ocorre diuturnamente na sociedade, causa prejuízos em todos os sentidos à própria sociedade.
A honestidade caiu em desuso, sobretudo quando há envolvimento com a coisa pública. A lealdade entre as pessoas então, deixou de existir quando se envolve interesses tidos como maiores. O que realmente vale está deixando de valer a pena.
Pouco valorizamos o amor, a solidariedade, a amizade, o respeito e a lisura de caráter.
Enxerga-se hoje o quanto fulano tem em sua conta corrente e não os valores morais que possuí, o quanto é ético, e o tamanho do seu papel diante dos compromissos que deveria honrar junto à família e a sociedade.
É momento de repensarmos nossas vidas, de voltarmos um pouco no tempo, de valorizarmos mais as pequenas coisas e os grandes valores morais que um dia foram importantes.
Não podemos mais permitir que a sociedade se nivele por baixo. Há que se exigir das pessoas caráter, honradez e integralidade.
Todos somos responsáveis pela degradação do meio em que vivemos e todos sofremos as conseqüências da banalização daquilo que é mais importante em nossas vidas.
Nós todos é que estamos permitindo que nossos filhos sejam formados sem passar a eles os devidos valores que nossos avós transferiram para nossos pais e que estes procuraram nos transferir. Deixamos de observar regras importantes, somos negligentes.
O que nossos filhos irão transferir aos seus filhos? Que herança moral deixaremos todos em nossa passagem pela vida?
Com a palavra a sociedade.
Por José Rodrigo de Almeida
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Ruas da Vida.
Publicado em
29/07/2011
às
09:00
Andando pelas ruas desta enorme cidade que é o planeta, vejo pessoas com mais idade, mais jovens, caminhando com pressa, sem pressa, de mãos dadas, olhando para cima, pedindo informações, cabisbaixas, com mala na mão, com telefone na mão, puxando mala de rodinhas. Vejo pessoas sentadas nos bancos, sozinhas, acompanhadas, com crianças, alimentado os pombos, olhando as fontes de água.
Andando pelas ruas da vida, vejo pessoas com rugas, com cabelos coloridos, com roupas diferentes, com sorriso na boca, falando sozinhas. Vejo pessoas nervosas, chorando, discutindo.
Andando pelas ruas da vida em terras distantes, vejo pessoas entrando no ônibus, no táxi, descendo escadas em estações de metrô. Vejo pessoas indo aos bandos de malas em direção ao aeroporto. Vejo pessoas descansando em bancos no aeroporto, dormindo em bancos de aeroporto, dormindo no chão do aeroporto. Vejo pessoas cantando em estações de Metrô, tocando musicas em estações de metrô alegrando as pessoas que passam em troca de uma moeda ou de nenhuma.
Andando pelas ruas da vida vejo prédios antigos, muito antigos, da época dos que vieram séculos antes de nós, todos de pedras uniformes, parecem feitos para serem uma obra de arte. Vejo prédios novos, todos de vidro refletindo o sol e que não cabem na máquina de tirar foto.
Andando pelas ruas da vida, imagino que por este mesmo lugar muitos já passaram que já voltaram. Hoje eu estou passando por aqui. Um dia vou voltar também.
Andando pelas ruas da vida percebo que o mundo é diferente em cada rua que passo. Que o mundo é diferente a cada vez que passo pela mesma rua, mesmo sem me dar conta. Andando pelas ruas da vida, sem conhecer ninguém, mas rodeado de gente, percebo que somos um, todos interligados, sem saber disto.
Andando pelas ruas da vida, percebo que o Barco passa, mas o rio fica.
Percebo também que tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Quando você não é visto
Publicado em
28/07/2011
às
09:00
O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.
Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas - nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.
O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava de navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.
Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: "Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!".
Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.
Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas "mais um", com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?
Primeiro, conheça seu interlocutor. Identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.
Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.
Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.
Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido - o que não foi por acaso...
Por Tom Coelho
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O longo Caminho entre o Planejado e o Executado
Publicado em
27/07/2011
às
09:00
Caso existisse uma cidade chamada Planejado e outra Executado pode ter certeza que a estrada que ligaria uma a outra seria cheia de percalços. Qual das duas seria a maior? Com certeza a Planejado e a Executado seria em média a metade do tamanho da outra.
É claro que essas cidades não existem, mas a realidade nas empresas entre o planejado e o executado não é muito diferente do que foi descrito na metáfora acima.
O que fazer para diminuir o caminho entre o planejado e o executado?
1. Elabore poucas metas, mas que sejam significativas. Nada de planos mirabolantes, cheio de fantasias e ideais dignos de um super herói. Sugiro que você ou sua empresa tenha uma meta maior, que normalmente é ligada ao faturamento ou rentabilidade do negócio, e no máximo cinco metas menores que devem estar alinhadas e ajustadas para atingir a meta principal. O problema é que a maioria dos profissionais tem medo de parecer desocupados ou pouco ambiciosos junto aos seus líderes ao declarar poucas metas. Todos insistem em parecer ocupados demais, com números demais, tarefas demais o que leva a resultados de menos. Atingiu uma das metas menores antes do tempo, substitua por outra. Pode ter certeza que sempre há algo a mais a fazer. Eu garanto!
2. Faça uso dos dados e fatos. A intuição ajuda, mas deve ser pautada pela sua experiência no mercado e principalmente pelo o que aconteceu nos períodos anteriores. Nada de viajar pelo espaço sideral corporativo e criar metas difíceis de atingir. Vamos deixar claro que uma meta desafiadora precisa ter dados e fatos que a sustentem e que metas impossíveis só desmotivam a equipe. Busque informações sobre o mercado, concorrentes, clientes, mas com fontes confiáveis. Nada de achar que sabe tudo ou que dá para chegar lá pelo simples fato de que você acredita e deseja. O desejo deve ser compartilhado pela equipe, assim como a confiança de que podemos realizar o que está sendo proposto.
3. Dá trabalho eu sei, mas se esforce para colocar as pessoas certas nos lugares corretos. Esse é um dos grandes dilemas de qualquer corporação. Onde estão os talentos da sua empresa? Estamos todos à procura de talentos no mercado e não olhamos para o próprio umbigo. Toda empresa tem pessoas talentosas, não importa o tamanho ou o que produz. Lembro que talento é muito diferente de um currículo acadêmico perfeito. Talento é a pessoa que sabe como fazer aliado ao prazer, disposição e interesse genuíno em ajudar. Imagine quantas pessoas hoje trabalham infelizes ou que não conseguem utilizar mais do seu potencial pela miopia do líder que acha que mudar dá trabalho e só gera confusão.
4. Busque o inconformismo. As metas devem ser constantemente divulgadas e o planejamento revisado e acompanhado no mínimo mensalmente, apesar de eu preferir encontros quinzenais com os responsáveis pela execução. Evite reuniões improdutivas de acompanhamento, estipule hora para começar e acabar o encontro e envie a pauta antecipadamente aos participantes. Não deixa as pessoas se conformarem com os resultados caso as metas não estejam sendo atingidas e peça mais soluções do que sugestões. Crie um stress positivo e nada de pressão desnecessária para cima das pessoas. Evite mudar as metas a todo o momento e concentre sua energia e esforço nas ações que efetivamente agreguem valor ao negócio e tenham impacto na meta maior.
5. Jamais se esqueça que quem executa as metas são as pessoas! Elas passam por bons e maus momentos na vida. Nada de paternalismo exagerado, porém não se esqueça que pessoas não são máquinas. Cuide da sua equipe, promova dentro dos limites possíveis equilíbrio entre vida pessoal e profissional, treine e desenvolva as pessoas constantemente. Acompanhe, faça-se presente e seja o maior exemplo de dedicação, ética e bons resultados.
Mostre do que você e sua equipe são capazes e assim, quem sabe, a longa estrada entre as cidades Planejado e Executado se torne uma bela rodovia duplicada, segura e com uma bela paisagem. Boa viagem!
Por Paulo Araújo
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O time da sua empresa está pronto para vencer?
Publicado em
26/07/2011
às
09:00
É de conhecimento mundial, que o brasileiro dispõe de um fascínio inconfundível pelo futebol, gerado pela emoção de um país repleto de diversidade e por contar com talentosos ídolos que marcam e deixam registros na história. Mas o compromisso de fazer a rede balançar e contribuir para que o time da empresa ganhe mais um jogo, nem sempre é um consentimento comum. Há pessoas que torcem para a equipe levar gol contra! Há quem comemore quando a seleção da empresa perde uma negociação, ou quando, existem mais clientes realizando reclamações. Para que o time da sua empresa esteja pronto para vencer, observe os dois tópicos a seguir e analise a relação existente entre o esporte e seu ambiente profissional.
É preciso muito mais que suar a camisa - Na minha adolescência, quando jogava futebol, acreditava que transpirar a camiseta bastava. Corria de um lado para o outro do campo, com o objetivo de encontrar opções de jogada e ser a melhor alternativa de passe para meus colegas. Puro engano! Terminava o jogo esgotado fisicamente, sem conseguir marcar nenhum gol. Hoje, com maior maturidade, acredito que não basta apenas correr sem apresentar resultados eficazes. Ao direcionar esta minha experiência para o ambiente corporativo, quero refletir com você, que muitas vezes alguns profissionais querem somente correr, mas esquecem de planejar, estudar e identificar oportunidades reais no mercado de atuação. Na sua empresa, você conhece pessoas que somente correm de um lado para o outro e não apresentam resultados eficazes? Para fazer a rede balançar, será preciso avaliar as reais oportunidades e praticar três ações que considero essenciais. A primeira é a de vestir a camisa da empresa e mostrar que você acredita no seu time. A segunda ação consiste em transpirar essa camisa através do seu trabalho, indiferentemente do cargo de ocupação. E a terceira, requer o compromisso de defender seu time com gestos, atitudes, pontualidade, respeito e compromisso de fazer a diferença.
Sem atitude ninguém chega a lugar algum - Parece incrível, mas há pessoas que permanecem muito tempo, paradas no banco de reservas sem demonstrar atitude para agir. Entram em uma atmosfera de comodismo e não são capazes de perceber a “velocidade da mudança” e a necessidade de uma "mudança de velocidade". Profissionais que não buscam qualificação reclamam do que realizam e continuamente estão descontentes com qualquer oportunidade. Você conhece pessoas assim? Lembre que sem conhecimento não há inovação, sem qualificação não há evolução, sem aprendizagem não há desenvolvimento e, sem atitude, ninguém chega a lugar algum. Em alguns momentos da vida, você precisa acreditar que o jogo está no zero a zero. Aos 45 minutos do segundo tempo há um pênalti a favor do seu time e quem irá fazer a cobrança é você. Não há como cruzar os braços e passar a decisão para outro jogador. A atitude de acreditar que você consegue marcar o gol é sua. Não vá para o vestiário, sem antes, experimentar o gostinho mágico de uma merecida vitória.
Quando apresento palestras para atletas, enfatizo que a vida oferece duas opções. A primeira consiste em "perder" e a segunda em "vencer". Note, que ambas as palavras são formadas pela mesma quantidade de seis letras, entretanto, com resultados opostos. Se o time da sua empresa entrar em campo e "perder", a torcida ficará triste, decepcionada, irritada e talvez, não volte para o próximo jogo. Se o time da sua empresa "vencer", a torcida ficará feliz, emocionada, orgulhosa e com satisfação voltará para o próximo jogo. Sua equipe está em campo e como será sua atuação? Quando tempo ainda você deseja ficar parado no banco de reservas? Você deseja perder ou vencer? Agora, a decisão é sua: perder ou vencer.
Por Dalmir Sant’anna
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Por que as empresas morrem precocemente?
Publicado em
25/07/2011
às
09:00
Como um ser humano as empresas passam por processos semelhantes; algumas dão sinais que algo não vai bem e começam adoecer financeiramente, outras ficam velhas mentalmente, sem condições de recuperação, já outras, mal nutridas de produtos essenciais e sem tratamentos como reposição de vitaminas e sais minerais não conseguem chegar à fase adulta.
Existe uma cultura no mundo empresarial brasileiro de falta de planejamento, como também existe nos nossos governantes, foram poucos os que fizeram e executaram um planejamento ou um plano de governo; podemos citar alguns exemplos de falta de visão de futuro ou falta de planejamento; nossas ferrovias, totalmente sucateadas; nossos portos em péssimas condições e sem investimentos há décadas; nossos aeroportos com capacidade e infra estrutura precárias; nossas rodovias, somente em alguns estados funcionam, mas com altos pedágios; todas essas deficiências encarecem e dificultam o escoamento de nossas safras e produtos fabricados.
Nas empresas não é diferente, abre-se uma empresa sem planejamento algum, não se faz um plano prévio de abertura do negócio, onde se verifica o mercado, o local, o produto, o preço, os concorrentes, o perfil dos consumidores, o investimento necessário, os fornecedores, a lucratividade, etc.
Na grande maioria destas empresas os sócios são profissionais da área de produção, técnicos ou engenheiros, sem qualificação ou capacitação em gestão de negócios ou mesmo administração de empresas, não que isso seja um fator determinante para a empresa não morrer, mas saberá que com um plano de negócio prévio as possibilidades serão bem melhores.
Normalmente o dinheiro para a abertura do negócio vem do fundo de garantia resgatado pela demissão ou por empréstimo bancário ou familiar. Se não for bem planejado poderá conforme estudo do SEBRAE, morrer precocemente, antes de completar cinco anos de vida e 56% destas não chega á esta meta.
Mas, quais são os principais passos para a sobrevivência:
Primeiro, faça um planejamento ou plano de negócio: pesquise quais os ramos de atividades se enquadram no seu perfil profissional, qual sua disponibilidade de recursos financeiros, conhecimento ou qualificação.
Segundo, pesquise os produtos que farão parte do negócio, revenda, fabricação ou serviço; quem irá consumir, qual a classe social, idade região, capacidade do mercado, quais os concorrentes no mercado, a apresentação do seu produto irá agregar algo diferenciado, o preço será competitivo, será necessário licenças, autorizações ou registros em órgãos ambientais, saúde ou higiene.
Terceiro, verificar a melhor opção, comprar uma franquia, pois a estrutura e a metodologia do negócio já esta pronta ou terceirizar a fabricação que não precisará de uma unidade produtiva.
Quarto, procurar um bom escritório de contabilidade para as exigências legais e fiscais, somente após isso irá procurar um local ideal para a instalação do negócio, onde o escritório contábil irá orientá-lo sobre a legalização do imóvel, com "habite-se", licença de funcionamento, corpo de bombeiro, prefeitura, CETESB e outras mais.
Com o seu negócio em funcionamento não poderá esquecer-se dos controles básicos mensais, tais como; previsão de vendas, controle dos estoques, fluxo de caixa, qualidade do produto, lucratividade por produto, controle das despesas fixas, perdas ou desperdícios, não misturar despesas pessoais com o da empresa, e muitos outros.
Abrir uma empresa poderá até ser fácil se seguir os passos acima, mas o difícil é mantê-la funcionando com lucratividade e organização.
Por Claudio Raza
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Sendo possível voltar no tempo, o que você faria?
Publicado em
24/07/2011
às
09:00
Depois de muita turbulência e intensa chuva, o comandante consegue com louvor, pousar no aeroporto de Congonhas (SP). Os passageiros estavam preocupados e com sinais de intranquilidade. Observo uma aeromoça andando pelo corredor da aeronave, solicitando aos passageiros que permaneçam sentados. Sem êxito, comenta com outra aeromoça: "Eu ganho uma miséria para fazer isso e ninguém obedece!". Ouço com atenção e faço reflexões, do quanto o ser humano desperdiça oportunidades, pois ao contrário de mostrar fragilidade emocional, essa profissional poderia mostrar segurança, confiabilidade e profissionalismo. Você concorda? Como diz o antigo ditado "não adianta chorar por leite derramado". Há ocasiões que o desejo de voltar é algo inevitável, mas não há como regressar.
O momento de fazer a diferença é agora - Entrevistei recentemente, importantes empresários, artistas e esportistas brasileiros para o meu próximo livro. Todos foram unânimes em afirmar que o medo de tentar, seria substituído pela confiança em vencer. Ampliariam o comprometimento, o entusiasmo e a paixão pelo trabalho que realizam. Para conquistar mais resultado na sua vida, acredite que não há como voltar o ponteiro do relógio e, viver novamente um tempo passado. Coloque em prática, o ingrediente do amor ao seu trabalho e jamais esqueça que o momento de fazer a diferença não é no passado, mas sim no presente.
Você é o principal responsável em transformar erro em acerto - A palavra erro vem do latim errare, que significa vaguear, ou ainda, andar sem direção fixa. Portanto, só pode dizer que existiu um erro, quando há uma prévia direção adotada incorretamente. Há pessoas que não possuem planejamento e visualização de seus sonhos. Com frequência respondem "não sei", ao serem questionadas sobre suas responsabilidades, desejos e metas. Você conhece pessoas assim? Quando há planejamento e objetivos, o monitoramento dos resultados passa a ser frequente, principalmente para a correção de algo equivocado que possa ocorrer. Lembre que você é principal responsável por transformar erro em acerto. Faça uma avaliação de seus resultados e perceba que, inúmeras vezes, você pode evitar o retrabalho, colocando em prática o compromisso de monitorar seu desempenho. Vamos tentar?
Apresentei no início do texto, a conduta da aeromoça no interior da aeronave. Lembra? Certamente seu desejo seria voltar no tempo e corrigir o comentário realizado. Sendo possível voltar no tempo, o que você faria diferente na sua vida? O que impede você de colocar em prática o desejo de uma transformação agora. Qual motivo de deixar para amanhã, a oportunidade de demonstrar profissionalismo, competência e desejo de vencer? Um aluno gostaria de voltar o tempo, e estudar mais para uma avaliação que não conquistou uma nota suficiente para passar de ano. Mas isso não é possível, você concorda? Lembre que o passado serve como recordação e experiência. O amanhã pode ser tarde demais para você viver um grande amor, uma nova descoberta, um novo amanhecer.
Por Dalmir Sant'anna
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Reunidos ou Unidos?
Publicado em
23/07/2011
às
09:00
Você já percebeu que vários tipos de animais se reúnem seja para se proteger ou para aumentar o desempenho frente a uma tarefa?
Como exemplos posso citar a migração dos gansos voando em V, cardumes das mais variadas espécies de peixes unidos para confundir o predador, ou até mesmo o desconhecido cachorro-vinagre, que vive em grupos e nunca só, nas florestas da América Central e do Sul.
A palavra reunir segundo o dicionário significa "juntar, ligar, agrupar, agregar, congregar, conglomerar". Será que só isso basta para tornar uma equipe campeã?
Não, não basta. É preciso unir, que em sua essência significa "tornar um só, ligar pessoas por laços afetivos e sociais."
Ao analisar essas palavras percebi o que há de errado com as famosas e intermináveis reuniões entre colaboradores de uma empresa. Dificilmente elas funcionam e trazem os resultados esperados por que na verdade elas pouco unem, apenas reúnem um bando de pessoas que aglomeradas muitas vezes entram em uma sala não com um objetivo em comum, mas dispersas em pensamentos e um sentimento de tudo aquilo é pura perda de tempo.
Agora vem minha louca sugestão: pare de chamar esses encontros de REUNIÃO e passe a chamá-los de UNIÃO. Vamos marcar uma UNIÃO às 9h de terça-feira?
Unir gera a sensação de tornar algo único, de ligação entre objetivos e pessoas.
Já viu algum técnico de futebol dizer que seu time venceu o campeonato por que o time estava reunido? Não, eles dizem que a equipe permaneceu unida.
Longe de parecer mais um termo corporativo zen ou papo de consultor que não tem mais o que escrever peço que você faça uma analogia. Pense em um casamento. Lá duas pessoas irão se unir. A união entre pessoas ou empresas por si só estabelece um forte compromisso. Seja com as metas, com as transformações necessárias para acompanhar o mercado e o cliente, para aumentar a qualidade, para atrair e reter os melhores talentos.
A união torna tudo mais permanente. Mas só a atinge quem tem objetivos claros, define quem faz o quê, quando, onde e como e assim cada um sabe qual é o seu papel e o seu potencial para executar. Acontece quando todos acreditam que dá para chegar lá. É uma questão de visão versus ação.
E assim com as pessoas unidas sua empresa precisará cada vez menos reuni-las em bandos que pouco se comunicam, se expressam e o principal, pouco executam.
Então a partir de agora promova mais união que, pode ter certeza, o desperdício com a reunião improdutiva tende a diminuir, o comprometimento aumenta e os resultados tendem a seguir o exemplo dos gansos voando em V, sempre pro alto e avante.
Por Paulo Araújo
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Factóide e oportunismo
Publicado em
22/07/2011
às
09:00
Factoide, segundo o Aurélio quer dizer: fato, verdadeiro ou não, divulgado com sensacionalismo, no propósito deliberado de gerar impacto diante da opinião pública e influenciá-la.
Num país com tanto a ser feito, com urgente trabalho parlamentar a ser debatido e votado, necessitando de reformas urgentes, sobretudo a política e a tributária, Sarney traz novamente a possibilidade de uma consulta popular sobre armas.
Oportunismo barato utilizando-se de uma tragédia ocorrida no Rio de Janeiro e outra em Santos para ganhar destaque na mídia por algum tempo. Puro oportunismo.
Duzentos e cinquenta milhões de reais gastos sem necessidade que poderiam ser destinados à construção de hospitais, escolas e creches no nordeste ou no apoio à reconstrução das cidades devastadas pelas enchentes que assolaram o país há alguns meses.
Como disse um outro senador: não bastaria uma ampla pesquisa do Datafolha ou do Ibope para saber a opinião da população sobre o tema?
Tais institutos recebem confiança incondicional dos políticos em vésperas de eleições, seus estudos embasam candidaturas, rumos das campanhas e os resultados quase sempre se confirmam. Somos referência mundial em pesquisa.
Bem disse sabidamente o Dr. José Eduardo Vasconcellos, profundo conhecedor da matéria, que o bandido não vai entregar sua arma.
Ao que parece, o Senado e a Câmara Federal estão com suas pautas em dia, projetos importantes estão todos definidos e o momento permite mais uma ridícula consulta popular, desnecessária e absurda.
Vão proibir as armas no país? É para dar gargalhadas?
Os senhores conhecem quantos casos onde armas de cidadãos de bem foram utilizadas em crimes, por exemplo nas favelas do Rio?
Qual a proporção de delitos a cada cem mil praticados, tiveram armas legais empregadas?
Todos sabemos que o comércio ilegal via países vizinhos é que alimenta o crime. Então vamos torrar os duzentos e cinquenta milhões reforçando nossas forças que vigiam as fronteiras. Exercito e Polícia Federal fariam bom uso desse dinheiro na contratação de maior efetivo, na aquisição de veículos, barcos e outros equipamentos.
Também poderíamos usar o dinheiro para dar uma reforçada no combalido Poder Judiciário do Maranhão que jamais conclui um procedimento envolvendo a família Sarney.
Com estão os processos do desvio de quarenta milhões de reais que eram destinados à construção de uma fábrica? E os problemas da Fundação Sarney com desvios de recursos qual é a conclusão? A apreensão de dinheiro em espécie não declarado na empresa Lunus foi esclarecida?
Sabemos que nesse país, os delinquentes mais perigosos não são aqueles que usam fuzis AR15, esses são pés de chinelo perto dos bandidos políticos que sustentamos com nosso suado dinheiro. São milhões de reais desviados todos os dias.
Você já imaginou que todo o roubo de dinheiro público gera massacres muito maiores que esses últimos ocorridos com crianças de uma escola?
Claro, veja quantas crianças morrem todos os dias por falta de UTIs neonatais pelo país que poderiam ter sido adquiridas com os recursos desviados do erário. Vidas podem ser salvas, milhares de vidas poupadas com o emprego do dinheiro roubado por esses bandidos de terno e gravata.
Vamos parar de vez com toda essa palhaçada, proibir armas não resolve coisa alguma, só vai aumentar o comércio clandestino, o tráfico internacional e a insegurança do cidadão de bem.
O que precisamos mesmo é de renovação política, parlamentares preocupados com os efetivos e verdadeiros problemas de nossa população, que votem projetos importantes que há muito estão por ser votados.
Não somos nem seremos um país sério enquanto nossos políticos permanecerem na plateia e nós no picadeiro vestidos de palhaços.
Por José Rodrigo de Almeida
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O Rico Mercado dos Pobres
Publicado em
21/07/2011
às
09:00
C. K. Prahalad, professor de Estratégia Corporativa na Escola de Negócios da Universidade de Michigan, vem trabalhando, nos últimos anos, numa tese de que o mercado dos pobres deve ser explorado para o bem da humanidade. O seu mais novo livro, "The Fortune in the Bottom of the Pyramid: Eradicating Poverty through Profits", indica que não somente as empresas podem fazer dinheiro vendendo aos pobres, "mas devem sentir-se obrigadas a empreender tal esforço para diminuir a distância entre países ricos e pobres." Prahalad vê nos pobres um mercado potencial de 4 bilhões de pessoas que poderão ser 6 bilhões nos próximos 40 anos.
Sua tese se baseia na realidade de que, tomados em seu conjunto, nações em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil, México, Rússia, Indonésia, Turquia, África do Sul e Tailândia, têm mais PIB, em Paridade de Poder de Compra, (Purchasing Power Parity) que o Japão, a Alemanha, a França, o Reino Unido e a Itália. A base da pirâmide para Prahalad é a maior oportunidade de mercado na história do comércio mundial.
Um ponto central do livro é que o esforço para ajudar os mais pobres pode revelar-se um sucesso em diferentes países e em diferentes setores da economia. Constituem uma exceção os países cujo sistema jurídico seja muito precário como Somália e o Congo, por exemplo, e os que têm apenas e tão somente indústrias mais básicas, como as de extração.
O lucro, diz o autor não é o único objetivo para as empresas atuarem mais firmemente nos mercados pobres. A criação de empregos, a luta contra a exclusão social, a atuação para melhorar o caos político, o terrorismo e a degradação ambiental, são motivos suficientes para uma empresa agir nessas regiões. Essas condições geram instabilidade e violência que afetam os países de primeiro mundo e os próprios ricos.
A estratégia para trabalhar nesses mercados, ressalta o Prof. Prahalad, não é simples. Talvez esta seja uma das maiores razões pelas quais as grandes empresas não tentaram colocar seus produtos para as grandes massas das pessoas pobres. Quem é pobre geralmente vive em zonas rurais e faz parte de uma economia informal, o que exige uma estratégia e uma abordagem de mercado totalmente diferente da utilizada em mercados convencionais urbanos.
No livro ele dá alguns exemplos: Em Bangladesh, algumas empresas fazem um bom negócio alugando telefones celulares por minuto. Em Kerala, Índia, imagens de satélite dos cardumes são descarregadas em PCs nas cidades, lidas e interpretadas por mulheres que indicam seguidamente aos seus cônjuges onde pescar. Por seu lado, os homens, após um dia de pesca, utilizam os seus telefones celulares para rever os preços de vários portos da costa e obter a melhor oferta pela sua mercadoria.
Para Prahalad, estes exemplos são provas que há soluções de mercado para o problema da pobreza. A tarefa para as grandes empresas, diz ele, é romper com a lógica dominante que vê os pobres do mundo como uma distorção que deve ser corrigida por governos e apoiada por organizações sem fins lucrativos.
O resultado do esforço em atender esse "novo mercado", não somente será rentável para grandes empresas e consumidores, mas poderia também ser uma grande solução para os sérios problemas políticos e ambientais dos países em desenvolvimento e do mundo moderno.
Há alguns exemplos de empresas que têm um enorme sucesso no mercado de pessoas de baixa renda. Administradoras de cartões de crédito que tiram do pobre a angústia e o constrangimento de ter que fazer cadastro em todas as lojas. Bancos que fazem pequenos empréstimos que resolvem problemas pontuais simples para uma família de baixa renda. Lojas e centros comerciais voltados exclusivamente a produtos populares que atendem a uma demanda concreta por produtos com características mais simples e com boa qualidade. Agências de viagem especializadas em turismo para pessoas de baixa renda. São inúmeros os exemplos de empresários que descobriram formas de empresariar levando em consideração as necessidades concretas do mercado dos pobres. Muitos chamarão esses empresários de exploradores de pobres. Mas a verdade é que se eles não existissem os pobres continuariam relegados à marginalidade do mercado.
E todas as pesquisas provam que o pobre paga suas contas em dia. Quem não paga é a classe média e alta. O pobre dá um extremo valor ao seu crédito e ao seu nome, um dos ou senão o seu maior e único patrimônio.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Barcelona
Publicado em
20/07/2011
às
09:00
Sem ser preciso, Barcelona foi fundada pelos Romanos, no final do século I A.C. A segunda língua mais falada no mundo, depois do Chinês é espanhol. O inglês vem em terceiro, mesmo sendo a língua diplomática oficial. O espanhol daqui é diferente daquele que ouvimos no Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e demais países da America latina. Aqui, além do Espanhol, o Catalão é língua oficial. Os cartazes, avisos, jornais denotam isto. O portunhol que costumamos falar é totalmente diferente, mas não impede a comunicação na rua. Falando com alguns locais, e é nítida a sua tendência em afirmar que os catalães são separatistas.
A arquitetura modernista, com formas redondas, baseadas nas formas da natureza, foi o forte no inicio do século passado. Depois vieram as formas geométricas, o triângulo, o quadrado. Muitos prédios ainda registram este período. O arquiteto mais famoso foi Gaudi. A igreja Sagrada Família é um monumento arquitetônico e ao mesmo tempo religioso, pois suas fachadas contam passagens da bíblia. Uma expressão que se houve muito: Jesus, Maria, José. Esta inscrita varias vezes nas fachadas. O parque Guel, cuja arquitetura é diferente de tudo que vimos por aqui chama atenção por suas cores, pedras da região dispostas em formas geométricas e o simbolismo da natureza em quase tudo.
Em 1992 aconteceram aqui as Olimpíadas. A impressão que tive ao visitar as instalações, que são visitadas por turistas todos os dias, de estarem abandonadas, com pouco uso. Barcelona do futebol, da arquitetura. Ao se andar na ruas, se escuta idiomas dos mais diversos. É uma cidade mundial. É a Nova York da Europa.
Enquanto estava no hostal com minha esposa, pois desta vez não viajei sozinho, muitos hóspedes não puderam retornar e outros não puderam chegar por causa do vulcão na Islândia que cancelou milhares de vôos em toda a Europa.
A natureza, que criou o céu e as terras, sempre comandou e continua comandando o espetáculo. O ser humano sempre estará a mercê da natureza. Consegue controlar, quando não falta energia, o ambiente onde habita através de aparelhos de ar condicionado.
Um provérbio japonês para encerrar: O homem sábio fala das suas idéias, o inteligente dos fatos, o vulgar do que comeu.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Sinais de Desmotivação
Publicado em
19/07/2011
às
09:00
O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito - ou transporte público lotado - até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.
Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.
Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...
Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.
A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.
Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho - coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.
Outra variante possível é o que denomino de "síndrome da cabeça no teto". Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.
Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente "ter Deus dentro de si", compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.
Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.
Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.
Por Tom Coelho
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"Clientelshik"
Publicado em
18/07/2011
às
09:00
De Shpola a Porto Alegre.
"Palavrinha" diferente, mas muito conhecida pelos imigrantes de origem judaica que chegaram ao Brasil.
"Palavrinha" que tem uma mistura de clientela e cliente.
"Palavrinha" que estes imigrantes idealizaram para poder trabalhar e se comunicar com os "fregueses". Eram os ambulantes. Eram os mascates. Eram os vendedores. Eram as pessoas que difundiram o crédito entre nós. Eram os freqüentadores das ruas, avenidas. Estavam presentes em todos os bairros com suas mercadorias.
Shpola é a cidade de onde veio o nosso personagem. Ficava na Rússia. Perto de Kiev.
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Está difícil!
Muito difícil...
Língua.
Clima.
Mas vou me acostumar. Tenho que me acostumar...
Sou jovem.
Vão me ajudar. Vou me ajudar!
Cheguei agora. Da Rússia. Da cidade de Shpola. Vim de navio. Que viagem...
Cheguei com meus pais. Tenho 14 anos. Sou "idisch". Só falo "idisch" e russo.
Estou recebendo apoio de todos. De todos mesmo...
Cidade linda. Grande! Muito maior que a minha... Já tenho amigos. Estou gostando dos vizinhos. Estou me acostumando com a comida. É bem diferente... Amanhã começarei a trabalhar. Já estou estudando o português no "idish" shule" (colégio israelita) que fica atrás do "shill" (sinagoga). Ali na Rua Henrique Dias.
Amanhã vou trabalhar. Estou muito querendo trabalhar! Necessito ajudar em casa. Me ensinaram um trabalho novo. Vou ser um "clientelshik". Isso é que me disseram... Um "clientelshik". Me disseram que eu terei que conversar com pessoas. Não vai ser fácil... Mas vou vencer!
Já comprei uma mala. Já fui no centro e comprei meias, rendas e bordados.
Me ensinaram que tenho que sair bem "arrumadinho". Me conseguiram um boné, um terno, gravata, camisa branca juntamente com sapato e meia preta. Estou satisfeito. Amanhã vou trabalhar. Não sei se vai chover ou fazer sol, só sei que amanhã inicio uma nova vida. Que bom!!! Serei um "clientelshik". Vou bater nas portas e procurar "freguesas". Esta palavra "freguês" foi uma das primeiras palavras que aprendi no colégio, assim como "muito obrigado". Estas duas últimas aprendi no navio junto com meus pais e irmãos. "A gente tem que agradecer sempre: deve-se sempre dizer muito obrigado", disse um "irmão de navio" que sabia algumas palavras nesta nova língua.
Acordei cedo. Saí à rua.
Peguei o bonde até o centro e fui para o bairro da Azenha.
- Meias, rendas, bordados...
- Meias, rendas, bordados...
Assim comecei a falar nas ruas e batendo nas portas oferecia as meias, rendas e bordados que tinha na mala para as pessoas que me atendiam nas casas. Na maioria eram mulheres. Na maioria foram corteses comigo. Será que me atendiam bem pois eu era um jovem; ou porque se interessavam pela mercadoria? Não sei. Só sei dizer que cheguei no por do sol em casa muito feliz, dizendo à minha mãe: "Estou trazendo um" guelt" (dinheiro) para nós". Todos ficaram sorridentes com o resultado do meu primeiro dia de trabalho.
Assim iniciei minha vida de trabalho como "clientelshik".
Assim continuei minha vida de "clientelshik". Batendo nas portas. Visitando as ruas. Conhecendo a cidade que me acolheu tão bem juntamente com minha família. Sempre sorrindo. Sempre satisfeito.
Trabalho duro!
Trabalho com sol!
Trabalho com chuva!
Trabalho honrado.
Encontrando "colegas".
Assim casei. Assim criei meus filhos. Queria e consegui que meus filhos fossem "doctors" ( doutores). Não queria que eles continuassem a vida que eu tive...
Eu, e tantos outros imigrantes, formamos o time dos "clientelshik" - os mascates. Os ambulantes que ambulavam por estas ruas e avenidas oferecendo: "Meias, rendas, bordados".
Me orgulho muito de ter sido um "clientelshik" - os criadores do crediário, quando todos tinham "bigode". O crédito era na confiança dos clientes...
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Meu pai foi este "clientelshik" acima relatado.
Muito andei com ele. Muito ajudei, na medida do possível... Muito conheci esta "minha" cidade graças aos ensinamentos dele.
Me orgulho, assim como meu irmão e minha mãe, do "clientelshik" Moshke (Mauricio) e de todos os demais integrantes deste grande time de "clientelshik" da cidade de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Que lindo!
O termo e a profissão.
Honrados.
Honestos.
Conhecedores da sua cidade e reconhecidos à cidade e à população que deu acolhida.
De Shpola a Porto Alegre...
Por David Iasnogrodski
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Conheça antes a cultura da empresa para não se decepcionar depois
Publicado em
17/07/2011
às
09:00
As empresas são compostas por pessoas de diversos níveis culturais, religiosos, sociais, filosóficos, e com diversas maneiras de pensar e agir, mas tendo que se adaptar a um só modelo de pensar e agir, o da cultura da própria empresa.
Cultura empresarial ou organizacional em linhas gerais é a maneira de ser da empresa ou como ela faz as coisas, são seus valores agregados deste a fundação e carrega muito da personalidade do fundador ou do dono da empresa, e estes valores e maneira de agir passa para seus diretores e gerentes e são absorvidos pelos empregados de todos os setores; tem o seu lado positivo, mas também tem seu lado negativo, pois bloqueia muito a criatividade dos funcionários.
È muito difícil mudar a cultura de uma empresa, este tem sido um desafio para consultores organizacionais quando da implantação de sistemas ou de ferramentas de controle e gestão, tais como: Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Plano de Marketing, Balanced Score Card (BSC), Fluxo de Caixa, Controles de Estoques, Ponto de Equilibrio, Avaliações de Desempenho, Indicadores Financeiros e de Qualidade e outros; o máximo que se consegue, é fazer algumas adaptações às culturas organizacionais para se conseguir algum sucesso nessas implantações.
Neste caso as empresas (empresários ou donos) não mudam sua maneira de pensar ou sua cultura empresarial, os funcionários é que tem de mudar sua maneira de agir adaptando-se a maneira da empresa, seja essa maneira correta ou não. Esta é a primeira dificuldade que o novo funcionário encontra; deixar de lado tudo aquilo que ele aprendeu ao longo de sua carreira, na escola, na família, na comunidade, na igreja, em outras empresas, para agir de acordo com o novo modelo (nova cultura empresarial).
Essa nova maneira de agir não mudou a sua maneira de pensar, continua com seus valores e princípios arraigados, só mudou a sua maneira de agir. Essas mudanças que o funcionário não esperava encontrar, pois desconhecia a cultura da empresa, pode causar uma frustração levando-o até mesmo á uma depressão, com queda de produtividade e constituindo um fardo toda manhã, ao ir ao trabalho, e acabam não vestindo totalmente a camisa da empresa.
As literaturas de gestão mostram que o conhecimento mais experiência, faz com que as pessoas mudem de atitude ou a maneira de ser; mas todo conhecimento depende de informação que retida e aplicada gera experiência.
Quando eu consigo mudar o meu comportamento que é a maneira de agir eu também consigo incentivar e até mudar o grupo ou os funcionários.
Um dos fatores de dificuldade é que os executivos estão distantes do grupo, passa a maior parte do tempo em reuniões e depois assinando papéis que deixou por causa da reunião. Outro fator é que a empresa só está preocupada com o cliente externo e com o lucro, mas esquece que o funcionário também é um cliente interno e que tem suas necessidades como o cliente externo, lembrando-se dele somente quando ele sai e vai para a concorrente.
Algumas empresas têm dificultado e até mesmo impedido o crescimento profissional de funcionário não permitindo seu aproveitamento em outros setores ou fazendo um rodízio funcional com os mesmos, oxigenando assim seu plano de carreira.
Para minimizar estes conflitos e dificuldades, da parte da empresa, quando da contratação, colocar claramente a cultura da empresa para que o candidato analise se seus princípios e maneira de pensar estão alinhados com os da empresa; buscar mais informações e capacitar melhor seus dirigentes para que sua cultura empresarial seja mais flexível, procurar ouvir seus funcionários, expor claramente o que deseja deles, fazer com que participem mais das decisões e objetivos da empresa, atender as necessidades emocionais com elogios e responsabilidades a altura do seu empenho; da parte dos funcionários, maior empenho, procurar entender melhor os objetivos da empresa, conhecer a si mesmo, administrar sua reputação, construir e manter contatos, manter-se atualizado, não ser resistentes a mudanças, equilibrar suas competências especialistas e generalistas, documentar suas realizações e trabalhar para a empresa como fosse seu próprio negócio.
Desta forma estará pensando como a empresa pensa e agindo coerentemente com a cultura da empresa. Neste caso é a razão que prevalece, e o contratado não perde seus valores e seus princípios.
Por Cláudio Raza
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Cooperativismo: de grão em grão primorosos resultados
Publicado em
16/07/2011
às
09:00
Com significativa estrutura democrática baseada em seus cooperados e colaboradores, as cooperativas buscam como objetivo central, a valorização contínua da cooperação com ênfase no respeito à diversidade, valorização humana e superação de desafios. Conquistam além da ampliação da produtividade, significativos ganhos financeiros e sociais, atuando com responsabilidade social e desenvolvendo benefícios nas comunidades em que estão instaladas. Perceba como o cooperativismo pode ser uma excelente oportunidade para desenvolver suas competências e fortalecer o seu profissionalismo em vários momentos.
Respeito à diversidade - Além de estar relacionada com as diferenças humanas, a diversidade indica a variedade de características que constituem a força do trabalho cooperativo. Aceitar a existência da diversidade permite compreender que as pessoas contam com comportamentos, ações, condutas e reações, algumas vezes, opostas a sua maneira de pensar e agir. O desafio no período atual está em alcançar uma margem competitiva com a valorização das características de cada ser humano, bem como, o reconhecimento por sua contribuição para os resultados coletivos.
Sete princípios que fazem a diferença - Presentes no âmago do modelo empresarial cooperativo há mais de 150 anos, os sete princípios universais do cooperativismo são: Adesão voluntária e livre; Controle democrático pelos sócios; Participação econômica dos sócios; Autonomia e independência; Educação, formação e informação; Cooperação entre cooperativas; Preocupação com a comunidade. Os sete princípios conquistaram destaque mundial no cooperativismo como uma importante semente, que foi plantada com expressiva dedicação há vários anos, cultivada com muito carinho e como resultado alcança merecido reconhecimento, sempre com o respaldo de uma ação coletiva de interesses, tanto internamente na cooperativa, como na vida dos familiares e nas comunidades.
Responsabilidade social - Há coerente compreensão de que praticar a responsabilidade social corporativa (RSC), engloba inúmeras ações voluntárias que excedem as obrigações legais de proteção e conservação do meio ambiente. O que você está fazendo para intensificar a responsabilidade social? Qual seu compromisso com a sustentabilidade? Algo primoroso no cooperativismo é o esforço em trabalhar com jovens e inspirar as novas gerações para encarar os desafios da sustentabilidade com maior comprometimento.
A cada palestra que realizo para o segmento cooperativo, percebo na prática quanto os cooperados são organismos vivos de um sistema desenvolvido por pessoas, com o propósito de fortalecer as relações entre os seres humanos. É possível constatar que saímos de uma metáfora de abordagem do discurso, para ações de responsabilidade social, cooperação e estratégia de resultados. Exige o compromisso de manter a cabeça nas estrelas, os olhos direcionados para o mundo, as mãos dadas com o compromisso de cooperar, o coração nas emoções e os pés caminhando rumo à responsabilidade social, para jamais esquecer que, de grão em grão são conquistados primorosos resultados.
Por Dalmir Sant'Anna
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Melhor que Dinheiro?
Publicado em
15/07/2011
às
09:00
Tenho visto programas milionários de incentivo a funcionários. Na área de vendas esses programas se multiplicam. São viagens a locais paradisíacos, cruzeiros nos sete mares, automóveis, videocassetes e até bicicletas distribuidas aos vencedores e, é claro, prêmios em dinheiro ou vale-trocas por mercadorias à escolha dos campeões.
Quais ferramentas de incentivo poderão ser mais eficazes nos tempos atuais? Viagens, carros, motos, videocassetes, brindes especiais, somas em dinheiro, etc. Além de "viciarem" o funcionário como um cão de Pavlov – só responderá mediante estímulos crescentes – em muitos casos que analisamos começam não surtir mais o efeito esperado entre nossos funcionários. O que fazer?
Minha sugestão é que as empresas ofereçam como incentivo a seus funcionários o que nenhum dinheiro pode comprar – prestígio, reconhecimento.
Certa vez perguntamos a gerentes de venda de grandes magazines o que seus vendedores gostariam de ganhar para vender esta ou aquela marca. O que realmente os faria comprometidos com a empresa que oferecesse o tal incentivo. Após uma longa discussão e análise, os gerentes nos disseram: " – Não venha como motos, videocassetes, bicicletas, viagem a praias, etc. – nossos vendedores nem sabem mais de quem estão ganhando tantos prêmios que já têm em suas casas e viagens que já cansaram de fazer a lugares que já conhecem...."
E aí então, fizemos um programa de incentivo que desse aos vendedores algo que o dinheiro não podia comprar. Fizemos uma avaliação dos melhores vendedores e aos melhores fizemos um programa de prestígio pessoal.
Contratamos um conhecido artista de novela e orientamos esse artista para que em um determinado dia, sem que o vendedor soubesse, fosse até o local onde ele trabalha, em sua cidade e o procurasse em sua loja. Combinamos com a imprensa local e com os familiares do vendedor para que eles fossem no mesmo dia e horário até a loja em que ele trabalha. Pedimos que nada contassem ao vendedor. Ao chegar na loja, o artista, evidentemente, foi cercado por fãs. Entre funcionários e clientes o artista perguntou pelo vendedor. O vendedor, sem compreender o que estava se passando se apresenta e o artista disse: " – Vim cumprimentá-lo pessoalmente por saber ser você o campeão de vendas desta loja!"
A todos os que queriam tirar fotos e pedir autógrafos, o artista dizia: " – Só dou autógrafo e tiro fotos com o ‘campeão’ aqui!". Logo chegaram a esposa e os filhos do vendedor e autógrafos e fotos foram dados somente a eles. O artista convidou o vendedor e seus familiares e foram a um restaurante da cidade para almoçar. A imprensa local registrava tudo freneticamente!
Não preciso dizer que no dia seguinte e nas semanas subseqüentes o comentário na loja e na cidade era só o prestígio do vendedor, exclusivamente visitado e, portanto, prestigiado pelo tal artista de novela. Não preciso dizer que o que sentiram o vendedor e seus familiares. O orgulho da família, o prestígio na sua cidade, os comentários....
Fizemos a mesma coisa numa outra empresa. Em vez de um artista, foi o presidente da empresa a fazer o mesmo papel. Procurou pessoalmente o vendedor, almoçou na casa do vendedor, conversou com sua mulher e filhos. Levou um cartão de prata assinado por ele (presidente) e entregou à esposa e aos filhos homenageando o "Pai Campeão"....
Outros programas que fizemos deram como prêmios a participação em cursos muito especiais, de prestígio, com professores renomados, numa instituição de primeira linha. Ou ainda a participação num congresso ou seminário internacional onde só vão pessoas especiais, diretores e empresários. Ao retornar à empresa, o funcionário campeão é chamado a contar a todos os seus colegas a experiência que teve. O funcionário ganha e a empresa ganha ainda mais. Participar desses cursos e eventos, além de oferecer prestígio, aumenta a empregabilidade do funcionário que sente a empresa comprometida com o seu futuro.
Num outro projeto, ainda mais relevante do ponto de vista social e de prestígio, pedimos aos funcionários envolvidos numa promoção interna que indicassem qual a instituição filantrópica ou cultural eles gostariam de ajudar se tivessem alguma chance ou dinheiro sobrando. Ao vencedor demos uma boa soma em dinheiro para que ele, em seu próprio nome e em nome da empresa, fizesse a doação desse valor à instituição que ele próprio havia escolhido.
No dia da entrega do cheque da empresa à instituição, o funcionário campeão, juntamente com o presidente da empresa, foram até a instituição que os esperava com imprensa e toda a diretoria. O presidente da empresa explicou o projeto e disse que aquele prêmio era em função do funcionário ter sido vencedor de um programa interno da empresa, por mérito dele, e que ele havia eleito aquela instituição para doar aquela quantia em dinheiro. "Todo mérito deve ser dado a este amigo de vocês e que orgulhosamente é nosso colaborador". O funcionário fez a entrega solene do cheque aos diretores da creche (nesse caso específico). A imprensa registrou, publicou nos jornais da cidade. As rádios entrevistaram o doador querendo saber dele os motivos da escolha daquela creche, etc. etc. "A cidade ficou um mês comentando o assunto" me disse o campeão.
Assim, prestígio – que nenhum dinheiro pode comprar – é o maior incentivo que pode ser dado a um ser humano. Inúmeros outros projetos já realizamos dentro do mesmo escopo. Nunca mais fizemos programa de incentivo algum com dinheiro ou prêmios materiais.
Assim como com funcionários, acredito, podemos fazer com nossos clientes "vencedores" de um concurso ou "fiéis" à nossa marca. Que tal uma visita especial à sede da empresa? À fábrica? Um almoço com o presidente? Conhecer os bastidores de um shopping? Participar de uma reunião do conselho para ver como as decisões estratégicas de uma grande empresa são tomadas? Participar como convidado especial num evento importante? Ser homenageado pelos funcionários da empresa numa ocasião especial em que recebe uma placa de "cliente especial"?
Toda criatividade é permitida! "Vender" hoje, como sempre digo, é mais "cérebro" do que músculos. Funcionários e clientes não querem ser comprados com dinheiro ou bens. Isso os fará ganhar o que já possuem ou no máximo ter o que os outros já têm.
Pense em oferecer como incentivo o que nenhum dinheiro pode comprar – Prestígio, reconhecimento!
Por Luiz Marins
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E se eu não acordar amanhã?
Publicado em
14/07/2011
às
09:00
Espero que demore muito. Eu me lembro vagamente quando criança que meu pai me perguntava cada vez que vinha no meu quarto antes de dormir: E se você não acordar amanha, terá valido a pena o dia de hoje.
A pergunta é mais valiosa hoje, quando adulto. A pergunta sempre está comigo. E seu não acordar amanhã, valeu a pena minha vida até aqui? Fiz o que vim para fazer? Bem, se isto acontecer, pois sempre acordo cedo, e eu não acordar no horário, espero acordar perto das onze, antes do almoço.
A pergunta vale para reflexão. Outras perguntas parecidas? Qual a mudança que preciso fazer para chegar mais perto do objetivo traçado ? O que ainda preciso fazer, estudar, realizar para tornar minha vida mais significativa ainda, sem, no entanto, ficar estressado? Que situações preciso concertar em minha vida, familiar, no trabalho para dormir mais tranqüilo ainda?
Conversei e observei pessoas das mais diferentes culturas, crenças, religiões, níveis sócio econômicos, países do primeiro mundo, do segundo, terceiro, e é muito fácil observar que na essência o ser humano é igual. Muda o olho, o nariz, cor da pele, cabelo, língua, o meio de transporte, maneira de formar família, mas o que todos querem, é ser feliz enquanto estão aqui.
Concluindo. Eu já fiz provavelmente você também, enorme esforço remando rio a cima, fazendo tudo para não ser feliz. Chega o momento em que se aprende na marra. Feliz daquele que encontra o caminho logo. Acho que são poucos ou nenhum. Para conhecer a luz é preciso saber o que é a ausência dela.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Vendas Consultivas
Publicado em
13/07/2011
às
09:00
Erga as mãos para os céus e agradeça a Deus caso você pertença ao grupo de vendedores que vendem continuamente para os mesmos clientes.
É uma oportunidade única para em cada contato inovar no atendimento, oferecer algo diferente e fazer com que o seu cliente sinta que a sua única preocupação é trazer prosperidade para ambos os negócios.
O problema é que muitos profissionais que estão nesta situação não percebem do quanto são afortunados e acreditam que basta aparecer continuamente e verificar se o cliente precisa de alguma coisa que tudo está resolvido. E assim cada visita se torna como o replay de um jogo de futebol e a mesmice impera nesta relação.
O que você pode fazer de diferente para sair do estágio de vendedor esforçado para o de vendedor consultor?
Faça o diagnóstico do cliente. O comprador e sua equipe também têm metas. Você sabe quais são? Seja empático e pergunte o que você pode fazer para que as metas sejam atingidas. Dê um passo adiante e faça uma análise detalhada do que seu cliente realmente necessita. Descubra o que ele ainda nem sequer sabe que existe e traga novas soluções alinhadas com as políticas e diretrizes do seu cliente.
Anote os produtos do seu mix que ele não usa. Faça uma relação de todos os produtos do seu mix que ele não compra e estipule uma meta para que aos poucos passe a comprar. Vá a fundo nesta questão e descubra a verdadeira objeção. Tenha na ponta da língua quais são os produtos similares que sua empresa vende.
Estude os concorrentes que vendem para o seu cliente. Não basta saber quem é o seu maior concorrente, tem que saber qual é o seu maior concorrente naquele cliente. Anote preços, condições de pagamento, prazos de entrega e as principais diferenças entre os produtos. Assim você terá mais condições de argumentar, comparar desempenho e mostrar em qual ponto exatamente sua empresa é melhor que a do outro.
Visite e conheça os influenciadores. Todo processo de compra tem o decisor e o influenciador. Descubra no seu cliente quem é o usuário, não só quem faz as compras. Entenda o processo produtivo, suas dificuldades, gargalos e não perca de vista o que é real do que é o desejado. Conheça a fundo tudo o que cerca o negócio do seu cliente.
Criar e manter um bom relacionamento com o cliente é como a promessa de casamento feita perante o altar. Basta você ser leal e ético, descobrir suas necessidades com o mercado aquecido ou em crise, apoiar na alegria ou na tristeza em todas as visitas que tudo acabará com o mesmo final das histórias infantis onde os protagonistas são felizes para sempre.
Por Paulo Araújo
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Liderança com Visão e Energia
Publicado em
12/07/2011
às
09:00
A palestra de abertura ficou a cargo de Robert Cooper, especialista em inteligência emocional e neurociência da liderança.
Ao longo de sua exposição, Cooper apresentou o que chama de “cinco chaves para exceder as expectativas”. Vamos a elas:
Chave 1: Lidere pelo exemplo
Uma meta é resultado de inteligência integrada aplicada. Suas decisões devem decorrer de união de três cérebros localizados na cabeça, no coração e nas vísceras. Liderar só com a cabeça limita a criatividade. Você deve ouvir seu coração, mas também dar atenção ao seu feeling (aquele frio na barriga que sentimos por ocasião de algumas ações).
Chave 2: Gerencie a direção, não o movimento
Estatisticamente está comprovado que a inovação aplicada gera lucro. As 1.200 empresas mais inovadoras do mundo auferiram ganhos 800% superiores ao longo de uma década segundo dados da Business Week divulgados em 2006.
A ciência da execução para ativar este processo de inovação não está no autocontrole, através do qual a motivação torna-se efêmera e o comprometimento se esvai diante da agitação ou do stress. O êxito está na auto-regulação, um processo de vincular metas ao melhor resultado emocional possível.
Um ótimo mecanismo de liderança consiste em comprimir o tempo destinado a uma determinada tarefa ou meta. Assim, relacione suas metas programadas para o período de um ano, por exemplo. Em seguida, estude como realizá-las não em doze meses, mas em apenas um único mês.
Cooper alerta que nosso cérebro adora jogar com a segurança. Por isso é tão confortável falar em metas para cinco, dez ou mais anos, pois nada será feito de imediato. Portanto, desafie-se! Torne possível o que, à primeira vista, parece ser impossível.
Chave 3: Gerencie a concentração, não apenas o tempo
A neurociência confirma que somos maus administradores de nosso tempo. E, mais do que isso, sofremos forte tendência a perder o foco.
Algumas provocações para sua reflexão:
ü Em suas reuniões regulares, como você poderia reduzir em 50% ou mais o tempo gasto, mantendo ou melhorando os resultados?
ü Segundo relatório da CNN News (17/10/06), perdemos em média, no trabalho, até duas horas e meia diárias devido a interrupções e distrações;
ü Estabeleça uma hora por dia sem interrupções para você e neste intervalo trabalhe concentradamente em três objetivos específicos, reservando vinte minutos para cada um deles;
ü Um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado, aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward, ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em diante.
Chave 4: Gerencie a energia, não o esforço
Seja rápido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade.
Faça pausas estratégicas de apenas trinta segundos a cada meia hora, e pausas essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhã e no período da tarde para aumentar sua energia e concentração.
Você pode fazê-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo água gelada, movimentando-se em direção a uma luz mais forte, entrando em contato com paisagens naturais, situações bem humoradas e expondo-se a mudanças visuais ou mentais. Estas ações podem garantir um incremento de até 50% no seu nível de energia, elevando a produtividade em até 10%.
Finalmente, administre a transição de seu ambiente profissional para o familiar. Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediária de até quinze minutos, período no qual deverá apenas cumprimentar carinhosamente seus familiares com no máximo vinte e cinco palavras. Procure desacelerar. Tome um banho, troque suas roupas, beba algo. Está comprovado que situações de conflito e argumentos prejudiciais começam ou se ampliam nos primeiros quinze minutos após o regresso ao lar.
Chave 5: Gerencie o impacto, não as intenções
O objetivo é reduzir o tempo pela metade buscando dobrar os resultados. No processo de monitoramento, faça medições semanais – elas aumentam significativamente a iniciativa e a responsabilidade pessoais no cumprimento das metas estabelecidas.
Procure avaliar como andam os níveis de energia e concentração da equipe. Observe as economias de tempo e reduções de custo possíveis, onde foram obtidas e qual sua magnitude. Acompanhe a evolução da eficácia da equipe e o redirecionamento das metas com base no critério da prioridade.
Ao final de sua apresentação, Cooper ressalta que um líder deve questionar sua equipe sobre seu aprendizado buscando contribuição e não julgamento.
E todos os dias os melhores líderes desistem de tudo o que conquistaram para se reinventar na busca pela excelência.
“É preciso ter coração”
A segunda palestra do Leadership Day, do World Management Congress, foi proferida por Dale Moss, executivo da British Airways por mais de vinte anos liderando uma equipe formada por doze mil colaboradores.
Para Moss, construir uma boa equipe é responsabilidade do líder que deve inspirar as pessoas – mas não sem antes inspirar-se primeiro. A performance é atribuição direta da liderança organizacional. Se uma empresa não estiver se saindo bem, vá direto ao topo!
Liderar envolve cinco atributos básicos:
1. Caráter. Contempla integridade, coragem e confiabilidade. A expressão-chave é: liderar pelo exemplo.
2. Compromisso. Compreende desejo, foco e impulso. Trata-se de comprometimento com metas estabelecidas.
3. Competência. Baseada no conhecimento e, mais do que isso, na habilidade de processá-lo alcançando a sabedoria. O desejo de aprender deve transformar todo líder em eternos estudantes da vida.
4. Comunicação. Deve ser freqüente, ou seja, é preferível pecar pelo excesso. Além disso, precisa ser verdadeira, transparente e sensível com as pessoas e as circunstâncias.
5. Interesse. Resumido numa única palavra: empatia. Seja duro nas questões, ao lidar com problemas, porém brando e flexível ao lidar com as pessoas.
Além destes aspectos, Dale Moss alerta os líderes para a importância da cultura e dos valores corporativos. A transparência, responsabilidade e confiança são bens supremos, assim como a integridade e a honra.
O mau hábito de usar da honestidade apenas quando se acredita que alguém esteja olhando produziu empresas dignas de um “hall da vergonha”, como a Enron, WorldCom, Guidant e Merck (Vioxx).
Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos de que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz que conta, mas como você faz. Antes que você possa realmente liderar, tenha um código capaz de orientá-lo pela vida. E lembre-se de que as pessoas não estarão lá para atender você, mas você deverá estar a postos para atendê-las. Afinal, liderar é servir.
“Excelência – Conquista e Sustentabilidade”
Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, premiado técnico da seleção brasileira de vôlei, encerrou o primeiro dia do Congresso abordando o tema Liderança com as seguintes contribuições.
Líder é aquele que atinge resultados utilizando como diferenciais competitivos sustentáveis o capital, a tecnologia e, em especial, o fator humano, que consiste em selecionar talentos. Nesta tarefa, os talentos certos são formados nem sempre pelos melhores, mas sim pelos complementares.
A identificação de um talento deve contemplar as características de genialidade (capacidade de realizar algo de maneira incomum), contribuição (o resultado efetivo proporcionado), determinação (inspiração pela obstinação) e paixão.
Mas um talento por si só não basta para a conquista do sucesso. É o trabalho em equipe, a consciência coletiva, o fator decisivo. E cabe ao líder não apenas identificar os talentos certos, mas potencializá-los individualmente e em conjunto, exigindo mais de cada membro da equipe, aplicando testes constantes capazes de desafiá-los e promovê-los a um nível mais elevado, contornando os inevitáveis efeitos da inflamação dos egos decorrente das vitórias conquistadas. A lição que fica é: “Não se iluda com o elogio e não se deprima com a crítica”.
No caminho para a transformação de sonhos em conquistas, de objetivos em realizações, dois aspectos fundamentais estão presentes ligando-os como se fosse uma ponte: planejamento e disciplina. O primeiro representa o projeto da ponte; o segundo, a construção da ponte.
A disciplina demanda a prática diária que conduz à excelência. Daí surge o pressuposto básico de treinar compulsivamente. Lembrando o consagrado técnico de futebol norte-americano, Vince Lombardi: “Quanto mais suarmos no treinamento, menos sangraremos na batalha”. Ou, ainda, Bob Knight: “A vontade de se preparar deve ser maior do que a vontade de vencer”.
Sucesso e fracasso indiscutivelmente deixam suas lições. A derrota deve ser assumida com responsabilidade e nos alerta para a importância do planejamento. Já a vitória nos traz o desafio da sustentabilidade e os ensinamentos de que o sucesso passado não garante o êxito futuro, de que vencer como favorito é tarefa ainda mais árdua e de que jamais podemos nos acomodar. Fixe-se no desempenho, nunca no placar.
Finalizando, algumas recomendações finais aos líderes:
Demonstrem transparência em suas ações;
Desenvolvam relações de confiança;
Busquem a proximidade com a equipe;
Instiguem o inconformismo.
Por Tom Coelho
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A Tela e o Texto
Publicado em
11/07/2011
às
09:00
Dois termos.
Duas personalidades que admiro.
Difícil de escrever.
Mas vamos lá!
Escrever a respeito de pessoas é algo muito difícil, ao menos para mim.
Moacyr Scliar – sempre afirmei e continuo afirmando: “Nosso escritor maior”. Deixou-nos muito cedo. Sua mãe sempre o aconselhava no seguinte: “Meu filho, nas férias escolares o importante é escrever, no mínimo, uma redação por dia”. E ele seguiu este conselho materno.
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Woody Allen – um gênio. Para mim um gênio em tudo que realiza. Nascido em 1935. Filho de livreiro e restaurador. Em seus filmes a gente conhece – e bem – sua cidade: Nova Iorque. Agora, inclusive, ele filmando na Europa, também nestes filmes podemos conhecer sua genialidade, mostrando as cidades europeias e suas paisagens através da “câmera de Woody” e sempre com uma “pitadela” de humor judaico.
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Volto ao Scliar – o escritor que melhor descreveu o seu bairro. O om Fim. Bairro judaico de Porto Alegre? Digo que não. Afirmo que é um bairro de inúmeros imigrantes, mas que se sobressaem os judeus. Bairro lindo com suas árvores enormes demarcando a Avenida principal ¨ Oswaldo Aranha – o gaúcho de Alegrete que foi Presidente da ONU.
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E Woody Allen? Fã incondicional de Ingmar Bergman e de tantos outros cineastas como Federico Fellini. Cole Porter e Anton Chekov. Também conhecido por lançar diversas atrizes. Exemplificando esta afirmação: Mira Sorvino que conquistou o ambicionado Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel dado a ela por Woody em a “Poderosa Afrodite”.
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Scliar, gaúcho, além de insigne integrante da Academia Brasileira de Letras, adorava caminhar pelas ruas de sua cidade – Porto Alegre e praticar Basquete na ACM. Os caminhantes desta capital gaúcha e os jogadores de Basquete da ACM estão sentindo muita falta do companheiro e amigo Scliar.
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Woody Allen, além de comediante, diretor, roteirista e ator de cinema, toca clarinete semanalmente num bar de Nova Iorque. Logicamente quando está nos Estados Unidos... Esta ligação com a música, principalmente com o Jazz, pode ser conferida em todos os seus filmes, dos quais é responsável pela escolha da trilha sonora.
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Moacyr Scliar e Woody Allen.
Woody Allen e Moacyr Scliar.
Dois integrantes da cultura mundial.
Cada um com sua parte.
Todos nós devemos ver nas figuras deles como a cultura é fundamental a todos nós.
Literatura, Cinema, Música – presente sempre nestas duas personalidades culturais judaicas de nossos tempos.
Como é difícil escrever a respeito de pessoas.
Gostaria de escrever muito mais, mas nestes momentos fico trancado.
Por quê?
Não sei.
Só sei dizer que para mim Scliar e Woody Allen ou Woody Allen e Scliar são meus “gurus”.
Por David Iasnogrodski
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Seu ego cabe na sala de reuniões?
Publicado em
10/07/2011
às
09:00
Cheguei a um resort para apresentar palestra. Estava tudo pronto para começar minha apresentação, quando um participante do evento comenta: "Dalmir, você está preparado? Na platéia terá a maior quantidade de ego, por metro quadrado, que você já imaginou". Comecei a sorrir com o comentário e depois da palestra, fiz várias reflexões de como há também em universidades, empresas e órgãos públicos, pessoas fazendo questão de mostrar suas conquistas para inflar o ego e transmitir um ar de superioridade, arrogância e prepotência. Nas dicas a seguir, descubra como neutralizar um exibicionista durante uma reunião e conquiste maior envolvimento dos participantes.
Tempo é algo precioso demais - Ao participar de uma reunião, note que o tempo é algo primoroso. Outras pessoas abriram mão de atividades para estar ouvindo, opinando e corrigindo equívocos de questões que fazem parte da pauta. Se você está com o uso da palavra, evite ficar enaltecendo suas conquistas, ou ainda, demoradamente fazer expressivos elogios a si mesmo. Busque tornar o tempo de uma reunião um debate amistoso, produtivo e rentável.
Esteja atento aos resultados - Desenvolva o hábito de anotar os itens acordados durante a reunião. Não permita tornar as promessas em simples palavras soltas ao vento. Crie a disciplina de registrar o nome de quem assumiu o compromisso e um prazo (data) para a realização. Quando uma pessoa permite que seu ego, seja maior do que sua ação diz com frequência: "Deixa comigo! Eu sempre fiz isso! Eu sou o bonzão!". Além de distanciar respeito ao próximo, abandona ênfase aos resultados.
Na estrutura psíquica do ser humano, o ego pode ser um aliado positivo para contribuir com a autoestima e motivação, entretanto, algo prejudicial quando usado para demonstrar autoritarismo, prepotência e arrogância. Acredito ser algo louvável sentir orgulho de conquistas, mas algo hipócrita está na ação de tornar suas conquistas um orgulho somente para inflar o ego diante de outras pessoas. Agora responda: Como está o tamanho de seu ego? Você controla seu ego durante uma reunião?
Fonte: Dalmir Sant’Anna
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Reinvente, crie, mude, quebre paradigmas corporativos
Publicado em
09/07/2011
às
09:00
Como já sabemos o empresário brasileiro é um empreendedor notável, mas, é ainda resistente ao planejamento; talvez devido aos inúmeros planos econômicos fracassados, ou pelo descontrole da inflação do passado, ou até mesmo pela cultura brasileira do retorno imediato.
O medo do desconhecido ou do resultado a ser obtido, é a grande barreira para as mudanças. A insegurança também dá força ao medo, que faz com que o principal administrador, mantenha seu modo de pensar, levando a empresa a perder mercado, baixar a lucratividade, e fortalecer a concorrência.
Tudo isso já é coisa do passado, não podemos mais ficar colocando a culpa nos planos, na inflação, na ineficiência dos governantes, na corrupção dos parlamentares, na reforma trabalhista que não sai, na reforma tributária que está emperrada, na reforma política que não interessa aos próprios políticos, na concorrência desleal dos chineses; no protecionismo americano ao seu mercado; na insegurança, no medo, etc.etc.
Nós é que temos de mudar a maneira de pensar, temos que nos preparar, temos que re-inventar, criar, quebrar paradigmas, sair da zona de conforto.
Transformar é mudar a forma de fazer as coisas, a forma de ver as coisas, de administrar, não mudar o ser humano, o administrador.
Foi-se o tempo em que se precisava apenas de um pouco de dinheiro e um bom "faro", e o resto andava sozinho, tudo que produzia ou revendia era consumido. Ainda temos uma geração de empresários da antiga, que não aceita sugestões, acha que, o que fazia ou vem fazendo a 30 ou mais anos da mesma maneira é o correto, pode até ser, mas o mundo mudou, os clientes estão mudando como também os consumidores; a concorrência é mais acirrada com ofertas de melhores produtos com preços inferiores e uma tecnologia avançada.
Não se administra mais à moda antiga, quem não se capacitar para os novos modelos de mercado, de tecnologias, de informações, de gestão de negócios, de gestão de pessoas, fazendo com que seus funcionários mais talentosos participem com sugestões e decisões, estará a cada dia perdendo terreno e bons funcionários para as empresas mais empreendedoras e inteligentes.
Lembrem-se, para um mercado mutável, idade não é experiência, use de sabedoria prática, ouça mais os técnicos e os entendidos do assunto, os que estão diretamente ligados com os clientes ou consumidores pesquise sobre o que poderão a vir substituir seus produtos, quais as tendências de mercado, informe-se, pois nós estamos na era da informação, da criatividade e novas tecnologias.
A criatividade embora presente na maioria das pessoas precisa ser estimulada, motivada e induzida. As organizações têm a responsabilidade de treinar e exercitar esta criatividade para ter um grupo criativo; nem todas as organizações desempenham igualmente bem esse papel e nem todas se encontram dispostas a aceitar as conseqüências de ter pessoas criativas na sua organização.
A criatividade nas empresas é a ferramenta mais prática, adequada e barata para encontrarmos maneiras de fazer mais com menos, de reduzir custos, de simplificar processos e sistemas, de aumentar lucratividade, de encontrar novos usos para produtos, de utilizar melhor suas máquinas e equipamentos, de encontrar novos segmentos de mercado, de desenvolver novos produtos e outras inúmeras coisas mais.
Muitas empresas já se conscientizaram de que utilizar o potencial criativo de seus funcionários é mais adequado. O problema é que elas não sabem como organizar, como aproveitar todo este potencial criativo que está disponível. Isto é comprovado pela qualidade das idéias inesperadas que surgem de vez em quando. Por que então esperar as idéias "de vez em quando?" Por que não estimular a produção destas idéias no dia-a-dia?
Empresas que não tiveram medo, insegurança ou hesitação começaram a mudar e ver as coisas de outro ângulo para continuar no mercado; esse esforço em conjunto ou trabalho em equipe ou administração estratégica ou administração inteligente, fez com que todos pudessem colaborar e servir hoje de modelo para outras empresas.
Neste contexto de intensas mudanças econômicas, tecnológicas e competitivas, muitas empresas precisam realizar mudanças radicais de estratégias, de estrutura, de organização, assim como de cultura, para que possam prosperar e por vez até sobreviver.
Muitos empresários ainda são resistentes às novas idéias, e novas maneiras de administrar seus negócios, não gostam que funcionários participem com suas sugestões de melhoria, não têm informações suficientes para ajudá-los a tomar decisões.
Uma pequena análise de sua empresa poderá ajudá-lo a identificar quais seus pontos fortes, seus pontos fracos, quais suas ameaças, e principalmente quais as suas oportunidades no mercado.
Segundo PETER SENGE, o ciclo de aprendizagem é iniciado e mantido pelas cinco disciplinas:
A primeira disciplina é o domínio pessoal. Significa aprender a expandir as capacidades pessoais para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os colaboradores (funcionários) a buscar e alcançar seus objetivos sem medo de errar, isto é, aprender a aproximar a realidade da visão pessoal.
A segunda disciplina, modelos mentais, São imagens do mundo que construímos a partir das nossas vivências e por meio dos quais nos orientamos. O objetivo desta disciplina é rever nossos modelos mentais para ajustá-los à realidade.
A terceira disciplina, visão compartilhada, é estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado. As pessoas precisam ter um "espaço" para falar e serem ouvidas, para construir uma visão que vá ao encontro de suas aspirações e do futuro que desejam para a empresa, Ao permitir várias visões pessoais, terão uma maior possibilidade de explorar as diferentes perspectivas da realidade e do futuro.
A quarta disciplina, aprendizado em equipe, transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, de maneira que grupos de pessoas possam desenvolver inteligência e capacidades maiores do que a soma dos talentos individuais. A eficácia não é resultado de um esforço apenas individual, mas sim resultado de ações sinérgicas, com um forte sentido de cooperação.
A quinta disciplina, pensamento sistêmico, Trata-se de uma disciplina que permite analisar e compreender a organização como um sistema e descrever as inter-relações existentes entre os seus elementos. Cada componente exerce influências e traz informações a outros, promovendo o crescimento, o declínio ou a estabilidade do sistema como um todo.
Comece fazendo pesquisas junto aos seus clientes, use seus vendedores para isso; levante primeiro quem são seus concorrentes, e quais os produtos ou serviços que estão oferecendo e a que preço, qual a qualidade e a embalagem; verifique quais são os pontos fortes e os pontos fracos, seus e os dos concorrentes, tais como:
Preço, prazo de entrega, qualidade dos produtos ou serviços, embalagem, meios de distribuição, localização, meios de divulgação dos produtos, e outros que julgar necessário.
Depois levante, também com a ajuda de seus vendedores, as novas oportunidades ou possibilidades de produtos ou serviços ou mercado, como também as que ameaçam seus produtos ou mercado, tais como:
Para quem mais poderia vender o meu produto ou serviço;
Posso fazer um atendimento personalizado sem encarecer muito meu produto ou serviço;
Posso vender em quantidades e embalagens menores ou maiores;
Que produtos ou serviços podem estar oferecendo ao mercado, aproveitando melhor minhas máquinas,matérias primas e horas ociosos que tenho, ou aproveitando minha equipe de vendas;
Quais produtos que os concorrentes estão lançando que poderá afetar minhas vendas;
Quais os possíveis novos concorrentes que poderão entrar no mercado.
Em seguida, reúna seus principais funcionários e peça sugestões de como melhorar os serviços internos, tais como:
Atendimento ao cliente - Melhoria na qualidade dos produtos ou serviços - Aproveitamento dos resíduos ou sucatas em novos produtos ou linha alternativa. - Controle dos estoques - Novos produtos ou serviços com aproveitamento das máquinas e equipamentos. - Plano de premiação para as sugestões aplicáveis
Após todas essas informações tabuladas e analisadas com seus principais colaboradores, monte um plano de ação, das mudanças e implementações, com prazos de tempos definidos das ações e objetivos; divulgue-as claramente a todos os funcionários, que a partir daí serão seus parceiros, e monitore constantemente o andamento das ações planejadas para alcançar os objetivos traçados.
Se conseguir fazer isso, estará dando um grande passo para o futuro de sua empresa, tanto em questão externa com clientes e fornecedores, como na questão interna, pois seus funcionários, agora colaboradores, irão ajudá-lo como se fosse o próprio negócio.
Outra oportunidade é verificar seu Regime Tributário; fale com seu contador, calcule cada um deles, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, talvez você possa lucrar mais ou deixar de recolher mais impostos por uma simples opção, uma vez ao ano, na escolha do Regime ideal para sua empresa.
Outra situação, que encontramos com freqüência, é das empresas que não estão no Regime Simples Nacional e tem seus produtos isentos de IPI na saída ou Vendas, mas não se creditam do IPI nas compras das matérias primas, que com esse crédito poderão pagar o PIS, COFINS, IRPJ, CSSL, por compensação através de petição a Receita Federal, ou até mesmo pagar seus fornecedores, consulte seus contadores.
Empresas inteligentes já estão criando grupos de trabalho onde se juntam pessoas dotadas de muita fantasia com pessoas muito concretas, nesses grupos nasce a faísca ou a inspiração da criatividade e, ao invés de gênios criativos, teremos grupos criativos.
Hoje as empresas contratam pessoas concretas que se perdem na burocracia, mas sentem necessidade da criatividade e colocam-nas em cursos de criatividade
Para administrar sua empresa ou negócio já em operação, também terá que ter o mínimo de informações ou relatórios para se manter atualizado e tomar decisões mais corretas possíveis.
A previsão de vendas é a base de tudo, é aí que você irá verificar a sua participação no mercado, o volume de suas operações, o investimento necessário ou se sua área produtiva é capaz de produzir o que foi previsto ou terá que terceirizar a fabricação ou investir em ampliação.
Ainda dentro da área comercial, terá que manter um controle de vendas por clientes, por região e por produto, para conhecer a participação dos clientes em suas vendas, sua lucratividade, como também não concentrar as vendas em poucos clientes, pois caso um ou dois deixem de comprar, você terá sérios problemas financeiros.
A lucratividade final de cada produto, após abater todos os custos e despesas e também o imposto de renda, deverá ser analisada mensalmente e comparativamente com os meses anteriores, para verificar quais foram as políticas de preços e descontos praticados.
Com a previsão de vendas em mãos a área de produção ou planejamento e controle da produção (PCP), poderão avaliar seus estoques e acionar a área de compras.
A má administração dos estoques, tem levado muitas empresas a dificuldades financeiras por falta de informações e planejamento, tanto dos estoques de matérias primas, de embalagens, semi acabados ou em elaboração, como o produto acabado final, pronto para venda.
Ainda tem-se a idéia errônea que estoque não é dinheiro, compra-se em excesso, tira-se dinheiro de aplicações financeiras para ficar parado em estoques que só serão utilizados sabe-se lá, quando, ou produz-se demais porque a empresa tem muito estoque de matéria prima e também para os empregados da produção não ficarem ociosos.
Em algumas empresas os produtos acabados, ou mesmo as matérias primas chegam a ficar parados nos estoques até 23 meses, é uma falta de controle total, é dinheiro parado, e quando chega um pedido com especificações diferentes, você terá que comprar novas matérias primas ou retrabalhar os produtos, é aí que o dinheiro vai para o ralo.
Quanto à área financeira ou controladoria, dependendo do tamanho e da cultura da empresa, cabe a responsabilidade de levantar e analisar com relatórios práticos e objetivos estas deficiências, para que pare de comprar por determinado tempo e ou determinados produtos ou matérias primas, devido ao excesso de estoques.
A área financeira terá que ter no mínimo um fluxo de caixa, com os saldos bancários, as previsões de entradas de dinheiro, como também a previsão das saídas ou desembolsos, tais como, fornecedores, salários, encargos, impostos, e outras.
Cabe também à área financeira, baseado na previsão de vendas, montar um "Orçamento Empresarial" ou uma "Previsão Orçamentária" como se fosse um "Demonstrativo de Resultado do Exercício" um "DRE" ou um "Lucros e Perdas" como alguns preferem, e manter a diretoria ou o gestor principal informado sobre alguns índices básicos de liquidez financeira, índices econômicos, operacionais e de lucratividade.
A falta de informações é o grande vilão nas empresas, mas não basta ter informações sem uma estrutura adequada e um método de avaliação para tomada de decisões.
Por Claudio Raza
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Escolhas X Auto- Engano
Publicado em
08/07/2011
às
18:00
μηδεν αγαν. Não entendeu a frase ao lado? Em grego, μηδεν αγαν, quer dizer "nada em excesso" que era um dos lemas descritos no templo de Apolo em Delfos na Antiga Grécia. A cidade hoje não existe mais, mas suas ruínas foram declaradas como patrimônio mundial pela UNESCO.
Inteligente é o ser que sabe fazer as escolhas certas para atingir um determinado objetivo. Talento é quem consegue equilibrar suas escolhas com o auto-engano.
A capacidade de auto-enganar-se é tão presente em nossas ações que sem ela nossa vida seria chata, pacata e monótona.
O auto-engano é praticado quando traçamos uma meta impossível de atingir, mesmo com dados e fatos nas mãos, quando acreditamos que as pessoas podem mudar de um dia para outro vícios enraizados no seu cotidiano.
E assim postergamos mudanças que precisam ser feitas, mas que por escolhas erradas e pela prática do auto-engano vamos adiando como se o senhor tempo fosse ajeitar tudo como em um passe de mágica. A mágica não existe, é só ilusão, mas concordamos em um ponto: é fascinante.
Postergamos a demissão daquele funcionário que insiste em não executar as estratégias e táticas definidas na reunião semanal, que não atinge as metas e sempre tem uma linda desculpa para nos dar, por que sinceramente acreditamos que um dia ele irá mudar. Em parar de vender para aquele cliente que só nos dá prejuízos, afinal qual empresa não tem um clientes que dá trabalho demais e lucro de menos? São coisas da vida, talvez um mal necessário.
E assim ao não fazer as escolhas corretas, nos auto-enganamos que logo tudo será diferente e perdemos com isso o timing correto da oportunidade. Oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, de partir para outra, de se libertar de velhos paradigmas, de enfrentar o novo, de aprender e fazer o que precisa ser feito.
Mas convenhamos! Fazer as escolhas corretas não é fácil! Sabemos o que fazer, mas nem sempre o como fazer. Largar um emprego de anos, por mais que você esteja estagnado não é tarefa fácil. Terminar um casamento que já não existe mais parece insano se não tentar pelo menos mais uma última vez.
Inteligência, em excesso, nos leva a ser racionais demais e não se aventurar no desconhecido. Imagine se só fizéssemos as escolhas certas? Esse excesso de racionalidade tornaria a vida chata. Inovaríamos pouco, perderíamos o encanto.
Mas o excesso na capacidade de auto-enganar-se nos levar a crer que somos aquilo que não somos. Decidir, fazer as escolhas certas para sua vida e carreira não é fácil. O tempo todo fazemos escolhas, sejam elas em menor ou maior grau de complexidade, e o tempo todo nos deixamos enganar por acreditar na esperança. Sem esperança não há vida.
Como não há remédio que nos faça fazer as escolhas certas o tempo todo, nem para a cura do auto-engano que é essencial para a criação do novo, sugiro que você fique com o conselho descrito no templo de Apolo em Delfos – nada em excesso!
Por Paulo Araújo
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A melhor frase
Publicado em
07/07/2011
às
09:00
A melhor frase.
Conta-se que um rei muito poderoso ao enfrentar um outro rei também poderoso, quase perdeu tudo depois de anos de batalhas. A guerra só acabou com a morte de um deles, mas custou muito caro ao vencedor, que sentiu o peso da miséria na sua vida e na to seu povo.
Foram necessários muitos para alguma recuperação nas finanças e na auto estima. Assim, meditando na riqueza e na pobreza, nos altos e baixos, o rei chamou seus sábios consultores e pediu que eles definissem em uma única frase esses dois momentos tão opostos, e que desse força para que ele superasse a falta de recursos, os problemas , dificuldades, angustias e tudo mais que aguarda cada ser humano . Essa frase vencedora seria escrita na bandeira daquele reino, e seria inserida no brasão real do rei.
Um dia pelos arredores do seu reinado parou perto de uma casa na beira da estrada. O rei perguntou ao proprietário como ele conseguia ser feliz naquele lugar tão longe de tudo e tão simples. O proprietário contou que no passado chegou a ter, dinheiro, mas perdeu tudo com o ataque de um rei muito poderoso naquela região.
Andou muito, conheceu muitas realidades, até encontrar esse lugar e mostrou ao rei uma tabuleta onde ele mandou gravar a frase da sua vida, para que ele se lembrasse sempre que podia superar tudo, desde que se lembrasse sempre da verdade escrita na tabuleta. Lá estava à frase que o rei tanto buscava. Estava escrito: "Tudo passa!"
Por isto: Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Os Sugadores De Energia
Publicado em
06/07/2011
às
09:00
Acabo de lançar meu novo livro que tem como título “Livre-se dos Corvos – Cuidado com os Sugadores de Energia”.
“Corvos” são aquelas pessoas que vivem ao nosso lado dizendo que as coisas estão ruins, só vão piorar e que não vão dar certo, não vão acontecer. São aqueles para quem todo mundo é desonesto e mal intencionado. São aqueles que só falam mal dos outros. São os que não conseguem conter a sua inveja e destilam maldades sobre os colegas de trabalho, amigos e parentes o tempo todo. Corvos são aqueles que não participam de nada na empresa e ainda chamam os que participam de “puxa-sacos”. Corvos são os que fazem ironia e gozação de tudo o que acontece de inovador e que não tenha sido idéia deles próprios. Os que fazem piadinhas de mau gosto sobre os colegas mais humildes. Corvos são os que humilham seus colegas ou subordinados. São os chefes que só sabem criticar e nunca elogiam. São os que se acham “os bons” e para quem todo mundo é ignorante. Corvos são os que não admitem opiniões diferentes das suas.
Corvo, enfim, você sabe quem é. É essa pessoa que está na sua cabeça agora! Livre-se dele ou dela!
Além de “corvos” são verdadeiros “vampiros” que vivem “sugando a energia alheia”. Esses quirópteros hematófagos vão minando nossa energia sem que muitas vezes tomemos consciência do mal que nos causam.
Vejo pessoas, profissionais liberais, empresários e mesmo empresas que vivem impregnados de “corvos”. São pessoas do “não” que vivem para negar qualquer possibilidade de que as coisas dêem certo. Vivem desconfiando dos fornecedores, dos clientes, dos terceirizados, dos parceiros em geral. Irritam a todos com sua “corvice” e negatividade, com seu olhar de “farol baixo”, seu ombro caído numa postura de corpo reveladora de sua condição de “corvo”.
Não dá para trabalhar hoje ou mesmo viver hoje com alguém puxando você para trás ou para baixo o tempo todo. Esses “sugadores de energia” tiram de nós a vontade de empreender, de trabalhar, de atender clientes, de inovar, de crescer. Quando menos esperamos estamos “intoxicados” pela negatividade e maldade desses “corvos” que vivem da carniça alheia e não enxergam sua própria condição de um ser inferior que quer culpar o mundo pelos próprios fracassos visíveis ou ocultos. Todo “corvo” é, na verdade, um infeliz espalhando sua infelicidade.
Se você puder, leia meu novo livro. Mas mesmo que não possa, não deixe de pensar numa maneira de viver e trabalhar com pessoas sadias, positivas, “pra cima”. Pessoas que vendo a parte difícil ou negativa da vida (que é claro existe) sejam também capazes de enxergar o lado positivo, o mundo além das desgraças e que nos ajudem com seu entusiasmo a vencer os desafios destes tempos loucos em que vivemos.
Livre-se dos “corvos” da sua vida. Cuidado com os “sugadores de energia”!
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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A Força da União
Publicado em
05/07/2011
às
09:00
Fusões, aquisições e joint ventures sempre aconteceram no mundo corporativo, mas foram intensificadas no decorrer da última década. A busca por maior competitividade tem conduzido o mercado a um processo de concentração. A regra é unificar operações para reduzir custos operacionais.
Os exemplos são variados. Itaú e Unibanco, no segmento bancário; Submarino e Americanas, no comércio eletrônico; Gafisa e Tenda, na construção civil; Sadia e Perdigão, no setor alimentício; Casas Bahia e Pão de Açúcar, entre os supermercadistas. E ainda temos as incursões de empresas brasileiras no exterior, com destaque para a compra da Pilgrim’s pela Friboi, da Inco pela Vale, e mais recentemente, da Burger King pela ABInBev.
Note que em todos estes casos estamos diante de empresas de grande porte. De fato, desde sempre as grandes corporações compreenderam que melhor do que uma boa briga é um bom acordo, de forma que em muitos mercados encontramos a polarização da disputa pela liderança entre duas ou três companhias. Assim nasceram muitos dos oligopólios e, por consequência, alguns conselhos governamentais em defesa da livre concorrência.
Contudo, entre as pequenas e médias empresas o quadro é bem adverso. Elas tendem a cultivar uma grande rivalidade, enxergando concorrentes como inimigos mortais. Neste contexto, chegam até a praticar dumping (vender abaixo do custo) para ganhar clientes de modo que o final desta história é sempre a guerra de preços que reduz as margens de lucro e fragiliza as empresas.
É neste cenário que sindicatos e associações de classe ganham evidência, pois lutam por interesses comuns do empresariado, ora pleiteando ao governo a adoção de uma política tributária mais favorável capaz de estimular a geração de emprego e renda, ora combatendo o contrabando e as importações subfaturadas que reduzem a competitividade, ora confrontando a concorrência desleal praticada por empresas informais.
Independentemente de seu setor de atuação, seja você industrial, agricultor, comerciário ou prestador de serviços, se sua empresa ainda não é afiliada a alguma associação, cooperativa ou entidade de classe, considere fazê-lo em seu planejamento estratégico deste início de ano. Este é o melhor caminho para fortalecer o setor e tornar seu negócio ainda mais próspero!
Por Tom Coelho
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Vamos Nos Ajudar!!!
Publicado em
04/07/2011
às
09:00
- Moça, por favor, você conhece os preços da maioria dos produtos expostos à venda? Ou dos produtos que os clientes dirigem aos caixas?
- Agora, não. De uns tempos para cá voltou, num número muito grande de produtos a serem introduzidos preços novos, quase que semanalmente. Não está fácil! Com isso não posso recordar, como antes, dos preços colocados nas gôndolas.
- Muito agradecido pelas informações.
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- Senhor, muito boa tarde.
- Sim, em que posso servi-lo?
- Por acaso o senhor tem notado aumento de preços nos produtos do seu estabelecimento comercial?
- Infelizmente sim. Quase todas as semanas tenho que repassar novos preços aos meus consumidores. É um fato que está acontecendo...
-Agradecido pelas informações.
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- Moça, você tem visto alguns novos preços neste supermercado.
- Claro. Muitas pessoas reclamando. Muitos dizendo que tudo está voltando ao passado. Muitos com medo... E eu mesmo não consigo recordar os preços dos produtos. O senhor sabe, a gente que trabalha no caixa, muitos preços a gente recorda... Infelizmente tenho que ouvir choros dos clientes. E eu também estou chorando quando me coloco no lugar dos clientes. Eu também sou cliente. O meu bolso também sofre!!!
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Esta “mini pesquisa” realizei em alguns lugares no qual sou cliente.
Estamos atravessando um período nebuloso. Os preços estão aumentando. Não em tudo. Mas numa grande “gama” de produtos. Principalmente os alimentícios. Não acredito, sinceramente, que iremos voltar aos tempos da “malfadada” inflação enorme. Mas já não estávamos acostumados com uma alta sucessiva nos preços.
Temos que ter cuidado!
Muito cuidado!
Vamos nos ajudar...
É um recadinho.
Por David Iasnogrodski
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O Esforço Inteligente
Publicado em
03/07/2011
às
09:00
Todos os dias milhares de profissionais de vendas começam o seu trabalho com um único propósito: vender mais. As estratégias e táticas são muito variadas, a forma, o conceito cada um tem o seu, mas basicamente o que você vendedor quer é vender mais e melhor. Essa é a legítima causa de quem trabalha na área de vendas.
Para que isso aconteça é preciso estudo e muito trabalho e parar de acreditar que só carisma e um bom papo bastam para ser ter sucesso em vendas.
Sucesso em vendas é um conjunto de fatores, destes quero hoje destacar dois conceitos que podemos aprimorar no nosso dia-a-dia e assim melhorar os nossos resultados.
São eles o aprendizado observacional e a prática individual.
O aprendizado observacional ou aprendizagem por imitação é um dos métodos mais antigos de aprendizado. Basicamente é o que aprendemos observando uma ou várias pessoas e analisando que tipo de resultados esse comportamento produz no outro. Nossos pais são nossos grandes modelos e na fase da infância esse comportamento é predominante. Agora vejamos como podemos usar essa ferramenta.
Primeiro muito cuidado ao escolher quem observar e usar como modelo. O mundo de hoje privilegia o prazer e nada mais distorcido do que o conceito de sucesso. Observar e tentar imitar o modelo errado só causa frustração, baixa autoestima e perda de tempo. Nessa fase escolha pessoas que sirvam como modelos mentais, mas que tenham bons valores, sejam éticas e que suas conquistas tenham acontecido em ambiente e tempo histórico similares ao seu. Nada de devaneios e lembre-se que existem pessoas que tem dons únicos e impossíveis de se copiar.
O aprendizado observacional está longe de viver sendo uma cópia do outro. Mas existe um ditado popular que diz "Inteligente é quem aprender com os próprios erros, sábio é quem aprende com os dos outros". Tenha pessoas como modelos que agreguem valor a sua vida, que reforce os seus pontos fortes e assim extraia o que de melhor você pode produzir em benefício próprio. Com você estando bem, as chances dos que convivem com você serem felizes aumentam significativamente.
Agora vamos discorrer um pouquinho sobre a prática individual. A sua herança cultural às novas gerações está ligado ao que você fez e não o que dizia ser. Preste atenção ao que você faz e não ao que fala. Pode até parecer fácil, mas observar e tirar boas conclusões são tarefas complicadas que exigem muita análise e sensatez. Imagine conseguir colocar em prática o que de melhor o seu modelo lhe ensinou?
Praticar de forma consciente e nada de deixar ao acaso a tarefa de aumentar suas vendas. Fique atento ao quê e quando mudar e se esforce para colocar em prática aquilo que você efetivamente acredita. Fique longe do conflito de valores e preste muita atenção aos resultados que você produz. Autocrítica criteriosa, detalhada e por escrito só irá fazer bem a sua carreira.
As técnicas de observar e praticar não têm nada de novidade. O que desejo neste artigo é ajudá-lo a perceber que é o seu ESFORÇO bem conduzido, inteligente e consciente é que irá fazer toda a diferença entre o sucesso e o fracasso. Não existem pessoas de sucesso que nunca fracassaram. Pessoas de sucesso aprendem com os próprios erros e com os dos outros.
Quantas vezes já ouvimos a frase: "se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço".
Posso garantir que talento sem esforço de nada vale, e com que com muito esforço você irá aprimorar os seus talentos. Tenha entusiasmo pelos motivos e pelas coisas certas que todo o seu esforço valerá a pena! É observar e praticar!
Por Paulo Araújo
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A escola do futuro ou o futuro da escola
Publicado em
02/07/2011
às
09:00
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Desta vez eles não escapam
Publicado em
01/07/2011
às
09:00
É sabido que o povo latino, especialmente o Brasileiro é muito criativo. Nos festivais internacionais de marketing e propaganda o Brasil sempre se destaca através das agencias por sua maneira diferente e criativa de apresentar os produtos. O mesmo ocorre, guardadas as proporções, no enfrentamento de dificuldades de estrutura mercadológica ou financeira.
O Brasil já passou por tantas experiências com planos econômicos de diversas denominações concomitantemente com troca de moedas, redução de atividade econômica, inflação de quase três dígitos e embora com dificuldades, supera tudo isto e continua crescendo e alegre.
Na atual conjuntura econômica com seu epicentro nos Estados Unidos da América do Norte, que varreu e está varrendo o mundo com suas conseqüências, paises que pouco enfrentaram turbulências, tem mais dificuldade de adaptação. Exemplo disto são alguns paises europeus, especialmente a Espanha.
A atitude que, nós como povo temos e isto se reflete na atitude individual é não desistir, por mais pessimista que seja o cenário. Isto se reflete na economia informal onde muitos vão buscar socorro, mas sempre com um olho para voltar à formalidade.
Um exemplo clássico acontece e um guerra quando o General viu-se cercado pelo norte, pelo sul, pelo oeste e leste, e por cima também. Ou seja, estava literalmente cercado por todos os lados, mas sua guarnição ainda era forte: O General disse aos seus homens: “Tudo bem, eles estão à nossa frente, estão à nossa direita. Estão à nossa frente e também atrás de nós – DESTA VEZ ELES NÃO PODEM ESCAPAR. ¨.
Você sabia que, cerca de 90% dos que fracassam não são de fato derrotados. Eles apenas desistem. Em nossa vida também acontece desta forma. A busca por vitórias não impede que percamos algumas batalhas, às vezes elas podem demorar um pouco a chegar. Só cabe a você ter esperança e persistir.
Outras frases: ¨Muitos fracassados na vida são homens ou mulheres que não perceberam quão perto estavam do sucesso quando desistiram. ¨ “ O homem que não acredita nele mesmo não acredita em mais nada.¨Todo homem é o arquiteto do seu próprio destino.¨ Apius Claudius. 53 dc.
A atitude madura, firme de fazer a vida o mais interessante possível, com vitórias saborosas e inteligentes, sem dúvida é um deleite para a alma, o espírito e o ego. É também dever ser vitorioso, uma vez que recebemos uma missão com este objetivo.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Homenagem
Publicado em
30/06/2011
às
09:00
- Amigos, estou com uma ideia. Ideia inovadora! Ideia revolucionária.
- Ideia renovadora? Ideia revolucionária? Lá vem você com suas ideias empreendedoras. Você sempre é assim... Qual é hoje essa ideia tão revolucionária?
- Vamos realizar um programa de rádio?
- Programa de rádio? Como?
- Bem, eu trouxe a ideia. Como realiza-la precisamos sentar e todos devemos pensar. Necessitamos todos discutir. Necessitamos todos achar a solução. Necessitamos todos, em caso positivo, dar o sim. O sim de um casamento... Aquele sim que estamos todos acostumados a fazer... Todos trabalhando pela ideia. A ideia é simples, mas necessitaremos do trabalho de todo o grupo. Como sempre!
- Bem, se é assim, vamos pensar.
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- Bem, estamos em julho. Frio. Muito frio.
- Vamos trabalhar e iniciar o programa dia primeiro de setembro. Primeiro de setembro de 1946 na
Radio Farroupilha. Que acham da ideia?
- Sensacional! Primeiro de setembro, domingo, Rádio Farroupilha. Início da Semana da Pátria do
Brasil. Será um sucesso!
- Fechado! E o nome do programa que sugiro é Hora Israelita (“Idish shoo”). Que acham?
- Parabéns pela escolha. Vamos falar um pouco em idisch mas também em português. Muita música. Possuímos discos. Vamos solicitar a outros amigos que nos emprestem. Vamos realizar comentários a respeito da história, tradições e um pouco também a respeito da situação judaica pelo mundo. Será um programa sócio cultural. Vamos também relatar as atividades das outras entidades judaicas. Vamos convidar o Moises Sabani que já trabalha em rádio para ser o locutor principal em português.
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Assim passou julho de 1946
Assim passou agosto de 1946
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Primeiro de setembro de 1946.
Domingo pela manhã.
José Grimberg e sua equipe “nervosa” pela estreia iniciam: "Ouvintes do Rio Grande, cordialmente Shalom, está entrando no ar a Hora Israelita...”
Foi uma sensação interessantíssima para os dois lados: o lado dos ouvintes e o lado da equipe “revolucionária” comandada por José Grimberg. Um sucesso junto à comunidade judaica de Porto Alegre.
José Grimberg e seus amigos, pertencentes a uma das tantas organizações judaica de Porto Alegre estavam, naquele momento, realizando algo inédito. A equipe era numerosa. Tenho até o receio de enumerar alguns, esquecer outros. Como tive o prazer de conviver com alguns deles (participei do programa durante quase trinta anos) vou citar somente os que me recordo. Claro está que alguns foram se integrando à equipe inicial. Luiz Brochman, José Halpern, Isaac Bas, Bernardo Tchernin, Dom Leistner, Casal Fridman, Mordko Meyer, Jaime Zalmon e tantos e tantos outros formavam esta equipe de pioneiros. Todos ativistas e voluntários, comandados por José Grimberg – o Professor – e suas ideias maravilhosas.
O programa teve um sucesso espetacular – até fora do Estado do Rio Grande do Sul.
A ele – José Grimberg – nosso muito obrigado. Um pioneiro!
Às suas ideias!
Aos seus amigos iniciadores e continuadores de sua ideia, minha homenagem.
Homenagem àquele que já em primeiro de setembro de 1946 pensava que só através da grande comunicação – grande interatividade nos dias de hoje (século XXI) – é que se conseguem as grandes atividades.
Uma ideia que está completando neste 2011 65 anos de existência.
Este programa se encontra hoje na Rádio Bandeirantes.
Misturando:
} – Show de Kleiton e Kledir “Acústico” – Imperdível.
} – Vexame Internacional: - River Plate da Argentina na segunda divisão do Futebol Argentino
} – “Meia noite em Paris” – filme de Woody Allen . Imperdível. Woody Allen é um gênio.
Por David Iasnogrodski
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Trabalhadores Domésticos
Publicado em
29/06/2011
às
09:00
O que não pode se discutir é que o trabalhador doméstico merece ganhar mais do que o salário mínimo regional.
Também é sabido que deveriam ter as mesmas vantagens dos demais trabalhadores.
Porém, algumas situações devem ser analisadas. O salário mínimo da categoria, no Rio Grande do Sul, é fixado pelo governo do estado e superior ao Salário Mínimo Nacional.
Por aí, já começa uma grande aberração. Não porque fixa um valor maior, mas porque utiliza o chapéu alheio para fazer cortesia. Sim, porque enquanto obriga o cidadão comum a pagar mais, permanece pagando um básico inferior aos professores que preparam o cidadão para o futuro do Brasil. Por outro lado, um professor jamais poderá manter um trabalhador doméstico devido aos seus baixos vencimentos. Jovens casais, que trabalham fora, com filhos, e tem baixos rendimentos como poderão cumprir seus compromissos profissionais e com a família?
E que dizer de aposentados que, no fim da vida, dependem desses profissionais? Às vezes, até mais de um, e recebem valores defasados de aposentadoria?
Já dá para constatar que efeitos nocivos e cruciais, para algumas famílias, ocorrerão com a aprovação do Acordo Global aprovado pela Organização Internacional do Trabalho, a ser ratificado pelo Brasil.
Os responsáveis pelos empregos domésticos sofrerão, ainda mais, com os efeitos do achatamento salarial que ocorre há várias décadas.
Na contabilidade, para cada débito, deve haver, ao menos, um crédito de igual valor. Numa economia em que uma grande massa da população não consegue fazer sobrar um tostão ao final do mês, como poderão ser-lhe imputados mais encargos além daqueles que enfrenta dia a dia principalmente nos supermercados?
Pode ser uma situação de difícil solução, mas deve ser analisada com profundidade. Esse é mais um grande desafio que, por certo, político algum acatará como bandeira, embora possam causar graves dificuldades àqueles que necessitam desses serviços e dos trabalhadores que podem perder mercado de trabalho.
Por Getúlio Dorneles Fernandes da Silva
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A chave da boa educação
Publicado em
28/06/2011
às
09:00
Não é tijolo que educa. Escolas podem ser reformadas e ampliadas, quadras poliesportivas construídas, computadores de última geração instalados, e ainda assim a qualidade de ensino continuar sofrível porque a chave para a boa educação está no professor.
Ser professor neste país já foi símbolo de status. Contudo, pesquisa realizada em 2009, pela Fundação Carlos Chagas, encomendada pela Fundação Victor Civita, apontou que apenas 2% dos universitários escolhem o magistério como primeira opção de carreira. Pior, os que o fazem estão entre os 30% de estudantes com pior desempenho escolar que usam a licenciatura e a pedagogia como mera porta de entrada para o nível superior, haja vista serem cursos pouco disputados.
Em contrapartida, na Finlândia, meca do ensino no mundo, para abraçar a carreira de docência o candidato deve estar entre os 20% melhores alunos. Em Cingapura, outra referência, apenas os 30% melhores são aceitos. A lição é simples: o caminho está em selecionar os professores com maior potencial, valorizá-los e extrair o máximo deles.
Neste debate, o salário sempre surge como um dogma. O detalhe é que estudos diversos, inclusive do exterior, desmistificam esta assertiva, comprovando a inexistência de uma correlação direta entre salários maiores e melhor qualidade de ensino. Mas é fato que a questão salarial exige que o profissional acumule vários empregos, tendo menos tempo para capacitação e preparação de aulas. E não se pode negligenciar que a remuneração é um forte atrativo. Afinal, um professor da rede pública, em São Paulo, atinge ganhos mensais da ordem de R$ 4.000,00, incluindo bônus por desempenho, após anos de exercício da profissão, o que representa apenas 15% da bagatela que juízes, e agora também parte do legislativo, recebe. É para fugir do magistério.
Contudo, o maior problema do corpo docente não é o salário, e sim o despreparo, a falta de vocação e interesse em lecionar, e o descrédito da categoria profissional. O Estado brasileiro fez uma opção míope pela quantidade em lugar da qualidade. Assim, valem as estatísticas de redução do analfabetismo, ainda que se formem analfabetos funcionais. Vale perseguir a meta de 30% de estudantes com nível superior, ainda que formados em universidades de fundo de quintal, que vendem diplomas a baciada, em suaves prestações mensais. Neste contexto, ensino vira negócio e, aluno, cliente.
Na Finlândia, o nível de mestrado é pré-requisito para lecionar, exceção feita à pré-escola. No Brasil, apenas 2% dos docentes no 8º ano do ensino fundamental são mestres. Na busca pela quantidade, não é possível formar adequadamente os profissionais mediante uma capacitação que transcenda o conhecimento técnico. Tal qual uma residência médica, o professor precisa de respaldo empírico em sua formação.
A valorização do professor é instrumento essencial para a melhoria da qualidade da educação. É preciso resgatar a autoridade do docente, inseri-lo em um processo de desenvolvimento contínuo, motivar os educadores a trabalharem por metas e ensiná-los a inspirar os educandos. Alunos de professores ruins aprendem mal, aprendem menos e reproduzem o circulo vicioso que já conhecemos.
Por Tom Coelho
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A reforma tributária em fatias
Publicado em
27/06/2011
às
09:00
Muito se fala e escreve (este artigo é um exemplo) sobre mudanças no arcabouço tributário nacional, mas o volume de dinheiro e a diversidade dos interesses empresariais, políticos, governamentais envolvidos obstaculizam uma efetiva mudança, já tratada como a “mãe de todas as reformas”.
Dados extra-oficiais revelam que a carga tributária do País atingiu o percentual recorde de 35,04% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, como elevação nominal de R$ 195,05 bilhões na arrecadação em relação a 2009 . Com isto, o total de dinheiro carreado para os cofres públicos pulou de R$ 1,09 trilhão para R$ 1,29 trilhão, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) o montante de tributos transferido dos bolsos dos cidadãos e do caixa das empresas para as burras públicas teve crescimento de cinco pontos percentuais nos últimos dez anos, passando de 30,03%, em 2000, para 35,04% em 2010. Cada brasileiro pagou mais R$ 6,7 mil apenas de impostos, quase R$ 1 mil a mais que em 2009. Isto equivaleu a dizer que, como foi amplamente divulgado e explorado por alguns segmentos, cada vivente deste país com atividade remunerada teve que trabalhar 149 dias ou até 29 de maio só para pagar impostos, taxas e contribuições.
Se em 2009 o Brasil já havia subido quatro posições no ranking mundial das nações com maior carga tributária, com certeza seu posicionamento será alavancado com estes números pós-crise.
A presidente da República afirmou em seu discurso de posse que pretendia “seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo de nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo, da grande empresa até os pequenos negócios locais, do agronegócio à agricultura familiar”. Uma destas travas é, com absoluta convicção da maioria da população, a mudança nas teias tributárias que emaranham a sociedade.
Ela – a presidente – reiterou neste seu compromisso ao assumir a cadeira no Palácio do Planalto que “é inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade”
Até agora, passados seis meses, não vimos nenhuma providência neste sentido, a não ser o balão de ensaio divulgado sobre a desoneração da folha de salários, reivindicada por setores empresariais, mas questionada por centrais sindicais, por seu perverso efeito sobre as contas do sistema de previdência.
Mesmo que venha em fatias a reforma, passando primeiro pela folha de salários, depois a equalização do ICMS interestadual, eliminando a guerra fiscal insana, ou ainda a reestruturação dos Fundos de Participação, o governo parece estar numa zona de conforto, em razão até dos sucessivos aumentos da arrecadação federal.
Esperemos que medidas que encaminhem o sistema tributário – como a presidente afirmou – para a simplificação e a racionalidade deixem as gavetas dos ministérios e palácios e passem a tramitar no Congresso Nacional em breve tempo. A sociedade precisa disto, também.
Por Vilson Antonio Romero
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Mercado saturado, clientes dispersos o Marketing faz diferença
Publicado em
26/06/2011
às
09:00
O marketing em poucas palavras é a realização do cliente na busca de sua satisfação. A satisfação difere quanto à classe social, idade, cultura, disponibilidade de tempo, etc.
O verdadeiro homem de marketing é aquele que olha a necessidade do consumidor, define seu público alvo, avalia o produto ideal, fixa preço e estrategicamente faz chegar ao cliente por meio de ações, criação e desenvolvimento de campanhas de publicidades aliadas ou com a participação dos vendedores.
Para que ocorra sem erros toda a empresa deve participar do processo, especialmente o Departamento Comercial com seus vendedores e o Depto de Marketing com as pesquisas, a criação de embalagens e os meios de comunicação.
Não é um trabalho fácil a empresa tem que ter uma equipe coesa e disposta a ouvir, dialogar e ceder quando necessário.
O objetivo final não é mais o lucro, mas o cliente e este é que trará o lucro desejado pela empresa se ele for “encantado” ou plenamente satisfeito.
E o trabalho não termina aí, os concorrentes ficarão incomodados, pois estarão perdendo clientes e você terá que fideliza-los para não perdê-los, pelo preço ou qualidade, por isso a proximidade ao cliente é fundamental, caso contrário todo o trabalho e investimentos irão por água abaixo.
È lógico que a manutenção da propaganda, publicidade em jornais, revistas e TV são proporcionais ao tamanho e a disponibilidade financeira da empresa aliado ao mercado, margem de lucro e o retorno do investimento.
Se você tem um bom produto ou serviço e não faz a divulgação, poucos saberão e seus objetivos e metas não serão alcançados.
Dependendo do tipo de negócio ou produto a localização é fundamental e o SEBRAE pode ajudá-lo a verificar pelo banco de dados próprio se seu endereço é viável para o negócio, produto ou serviço.
O Cliente também é atraído e fidelizado pelo Marketing Sensorial, visual, olfato, audição, paladar e a climatização, por isso cuide do visual interno e externo de sua loja, negócio ou empresa, tais como vitrines atrativas, iluminação adequada, ao local ou produto; temperatura agradável, estudo das cores do ambiente e das embalagens, “layout” de fácil visualização e circulação, musica ambiente, aromatização do local, indicação dos preços, provadores, bebedouros, sanitários e principalmente vendedores treinados a não pressionar o cliente, mas ajudá-los na sua decisão.
O Marketing será o diferencial competitivo no seu negócio e é muito mais amplo do que as sugestões acima, envolve: pré e pós venda, assistência técnica, relações públicas, logística interna e externa, atendimento ao cliente, marca, logo, benchmarking, endomarketing, marketing reverso e muito mais.
Por Claudio Raza.
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É preciso liderar com o coração
Publicado em
25/06/2011
às
09:00
"Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro.
Envolva-me e eu compreendo." (Confúcio)
Dale Moss foi executivo da British Airways por mais de 20 anos liderando
cerca de 12 mil colaboradores. Sua experiência o ensinou que construir uma
boa equipe é responsabilidade do líder que deve inspirar as pessoas - mas
inspirando-se primeiro. Além disso, a performance é uma atribuição direta da
liderança organizacional. Por isso, se uma empresa não estiver se saindo
bem, vá direto ao topo!
Sua concepção de liderança envolve cinco atributos básicos:
1. Caráter. Contempla integridade, coragem e confiabilidade. A
expressão-chave é: liderar pelo exemplo.
2. Compromisso. Compreende desejo, foco e impulso. Trata-se de
comprometimento com as metas estabelecidas.
3. Competência. Baseia-se no conhecimento e, mais do que isso, na habilidade
de processá-lo alcançando a sabedoria. O desejo de aprender deve transformar
líderes em eternos estudantes da vida.
4. Comunicação. Deve ser frequente, ou seja, é preferível pecar pelo
excesso. Também precisa ser verdadeira, transparente e sensível com as
pessoas e as circunstâncias.
5. Interesse. Resumido em uma única palavra: empatia. Seja duro nas
questões, ao lidar com problemas, porém brando e flexível ao lidar com as
pessoas.
Além destes aspectos, Moss alerta os líderes para a importância da cultura e
dos valores corporativos. Transparência, responsabilidade e confiança são
bens supremos, assim como a integridade e a honra.
O mau hábito de usar da honestidade apenas quando se acredita que alguém
esteja olhando produziu empresas dignas de um "hall da vergonha", como Enron
e WorldCom.
Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos
de que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz
que conta, mas como você faz.
Antes que você possa realmente liderar, tenha um código capaz de orientá-lo
pela vida. E lembre-se de que as pessoas não estarão lá para atender você,
mas você deverá estar a postos para atendê-las. Afinal, liderar é servir.
Por Tom Coelho
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A importância da Controladoria nas empresas
Publicado em
24/06/2011
às
09:00
As organizações dependem cada vez mais de informações adequadas e com credibilidade, que permitam uma tomada de decisão eficaz.
A Controladoria tem como atividade principal elaborar e apresentar essas informações, apoiada nos dados contábeis com uma visão multidisciplinar. É também responsável pela manutenção, elaboração de sistemas de informações e de controles internos para auxiliar no processo de gestão da organização.
O grau de exigência de qualificação da Controladoria está cada vez mais integrada ao mercado nacional e internacional, devido as alterações legais ou societárias através das Leis 11.638/07 e 6404/76, os CPC’s e SPEED Contábil e Fiscal.
Para que um bom trabalho seja executado pela controladoria as principais definições são:
Qual a missão da controladoria? Silva (2009, p.28) diz que a missão da controladoria é “assegurar a otimização do resultado econômico da organização”.
Qual seu objetivo? De acordo com Catelli (O Surgimento da Controladoria nas Organizações, p.2), os objetivos da Controladoria são: promoção da eficácia organizacional; viabilização da gestão econômica; promoção da integralidade das áreas de responsabilidade.
Quais suas funções? Planejar, determinar um plano de ação, estabelecer antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer; organizar para que haja execução do plano de ação estabelecido à determinada área; dirigir, coordenar a divisão das tarefas, influenciar e motivar as pessoas a realizarem suas atividades; controle, função que mede o desempenho das tarefas distribuídas, estabelece padrões de desempenho e compara com os padrões estabelecidos.
Qual a filosofia de atuação? Coordenação de esforços visando à sinergia das ações; participação ativa do processo de planejamento; interação e apoio às áreas operacionais; indução às melhores decisões para a empresa como um todo; credibilidade, persuasão e motivação.
O encarregado pela área de Controladoria é o Controller, ele é o responsável pelas informações passadas aos usuários internos e externos, é uma profissão não registrada (CBO) no Ministério do Trabalho, mas que existe nas empresas.
A Literatura utilizada sobre as informações deste artigo demonstra que a maioria dos autores entendem a controladoria como órgão administrativo, fornecendo relatórios, dando suporte as decisões dos executivos e fazendo planejamentos. A conclusão final do artigo busca chamar a atenção do eleitor, quanto à importância da Controladoria e o papel do Controller em uma empresa.
Dessa forma, considerando a análise e estudo do tema inicialmente proposto, avaliei a oportunidade de aprofundar conhecimentos como sendo extremamente proveitosa, quer seja para o debate no meio acadêmico, ou ainda para futuro aproveitamento como experiência profissional.
Por M. Aurora Ferreira Lopes
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O Imbróglio das Importações
Publicado em
23/06/2011
às
09:00
A reação do Brasil opondo-se as medidas da Argentina sobre o comércio de produtos brasileiros trancados da Aduana do país vizinho, acendeu o estopim para que a presidente Dilma Roussef proibisse a entrada de centenas de caminhões cegonhas vindos da Argentina. O assunto está pendente de discussão e continua ainda sem solução sobre a liberação de mais de três mil automóveis produzidos na Argentina. Esta retaliação se acentua num mercado contraditório por favorecer mais as empresas do país vizinho, enquanto o Brasil se acomodou em aceitar as regras estabelecidas pelo governo buenairense. Não obstante, o Brasil cansou com tanto favoretismo e deverá insistir em mudar esse quadro de apadrinhamento aos portenhos; deve sem delongas partir para a retaliação, tendo em vista os prejuízos causados a economia brasileira. Estes fatos ocorrem desde os primórdios tempos de dominação e oposição feita contra o Brasil, mais com palavras de mapiação, talvez por ser a Argentina um país de menor dimensão aos olhos dos brasileiros e do mundo. Esta aversão e animosidade trouxeram entraves e causou sérios danos aos mercados interno e externo dos dois países. Na verdade, os argentinos não perdem sua pomposidade e ostentação, mostram suas diferenças com uma certa jactância de superioridade sobre o Brasil. O gigante brasileiro ocupa uma posição de liderança na América dos Sul e isso dói no coração dos irmãos portenhos. Na verdade, a questão se resume na falta da industrialização do país, enquanto a agropecuária continua sendo o motor propulsor do desenvolvimento da Argentina; enquanto isso, o Brasil tem mostrado ao mundo sua potencialidade econômica, expandindo em todas as direções, novos mercados com a implantação de indústrias nos vários Estados da federação. Recentemente, um técnico de economia – não lembro o nome do especialista – escreveu: “Somos para a Argentina, guardadas as proporções, o que a China é para o Brasil. A população, o PIB e a produção industrial brasileira são algumas vezes maiores do que as da Argentina. Enfim, a riqueza do Brasil pode ser vista com admiração aos olhos dos estrangeiros. Sem dúvida, o fato é que a barreira que o Brasil impôs aos automóveis argentinos foi um tiro de canhão”. Acorda Brasil, o tiro de canhão já devia ter sido dado há muito tempo.
Por Léo L. Vieira
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TURBULÊNCIA!!!
Publicado em
22/06/2011
às
09:00
"Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar..."
Músicas infantis.
Músicas infantis de ontem.
E hoje?
É no computador.
Tudo no computador.
Não cantamos muito hoje...
Atualmente as brincadeiras são outras.
Não tão ingênuas...
A ingenuidade está junto do computador.
Junto do celular.
Junto do "tablet".
São outras brincadeiras.
São outras as maneiras...
Melhor que "ontem "?
Diferentes!
Éramos diferentes.
Tempos de brincadeiras. Tempos de brincadeiras em grupo.
Ainda ontem à noite, falando aos meus alunos na Faculdade onde leciono fiz uma indagação: "Empresas de ontem e empresas de hoje, qual a melhor maneira de administrar?"
Resposta - As duas estão certas, pois são empresas de tempos diferentes. Realidades distintas. Público alvo reagindo de maneira distinta. A administração de hoje deve se preocupar diuturnamente com o atendimento, mesmo sendo em muitos casos, uma administração com negócios virtuais. Assim mesmo o atendimento é e continuará sendo a mola mestra do século XXI. Anteriormente o atendimento também era importante, mas hoje é fundamental. Em todos os sentidos.
Voltando à criança e suas brincadeiras.
Também estamos atravessando outros tempos. Não podemos ser saudosistas, mas devemos enfrentar com todo o vigor a realidade do nosso tempo.
Não sou saudosista. Apesar de que muitos me consideram assim. Sou, isso sim, preservador da experiência. Acho fundamental pensar na experiência e agir conforme nossa realidade. Conforme nosso tempo...
É o mundo de hoje.
São os dias de hoje.
Tenebrosos?
Acho que os anteriores também tiveram que passar por turbulências. Nos ensinaram que os obstáculos necessitam ser suplantados. A qualquer custo, senão...
Bem, senão, virão outros obstáculos!
"Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar..."
Sempre!
Sempre?
Sempre...
Por David Iasnogrodski
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The Philippines - Manila e Davao
Publicado em
21/06/2011
às
09:00
Arquipélago com cento e sete ilhas. Manila é a capital. O herói nacional é Rizal que morreu aos 33 anos assassinado pelas costas porque escrevia contra os espanhóis, o que resultou na independência do país. Os japoneses por três anos ocuparam as Filipinas. O General Mac Arthur que ficou instalado no Hotel Manila, hoje um hotel histórico e cinco estrelas, suíte com o nome do general, que foi o responsável pela reconstrução e expulsão completa dos Japoneses.
Muitos japoneses são saíram porque casaram com nativas e isto criou uma característica facial única. Visitei o forte Santiago, onde foram encontrados 600 Filipinos todos mortos, pois estavam trancados, coisa de filme, mas acontece que os filmes são feitos baseado em algo que aconteceu ou vai acontecer.
O que chama atenção e a alegria das pessoas. Noventa por cento cristãos da Igreja Católica Romana. Cinco por cento de muçulmanos e isto basta para existir aqui um conflito. A história se repete aqui na atualidade. Assim como na China nesta Páscoa cristãos foram presos por comemorar a Páscoa na rua, aqui existem rivalidades por causa de religião. Talvez sejam políticas, mas o motivo usado e a religião.
Visitei a Catedral que parecia nova embora com mais de 200 anos, Já foi reconstruída oito vezes. Varias vezes destruída por terremotos e uma vez na segunda guerra. Mas o ser humano é persistente por natureza e reconstruiu.
E isto leva logo a uma pergunta óbvia. Você tem sido persistente o suficiente em seus projetos? Ou melhor ainda, você tem sido persistente o suficiente na coisa certa, no objetivo certo? Não adianta subir uma escada e depois verificar que a escada estava apoiada na parede errada.
Davao e uma das maiores cidades do mundo. Localizada na ilha de Mindanao, a cidade tem 244.000 hectares, o que a torna a oitava cidade em extensão no mundo. Principal renda, por causa da extensão territorial: agricultura, principalmente frutas. Estive aqui participando de um evento da Franco Maçonaria. Presentes delegações de diversos Estados Americanos, Austrália, China e Japão.
Constatar a diversidade de culturas e comparar com a sua, proporciona um entendimento melhor do que acontece neste planeta.
Por quê? Porque tudo e uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O caminho para melhores resultados em vendas
Publicado em
20/06/2011
às
09:00
Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou produto que vende, mas não é capaz de comprá-lo? Certa vez, entrei em uma loja de eletrodomésticos, para comprar uma máquina de lavar roupas. Fui abordado por um vendedor, que disse que "as máquinas para serem impecáveis, só faltam estender e passar as roupas!" Depois de ouvir o vendedor, questionei qual dos modelos apresentados ele tinha em casa? Para minha surpresa, ele respondeu que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Você presenciou algo parecido? Observe nos dois fatores abaixo, como evitar dissabor ao apresentar uma proposta comercial ou oferecer um produto para um cliente.
Uma estrada de desmotivação e incertezas - Para fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo para desenvolver as atividades, por meio da cordialidade e do uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão, para fazer piadas e acreditam que estão arrasando! Há vendedores que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado para o perfil da cliente. Há profissionais de vendas, que realizam abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Caminham em uma estrada de desmotivação e incertezas. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com expressivo mix de venda. Ao utilizar de exemplos práticos e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de inovar suas argumentações para os produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos, de acordo com o perfil do público alvo.
Você contrataria um "especialista em jeitinho"? - O profissional que deseja argumentar com coerência sobre o produto ou o serviço com o cliente, deve conhecer o que está falando, por meio de treinamento prévio. Passa a ser inaceitável observar uma balconista, ociosa em uma loja, sabendo que neste momento, ela poderia estudar os produtos, as ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de uma marca. O "especialista em jeitinho" passa ser aquele que ao contrário de estudar, apresenta justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o "especialista em jeitinho" responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor que tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento pode contribuir para eliminar o comportamento do "especialista em jeitinho" e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais e coesas com as realidades do mercado.
Houve um período da história comercial, onde o vendedor era uma pessoa que usava de pretextos, com o objetivo de "empurrar" algo para um cliente. Tempo passado, pois atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial, para o crescimento de qualquer organização. Note que, quando ouvimos a sugestão de alguém, que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Você estaria confortável, em uma aeronave, onde o piloto não se preparou para pousar? Você realizaria a compra de um automóvel, com um vendedor, que não acredita no que está oferecendo? Qual caminho você está andando na trajetória do seu sucesso? Uma estrada de fracassos ou um caminho de conquistas com motivação?
Por Dalmir Sant’Anna
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Etapas da Venda: Follow-up
Publicado em
19/06/2011
às
09:00
Follow-up nada mais é do que dar prosseguimento, continuidade a um relacionamento seja ele comercial, profissional ou pessoal.
Mas a verdadeira tradução de follow-up no dicionário de vendas é PERSISTÊNCIA! Não existe bola perdida e as oportunidades muito mais do que serem aproveitadas devem ser criadas.
O objetivo maior em qualquer processo de follow-up é gerar FIDELIZAÇÃO por parte do cliente. Lembre-se que 98% das vendas NÃO são feitas na primeira visita ou contato e que a maioria das vendas é feita após o sétimo "NÃO".
Daí vem à importância de organizar o seu follow-up e, principalmente, criar um método que com o tempo irá se aperfeiçoando e lhe trazendo novos e melhores resultados. Vamos ver agora como fazer isso.
Faça o follow-up sempre citando o que é importante para o cliente. Nunca é demais repetir que o cliente compra pelas razões dele. No follow-up sempre comente as qualidades que o cliente citou na abordagem. Reforce positivamente a compra e a escolha do cliente.
Não entregue o ouro no primeiro contato. Não use todas as suas cartas logo no primeiro contato. Existem vendedores que tem a terrível mania de conceder todos os descontos possíveis e imagináveis em 5 minutos de conversa. Sempre deixe uma carta na manga. No follow-up você terá assunto e uma oferta irrecusável como, por exemplo: - Consegui aquele frete para o senhor!
Use o alto astral e bom humor. Sempre que entrar em contato com o cliente faça isso de maneira positiva e ilumine o ambiente. As coisas já não são fáceis e de gente mal-humorada o mundo está cheio. Aprenda a rir de si mesmo, não leve tudo tão a sério e faça com que o cliente sinta prazer e alegria em entrar em contato com você.
Demonstre disposição em ajudar e venda sempre os benefícios. Follow-up tem como objetivo fechar a venda? Sim, tem! Mas desde que isso ajude seu cliente em algo. Sua maior missão é contribuir para que o cliente fique feliz e satisfeito em comprar da sua empresa. O sucesso do cliente é o seu sucesso!
Evite promessas. Follow-up não foi feito para enganar ninguém e nada de prometer o que não se pode cumprir. O cliente perdoa erros, mas não perdoa mentiras e odeia ser enganado. Por pior que seja é melhor sempre falar a verdade do que criar situações constrangedoras.
Veja algumas dicas de como fazer um follow-up na prática:
* Logo após a prospecção envie uma carta de apresentação.
* Envie um e-mail de agradecimento quando fizer a venda.
* Marque na agenda as datas de retorno em caso de cotação.
* Responda a qualquer solicitação do cliente em menos de 24 hs.
* Ligue para ver se o produto chegou e como foi o seu desempenho no caso da primeira compra ou venda importante.
Ideias são muitas! O que é preciso é fazer, testar e ter o seu próprio método sempre respeitando a privacidade do cliente, os costumes da região, usando do bom senso e da boa educação. Não transforme o seu follow-up em algo desagradável e cuidado para não pegar a fama de vendedor chato que de tanto insistir perde o cliente. Ser persistente é diferente de ser teimoso, portanto, cuidado com os excessos e não perca as chances de fazer bons contatos com seus futuros e atuais clientes.
Por Paulo Araújo
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Que tal deixar isso para seu concorrente?
Publicado em
18/06/2011
às
09:00
Conquistar um atendimento extraordinário não é tarefa fácil. Exige compromisso e entendimento de que essa é uma responsabilidade de todas as pessoas, que fazem parte do time da empresa. Perceba que, um excelente atendimento não é uma ação isolada para auxiliar o cliente na compra, mas um compromisso que envolve toda a equipe para gerar mais resultados. Não há como a equipe comercial realizar um extraordinário atendimento, se ao chegar ao setor de crediário, o cliente encontra falta de vontade, mau humor e intolerância. Fazer o cliente voltar mais vezes é resultado direto do atendimento oferecido, por todas as pessoas que fazem parte do seu negócio. Observe os itens abaixo e procure assumir o compromisso de deixar para o concorrente, fatos, ações e experiências negativas.
Deixe a burocratização para seu concorrente – Cheguei de madrugada, em um hotel no litoral da Bahia para apresentar palestra, em uma convenção de vendas. Expliquei ao recepcionista do hotel que o voo atrasou, estava bastante cansado e solicitei a possibilidade de preencher o formulário posteriormente. Qual foi a resposta? Recebi um “não”, o mais rápido que você possa imaginar. Se pelo menos, o hotel ligasse, no dia do meu aniversário para dar parabéns, já seria um motivo para entender a exigência de tantas informações naquele formulário. Qual a dificuldade em reduzir a permanência do cliente na recepção? Se na sua empresa, o cliente precisa preencher um extenso formulário, elimine dados desnecessários. Deixe a burocratização para seu concorrente e perceba na prática, que as pessoas estarão reagindo de maneira positiva, sempre que você valorizar e otimizar o tempo do cliente.
Deixe as desculpas para seu concorrente – Ao exercer um cargo de liderança, não permita que uma situação de risco, equívoco ou devolução de mercadoria, seja corrigida no futuro. O tempo é veloz, dinâmico e exigente. Não deixe para amanhã a correção de algo que ocorreu de maneira negativa. Procure assumir com todo o seu time, o compromisso de deixar as desculpas para seu concorrente. Coloque em prática os 3R’s a seguir: Relacionamento, Resultado e Recomendação. Busque valorizar o relacionamento com o cliente, lembrando que o resultado do atendimento gera uma recomendação. Quanto maior a sua dedicação, comprometimento, capacidade de superação e desejo para surpreender, com ênfase nos resultados, mais o seu desempenho torna-se evidente. Faça a seguinte reflexão: Se cada cliente que você possui, indicar o seu trabalho para mais uma pessoa, qual é o resultado? O dobro do que você tem hoje. Vamos tentar?
Disponha colocar em prática, os itens acima e perceba que atendimento não é somente falar, mas fazer acontecer. Todas as pessoas do seu time podem contribuir para fazer acontecer algo a mais, melhorar o atendimento, aumentar o relacionamento e intensificar a fidelização do cliente. São pessoas que fazem a diferença no atendimento. Quando há cooperação, torna-se mais compreensível o entendimento, de que uma meta é de todos. Faça um excelente trabalho de relacionamento, mesmo quando não há ninguém olhando e, deixe para o seu concorrente a catástrofe de um atendimento ineficaz.
Por Dalmir Sant’Anna
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Contaminadas pelo vírus da arrogância
Publicado em
17/06/2011
às
09:00
Por que marcas fortes, empresas dominantes que ficaram anos no topo de suas categorias perdem essa gloriosa posição de forma tão surpreendente? Por que pessoas famosas, envoltas em glória e fama, perdem a invejada posição? É claro que há muitas explicações.
Mas, sem dúvida alguma, uma delas que nos salta aos olhos, é a arrogância.
Empresas líderes tornam-se arrogantes com muita facilidade. Pessoas também. O sucesso lhes sobre à cabeça. Não dão mais a devida atenção ao atendimento simpático e cortês; à assistência técnica rápida e eficaz; à visita constante aos clientes principais, etc., etc. Elas começam a acreditar que o cliente e o mercado precisam mais dela do que ela do cliente e do mercado. Tornam-se soberbas e arrogantes; acreditam que sua marca seja capaz de agüentar todos os desaforos. Essas empresas e pessoas não se apercebem quando a arrogância toma conta de suas almas.
Dia destes assisti a um respeitável senhor da sociedade humilhando um manobrista de estacionamento. Já tive o desprazer de ver madames ricas ofendendo balconistas. Já ouvi diretores de empresa dizer que não precisam de clientes. É o começo do fim! O mais grave é que essas pessoas são ensurdecidas e cegas pelo vírus da arrogância.
As pessoas que se deixaram inocular pelo vírus da arrogância não suportam mais suas velhas amizades, suas companheiras dos primeiros anos, os lugares simples que freqüentavam. O vírus faz um estrago total na mente da vítima. Tudo deve mudar - roupas novas, carros novos, mulheres novas, amigos novos, hábitos novos. E um dos maiores sintomas da arrogância é a cegueira mental que faz com que essas pessoas não se apercebam de que os novos amigos são falsos amigos e as novas mulheres só estarão ali enquanto a fama ou a riqueza durarem.
As empresas que se deixam contaminar pelo vírus da arrogância sofrem de perda total de memória. Não se lembram de quem as ajudou a crescer. Esquecem-se dos primeiros clientes, dos velhos fornecedores, dos funcionários que, sem perspectiva alguma, acreditaram em seu futuro. Elas se esquecem do passado. É o começo do fim. E a contaminada empresa, em vez de perceber a sua doença e buscar a cura, fica ainda mais arrogante. O vírus da arrogância, uma vez inoculado, não deixa mais aquela vítima, até matá-la.
E, para não se deixar contaminar, só há uma vacina: a humildade. E a humildade, por sua vez, só pode ser conseguida com muito esforço, muita espiritualidade, muita consciência da transitoriedade da fama e dos bens materiais e da sabedoria que nos avisa a todo instante de que é mais fácil chegar ao topo, que manter-se no topo.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Porque é tão difícil?
Publicado em
16/06/2011
às
09:00
Pedir perdão quando se fez algo de errado muitas vezes deixa seqüelas por muito tempo, anos, décadas, uma vida toda. “A maior tristeza é não poder sorrir para os que já foram e nem poder pedir-lhes perdão.”
Um caso que ficou conhecido e agora relato sem os nomes verdadeiros, foi quando um pai que já não falava com seu filho adolescente há muito tempo. O relacionamento azedou a ponto do rapaz sair de casa. O pai deu início a uma longa jornada a procura do filho rebelde, ou o pai era rebelde e colocou um anuncio e um jornal da cidade como último recurso. “Querido filho João, encontre-me na frente do Jornal na rua Ibiá, amanhã ao meio dia. Está tudo perdoado. Eu amo você.”
E eis o que aconteceu no dia seguinte. Uma multidão de Joãos, mais de 700 estavam em frente ao escritório do Jornal, todos ansiosos por perdão. As pessoas que acham difícil perdoar não vêem a si mesmas de maneira realista. Elas são muito arrogantes ou extremamente inseguras. Embora guardar ressentimento dá a algumas pessoas uma sensação de satisfação, do tipo, eu não vou dar o gostinho e nem o braço a torcer. Na verdade é que os incapazes de perdoar magoam a si mesmos muito mais do que os outros.
As religiões ocidentais, ligadas ao cristianismo, fazendo uma separação somente para um raciocínio raso, cultivam e incentivam a figura do perdão. Por isto em muitas igrejas existe a confissão, a penitência e o conseqüente alívio do erro. Nas religiões orientais, na grande maioria, no confucionismo, xintoísmo, budismo, islamismo para mencionar as maiores, é forte a presença da desonra, da vergonha. Por isto o suicídio em muitos casos, a pessoa não se perdoa, não pede perdão, é desonrada perante os outros, e comete o suicídio. Nesta linha, pode dizer que nesta parte do planeta que representa um terço da população, somente a China tem 1,3 bilhão, as religiões ocidentais tem muito a crescer, ou seja, o mercado é grande.
Todos erram, independente da concepção que temos do certo e do errado, subtraindo daí a concepção judaico cristã de pecado, pedir desculpas, ser humildade e também perdoar as ofensas dirigidas a nós, não é coisa pequena, é coisa para as almas grandes. E isto remete a uma pergunta óbvia: Você precisa pedir ou perdoar alguém? Então tome a atitude, alivie sua alma para que na balança, como os egípcios desenharam nas paredes, o coração não pese mais que uma pena.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Quinze anos
Publicado em
15/06/2011
às
09:00
"Há vários motivos para não se amar uma pessoa. E um só para amá-la." (Carlos Drummond de Andrade)
Há uma queixa recorrente e consensual entre as mulheres. Atualmente está se tornando uma missão quase impossível encontrar um homem que reúna características como cavalheirismo, inteligência e intelectualidade aos atributos de um autêntico Don Juan, tais como masculinidade, sensualidade e beleza física. Tudo o que elas querem é alguém capaz de tirar-lhes o fôlego, surpreendê-las, fazê-las perder a racionalidade. Mas que depois as traga de volta ao plano terreno, à objetividade e pragmatismo necessários, sem deixar esvair o encantamento.
Há também um consenso entre os homens. Nos dias de hoje, há mulheres para se curtir e mulheres para se namorar. E raramente são as mesmas. A expressão usual assemelha-se a: "Uma garota como essa não se encontra por aí... Cuide bem dela, mantenha este relacionamento. E aproveite para se divertir com as mulheres erradas, enquanto isso".
Entre um universo e outro, o que os une é a solidão. Mulheres de um lado, homens de outro, compartilhando a vida com amigas e amigos, à espera de serem "tirados para dançar". Parece que a sociedade moderna nos robotizou, tornou-nos tão mecânicos que perdemos a capacidade de nos apaixonar. E, mais ainda, de amar. Construímos um muro em nosso redor com tijolos de intolerância. Ficamos tão seletivos que terminamos sós.
Amar é olhar para outra pessoa e, mais do que admirá-la, contemplá-la, observando seus traços, suas feições, seus movimentos, e não desejar perder nem um milésimo de segundo, negando-se até mesmo a piscar. É ver a imagem da pessoa amada refletida em outdoors, estampada no rosto de personagens da televisão. É ter uma música em comum que marca um momento especial ou que se tornou especial por apenas representar a lembrança de um momento. Lembro-me de Mário Quintana: "Amar é mudar a alma de casa".
Amar é dialogar, o que significa falar, mas também saber ouvir. Ter a sensibilidade para perceber quando o outro precisa apenas dizer tudo e de todas as formas, muitas vezes sem a preocupação de que você esteja ouvindo. Basta sua presença. Olhos que sinalizam atenção, silêncio que pronuncia respeito. Acolhimento, conforto, generosidade. Dar como alimento o carinho.
Amar é descoberta. É desvendar sem pressa o passado de quem se gosta não pela neurose de uma investigação, mas pelo prazer de apreciar aquela história como quem ouve um pequeno conto infantil ditado pelos pais ao lado da cama.
Amar é tolerância, é concessão. Não significa mudar e nem exigir que se mude, mas estar disposto a se adaptar e esperar que se faça o mesmo. Ajustar expectativas, alinhar propósitos. É caminhar lado a lado, olhando unidos na mesma direção, ainda que com visão periférica apurada. Maiakovski pontuou acertadamente: "Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor".
Amar é transparência, é dizer o que se pensa, sabendo a hora de falar. É não praticar a omissão achando ser possível empurrar conflitos para sob o tapete até que um dia o vento espalhe tudo, maculando o que foi construído. Transparência que gera credibilidade, que leva à confidencialidade, que conduz à lealdade. A lealdade que surge não como um dever, mas como resultado da satisfação do exercício da plenitude, de sentir-se completo.
Amar é tocar. É beijo que acelera o pulso. Sexo com longas preliminares e aconchego posterior. Dormir abraçado, acordar junto. Filme com pipoca, chuva romântica do lado de fora. Cuidar e ser cuidado. Promessas insanas de juras eternas - a eternidade que se perde num instante. É dividir a liberdade.
Amar é superar adversidades, enfrentar o desafio da geografia que, às vezes, distancia fisicamente dois corações. É sentir a saudade como fruto da partida.
Amar é intensidade, é compreender a impermanência do tempo, sua relatividade. Significa rasgar os estúpidos calendários, quebrar os imponentes relógios e compreender que o tempo tem outra dimensão. É preferível um amor intenso de 48 horas a uma vida insípida compartilhada por uma década.
Amar é se mostrar um grande espelho e permitir que o outro possa mirar-se em você. Ver a si próprio enxergando aquilo que é mais virtuoso, mais nobre. É ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita. É buscar o equilíbrio, tomar cuidado com a ansiedade, a angústia, a incompreensão e as cobranças. É ter coragem de também sofrer.
Amar é tudo isso e um pouco mais. Ação que não se descreve, mas que se pratica. Coisas que sabíamos fazer quando adolescentes, aos quinze anos, quando éramos mais intrépidos, menos racionais e, por isso, capazes de ser mais felizes.
Por Tom Coelho
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A temida inflação
Publicado em
14/06/2011
às
09:00
Todas as crises eclodidas no mundo têm suas raízes na inflação. Noutros tempos, a crise financeira explodia nos países ricos. Agora, os governos estão apontando que as nações de economias em desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo, estão mais propensos e submetidos a repetir a inflação em vista da política de estímulo ao crescimento; com a elevação de taxas de juros e aperto nos gastos para diminuir a temida inflação. Não obstante, o pior de toda a discussão sobre a possível crise que poderá chegar aos países europeus, está no alerta do Banco de Compensações Internacionais (BIS) ao dizer que a inflação nos países emergentes ameaça a recuperação da economia mundial. O BIS anunciou recentemente uma fenda que separa os países ricos e emergentes. No entanto, o ministro da fazenda, Guido Mantega, contraria os que afirmam essas falsas informações de protecionismo aos ricos, não passando de uma tentativa de transferir aos mercados em desenvolvimento a responsabilidade de livrar a economia mundial dos solavancos de um mercado que outrora foi intocável e independente dos países em crescimento. Na verdade, não cabe que eles, os mais ricos, exijam dos países pobres, maior contribuição para que a estabilidade internacional seja mantida. A maioria dos países estão com medo do retorno da inflação. Esse tremendo impacto da alta dos preços tem efeito maior nas economias flutuantes que dependem de medidas duras para diminuir o custo dos produtos de consumo. No Brasil, infelizmente, as medidas para conter a elevação do custo de vida, se apóia na alta taxa de juros que limita o consumo exagerado dos bens de consumo. A partir daí, os preços baixam, com o agravamento de impor às indústrias uma queda nas exportações. Neste emaranhado e confuso sistema de contenção de despesas internas, convém lembrar que nem sempre atingimos o controle da inflação quando empresas, comerciantes e outros segmentos de produção, mais se preocupam em corrigir os preços das mercadorias, elevando acima de 10% o valor de produtos básicos como: alimentos, roupas, calçados, remédios, serviços gerais, autos e máquinas agrícolas, insumos, telefone, aluguéis e outros não citados ou apontados que escapam da fiscalização e do próprio Procon, órgão regulador da inflação que deve fiscalizar esse mal que corrói os minguados salários do trabalhador assalariado. Na semana passada, a inflação ficou acima da meta de 6,5% e o BIS não se omitiu de anotar que os preços estejam sob controle no país. O aperto monetário é necessário, como também a elevação de taxas de juro, sem deixar de lado o controle do capital e corte de gastos feitas sem limites. Sem dúvida, as maquininhas estão trabalhando a todo vapor ao corrigir os preços das mercadorias. Todos alertam: abaixo a inflação, antes que ela roube a vida de milhões de brasileiros.
Por Léo L. Vieira
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É a Vida!
Publicado em
13/06/2011
às
09:00
Não sei se choro.
Não sei se rezo.
Não sei o que fazer.
Faz frio aqui no abrigo.
Abrigo situado embaixo de uma ponte.
E o nenê está chorando.
De frio?
De fome eu sei que não é...
Chora muito.
Chora forte.
Não sei o que fazer.
Ouço as sirenas das ambulâncias correrem pela avenida.
Devo levá-lo ao hospital?
Como?
Chove muito lá fora.
Muito mesmo...
Muito frio.
Já sei: vou caminhar. Caminhar com ele no meu colo.
Será que terei sorte?
Sorte de uma carona?
Mas chove. É noite.
Chove muito.
Nestas horas da noite ninguém terá coragem de me dar uma carona.
Eu sei: problemas de segurança.
Eu sei!
Não roubo.
Não assalto. Outros roubam.
Outros assaltam.
Estou com meu filho chorando.
Chorando forte.
E a chuva caindo.
Vou caminhando.
Sei que com algum esforço e vontade irei chegar. Chegar no hospital.
Já se passaram algum tempo e eu a caminhar.
Também estou molhada.
Começando a tossir.
Cheguei!
Graças a Deus!
Cheguei.
- Senhora a emergência está lotada.
- Meu filho chora. Faz frio. Está molhado. Vim caminhando. Acredito que é febre. Febre alta. Sou mãe.
- Minha senhora, já lhe expliquei, a emergência está lotada.
- E o que fazer?
- Não sei, minha senhora. Aguarde!
Fico no aguardo.
Horas se passam. E nada. E ele a chorar. E muitos também choram ali na emergência.
Até que ele para. Para de chorar. Para de respirar.
E o que fazer?
Fico desesperada...
Só me resta rezar.
Volto.
Volto caminhando.
A chuva continua. O frio também.
E eu sozinha, sem ele nos meus braços. Volto a ouvir as sirenas das ambulâncias e o som da chuva.
Estou sozinha. Chorando.
Sem o choro dele.
Sem mais nada.
É a vida...
Por David Iasnogrodski
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Faço na prática o que prometo?
Publicado em
12/06/2011
às
09:00
Há pessoas que prometem muito, mas no cotidiano esquecem o que foi acordado. Profissionais de vendas que prometem vender mais. Estudantes que prometem melhores notas na faculdade. Mulheres que prometem emagrecer. Homens que prometem participar mais ativamente da família. Gerentes, líderes, supervisores e empresários que prometem melhorar o clima organizacional no ambiente de trabalho. Existem funcionários que prometem participar de um treinamento, mas querem mesmo é aproveitar o evento para fazer compras. Há pessoas que na sexta-feira ao terminar o expediente, assumem o compromisso de chegar de volta na segunda-feira mais motivado, entretanto, na prática esquecem o que prometeram. Você conhece pessoas com este comportamento?
Coerente relação entre o discurso e a prática – O compromisso de prometer algo a si próprio, ou mesmo à outra pessoa deve ser aceito como uma dívida que somente terá sua quitação, com a coerente relação entre o discurso e a prática. Talvez neste momento, você lembre alguém que prometeu algo e nada fez para cumprir o acordado! Promessas que por falta de planejamento e foco no resultado, passam a ficar somente no discurso. Quando um profissional demonstra ser comprometido com suas atribuições, busca a melhoria contínua no desempenho dos índices de trabalho e também com os compromissos assumidos. A falta de dedicação e comprometimento com suas metas e planejamento, resulta no aspecto de prometer e nada fazer acontecer.
A promessa não pode ser esquecida – O desafio de prometer menos e surpreender mais, exige parar, por alguns momentos da sua vida e escrever uma lista das principais atividades que você deseja realizar. Em seguida estabelecer prioridades, de acordo com cada período do dia ou da semana. Em terceiro, buscar cumprir cada meta estabelecida. Esta lista de prioridade pode ser escrita a mão, impressa, disponibilizada em um arquivo do seu computador, ou ainda, no próprio celular. O importante é que esteja em um local de rápido acesso e que permita monitorar seu desempenho. Lembre de colocar em prática o que prometeu e realize o exercício de monitorar sua evolução, pois estará percebendo que evitou atropelos e conseguiu cumprir com compromisso, organização e perseverança as promessas assumidas.
Para coibir que promessas sejam apenas palavras soltas ao vento é imprescindível intensificar o desejo de fazer a diferença. Permanecer atento às informações e as oportunidades que estão a sua volta. Investir em renovação tecnológica, desenvolvimento das suas competências, administração do tempo e exercitar sua visão de futuro. Note que antes de prometer algo ou de assumir um compromisso, você tem o livre-arbítrio de dizer sim ou não. Perceba que pessoas que prometem e nada fazem, somente contam com uma palavra para justificar sua falha: desculpas. Vamos juntos, assumir o compromisso de prometer menos e fazer mais?
Por Dalmir Sant’Anna
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E se Fosse Diferente?
Publicado em
11/06/2011
às
09:00
Muitas vezes em nossas vidas paramos e pesamos em algumas situações e nos questionamos: e se fosse diferente?
Se, por exemplo, as pessoas fossem mais solidárias e olhassem mais para os lados e se sensibilizassem com o sofrimento do outro?
Ou se as nossas lideranças e nossos formadores de opinião fossem mais unidos em busca de soluções e benefícios para toda a sociedade?
O mundo poderia estar menos contaminado pela vaidade, a inveja e a deslealdade, não seria melhor?
Em muitos textos que escrevi ao longo de dois anos ininterruptos de articulação jornalística, sempre procurei manter uma linha conciliadora e preguei a união de forças em prol da coletividade.
Unidos, somos mais fortes e quando sonhamos juntos realizamos com maior facilidade!
Quero aqui me desculpar pelo caráter agressivo de meus dois últimos textos publicado aqui em minha nova coluna. Ocorre, que a correria do dia a dia, o trabalho mal reconhecido e as sabotagens que por vezes sofremos, acabam ocasionando a necessidade de em determinados momentos soltarmos alguns desabafos.
Não se trata de buscar atacar esse ou aquele, ou mesmo ferir alguém, mas em determinadas situações temos que tomar alguma atitude, ter a coragem de externar a repulsa contra aquilo que está prejudicando a todos, doa a quem doer!
Eu, terei sempre essa coragem e a hombridade de colocar minha cara a tapa na busca constante por uma sociedade mais próspera e justa.
Seja lá quem for que eu desagrade, o que não admito é que a cidade onde vivo e a sociedade em que estou inserido sejam prejudicadas pela vaidade ou projetos que beneficiam somente uma minoria.
Não tenho a menor pretensão de agradar ou desagradar a fulano ou beltrano, mas de deitar em minha cama com a sensação de ter feito o que deveria, de ter lutado pela moralidade, a correção e a ética, seja na família, no trabalho ou na política.
Podemos sim construir um mundo mais justo, mais fraterno e menos desigual, é só termos a coragem de fazermos a nossa parte.
Quero ser criticado por minhas ações, nunca por minhas omissões, quem não se define, só critica, não desce do muro e se enche de pudores, jamais será lembrado por realizar.
Coragem de externar aquilo que pensa num jornal de circulação regional, expondo-se ao julgamento de milhares de pessoas é um mérito que já conquistei. Agora, busco efetivamente conseguir melhoras nas condições de vida de todos nós, e a transformação do pensamento das pessoas passa pela capacidade do outro em expor as mazelas de nossa sociedade propondo caminhos e soluções que se não as mais corretas, pelo menos despertarão em alguns a capacidade de questionar e aperfeiçoas idéias e nortear rumos.
Jamais me calarei enquanto os valores que regem o bem corram risco ou não estejam sendo observados.
Sou independente, e para muitos exemplos de superação, e assim permanecerei na busca por aquilo que acredito e almejo, ou seja, o mundo e a sociedade melhores a cada dia.
Por José Rodrigo de Almeida
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Controladoria Fonte de Informações para Tomada de Decisões
Publicado em
10/06/2011
às
09:00
Nas empresas muitas decisões são tomadas sem a devida consulta ou apoio da fonte de informações a Controladoria ou ao “Controller”, que detêm as mais importantes informações da empresa.
A missão da Controladoria dentre outras é zelar pela continuidade da empresa assegurando a otimização do resultado global.
É um órgão de Gestão Empresarial que irá garantir informações adequadas ao processo decisório corporativo colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial.
O profissional responsável pela Controladoria, o “Controller”, gerencia um eficiente sistema de informações para manter o Executivo Principal (CEO) ou os gestores principais, informados sobre os rumos que a empresa deve tomar, baseados em suas análises e sugestões.
Os requisitos necessários para o cargo de “Controller” são:
a-) Profundo conhecimento do ramo de atividade da empresa.
b-) Conhecimento da história, dos objetivos, das metas, da cultura, dos problemas básicos, das oportunidades e estratégias da empresa.
c-) Conhecimento dos concorrentes, fornecedores e clientes com seus pontos fortes e fracos.
d-) Habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos, suficiente para propor modelos, simulações e alternativas.
e-) Fluência oral e escrita, como também profundos conhecimentos dos princípios contábeis e fiscais que afetam o resultado da empresa.
f-) Iniciativa, visão econômica, comunicação racional, visão de futuro, visão das oportunidades de mercado e de negócios, persistência, cooperação, imparcialidade, cooperação e consciência de suas próprias limitações.
Ainda hoje estas funções estão distribuídas entre o Gerente Administrativo, Gerente Financeiro e o Contador; mas, muitas empresas com visão de futuro estão chegando à conclusão que estes dados transformados em informações para tomada de decisões têm que ser centralizados em uma só fonte, a Controladoria.
Com a crise mundial já instalada nas empresas brasileiras e associada á globalização, tende a exigir maiores controles e uma rígida eficácia dos principais departamentos da empresa, tais como; Comercial, Marketing, Produção e Finanças.
O “Controller” passa a ter uma função estratégia, sendo o “Estrategista Empresarial de Negócios”, alimentando os profissionais ou gestores da organização com análises, informações e sugestões.
O “Controller” deve também participar de todas as principais reuniões, projetos, eventos e lançamentos da empresa para que possa reunir dados e informações, conhecendo profundamente o negócio em todos os seus aspectos.
Uma ferramenta que a Controladoria utiliza para monitorar as operações e a lucratividade é o “Budget” ou Orçamento Empresarial Anual, também denominado Planejamento Orçamentário Anual e até mesmo de Orçamento Base Zero ou Base Histórica.
Para o Planejamento Orçamentário, o que não deveria faltar nas empresas, mesmo nas de pequeno porte, a Controladoria tem que buscar dados em todos os departamentos, iniciando-se com uma previsão de Vendas.
O “Budget” ou Planejamento Orçamentário é composto de 4 peças principais, I- Lucros e Perdas, II- Plano de Investimentos, III- Fluxo de Caixa e IV-) Projeção do Balanço.
I-) Lucros e Perdas ou DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício)
1. Previsão de Vendas por Produto, com quantidades e valores
2. Custo dos Produtos, conforme estrutura de informações da empresa, com consumo de Matéria Prima e Materiais Auxiliares, que será utilizado na programação de compras e cálculo dos Produtos Vendidos ou fabricados.
3. Previsão dos Impostos sobre Vendas, com definições aproximadas das regiões a serem enviados, com a identificação dos produtos, para facilitar o cálculo do IPI, ICMS, PIS, COFINS, com suas alíquotas, isenções e reduções da base de cálculo.
4. Previsão das Despesas Variáveis, tais como, Fretes, Carretos, Comissões, etc. para o cálculo da Margem de Contribuição da empresa, e se possível por produto, identificando quais produtos estão com Margem de Contribuição baixa, ou até mesmo sem condições de cobrir as Despesas Fixas, para que não venha a comer o lucro dos demais produtos.
5. Previsão das Despesas Fixas, aquelas que faturando ou não deverão ser pagas, tais como; Salários e Encargos de Fábrica e da Administração Geral, Alugueis, Água, Luz, Telefone, etc.
6. Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social, o conhecido LAIR, e aí ficara sabendo se a decisão que a empresa escolheu sobre o Regime Tributário foi acertada, tais como; Regime Tributário Simples Nacional, Regime Tributário do Lucro Presumido ou Regime Tributário do Lucro Real.
Em linhas gerais, sem entrar em detalhes de cada regime, no Simples Nacional o faturamento anual não poderá ultrapassar R$ 2.400.000,00 e os impostos unificados em um só documento de arrecadação DAS, calculados conforme tabela progressiva que vai de 4% a 17%, aproximadamente, sobre o faturamento; no Lucro Presumido, também sobre o faturamento, mas com todos os impostos e contribuições, tais como; PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, Imposto de Renda e Contribuição Social, geralmente para as empresas com alto lucro; no Lucro Real, já o calculo do Imposto de Renda e Contribuição é sobre o Lucro Antes do Imposto de Renda, o que difere do Presumido, mas utilizado geralmente para as empresas que tem prejuízo ou lucro baixo.
Logicamente esta opção de um Regime para outro só poderá ser feito uma vez ao ano, em janeiro; mas se bem monitorado a empresa poderá ganhar ou deixar de pagar impostos desnecessariamente; irá ganhar mais pela escolha do Regime Tributário correto, do que até mesmo pela lucratividade normal dos produtos.
II-) Plano de Investimentos, fundamental, pois irão constar todos os investimentos em Máquinas, Equipamentos, Imóveis, Construções, Reformas, Ampliações, etc., com um cronograma de datas e dos gastos por tipo de investimento; estes dados ser colocados no Fluxo de Caixa como saída de dinheiro.
III-) Fluxo de Caixa ou Cash Flow, peça também fundamental nas organizações, Está divido em:
Entradas de Recursos ou Recebimentos, como Duplicatas a Receber, Vendas a Vista, Juros Recebidos, Outras Entradas.
Saídas de Recursos ou Pagamentos, como, Fornecedores, Salários, Encargos, Impostos, outros pagamentos, etc.
Saldo Disponível de Recursos, que irá informar diariamente, semanalmente ou mensalmente, sua disponibilidade ou necessidade de dinheiro, antecipando uma busca de recursos em banco para cobrir o déficit de caixa.
IV-) Projeção do Balanço, nem todas as empresas fazem uma projeção de Balanço, principalmente as pequenas que se utilizam dos serviços de um Escritório de Contabilidade, usam somente um projeção de Lucros e Perdas ou DRE.
Depois de todo esse trabalho de busca de dados monta-se o Planejamento ou “Budget” e a Controladoria irá monitorar e comparar mês a mês o que foi previsto com o realizado para ter a certeza que o resultado final possa ser alcançado.
Por Cláudio Raza
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A USP não pode ser gratuita
Publicado em
09/06/2011
às
09:00
"O importante da educação não é o conhecimento dos fatos, mas dos valores." (Dean William Inge)
O assassinato de um estudante nas dependências da Universidade de São Paulo, além de causar comoção e preocupação, deve também resgatar um debate há muito negligenciado: as universidades públicas não podem continuar integralmente gratuitas.
USP, Unesp e Unicamp conquistaram em 1989 a chamada autonomia financeira recebendo repasses do Governo da ordem de 9,57% da receita líquida do ICMS. Portanto, é dinheiro público, de um Estado formado por mais de 41 milhões de habitantes (Censo 2010), para beneficiar cerca de 210 mil pessoas, entre estudantes, funcionários e docentes.
Diante desta informação, toda discussão acerca da abertura dos portões da USP ao público em geral e sobre a participação da polícia militar em rondas ostensivas é improcedente. A população tem direito de acesso a um espaço comum. A polícia deve prover segurança à Cidade Universitária como deve fazê-lo em qualquer outra localidade.
Os defensores da universidade pública integralmente gratuita alegam, com razão, que a educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. Argumentam também que muitos ingressantes cursaram o ensino médio em escolas privadas com a finalidade de, melhor preparados, obterem sucesso no concurso vestibular. Ouvi estas e outras teses em minha passagem pela USP, nos anos 1990, arduamente defendidas pelos pseudoesquerdistas do Diretório Central de Estudantes (DCE) e de diversos Centros Acadêmicos.
O fato é que muitos estudantes lutam, sim, para ingressar em uma destas universidades não apenas por sua qualidade de ensino e reputação, mas também porque não poderiam pagar pelos estudos. Refiro-me a alunos que usam transporte público, frequentam assiduamente as bibliotecas para fugir da aquisição de livros, dividem espaço em repúblicas ou conjuntos habitacionais com vários outros colegas ao longo de quatro ou cinco anos.
Contudo, há um número expressivo de estudantes oriundos das classes A e B, com renda familiar mais do que suficiente para custear seus estudos e que se locomovem em veículos próprios, desfilam roupas de grife e lotam os bares nos arredores da faculdade sem preocupação com o valor da conta.
Tomemos como exemplo os estacionamentos em todas as faculdades da USP. São mal iluminados, sem monitoramento eletrônico e vigilância policial. Diante disso, cabe ao poder público investir em postes de iluminação, câmeras e policiamento, ou cabe aos proprietários de veículos se cotizarem para suprir estas necessidades? Por que aqueles que pagam despreocupadamente R$ 20,00 ou mais para estacionar seus veículos com um manobrista julgam absurdo pagar uma mensalidade para guardarem seus carros com segurança?
O fim da gratuidade não significa necessariamente a cobrança de mensalidades. Este expediente pode ser aplicado a alguns alunos, mas o fato é que todos, indistintamente, deveriam legar à sociedade parte do que dela receberam. Por que os estudantes de Direito do Largo São Francisco não advogam para a população carente? Por que os engenheiros da Poli não realizam ações de urbanização de favelas? Por que os profissionais da área de saúde não reforçam o atendimento nos postos de saúde e prontos-socorros?
É uma questão de vontade política, consciência moral e valores virtuosos. Os trabalhos de conclusão de curso, estágios e que tais deveriam ser cumpridos em atendimento à comunidade. Os graduados deveriam destinar um dia por mês ao longo de um ano, no mínimo, para trabalho assistencial. Mas é mais fácil fechar os olhos para a favela São Remo, proibir o acesso de "pessoas diferenciadas" no campus ou até mesmo erguer muros e instalar cancelas, praticando o segregacionismo.
Basta de hipocrisia!
Por Tom Coelho
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Mês SEIS
Publicado em
08/06/2011
às
09:00
Já estamos em junho.
Junho de 2011.
Século XXI.
Sexto mês do ano.
Significando que logo ali vamos nos preparar para mais uma “virada de folhinha”, mas antes estamos em junho.
Junho de 2011.
Mês das fogueiras.
Mês dos namorados.
Mês frio, ao menos aqui no Sul do Brasil.
Mês das provas de final de semestre junto às faculdades.
Mês de um feriado que sempre ocorre nas quintas feiras. É verdade! É o “Corpus Christi” – sempre nas quintas feiras.
É o junho.
Sexto mês do ano.
Mês com 30 dias.
Em 21 de junho, ou bem próximo a esse dia, o Sol atinge o ponto mais ano norte em sua trajetória pelo céu – é o solstício de junho, início do verão no Hemisfério Norte e do inverno, para nós aqui no Hemisfério Sul.
Tudo em junho.
Por David Iasnogrodski
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Havana-Cuba
Publicado em
07/06/2011
às
09:00
A primeira impressão, embora tenha chegado à noite, é de muita limpeza nas ruas e asfalto sem buracos. Os carros na maioria antigos. Um Chevrolet 53 em estado de novo cruza a frente do táxi que me leva ao hotel. Ladas, jeeps pintados pela centésima vez, pois parecem novos estão por todo lado. Também carros novos, franceses.
Aproximei-me à uma concentração de jovens, que estavam cantando e dançando em uma praça próxima ao hotel e comecei a entrevista com um jovem. Diga-me, todos vocês estão pensando em sair do país ou estão felizes aqui? De pronto: todos pensam e tem intenções de sair, mas é difícil. Através de casamento com estrangeiros, ou vistos raros para o exterior e então não retornam mais.
Estudei com um jovem no sul da Flórida que havia conseguido visto para Espanha, porque tinha parentes lá, e depois viajou para os Estados Unidos e, portanto fugiu do seu país para tentar uma vida em liberdade. O entrevistado confirmou este tipo de façanha.
Durante esta conversa, logo começaram os negócios. Ofereceu charutos cubanos ou qualquer outra mercadoria. Logo pediu para pagar uma cerveja. A impressão é que todos estão sedentos de contato com o exterior e quando se inicia uma conversa não querem se afastar.
Situada apenas a 90 milhas do sul da Flórida, A ilha de Cuba é hoje junto com a Coréia do Norte um dos últimos redutos comunistas. Por estar durando tanto, mais de 50 anos, deve ter seu lado positivo, o que ainda não vi, talvez ficando mais alguns dias perceba isto.
De qualquer sorte, percebi alegria nas pessoas. Ou é sua atitude normal, ou a musica ou o rum. Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Retaliação do Brasil contra a Argentina
Publicado em
06/06/2011
às
09:00
Finalmente, o dia esperado por milhões de brasileiros com gana de impedir que a Argentina tomasse as rédeas sobre os produtos exportados do Brasil, avançou como todos aguardavam; o país despertou para contra-atacar a Argentina que por décadas usufruiu das licenças e da benevolência do governo brasileiro nas exportações dos produtos nacionais, embora os incalculáveis prejuízos causados a indústria de veículos e autopeças junto a outros produtos que permaneciam paralisados na alfândega da Argentina. A retenção de mercadorias brasileiras nas alfândegas do país vizinho foi a causa com que centenas de caminhões do Brasil ficassem retidos na aduana sem o visto das autoridades argentinas, causando ao Brasil prejuízos incalculáveis. Os caminhoneiros brasileiros na guarda e proteção dos caminhões e dos produtos congelados e com prazo limitado para o consumo “comeram o que o diabo amassou”, cozinhando a comida debaixo dos veículos; ainda assim, sem receber qualquer aviso de que poderiam ser liberados pelas autoridades e governo argentino.
A exportação de frangos do Brasil, com a paralisação da Aduana do país vizinho, ocasionou prejuízos que nunca foram reparados ou sequer feita qualquer indenização pelo governo argentino. Toneladas de frango em frigorífico apodreceram no interior dos caminhões com a paralisação, causando aflição e estresse aos motoristas mal dormidos ao permanecerem longos dias – casos ocorreram por mais de dois meses paralisados – ausentes da família e do Brasil. As exportações de calçados do Brasil foram barradas com taxações exorbitantes, impossibilitando a indústria brasileira de concorrer com o calçado argentino, diga-se de menor qualidade. Os preços do Brasil estavam abaixo quando confrontado com o produto argentino. O Brasil acabou suspendendo as exportações. Esta barreira colocada pelo Brasil como formato de salvaguarda, ajustou-se ao mercado ao impor 39% das exportações argentinas para o mercado brasileiro. Na verdade, se eles barraram os produtos brasileiros, por que o Brasil não poderia fazer o mesmo? A nação brasileira não deve se submeter às injustas medidas da indústria argentina, mas sim, responder na mesma moeda aos padrões unilaterais do país vizinho. A presidente Dilma Roussef está dando uma resposta afirmativa de que no Brasil são os brasileiros que mandam e se eles não aceitarem as regras impostas pelo Brasil, que se acomodem e tentem fazer como os brasileiros que crescem sem ajuda de nenhum país; afinal são eles que precisam de ajuda, mas não com preceitos de uma economia vacilante que certamente causará perdas aos dois países vizinhos. Na verdade, o governo argentino deverá tomar providências e proibir que autoridades sanitárias argentinas continuem causando dificuldades para a entrada de mercadorias do Brasil, conforme denúncia feita através do JORNAL DO COMÉRCIO ao afirmar em detalhes que “as grandes indústrias nacionais de massas, balas e chocolates, estão com seus contratos cancelados, face, a demora na emissão de certificados sanitários”. Esta é sim, a hora do Brasil não ceder e apertar o ferrolho contra os produtos de exportação da Argentina.
Por Léo L. Vieira
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Nomes que fazem marca
Publicado em
05/06/2011
às
09:00
Muito mais do que o gosto dos pais, a escolha de um nome pode significar a garantia para o sucesso de uma marca. Uma pesquisa lançada recentemente pelo LinkedIn, uma rede de relacionamentos utilizada, principalmente, por profissionais revela que no Brasil os nomes Roberto, Antônio, Eduardo, Sergio, Carlos, Luiz, Marcelo, Ricardo, Fernando e Paulo estão perto de alcançar o reconhecimento como executivos de sucesso. Segundo os dados, esses são os nomes mais comuns entre os CEOs (Chiefs Executives Officers). Já no cenário mundial, se destacam Peter, Bob, Jack, Bruce e Fred. Para as mulheres, o ranking aponta Deborah, Sally, Débora, Cynthia e Carolyn.
Um nome bem resolvido é fator que ajuda a edificar uma marca. Exemplo disso são as celebridades que fizeram do nome uma vinculação com algum segmento de mercado. Quando falamos em Gisele Bündchen, lembramos de moda, Bill Gates, tecnologia dos aparelhos eletrônicos, e Ronaldinho Gaúcho, futebol. Como na marca, um trabalho específico em cima do nome profissional pode ser muito eficiente e requer bom senso na difusão desse conceito. Quando o nome está em jogo, deve-se ter muito cuidado nas redes sociais com comentários, informações e fotos divulgadas. É necessário avaliar como se deve utilizar o nome, sobrenome, abreviações ou apelido para um benefício. A imagem de uma pessoa é fator que ajuda a edificar o valor de uma marca. Não esquecendo que o conhecimento, liderança e capacidade de negociação são algumas das características que contribuem para consolidar a marca de um bom executivo ou profissional no mercado. A preservação do nome e da ideia passa a ser um dos requisitos para empreendedores que esperam expandir. Trata-se, também, da valorização da propriedade intelectual.
Por Valdomiro Soares
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O bullying sempre existiu
Publicado em
04/06/2011
às
08:00
O bullying sempre existiu. Anos atrás as vítimas eram chamadas de CDFs, nerds ou puxa-sacos. Eram jovens que se sentavam nas primeiras fileiras de carteiras na sala de aula, prestavam atenção no professor e na matéria lecionada, inquiriam e respondiam perguntas, faziam o dever de casa e,
consequentemente, tiravam boas notas. O contraponto era a "turma do fundão", formada por rebeldes e descolados.
Os atos de bullying eram bem conhecidos. Desde o "corredor polonês", onde vários estudantes se enfileiravam para escorraçar o alvo com alguns petelecos, tapas e breves pontapés, a chamada "geral", até o famigerado "te pego lá fora". A opressão era mais física do que psicológica, pois o constrangido tinha em sua defesa o fato de ser, normalmente, melhor aluno que seus agressores.
Claro que também tínhamos o assédio ao gordo, ao feio e ao varapau. Mas a questão é que estas ações eram contidas em si mesmas. As escolas mantinham "bedéis" para colocar ordem na casa e coibir atos de violência, sem falar que ir "parar na diretoria" era temido pela maioria dos alunos.
Contudo, se o bullying ocorresse, ao chegar em casa a vítima ainda iria ter com seus pais. Alguns poderiam dizer: "Não reaja, pois não é de sua natureza", no melhor estilo "ofereça a outra face". Já outros argumentariam: "Se apanhar de novo lá fora e não reagir, vai levar outra surra quando chegar em casa".
Mas isso tudo são histórias de 30 ou mais anos atrás, tempos em que a educação era partilhada pela igreja, a família e a escola. A igreja católica se viu alvejada, no Brasil, pelo avanço dos evangélicos e outras religiões, de modo que passou a se preocupar mais com seu negócio do que com seus
clientes. A família abandonou o modelo patriarcal, migrando para o nuclear. Agora a mulher trabalha fora, acumulando a chamada dupla-jornada, ou seja, cuidar de seu emprego e dos afazeres domésticos, sobrando menos tempo para dar atenção aos filhos. Esta nova rotina profissional levou à desagregação familiar. Assim, a educação foi entregue à tutela quase exclusiva da escola que, por sua vez, também se tornou um grande negócio.
Neste quadro, coloque como tempero os conflitos de valores, a influência da mídia e os novos paradigmas sociais. Agora temos alunos que não respeitam professores, colegas e até os pais, pois têm grande dificuldade de lidar com o conceito de hierarquia. O apelo ao consumo transformou pátios em passarelas, por onde desfilam roupas e celulares. Os péssimos hábitos alimentares promoveram o crescimento da obesidade contrastando com a ditadura da beleza. E a cereja do bolo: a comunicação pelas redes sociais que levam as vítimas à exposição instantânea e em larga escala.
Por Tom Coelho
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O Gestor contábil e o conhecimento da administração
Publicado em
03/06/2011
às
09:00
A Contabilidade é uma ciência exata que hoje se interliga com outras área do conhecimento. O maior desafio dentro das organizações é unir as ferramentas de Administração aos processos contábeis. As formalidades que envolvem a Contabilidade geram as inúmeras dificuldades de controle e as preocupações diárias requerem ações contínuas e a busca por um novo formato de gestão.
O perfil dos gestores da área contábil está em transformação. Há algum tempo constata-se que a Contabilidade está diretamente ligada à Administração. O filósofo Hilton Ferreira Japiassu dá ênfase para a necessidade da interdisciplinaridade como “uma exigência interna dessas ciências, como uma necessidade para uma melhor inteligência da realidade que elas nos fazem conhecer”, enfatizando a importância de o interdisciplinar se impor tanto para a formação do homem quanto para responder às necessidades da ação.
A busca pela qualidade total, o enfoque no cliente e a informatização das informações são considerados efeitos positivos aos negócios gerando rentabilidade às empresas tornando-se o diferencial para atuar neste mercado abrangente.
Gestores contábeis devem ter envolvimento, planejar os objetivos e os caminhos para alcançá-los, controlar, comparar resultados com as metas e efetuar as correções necessárias para exercer com eficácia as suas funções. Os resultados obtidos dentro da Contabilidade auxiliam na tomada de decisão das empresas, no seu planejamento, controle e desenvolvimento das suas operações. A grande questão é controlar que a organização esteja devidamente planejada e liderada. É preciso, portanto, que haja um acompanhamento das atividades a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios.
A Administração possui diversas ferramentas que auxiliam no desenvolvimento dos processos da área, métodos de controles que se difundidos dentro das organizações tornam-se facilitadores na gestão de processos internos, resultando em trabalhos executados com eficiência e gerando vantagem competitiva para as empresas que prestam serviços de contabilidade.
Sabemos, no entanto, que para se obter sucesso em seu negócio, o profissional da área contábil deve eliminar as resistências e aplicar suas potencialidades e focar esforços em busca de novos conhecimentos de gestão com o objetivo de agregar valor e qualidade em suas ações de trabalho, transferindo segurança e confiabilidade para sua equipe e seus clientes.
No passado a Contabilidade e Administração baseavam-se em conceitos individuais e distintos. Hoje, além de se complementarem, são pré-requisitos do escopo traçado para perfil de um gestor desta área tão peculiar. A motivação é ingrediente essencial para esse desenvolvimento, o reconhecimento de suas deficiências È fator importante para iniciar o processo de mudança e entender que a Administração é uma aliada da gestão e dos controles contábeis, necessários ao bom desenvolvimento de produtividade e competitividade perante um mercado em plena ascensão e em constantes alterações.
A eficiência da gestão contábil inovada com o auxílio da Administração integra o novo perfil de profissional, conhecedor das metodologias com capacidade de programá-las, visão sistêmica do processo com o comprometimento necessário ao desempenho fiel de suas atividades como objetivo estratégico ao negócio, buscando sempre a melhoria contínua. Integração de uma gestão inovadora com as duas ciências: Contabilidade e Administração unindo adjetivos necessários e criando diferencial aos novos gestores.
Por Denise Nunes
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É tempo de contabilidade para o crescimento
Publicado em
02/06/2011
às
09:00
Mudanças. Essa é a palavra que os profissionais da contabilidade mais têm ouvido nos últimos anos. As alterações que ocorreram na legislação contábil exigiram adaptações, estudo e dedicação extrema - preço a ser pago para se adequar no mercado globalizado e em constante mutação. É indiscutível o salto que a contabilidade deu. Talvez uma das profissões que mais evoluiu em termos de regulamentação e mais se beneficiou com o uso de novas ferramentas tecnológicas. Mas os reflexos da evolução dos tempos vão além. Muitos contadores e técnicos em contabilidade foram obrigados a abandonar a posição de “agentes da área fiscal e tributária” e passaram a interagir e a transitar em situações que envolvem a tomada de decisões, tanto no mercado interno quanto no externo, estreitando laços com economias de países até pouco tempo considerados longínquos. Agora, a China fica logo ali.
A nossa área de atuação se expandiu e o reconhecimento da importância da contabilidade pela sociedade está crescendo. A adoção, por parte do Brasil, dos padrões internacionais de contabilidade contribuiu muito para o avanço da profissão. Hoje falamos uma linguagem contábil única entre mais de cem países. Esse fato, é bem verdade, exigiu uma maior qualificação e uma mudança de perfil, porém, abriu ainda mais as portas do mercado. Hoje, os profissionais que atuam na área contábil tornaram-se menos operacionais e mais gerenciadores de informações e partícipes das decisões estratégicas das organizações.
A demanda por profissionais especializados aumenta diariamente e é perceptível no nosso meio contábil. Colegas, há 85 anos, ou seja, em 25 de abril de 1926, o senador João Lyra, em discurso, enalteceu a classe contábil brasileira e defendeu a regulamentação da profissão contábil no Congresso Nacional. Evoluímos e muito, tanto em representatividade perante a sociedade quanto em importância dentro das organizações empresariais, no setor público e no setor privado. Somos 500 mil profissionais no Brasil e no Rio Grande do Sul cerca de 40 mil, dispostos a colaborar com a preservação e crescimento de todo o patrimônio gerado nesta Nação. Parabéns e um forte abraço a todos os contadores e técnicos em contabilidade.
Por Zulmir Breda
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Antimarcas e Antimarketing
Publicado em
01/06/2011
às
09:00
A imprensa publicou que o PROCON de Porto Alegre atendeu a 17.225 reclamações em 2010.
A cidade tem mais ou menos 1,4 milhões de habitantes, o que representa em torno de 0,7% do total da população brasileira. Se ampliarmos a amostra para todo o Brasil, fazendo uma projeção, constataremos que as reclamações atingem a casa dos milhões que levaram suas insatisfações aos PROCONS brasileiros no ano passado. A mesma onde de reclamação atinge os juizados de pequenas causas e tribunais, sempre lotados de centenas de consumidores, insatisfeitos com empresas que não foram capazes de honrar aquilo que prometeram em termos de produtos e/ou serviços. E como está a situação no setor público? Pesquisa feita pela CNI/IBOPE em dezembro passado, em 140 municípios, constatou uma grande insatisfação dos brasileiros em relação aos transportes urbanos, rodovias/estradas, conservação de ruas e avenidas, educação fundamental e ensino médio, atendimento nas repartições públicas, segurança pública, postos de saúde e hospitais. Esses segmentos foram considerados de baixa ou muito baixa qualidade e isto tudo apesar de o Brasil possuir uma das maiores cargas tributárias do mundo. Ou seja, pagamos muito caro e os diversos governos não entregam à população aquilo que prometem. A mesma insatisfação é percebida em conversas entre as pessoas nos locais de trabalho, de lazer ou de encontros sociais, etc. quando os principais assuntos giram em torno de queixas sobre maus produtos e/ou serviços prestados pelas empresas. E essas queixas são feitas contra indústrias, casas comerciais, cartões de crédito, teles, instituições financeiras, que representam empresas de grande e médio porte em operação no país, e que, ainda, lideram o ranking dos grandes anunciantes brasileiros em propaganda e marketing.
Todo esse quadro, que traduz o enorme descontentamento dos consumidores, leva-nos a pensar acerca de questões muito pontuais nos dias de hoje. E é bom não esquecer o grande esforço que vem sendo feito, nos últimos dezoito anos em torno da qualidade total, como é o caso do PGQP. É de se perguntar de que maneira essas instituições têm contribuído no sentido de garantir a eficácia da marca e a satisfação do cliente.
E uma outra questão emerge mais forte ainda: como ficam os conceitos de construção de marcas fortes. Afinal de contas, onde estão os ensinamentos dados nas universidades, nos congressos, nas reuniões empresariais, nas aulas e livros sobre marcas, propaganda, marketing, gestão, qualidade, estratégias empresariais. Onde fica a ética e a fidelização de clientes? Se alguns empresários e dirigentes soubessem ouvir e aplicar esses princípios, suas empresas não estariam frequentando tão assiduamente os PROCONS. Parece que todos esses valores estão sendo abandonados, como se as noções de marca, marketing e fidelização não existissem para essas empresas. Além disso, são empresas que menosprezam os consumidores, os quais, apesar de tudo, continuam prestigiando o serviço dessas infratoras. E o dia em que o consumidor e o eleitor resolverem não comprar mais dessas empresas e não votar nos candidatos? Poderão acontecer três coisas: ou elas mudam e melhoram; ou trocam de mãos; ou simplesmente fecham. O tempo nos mostrará o que o consumidor vai decidir.
Por Günther Staub
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A Gastronomia como Marca
Publicado em
31/05/2011
às
09:00
A alimentação pode ser marca de uma cidade, Estado ou de um País, segundo A definição da American Marketing Association, ainda adotada em edições clássicas de marketing: “A marca é um nome, um termo, um sinal, ou um desenho, ou uma combinação destes elementos, com vista a identificar os produtos e serviços, e diferenciá-los dos concorrentes nas suas mais variadas formas”. Traduzindo este conceito poderíamos dizer de forma simples que marca pode representar a cultura de um povo. Existem grandes marcas trabalhadas e com muito sucesso que são exemplo de destino turístico,tais como a Bahia, o Uruguai, Minas Gerais.Sempre que pensamos nestes lugares nos lembramos do acarajé, a parrillada e dos botecos com seus ótimos alimentos e serviços. Através destas marcas podemos descobrir a historia de cada povo sua cultura, seus hábitos constituindo na forma da alimentação, uma cidade, uma região ou um país. O ser humano se alimenta de acordo com a sociedade que faz parte, e cada cultura possui diferentes alimentos e modo de preparo. O que é comestível para certos povos, não é para outros. Não poderíamos nos brasileiros, gaúchos, preparar uma carne de cachorro assada e servi-la no espeto ou gratinar um suculento escorpião . É uma marca ou um tipo de alimento que não integra nossa cultura, nossa historia. Então como deixar a nossa marca registrada na área da alimentação para que não somente sejamos conhecidos pelo nosso churrasco que é delicioso, mas também pela nossa capacidade de gerenciar negócios nesta área da gastronomia a fim de fornecer a todos aqueles que nos visitam lembranças, marcas gastronômicas?Apenas através da educação, qualificação, que conseguiremos melhorar.É necessária mão de obra não somente para trabalhar nas cozinhas mas para atender os restaurantes,bares, etc.... mão de obra que esta cada vez mais difícil de encontrar.Alem disso, precisamos de um projeto de educação continuada em tal âmbito, se não será cada vez mais difícil aprimorar, inovar a gastronomia no nosso Estado e sobretudo em Porto Alegre.Aqui no sul, temos grandes chefs preocupados sempre em fazer o melhor, mas ainda precisamos fazer muito mais,sermos mais competitivos, já que por trás de um cardápio existem muitos processos que devem ser aperfeiçoados,tais como a escolha de produtos, a compra, a produção, a higiene, o serviço, o atendimento, enfim é um conjunto de ações que precisam ser realizadas e ajustadas. Este é o momento de investir com muita força na qualificação da nossa gastronomia e em todos os processos que a acompanham para desenvolvermos um delicioso menu e um ótimo serviço, já que presenciaremos em um futuro próximo grandes eventos no Brasil. É uma oportunidade de transformarmos a nossa capital Porto Alegre e os demais municípios do Rio Grande do Sul em um destino turístico, onde a alimentação esteja presente como um grande atrativo, pois ninguém viaja sem se alimenta. A gastronomia movimenta a economia, gera empregos e conseqüentemente estimula o crescimento das cidades e do estado. Desse modo, Precisamos deixar marcas, lembranças e reflexões nas pessoas que nos visitam seja a trabalho ou a lazer e não sermos somente conhecidos pelas nossas belezas naturais, que segundo o fórum econômico mundial é a nossa maior riqueza ,mas acreditem: que umas das nossas maiores riquezas é também a nossa diversidade gastronômica, somos um pais com várias etnias que nos presentearam com diversas técnicas culinárias as quais ao longo dos tempos, fomos reinventando. Precisamos dar ênfase à cultura bem como a gastronomia para sermos consagrados como um destino turístico, e obter reconhecimento para nossa cidade e estado.Somos um povo com muitas tradições, honramos as nossas raízes porém existem momentos em que precisamos romper barreiras,interesses pessoais e políticos e preconceitos para que possamos crescer e inovar e isto somente é alcançado com projetos na área da educação .
Por SIGRID SILVA DIERCKS
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A importância da consultoria preventiva em registro de marcas
Publicado em
30/05/2011
às
09:00
A necessidade da proteção legal das marcas através de seu devido registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, órgão responsável pela concessão das marcas no Brasil, já não é mais uma novidade para o empresariado, no entanto, o que se faz premente é a sua ciência da importância do registro e dos riscos que está correndo em face da não proteção de seus bens intangíveis.
A globalização do mercado, que favorece o desenvolvimento e riqueza, também é a mesma que aumenta a ocorrência de pirataria e apropriação indébita de marcas. O pequeno e micro empresários são os principais afetados, sobretudo por estarem desinformados e, portanto, vulneráveis nas questões referentes ao registro de marcas.
O principal erro em que incorrem os empresários é acharem que apenas com o registro da razão social e do título de estabelecimento já estão protegendo sua marca.
Adentrando brevemente ao assunto, salienta-se que muitas vezes a expressão utilizada como marca pela empresa pode coincidir com o seu nome empresarial e/ou título de estabelecimento, todavia, o mero registro desses institutos perante as Juntas Comerciais não tem o condão de proteger as expressões na qualidade de marcas registradas.
Inclusive, quando os empresários utilizam indevidamente expressões marcárias registradas por terceiros estão sujeitos ao risco de sofrerem ações judicias pelos titulares das marcas, mesmo que essas expressões tratem-se também dos nomes de suas empresas.
Questões como estas, uso de marcas de terceiros e proteção de nome empresarial x marca, são os principais pontos que precisam ser esclarecidos aos empresários. Esses esclarecimentos referem-se exatamente a uma atividade de consultoria que deve ser prestada às empresas.
Assim, destaca-se a imprescindibilidade de os empresários serem assistidos por profissionais qualificados, que lhes apresentarão a importância do registro de marcas e os riscos que estão sujeitos ao omitir sua empresa dessa proteção legal.
A atividade de consultoria precisa ser preventiva. É de extrema relevância, antes de lançar uma nova marca no mercado ou investir em publicidade e divulgação de uma marca, saber se não estará infringindo direitos de terceiros.
A importância da Consultoria Preventiva de Marcas é incontroversa. Quantos empresários já perderam investimentos por não saber antecipadamente que a marca lançada já estava registrada por outra empresa para a venda do mesmo produto? Ou o contrário, quantos empresários não tiveram a brusca redução de seu faturamento em razão de outra empresa ter registrado cópia de sua marca e lançado produto no mercado?
O melhor momento para pensar em Registro de Marcas é na hora da constituição da empresa, por isso, o fundamental papel do profissional da contabilidade é prevenir o empresário orientando-o quanto ao registro de Marcas.
Primeiro, o Contador-Consultor deve salientar que não somente através do arquivamento do nome empresarial na Junta Comercial a empresa estará registrando uma marca e segundo, consultando preventivamente se o nome pretendido como nome empresarial poderá ser registrado como marca e se não está violando marca de terceiro, através de uma Pesquisa de Anterioridade de Marca com Parecer Técnico.
A atividade de Consultoria Preventiva de Marcas não só pelos Advogados e Agentes da Propriedade Industrial já não é mais um paradigma a ser quebrado, tanto que algumas empresas, inclusive reunidas através do GRUPO DE MARCAS (www.grupodemarcas.com.br) já divulgado no Caderno Contabilidade do JC, vêm incentivando a Classe Contábil Gaúcha a prestar essa consultoria.
De tal modo, embora sejam inúmeras as questões que norteiam os registros de marcas, alguns aspectos simples e importantes devem ser publicados ao empresariado e, principalmente, devem ser prestados na forma de Consultoria Preventiva.
Por Daniele de Oliveira Grando
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A Maçã Cortada Pela Metade
Publicado em
29/05/2011
às
09:00
Em 1959 o cineasta russo Anatole Litvak (1902/1974) dirigiu “Crepúsculo Vermelho”. Filme ambientado em Budapeste, narra a revolução Húngara de 1956, episódio dramático reservado à entrada do comunismo naquele país. Estrelado por Yull Brynner (1915/1985) e Deborah Kerr (1921/2007), a trama romântica é a luta da inglesa para tirar do país um conterrâneo. Brynner faz o papel do anti-herói, o militar comunista invasor decidindo os destinos. Surge, dos enleios, uma paixão entre os personagens. A cena estética vivida pelos principais, pontuada pela força do antagonismo e da tensão, foi a do militar desenhando na parede um círculo: “O mundo é maçã destruída e foi dividida ao meio”, sentenciou.
De um lado as democracias livres e vitoriosas do segundo embate mundial e, no extremo oposto à essa maneira de existir na vida política, comunismo em plena expansão.
Alguém já disse, da 3ª Guerra Mundial, o seu começo declarado foi no alinhamento capitalismo versus comunismo. A guerra fria, portanto. Mas a detént, fomentada no curso de décadas, desmentiu a previsão.
O mundo político internacional vive, no atual, a ausência da idéia emblemática renovadora ou até mesmo inédita. É que há uma espera por mudança. O socialismo científico, desacreditado como se situou, guinda ao capitalismo reinante triunfar, embora as crises e percalços do existir das comunidades internacionais.
Não estava previsto, no cálculo da montagem das estratégias políticas contemporâneas, a descoberta e migração do poder democrático às camadas sociais menos favorecidas dos países pobres, malgrado a sina de seus regimes tirânicos, nos diversos credos confessados, pano de fundo para esconder ou proteger interesses. O móvel do acontecer é a comunicação eletrônica, o acesso ao jornal e a dinâmica da notícia em rede. Significará mais adiante a vontade de agir e ver resultados em detrimento do ingênuo protesto nas praças.
Por Nei Rafael Filho
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E As Metas de Atuação?
Publicado em
28/05/2011
às
09:00
Qual o grande desafio de um líder? Direcionar, educar, acompanhar, inspirar, cobrar, motivar e tantos outros verbos no infinitivo.
Mas de todos os verbos citados, sinto que na prática, o campeão deve ser o cobrar. O problema é como se faz a cobrança. A cobrança hoje, na maioria das empresas é burra! Burra em se traçar uma meta financeira e seja o que Deus quiser. Números definidos por históricos passados, percentual de crescimento desejado, momento do mercado ou até mesmo intuição.
E depois do número definido e divulgado para a equipe começa a eterna correria para atingir o desejado numeral. Mas, e as metas de atuação? Quem deve direcionar, educar, acompanhar, inspirar, cobrar e motivar de uma forma justa? O líder, é claro!
Agora entra a minha sugestão. Além de traçar metas financeiras, criar as metas de atuação que nada mais são do que a forma, o caminho que o líder espera que o profissional de vendas trilhe para atingir determinado objetivo. Deve ser simples, direta e elaborada em conjunto com o seu executor afinal, a era do líder impositor já foi faz tempo. Veja algumas dicas:
Crie critérios de medição. Elabore uma forma de medir a execução do plano. Estipule um período de duração, nem curto demais, nem longo demais. Um plano de atuação com duração de três a quatro meses está de ótimo tamanho. Faça avaliações constantes e dê um feedback no estilo – totalmente insatisfatório, parcialmente satisfatório, satisfatório e excelente.
Seja específico em cada ponto. Defina a forma como você deseja que o profissional atue e seja específico. Imagine, por exemplo, que a sua empresa vende produtos para hotelaria: a meta é de prospectar 10 clientes no mês, não é o bastante. O ideal é deixar mais claro. Veja: Prospectar 10 clientes/mês no grupo: Hotel – subgrupo: Hotel Turismo no Estado de SC e na Região do Vale do Itajaí. Assim fica muito mais claro!
Nada de exageros. As metas de atuação não são para ser um tratado governamental com 200 páginas. O ideal é que não passe de uma página e direcione a forma de atuar e seja condizente com a estratégia definida. Direcione o profissional para atividades que agreguem valor e que o auxiliem a manter o foco e a disciplina na sua rotina.
Acompanhe e dê feedback. Outro ponto em que os líderes pecam é na questão de acompanhar. Atropelados pela própria rotina acabam por esquecer que a meta principal do líder de vendas é fazer os outros venderem. Sugiro que ao menos uma vez por semana e não mais do que quinze dias, com duração do encontro pré-determinado, se reúna com o profissional e faça a seguinte pergunta: O que você está fazendo para atingir as suas metas? Caso a empresa tenha um sistema de vendas peça para ele mostrar os lançamentos feitos e os negócios, prospecções e recuperações de inativos em andamento. Deixe-o falar, ouça e depois faça suas sugestões ou críticas, sempre construtivas.
Essa forma de atuação é simples, direciona e dá foco. Além disso, os membros da equipe se sentem mais seguros e verdadeiramente liderados. Inteligência em vendas é isso! Contribuir para que as vendas aconteçam de forma natural e de forma sustentável sempre direcionando cada profissional dentro das suas características e pontos fortes. Sem as metas de atuação o fim do mês é sempre uma loucura quando a meta não consegue ser atingida. Uma correria danada, preço lá embaixo, vendedores estressados e mal direcionados.
Sem estratégia, não há resultados. Sem pessoas bem direcionadas, não há estratégia que funcione. Simples e difícil assim!
Por Paulo Araújo
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A importância de medir
Publicado em
27/05/2011
às
18:00
Aprender a medir; acostumar-se a medir é fundamental para o sucesso. Quando um fenômeno qualquer é corretamente medido é sempre mais fácil tomar decisões a respeito dele.
Nós, no Brasil, somos muito carentes de dados. Não temos o hábito, muito comum nos países europeus e mesmo nos EUA de medir quase tudo. Sem termos a exata medida de um problema, dificilmente desenvolveremos ações eficazes para a sua solução. Medir é, pois, um grande facilitador da ação.
Todas as ciências têm como base o medir. Um médico antes de receitar, pede exames laboratoriais que dirão a ele exatamente qual a carência do paciente. Um engenheiro agrônomo faz a análise laboratorial do solo para definir quais corretivos deverá aplicar para que a colheita seja maior. Se eu souber exatamente quantas pessoas irão a um casamento, poderei preparar uma festa adequada ao número de convivas. Se eu não souber, terei que ficar na expectativa de que os doces sejam suficientes para todos. E o resultado será sempre “sobrar muito” ou “faltar muito”. É sempre alto o preço de não se ter o hábito de medir. Quando trabalho sem dados, tenho que tomar decisões empíricas. “Vou fazer isso porque ‘acho’ que esse é o problema”, dizem os que não se baseiam em medidas certas para tomar decisões. Esse “achismo” é um grande mal.
Não raramente ficamos surpresos quando o IBGE, por exemplo, nos mostra os dados mais analíticos do CENSO. Quase sempre os dados derrubam nossa percepção que era, muitas vezes, oposta à realidade. Sem medir ficamos à mercê de nossos preconceitos e modelos mentais que podem estar ultrapassados. Sem medir confiamos numa presumível intuição em coisas que são mensuráveis e quase sempre erramos.
Assim, uma das coisas que precisamos fazer é adquirir o hábito de medir. Quando alguém disser “muitos” pergunte “exatamente quantos”. Quando disser “grande”, pergunte exatamente o tamanho. Quando disser “todo mundo disse”, pergunte exatamente “quantos falaram”. Trabalhando com dados e medidas, você passará a ter maior domínio sobre a realidade. Adquirindo o hábito de medir, a pessoa também passará a exigir dados e medidas das coisas que lhe são ditas e aumentará assim a sua consciência cidadã e será menos iludida pelos que falam sem apresentar dados, sem medir.
Faça isso na sua empresa. Acostume-se a medir e a exigir dados exatos sobre os problemas e verá que a solução ficará sempre mais fácil.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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O caminho para melhores resultados em vendas
Publicado em
26/05/2011
às
09:00
Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou produto que vende, mas não é capaz de comprá-lo? Certa vez, entrei em uma loja de eletrodomésticos, para comprar uma máquina de lavar roupas. Fui abordado por um vendedor, que disse que "as máquinas para serem impecáveis, só faltam estender e passar as roupas!" Depois de ouvir o vendedor, questionei qual dos modelos apresentados ele tinha em casa? Para minha surpresa, ele respondeu que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Você presenciou algo parecido? Observe nos dois fatores abaixo, como evitar dissabor ao apresentar uma proposta comercial ou oferecer um produto para um cliente.
Uma estrada de desmotivação e incertezas - Para fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo para desenvolver as atividades, por meio da cordialidade e do uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão, para fazer piadas e acreditam que estão arrasando! Há vendedores que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado para o perfil da cliente. Há profissionais de vendas, que realizam abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Caminham em uma estrada de desmotivação e incertezas. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com expressivo mix de venda. Ao utilizar de exemplos práticos e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de inovar suas argumentações para os produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos, de acordo com o perfil do público alvo.
Você contrataria um "especialista em jeitinho"? - O profissional que deseja argumentar com coerência sobre o produto ou o serviço com o cliente, deve conhecer o que está falando, por meio de treinamento prévio. Passa a ser inaceitável observar uma balconista, ociosa em uma loja, sabendo que neste momento, ela poderia estudar os produtos, as ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de uma marca. O "especialista em jeitinho" passa ser aquele que ao contrário de estudar, apresenta justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o "especialista em jeitinho" responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor que tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento pode contribuir para eliminar o comportamento do "especialista em jeitinho" e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais e coesas com as realidades do mercado.
Houve um período da história comercial, onde o vendedor era uma pessoa que usava de pretextos, com o objetivo de "empurrar" algo para um cliente. Tempo passado, pois atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial, para o crescimento de qualquer organização. Note que, quando ouvimos a sugestão de alguém, que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Você estaria confortável, em uma aeronave, onde o piloto não se preparou para pousar? Você realizaria a compra de um automóvel, com um vendedor, que não acredita no que está oferecendo? Qual caminho você está andando na trajetória do seu sucesso? Uma estrada de fracassos ou um caminho de conquistas com motivação?
Por Dalmir Sant’Anna
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Agenda de 10 segundos
Publicado em
25/05/2011
às
09:00
O despertador toca e você cogita seriamente ignorá-lo. Mas levanta-se, toma banho, escova os dentes, veste-se e serve-se de um rápido café da manhã. Talvez apenas café.
No caminho para o trabalho, seja de carro ou de ônibus, o trânsito enseja sensações que lembram "O Grito", de Edvard Munch. Parece que todos resolveram lançar-se às ruas no mesmo instante!
Talvez você avance um semáforo vermelho, talvez invada a faixa de pedestres. Talvez seja multado, talvez não. É possível que dê ou receba uma "fechada" durante uma manobra para mudança de pista que, embora arriscada, pouco reduzirá seu tempo de deslocamento.
Talvez você seja alvo ou autor de xingamentos. É provável que chegue ao destino com atraso.
No trabalho, você cumprimenta laconicamente seus colegas. Muitos papéis aguardam atenção na caixa de entrada, que será esvaziada e preenchida seguidas vezes no decorrer do dia. E que de novo terminará repleta de compromissos. Vários telefonemas para dar, receber e retornar. Muitos e-mails para ler, responder e ignorar.
Seu superior solicita urgência urgentíssima num projeto engavetado há meses. Algum cliente apresenta-lhe uma reclamação qualquer. Você dispara contra seus subordinados.
O almoço ocorre fora de horário, no mesmo restaurante e com o mesmo sabor já industrializado em seu paladar. Talvez você fume um cigarro, talvez prefira uma bala de hortelã. Talvez os dois.
E assim transcorre o dia, até o momento de retornar para casa, lembrando-se de Munch, uma vez mais, durante o trajeto. Talvez você vá até uma academia fazer ginástica, talvez vá ao conservatório praticar um instrumento, talvez vá ao shopping olhar vitrines. Ou talvez se contente com o noticiário, a novela e o reality show. Até que o despertador repita seu toque estridente na próxima manhã...
A palavra é: rotina. Assim vivemos e morremos, dia após dia, percorrendo os mesmos caminhos, mecanicamente. Assim tornamos nossas carreiras desestimulantes, nossos relacionamentos insípidos. Desencanto, alienação e desespero. O prazer e a alegria são raros. E voláteis. Somos completamente infelizes em nossa infelicidade e brevemente felizes em nossa felicidade. E estamos sempre aguardando o dia seguinte, quando tudo o que era para ter sido e que não foi acontecerá.
Ouço músicas que gostaria de ter ritmado, leio textos que gostaria de ter escrito, vejo produtos que gostaria de ter fabricado e conheço ideias que gostaria de ter tido. Então percebo que tudo aquilo foi criado por pessoas como eu, dotadas de angústias e limitações, decerto não as mesmas, pois com origem, intensidade e amplitude diferentes. Pessoas que se superaram, talvez não o tempo todo, talvez por apenas uma fração do tempo.
Aprecio muito falar sobre o futuro. Sobre a importância de termos uma visão de futuro, a capacidade de sonhar, a habilidade de traçar metas e a disciplina para concretizá-las. E não recuo em meus propósitos, porque são princípios. Mas inventei para mim uma nova agenda. Ela não se compra em papelaria, porque nela não se escreve. Não está disponível em versão eletrônica, porque nela não se digita. Seu custo é nulo, pois não demanda investimento, não exige que se tenha um palm, uma caneta, nem sequer alfabetização. É uma agenda da mente. É uma "agenda de 10 segundos".
A cada amanhecer, tenho a certeza de que aquele é o momento a ser vivido. Em que pesem todos os planos, com os pés firmes no chão e os olhos no firmamento, a vida está acontecendo aqui e agora. Por
isso, minha agenda não pode contemplar mais do que os próximos dez segundos. Talvez breves, talvez distantes, talvez intermináveis e, talvez, inatingíveis dez segundos.
Esta consciência tem me permitido agradecer a cada despertar em vez de hesitar em levantar-me. Tem me sugerido dar passagem a alguém no trânsito ao invés de brigar por insignificantes três metros. Tem me lembrado de dizer "bom dia" aos que me cercam. Tem me incitado a procurar novos restaurantes e novos sabores durante o almoço. Tem me proporcionado o poder de resignação e de resiliência diante das inúmeras adversidades que se sucedem. Nem sempre tem sido assim. Mas assim tem sido sempre que possível.
Fundamentalmente, a "agenda de 10 segundos" tem me ensinado a elogiar, a perdoar, a me desculpar, a sorrir e a amar no momento em que as coisas se dão. E isso possibilita amizades fortuitas que se tornam perenes, negócios de ocasião que se tornam recorrentes e paixões de uma única noite que se tornam amores de toda uma vida.
Por Tom Coelho
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Porque é tão difícil?
Publicado em
24/05/2011
às
09:00
Pedir perdão quando se fez algo de errado muitas vezes deixa seqüelas por muito tempo, anos, décadas, uma vida toda. “A maior tristeza é não poder sorrir para os que já foram e nem poder pedir-lhes perdão.”
Um caso que ficou conhecido e agora relato sem os nomes verdadeiros, foi quando um pai que já não falava com seu filho adolescente há muito tempo. O relacionamento azedou a ponto do rapaz sair de casa. O pai deu início a uma longa jornada a procura do filho rebelde, ou o pai era rebelde e colocou um anuncio e um jornal da cidade como último recurso. “Querido filho João, encontre-me na frente do Jornal na rua Ibiá, amanhã ao meio dia. Está tudo perdoado. Eu amo você.”
E eis o que aconteceu no dia seguinte. Uma multidão de Joãos, mais de 700 estavam em frente ao escritório do Jornal, todos ansiosos por perdão. As pessoas que acham difícil perdoar não vêem a si mesmas de maneira realista. Elas são muito arrogantes ou extremamente inseguras. Embora guardar ressentimento dá a algumas pessoas uma sensação de satisfação, do tipo, eu não vou dar o gostinho e nem o braço a torcer. Na verdade é que os incapazes de perdoar magoam a si mesmos muito mais do que os outros.
As religiões ocidentais, ligadas ao cristianismo, fazendo uma separação somente para um raciocínio raso, cultivam e incentivam a figura do perdão. Por isto em muitas igrejas existe a confissão, a penitência e o conseqüente alívio do erro. Nas religiões orientais, na grande maioria, no confucionismo, xintoísmo, budismo, islamismo para mencionar as maiores, é forte a presença da desonra, da vergonha. Por isto o suicídio em muitos casos, a pessoa não se perdoa, não pede perdão, é desonrada perante os outros, e comete o suicídio. Nesta linha, pode dizer que nesta parte do planeta que representa um terço da população, somente a China tem 1,3 bilhão, as religiões ocidentais tem muito a crescer, ou seja, o mercado é grande.
Todos erram, independente da concepção que temos do certo e do errado, subtraindo daí a concepção judaico cristã de pecado, pedir desculpas, ser humildade e também perdoar as ofensas dirigidas a nós, não é coisa pequena, é coisa para as almas grandes. E isto remete a uma pergunta óbvia: Você precisa pedir ou perdoar alguém? Então tome a atitude, alivie sua alma para que na balança, como os egípcios desenharam nas paredes, o coração não pese mais que uma pena.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Monologar
Publicado em
23/05/2011
às
09:00
Quantas vezes necessitamos falar e estamos sós. Falar com quem?
Falar ao longe.
Falar sozinho.
Isso é monologar?
Não sei...
O monólogo é difícil.
Muitas vezes além de falar necessitamos de uma resposta.
Resposta de quem?
Estamos sós.
Nós e o horizonte.
Nós e o vento.
Nós!
E estamos necessitados de falar. De nos comunicar.
Falamos! Gritamos! Falamos!
E nada de resposta.
Isso é monologar?
Acredito que não...
Numa reunião onde não deixamos ninguém falar e só nós nos pronunciamos.
Isso é monologar?
Também acredito que não. Isso é a ditadura da palavra.
Precisamos ouvir. Necessitamos saber ouvir.
Necessitamos sempre do diálogo, mas em certas ocasiões não há a outra parte.
Isso é ruim... Muito ruim.
No teatro, muitas vezes ouvimos horas e horas o ator ou a atriz desenvolver seu personagem sozinho.
Isso sim é o monólogo. O melhor monólogo!
É difícil! Até para o artista. O texto deve ser agradável. Senão cansa. Vai haver até bocejos...
Mas é difícil! O monólogo? Sim. O falar só... É difícil. O ser humano necessita muito do diálogo.
Mas em certas ocasiões o monólogo se torna necessário.
É o monólogo!
É o falar só!
Falar vem do latim fabulare, que vem de fabula, que quer dizer “rumor”.
Quantas vezes necessitamos falar e estamos sós...
Falar com quem???
Por David Iasnogrodski
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E se Fosse Diferente?
Publicado em
22/05/2011
às
18:00
Muitas vezes em nossas vidas paramos e pesamos em algumas situações e nos questionamos: e se fosse diferente?
Se, por exemplo, as pessoas fossem mais solidárias e olhassem mais para os lados e se sensibilizassem com o sofrimento do outro?
Ou se as nossas lideranças e nossos formadores de opinião fossem mais unidos em busca de soluções e benefícios para toda a sociedade?
O mundo poderia estar menos contaminado pela vaidade, a inveja e a deslealdade, não seria melhor?
Em muitos textos que escrevi ao longo de dois anos ininterruptos de articulação jornalística, sempre procurei manter uma linha conciliadora e preguei a união de forças em prol da coletividade.
Unidos, somos mais fortes e quando sonhamos juntos realizamos com maior facilidade!
Quero aqui me desculpar pelo caráter agressivo de meus dois últimos textos publicado aqui em minha nova coluna. Ocorre, que a correria do dia a dia, o trabalho mal reconhecido e as sabotagens que por vezes sofremos, acabam ocasionando a necessidade de em determinados momentos soltarmos alguns desabafos.
Não se trata de buscar atacar esse ou aquele, ou mesmo ferir alguém, mas em determinadas situações temos que tomar alguma atitude, ter a coragem de externar a repulsa contra aquilo que está prejudicando a todos, doa a quem doer!
Eu, terei sempre essa coragem e a hombridade de colocar minha cara a tapa na busca constante por uma sociedade mais próspera e justa.
Seja lá quem for que eu desagrade, o que não admito é que a cidade onde vivo e a sociedade em que estou inserido sejam prejudicadas pela vaidade ou projetos que beneficiam somente uma minoria.
Não tenho a menor pretensão de agradar ou desagradar a fulano ou beltrano, mas de deitar em minha cama com a sensação de ter feito o que deveria, de ter lutado pela moralidade, a correção e a ética, seja na família, no trabalho ou na política.
Podemos sim construir um mundo mais justo, mais fraterno e menos desigual, é só termos a coragem de fazermos a nossa parte.
Quero ser criticado por minhas ações, nunca por minhas omissões, quem não se define, só critica, não desce do muro e se enche de pudores, jamais será lembrado por realizar.
Coragem de externar aquilo que pensa num jornal de circulação regional, expondo-se ao julgamento de milhares de pessoas é um mérito que já conquistei. Agora, busco efetivamente conseguir melhoras nas condições de vida de todos nós, e a transformação do pensamento das pessoas passa pela capacidade do outro em expor as mazelas de nossa sociedade propondo caminhos e soluções que se não as mais corretas, pelo menos despertarão em alguns a capacidade de questionar e aperfeiçoas idéias e nortear rumos.
Jamais me calarei enquanto os valores que regem o bem corram risco ou não estejam sendo observados.
Sou independente, e para muitos exemplos de superação, e assim permanecerei na busca por aquilo que acredito e almejo, ou seja, o mundo e a sociedade melhores a cada dia.
Por José Rodrigo de Almeida
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Mulher é ser anfitriã do amor
Publicado em
21/05/2011
às
11:08
O ser humano precisa observar com mais carinho e generosidade, toda doação, compreensão e tantos outros sentimentos de ternura que envolve o coração, ao reconhecer o poder mágico de uma mulher. Seu coração está repleto de lições de polivalência, bondade, superação e segredos unicamente maternais, que expressam a beleza de viver e assumir desafios, sem deixar jamais de abandonar os exercícios de amar e perdoar. A mulher sabe, de maneira generosa agradecer e com sabedoria, transforma erros em lições de vida.
Portadora do infinito amor - Indiferente da classe social, a mulher é uma batalhadora, que mesmo em situações de baixo astral, administra as emoções de modo a buscar liberá-las, quase sempre na hora correta e da forma mais adequada, para servir com solidariedade e dedicação. Chora escondida, para não revelar suas fraquezas, mas busca conhecer suas falhas, aprender como lidar e manter a harmonia aliada ao bem estar. Verdadeira heroína, diariamente é capaz de encarar o trabalho, não como uma obrigação, mas como uma opção de desenvolvimento humano e valorização da autoestima.
Valoriza a motivação para viver de bem com a própria vida - Conte quantas letras é preciso para escrever a palavra alegre. Agora conte quantas letras é preciso para escrever a palavra triste. Você percebeu, que ambas palavras são formadas pela mesma quantidade de letras? A mulher fortalece cada situação da vida e com sinergia procura encontrar o melhor caminho pra realizar o exercício de avaliar suas ações, atitudes e o próprio comportamento. Lembre que a vida apresenta duas opções com a mesma quantidade de letras (alegre ou triste), entretanto, a aplicabilidade das letras, oferece resultados opostos para a superação de metas e desafios.
Diante do destaque profissional e da expressiva competitividade apresentada pelo mercado de trabalho, a mulher apresenta determinação e polivalência para superar desafios, através da aceitação das rápidas transformações geradas pelo progresso tecnológico e com a expansão das atividades nos mais diversos segmentos profissionais. O estilo feminino de ser, demonstra que a mulher é sensível, cautelosa e persistente, bem como, utiliza de suas competências para superar desafios pessoais, profissionais e emocionais. Lembre que você, somente realiza esta leitura, porque uma mulher aceitou ser mãe e consequentemente, ser uma anfitriã do amor.
Dalmir Sant’Anna.
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Inovar para crescer
Publicado em
20/05/2011
às
09:00
Alguns mitos cercam o mercado de trabalho no sistema financeiro. Primeiro, nos tempos de inflação galopante, valorizava-se mais os executivos de finanças, pois eram responsáveis por grande parte do resultado das empresas. Segundo, as oportunidades profissionais eram maiores quando comparadas à atual concentração decorrente de fusões e aquisições. Terceiro, o sistema bancário ficou comoditizado, com pouco espaço para inovação.
Analisando sob este prisma, gerenciar a carreira pode tornar-se desestimulante. As possibilidades de crescimento parecem limitadas, e as iniciativas pessoais, restritas e inócuas.
Vamos debater os mitos. É fato que bancos e companhias perderam a receita de floating e ações de tesouraria nestes mais de 15 anos de economia estável. Porém, tal como executivos em empresas tiveram que aprender a reduzir custos e buscar rentabilidade real em substituição aos ganhos com aplicações financeiras de outrora, também os bancos descobriram a lucratividade a partir da prestação de serviços.
Igualmente é verdade que a globalização incentiva a formação de novos conglomerados. Mas se temos a impressão de que há menos empresas para trabalhar, também dispomos da oportunidade ímpar de atuar em organizações transnacionais com chances de uma experiência internacional.
Por fim, atualmente produtos, serviços e pessoas estão cada vez mais semelhantes. Mas há um universo inimaginável de possibilidades de inovação. Se durante o período inflacionário alguém inventou a “conta remunerada”, qual será o produto atraente que você criará num cenário de estabilidade? Quais suas propostas para melhoria no atendimento, este grande fator de diferenciação capaz de conquistar e fidelizar clientes?
O crescimento profissional passa pelo desenvolvimento de competências técnicas (formação acadêmica, fluência em outros idiomas, administração do tempo, negociação), comportamentais (iniciativa, comprometimento, ousadia, determinação, resiliência), relacionais (liderança, empowerment e trabalho em equipe) e valorativas (integridade, pluralidade, ética). Entre estas e tantas outras, destaca-se a criatividade.
Criar novos produtos, serviços e processos capazes de facilitar a vida das pessoas, conquistando mercados e ampliando a lucratividade. Compreender o novo perfil das demandas pessoais e a dinâmica do mundo corporativo. Usar a velocidade e a capilaridade da comunicação em rede e contemplar o imperativo da sustentabilidade. Estes são os grandes desafios profissionais da atualidade.
A pergunta final é: dentro deste contexto, como você vai construir seu futuro?
Por Tom Coelho
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O Talento e a Crise
Publicado em
19/05/2011
às
09:00
Conta a história que no ápice da crise de 1929, a quinta pessoa mais rica da Alemanha cometeu suicídio ao se jogar na frente de um trem porque perdeu mais de 1 bilhão de dólares com o crash. O fato que interessa é que o suicida alemão tinha uma fortuna avaliada em mais de 9 bilhões de dólares.
Na verdade em toda e qualquer tipo de crise existem os alarmistas que se gabam por ter previsto que uma hora a bolha iria estourar, os otimistas que dizem: - calma, que logo tudo passará!, os prático-realistas que se preocupam em como sobreviver e quem sabe tirar uma casquinha dessa confusão toda e os loucos por notícias que ficam desesperados e perdem a noção da realidade tamanha a enchente de péssimas informações. Esses são os primeiros a sucumbir.
O talento sabe que em toda crise há a oportunidade, mas não estou só falando da oportunidade de novos negócios ou geração de receita, quero discutir com você a oportunidade de se transformar e amadurecer como pessoa, de ter uma visão mais sistêmica do seu negócio e do mundo. Oportunidade para fortalecer parcerias e relacionamentos com clientes, fornecedores e principalmente com os seus funcionários. Agora, mais do que nunca, essa história de "nossa empresa é uma grande família" irá ser testada.
Em caso dos negócios diminuírem fica a oportunidade para rever processos, fazer mais com menos, reviver e fortalecer os grupos de melhorias que estavam lá escondidinhos durante a bonança, de ouvir mais e melhor o cliente ou quem sabe criar algo inesperado que encante o mercado. E não perder a maior de todas as oportunidades: a de reflexão e ação para mudança de postura profissional, de aprender e reaprender com o que foi feito de errado e quem sabe uma forte mudança no modelo de negócios da empresa.
Foi no ano da crise de 1929 que a Unilever chegou ao Brasil e começou sua tão bonita história e que dia após dia continua a fabricar produtos como o Omo, Rexona, Maizena, ou ainda, produtos da marca Knorr e Kibon, entre tantas outras. Outro exemplo? Nesse ano a Lojas Americanas completam 80 anos de história. E que história! De quase falida para um dos ícones do comércio eletrônico brasileiro. Para finalizar temos a fábrica de tecidos Tatuapé que hoje é conhecida como Santista Têxtil. Todas viveram suas crises, todas se transformaram e todas saíram mais fortes.
Mas o que espero de verdade é que o Mundo e seus grandes líderes não percam a oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, que cooperem entre si, que evitem um protecionismo infundado, que deixem de acreditar que existe prosperidade ad eternum e que entendam de uma vez por todas que será só unindo forças que tudo irá melhorar.
É exatamente assim que a sua empresa deve fazer para sofrer menos em épocas de crise.
Paulo Araújo.
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Se fosse hoje o último dia
Publicado em
18/05/2011
às
09:00
Eu iria como vim, sem medo, inocente, sem segurança. Diga aos meus para não chorar, porque no paraíso estou e meu pai e minha mãe encontrei. Lá os cegos podem ver, os aleijados podem caminhar e ninguém tem contas de telefone, internet discada ou banda larga, ipva, iptu, cofins, pis, contribuição social e imposto de renda para pagar. Tampouco cartão de crédito a ser debitado ou com opção de pagamento mínimo.
Se fosse hoje meu último dia na terra faria uma cerimônia à luz de velas para lembrar que a luz recebida ao nascer, deve ser devolvida mesmo não tendo achado ela por completo.
Uma canção muito bonita que recentemente tive oportunidade de ouvir, ouvir novamente e estudar a letra chama-se: Peace in the valley. Paz no vale. Foi inclusive gravada por Elvis Presley. A letra e a música surgiram em 1939. Eis algumas estrofes. “O meu senhor, estou cansado e fraco porem eu preciso seguir sozinho, até que meu senhor me chame. As manhãs são tão ensolaradas e as noites são tão claras como o dia. Um dia haverá paz em meu vale. Não haverá tristeza, nem problemas que possa ver. Um dia haverá paz em meu vale.”
Quando será este dia em que haverá paz no meu vale. Depende de sua atitude. Pode ser no dia ou após a grande iniciação, a morte, ou pode ser hoje, aqui e agora. A escolha é de cada um, a escolha é sua. Podemos nos lamentar ou podemos desfrutar o momento. É tudo uma questão de opção.
O menino estava atrapalhando o pai, professor. O pai resolveu dar a ela um quebra cabeças, do mapa mundial. Pensou, isto vai levar a manhã toda, assim posso trabalhar tranqüilo. O menino terminou em minutos. Papai terminei. Espantando, perguntou, como assim, tão rápido. Foi fácil. Percebi que no verso dos pedaços do mapa havia a figura de um homem. Montei a figura, virei e o mapa do mundo estava pronto.
Assim como é dentro é fora. Quando estamos bem conosco mesmo, o mundo também está bem. Quando não estamos bem, o mundo também parece não estar bem. Parece estar sujo, tumultuado, nada dá certo. Precisa-se concertar o mundo interior para que o exterior seja um dia ensolarado.
E se hoje fosse seu último dia, mês, ano, sua última década? Espero que para a maioria e para mim sejam ainda muitas décadas. O que você faria o que você ainda quer fazer, realizar, ser.
Um dia haverá paz em meu vale. E até este dia chegar, quero ter toda paz que mereço, toda paz que construo. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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A ansiedade matou a venda
Publicado em
17/05/2011
às
09:00
Chego no balcão e sou prontamente atendido pelo vendedor. Quando comecei a dizer a ele o que queria, chegou um outro cliente e ficou ao meu lado. Imediatamente o vendedor virou-se para esse outro cliente e disse: " – Um momento eu já vou atendê-lo". O vendedor voltou-se para mim e disse: " – Pois não, desculpe, o que mesmo o senhor deseja?". Quando comecei novamente a dizer o que queria chegou um terceiro cliente. O vendedor me pediu licença e dirigiu-se ao terceiro cliente e disse: " – Um momento eu já vou atendê-lo". Voltou-se novamente para mim, pediu desculpas e disse: " – Pois não, vamos lá então...".
Desde o momento da chegada do segundo cliente, eu percebi pelos olhos, pelo jeito e comportamento do vendedor que ele não estava prestando a mínima atenção ao que eu estava dizendo. Ele estava preocupado em não perder os outros dois clientes ao meu lado. A cada dois minutos, enquanto eu tentava explicar o que queria, ele virava-se para os dois clientes e dizia: " – Só mais um momentinho que já vou atendê-los". E novamente voltava-se para mim querendo que eu fosse o mais rápido possível.
Quando percebi que ele estava mais preocupado em vender para os outros dois clientes do que me ouvir, acredite, chegou um quarto cliente, contando comigo. E ele novamente virou-se para essa quarta pessoa e disse: " – Um momento e eu já vou atendê-lo".
Não tive outra reação a não ser me despedir e ir embora sem comprar. Fiquei por uns minutos na porta da loja observando. Ele fez a mesma coisa com os demais clientes. Não ouviu nada do que eles lhe diziam e a cada instante virava-se para os demais e dizia: " – Só mais um momentinho que já vou atendê-los". Pouco tempo depois, todos os clientes saíram da loja sem comprar.
O que aconteceu? Ocorreu que a ansiedade de querer vender para todos os clientes que chegavam fez com que ele não vendesse para nenhum. Todos os clientes com quem conversei disseram que viam nos olhos do vendedor que ele não estava ouvindo nada do que diziam. Ele queria vender para o "outro" e o "outro" e o "outro" e assim não vendeu para ninguém! Na ânsia de querer ganhar comissão de vendas, sozinho, ele não deixava que outros colegas atendessem os novos clientes que chegavam. Ele queria tudo para ele. Não vendeu. Não ganhou nada.
Será que isso que aconteceu comigo e acontece todos os dias com dezenas de clientes e vendedores, também não está acontecendo conosco em nossa vida pessoal e profissional?
Seja em vendas ou no que quer que façamos, a ansiedade pode ser um grande fator impeditivo do sucesso. Fazemos uma coisa ou uma tarefa qualquer, pensando o tempo todo na próxima, na próxima e na próxima sem prestar atenção ao que estamos fazendo no momento. E tudo sai mal feito. E tudo é feito pela metade, sem qualidade.
Assim como a ansiedade matou a venda, tem matado muitos profissionais e até empresas. A competição acirrada que estamos experimentando, o fluxo negativo de caixa, o ciclo de vida curto dos produtos faz com que a ansiedade seja quase inevitável. Mas se existe uma "ansiedade positiva" que nos empurra para frente, ela, na verdade é quase sempre negativa e pode derrubar o nosso sucesso pessoal e profissional. Justamente quando a concorrência é maior e o poder está com o cliente e com o mercado e não mais conosco é que precisamos nos diferenciar pela calma, atenção aos detalhes, conhecimento, comprometimento. E isso não se consegue com demasiada ansiedade.
Daí também a importância de revermos os velhos métodos de comissionamento por vendas. As empresas pagam um salário base baixo e o restante de forma variável pelas vendas de cada vendedor. Na ansiedade e na necessidade de garantir um ganho razoável, o vendedor torna-se um poço de ansiedade. Quem perde é a empresa. Ele não venderá com tanta ansiedade.
E é preciso que nos lembremos das velhas aulas de psicologia que ensinavam que a ansiedade gera tensão que por sua vez gera mais ansiedade que gerará ainda mais tensão. Esse círculo vicioso ansiedade-tensão-ansiedade é quase sempre fatal para o sucesso.
Pense nisso. Acabe ou pelo menos controle a sua ansiedade nestes tempos loucos em que vivemos.
Por Luiz Marins
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A História de um Sorriso
Publicado em
16/05/2011
às
09:00
Tenho hoje seis anos.
Sou sorridente e muito sapeca...
Gosto de brincar. E muito!
Brincar com que?
Não tenho brinquedos. Então brinco com as pessoas... Gosto até de cantar!
Tenho afazeres. Muitos afazeres! Mas assim mesmo faço sempre sorrindo. Sei que não é fácil, mas estou sempre sorrindo.
Vejo!
Observo!
Observo que “amiguinhas” minhas que passam por mim e dizem oi! Possuem muitos brinquedos. Bonecas! Bonecas e mais bonecas. E eu só olho. Fico a pensar: “Ainda terei uma boneca...”.
Eu tenho muitos afazeres.
Desde ao acordar, normalmente debaixo de uma marquise, vou “saborear” o pãozinho dado pela Tia Olga. Chamo de Tia, pois ela diariamente está ali, na mesma hora, me entregando o pãozinho. Como é gostoso! O Tio Beto me traz o leite. Também ele não é meu Tio. Não tenho tios. Não tenho primos, nem pai.
Só minha mãe! Não conheci o meu pai. Não sei onde está. Pergunto à minha mãe. Ela me diz que também não sabe... Não sabe onde ele está!
Sou a maior das minhas irmãs. Somos em três.
“A esquina das três meninas”, diz sempre a Tia Esmeralda. Ela nos dá roupas, colchonetes e travesseiros. Às vezes a gente sente muito frio. Minha mãe quando acontece isso nos abraça bem, e aí fica bem mais quentinho... Será que ela também sente frio? Quando serei grande eu saberei responder a esta minha pergunta...
Estão curiosos por saberem dos meus afazeres?
Então vou contar: “fico sempre na esquina, junto à faixa de segurança pedindo um trocadinho”.
Sim, um trocadinho!
Mas sempre sorrindo e me cuidando dos automóveis. Muitas vezes eles passam com muita velocidade...
Levo depois para minha mãe. Ela diz sempre: “Isso é para o nosso sustento. Teu e das tuas irmãs”.
Eu estou sempre sorrindo. Desde o amanhecer até quando vou dormir. Durmo muito cansada!
Sei que o tempo vai melhorar e eu poderei ir para o colégio. Tenho certeza que lá conseguirei muitas amiguinhas. É o meu maior sonho... Amiguinhas e brinquedos!
Sou a Leonor.
“A Leonor dos cachinhos escuros” – assim me chama o Seu Fernando – motorista de táxi – que sempre passa pela “minha esquina” Além de passar pela “minha esquina” ele me dá uma moedinha. Às vezes até bombom.
Como é bom Bombom “!!! Quando ganho vou correndo até minha mãe, para ela provar um pedacinho. Ela fica satisfeita. Minhas irmãs também gostam de Bombom. Muitas vezes minha mãe não come e divide o pedacinho com minhas irmãs”.
Assim sou eu...
A Leonor.
“A Leonor dos cachinhos escuros”
E vocês, têm amiguinhos?
Um dia terei muitos amiguinhos.
Farei festa de aniversário e convidarei todos vocês. Terá balão e cachorro quente...
Quando sobra alguma moedinha minha mãe me compra um cachorro quente. Como fico feliz nesse dia. Sempre estou feliz!
Não esqueçam, logo logo farei meu aniversário e vocês todos, que me ajudaram, serão convidados. Cantaremos juntos os “Parabéns a você”. Minha mãe já me ensinou esta música...
Combinado?
Não esqueçam...
Ainda não sei o dia, mas acredito que está perto...
Por David Iasnogrodski
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Diferenciação
Publicado em
15/05/2011
às
09:00
Dia destes entrei em uma loja Fran’s Café para um espresso com pão de queijo. Fiquei surpreso ao receber o café cuidadosamente apoiado sobre uma pequena bandeja, acompanhado de um elegante copo contendo água mineral gasosa e um folheto explicando tratar-se de uma tradição italiana: a água com gás aguça as papilas, enaltecendo o sabor do café que será sorvido. E toda esta atenção sem custo adicional.
Num destes finais de semana, dirigi-me a um cinema da rede Cinemark acreditando que, em virtude do grande número de salas, as filas seriam pouco significativas. Ledo engano. Apreciei fila para adquirir o ingresso, fila para acessar a sala e fila para comprar pipoca e refrigerante a preços aviltantes.
Meses atrás, resolvi retomar a prática da natação e fui ter um diálogo com minha antiga academia, a Runner. Solicitei-lhes uma condição diferenciada para regressar, mas responderam que eu deveria me adequar às normas vigentes para novos alunos. Seria uma assertiva aceitável, se não tivesse partido do departamento de fidelização da empresa que, teoricamente, deveria zelar pela manutenção de seus associados.
Três situações distintas, envolvendo empresas de renome, que nos fazem refletir sobre a questão dos preços relativos e, acima disto, sobre o que vem a ser diferenciação.
Concorrência monopolística
Lembro-me das aulas de microeconomia e da dificuldade em aceitar certos conceitos que entravam em rota de colisão com minha lógica. Uma exceção foi-me apresentada quando estudava a organização dos mercados e a formação de preços.
Segundo a teoria em que os mercados operam em concorrência perfeita ou imperfeita, o primeiro tipo caracteriza o modelo ideal: muitas empresas participantes, ausência de barreiras à entrada e saída do mercado, políticas de preços não regulamentadas.
O segundo tipo é formado pelo monopólio, quando uma única empresa atua isoladamente no mercado, normalmente impondo barreiras técnicas, econômicas ou burocráticas à entrada de novos players, praticando uma política de preços própria que precisa ser regulada por um órgão neutro; pelo oligopólio, que se diferencia do monopólio apenas pelo fato de haver mais de uma companhia atuando no mercado, porém não muitas; e pela concorrência monopolística.
Esta última modalidade guarda consigo um conceito interessante. Aborda uma situação em que as empresas atuam dentro de um mercado altamente
concorrencial, onde não há entraves de qualquer ordem e todos enfrentam as mesmas oportunidades e dificuldades. Todavia, dentro deste contexto, uma empresa pode se destacar mediante a diferenciação de seu produto ou serviço. Fazer algo diferente, tornando-se única, exclusiva e desejada no coração e na mente do consumidor. Tecnicamente, criar um nicho tão bem delimitado que a capacita para exercer um autêntico monopólio. Por isso, concorrência monopolística.
À luz deste conceito, passei a observar como estamos o tempo todo exercendo a concorrência monopolística em nossas vidas. A começar pela vitória do espermatozoide tenaz que, dotado de agilidade, velocidade e preparo, supera todos os demais concorrentes no ato da fecundação. Ao conquistar o par romântico, também nos fizemos notar em meio aos demais pretendentes. A oportunidade de emprego também foi sancionada com êxito dentre outros postulantes ao cargo.
Responsável por quem cativas
Assim, comecei a nutrir verdadeira paixão pelo conceito de diferenciação. Passei a compreender o porquê de deixar mais reais por um pão de queijo no Fran’s Café, quase sem perceber – é porque quero o mimo. Passei a compreender o porquê de aceitar ser expropriado por uma pipoca e um refrigerante num Cinemark – é porque quero a comodidade. Passei a compreender o porquê de ter perdido o encanto pela Runner – é porque quero coerência no discurso que me vendem.
“Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”
O Pequeno Príncipe, de Exupéry, conhecia muito de concorrência monopolística quando cunhou a famosa expressão “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Por isso, abrir a porta do carro para a garota adentrá-lo torna o cavalheiro admirado. Por isso, o vendedor que procura descobrir a necessidade de seu cliente para depois lhe apresentar uma solução é preferível ao mero tirador de pedidos. Por isso, a empresa que identifica o desejo mais subliminar de seus consumidores pode dar-se ao luxo de vender o que produz ao invés de produzir o que se vende.
Mas, no jogo da diferenciação, que fique clara uma coisa. Não é a diferenciação tecnológica (baseada nas inovações), a qualitativa (sediada na adequação) ou a mercadológica (ancorada na força e glamour das marcas) que conferem perenidade às relações. O mundo está comoditizado. Os produtos apresentam as mesmas características, os profissionais detêm os mesmos MBAs, a comunicação está massificada. A única diferenciação efetivamente sustentável ao longo do tempo é aquela baseada em pessoas. No brilho do olhar, na maciez da voz e no calor do toque, aspectos que máquina ou virtualidade alguma será capaz de reproduzir ou substituir.
Por Tom Coelho
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Quem Manda Aqui Sou Eu!
Publicado em
14/05/2011
às
09:00
No parque do Beto Carrero World, observo atentamente, dois jovens a minha frente, na fila da montanha russa. Empolgado, um deles tenta convencer o colega temeroso a passear no brinquedo radical. Desperta minha atenção, a maneira como os pensamentos negativos ocultam a oportunidade de sentir algo novo. O colega empolgado enaltece sua alegria, enquanto o temoroso insiste em falar que faltará energia elétrica, que ele vai sofrer um desmaio ou irá chover no momento que o brinquedo realizar um dos cinco loopings. Diante dos estudos que realizo sobre o comportamento humano, constato que normalmente, algumas pessoas projetam desastr es iminentes que jamais acontecerão. Pensam de maneira negativa antes de realizar qualquer atividade. Mas, quem manda na sua vida? O medo é maior do que sua capacidade de descobrir novas oportunidades na vida? Confira quatro razões para acreditar que: quem manda na sua vida é você!
Sorrir faz bem a saúde – Um sorriso é um convite de aproximação. Uma pessoa com excelente astral apresenta menos problemas emocionais. Quando você sorri, faz entrar e sair mais ar dos pulmões, do que durante a respiração regular, estimulando a circulação sanguínea. As bochechas se contraem e o sangue que corre pelo cérebro se esfria. Essa corrente sanguínea passando pela cabeça é um dos responsáveis pela sensação de bem-estar. Que tal um sorriso agora?
Confie mais no seu potencial – Quando você era criança, para aprender a andar de bicicleta, foi preciso demonstrar confiança em si e como resultado, sentir a sensação de pedalar descobrindo novas emoções. O que impede de encontrar dentro de você, a força impulsionadora para uma maior confiança?
Deixe o medo para os fracos – O poder destrutivo do medo ocupa na mente do ser humano, um significativo espaço que poderia ser ocupado com alegria, esperança e capacidade de transformação. Fortaleça diariamente sua autoestima, acredite nas suas competências e tenha como hábito escolher pensamentos produtivos e otimistas.
Pare com as desculpas – A cada novo amanhecer, procure lembrar que desculpas não tornam você uma pessoa vitoriosa. A ausência de uma atividade física não pode mais ser justificada com desculpas. Sentimentos como bom humor, coragem, energia positiva, felicidade e otimismo são essenciais para quem deseja substituir desculpas por resultados.
Comentei no início do texto sobre os dois jovens, que estavam a minha frente na montanha russa. Ao contrário de curtir o momento e aproveitar a sensação indescritível do sobrevoo que o brinquedo proporciona, o jovem demonstrou nítida falta de confiança.. Agora responda: Qual dos dois jovens seria você? Lembre sempre de um provérbio alemão que diz: “O medo e uma desculpa fazem o lobo ser maior do que realmente é na realidade”. Quando as desculpas, o medo e a falta de confiança pensarem em dominar você, com convicção, mostre quem é que manda na sua vida, combinado?
Por Dalmir Sant’Anna
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Torcendo para o Jacaré
Publicado em
13/05/2011
às
09:00
Pode parecer mentira, mas existem pessoas nas empresas que no filme do Tarzã, torcem para o Jacaré! Querem sempre ver o pior acontecer! Sentem um prazer indisfarçável quando as vendas caem, quando aparecem clientes insatisfeitos, quando produtos saem com defeito de fabricação, quando a concorrência lança algum produto inédito e assim por diante.
Quando as vendas caem, o pessoal da área administrativa, do "back-office" logo diz:
"- E agora? Vamos ver os ‘bons’ do marketing e vendas o que vão dizer..."
Quando produtos saem com defeito, o pessoal de vendas diz:
"- Ué! Eles não são todos engenheiros, ‘doutores’ e os que sabem tudo? Agora quero ver o que vão dizer..."
Quando a concorrência lança um produto inédito e nos pega de surpresa, quase todos dizem:
"- Queria ver a cara do presidente e dos diretores quando souberam...
Bem feito! Pensam que estamos sozinhos no mercado! Agora sim, a guerra vai ser prá valer..."
E tudo isso com um tom de sarcasmo e sempre seguido de um:
"- Eu bem que avisei..."
Esse pessoal precisa compreender que ou todos somos vendedores numa empresa ou não haverá emprego para ninguém. Outro dia eu estava num bar e vi um funcionário de uma fábrica de cerveja bebendo produto do concorrente. Perguntei a ele:
"- Você não é da empresa tal?
Ele respondeu:
"- Sou, sim;
E eu disse:
"- E você está tomando uma cerveja do concorrente?
Ele respondeu:
"- Sou de ‘contas a pagar’....
Como ele não é da área de "vendas" ou de "marketing" nada tem a ver com a marca, com o produto de sua empresa!
Parece mentira, mas essas pessoas realmente torcem para o Jacaré! O barco está afundando e elas estão felizes(sic) porque "alguém" será responsabilizado e todos nos "vingaremos".... mortos, é claro, pois estamos todos no mesmo barco! E elas não se apercebem disso. Continuam torcendo para o Jacaré! E quando o Tarzã (a empresa) acaba vencendo os jacarés (concorrência, etc.) , elas ficam frustradas e dizem: "- Desta vez ‘eles’ conseguiram. Mas, da próxima...".
E às vezes, os que torcem para o jacaré são "excelentes técnicos". Não importa – livre-se deles! Não dá para trabalhar hoje com gente puxando a gente para baixo e para trás. A energia que essas pessoas "sugam" da gente, faz falta no mercado, na criatividade, na vontade de inovar, de sair para o mercado. Basta você ter uma idéia e eles logo vêm dizendo: "- Você acha que alguma coisa aqui dá certo! Você fica dando idéia – parece bobo!" . Essas pessoas parecem mais um "Bom Bril" – você não acha a ponta delas – e continuam existindo na empresa! São enroladas, enrolam os outros, fazem o clima da empresa ficar sempre "pra baixo". Meu conselho é o seguinte: Se você tem em sua empresa gente que torce para o jacaré, faça uma carta de recomendação ao seu maior concorrente e ... mande embora!
Não tenha piedade dessa gente que torce para o jacaré. A empresa hoje tem que ser capaz de dar um verdadeiro "Show" no mercado. E num show não pode ter ninguém que não seja totalmente comprometido, excelente, disponível, com obsessão pela excelência. Desde o iluminador, o técnico de som, cada membro da orquestra, cada dançarino – todos enfim – têm que estar totalmente comprometidos com o sucesso de público. E se a empresa hoje não for capaz de dar um "show" no mercado, não sobreviverá.
A verdade, hoje, é que é a empresa tem que ser "excelente" em alguma coisa. E ela só será excelente se todos que a compõem forem igualmente "excelentes", torcendo para o Tarzã!
Pense nisso:
Você é dos que torce para o Jacaré? Você tem em sua equipe ou empresa gente que torce para o Jacaré? Se tiver, livre-se dessa gente, pois não dá para trabalhar com quem, no filme do Tarzã torce para o Jacaré!
Por Luiz Marins
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O maior prazer
Publicado em
12/05/2011
às
09:00
O ser humano constantemente esta a procura de prazer, de bem estar. Quer na saúde, na comida, no sexo, no status, no reconhecimento. Isto é da natureza, ainda bem, é mais que instinto de sobrevivência, é isto que move tudo. Quanto deturpado e exagerado, arrogante, orgulhoso, ai sim, se torna inconveniente, para si, para os outros.
Mas qual é o maior prazer? A liberdade de ser ou não ser feliz, fazer o que se quiser, se aposentar bem cedo e desfrutar a vida em uma rede? Trabalhar muito e ser útil até o fim da vida? Cada um vai ter que descobrir ou já descobriu. Melhor ainda, se ainda não descobriu algo está errado. Vai esperar para ser feliz, ou sentir prazer pela vida quando?
Um antigo filósofo grego, fica chique mencionar alguém da Grécia, está na moda, acreditava que a busca pela felicidade era a única coisa realmente comum entre todos os seres humanos. Para ele a escolha de ser ou não feliz não nos pertence, pois a felicidade é inerente ao ser humano, é do DNA, é de fabricação, não é acessório, cabendo somente escolher o caminho que irá percorrer para alcançá-la.
Otimista ou pessimista (a felicidade nunca chega) podemos concluir que a felicidade não é uma arvore distante, posta pelos deuses em lugar não localizável, mas está em nós, na esperança, no mais vasto coração. E concluo escrevendo que o maior prazer é SER VOCÊ MESMO. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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Saber sobre o concorrente é importante sobre o cliente é fundamental
Publicado em
11/05/2011
às
09:00
Saber sobre o concorrente é importante sobre o cliente é fundamental
Ainda hoje as empresas têm dificuldade de identificar seus concorrentes, achando que somente àqueles com produtos ou serviços idênticos são concorrentes, como também não conseguem identificar seus consumidores reais e consumidores potenciais.
Vamos citar alguns mercados e identificar os possíveis concorrentes, que deixam confusos os empreendedores:
Sapatos: seriam só, os fabricantes de sapatos os concorrentes ou, os fabricantes de tênis também, quando se usa tênis, não está usando sapatos, a maior concorrência; e agora com a projeção internacional das sandálias havaianas e outras que estão vindo atrás, as sandálias de couro perdeu um pouco de mercado, como também as botas masculinas e femininas dependendo da região influenciam fortemente no mercado.
Pastelaria: não só outras pastelarias são seus concorrentes, mas todos os que vendem coxinhas, empadinhas, pizza em pedaços quibes, hambúrgueres, e demais salgados, lances ou refeições rápidas.
Lojas de Cristais: todas as lojas de presentes para casamento são seus concorrentes.
Uísque “Old Eight”: todas as marcas como também outros destilados como Vodca, Conhaque, aguardentes (pingas ou bagaceiras), etc.
Sergio J. Cides, no seu livro Introdução ao Marketing, cita, “Concorrente é, todo produto ou serviço que impede o consumidor de comprar seu produto ou serviço, não apenas àqueles idênticos”.
Enquanto as grandes empresas ficam “brigando” entre si para mostrar quem é mais criativo, os pequenos mais ágeis ganham ampliando sua participação no mercado, tais como, cervejas, sabão em pó, refrigerantes, esponjas de aço, etc.; algumas empresas esquecem os desejos e as necessidades de seus consumidores.
Parece fácil identificar seus consumidores, mas é uma tarefa complicada, é ele adulto, criança, jovem, homem, mulher, casado, solteiro, gordo, magro, diabético, hipertenso, rico, pobre, classe média, negro, branco, universitário, trabalhador comum sem instrução, dona de casa que não freqüenta shopping, deficiente, homossexual, evangélico, e onde estão localizados.
Note quantos alvos tem que atingir para vender seus produtos ou serviços; identificar os consumidores reais e os potenciais é um trabalho árduo; os potenciais são os que precisam ser trabalhos obtendo algumas informações tais como: estão comprando do concorrente? por quê? não estão consumindo? por quê?.
Poderá também classifica-los em 3 grupos básicos:
1. Demográficos: (idade, sexo, onde mora, etc.)
2. Psicológicos: (inibido, extrovertido, indeciso, vaidoso, etc.)
3. Hábitos de Consumo: (onde e quando compra, procura preço ou qualidade, etc.)
Com estas informações o perfil dos prospectivos consumidores já está bem definido, é seu público alvo.
Saber o que seu concorrente faz é bom, mas, melhor ainda é cuidar dos seus clientes, pois estes são os que mantêm seu negócio e com lucro.
Por Cláudio Raza
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A Venda Nasce no Planejamento
Publicado em
10/05/2011
às
09:00
Ouso dizer que a capacidade de planejar, é sem dúvida alguma, uma das maiores, senão a maior dificuldade do profissional de vendas.
Não por que faltam ferramentas que auxiliem nessa questão, mas por pura falta de conhecimento para fazer um simples plano ou de acreditar que isso dará certo.
Neste artigo desejo apenas ajudar ao vendedor, aquele que está diariamente no campo, a planejar melhor cada visita e assim melhorar seu desempenho junto aos seus clientes.
Perceba que seguindo o exemplo abaixo o vendedor tende a estar melhor preparado e muito mais focado no que oferecer ao cliente e assim fazer o que realmente importa.
Coloque a sua análise em uma simples planilha ou se preferir até no papel levando em conta os seguintes aspectos: Data e nome do cliente – neste campo indique a data do planejamento e nome do cliente para futuras análises comparativas.
Concorrentes – coloque todos os concorrentes dos quais seus clientes já compra ou que pode vir a comprar. Assim você sabe com quem está competindo e quais são os pontos fortes e fracos de cada um.
Produtos que compra ou já comprou – liste todos os produtos que o cliente compra ou comprou de você por um determinado período e a sua quantidade. No mínimo liste as últimas três compras realizadas. A facilidade de acesso a esse tipo de dados depende do sistema de cada empresa, mas hoje é comum, no mínimo, o vendedor receber um relatório do que e para quem vendeu ao final de cada mês.
Preço – coloque ao lado de cada produto o valor pago por unidade ou o total do lote.
Potencial de compra mensal – agora aliado a fatos e números estime o valor que o cliente pode comprar mensalmente. Tome como referência o valor que ele já comprou e faça uma previsão realista e que possa ser atingida em um prazo máximo de seis meses.
Potencial de compra anual – essa conta é bem simples. Multiplique por doze o número que você definiu e assim você terá a estimativa de valor que o cliente, segundo seu estudo, pode vir a comprar de você.
Vendas reais acumuladas no ano – basta colocar o quanto o cliente já comprou de você neste ano no campo “Potencial de compra anual”. Esse número é o total de vendas e não vendas por produto. Assim é mais simples, mas caso desejar você pode fazer por produto.
Gap em $ – nesta coluna você simplesmente diminui o valor da coluna “Potencial de compra anual” da coluna “Vendas reais acumulada no ano”. Assim você visualizará a diferença de valores entre o potencial que o cliente tem de compra frente ao que você efetivamente vendeu. Nessa hora a gente leva cada susto!
Produtos do mix que não vendo – agora é hora de listar todos os produtos que o meu cliente não compra, mas que pode vir a comprar em um curto prazo de tempo. Muitos vendedores não trabalham o seu mix da forma adequada, porque foca o que vende mais, o que dá mais comissão, aquilo em que é expert ou porque esquece mesmo.
“Quem tem a informação tem poder!” Eu discordo deste pensamento. Na verdade “quem sabe usar a informação é quem tem o poder!”
Planeje suas vendas, prepare-se, foque sua execução e boas comissões!
Por Paulo Araújo
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Uma Só Palavra
Publicado em
09/05/2011
às
09:00
Trabalhar!
Verbo importante da nossa língua.
Importante em todas as épocas.
O trabalho satisfaz.
“O trabalho enobrece” – já disse o poeta.
Em algumas ocasiões há a frustração: “Estou sem trabalho”.
Trabalho traz alegrias.
Trabalho constrói famílias.
Sem trabalho pode ser motivo de destruição de lares.
O trabalho do jovem.
O trabalho do idoso.
O trabalho do profissional liberal.
O trabalho de todos. Em todas as horas. Em todos os momentos. O trabalho diurno. O trabalho noturno.
Para o trabalho não há horas importantes. Todas as horas são importantes...
Em todos os momentos esta palavra é lembrada: trabalho.
“O trabalho honesto”, não é verdade David?
Sim, e sempre!
Honestidade presente em todos os nossos atos e em todos os nossos momentos. Inclusive no trabalho.
- Que horas são?
- Seis e meia. Ainda está escuro...
- Puxa, estou um pouquinho atrasado. Vou tomar meu café. Tomar banho. Vestir-me. Pegar o ônibus e ir diretamente ao “trabalho”. É segunda-feira. Estou feliz, mas um pouco trêmulo. Meu primeiro dia no “trabalho”...
Assim é com todos.
Primeiro trabalho. Segundo trabalho...
Não importa o numeral. O importante é trabalhar com satisfação. “Subir” na empresa. Ajudar os colegas. Se sentir realizado nas horas junto ao ambiente de trabalho.
Muitos nestas horas estão à procura de trabalho.
Não estão podendo nem ler estas palavras.
Tenho a certeza que conseguirão, com a ajuda de todos nós.
Sim conseguirão! Não desistam!
Trabalho!
Trabalhar!
É a palavra que traduz alegria.
É a palavra que conquista amizades e também corações.
Uma única palavra: trabalho.
Por David Iasnogrodski
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As redes sociais e você!
Publicado em
08/05/2011
às
09:00
Você já ouviu falar de Msn, Sonico, Facebook, Orkut, MySpace, Via6, Hi5, Twitter, Linkedin, Flickr e inúmeras outras denominações do que se convencionou chamar de rede social?
Se não ouviu, nem tem um perfil num destes sites de relacionamento interpessoal, empresarial, educacional, você está ficando obsoleto, atrasado, desatualizado, off-line (?!!). Aliado à enxurrada de novidades na área da comunicação, com destaque especial para os smartphones e tablets, o Planeta Terra ficou cada vez menor.
Não bastasse a instantaneidade da informação que cruza continentes vertiginosamente, permitindo sabermos e acompanharmos on-line, com qualidade digital de som e imagem, acontecimentos do outro lado do mundo, ou às vezes, fora dele, como nas viagens dos ônibus espaciais, ainda temos uma efervescente ferramenta tecnológica de mobilização de massas.
A internet assumiu uma importância e um poderio de tal ordem que, como se viu, ultimamente, na Tunísia, no Egito, na Líbia e em outros países do Oriente Médio e Ásia, movimenta populações inteiras “antenadas”, no combate a décadas de dominação teocrática, autocrática, ditatorial, o que seja.
As ondas eletromagnéticas se materializam nas telas dos desktops, laptops, netbooks e diversas outras maquininhas maravilhosas de interação, fazendo hordas se moverem numa direção, em favor ou contra algo ou alguém.
Há poucos dias, sobreviventes do terremoto que atingiu a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, estavam usando a web na procura de pessoas desaparecidas e no auxílio aos desabrigados. Noutra notícia, o portal l3tool, uma rede social educacional, oferecia cursos gratuitos para download (sabe o que é isto?). São exemplos de interação através de rede social. Há milhares de outras em atividade, sempre on-line. Na tragédia japonesa de março, o Twitter está sendo usado intensamente, atualizando o mundo sobre as dificuldades da população assolada pelos tremores de terra, tsunamis e ameaça nuclear.
É óbvio que, a despeito de seu papel relevante na interação e integração de pessoas e comunidades, as ferramentas sociais também lançam uma overdose de informação (???) no ar. Internet, e-mails, TV a cabo 24 horas, telefones celulares, blogs, fotoblogs, tudo contribui para a avalanche instantânea de dados, imagens, palavras, notícias... Os filtros pessoais são necessários e indispensáveis para separar o joio do trigo.
Olvidamos inclusive que há pouco mais de duas décadas somente ou quase somente nos comunicávamos por correio, telefone, telex e fax.
Mas, mesmo assim, com a vertigem dos avanços, acho que devemos seguir na trilha da liberdade de comunicação com todas as ferramentas e redes que a tecnologia de informação permita. As redes sociais estão revolucionando o Planeta. Não podemos nos alienar no processo de inclusão digital. Fiquemos on-line!
Por Vilson Antonio Romero
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A Campeã é... Você Mãe!
Publicado em
07/05/2011
às
09:00
A cantora Simone, interpreta uma bela composição de Paulo Debétio e Paulinho Rezende, chamada "Uma Nova Mulher". O sentimento de conquista e o de amor fraternal de uma mulher, não pode ser interpretado como algo isolado, mas um processo que requer reconhecimento por meio da coerência em ser uma verdadeira campeã. Perceba nos itens a seguir, que uma mãe, além dos inúmeros sentimentos, dispõe no íntimo do seu coração algo realmente mágico, chamado amor.
Você é uma vilã ou heroína? - O medo pode ser uma força destrutiva na vida de um ser humano. Mas o que é o medo? A raiz da palavra medo vem do termo em Latim MÉTUS, que significa angústia, ansiedade, covardia, inquietação e temor. É isso que o medo causa na vida de uma mãe, quando ela permite que essa força destrutiva seja maior que o brilho do seu talento. A mulher que permite ser vilã da própria vida usa o medo como uma justificativa. Que tal reverter hoje essa situação? Fortaleça sua autoestima, acredite mais em você, nas suas habilidades e, jamais esqueça, que a mãe pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.
Com quem você joga bola? - Durante a apresentação de uma palestra para um auditório com inúmeras participantes do Conselho da Mulher Empreendedora, disse: "Jogue bola com pessoas ruins e você será uma perdedora. Jogue bola com pessoas vitoriosas e você levantará o troféu com elas". Perceba que, se você desejar ser fraca, basta andar com pessoas medíocres, desmotivadas e que somente falam de gente. Em outra perspectiva, se você quer ser uma mulher vitoriosa e uma mãe prestativa, busque continuamente andar com pessoas atuantes, determinadas e empreendedoras. Com quem você está andando?
A letra da música "Uma Nova Mulher" diz em uma das estrofes: "quero ser assim, senhora das minhas vontades e dona de mim". Tudo o que você ama atualmente, um dia era algo desconhecido, estranho ou distante. Você concorda? Seja senhora das suas vontades e não tenha medo de experimentar algo novo. Somente reconhece a sensibilidade do amor, a mãe que olha seu filho no berço e percebe a cada novo dia a descoberta de uma emoção. Seja a cada novo amanhecer, uma pessoa ainda mais valente para sentir que além de heroína, determinada e valente, você mãe, já é uma campeã.
Por Dalmir Sant’Anna
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Governança da Marca
Publicado em
05/05/2011
às
09:00
Algumas marcas sobrevivem às empresas que as originaram, permanecendo vivas na lembrança apesar do ocaso das suas organizações. Trata-se de mais um caso onde a criatura supera o criador, ou apenas um exemplo de descaso na gestão da marca?
Para começar, é interessante reconhecer na marca mais que um ativo econômico, um elemento da estratégia ou mesmo um trunfo mercadológico. Ela também é uma identidade coletiva, uma memória emocional, um produto de valor social. Seguramente, estes fatores contribuem para explicar sua luz própria e sobrevivência.
A história empresarial do sul – predominantemente de origem familiar – é repleta de exemplos de grandes líderes e marcas famosas. Empreendedores que edificaram negócios e organizações com muito trabalho e competência, mas acima de tudo, com a força de sua reputação pessoal. Sabiam compreender que a marca é uma construção permanente, um traço do próprio caráter, um elemento da cultura.
A marca, como já vimos, deve dizer a que veio, sob pena de passar em branco. Através do posicionamento ela revela suas intenções e compromissos de valor junto aos mercados e públicos, enquanto comunica para a gestão as diretrizes estratégicas que nortearão sua sustentação. Isto é básico para garantir o valor econômico da marca, mas não suficiente.
Para se diferenciarem, as boas marcas assumem causas, identificam-se com alguma demanda da sociedade, emprestam suas ‘expertises’, abraçam problemas e comprometem-se com seu equacionamento. O resultado desse esforço – adjacente à sua atuação econômica – é gerador de valor social.
Como se trata de uma herança, um ativo de valor extraordinário, a marca requer cuidados de estrategistas, marqueteiros ou comunicadores, mas também de uma vigilância institucional. Somente uma ação de governança efetiva pode assegurar a devida equalização entre as dimensões econômicas e sociais, que se somam no valor real da marca.
Obviamente, os conselhos de administração já monitoram o valor do negócio, o comportamento das ações, o valor contábil da marca e a qualidade da gestão. Mas podem ir além e praticar na marca os mesmos pilares fundamentais da Governança Corporativa que são: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Por exemplo: considerar a transparência como canal de comunicação para construir laços fortes com os elos da sua cadeia de valor. Ver uma oportunidade de transformar os instrumentos de contato com clientes e talentos, de veículos de propaganda oficial, ou meras formalidades, em efetivas redes de relacionamento, propagadoras da imagem e reputação.
Ou quem sabe aproveitar a obrigatoriedade da prestação de contas, para demonstrar a qualidade da gestão, a força da marca e a lisura dos atos administrativos. Provar que os compromissos públicos do seu posicionamento estão sendo transformados em verdade, que seus produtos e serviços estão à altura de sua proposta de valor.
Capítulo à parte, a prática da equidade faz muita diferença no valor da marca. Ao cuidar que suas lideranças ajam sintonizadas com os mesmos princípios éticos, de tratamento igualitário, de respeito ao mérito e às singularidades, a organização revela a unidade de sua cultura e a utilidade seus valores.
Quaisquer destes fatores em si já são relevantes para ampliar ou restringir o valor da empresa e da marca e, portanto, objeto de interesse da governança. Mas, em nossa percepção, é na Responsabilidade Corporativa que existe um grande potencial de ganhos para a marca, não só pela sua abrangência, como por ser um universo ainda pouco explorado. Para tanto, se faz necessário desenvolver melhor as competências sociais.
Ao associar o crescimento dos negócios com a geração de elos sociais com os agentes interessados em sua sustentabilidade – onde desponta seu capital humano – a empresa fica com a convicção de haver cumprido – de fato e de direito – sua finalidade como organização e como marca.
Por Luiz Fernando Reginato
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Da percepção ao conhecimento, do conhecimento às atitudes.
Publicado em
04/05/2011
às
09:00
Preâmbulo.
Com olhos atentos e coração pulsante assisti ao documentário cinematográfico “Lixo Extraordinário” um resgate humano, estético e comovente da dignidade humana, filmado, em grande parte, no Jardim Gramacho, Rio de Janeiro, o maior depósito de lixo do mundo. Senti a verdadeira densidade desta obra de arte e presto louvor à direção de Lucy Walker e ao artista plástico Vik Muniz, pela grandeza desta obra prima.
Pedalando rumo ao tema.
Antigo provérbio, eivado de graça lusa, prescrevia que quem não sabe o que quer, quando encontra, não se dá conta.
A questão sustentabilidade passa a ser conhecimento coletivo quando os problemas aos quais se refere, dia após dia, tornam-se alarmantes.
O professor Mozart Pereira Soares, com sua vasta erudição, em amena exposição de suas concepções científicas, pautava que talvez por esse imenso universo de 6 trilhões de galáxias somente nosso planeta tenha estruturado as composições de água, oxigênio, terra, competentes para viabilizar o ciclo evolutivo da flora, fauna e o surgimento da espécie humana.
Pelas vastidões do universo, lamentavelmente, se desenvolveriam apenas rudimentares bactérias, contrariando as expectativas dos ufologistas. “A terra é o provável paraíso perdido,” disse Lorca.
Memórias
Quem tenha na memória um suporte de suas ideias há de lembrar Luzes da Ribalta, o filme de Chaplin, onde Calvero, o palhaço em ocaso e domador de pulgas, ante o desespero suicida da bailarina Claire Bloom lhe demove do caos afirmando que a vida levou milênios para criar um ser consciente, e que não seria justo, num gesto individual, desprezar este milagre do surgimento de um ser consciente que pensa, canta, dança, cria.
O discurso chapliniano pode muito bem transferir-se ao mundo das empresas públicas e privadas, cuja atuação interfere na continuidade sustentável da vida.
O século XX teve mais inventos que todos os séculos que o antecedem. Cada ser humano tornou-se herdeiro de pesquisas, descobertas e invenções monumentais. Colocar esta instrumentação a serviço da vida é um compromisso ao qual ninguém poderá se furtar.
O momento explicito
Poluímos as águas e os céus, devastamos os mares, secamos rios, criamos sórdidos cortiços habitacionais com milhões de sobreviventes, alastramos a violência e engarrafamos nossas vidas em um trânsito trôpego e desesperante. Mas nem por isso os melões perderam seu aroma, os jardins deixaram de florescer, pois a terra é incondicional em sua generosidade embora limitada em suas reais possibilidades.
Se contarmos apenas com a consciência dos problemas ambientais, nosso futuro correria por penhascos e labirintos. Os legisladores de vários países procuram estabelecer normas de conduta que determinam a proteção à natureza.
As leis, porém, só ganham coercitividade se respaldadas na consciência e determinação dos contingentes humanos. Caso contrário, são efêmeras borboletas esvoaçantes.
Da conscientização
As campanhas sobre a sustentabilidade devem começar nas escolas, com farto e sedutor material didático, para que se crie uma geração ecológica, verdadeiros guardiões da natureza.
O dia amanhecerá com um belo sol no horizonte. De noite a lua há de passear pelo céu. Há tanto verde pelas estradas. Tudo nos convida a acreditar que os problemas ecológicos estão centrados na cabeça de nefastos pessimistas.
Mas a cada ano a natureza revela seu crescente descontentamento ou desequilíbrio. “O homem aprendeu a dominar a natureza antes de ter aprendido a dominar a si mesmo”, afirmou Albert Schuwister. Os noticiários captam tragédias e calamidades e com eles nutrem seu sôfrego Ibope. De imediato, amenizando os soterramentos, desmoronamento de montanhas, Tsunami, tufões e outras óperas de uma planeta tragificado, veiculam as amenidades dos golos do campeonato nacional ou o deslumbramento do mundo fashion das passarelas.
Com as utopias de cócoras, as ideologias, qual iogurte, com data vencida, uma nova bandeira tremula nos ares: a bandeira da defesa da natureza. Se as empresas desempenham funções vitais na sociedade, a elas incumbe tornar sua a bandeira da sustentabilidade. Instituições, órgãos representativos das categorias sociais, dos setores empresariais, devem ser guias motivadores e talvez controladores das atuações que tenham reflexos, diretos ou indiretos, sobre a natureza.
Se a natureza faz a sua parte, façamos a nossa. Quando a última árvore for cortada e o último rio envenenado, perceberemos que todo dinheiro do mundo nada vale. A própria Bíblia nos receita: “não machuque a terra, nem o mar, nem as árvores”.
Conclusivo
O embate ideológico cedeu lugar a um conceito de gestão. E nenhuma gestão será eficiente, em empresas de qualquer porte ou origem, se não frontalizar seu compromisso com a sustentabilidade. Isto envolve projetos de longo alcance e medidas de controle cotidiano. Propagar objetivos alcançados não será proselitismo, mas medida motivadora a novas iniciativas. Precisamos repensar o planeta e o ser humano. Produzimos duas toneladas de grãos por habitante neste espaço geográfico do Rio Grande. E ainda existem homens, mulheres e crianças sub- alimentados. Cantamos hosanas a exportações e esquecemos que as pessoas são o maior capital de um país, estado ou cidade. Tenho comigo que o sol negará sua luz e a lua seu lenço aos que unham, mordem e sangram o fértil seio da terra.
Por Luiz Coronel
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O Lado "Bom" Da Pirataria
Publicado em
03/05/2011
às
09:00
Dois projetos curiosos do Ministério Público Estadual, intitulados Bem Legal e Alquimia, têm como objetivo destinar produtos falsificados, que antes eram destruídos, para reutilização por pessoas de baixa renda. Os artigos ilícitos apreendidos, geralmente peças de roupas, acessórios e até o material usado nas máquinas caça níqueis serão doados a quem precisa.
É um bom fim para os produtos que são recolhidos. Um projeto de lei da Câmara (PLC 62/10), apresentado pelo então deputado Paulo Paim (PT-RS), hoje senador, sugeriu que as pessoas carentes poderão passar a receber produtos falsificados que tenham sido preservados após sofrerem apreensão e destruição ou inutilização da marca fraudada. Foi aprovada no mês de março deste ano.
Esse fato só vem a acrescentar na proposta da Lei nº 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial) com a intenção de evitar o desperdício de produtos que, livres da marca da falsificação, poderiam ser aproveitados pelos menos favorecidos. Acredito que milhares de pessoas podem ser beneficiadas, já que no Brasil, só em 2010, foram apreendidas mercadorias falsificadas que chegam ao valor de R$ 1 bilhão. O nosso país, infelizmente, figura entre os quatro que mais consomem produtos piratas no mundo.
No entanto, por mais que essa medida do MPE deva ser louvada pelo seu caráter solidário, não podemos esquecer que a pirataria é crime e uma praga que precisa ser, diariamente, combatida. E os números do Conselho Nacional de Combate à Pirataria estão aí para provar: estima-se que no país dois milhões e 200 mil empregos deixam de ser criados todos os anos em razão do fechamento de indústrias por causa dela e que o Brasil perde cerca de R$ 30 bilhões por ano com produtos falsificados e contrabandeados. Ou seja, os prejuízos sempre serão maiores que os benefícios.
Para ajudar no processo contra esse mercado ilegal, a Marpa dispõe do serviço Disque Pirataria. Pode ser acessado pelo telefone 0800 601-7778 sempre que houver uma denúncia contra produtos ou marcas falsificados. As informações são sigilosas e serão encaminhadas a órgãos competentes, como SMIC e Polícia Federal, para que os responsáveis pela pirataria sejam responsabilizados pelo ato.
Por Valdomiro Soares
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Trabalhar Para Viver ou Viver Para Trabalhar
Publicado em
02/05/2011
às
09:00
É uma expressão muito interessante. Não acham?
Difícil de se escolher.
Trabalhar e viver estão sempre acompanhados.
Cada vez mais notamos a importância do trabalhar e trabalhar com qualidade.
Estamos vivenciando uma nova era. A era do crescimento brasileiro onde a mão-de-obra qualificada é a maior necessidade. Estamos em falta “deste” produto... É o crescimento de nosso país perante o mundo globalizado. É a realidade que estamos atravessando.
Cada vez mais necessitamos do trabalho técnico e que goste do seu ofício.
“ Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Para muitos, talvez, seja um dilema a expressão acima citada.
Necessitamos trabalhar. E cada vez mais.
Necessitamos viver com dignidade. E cada vez mais.
Necessitamos de lazer. E cada vez mais.
Se isso não acontecer o “estresse” toma conta de todos nós.
Necessitamos de limites para tudo. E esses limites deverão ser decisões individualizadas. O mundo de hoje é um mundo apressado. E cada vez mais precisamos definir e decidir rapidamente, pois senão o concorrente nos pega... (é o jogo do gato e rato...)
“Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Eis uma questão que talvez nem Freud possa explicar. ( he,he,he...)
Mas necessitamos achar e desvendar um “modus facienti” onde a “balança” possa ficar no meio termo e com isso nossa vida se organiza melhor. “Estamos com pressa, mas não podemos fazer com pressa...”
“Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”
Os leitores mais ligados à psicologia devem já estar explicando esta situação. Devem estar explicando com maiores detalhes esta expressão, ou melhor, devem explicar melhor como sair desta expressão... Não é verdade?
É uma expressão que me veio à mente.
Talvez até para muitos...
Quero compartilhar com vocês.
O que é o melhor? “Trabalhar para viver ou viver para trabalhar”.
“That’s the question”.
Por David Iasnogrodski
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A importância de medir
Publicado em
01/05/2011
às
09:00
Aprender a medir; acostumar-se a medir é fundamental para o sucesso. Quando um fenômeno qualquer é corretamente medido é sempre mais fácil tomar decisões a respeito dele.
Nós, no Brasil, somos muito carentes de dados. Não temos o hábito, muito comum nos países europeus e mesmo nos EUA de medir quase tudo. Sem termos a exata medida de um problema, dificilmente desenvolveremos ações eficazes para a sua solução. Medir é, pois, um grande facilitador da ação.
Todas as ciências têm como base o medir. Um médico antes de receitar, pede exames laboratoriais que dirão a ele exatamente qual a carência do paciente. Um engenheiro agrônomo faz a análise laboratorial do solo para definir quais corretivos deverá aplicar para que a colheita seja maior. Se eu souber exatamente quantas pessoas irão a um casamento, poderei preparar uma festa adequada ao número de convivas. Se eu não souber, terei que ficar na expectativa de que os doces sejam suficientes para todos. E o resultado será sempre “sobrar muito” ou “faltar muito”. É sempre alto o preço de não se ter o hábito de medir. Quando trabalho sem dados, tenho que tomar decisões empíricas. “Vou fazer isso porque ‘acho’ que esse é o problema”, dizem os que não se baseiam em medidas certas para tomar decisões. Esse “achismo” é um grande mal.
Não raramente ficamos surpresos quando o IBGE, por exemplo, nos mostra os dados mais analíticos do CENSO. Quase sempre os dados derrubam nossa percepção que era, muitas vezes, oposta à realidade. Sem medir ficamos à mercê de nossos preconceitos e modelos mentais que podem estar ultrapassados. Sem medir confiamos numa presumível intuição em coisas que são mensuráveis e quase sempre erramos.
Assim, uma das coisas que precisamos fazer é adquirir o hábito de medir. Quando alguém disser “muitos” pergunte “exatamente quantos”. Quando disser “grande”, pergunte exatamente o tamanho. Quando disser “todo mundo disse”, pergunte exatamente “quantos falaram”. Trabalhando com dados e medidas, você passará a ter maior domínio sobre a realidade. Adquirindo o hábito de medir, a pessoa também passará a exigir dados e medidas das coisas que lhe são ditas e aumentará assim a sua consciência cidadã e será menos iludida pelos que falam sem apresentar dados, sem medir.
Faça isso na sua empresa. Acostume-se a medir e a exigir dados exatos sobre os problemas e verá que a solução ficará sempre mais fácil.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Caminhe a seu passo
Publicado em
30/04/2011
às
09:00
O avô estava andando com seu neto. O neto tentando seguir o tamanho dos passos do avô. “Não consigo te acompanhar, vô.” Desculpe meu netinho, vou me adaptar, mas vou te fizer uma coisa importante para tua vida.
Caminhe a seu passo. Não tente já ser gente grande quando você ainda não é. Tudo ao seu tempo. Você vai crescer e vai por andar mais rápido e depois, vai andar mais devagar novamente. É o ciclo.
Existe tempo para tudo neste mundo. Para nascer, crescer, morrer. Para andar, correr. Assobiar, cantar, chorar. Para ficar alegre, gritar. Para ficar quieto. Para beber, para ficar sóbrio, para comer muito e se arrepender.
É característica do ser humano querer adiantar ou atrasar o relógio. Ah seu eu já tivesse 30 anos. Ou, Ah se ainda tivesse 30 anos. Parece que a idade que temos não é a certa. Ou já passou ou ainda vai vir.
Baseado nisto, é necessário fazer um esforço para não entrar nesta armadilha e considerar a idade atual a melhor. O que na realidade é.E, pasmem, não existe outra alternativa. E a melhor alternativa. É a única alternativa. O importante, o essencial é aproveitar cada estágio da vida. Acompanhar a evolução de uma criança é um privilégio. Faz-nos lembrar de todas as nossas fases, as que não aproveitamos bem e nos remete a consideração mais obvio: Como posso aproveitar ao máximo meu tempo?
Pense sobre isto. Caminhe ao seu passo. De qualquer sorte você não vai chegar antes lá. Vai chegar ao seu tempo.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Escolhas x Auto - Engano
Publicado em
29/04/2011
às
18:00
μηδεν αγαν. Não entendeu a frase ao lado? Em grego, μηδεν αγαν, quer dizer "nada em excesso" que era um dos lemas descritos no templo de Apolo em Delfos na Antiga Grécia. A cidade hoje não existe mais, mas suas ruínas foram declaradas como patrimônio mundial pela UNESCO.
Inteligente é o ser que sabe fazer as escolhas certas para atingir um determinado objetivo. Talento é quem consegue equilibrar suas escolhas com o auto-engano.
A capacidade de auto-enganar-se é tão presente em nossas ações que sem ela nossa vida seria chata, pacata e monótona.
O auto-engano é praticado quando traçamos uma meta impossível de atingir, mesmo com dados e fatos nas mãos, quando acreditamos que as pessoas podem mudar de um dia para outro vícios enraizados no seu cotidiano.
E assim postergamos mudanças que precisam ser feitas, mas que por escolhas erradas e pela prática do auto-engano vamos adiando como se o senhor tempo fosse ajeitar tudo como em um passe de mágica. A mágica não existe, é só ilusão, mas concordamos em um ponto: é fascinante.
Postergamos a demissão daquele funcionário que insiste em não executar as estratégias e táticas definidas na reunião semanal, que não atinge as metas e sempre tem uma linda desculpa para nos dar, por que sinceramente acreditamos que um dia ele irá mudar. Em parar de vender para aquele cliente que só nos dá prejuízos, afinal qual empresa não tem um clientes que dá trabalho demais e lucro de menos? São coisas da vida, talvez um mal necessário.
E assim ao não fazer as escolhas corretas, nos auto-enganamos que logo tudo será diferente e perdemos com isso o timing correto da oportunidade. Oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, de partir para outra, de se libertar de velhos paradigmas, de enfrentar o novo, de aprender e fazer o que precisa ser feito.
Mas convenhamos! Fazer as escolhas corretas não é fácil! Sabemos o que fazer, mas nem sempre o como fazer. Largar um emprego de anos, por mais que você esteja estagnado não é tarefa fácil. Terminar um casamento que já não existe mais parece insano se não tentar pelo menos mais uma última vez.
Inteligência, em excesso, nos leva a ser racionais demais e não se aventurar no desconhecido. Imagine se só fizéssemos as escolhas certas? Esse excesso de racionalidade tornaria a vida chata. Inovaríamos pouco, perderíamos o encanto.
Mas o excesso na capacidade de auto-enganar-se nos levar a crer que somos aquilo que não somos. Decidir, fazer as escolhas certas para sua vida e carreira não é fácil. O tempo todo fazemos escolhas, sejam elas em menor ou maior grau de complexidade, e o tempo todo nos deixamos enganar por acreditar na esperança. Sem esperança não há vida.
Como não há remédio que nos faça fazer as escolhas certas o tempo todo, nem para a cura do auto-engano que é essencial para a criação do novo, sugiro que você fique com o conselho descrito no templo de Apolo em Delfos - nada em excesso!
Por Paulo Araújo
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Registro de Marcas no Brasil
Publicado em
28/04/2011
às
09:00
O INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial, criado na década de 70 através da Lei n. º 5.648/70 é a autarquia federal responsável pela emissão dos registros de marcas no Brasil.
A Lei de Propriedade Industrial n°. 9.279/96, dispõe sobre o conceito de marca no Artigo 122, como sendo os sinais distintivos visualmente perceptíveis, que não estejam compreendidos nas proibições legais.
O SINAL DISTINTIVO VISUALMENTE PERCEPTÍVEL mencionado pela Lei pode distinguir os mais variados produtos e serviços no mercado, podendo ser misto (nome e figura), nominativo (somente o nome) e, ainda, figurativo (logotipo).
O registro expedido pelo INPI, através do certificado de registro de marca, confere ao titular o direito de uso exclusivo em todo território nacional, conforme dispõe o Art. 129 da Lei da Propriedade Industrial.
Já dizia o ilustre doutrinador João da Gama Cerqueira a cerca dos direitos resultantes destes registros que: “se caracterizam como direitos de propriedade, com as mesmas notas da propriedade de Direito comum, apenas diversificando-se em relação ao seu objeto, que é incorpóreo. Daí o nome propriedade imaterial, que distingue essa propriedade”. (João da Gama Cerqueira, Tratado da Propriedade Industrial, 2ª. Edição, Editora Revista dos Tribunais, Página 760).
Para a obtenção de um registro de marca no Brasil é imprescindível o depósito do pedido junto ao INPI, que irá tramitar administrativamente até a sua concessão. Cada pedido é instruído e limitado por um classificador de produtos e serviços, sendo que cada classe delimita sua proteção. Portanto, se o empresário possui interesse em registrar mais de uma marca, deverá fazer o depósito do número correspondente de pedidos nas classes de seu interesse.
Baseado na legislação, a marca pretendida é submetida à análise de registrabilidade, ou seja, o sinal depositado não pode estar compreendido nas proibições legais, contidas no art. 124 da Lei.
Toda decisão do INPI é publicada, semanalmente, na REPI – Revista Eletrônica da Propriedade Industrial, o que a torna de conhecimento público, podendo terceiros interessados tomar suas providências nos casos em que estiver sofrendo ameaça no seu direito.
Ao optar por utilizar determinada marca para assinalar um produto ou serviço, o empresário, cristaliza através de investimentos, uma forte ligação com o mercado. Desta ligação surgem atributos que serão percebidos pelos consumidores, sejam eles positivos ou negativos, nos quais estarão diretamente ligados a marca e, por conseqüência, resultarão no diferencial pela conquista da preferência e fidelidade frente aos concorrentes.
São justamente estas ligações intelectuais que instigam terceiros a valerem-se da reputação da marca original, daí a importância de resguardar seus direitos através do registro de marca, evitando, dessa forma, a existência de marcas idênticas ou semelhantes.
Assim como “matar alguém” é tipificado como crime no Código Penal Brasileiro, a Lei 9.279/96 cuidou de prever os crimes contra as marcas, disposto no Art. 189 (reproduzir, imitar, alterar, importar, exportar, vender, oferecer ou expor à venda marca registrada). Infelizmente, não deixam de crescer os homicídios em nosso país, assim como os números alarmantes da pirataria.
Por isto, a recomendação é a proteção através do registro, pois ocorrendo a cópia, a reprodução, a falsificação sobre a marca, o titular que obtiver legalmente o título de propriedade (certificado de registro) poderá tomar todas as medidas pertinentes para coibir a prática ilegal, sejam elas administrativas, judiciais e/ou extrajudiciais.
Também é de grande importância o acompanhamento da marca junto ao INPI, através de profissionais legalmente capacitados (advogados e agentes da propriedade industrial), pois somente estes, irão desempenhar o papel fundamental para coibir o uso indevido e primar pela integridade da marca.
Por fim, não restam dúvidas de que as marcas desempenham uma função importante no mercado, distinguindo produtos e serviços, o que possibilita que o consumidor faça a sua preferência. De outro lado, sendo a marca um ativo importante, impulsiona o crescimento de uma empresa.
Por Roberta Monteiro Minuzzo e Rodrigo Monteiro
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Doutrina e jurisprudência pacificaram dolo e culpa
Publicado em
27/04/2011
às
09:00
Dada a necessidade sistemática (e pragmática), existe na doutrina internacional a distinção entre diversos tipos de dolo, dentre as quais podemos destacar, como exemplo, o dolo direto de primeiro grau e de segundo grau (assim concebidos na Alemanha), sendo esse segundo os efeitos “colaterais” que o agente sabe como necessariamente ligados à obtenção de sua finalidade direta (dolo de primeiro grau). Reconhecem também os tedescos, como nós brasileiros, o dolo eventual.
Em nosso país, não se apresentam grandes divergências doutrinárias sobre o chamado dolo eventual, mas consideramos importantes pequenas digressões. Com base na chamada teoria da vontade, entende-se que haveria o dolo somente quando o autor quisesse o resultado; já conforme a teoria da representação, engloba-se qualquer consciência da possibilidade do resultado. Por fim, os teóricos do consentimento (ou da anuência), que fizeram nosso Código Penal, entendem que há dolo quando o autor anui, consente na realização do fato considerado típico.
Esse dado psíquico deve substituir a vontade e geralmente é descrito como “estar de acordo”, “acolher em sua vontade”, “assumir o risco”, aprovando (em sentido jurídico) a realização do fato. Pretende-se haver no autor uma disposição interna em relação ao resultado, para a qual ele é indiferente.
Em outras palavras, na famosa “Fórmula de Frank”: se o autor disser para si mesmo “seja assim ou de outra maneira, ocorra isso ou aquilo, de qualquer modo eu agirei”, então sua responsabilização é por crime doloso na modalidade eventual.
A teoria dominante se vê, porém, obrigada a isentar a responsabilidade pelo fato doloso aquele autor que se interessa tão pouco pela possibilidade de lesão de outrem, que sequer chega a apresentar qualquer intenção em relação a ela, de modo que, não levando a sério o perigo, não o considera sequer válido.
De outra banda, se o autor cria um perigo, ainda que reduzido, mas não permitido, ele age com dolo, se considerou sério esse (mesmo que reduzido) perigo e superou o obstáculo psíquico moral daí decorrente.
O perigo criado pode gerar responsabilização por dolo ou culpa, dependendo do caso concreto e da intenção ou não do autor. Não se pretende aqui, todavia, realizar uma digressão pormenorizada dos chamados crimes de perigo, em que o risco criado é extremamente relevante e frutifica fervorosos debates jurídicos.
Voltando à vexata quaestio, o autor do fato deve conhecer tantos fatores integrantes do risco de realização do tipo por ele criado quantos sejam necessários para qualificar esse risco como um risco doloso, e essa avaliação é jurídica, e não de fato.
Por fim, como a pá de cal em quaisquer dúvidas, nosso Estatuto Repressivo definiu o que entende por dolo, dispondo: “Diz-se o crime 1 – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (artigo 18, inciso I); daí nossa doutrina distinguir o dolo direto (“quis o resultado”) e o eventual (“assumiu o risco de produzi-lo).
Aliás, um dispositivo importante para o conhecimento dessas concepções é o artigo 20, que fala de erro de tipo, quando menciona que a falta de conhecimento exclui o dolo. Assim, dolo pressupõe, no mínimo, conhecimento. Após disso é que se falará em intenção.
Já quanto à culpa, se a lei não previr expressamente a punibilidade do agir culposo, somente é punível o agir doloso. Simples assim. Segundo o entendimento comum, pois, culpa e dolo se excluem. Pretender realizar não é o mesmo de dar causa por imprudência ou falta de atenção, por exemplo.
Outro tema que não deve ser esquecido é o que pertine à chamada culpa inconsciente, o autor não imagina o resultado, apesar de conhecer os pressupostos fáticos de seu dever de cuidado, sem que os atenda, fazendo pouco caso da possíveis consequencias. A diferença entre aquele que age com culpa consciente daquele da culpa inconsciente é que o primeiro, ao menos, cumpre parte de seu dever de cuidado, enquanto o segundo desde o início ignora esse apelo.
Bem diferente do dolo, para o qual mister é, pois, o conhecimento e vontade de realização do tipo objetivo do ilícito.
Uma resposta satisfatória à diferenciação se alcança apenas em se verificando a atitude pessoal ou a posição íntima do agente, perante a norma jurídico-penal. Se, por um lado, o dolo é o conhecimento e vontade de realização do fato típico, a negligência (imprudência, imperícia) é a violação de um dever de cuidado e criação de um risco não permitido.
O dolo é, ainda, uma contrariedade, uma indiferença expressa com a norma penal, enquanto a culpa é uma atitude de descuido ou leviandade perante o dever.
Feitas essas digressões, resta, por fim, a análise da tentativa.
O artigo 14 do Código Penal em seu inciso II diz que o crime será tentado quando iniciada a execução, e não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Se punirá a tentativa pela pena do crime consumado reduzindo a mesma de um a dois terços.
Em um julgado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (70024594707) entendeu-se que a tentativa comporta sempre a hipótese da desistência voluntária por parte do agente, que, desistindo de cometer o crime mais grave, só será responsabilizado pelos danos que até então houver produzido. No dolo eventual não há como alguém desistir de assumir o risco, uma vez assumido o risco, obviamente impossível desistir de assumi-lo.
Não se pode negar que há doutrinadores que admitem a possibilidade de tentativa nos casos de dolo eventual, como Luís Jiménez de Asúa, por exemplo. Quando o resultado é apenas representado pelo agente, que não o deseja, mas o reconhece como possível assumindo o risco de produzir o resultado.
A doutrina alemã, com raras exceções, reconhece a tentativa com dolo eventual sempre que seja suficiente para o tipo respectivo. Para Gunther Jakobs, se para consumação basta o dolo eventual, será assim também para a tentativa.
Eis o entendimento jurisprudencial, exemplificativo de todo esse debate:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIME DE TRÂNSITO. DENÚNCIA POR HOMICÍDIO TENTADO COM DOLO EVENTUAL. DECISÃO PRONUNCIATÓRIA. NECESSIDADE DE REFORMA. IMPOSSIBILIDADE LÓGICA DE ADMITIR-SE A TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO. Recurso provido. (Recurso em Sentido Estrito Nº 70028712321, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em 19/06/2009)”
Ementa: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. TRIBUNAL DO JÚRI. 1º FATO. HOMICÍDIO DOLOSO (DOLO EVENTUAL) PRATICADO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. ART. 121, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. MANUTENÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA. Uma linha muito tênue separa o dolo eventual da culpa consciente, pois em ambos os casos o possível resultado é conhecido e não é desejado pelo agente. A diferença reside no fato de que, na culpa consciente o agente sequer cogita a hipótese de tal resultado realmente vir a ocorrer, enquanto no dolo eventual aceita a possibilidade, simplesmente aceitando o risco que corre de produzir o resultado. Diante de tão sutil diferença, seria mesmo imprudente privar os jurados da apreciação do fato, que consiste em um acidente de trânsito causado por motorista embriagado. PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE ANIMUS NECANDI NA CONDUTA DO ACUSADO. INVIABILIDADE DE RECONHECIMENTO DESDE LOGO DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE CERTEZA ABSOLUTA QUANTO AO DOLO DE MATAR. A desclassificação do delito importa em apreciação do animus necandi, matéria de competência exclusiva do Tribunal do Júri, só podendo ser operada nesta fase processual quando há certeza absoluta da inexistência do dolo de matar. 2º FATO. DESCLASSIFICAÇÃO, EM SEGUNDO GRAU. DOLO EVENTUAL E TENTATIVA. INCOMPATIBILIDADE. PRECEDENTES DESTA PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DA DEFESA. (Recurso em Sentido Estrito Nº 70036085082, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcel Esquivel Hoppe, Julgado em 09/06/2010)
Ementa: APELAÇÃO-CRIME. JÚRI. HOMICÍDIO CONSUMADO. DOIS HOMICÍDIOS TENTADOS. NULIDADE POSTERIOR À PRONÚNCIA. INOCORRÊNCIA. Afastada a hipótese da tentativa de homicídio, inviável o questionamento se a ação foi praticada mediante dolo eventual. Precedente do STJ. Incabível o questionamento aos jurados sobre a suficiência da prova dos autos, já que a estes é garantido o sigilo das votações, ex vi do artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea b, da Constituição Federal. DECISÃO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. INCONGRUÊNCIA NAS RESPOSTAS DOS JURADOS. RENOVAÇÃO DO JULGAMENTO. Segundo noticiam os autos, a vítima Adriana, que resultou com lesões corporais, estava sendo perseguida pelo acusado que dirigia um automóvel Ford/Escort, enquanto a vítima conduzia seu veículo GM/Corsa. Durante a perseguição os veículos emparelharam e colidiram, fazendo com que o automóvel da vítima se chocasse com o veículo tripulado pelas vítimas Flávio(que faleceu no local) e José Eduardo, que restou lesionado. Os jurados entenderam que o réu assumiu o risco de matar a vítima Flávio e, de outro lado, que o acusado lesionou culposamente Adriana e José Eduardo. Assim, a decisão do Conselho de Sentença se mostra absurda, cumprindo a renovação do julgamento. Não se pode conceber que mediante uma única ação, tenha o acusado agido mediante dolo e, também, com culpa, mormente quando considerado que a vítima fatal se encontrava no mesmo automóvel de José Eduardo. Além disso, Adriana, que era perseguida, pelo acusado foi tida como vítima de crime de lesão corporal culposa, enquanto que o ofendido Flávio, que sequer era perseguido foi tido como vítima de homicídio doloso. Flagrante a contrariedade à prova dos autos. Afastadas as prefacias. Apelo do Ministério Público parcialmente provido. Prejudicadas as demais inconformidades dos apelantes. (Apelação Crime Nº 70020046348, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Landvoigt, Julgado em 25/05/2010).
Por Jorge Leopoldo Sobbé e Paulo Ricardo Suliani
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Os Riscos Trabalhistas na Área de Infraestrutura e Energia
Publicado em
26/04/2011
às
09:00
O enorme potencial do Rio Grande do Sul para o desenvolvimento de energias (Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH´s, Usinas Termoelétricas, e Parques Eólicos) tem trazido para o Estado inúmeros projetos nessa área, todos eles com altos investimentos, prazos de implantação e, principalmente, geração de muitos empregos.
A própria natureza destes empreendimentos, que envolve inúmeros trabalhadores nos mais diversos ramos de atividades profissionais, muitos deles de alto risco como, por exemplo, no setor elétrico, tem acarretado severas fiscalizações por parte das Delegacias Regionais do Trabalho e também do Ministério Público do Trabalho, que objetivam o efetivo cumprimento da legislação trabalhista e, em especial, das normas de proteção da saúde e da segurança do trabalhador.
Temos visto, contudo, na prática, uma sucessão de autuações lavradas pelas DRT`s contra grande parte destes empreendimentos, e também de Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho, justamente em face da total inobservância das obrigações trabalhistas e das regras de proteção da saúde e da segurança do trabalhador, o que é o mais grave, e o que infelizmente tem gerado, através da aplicação de pesadas multas por parte destes órgãos de polícia, da emissão de Termos de Ajustamento de Conduta e, o pior, muitas vezes do embargo total da própria obra, um altíssimo custo agregado e o atraso nos cronogramas, dando margem a multas contratuais milionárias, bem como a inúmeras reclamatórias trabalhistas e, principalmente, denegrindo a imagem corporativa das empresas que, na sua grande maioria, administram gigantescos fundos estrangeiros de investimentos.
Na maioria dos casos, isto tem origem em terceirizações de mão de obra feitas sem qualquer controle, na ânsia de iniciar os empreendimentos nos prazos contratados, o que acaba sendo um alvo fácil para as Delegacias Regionais do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho aplicar as suas pesadas multas e até mesmo embargar as obras.
Além disto, a Justiça do Trabalho transfere ao tomador dos serviços a obrigação pelo pagamento dos direitos trabalhistas impagos pelas empresas prestadoras dos serviços (terceirizadas) aos seus empregados, o que tem representado na prática um alto custo às empresas contratantes de mão de obra e outro serviços, abrangendo aqui eventuais indenizações por danos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho ou de doença profissional, muitas delas com origem na incapacidade total ou parcial do trabalhador e até mesmo no seu falecimento, ocasionando em certos casos o pagamento de pensão vitalícia.
A justificativa do judiciário trabalhista para tanto, repousa nos conceitos de culpa in eligendo e in vigilando, ou seja, as culpas resultantes da escolha da empresa prestadora dos serviços e da falta de vigilância por parte da empresa contratante quanto ao efetivo cumprimento das obrigações trabalhistas dos seus trabalhadores.
Nestes empreendimentos, portanto, é fundamental que a inteligência jurídica das empresas esteja presente muito antes do início das suas atividades nos canteiros de obras, pois é somente com o trabalho de prevenção que se consegue de forma efetiva evitar grandes prejuízos e cumprir com os prazos contratados.
Por Marcelo Nedel Scalzilli e Fernando Flach
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Algumas Das "Tantas" Frases "Dela"
Publicado em
25/04/2011
às
09:00
- Não esqueça de comer a merenda...
- Te cuida!
- Cuida bem do teu irmãozinho...
- Olha bem para os lados ao atravessar as ruas. O trânsito está muito perigoso. Procura atravessar nas faixas de segurança.
- Me telefona quando chegar no aniversário.
- Já tomou o teu banho?
- Não te suja!
- Cumprimenta a todos quando chegar na festa, principalmente os pais da aniversariante. Não te esqueça!
- Já fizeste os temas? Estou te observando e você só está jogando no computador...
- Chega de ver televisão. Vá estudar! Amanhã é dia de provas. Eu observei a tua agenda...
- Agora vou cantar uma musiquinha até você adormecer...
- Estás com frio? Queres mais um cobertor?
- Hoje eu fiz a “comidinha” que você mais aprecia...
- Estou adoentada, mas vou me levantar para fazer teu café. Não podes ir ao colégio de estômago vazio.
- Já me cuidaste bastante. Vá para tua casa antes que anoiteça. Aqui é muito perigoso. Vá logo, pois tua esposa e teus filhos vão ficar preocupados contigo. Eu estou bem... Vá! Vá!
- Está precisando de um “dinheirinho”? Podes tirar da minha poupança...
- Chegaste tarde hoje, não é verdade? Já é madrugada! Queres que te faça janta? Não consigo dormir enquanto você não coloca a chave na porta...
Frases e mais frases...
Frases “dela”: a Mãe...
A “preocupada” em todos os momentos...
Por David Iasnogrodski
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Planejamento Estratégico e Gestão de Marcas
Publicado em
24/04/2011
às
09:00
O planejamento estratégico tornou-se, nas duas últimas décadas, seguramente a ferramenta de gestão empresarial mais empregada e mais apreciada por executivos e empresários pelo mundo. Estudos da consultoria Bain&Company comprovam essa realidade. Igualmente, a gestão de marcas popularizou-se bastante, ocupando espaço obrigatório em destacados cursos universitários e nas empresas com as melhores práticas. Prova disso o sucesso do caderno “Marcas de Quem Decide”, que há 13 anos se dedica a divulgar a pesquisa e o conhecimento neste tema. Trata-se, portanto, de duas ferramentas indispensáveis ao administrador contemporâneo. No entanto, é importante saber que cada uma delas ocupa um espaço distinto na “caixa de ferramentas” do gestor, uma vez que possuem finalidades particulares.
A estratégia empresarial é o conjunto de decisões responsável por capacitar a empresa a competir no futuro. Envolve a avaliação de recursos e processos atuais; a reflexão sobre os norteadores da organização (negócio, visão, valores e missão) de modo a persegui-los; a análise ambiental, para buscar decifrar o que está por vir nos próximos anos, para só então definir objetivos de longo prazo, “caminhos a percorrer” e “como” fazer isso. Constitui-se em tarefa da alta gestão, que é responsável pelo sucesso do negócio e que, para tanto, necessita escolher e deixar claro aos demais colaboradores um plano sobre os caminhos para crescer, para criar ou manter vantagem competitiva e para agir diante da concorrência.
A gestão de marcas (ou branding) ocorre, segundo Aaker, através de decisões que objetivam maximizar a lealdade à marca, o conhecimento do nome do produto e/ou da empresa, a qualidade percebida pelos clientes, a promoção de associações positivas ao produto e o desenvolvimento de outros ativos relacionados à marca, como, por exemplo, patentes. Compreende analisar o mercado, suas tendências, a concorrência e suas práticas, e assim buscar o maior valor de marca possível. É uma atividade essencialmente mercadológica, portanto tática, mas que, como outras ferramentas de marketing, tais como segmentação, posicionamento e os 4 P´s, por exemplo, exige alinhamento estratégico. Em outras palavras, o branding necessita de perspectiva estratégica para a construção de valor, crescimento e a busca dos horizontes idealizados pelos acionistas. Por isso, o referido autor afirma que a gestão de marcas exige uma gerência mais estratégica, embora isso devesse se aplicar a todo o nível gerencial.
Neste contexto, é importante destacar a incapacidade do branding em cumprir o papel do planejamento estratégico. Seu escopo repousa em administrar identidade, imagem e valor de marca, ainda que algumas pessoas façam isso de maneira estratégica e visionária. Portanto, não responde a importantes questionamentos sobre o futuro da empresa, como listado anteriormente, porém podendo se constituir em importante diferencial competitivo. Ocorre que a vantagem competitiva pode ser também definida em custos baixos, sendo necessário agir (no longo prazo) sobre atividades empresariais, como em produção ou em finanças, que excedem a competência desta ferramenta de marketing. Por outro lado, para tornar-se realidade, a estratégia necessita atingir o mercado e, para tal, o branding oferece soluções atuais e cuidadosamente orientadas à perspectiva de longo prazo.
Planejamento estratégico e branding são recursos absolutamente complementares para a administração de empresas. Cada um tem a sua função específica, havendo pequenos campos de sobreposição que podem ser utilizados como “links” entre os planos. Primeiro se deve desenhar a estratégia empresarial, depois alinhar e detalhar o projeto de gestão de marcas. As definições de branding necessitam de reflexão estratégica. Por sua vez, a estratégia ganha vida com o branding. Trata-se de uma combinação perfeita.
Por Roger Born
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Mídias Sociais custa tempo - muito tempo
Publicado em
23/04/2011
às
09:00
As mídias sociais já estão consolidadas como estratégia de Marketing, além de uma excelente maneira de atendimento ao cliente e uma ferramenta de construção de relações muito além das expectativas.
Empresas de todos os portes voltaram os olhos para diferentes estratégias de mídias sociais e começaram a entender o mundo do Facebook, Twitter, Flickr, entre outros, engajando-se em fóruns, blogs, criando vídeos para web e mais: elas perceberam que não tem controle sobre a sua marca e quanto mais humana e focada em criar relacionamentos duradouros com seus clientes melhor será seu resultado.
Seguem cindo dicas para participar destas plataformas colaborativas:
1- Não é de graça: Social Media Marketing custa tempo - muito tempo. O Marketing one-to-one, a segmentação de mercado, o Marketing de Relacionamento e o monitoramento fazem parte de planos de mídias sociais que quando bem executados proporcionam um excelente ROI para as empresas.
2- Ser Criativo: A mídia social não é venda de mídia. Seja social. Menos mídia, mais social é o meu mantra preferido. Divirta-se ao envolver a sua comunidade, faça-a comentar em seu blog e participar das suas campanhas. Engajar.
3- Ter uma equipe: Seja uma equipe interna ou tercerizada, mídia social não é para "o estagiário que sabe mexer no Orkut". A equipe deve ser treinada para ter uma compreensão sobre como ajudar os clientes, gerar conteúdo relevante, fazer relacionamento e vender o produto ou serviço de maneira sutil e inteligente.
4- Comece com os funcionários: As pessoas que sabem como falar sobre sua empresa, marca e cultura da melhor forma são seus colaboradores. Os funcionários são os primeiros a compartilhar com suas comunidades e da rede da sua experiência com a sua empresa e marca. Ter um tutorial e um treinamento para não cometer erros comprometedores para a empresa é fundamental.
5- Ouça primeiro: Chegar com um megafone e explodir mensagens publicitárias como na mídia tradicional não é o melhor caminho. Comece monitorando, escutando e entendendo a sua audiência, como ela pensa e o que pensa sobre sua marca, produto, serviço e segmento de mercado. Em seguida estenda a mão e comece o contato com seus clientes, colaboradores e fãs de sua marca e faça-os sentirem que estão no centro da conversa.
Desta forma sua empresa transforme seus clientes em Marketing: Os clientes que se sentem reconhecidos e apreciados são leais, animados e ansiosos para ajudar a ser evangelistas da sua marca, sem nenhum custo.
Para se ter uma noção do poder das mídias sociais, repare nesses
números impressionantes:
Aproximadamente 152 milhões: número de blogs existentes na internet (fonte
Blog Pulse, dezembro 2010);
O Brasil é o 2° em usuários no Youtube, Gmail e Twitter.
90 milhões: número de tweets no Twitter por dia, sendo que 25% deles contêm links (Fonte: Techcrunch, setembro 2010);
O Twitter registrou mais de 100 milhões de novas contas só em 2010 (dez, G1)
700 bilhões: número de minutos que as pessoas do mundo todo
passam por mês no Facebook (sala de imprensa do facebook, dez 2010);
2 bilhões: média de vídeos exibidos no YouTube em um dia (maio, 2010, viralblog)
No Brasil, mais de 85% dos internautas participam de alguma mídia social.
Esses números definem o cenário e a importância das mídias
sociais. Mais do que isso, apontam a importância de se desenvolver
uma estratégia para a captação e utilização dessas poderosas
redes.
Por André Telles
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A Proteção da Marca Como Estratégia de Negócios
Publicado em
22/04/2011
às
09:00
Ter seu próprio business é sonho de todo profissional. Mesmo diante de tantas oportunidades, toda a cautela é necessária sobretudo no que respeita aos cuidados sobre proteção da marca, considerando que é ela o mais valioso patrimônio que uma empresa pode ter.
Muitos pensam erroneamente apenas na necessidade das marcas serem inovadoras, reconhecidas, e que transmitam credibilidade. Ledo engano. A falta de conhecimento sobre algumas exigências e trâmites jurídicos pode conduzir o empresário a riscos que poderão comprometer seu negócio já em sua origem.
Alguns empresários acreditam que o simples registro na Junta Comercial é suficiente para garantir o uso exclusivo da marca, quando isso na verdade só acontece quando é feito junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O processo feito pela entidade, além de proteger o investimento, garante ao proprietário o direito de uso exclusivo da marca em todo o território nacional no seu ramo de atividade, sem que terceiros se utilizem de nomes iguais ou similares, o que acarreta grande confusão entre os consumidores.
Mesmo não sendo obrigatória, a proteção é um instrumento que deve fazer parte de uma estratégia de negócios. Ao gerar um nome conhecido no mercado, o registro da marca se torna fundamental para que só você use esse nome e possa recorrer à Justiça caso alguém faça uma cópia. Além disso, sem o registro, outra pessoa pode pedir a marca e tenta impedir a sua empresa de usá-la. Do lado do consumidor, vale salientar que o registro evita que eles comprem produtos ou serviços de outra empresa achando que estão comprando o da marca pretendida. Assim, se chega a um dos principais objetivos sobre registro de marca que é evitar que o consumidor seja iludido.
Observa-se com isso, que o registro pressupõe que a marca trabalhe de forma defensiva ou ofensiva. Isto é, você pode registrar uma marca para evitar que alguém tente usá-la (caso das pequenas empresas) ou para evitar que os outros usem essa marca (geralmente estratégia de empresas médias e grandes). Vale salientar aqui que somente a marca estando registrada é capaz de gerar receita através de licenciamento, franquia ou venda.
O registro é válido por 10 anos, prorrogável por períodos iguais e sucessivos; também é possível comercializar, transmitir ou alienar a marca para outros interessados através de contratos de licença de exploração ou contratos de cessão, que deverão ser averbados no INPI para que produzam efeitos em relação a terceiros.
Proteção de marca é um assunto que ainda deverá render boas novidades para esse ano. Conforme o INPI, para quem também deseja ter sua marca registrada também fora do País em breve deve ser colocado em prática o Protocolo de Madri, que agiliza o registro de marcas brasileiras em vários países no exterior, possibilitando que as empresas ao depositarem a marca no Brasil, tenham também a opção de depositá-las em vários outros países, de forma mais ágil e barato. Isto irá favorecer sobretudo empresas exportadoras brasileiras.
Outra novidade é que em breve haverá ainda possibilidade de registro de marcas não tradicionais, levando-se em consideração que as marcas no Brasil só podem ser registradas se forem nominativas (somente o nome), mistas (nome mais logotipo), figurativas (somente logotipo sem inscrições) ou tridimensionais (que envolvem uma embalagem ou um aspecto tridimensional). Em outros países, já existem marcas sonoras, em movimento, olfativas, tácteis, entre outros tipos que já podem ser registradas, promovendo assim maior proteção.
Enfim, o tema rende acaloradas discussões. Ainda é latente o caso de inusitado desacordo envolvendo o governo brasileiro e a empresa nipônica Asahi Foods, que registrou a marca “cupuaçu”, e com isso, bloqueou a venda de produtos brasileiros feitos com a fruta tropical de sabor exótico nos mercados do Japão, EUA e Europa.
A questão, apesar de já ter sido resolvida através de uma parceria entre a diplomacia brasileira e organizações ambientalistas, que resultou no cancelamento do registro da justiça japonesa, serve para ilustrar quão negativo e oneroso pode se tornar a falta de proteção de uma marca.
Por Valdomiro Soares
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Socorro!!! Acho Que Estou Errado, Muuuito Errado!
Publicado em
21/04/2011
às
09:00
Não, caro leitor, não se espante com o título deste artigo em um Caderno Especial sobre MARCAS, mas quando fui convidado para escrever esse artigo sobre a Marca e a Sustentabilidade das Empresas me senti confortável para expor alguns pontos.
Não vou e não posso competir com os grandes especialistas sobre Marcas, Branding, que certamente estarão desfilando em todas estas páginas, até porque me falta competência para isso (e não é imodéstia ou ironia e sim a verdade) e então vou escrever sobre algumas questões de marcas pela experiência adquirida através de minha vida profissional e acadêmica.
Tenho visto que nos últimos 10 anos um setor, em específico, praticamente apoderou-se deste temário sobre Branding. Não sem méritos próprios e adquiridos, mas as Agências de Propaganda e os Publicitários de uma forma geral encamparam praticamente a titularidade deste tema.
A pergunta que venho fazendo através dos tempos é: Será que Marca é uma questão simples de divulgação e ou de altos investimentos de comunicação?
Minha resposta seca e direta é um sonoro NÃO!
Outro dia mesmo, uma página inteira no jornal estampava uma peça publicitária com o sugestivo título: SÓ MARCAS FORTES DURAM MAIS DE 60 ANOS.
Sabemos que a verdade não é tão simples assim. Marcas Fortes também quebram e desaparecem do mercado em prazos até mais longos. Nós, gaúchos e brasileiros temos uma experiência bem particular com a fortíssima marca VARIG que pura e simplesmente quebrou. Ou TRANSBRASIL que faliu, ou o COMIND que dominou o centro do Sistema Financeiro durante anos a fio e desapareceu.
Estamos vivendo a experiência do Banco Real que em mais um ano deixará de existir enquanto marca. E por aí vai...
Mas então, se não acredito que altos investimentos de comunicação são suficientes para criar ou sustentar uma marca forte e muito menos que esta marca forte tenha capacidade simples de subsistir por causa de sua longevidade, em que acredito?
Em primeiríssimo lugar acredito que a construção de uma marca que tenha força e respeito no mercado não começa na prancheta do publicitário ou do designer.
Ela começa na alma de uma cultura empresarial e de gestão profissional que tem como ingrediente ativo a PAIXÃO. Paixão pelo que se faz pelo que se produz, pelo respeito, carinho dedicação e proteção a todos os colaboradores que fazem parte deste projeto empresarial. Paixão, respeito e dedicação intensa aos seus clientes.
A marca começa inevitavelmente dentro de casa, pelo amor e carinho de seus funcionários.
A marca começa, portanto por uma gestão absolutamente seria e profissional que privilegia este encantamento.
Outro dia também vi um anúncio de pagina inteira aonde uma determinada agência se colocava como inovando para construir marcas cada vez mais fortes para seus clientes.
Desculpem a minha discordância, mas estou convencido por toda a minha experiência profissional que a marca é de fato, construída de dentro para fora e não ao contrario.
Como dizia Philip Kotler a marca é um depósito de confiança cada vez mais importante, à medida que as opções de produtos concorrentes se multiplicam.
Portanto, entendam bem que não estou me desfazendo das teorizações sobre o tema e muito menos da importância de uma marca forte para uma empresa.
Estou pura e simplesmente adicionando um pequeno comentário que vejo cada vez mais se repetindo e acontecendo que é a transferência para terceiros ou para uma simples ferramenta do Marketing que é a comunicação, a base para a formação ou formatação de uma marca forte.
E minha visão é que tudo parte e se sustenta por uma forte capacidade e competência da gestão empresarial e profissional empregada.
Mas, como disse acima, socorro!!! Eu posso estar errado, muito errado!!!
E... publicitários, designes e comunicadores, por favor, não me queiram mal.
Por. Sergio Checchia
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Sistema do Simples Unificado Nacional
Publicado em
20/04/2011
às
09:00
A lei Complementar 123 de 2006 disciplinou e regulamentou o Sistema do Simples Unificado Nacional, estabelecendo as normatização do pagamento e recolhimento de alguns tributos Federais, Estadual e Municipal, para as Micro-Empresas e Empresas de Pequeno Porte através de um único recolhimento, cabendo a União Federal após repassá-los as Fazendas competentes de cada tribut. Ocorre que a Secretaria da Receita federal entende que somente devem permanecer neste Sistema às empresas que estão em dia com os pagamentos de seus tributos, não dando condições de parcelamento. No entanto, tal entendimento da Secretaria da Receita Federal e da Procuradoria Geral e da Fazenda Nacional, não tem amparo na legislação Federal para impedir a solicitação de parcelamento ordinário do contribuinte, cuja lei federal possibilita o parcelamento em até sessenta meses, conforme redação do artigo 10 da Lei 10.522/02 que concede o PARCELAMENTO ORDINÁRIO DOS DÉBITOS FEDERAIS DE QUALQUER NATUREZA. Assim, aqueles contribuintes das Micro-Empresas e Empresas de Pequeno Porte que estão na iminência de serem excluídos do Sistema do Simples Unificado Nacional em 2011, por dívidas de tributos federais, devem procurar seu advogado de confiança e procederem com a competente Ação Judicial para que possam valer de seu direito de permanecer no Simples, requerendo o parcelamento ordinário que concede a Lei Federal, sob pena de sofrerem a exclusão ilegalmente, o que poderá comprometer suas atividades empresariais.
Por Jorge Cláudio de Almeida Cabral
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Exercício de Memória
Publicado em
19/04/2011
às
09:00
“Criança feliz,
Feliz a cantar...”
Letra de uma música que eu ouvia minha mãe cantar, e ela me dizia que o cantor Francisco Alves é que interpretava.
“Criança feliz,
Feliz a cantar...”, não me recordo o restante da letra.
Por que esta recordação?
Nasci em Porto Alegre, na rua Esperança, atualmente Miguel Tostes. Com poucos meses fui para o coração do Bairro Bom Fim – Rua Fernandes Vieira, número 569. Casa enorme de “altos e baixos” (casa com dois pisos). Morava em cima os Nestrovski – nossos parente. Primos do meu pai. No térreo morávamos nós. Meus pais e eu. Terreno enorme. Comprido. Repleto de árvores, inclusive algumas frutíferas como bananeiras e amoreiras, assim como um pequeno parreiral, além de árvores frondosas como eucaliptos e palmeiras.
Ficamos ali até o janeiro de 1954, mais precisamente o Sete de janeiro. Subimos no caminha de mudanças – eu e meu pai e nos dirigimos à Rua João Guimarães, no bairro Caminho do Meio. Atualmente esta rua pertence ao Bairro Santa Cecília.
Chegando lá eu reparei uma coisa e fui logo perguntando:
- O que é isso?
- É um edifício, respondeu minha mãe, que tinha chegado de “carro de praça” (táxi).
- Vamos morar com muitas famílias e sem jardim para que eu possa brincar?
- Sim. Um edifício onde teremos mais dezessete famílias. Nossos vizinhos e que serão nossos amigos. Tenho certeza!
Assim aconteceu.
Uma novidade para todos os integrantes da família, onde durante toda a vida moraram em residências unifamiliares.
A rua não tinha calçamento definido. Era de chão batido. À parte dos pedestres também, em alguns segmentos, não tinha calçamento. Não era longe de onde estávamos morando. Vindo de bonde eram três paradas. Era perto dos meus avós maternos.
Fomos nos acostumando.
Formamos várias amizades.
Com os vizinhos do prédio e da rua, assim como das ruas próximas. Na rua paralela – Rua 13, hoje Alcides Cruz, tinha um campo de futebol. Pertencia ao Força e Luz. Nos dias de jogos o bonde vinha te o Estádio trazendo os torcedores.
Tínhamos perto um armazém e um bar. O Bar Timbauva, onde nasceu anos depois o Esporte Clube Timbauva, cujo Presidente era o nosso vizinho Chico Paiva. O clube de futebol nasceu com as cores do Penharol de Montevidéu. Fui um dos mascotes do time...
Na rua existia um prédio que funcionava as cocheiras da Padaria Três estrelas, que por coincidência, tinha sua sede na rua Fernandes Vieira ( aquela de onde eu vim...).
Jogávamos muita bola, “taco”, bolinha de gude e “outros” esportes. Tudo na rua e às vezes até “no meio da rua”... Tinha uma grande amizade.
Esta rua iniciava na Avenida Protásio Alves e ia até a Felipe de Oliveira. Hoje ela vai até a Avenida Ipiranga, junto ao Arroio Dilúvio.
Vejam bem o progresso.
Naquele tempo não existia a Avenida Ipiranga. Hoje uma das principais avenidas de Porto Alegre.
Muitas travessuras.
Muitas fogueiras na época de São João.
Ali passei a minha infância. Na Rua João Guimarães, esquina com Rua Dona Eugenia. João Guimarães Mariante, foi um cidadão que possuía grandes quantidades de terras no Bairro Rio Branco. Por esse motivo foi denominada a “minha” rua com este nome.
Ao lado do meu prédio funcionava uma fábrica de bebidas – 9 ervas –que depois ficou sendo a fábrica Scalzilli de bebidas. Hoje é uma Academia de Ginástica.
Naquele tempo o carnaval era comunitário. Funcionava nos bairros. Nós assistíamos aos folguedos de momo junto à Rua Vicente da Fontoura nas cercanias da Avenida Protásio Alves. Ali faziam um “coreto” e os tradicionais blocos vinham visitar a comunidade. Era lindo a animação do povo.
O tempo passa.
Vou crescendo.
O meu colégio também chegou no bairro – Colégio Israelita -. Estabeleceu-se na Avenida Protásio Alves esquina Rua São Vicente.
A rua se modernizou.
Ganhou calçamento de paralelepípedo e depois o asfaltamento. No prédio da antiga Cocheira foi instalado o primeiro Super Mercado Real de Porto Alegre. Depois se tornou uma rede enorme...
O tempo foi passando.
Hoje é uma rua com um tráfego enorme. Até circula um ônibus. Muitos prédios enormes, mas ainda guarda um pouco daqueles tempos.
Tempos de nostalgia.
Sai dali para o meu casamento.
O meu prédio ainda está ali.
Meus pais ainda estão na João Guimarães número 210.
Sinto saudade!
Muitos amigos ficaram na história, mas o Rubens é que me influenciou a pensar no assunto em pauta. A você meus agradecimentos por esse desafio de memória.
Bons momentos.
“Criança feliz,
Feliz a cantar...”
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Por David Iasnogrodski
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Compromisso com o Rio Grande é a nossa marca
Publicado em
18/04/2011
às
09:00
Hoje convivemos com um mercado cada vez mais global e competitivo, onde marcas e produtos se proliferam, sendo, graças a isso, cada vez mais difícil nomear produtos, serviços e empresas. Por isso, ter um nome eficaz que comunique o posicionamento é altamente relevante. No caso de nossa empresa, adquirida recentemente pelo grupo CMPC, esse naming deveria comunicar os benefícios do nosso projeto para o cidadão do Rio Grande do Sul.
Dentro desse conceito, nasceu o nome Celulose Rio-Grandense. A escolha aconteceu de uma forma simples e funcional: quando um fardo de celulose é enviado ao mercado para originar o papel e outros produtos, a marca da empresa tem a mesma importância que a procedência desta. Por isso, Celulose Rio-Grandense.
E isso tem tido bastante aceitação junto ao público. Em pesquisas realizadas recentemente, pudemos constatar que um grande número de pessoas acredita que o nome Celulose Rio-Grandense transmita algo positivo. Muitas destas pessoas também associam diretamente o nome da empresa a papel, o que é excelente, já que fabricamos a matéria-prima para livros, bloquinhos de notas ou revista que faz parte de seus cotidianos. Ser parte do dia-a-dia dessas pessoas é muito importante para nós. Isso é ter compromisso com esta terra.
Os resultados apontados em uma pesquisa feita pela Rohde & Carvalho, em setembro de 2010 mostram que 96,9% das pessoas acreditam que uma empresa que se instala numa cidade deve dar prioridade a empregar pessoas deste local e que 86,9% dariam apoio à instalação de uma empresa de celulose no estado se esta tiver preocupação com o meio ambiente. Uma declaração espontânea trouxe a máxima "parece que o que faz uma empresa ser gaúcha é o tempo que está no estado e o que faz pela comunidade, através de ações sociais, culturais, esportivas...". Esta é a realidade hoje da Celulose Rio-Grandense, fazer jus ao seu nome e proporcionar uma boa vivência de sua marca.
Quando falamos em Celulose Rio-Grandense, estamos falando mais do que uma marca, estamos falando de uma história de 39 anos. Estamos falando de dezenas de ações sociais em terras onde a empresa atua. Estamos falando da geração de milhares de empregos para o estado. Estamos falando de um compromisso com a nossa gente.
À medida que menciono a história, quero me referir a tudo que vivi e vivemos com outras empresas de celulose que foram proprietárias da fábrica do município de Guaíba e que ajudaram a economia do nosso estado crescer: Borregard, Klabin, Riocell, Aracruz. Todos esses nomes já ocuparam as mesmas terras e tiveram ótimas intenções em suas propostas. Porém, sentíamos que nenhuma delas tinha algo que queríamos muito: o orgulho por nossa terra e o nosso nome. Queríamos algo, porque não dizer, nosso.
Há coisa mais importante do que levar o gentílico de onde você veio para o mundo todo ver? Que poder dizer a todos, desde o simples homem do campo até o prefeito de uma cidade onde a empresa atua: “nós fazemos parte dessa terra”? Para nós, a resposta é não. E nos enche de alegria ver a cada dia esta nova marca ser reconhecida.
Ser gaúcho é cultivar as raízes e as tradições de nosso estado pensando sempre no amanhã. É mais que uma roupa ou uma dança. É saber que representamos um estado múltiplo, colorido de etnias, artes e linguagens. É cultivar tudo isso sem perdermos a essência de nossa querência.
Sempre foi sabido por nós que ser uma empresa de celulose de fibra curta de eucalipto é um desafio, onde é fundamental manter sempre alguns pilares, como a geração de empregos, compromisso com o meio ambiente e ações sociais. Isso faz a empresa ser encarada como verdadeira quando adota conceitos de campanhas como "Crescendo com os gaúchos" ou "Compromisso com o Rio Grande é a nossa marca", que estão vinculados ao nome Celulose Rio-Grandense. A empresa é hoje um vetor que proporciona desenvolvimento sustentável através de empregos, da geração de renda para os municípios onde atua, da valorização da mão-de-obra local, tanto para os prestadores de serviços como para os empregados.
Hoje contamos com diversas atividades sociais nos municípios onde trabalhamos, como o Projeto Música na Fábrica, onde grupos do Rio Grande do Sul fazem suas apresentações para os vizinhos da indústria; o Projeto Mel Solidário, onde apicultores aproveitam a rica floração do para fabricar o seu mel e, em contrapartida, a empresa recebe 8% dessa produção para destinar a escolas de educação especial; o Projeto Educação, onde mais de 8 milhões de cadernos escolares já foram destinados para alunos de escolas públicas dos 39 municípios onde a empresa atua; além de muitos outros, como a parceria com associações de canoagem para limpeza das margens do Lago Guaíba e o Fábrica de Gaiteiros, recentemente estabelecido com o Instituto Renato Borghetti, para ensinar a arte da fabricação da gaita de botão a jovens e o aprendizado desse instrumentos a alunos na faixa etária de 8 a 15 anos.
A Celulose Rio-Grandense, como qualquer outra grande empresa, tem noção de que a divulgação de suas atividades também deve ser permanente para que a comunidade local das cidades onde atue entenda, valorize e apoie o trabalho desenvolvido. Para o sucesso de nossa empresa precisamos acertar na cadeia de valores dentro da Celulose Rio-Grandense. É necessário contar com altos padrões de desempenho. A empresa conta hoje com colaboradores que correspondem com iniciativa e qualidade às demandas que lhe são apresentadas. Mais do que isso até, tomam decisões acertadas: não basta possuir um pessoal altamente capacitado, mas é fundamental contar com pessoas com motivação, com vontade de fazer, de trabalhar com os pés na terra e a cabeça no mundo. Por isso, é preciso que a comunicação interna seja eficiente, afinal são mais de 4 mil empregados permanentes, direta e indiretamente, e todos precisam estar em plena sintonia com a grandeza e os objetivos da Celulose Rio-Grandense.
Fazemos parte de um setor que respeita as questões ambientais e que trabalha sempre de acordo com as legislações do ramo. Para se ter uma noção da força que essa afirmação tem, hoje a Celulose Rio-Grandense tem 2,8 hectares plantados para cada um de preservação. Isso nos faz a empresa número 1 do Rio Grande do Sul em áreas de preservação: são 79 mil hectares. Nesse caminho, em 2010, a Celulose Rio-Grandense constituiu a Reserva Particular do Patrimônio Natural Barba Negra, com 2.400 hectares, localizados na Barra do Ribeiro, numa região muito especial entre o Lago Guaíba e a Lagoa dos Patos e que contém uma grande área de remanescentes de vegetação nativa que abrigam espécies raras e ameaçadas da flora e da fauna.
Operar com sustentabilidade é atuar com consciência e responsabilidade socioeconômica e ambiental em todo o ciclo de vida das nossas atividades. Num mercado cada vez mais global e competitivo, onde as marcas e os produtos se proliferam com grande velocidade, é difícil ganhar destaque sem diferenciais. Acredito que sendo objetivo e possuindo muito trabalho para contar é possível ser uma marca referência por quem decide. Tenho certeza que hoje a Celulose Rio-Grandense é um exemplo disso tudo.
Por Walter Nunes
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O segundo dilúvio
Publicado em
17/04/2011
às
09:00
É da Babilônia, Ásia Menor, junto aos rios Tigre e Eufrates a formação de uma obra-prima da literatura: o Gilgamesh. O poema é um épico. O herói, soberano da I dinastia de Uruk faz parte de reinados longos e fantasiosos. Em todos foi registrado um fato de centro: o dilúvio. A passagem dessa cultura é do IV milênio a.C. A referência àqueles foi antes e após o episódio.
A escrita dos Hebreus, aperfeiçoada da tradição oral, culminou nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento,o Pentateuco. No Gênesis, o Deus Semita ‘Iahweh’, anuncia o dilúvio. Há indicações do mesmo acontecimento percebido nas civilizações quanto ao enfoque da escolha de união divina. Gilgamesh é pedido em casamento pela deusa Ishtar a um mundo ideal. O Gênesis abomina a ‘hieros gamos’, tentativa de reunir o divino e o humano. Ao rompimento das fontes do grande abismo e abertura das comportas dos céus, um aviso dos céus, talvez mais forte: a ordem para feitura da arca, o barco que vagaria sobre as águas da terra a ser inundada.
A construção da nau foi instruída com medidas e preceitos. Pronta, sucedeu a escolha dos pares da mesma espécie para habitá-la. Enfrentar o drama, chuva torrente nos 40 dias e 40 noites permite divagar: as águas não caíram de uma vez. Sigmund Freud, numa biografia sobre músico erudito é citado: ‘em todo mito há um átomo de verdade.’
O planeta ficará mais quente e faminto em dez anos. É aos poucos a degradação. Acontece em fragmentos o desmoronar, a ceifa de vidas mercê à persistência dos equívocos da sociedade ou da falha humana, inundadas no segundo dilúvio em formação, mesmo guindados às ciências de controle. Não basta a luta e resistência às ideologias políticas radicais ou à economia desmantelada; a natureza furiosa reprisa catástrofes, uma após a outra, seguidamente. Decide a sorte humana. Indiscutivelmente, ao que parece.
Por Nei Rafael Filho
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Pesquisa faz bem à próstata
Publicado em
16/04/2011
às
09:00
Antes de qualquer coisa, duas explicações: primeira, não sou médico. Sou um profissional de marketing e comunicação que, há vários anos, decidiu trilhar os caminhos da informação através da pesquisa de mercado e opinião pública. Nada do que abordo neste artigo deve, portanto, ser entendido como incursão em área alheia; segunda, o título que me foi proposto para este artigo era “O real valor das pesquisas mercadológicas para a tomada de decisão”. Achei o tema ótimo, mas o título longo demais. E, cá pra nós, com possível efeito sonífero, que não ajudaria em nada. Portanto, para não fugir do tema, troquei o título. Bem, se você já leu até aqui, então é porque funcionou! Vamos em frente.
O mestre Philip Kotler escreveu em seu livro Marketing Contra a Pobreza (Bookman, 2010): “O sucesso repetido do marketing é atribuído a uma preocupação focalizada e única: quem são os clientes e do que eles precisam?” Simples assim. Aí é que entra a pesquisa. Para descobrir quem são os clientes e o que eles precisam, não tem jeito, é preciso investigar, pesquisar. A pesquisa é a ferramenta que permite medir, e medir é importante porque podemos, das duas uma: ou aprender algo sobre o que desconhecemos, ou aprender mais sobre algo que já sabemos. Hoje está frio é uma informação relevante. Porém, saber que a temperatura é de 5ºC é ter uma informação mais completa, já que sabemos não apenas se o clima está frio, mas o quanto está frio. Além disso, uma medição tem a vantagem de ajudar a diminuir a incerteza que faz parte de qualquer conhecimento.
Todo gestor competente sabe que sem informação confiável não tem decisão segura. Nessa altura, acredito que já tenha ficado fácil entender “o real valor das pesquisas mercadológicas para a tomada de decisão”. Mas que raios tem a ver a próstata com tudo isso? Tem muito a ver, porque facilita compreender melhor “o real valor das pesquisas”.
Imagine a situação: quando um homem prevenido vai ao consultório para saber como está a sua próstata, o médico provavelmente usará algum tipo de pesquisa para chegar a alguma conclusão. De maneira bastante simplificada, aqui estão os três tipos mais comuns de pesquisa:
1 - Anamnese, uma rápida entrevista que serve como ponto inicial para diagnosticar uma possível doença. O detalhe aqui é saber fazer as perguntas certas da maneira correta. E isso exige conhecimento técnico. No mundo dos negócios corresponde às pesquisas básicas, como identificação do perfil do cliente ou do potencial comprador, nível de satisfação, etc.
2 - Toque retal, um exame manual para detectar possíveis tumores e outras doenças. Para descontrair um pouco, essa seria uma espécie de pesquisa qualitativa, com abordagem em “profundidade”. Algo que, curiosamente, também costuma provocar desconforto em alguns gestores de negócios, sempre que se sugere essa técnica. Refiro-me à pesquisa em profundidade, não ao toque retal, bem entendido.
3 - Exames laboratoriais, é a típica pesquisa de natureza quantitativa, quando é feita a contagem de certos componentes em materiais orgânicos, para comparar com determinados parâmetros e identificar um quadro de normalidade ou não. É muito parecido com o que acontece nas pesquisas de mercado, de opinião pública ou pré-eleitorais, realizadas por amostragem, onde o objetivo é obter indicadores estatísticos.
Esses são todos os tipos de pesquisas que existem? Claro que não, apenas os mais comuns, e descritos aqui de forma sintética, com extrema simplificação. Existem vários outros. Consulte um profissional.
Pode-se usar indistintamente qualquer tipo de pesquisa? Claro que não, cada metodologia e cada técnica é adequada para determinado objetivo. Você pediria um toque retal para conhecer sua taxa de glicose?
Pesquisa deve ser feita só de vez em quando? Claro que não. Pesquisa não deve ser algo ocasional. Ao contrário, deve ser algo cultural e rotineiro. Aliás, sem pesquisa não tem como praticar marketing.
Pesquisa é boa para solucionar problemas? Claro que não. Pesquisa não resolve nada, apenas esclarece e reduz dúvidas. Pesquisa a ótima para identificar problemas antes que eles ocorram. Afinal, prevenir sempre é melhor que remediar. Pense nisso, tanto para o bem dos seus negócios como para a sua saúde.
Por Paulo Di Vicenzi
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Proteção das Marcas e de Outros Signos Distintivos Pelas Empresas
Publicado em
15/04/2011
às
09:00
A marca é o principal elo entre o consumidor e o empresário, ou seja, é a síntese de todos os adjetivos qualificativos (ou não) do produto ou serviço. Sua função é a de identificar e distinguir determinado artigo frente aos demais no mercado. Por isso, sua constituição, antes mesmo de sua consolidação na atividade econômica, é de extrema relevância.
No Brasil, a proteção marcária é consolidada pelo registro expedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, que garante propriedade e o plus da “exclusividade” em todo o território nacional (art. 129 da Lei 9.279/96 – LPI – “A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, conforme as disposições desta Lei, sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o território nacional”). Contudo, cabe salientar que o signo marcário já é protegido antes mesmo de ser expedido o certificado de registro pelo INPI, pois é assegurado ao titular do pedido de registro o direito de zelar pela integridade ou reputação de sua marca (art. 130, III, da LPI – “Ao titular da marca ou ao depositante é ainda assegurado o direito de: III - zelar pela sua integridade material ou reputação”).
Há outros dispositivos que também o protegem antes mesmo de seu registro, tais como: o empresário utente de boa-fé que goza de direito de precedência ao registro, observados os prazos prescricionais (art. 129, §1º da LPI – “Toda pessoa que, de boa fé, na data da prioridade ou depósito, usava no País, há pelo menos 6 (seis) meses, marca idêntica ou semelhante, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, terá direito de precedência ao registro”); a marca notoriamente conhecida (art. 126 da LPI – “A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil”), dentre outros.
Entretanto, alertamos ao empresário que é apenas o registro expedido pelo INPI que garante a propriedade exclusiva em todo o território nacional. Esse registro também garante o direito de coibir qualquer usurpação de marca alheia, abstenção de uso indevido por terceiros, concorrência desleal, etc.
A proteção internacional é prevista pela Convenção de Paris - CUP, assinada pelo Brasil em 1883. O referido Tratado impõe fundamentos e princípios basilares que os países signatários deverão respeitar e submeter-se. Por exemplo, o país associado da CUP deve garantir no seu ordenamento interno a nulidade do registro que seja depositado ardilosamente por terceiros, como dispõe o art. 6º, bis, (3): “Não será fixado prazo para requerer o cancelamento ou a proibição de uso de marcas registradas ou utilizadas de má fé.” Contudo, cabe salientar que a empresa que explore determinado produto ou serviço no exterior, deve pleitear o referido registro no seu país de origem, a fim de evitar quaisquer transtornos e garantir “exclusividade” naquele território.
As empresas devem se conscientizar que a proteção do sinal se inicia no momento em que o empresário escolhe os termos e desenhos que serão utilizados na constituição de sua marca. Neste momento, aconselha-se evitar o uso de sinais de caráter genérico, necessário, comum, evocativo, usual, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço, vez que nestas circunstâncias o signo carecerá de exclusividade no elemento nominativo, isto é, no termo empregado. A criação de logotipo original também é de extrema relevância, pois este fator diferenciará ainda mais o produto ou serviço assinalado pela marca.
Evitar, por exemplo: o termo NATURAL para produtos alimentícios; FIOFORTE para fios e cordas em geral; AUDIT (prefixo de auditoria) para serviços de assessoria contábil; RADICAL para artigos esportivos, etc., vez que tais termos são limitados de exclusividade, conforme própria ressalva do INPI no certificado de registro, por meio de apostilamento “sem exclusividade do elemento nominativo”.
O cunho criativo é fator preponderante na construção de uma marca forte e, consequentemente, do seu sucesso.
Neste momento de criação do signo marcário, também é necessário que sejam feitas buscas de anterioridade no banco de dados do INPI, a fim de verificar possíveis colidências ou impedimentos, de acordo com a regra do art. 124, XIX da LPI, que dispõe: “não são registráveis como marca: reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia”. Também é imprescindível verificar se o sinal não fere nenhum dos outros dispositivos elencados pelo art. 124.
Embora os signos que não são visualmente perceptíveis (sonoros, gustativos, olfativos e sensitivos) não sejam regulamentados por lei, lembramos que sua proteção é garantida pela Constituição Federal, como dispõe parte do inciso XXIX, do art. 5º: “a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;”. Em outros países, alguns destes signos já são regulamentados, como no caso dos Estados Unidos, que reconhece o registro de marcas sonoras.
Talvez este descaso na regulamentação dos signos distintivos acima mencionados (exceto os visualmente perceptíveis, art. 122 da LPI – “São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais”) se deva ao fato da visão, dentre os sentidos do ser humano (visão, audição, paladar, tato e olfato), ser responsável por 85% a 90% da percepção de nosso intelecto e do relacionamento da vida social. Por sua vez, as empresas investem cada vez mais na constituição de marcas sonoras, gustativas, etc., pois o diferencial é requisito extremamente significativo na atividade econômica.
A principal forma de proteger o uso indevido dos sinais invisíveis é pela via da repressão à concorrência desleal, que pode gerar abstenção do uso e indenização (art. 195, III – “Comete crime de concorrência desleal quem: emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem”, e art. 209 da LPI – “Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio”; combinado com os arts. 186 – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”; 884 – “Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários”. e 927 – “Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”; do Código Civil).
Pela subjetividade e especialidade na proteção do Instituto das Marcas, recomendamos que o empresário “sempre” procure assessoria de profissionais gabaritados, que estejam devidamente credenciados no INPI, como Agentes da Propriedade Industrial. Lembramos que qualquer descuido na proteção pode acarretar na perda de direitos, tais como: a falta de recolhimento de taxa de expedição do certificado ou de prorrogação, que gerará arquivamento do pedido de registro ou extinção do registro, a falta de comprovação de uso em processo de caducidade, onde o INPI declarará o sinal caduco e extinto, etc.
Muito cuidado e cautela, pois os signos distintivos devem ser muito bem protegidos e acompanhados, sempre!
Lembramos que a principal função da marca é a de identificar e diferenciar. Salienta-se que uma marca constituída por termo e estilização criativa (forte) não será bem aproveitada caso o produto ou serviço posto à venda pelo empresário não traduzir qualidade, respeito, novidade e diferencial. Tais características serão responsáveis pelo sucesso ou fracasso do sinal no mercado, e o consumidor moderno está cada vez mais exigente pela excelência dos artigos postos à venda.
Portanto, invista em qualidade, pois o sinal deve ser bem visto e comentado pelo público consumidor e tenha cautela para proteger seus bens intangíveis. O mercado não admite amadores, e a possibilidade de prescrição de direito marcário não aceita omissões, pois como diz o ditado popular, “quem não luta pelos seus direitos não tem direito de tê-los”.
Por Custódio Lito de Almeida
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O poder das redes sociais para a geração de negócios
Publicado em
14/04/2011
às
09:00
Uma leitura atenta dos meios de comunicação, seja o jornal do dia, a sua rádio favorita ou o seu programa de TV matinal, percebemos a profusão de notícias sobre novatos do mercado como Facebook, Orkut, YouTube ou Twitter.
O mundo empresarial tradicional – aquele formado de aço e tijolos – perplexo diante de mudanças que mal podem acompanhar, se perguntam para onde vai esse mundo. As conversas de corredores mais parecem a anunciação do apocalipse. O fim dos jornais, o fim do livro e o que mais se imaginar de pior nas mais diversas indústrias.
O fato é que, se pararmos para analisar esse quadro, veremos que o ser humano não mudou muito nos últimos, digamos, mil anos. Continuamos com nossas angústias diante da morte, precisando comer e viver em pares. O que mudaram foram as ferramentas, o chamado “contexto”.
Não existia o Orkut na década de 80, mas as pessoas entoavam o bordão “Quem matou Odete Roitman” – é fácil hoje imaginar uma comunidade no Orkut com esse nome bem como é fácil imaginar uma comunidade com o nome “Eu amo Ovomaltine do Bob’s”.
Pessoas sempre cultuaram marcas e as tomaram como pano de fundo de sua própria identidade. Falavam bem de produtos ou exprimiam seus estilos de vida por meio de adesivos de carro ou bordões populares, mas não participavam de nenhum “clube” de fãs formal sobre tal tema. Com a crescente massificação da internet e da banda larga, veio a denominada web 2.0. Agora, somos nós, reles mortais consumidores, que produzimos o conteúdo que invade o mercado sobre o que sempre quisemos dizer, mas que nunca nos deram chance nem espaço de falá-lo, contudo, o broadcast de hoje são as conversas muitos-para-muitos de um Facebook ou um Twitter.
Em qualquer modelo econômico, quem detém os meios de produção tem o braço forte na economia. Se antes, só veículos como TV e jornal detinham os meios para produzir e veicular a informação, hoje, qualquer consumidor pode produzir o seu próprio programa de TV com uma câmera de celular e veiculá-lo no YouTube, o que gera uma grande conversa – esse é o princípio das redes sociais.
Percebemos portanto que o “novo mundo” não traz regras tão diferentes das do “velho mundo”. Nossos costumes mudaram. Os novos caciques não usam mais cocares, mas continuam adornando suas cabeças com coroas. Não numeramos tanto nossas medalhas de guerra ou nossos escalpos, mas juntamos um a um nossos “badges” no Foursquare bem como expomos a quantidade seguidores no Twitter como uma moeda social.
O paradoxo em que estamos inseridos, contudo, reside no fato de que, ainda que o ser humano não tenha mudado em sua essência nos últimos mil anos e, portanto, segue guiando nossa economia pelos caprichos de sua própria espécie, as transformações baseadas nas novas tecnologias é mais profunda do que saber mexer no Facebook ou “subir” um vídeo no YouTube. A mudança é sócio-cultural.
As pessoas continuam reclamando, elogiando, perguntando, indicando, mentindo, se emocionando e demonstrando tanto outros sentimentos inerentes a nossa natureza “humana, demasiado humana”. Com a falta de tempo, porém, com o aumento das distâncias médias a serem percorridas pelos cidadãos e pela tendência de enclausuramento, a expressão comunicativa foi fatalmente levada para a internet. É nesse novo meio que o consumidor conversa e se faz ser escutado.
A chave para transformar redes sociais em instrumentos de negócio é entender a essência do ser humano. A lógica do “produzir e comunicar para vender” dá lugar ao “comunicar para engajar, ouvir para produzir e adaptar para vender”. Algo bem complexo para ter mudado apenas nos últimos 10 ou 15 anos e exigir a rápida adaptação das empresas.
O sucesso nas redes sociais não tem tanto a ver com perfis no Twitter ou promoções no Facebook, tem muito mais relação com fazer de forma verdadeira e interessada aquilo que o consumidor desde sempre desejou como ser humano: ser ouvido.
Por Conrado Adolpho
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Atendimento com excelência ao consumidor
Publicado em
13/04/2011
às
09:00
Bons tempos em que a segurança permitia deitar no gramado da praça em algumas das nossas praias em noite estrelada para observar as estrelas. Com o(a) namorado(a) ou amigos, naquela fase pré-adolescente em que as férias de verão duravam três meses. Ficávamos no litoral sem compromissos ou preocupações, apenas pensando que um dia um tal de vestibular iria chegar. Não existiam celulares, note-books e outras parafernálias do gênero, que saudades. Cruzeiro do Sul, Três Mar ias, as mais brilhantes, as que piscavam e as fantásticas cadentes que surpreendiam toda vez que apareciam diante das outras milhares de estrelas sem graça e incapazes de atraírem os olhares.
Desde muito cedo em nossas vidas, tudo e todos que se movimentam e se destacam por serem diferentes nos atraem muito mais. Assistir surpreendidos ao famoso desenho “Corrida Maluca” por ter sido o primeiro programa colorido da TV brasileira ou admirar e comprar a primeira chuteira com travas chamada “Ki-chute” no momento de seu lançamento a gente nunca esquece. As séries “Perdidos no Espaço”, “Os três Patetas”, assim como as brincadeiras de bolinha de gude ágata, jogo de taco, pelada no terreno baldio, alçapão para canarinho e cardeal, lembranças nada tecnológicas e inesquecíveis dos cinquentões que tinham como fundamento a SURPRESA. Foram, sem dúvidas, raros momentos.
O ser humano parece ter fascínio por aquilo que chama a atenção e certo desprezo por aquilo que não representa algo novo, diferente, surpreendente. Não é por acaso que a palavra “surpreendente” vem de “surpresa”, portanto, algo inesperado, inédito, novo, como os fantoches e marionetes do passado. Se fizermos uma retrospectiva em nossas vidas, fica evidente que tudo que nos surpreendeu ficou registrado, desde os melhores momentos até aqueles nada bons. Por sua vez, as experiências cotidianas, aquelas que se repe-tiram, as mesmices, assim como as estrelas inertes e sem brilho, ficaram perdidas no tempo, esquecidas.
Estes registros em nossas memórias são diretamente proporcionais a sua raridade. Quanto mais raros, mais valor têm e mais marcados ficam. Como já dizia o ilustre e ao mesmo tempo divertido palestrante Waldez Ludwig: “Nós não valemos pela nossa importância, mas pela nossa raridade. Veja o caso dos professores fazendo passeatas e reivindicando melhores salários. E o “Popó” ganhou em 12 minutos o que nenhum professor ganhará em sua vida, simplesmente pelo fato de que ‘Popó’ só há um, e professores são muitos”. Vale lembrar que, até o primeiro título, o boxeador Arcelino “Popó” Freitas morava com os pais e os irmãos em um casebre, de 16,75 m², que tinha panos como divisórias.
Veja que interessante, talvez você não lembre bem de todas as pessoas que estiveram em seu aniversário no ano passado, mas é provável que se recorde daquela pessoa considerada especial por você e que não compareceu, nem sequer telefonou para dar satisfação. Sem dúvidas sua ausência surpreendeu você. É possível que você não lembre dos milhares de abraços, olhares ou palavras que as mais variadas pessoas lhe deram no decorrer da vida, mas algumas, totalmente inesperadas e inusitadas, certamente ficaram registradas em sua memória. No fundo, somos encharcados de emoção e afeto, mas,
às vezes, parece que achamos que nossos clientes são diferentes.
Em relação às estrelas, por analogia, se nós observadores fôssemos os clientes, e as estrelas fossem os produtos, é muito provável que nos sentiríamos inclinados a comprar e inclusive pagar preços mais altos pelas estrelas em destaque em detrimento das esmorecidas, pelo simples fato de serem para nós mais raras dentre milhares iguais.
Também é sabido que desde pequeninos gostamos de estabelecer trocas. Não porque aprendemos com Philip Kotler em seus conceitos de Philip Kotler em se s conceitos de marketing marketing, mas porque era natural e divertido trocar figurinhas colecionáveis de álbuns, por exemplo.
Toda troca tem de ser importante para as duas partes ou não tem graça, não é mesmo? Até no futebol, se o colega de time não retribui os passes que você dá, pode surgir uma situação irritante, desequilibrada.
Entre as mulheres também é parecido: se a amiga não retribuir os seus elogios, mesmo que sejam pouco realistas, você não gosta, certo?
Perceba que o ser humano não só estabelece trocas, mas busca alcançar o equilíbrio entre elas. Se meu amigo oferece-me uma churrascada fantástica, a tendência é que eu não sossegue enquanto não retribuí-lo. Se a amiga te dá um presente muito legal, é provável que você fique ansiosa para retribuir em algum momento oportuno.
Vejam que a essência do famoso boca a boca está ancorada nesta tese. Se sua expectativa em relação a qualquer consumo de produto ou serviço é 10 e você recebeu 12, você paga com prazer, retorna ao estabelecimento para comprar mais e ainda sai falando bem para parentes e amigos. Se você recebe 10, você paga, mas talvez não se anime a retornar, nem tão pouco faz esforço em espalhar a notícia. Se receber 8, você se arrepende de ter pago e busca o equilíbrio pelo desgosto em nunca mais retornar, além de pulverizar comentários negativos até achar que foi o suficiente para sanar sua frustração.
As literaturas, os cursos e os treinamentos ao redor do tema “atendimento com excelência ao consumidor” são abundantes, mas muitos deles passam de raspão no verdadeiro significado de como alcançar a dita excelência. Dão o peixe, mas não ensinam a pescar.
Até agora nosso texto focou quatro aspectos: DIFERENCIAÇÃO, SURPRESA, TROCA e EQUILÍBRIO.
Se conseguirmos compreender o significado destes QUATRO PILARES trabalhando juntos fica fácil.
Sem esquecermos que funciona como em uma casa sustentada por quatro pilares, se for apenas sobre três, haverá problemas.
Então atenção à receita de bolo para a “excelência no atendimento ao cliente” na prática:
1. Pegue folha de papel, lápis e borracha.
2. Escreva como título: “Excelência no Atendimento na minha pizzaria, farmácia, hotel, consultório médico, etc.”, obviamente conforme de seu ramo de atividade.
3. Após, em tópicos, descreva todos os pontos que você pressupõe que seus clientes valorizem toda vez que se dirigem a sua empresa com intenção de compra.
4. Separe estes tópicos em dois campos:
PESSOAL (inerentes a pessoas que atendem, uniformes, pró-atividade, senso de urgência, educação, informações oferecidas, clareza de comunicação, apresentação pessoal em geral, etc.) e
ESTRUTURAL (espaços, decoração, móveis, conforto, limpeza, estacionamento, segurança, infraestrutura em geral).
5. Se você é profissional liberal sem escritório formal, o raciocínio é o mesmo. Sua estrutura será pasta, as roupas, o automóvel, o celular, o as roupas o automóvel o celular o notebook a caneta, a agenda, etc, tudo o que o cliente observa com atenção em suas visitas, e você muitas vezes acha que ele não dá importância.
6. Ao lado de cada tópico acrescente a avaliação:
Superou ( ) Não superou ( )
Por quê? _____________________________.
7. Agora a parte mais difícil. Escolha um ou mais concorrentes e vá visitá-lo(s) “como cliente”, avaliando os tópicos descritos. É a fase mais difícil, porém mais importante. Lembre-se que na vida, quanto mais difícil, melhor, pois nos tornamos únicos, menos pessoas fazem.
8. Quanto mais concorrentes você conhecer, mais completa será sua pesquisa;
9. Se você é funcionário da empresa, faça esse teste para crescer como profissional.
10. Se você é o empresário, faça para ensinar a seus funcionários, assim como os olheiros fazem para embasar as estratégias em jogos de futebol pelo mundo todo.
11. Aprenda com as informações tabuladas e faça muito melhor do que seus concorrentes.
Qual a relação deste texto com o tema MARCAS?
Faça uma reflexão: Quanto vale a marca “Cirque Du Soleil”? Totalmente diferenciados, surpreendem a todo instante, alcançam o equilíbrio em suas trocas cobrando valores de ingresso altíssimos em seus shows e possuem carteira de clientes garantida para os próximos anos. Uma organização que dificilmente será copiada em seu segmento, única.
Quem diria, uma empresa fundada por um artista circense que fazia pequenas demonstrações nas calçadas de Montreal, como alguns fazem nas esquinas da nossa cidade.
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BOA SORTE !
Por Reinaldo Gabardo
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Não pense em produtos. Pense em experiências
Publicado em
12/04/2011
às
09:00
Muito em breve não se comprará mais nenhum produto, mas simplesmente produtos que só tem valor pelos serviços oferecidos. Em muitos segmentos isso já e realidade e muito em breve será em praticamente todo a mercado.
Pense sobre que aconteceu com o mercado de celulares. Você esta comprando a aparelho ou o pacote de serviços? Pense em TV a cabo. Pense em bancos. Pense em computadores. Pense em seguros. Pense em saúde. Você vai reparar que consumidor esta dando muito mais importância para o serviço em torno do que para a produto em si.
Não acredita? Pense na experiência de comprar um novo computador e junto transformar sua casa num ambiente wireless. Você vai na loja e não sabe qual equipamento comprar. Um técnico Ihe diz uma coisa e na loja ao lado outra explicação completamente diferente. Você arrisca e leva roteador. Tenta fazer tudo sozinho (com vergonha do seu filho de 14 anos que faria) e começa a seu inferno.
Aí você para e pensa: par que ficar estressado?
É só ligar para uma empresa e chamar um técnico!
Ótimo. Que nada! Se você e como eu - um zero a esquerda em tecnologia e convergência você tem outro dilema pela frente com varias opções e muitas dúvidas:
(a) Você liga para a empresa de telefonia?
(b) Você liga para a sua operadora de internet?
(c) Você liga para a sua operadora de TV a cabo?
Se você e como eu e como a maioria das pessoas, pagaria um pouco mais pelo produto e daria graças a deus para ter tudo instalado e funcionando. Algo como: não me explica, só me diz onde eu assino e quando tudo fica pronto!
Esse é o estresse da maioria das pessoas com os produtos. Um produto que deveria ser fonte de prazer vira fonte de tormento par dias com uma solução mais ou menos. E as pessoas tem pressa e cada vez mais, menos tempo para resolver as coisas. Par isso as empresas de tecnologia falam cada vez mais em criar e integrar soluções e cada vez menos em produtos.
Eu sou radical nisso. Penso que num futuro muito breve tudo vai virar serviço. E as pessoas cada vez mais vão estar dispostas a pagar um pouquinho mais por isso. Pagar por produtos que tragam soluções práticas, rápidas e completas.
A gigante norte-americana de material de construção, a Home Depot - a maior empresa do mundo no setor - conseguiu dobrar de tamanho quando passou a vender produtos e serviços de instalação e reforma combinados. E uma inversão da lógica de valor. Do produto e todo a seu sacrifício em levar e instalar, para uma outra 6tica: compre uma solução e leve com ela um produto. E mais software do que hardware.
Lembre que a percepção de custo não esta somente no preço, mas nos pontos-de-dor dos clientes. Deslocamento, burocracia, espera, tempo.
Tudo isso e sacrifício e sacrifício para a consumidor e custo. Nossa lógica foi construída com a idéia de oferecer sempre mais par menos aos consumidores. Essa sempre foi a grande meta. Só que a lógica pode ser outra num mundo que está se voltando para os serviços e experiências.
Reflita se existem formas de incorporar serviços aos seus produtos. Você já oferece? Pense sobre maneiras de melhorar o serviço que já existe. Pense se não existem formas de reduzir sacrifício na compra. Pense na qualidade das experiências que você oferece na compra, na entrega, na manutenção.
Você vai constatar que as pessoas estão dispostas a pagar por redução de sacrifícios nas suas vidas.
E serviço é pura experiência com a marca. Ou seja, e uma forma de elevar o valor dos produtos na percepção dos clientes, diferenciar-se da concorrência e de gerar valor para a sua marca.
Por Arthur Bender
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Quase Dez Anos Já Se Passaram...
Publicado em
11/04/2011
às
09:00
O que?
O que está acontecendo?
Nova York em chamas?
Atentado terrorista?
.............
Tudo isso aconteceu.
Lembram?
Quase dez anos atrás.
Chego no local de trabalho.
Abro o computador. Computador de dez anos atrás.
E me deparo com as imagens – ao vivo – do que estava ocorrendo “ali” em Nova York.
- Não acredito!
Chamei um colega. Inclusive já está aposentado.
Nós dois ficamos calados com o que víamos e com o que estava acontecendo.
Era um horror!
...................
Atentados terroristas em Nova York.
Quase dez anos já se passaram.
Em setembro, 11 de setembro, fará dez anos desta catástrofe mundial.
Parece que foi ontem!
Parece que...
Não sei dizer mais nada...
................
2011 – volto a lembrar naquele episódio triste ocorrido no mês de setembro de 2001
Volto a ver as imagens do episódio ocorrido recentemente – nos dias de 2011 – no Japão. Outra catástrofe... E volto a me indagar: O que está acontecendo? Desastres naturais e catástrofes planejadas. Tudo em pleno século XXI.
Porque isso?
.................
Dez anos atrás.
Chego no trabalho.
Abro o computador.
Vejo os acontecimentos “ali” em Nova York.
Volta tudo à lembrança...
Temos que dar um basta nas catástrofes do século XXI. Faltam muitos anos para seu término e já temos o que contar... Como contar? Estamos em pleno século – dito – das Relações Humanas. O século da Tecnologia da Informação.
Até quando contar vítimas?
Não sei a resposta.
..................
Temos que pensar juntos.
Temos que pensar juntos e rapidamente.
Temos que pensar e agir, pois tudo neste século XXI está sendo realizado com um tempo muito curto.
Até quando?
Até quando necessitaremos ver, ouvir, ler e contar os mortos por catástrofes?
Planejadas ou naturais.
....................
Gente!
Amanhã volto ao trabalho.
Vou abrir meu computador super moderno para os dias de hoje. Moderno para hoje, pois para amanhã – tenho a certeza e posso afirmar – já não será tão moderno assim...
Espero não ver as catástrofes e nem contagem de mortos, inclusive pelo trânsito tão caótico em função dos inúmeros veículos e tão pouca infra-estrutura para tal...
Certo?
Até lá!
Por David Iasnogrodski
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Sinais de Desmotivação
Publicado em
10/04/2011
às
09:00
O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito – ou transporte público lotado – até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.
Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.
Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...
Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.
A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.
Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho – coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.
Outra variante possível é o que denomino de “síndrome da cabeça no teto”. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.
Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente “ter Deus dentro de si”, compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.
Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.
Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.
Por Tom Coelho
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Preciosas dicas para gerar maior resultado nas reuniões
Publicado em
09/04/2011
às
09:00
Em um mercado de trabalho, cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de idéias, opiniões e posicionamentos, fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingredientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organização, pontualidade e respeito aos participantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram aumento da troca de informações, bem como, no intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coerente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquiste maior comprometimento nos acordos firmados durante uma reunião.
Realizar o convite com antecedência - Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reunião de trabalho, pode ser encaminhado através de um e-mail. Entretanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão "enviar", será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atentamente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equívocos. A presença de pessoas relacionadas ao conteúdo é imprescindível e desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta sobre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e paralelamente compreender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião.
A participação revela interesse pelo assunto - Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e apontamentos durante uma reunião de trabalho, revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improdutivo, ficar durante uma reunião conversando paralelamente com outro colega, demonstra desinteresse. Quando um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de gerar uma mudança de atitude. Se você foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas idéias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ouvir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momento apropriado.
Não seja prejudicado pelo tempo - Pela ausência de um planejamento e de uma seqüência cronológica dos assuntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sendo comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada assunto. Compartilhe os assuntos, para evitar que algum participante se torne o centro das atenções, ou se omita sobre o assunto em pauta. É imprescindível realizar o registro dos assuntos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no futuro não ouvir de algum participante a expressão: "Eu não sabia nada sobre este assunto".
Com o objetivo de realizar uma reunião de trabalho mais produtiva e participativa, utilize uma breve dinâmica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar nenhum participante em situação constrangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser prejudicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não desperdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao participar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as dicas apresentadas e faça a diferença.
Por Dalmir Sant’Anna
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O Marketing Sensorial da Musica do Aroma e da Visão Envolve e Fideliza o Cliente
Publicado em
08/04/2011
às
09:00
O Marketing Sensorial desperta emoções no consumidor e com o despertar destas emoções cria-se uma relação muito forte com a marca, o produto e o ambiente.
Pesquisas de psicólogos relacionadas á ambiente sugerem que o consumidor reage basicamente de duas formas excludentes: aproximação ou repulsão (Meharabian & Russell in Bitner, 1992).
Claramente, as empresas pretendem desenvolver um ambiente em que prevaleça a função de aproximação, e para tanto devem atentar-se para as características do cenário.
Dentre os múltiplos estímulos do ambiente a que o consumidor pode estar exposto, como temperatura, odor, luz e barulho, a música ambiente foi identificada como uma das mais prontamente manipuláveis e influentes (Milliman, 1982, 1986). A música, direta ou indiretamente através das emoções, pode influenciar um comportamento de aproximação do consumidor dentro do ambiente de serviços, tornando possível até mesmo a conquista de objetivos de marketing como construção de relacionamento.
Se um cliente visitar uma loja de roupa onde é difundido um aroma agradável, conjugado com uma musica de fundo adequada ou programada de acordo com o público alvo e um visual não agressivo, cria-se um ambiente propicio para a compra; o cliente permanece mais tempo por visita e volta mais vezes, pois ali lhe lembra algo e fica gravado no seu cérebro a sensação de bem estar e emoção.
Sem muitos custos podermos identificar o tipo de cliente, qual aroma mais agradável e adequado, a musica, a decoração do ambiente sob pena de provocarmos o efeito contrário, não deixando esta tarefa ao gosto dos vendedores que na grande maioria das vezes difere do seu público.
A musica em ambientes como supermercados, livrarias, roupas, devem ser mais suaves, para que os clientes passe mais tempo dentro do estabelecimento. Já em lugares em que há uma rotatividade maior de clientes, é aconselhável uma música mais acelerada.
Aromas como bolo, pão, chocolate, café, cria um ambiente familiar, o que deixa as pessoas mais à vontade. Segundo pesquisa encomendada pela Nike, 84% dos consumidores dispõem-se mais a comprar um par de calçados quando são influenciados por um aroma floral misto. O aroma sempre deve estar, de alguma forma, ligado ao produto oferecido. Não se pode colocar, numa loja de artigos esportivos, um aroma de pão quente, por exemplo.
Outro exemplo é o cheiro das castanhas glasseadas ou caramelizadas, que encontramos nos aeroportos, shoppings e outros ambientes relativamente fechados e de grande circulação e vamos atrás do aroma em busca de satisfazer uma necessidade criada pelo nosso cérebro.
Quando inspiramos um aroma, o cérebro ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções. O cheiro fica na memória e geralmente é associado a lugares, pessoas e momentos. No caso do marketing, ele é uma poderosa arma competitiva já que uma fragrância chama atenção positivamente. Ela causa uma boa impressão ao local, reforça os atributos de um produto ou marca, dá uma assinatura olfativa a um empreendimento, entre outras funções.
O repertório olfativo tem uma permanência na memória das pessoas maior que a visual. A imagem fixa-se apenas por alguns meses. Já o cheiro fica por anos, sobretudo se houver um envolvimento emocional entre a sua marca e o cliente, como um bom atendimento, por exemplo.
A visão é um dos sentidos mais explorados pelos profissionais da área. Cores, formatos e tamanho de logos são escolhidos de maneira minuciosa, para não causar nenhum tipo de aversão junto aos consumidores. A arquitetura é uma ótima opção dentro dessa estratégia, mas é a menos utiliza.
Cuidado com o excesso de cores e imagens. Evite a poluição visual. O produto deve ter destaque sem que as muitas mensagens venham a confundir o seu público-alvo.
Além de todos esses detalhes não se esqueça do brinde de uso pessoal, este irá acompanhar por muito tempo o cliente.
Por Cláudio Raza
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O lógico caminho da representação
Publicado em
07/04/2011
às
09:00
A representação empresarial é antecipada por um rito que inicia com a
liderança, passa pela ética, se conjuga com a informação, reprisa a seriedade e encerra com a determinação de representar um segmento e seguir em frente em nome de muitos nomes anônimos. A tarefa, como se pode imaginar, não é fácil e necessita de entusiasmo e boa percepção.
Por outro lado, ela também tem seus significados. Vivemos num País onde o exercício da representação traz um sentido especial. Diferente de outras nações, o exercício livre e autônomo da representação é um fato muito recente na história brasileira. Somos todos – empresários, trabalhadores, e o próprio sistema político - vítimas da tradição patrimonialista na formação social brasileira.
Herdamos uma nação que se formou à mercê de um Estado poderoso, acostumado a exercer a tutela sobre a atividade econômica, e a controlar o sistema de representação pela via da cooptação e concessão de privilégios daqueles que lhe aplaude, e da exclusão dos setores que exercem uma atividade independente e crítica. É assim que, ao longo de quase toda a história da República, são tratados partidos, sindicatos de trabalhadores e de empresários, e as associações de classe no Brasil.
O rompimento com essa lógica, com a conquista de mais liberdade e autonomia das instâncias de representação da nossa sociedade, é um processo recente, de duas ou três décadas. Nossas entidades, portanto, fazem parte deste processo, e, pela sua importância, é nosso dever continuar a escrever essa história.
Uma das diretrizes mais importantes da representação empresarial é eliminar, pacientemente e gradativamente os resquícios de terceirização na representação da opinião política e dos interesses econômicos do nosso setor, e exercê-la do modo mais direto possível.
Comumente os empresários são chamados a financiar a democracia, e isso é necessário. O grande problema é que os agentes econômicos são lembrados somente nessa hora, e logo depois encontram espaços exíguos e dificuldades para serem ouvidos no processo decisório governamental. As dificuldades para o avanço de algumas reformas fundamentais para o setor produtivo, como as reformas tributária e trabalhista, e a persistência, governo após governo, de manter altos impostos, são alguns exemplos que ilustram nossa dificuldade em sermos ouvidos.
Nosso dever é reverter esta lógica estimulando o desenvolvimento de lideranças autênticas, exigindo compromissos mais claros e definidos de nossos aliados no sistema político, e principalmente não abrindo mão, seja no Congresso Nacional, seja junto ao Executivo Federal, de uma intervenção direta, lutando para sermos ouvidos sempre que estiver em jogo questões vitais para o nosso setor ou para o nosso País. Esta é uma das mais importantes tarefas da representação empresarial.
Para aumentar nossa capacidade de representação, apostamos em fortalecer o espírito associativo. O associativismo foi o caminho que escolhemos, e que nos fortaleceu ao longo da nossa história. As federações e associações regidas sob este sistema se associam voluntariamente. Disponibilizam uma parte mensal de sua receita para colaborar com a sustentação das entidades.
E é com base nessa disposição e consciência - de que juntos somos fortes, - que vamos continuar avançando. Porque é esse caráter associativista das entidades que garante a nossa independência, que dá lastro para que não tenhamos nenhum tipo de constrangimento para defender os nossos princípios, quando eles estão em jogo. Temos liberdade para elogiar, ou para criticar qualquer governo, e o fazemos sempre orientados por valores que visem o bem comum dos brasileiros. E é a prática do associativismo, por fim, que nos mantém tão conectados com os anseios do empresariado e da sociedade brasileira. Os empresários falam a mesma língua, de norte a sul do País.
Para completar a importância da representação não podemos deixar de lembrar que existem alguns princípios bastante claros, que norteiam a ação política: defender a livre iniciativa, e mais do que isso, o estímulo à cultura do empreendedorismo e o combate à cultura paternalista e protecionista, se constituem no caminho que leva ao desenvolvimento, e consequentemente, a geração de empregos e de renda e ao aumento da base de arrecadação fiscal da União.
Nosso dever é lutar para que o Estado coloque sua burocracia e suas estruturas a serviço da sociedade, e não servir-se da sociedade para alimentar os privilégios de sua burocracia. Importante enfatizar que a sociedade tem direito de exigir dos seus governantes mais eficiência na prestação de serviços públicos. Essa eficiência se chama gestão e deve passar pela modernização operacional do Estado, que pode sim ser governado com melhores resultados, com maior racionalidade técnica, sistemas de metas definidos, planos de qualidade, e menos clientelismo político.
Por José Paulo Dornelles Cairoli
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Afinal, quem é meu cliente?
Publicado em
06/04/2011
às
18:00
Vejo empresas que confundem "cliente" com "prospect" – ou seja um "talvez futuro cliente". E com isso, fazem para um "prospect" tudo o que deveriam, de fato, fazer para o seu "cliente". Tratam um "possível futuro cliente" muito melhor do que um atual e concreto cliente.
Vamos deixar claro que cliente é aquele que já compra de mim. Cliente é aquele que dentre outras marcas, escolheu a minha. Dentre outras empresas concorrentes, escolheu a minha. Esse sim é meu "cliente"! Um "futuro cliente" poderá ou não ser um cliente.
Mas o que vejo são empresas que simplesmente "desprezam" seus atuais e bons clientes dirigindo toda a energia e mesmo recursos para a conquista de novos clientes – esquecendo-se dos atuais ou fazendo pouco para os atuais. E daí, é claro, acabam perdendo os seu atuais e verdadeiros clientes. Vejo agências de publicidade dando toda a energia e criatividade para conquistar uma nova conta, ao mesmo tempo em que dedicam-se pouco na busca de novas alternativas de comunicação e sucesso para os atuais clientes. Vejo consultores fazendo verdadeiros malabarismos para conquistar novos clientes, ao mesmo tempo em que deixam seus atuais clientes insatisfeitos com uma prestação de serviços pobre e descontinuada. Vejo distribuidores e atacadistas investindo tempo e recursos na conquista de um novo ponto-de-venda enquanto nada ou pouco fazem para os atuais pontos-de-venda que já são seus clientes. Vejo bancos forçando seus gerentes na busca de novas contas, visitando "futuros possíveis clientes" enquanto os atuais clientes estão insatisfeitos pelo atendimento prestado. Vejo revendas de veículos atendendo maravilhosamente bem um "possível futuro cliente" e dando péssimo atendimento, atenção e assistência técnica aos atuais possuidores de veículos das suas marcas. Vejo hotéis dando benefícios e incentivos a "possíveis futuros clientes" ao mesmo tempo em que nada oferecem de vantagem aos clientes fiéis e assíduos que estão a todo momento freqüentando o seu hotel. Vejo corretores de seguros que desmancham-se em atenção para conquistar novos clientes enquanto simplesmente desaparecem da vida dos atuais clientes....
E os exemplos podem ser dados às mancheias. Um dia destes saí no mercado com vendedor de um atacadista. Cada vez que ele passava defronte a um ponto-de-venda que ainda não era seu cliente ele exclamava: "- Ainda vou virar este cliente para mim. Já ofereci tudo a ele! E quando chegávamos a um cliente que já era seu ele dizia: "- Este cliente é muito chato! Ele vive pedindo coisas. Quer um atendimento especial. A única vantagem deste cliente é que ele compra muito!" (sic)
Logo em seguida paramos defronte a um "prospect" ou "possível novo cliente" e esse vendedor ofereceu a ele muito mais do que o outro velho cliente estava pedindo para ... "continuar comprando muito...".
Chamei a atenção do vendedor para esse fato e ele me respondeu que seu chefe o avaliava pelo "número de contas ou de clientes novos que ele conquistava" e não pela satisfação dos atuais clientes.
Novamente fiquei pensando nessa verdade da empresa brasileira. Não temos critérios de avaliação sistemática sobre a satisfação do cliente para incentivar nossos vendedores. Como nossos critérios são quantitativos fica muito mais fácil cobrarmos de nosso pessoal o entrada de "novos clientes" do que a manutenção dos atuais.
Trabalhando com um grupo de vendedores e gerentes de venda de várias empresas distribuidoras e atacadistas verifiquei igualmente que são feitas poucas análises do "potencial" dos atuais clientes. Com isso quero dizer que são poucas as empresas que se dedicam a um estudo individualizado de cada cliente para saber o quanto mais ele poderia comprar. Podem ser contadas nos dedos de uma mão as que prestam uma verdadeira "consultoria" aos seus clientes ensinando-os como vender mais seus próprios produtos criando assim oportunidades para o aumento do portfólio ou do volume de compra dos atuais produtos ali colocados. Da mesma forma as empresas não têm o hábito de trabalhar com seus clientes os aspectos de precificação e margem dos seus próprios produtos, o que faria com que seus produtos tivessem maior giro naquele ponto de venda.
A verdade é que as empresas precisam compreender que hoje, vender é mais cérebro do que músculos e que se não fizermos uma verdadeira análise one-to-one de nossos clientes ficaremos sempre à busca de novos e perdendo os atuais.
Numa conversa franca que tivemos com mais de 50 varejistas, eles nos disseram com toda a clareza que são raríssimas as empresas fornecedoras que realmente prestam um verdadeiro serviço de assessoramento na venda de seus próprios produtos. Eles nos afirmaram que os vendedores são mal treinados, pouco conhecem dos produtos que vendem e quase nada sobre o mercado em que atuam.
Assim, fica claro porque os vendedores buscam novos clientes – é mais fácil do que "estudar os atuais" para poder prestar-lhes um bom serviço e expandir as vendas. O ato de "buscar incessantemente novos clientes" funciona até como um "aplacador de consciência" para o vendedor que sente-se "trabalhando" em busca do aumento das vendas e assim justifica para si próprio e para sua empresa o seu trabalho e sua vida profissional.
Com o aumento da concorrência, globalização, meios de comunicação e informação mais disponíveis, vender ficou mais difícil. Trata-se agora de uma verdadeira "ciência" que exige uma qualificação antes não exigida do vendedor e principalmente dos supervisores e gerentes de venda.
Fazer uma análise e um verdadeiro estudo criterioso de cada cliente, seu passado, seu presente e seu futuro é essencial para o sucesso hoje. A empresa fornecedora não pode esperar que o seu cliente – varejista – entenda dos produtos todos que tem à venda. Hoje o varejista precisa de um verdadeiro apoio comercial eficaz e de resultados para poder vencer a concorrência.
Assim, em vez de dar todo o esforço na busca e conquista de novos clientes, a empresa deve trabalhar seriamente cada um de seus atuais clientes para mantê-los e para fazê-los aumentar seus pedidos e comprar todo o portófio disponível.
Lembre-se de uma grande e simples verdade: Cliente é aquele que já compra de mim! Cuidado! Vejo empresas fazendo todo o esforço com a mão direita para conquistar novos clientes enquanto com a mão esquerda estão perdendo seus atuais clientes. E todas as pesquisas provam que manter um cliente é, no mínimo 20 vezes mais barato e fácil do que conquistar um novo cliente.
Por Luiz Marins
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O Filme De Sempre
Publicado em
05/04/2011
às
09:00
Na década de 1930, em meio aos monetaristas, surgiu uma frase, posteriormente atribuída ao saudoso professor Eugênio Gudin, que preconizava que não existe pequena inflação, tal como “pequena gravidez”. Ou seja, ambas, invariavelmente, tendem a crescer.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,83% ficando 0,20 ponto percentual acima da taxa de dezembro de 2010, reflete a farra perdulária do governo do ex-presidente Lula da Silva, e, pelo andar da carruagem, não se sabe até que ponto inibirá o avanço do Nacional-Desenvolvimento varguista, ressuscitado na era lulista. Olhando o passado não muito remoto, o corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, anunciado com estardalhaço, reflete mais uma promessa surrealista do que uma vontade realista do atual governo.
Com efeito, lembre-se que, em 2005, o norte do governo Lula da Silva mudou em direção a um estado ainda mais forte e perdulário por influência decisiva da atual presidente da República, à época ministra do governo passado, que desqualificou um plano de redução dos gastos públicos de autoria da dupla Palocci-Bernardo, classificado de “rudimentar”. Tal plano, colime-se, focava a redução da dívida pública. Registre-se, por relevante, que a dívida total do setor público, segundo prognósticos de especialistas, deverá bater recorde no final do governo do ex-presidente Lula da Silva, alcançando a casa de 64,4% do PIB, segundo estudo do economista Felipe Salto, de uma empresa de consultoria, muito acima do projetado pelo governo, que é da ordem de 41% para 2010. A dívida bruta, que é a dívida total do setor público, como importante indicador da saúde fiscal de qualquer país, é um fator de risco futuro, especialmente depois que a crise na zona do euro aflorou de forma a evidenciar a saúde fiscal dos governos. Ela baliza muitas variáveis econômicas.
O procedimento adotado pelo governo passado, que beneficiou a sua candidata a presidente da República, levou a um gasto sem precedentes. A dívida cresceu, o superávit primário encolheu, e o Brasil perdeu a chance de diminuir sua dívida e garantir o desenvolvimento de longo prazo. O filme, ao que tudo indica, vai ter reprise. Se o governo não segurar as despesas, a consequência é a necessidade de o juro subir para estancar a inflação, colocando um freio nos gastos – como sempre, do consumidor.
Por João Roberto A. Neves
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Associativismo
Publicado em
04/04/2011
às
09:00
Muitos de nós pertence a clubes. Clubes de futebol. Clubes náuticos, e tantos outros. Participamos também junto a associações de bairro. Sociedades profissionais. Enfim tudo isso é a integração do ser humano com a sociedade que vive.
A muito que eu gostaria de escrever a respeito deste tema. Hoje estou com esse pensamento.
Acredito que muitos de vocês estão lendo estas “mal traçadas linhas” junto a um centro de computação proporcionado pela associação que você é sócio. São os Centros de informática que as associações modernas estão proporcionando aos seus participantes.
Hoje em dia ´muito comum as nossas associações, além de proporcionarem lazer, cultura, discussões a respeito de temas palpitantes de nossa sociedade, possuem também acesso grátis do associado à Internet. É o presente...
Precisamos participar, mais do que nunca nos dias de hoje, de associações. Ali estão as grandes escolas de líderes. Líderes comunitários. Líderes empresariais. Líderes profissionais.
O associativismo é a maneira inteligente da integração perfeita. Das grandes amizades entre os seres humanos. Vivemos uma vida muito agitada. Precisamos destes momentos de “relax”.
Participo de várias.
Logo que me formei em Engenharia, me associei na Sociedade de Engenharia do Rio
Grande do Sul. Depois me desgostei um pouco e saí. Isto é muito normal.
Hoje esta Sociedade é um exemplo para o Rio Grande do Sul. Atenta a tudo no que concerne ao engenheiro e suas responsabilidades e novidades profissionais. Claro está que em todo o núcleo associativista as lideranças são importantes. A Sociedade de Engenharia, hoje em dia, liderada pelo eng. Newton Quites e sua “grandiosa equipe” está revolucionando. Agitando! Voltando aos velhos tempos!
Assim também está acontecendo com o clube Hebraica/RS, onde a juventude de Joel Fridman e sua equipe estão demonstrando que com vontade e criatividade se consegue tudo.
O associativismo é importante para todos nós.
Precisamos participar e nos integrar a estes núcleos, inclusive para sairmos da vida sedentária que levamos.
Cada um na sua sociedade.
Todos participando e ajudando as lideranças.
Sozinhos não conseguem nada.
O engrandecimento de sua associação depende muito de você!
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Por David Iasnogrodski
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Juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica vinculada
Publicado em
03/04/2011
às
09:00
Para o período base de 2010, os juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica vinculada, residente ou domiciliada no exterior, não constituída em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado, somente serão dedutíveis, para efeitos de imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido, quando a despesa for necessária. Isso em razão da Lei 12.249/2010, que resultou em conversão da MP 472/2009.
Também foram estabelecidos requisitos para que tais despesas sejam dedutíveis da base de cálculo do IR e da CSLL, quais sejam:
i) no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que tenha participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento com a pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a duas vezes o valor da participação da vinculada no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil;
ii) no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que não tenha participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento com a pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a duas vezes o valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil;
iii) em qualquer dos casos previstos, o valor do somatório dos endividamentos com pessoas vinculadas no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a duas vezes o valor do somatório das participações de todas as vinculadas no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
Caso se verifique a existência de excesso em relação aos limites acima referidos, o valor dos juros relativos ao excedente será considerado despesa não necessária à atividade da empresa, portanto, não sendo possível tomar a dedutibilidade.
Da mesma forma, a Lei 12.249 em seu art. 25 estabeleceu condições para que as empresas tomem a dedutibilidade sobre is juros pagos ou creditados naquelas operações realizadas com pessoa física ou jurídica, domiciliada ou constituída no exterior, em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado.
Por este artigo, os juros pagos ou creditados somente serão dedutíveis, quando se verifique constituírem despesa necessária à atividade, atendendo cumulativamente ao requisito de que o valor total do somatório dos endividamentos com todas as entidades situadas em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado não seja superior a 30% do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
Caso exista excesso em relação ao limite de 30%, será considerada como despesa não necessária a atividade da empresa, devendo ser adicionada à base de cálculo do IR e da CSLL.
Há que ser considerado ainda que na realização do cálculo do total do endividamento serão consideradas todas as formas e prazos de financiamento, independentemente de registro do contrato no Banco Central do Brasil.
O regime fiscal privilegiado foi introduzido pela Lei 11.727/08, para que seja considerado País com regime fiscal privilegiado, deve pelo menos apresentar uma das situações a seguir: não tribute a renda ou tribute à alíquota máxima inferior a 20%; conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou jurídica não residente; não tribute, ou o faça e alíquota máxima inferior a 20%, os rendimentos auferidos fora de seu território; não permita o acesso a informações relativas à composição societária, titularidade de bens ou direitos ou às operações econômicas realizadas.
Por Gilberto Silveira Gonçalves
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Mestres que Inspiram
Publicado em
02/04/2011
às
09:00
Minha paixão pela banda Supertramp, ainda quando garoto, levou-me a apreciar um instrumento musical em particular: o saxofone. Tanto que decidi comprar um, usado mesmo, a partir de anúncios classificados de um jornal, num tempo em que a internet ainda era sequer um embrião.
Então, busquei um instrutor e passei a tomar aulas periódicas com a expectativa de, um dia, tocar “The Logical Song”. Mas para atingir este estágio, descobri que teria que aprender escalas musicais, além de ler partituras.
Meses se passaram e, frustrado, descobri-me absolutamente desprovido de talento musical. Olhar para um pentagrama com suas claves de sol, semibreves, colcheias, bemóis e sustenidos era um atestado de ignorância plena. Era o mesmo de vislumbrar a fórmula do tolueno sem entender patativa de química orgânica.
Resignado, no auge de minha adolescência, aposentei meu sonho. E, desde então, o sax passou a ser um mero adorno. Aproveitando sua beleza estética, passei a afixá-lo na parede de escritórios e, mais tarde, na sala de estar de minha casa.
Quase duas décadas depois, numa daquelas fases da vida que decorrem de uma crise existencial, experimentei o meu “momento da virada”. E dentre as diversas deliberações estabeleci como meta aprender a tocar ao menos uma canção que fosse com o instrumento.
Foi quando conheci Alexandre Pena, um jovem professor que de tão apaixonado por música, desenvolveu seu próprio método. E ele, com ponderação e tolerância, fez-me compreender que eu poderia não ter talento musical, mas tinha inteligência musical suficiente para aprender a tocar saxofone. Escala por escala, acorde por acorde, rompi o bloqueio mental que se instalara e aprendi a apreciar a música e a estudá-la rotineiramente.
Dizem os dicionários que professor é aquele que professa, seja uma crença ou uma religião. E você só pode professar sobre algo em que acredita, confia e segue...
Shakespeare, por sua vez, dizia que "heróis são pessoas que fizeram o que era necessário, arcando com as conseqüências".
Quando elegemos um guru, e muitos professores assumem este papel, em verdade estamos vislumbrando um herói, que ao longo de toda uma trajetória de erros e acertos pavimentou uma trilha pela qual o aprendiz transita com segurança e conforto.
O tempo passa e cada um de nós também abre clarões por entre a mata. E nos descobrimos igualmente como heróis, em especial quando dispostos a arcar com as conseqüências.
Enquanto educadores, esta é nossa maior e talvez única missão: inspirar nossos alunos. Ajudá-los a se descobrirem, a desenvolverem suas múltiplas inteligências. Trabalhar habilidades técnicas, mas também comportamentais e valorativas. Proporcionar-lhes a oportunidade de caminhar pelo chão batido ou asfaltado de terrenos abertos e sinalizados pelo prazer ou pela dor de nossas experiências.
Muitos já devem ter sido os alunos que capitularam em seus anseios, expectativas e sonhos por conta de maus mestres que, consciente ou inconscientemente, regaram sementes com fel ou as lançaram em terreno infértil. Mas, felizmente, há também aqueles que promoveram o entusiasmo e despertaram vocações. Porque a vida de um professor se prolonga em outras vidas.
Por Tom Coelho
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Contabilista no topo do prestígio
Publicado em
01/04/2011
às
09:00
A constatação é das empresas que buscam profissionais no mercado, as chamadas “caçadoras de talentos”. Cada vez mais as organizações procuram executivos da área contábil, tendência internacional que revela a importância dessa categoria profissional para a eficácia dos empreendimentos. Para nós, que militamos na área, a procura de quadros especializados em contabilidade ou de consultorias de serviços contábeis de comprovada competência não constitui novidade.
Há tempos identificamos que, em cenário de economias interdependentes e globalizadas, que estão a exigir decisões complexas, organizações de todos os portes e setores não podem abrir mão de profissionais como os contabilistas, eis que de seus conhecimentos dependem o acerto de decisões em áreas essenciais como a financeira, a tributária e a de controles, para citar algumas que são cruciais no sistema produtivo das Nações.
Várias empresas de recrutamento de executivos, aqui e no exterior, realizaram pesquisas que confirmam a tendência. Uma das mais completas foi feita pela Consultoria Robert Half, que ouviu cerca de 1.900 responsáveis pela contratação nas empresas, em dez países. Na síntese de seu levantamento, concluiu que, no primeiro semestre de 2011, nada menos de 36% dos consultados pretendem aumentar suas equipes de executivos no Brasil, sendo que perto de 40% justamente na área da contabilidade.
O interessante é a análise que pesquisadores da Robert Half fazem para explicar a ampliação dessa demanda em nosso País. O contabilista, no Brasil mais do que em outros países, é hoje um quadro estratégico para todas as áreas das corporações. Basta pinçar a planilha de nossa carga tributária, seguramente uma das mais elevadas do mundo. O Brasil, como potência emergente, exige que os nossos especialistas se obriguem a uma constante atualização nas áreas fiscal e tributária, para acompanhar os prazos, as normas, decretos e regras de todos os calibres. O desafio que se impõe é o de criar sintonia com a velocidade das mudanças ou, em outros termos, conectar a antena com a tecnologia do conhecimento.
Não por acaso, as empresas que, conforme mostram as pesquisas, pretendem se instalar no Brasil em breve, têm dificuldade em entender a complexidade do ambiente fiscal e tributário nacional. Isso ocorre, principalmente, com executivos estrangeiros em posição de comando. O contabilista, assim, deixa de ser um mero técnico para assumir a posição estratégica de aconselhamento, vital para a tomada de decisão de investidores, diretores e altos executivos.
Há ao menos duas conclusões a extrair desses fatos. A primeira é particularmente benfazeja: o contabilista é um profissional cada vez mais valorizado e, hoje, sua atuação pode ser comparada com a do advogado como operador do Direito e a do médico na área da Saúde. É por isso que propugnamos por vários anos e aplaudimos a decisão, tomada em 2010, de se fazer retornar, por força de Lei Federal, a obrigatoriedade do Exame de Suficiência, reconhecimento oficial de que o profissional de contabilidade reúne a capacitação exigida por um mercado em crescente expansão. Assim, mais do que uma exigência, trata-se de valorizar os conhecimentos de nossos profissionais.
A outra conclusão deriva da anterior. Mais do que nunca, o contabilista – executivo de empresa, empreendedor da área, jovem em início de atividade ou já maduro, não importa – está obrigado a se reciclar a cada dia, a considerar seu mister um aprendizado permanente. Esta atitude é fundamental não apenas porque vivemos um momento no qual a carreira deste profissional está em alta. Ela é mais do que necessária para consolidarmos, no mercado e na sociedade, a noção de que nossa atividade mudou de patamar e sua valorização deve ser prioritária em todos os empreendimentos que almejam sucesso nesses tempos de competitividade acirrada e busca de produtividade.
Por José Maria Chapina Alcazar
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Faça um "Projeto Corvo" na sua empresa
Publicado em
31/03/2011
às
09:00
Fui chamado numa empresa. Conversando com a diretoria e com os funcionários, logo vi que no meio deles existia um grande número de pessoas que tinham uma visão extremamente negativa da empresa, do mercado, das pessoas, dos concorrentes, dos fornecedores, etc. e que tudo faziam para que nada fosse feito de inovador, de criativo, de novo.
Várias idéias inovadoras e projetos inéditos e arrojados foram apresentados e boa parte dos funcionários e gerentes diziam:
Logo percebi que a empresa estava cheia de "corvos".
Pedi uma reunião separada com a diretoria e propus fazermos um "Projeto Corvo" que em última análise era dispensar (mandar embora) todos os "corvos" da empresa. Fizemos o tal "Projeto Corvo" e mandamos para a rua mais de 15 funcionários entre engenheiros, administrativos e pessoal de vendas – todos "corvos".
Seis meses depois voltei à empresa. Era outro o clima. O astral era positivo. As inovações haviam sido postas em prática – e estavam dando certo! A diretoria e os próprios funcionários remanescentes estavam surpresos ao ver como tudo ficou muito mais fácil sem os "corvos" que puxavam a empresa para baixo e para trás. As coisas começaram a fluir. A comunicação melhorou entre todos os níveis. As pessoas estavam todas mais felizes no trabalho. As vendas cresceram!
Às vezes nos iludimos com "excelentes técnicos"- pessoas que entendem muito do produto que fabricamos ou da área em que trabalham. Meu conselho, mesmo com relação a esses "excelentes técnicos" é o de livrar-se deles. Você não imagina como será diferente e melhor a sua empresa, o seu departamento, a sua diretoria, sem aquele "corvo, urubu, abutre" dizendo a todo o momento que as coisas não vão dar certo, que já viu esse filme antes, que é bobagem tentar, etc, etc.
"Corvo" é aquele que não acredita. Que não quer tentar nada novo. Que vive no "quanto pior, melhor". Que tem uma visão extremamente negativa do mercado, dos clientes, dos fornecedores, da cidade, do país.
Essas pessoas são mentalmente insanas. São as chamadas "fronteiriças". Como estão fora de um hospital mental a gente não pode colocá-las lá dentro. Mas se estivessem lá dentro não teriam alta para sair...
Meu conselho, na verdade é o seguinte:
Se você tem "corvos" na sua empresa, sejam eles quem forem, mande-os embora. Faça uma carta de recomendação ao seu maior concorrente e mande-os para a concorrência. Não dá para viver e trabalhar hoje com gente puxando você para baixo e para trás. A energia que essas pessoas "sugam" dos outros e da própria empresa, faz falta no mercado, na inovação, na criatividade, no desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Pense nisso, Faça um "Projeto Corvo" na sua empresa. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Faça sua lista
Publicado em
30/03/2011
às
09:00
Trata-se de um convite para você fazer uma lista, com itens, se resolvidos, encaminhados, irão melhorar sua qualidade de vida, irão otimizar seu tempo, sua energia e atrair para você os objetivos. Normalmente definimos metas e vamos atrás delas, é um método comum, linear. Um método não linear consiste em atrair os objetivos para você. E isto tudo com uma lista, para eliminar desperdiçadores, sugadores de energia, atenção.
Se não, vejamos. Antes de ir atrás do que se quer e estar preparado para atrair os objetivos, é importante criar uma base energética pessoal sólida. Muitas pessoas não conseguem manter-se em estado de sucesso ou atraí-lo devido a um alicerce frágil na sua vida pessoal. Porque um dos três porquinhos fez sua casa de pedra? Ou esta estória é somente para crianças? A lição nesta estória que interessante. Foi Walt Disney que popularizou em 1933. De onde surgiu, já é outra pesquisa.
Inicie sua lista, enumerando primeiros os itens mais fáceis. Comece por coisas que em sua casa. Arrumar a garagem, eliminar coisas guardadas por anos. Latas de tintas, com tinta seca, por exemplo. Acho que ninguém tem isto guardado. Roupas que você não usa, doe. Ou uma camisa onde falta colocar um botão. Uma rachadura em parede. Uma pintura que falta, uma pedra solta no pátio. Arrumar o jardim, arrancar aquela planta que você já não quer mais , mas vai deixando. Não tolere nada.
No veículo. Um aranhão que talvez somente precise um pano e uma cera ou mesmo uma oficina. Com seu corpo. Exercícios para você gostar de você mais ainda. Corte de cabelo regular, unhas, limpeza de pele. E ai você vai dificultando. Relacionamentos. Lá no item octogésimo nono, sim porque se você começar esta lista poderá ser grande e poderá levar dias para fazer. Faça por etapas e depois organize-se para eliminar os itens mais fáceis em uma semana. Mais outro tanto no mês subseqüente e assim por diante.
Mas voltemos ao item octogésimo nono. Relacionamentos. Alguém com quem você está brigado e precisa fazer as pazes e somente você poderá tomar a iniciativa. No item seguinte, alguém da família, que você precisa fazer as pazes ou pedir perdão. Sim, pedir. Não adianta dizer eu perdôo. Não temos este poder, somente quem tem este poder é o outro. Então humildade para ir pedir perdão. Esta lista exige atitude para ser eliminada ou encaminhada. Muitas vezes um telefonema resolve. Ficamos nos sentindo culpados por coisas que a outra pessoa não deu importância. Mas está com você e está sugando energia. Feche o buraco. Pendência de dívidas, com documentos, com escrituras, com contratos são enormes sugadores de energia. Resolva tudo. Reavalie suas finanças, aprenda a dizer não.
Finalizando. Uma mangueira de jardim. Você abre a torneira, mas a água não chega ao final porque a mangueira está cheia de furos. Muitas vezes nossa base energética está cheia de buracos e energia não chega onde precisa e por conseqüência não atrai nada. E aí dizemos: Nada dá certo para mim.
Pense e aja sobre isto. Faca sua lista e começa a fechar os buracos, sugadores de energia. Você é a pessoa mais importante neste universo para você.
Eu poderia escrever 9000 caracteres sobre este tema, mas o espaço somente permite estes. Então. Fim.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Voltei
Publicado em
29/03/2011
às
09:00
Voltei.
Voltei para ficar.
Voltei um pouco abalado.
Abalado pela perda de um amigo e colega.
Abalado pela perda de um grande escritor.
Abalado pela perda do prefaciador dos dois primeiros livros de minha autoria: “Obrigado Porto Alegre” e
“Meu Bom Fim Brasileiro”.
Abalado pela perda de um integrante da cultura gaúcha e brasileira.
Abalado pela perda de Moacir Scliar.
Sei que já faz alguns dias do seu passamento. Estava eu em férias.
Só agora, na minha volta, é que criei esta coragem.
Muitos já falaram.
Muitos já escreveram.
E eu agora estou me pronunciando a respeito do nosso “escritor maior”. Uma lástima para a cultura brasileira.
.....................................
Minhas férias foram ótimas.
Encontrei um amigo de infância que não o via há algumas décadas. Recordamos muitas passagens de nossa infância. Sugeriu-me a escrever a respeito das nossas amizades na Rua João Guimarães, no Bairro Santa Cecília, na cidade de Porto Alegre.
Disse a ele que aceitava o desafio. Assim o farei.
Logo, logo.
......................................
Bem, voltei.
Voltei para ficar.
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Por David Iasnogrodski
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O Império do Dinheiro
Publicado em
28/03/2011
às
09:00
O artigo pondera a última reunião do G20, o grupo das maiores nações ricas do globo. Aconteceu em Seul em 2010, as lideranças nela presentes optaram indigitar os culpados à queda da importância econômica dos EUA. O dólar não pode mais ser a moeda universal. Oscilando da superpotência ocidental ao extremo oriente, para o governo brasileiro a política cambial da China vermelha é insustentável. Em tese, tal o marisco, nos situamos entre os rochedos e a fúria oceânica.
Os analistas vem acentuando o lugar do dólar, em desproporção à relevância da estrutura financeira americana. Perdendo a força frente a orquestração do FED ( Federal Reserve ) e guindado aos estímulos artificiais de crescimento econômico, o excesso desta política trouxe à baila a inundação da moeda em todo o mundo cujo viés é um tipo de inflação perigosa: estão abertas as comportas da liquidez. Países dependentes os imitará.
Todo império um dia ruirá. É a lição da História. Roma caiu. Mas antes protagonizou cenas ridículas de expansionismo. A mania de ser grande e eterno produziu no auge da derrocada, Petrônio, cujo Satiricon discute o homem civilizado daqueles dias. Para o hodierno a indústria do cinema e entretenimento do agonizante celebram pactos de que tudo vai bem. O império do dinheiro, de pés de barro, ignora manter-se erguido. A compra e venda, corolário do edifício material da sociedade de consumo em vigor, ultrapassou o sinal do desgaste.
Silenciosa, a China vem amealhando espaços, gentes e políticas, embora asseverou Alan Greenspan, “ essa potência emergente ainda não assumiu as responsabilidades e obrigações exigidas por seu status atingido na economia mundial”.
Eis a deixa ao ocidente. Pode reagir, quer dizer, há muito o que fazer em nome do ideal da liderança internacional. Isso significa, sacrificar um pouco, ainda que pouco, os modos da ganância. O furo da bala seria erradicar a miséria,conter as mentiras do acerto social e educar para valer nossas crianças.
Idealismo? Mas fazer o quê?
Por Nei Rafael Filho
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O Crítico
Publicado em
27/03/2011
às
09:00
Tenho a impressão que o crítico no fundo de sua alma seja uma pessoa frustrada por não realizar. As pessoas com senso critico mais aguçado que conheço geralmente criticam a tudo e a todos e as vezes percebo que criticam só por criticar.
Existem pessoas que acreditam que sabem como as coisas deveriam ser feitas, conhecem a solução para tudo e dizem como as outras pessoas deveriam agir e pensar. Olhando para suas próprias vidas, para seus negócios e para a sua família, percebo, muitas vezes, que não aplicam seus ensinamentos ou a sabedoria que julgam ter. Os extremamente críticos geralmente vão mal nas suas atividades, sua família é desestruturada e sua vida está longe do ideal.
Acredito que a crítica se torna um anestésico para os fracassados, que quando se sentem impotentes em relação ao realizavel passam a criticar.
Ja falei num texto anterior sobre aquelas pessoas que justificam suas faltas e suas falhas em cima dos erros do outro, ou seja: eu devo mas o fulano deve mais, como se isso o anestesiasse de sua própria incapacidade demosntrando não uma qualidade sua, mas um defeito do outro.
Gostaria que o leitor lembrasse de uma pessoa de seu convívio que critica com facilidade e com regularidade e fizesse uma análise em relação àquela pessoa. É feliz, é bem visto, tem sucesso profissional, sua família é exemplo?
Aprendi a valorizar as intenções, as tentativas e o trabalho do outro. Hoje, evito criticar pessoas e negócios dos quais não tenha profundo conhecimento a respeito. Também não critico tentativas frustradas, sejam elas qual forem porque valorizo a labuta do outro e suas boas intenções.
Infelizmente, em nossa sociedade pessoas perdem muito tempo com pensamentos negativos, cetiscismo e pragmatismo, tornando-se criticos contumazes de tudo e de todos, esquecendo-se que a energia empregada na crítica poderia ser revertida para soluções e projetos. Sou adepto da máxima “não critique, faça melhor”.
Existe em nosso convívio um grupo de pessoas que denigrem aquilo que lhes é primordial, ou seja, criticam a cidade esquecendo-se que vivem nela, criticam órgãos de imprensa sem se lembrar que são exenciais para a sua informação, criticam pessoas que geralmente conseguiram melhor posição, esquecendo-se de olhar para o próprio umbigo, criticam empresas não se lembrando que dependem delas e sua evolução está intimante ligada ao seu crecimento. Criticam só por criticar, porque não aprenderam e respeitar o outro!
Antes da crítica deve vir o respeito! O respeito à história do outro, ao trabalho, à dedicação, à intenção e também, ao resultado, que quando insatisfatório ainda poderá ser melhorado.
O que não é passivel de melhora ou de aperfeiçoamento é exatamente o resultado da crítica vazia. O que se aproveita da degradação de algo?
Óbvio que todos nós temos nosso senso crítico que normalmente deve pautar nossas ações, ou seja, devemos analisar os erros, as falhas e as faltas dos outros para direcionarmos nossa vida para outro lado, evitando repetir aquilo que percebemos não ser positivo, aquilo que não deu certo.
Mas imprimir críticas sem critérios, seja lá contra o que for ou contra quem for não me parece correto.
Alguns orgãos, pessoas ou profissionais tornam-se alvo fácil de criticas, muitas vezes emitidas por pessoas que têm interesse no seu fracasso. Proponho começarmos a analisar os pontos positivos de todos antes de sublinhar os negativos.
O positivismo, o elogio, o reconhecimento ao trabalho e o respeito podem produzir excelentes reações, felicitar pessoas e ajudar negócios a se desenvolver beneficiando a todos.
Não critique, realize! Pense duas vezes antes de criticar, analise se você está dando o exemplo ou se tem se dedicado realmente com mais afinco áquilo que está criticando.
Por José Rodrigo de Almeida
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Etapas da Venda: Abordagem
Publicado em
26/03/2011
às
09:00
Agora é a hora da verdade e de fazer acontecer. Visita marcada e pronto... Lá está você cara a cara com o temido comprador, aquele que decide, quem realmente paga o seu salário.
Mas muita calma nessa hora! Um vendedor preparado sabe o que fazer, sabe o que dizer e principalmente sabe ouvir. Veja o que não pode faltar para uma abordagem eficiente.
Faça as perguntas certas e efetivas. Promova o diálogo e não queira vender pelas suas razões. O entusiasmo que você tem pelo produto que vende nem sempre é recíproco e nesta hora procure descobrir quais as reais necessidades do seu cliente. È obrigatório saber o que seu cliente usa ou pretende comprar exatamente. Não é nada raro a empresa mudar a especificação de um produto ou encontrar uma nova solução devido a perspicácia do vendedor em encontrar um nova solução. Pergunte como tem sido a experiência com os produtos da concorrência, nem preciso escrever que jamais deve se falar mal de um concorrente, não é mesmo? Caso seja a primeira venda não esqueça de perguntar quais os fatores importantes para comprar de um novo fornecedor. Cada caso é um caso, mas sugiro que você elabore uma pequena lista com as perguntas que você acha importante e que não podem faltar na hora da abordagem.
A abordagem foi feita para você ouvir e não para falar. Erro número 1 na fase da abordagem é despejar informações, casos de sucesso, referências de clientes super satisfeitos com nosso produto e esquecem de OUVIR o que o cliente tem a dizer, seus sonhos, problemas, vontades, etc. Ouvir é um ato de respeito, de carinho, demonstra atenção, enfim, tudo o que seu cliente procura em um bom fornecedor.
Use sua percepção para descobrir o perfil do cliente. Existem clientes mais racionais, outros emocionais. Para os pragmáticos mostre tabelas, números que demonstrem o quanto ele pode ganhar ou reduzir custos comprando com você. Outros querem referências e casos de sucesso. Tenha um portfólio de tabelas comparativas, estimativas, telefones de contatos de referências e sempre responda as dúvidas de forma clara e objetiva. Nada de ficar dando voltas e mais voltas sem chegar a ponto algum. Dê ao cliente o que ele quer não o que você deseja que ele queira.
Fique atento ao que acontece a sua volta. Preste bastante atenção a postura corporal do cliente, seu tom de voz, vocabulário, decoração da sala, entre outros fatores. Tudo isso lhe dará dicas sobre a cultura da empresa e de como se comportar da maneira mais adequada neste relacionamento. Seja empático, crie um vínculo com o cliente e sempre demonstre interesse genuíno em ajudar. E a comissão? Esqueça a comissão! Comissão é consequência de um bom trabalho realizado. Uma boa comissão virá naturalmente.
O importante na abordagem é descobrir o que seu cliente realmente precisa e aí sim fazer sugestões, dar o que ele espera e sempre procurar superar as suas expectativas.
Por Paulo Araújo
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Do emprego que temos ao empresário que queremos ser
Publicado em
25/03/2011
às
09:00
De empregado a empregador: vale a pena?
Ricardo ficava vendo o seu patrão não ter horário para chegar.
Ana Rita pensava na vida boa que levava a dona da loja em que trabalhava.
Oswaldo via seu patrão abrindo mais uma empresa.
Esther queria deixar de ser funcionária pública e abrir uma empresa de eventos...
Os quatro confessaram que esses desejos aumentavam justamente quando estavam em férias. Os vinte ou trinta dias longe da empresa ou do serviço público lhes aguçava o desejo de liberdade que, por certo, a vida de patrão, de empregador, lhes proporcionaria. Os quatro criaram coragem. Largaram seus empregos. Tornaram-se, enfim, donos de seu nariz, como diziam.
Ricardo abriu uma lanchonete num pequeno salão que tinha herdado de seu pai. Pegou seu fundo de garantia e ajeitou o salão, comprou o freezer, balcão, forno, mesas, cadeiras e que tais. Queria fazer tudo muito certo, pois criticava seu patrão por sonegar algumas taxas municipais. Para abrir a empresa procurou um escritório de contabilidade e ficou absolutamente estarrecido com as exigências da burocracia e quase teve um enfarte quando chegaram as contas dos impostos, taxas e licenças de funcionamento de sua micro lanchonete.
Ana Rita resolveu vender de porta em porta. Tirou o dinheiro da poupança e comprou o primeiro lote de roupas infantis e partiu para a luta. Saía cedo de casa e bairro por bairro, quadra por quadra, casa por casa, oferecia seu pequeno estoque a donas de casa, mães e avós de prendas domésticas.
Oswaldo abriu uma oficina mecânica. Usou as parcas economias de sua mulher Lena e comprou um kit de ferramentas usado e um macaco hidráulico de um velho tio, com quem aprendera, na adolescência os rudimentos da mecânica de automóveis. Para não pagar impostos, começou numa garagem camuflada nos fundos da casa de seu cunhado André.
Esther abriu a sua tão sonhada empresa de eventos. Não precisava quase nada. Só um folheto de propaganda mostrando sua experiência em coordenar os eventos de sua repartição e um telefone, bastariam.
Dois anos se passaram...
Acusando-o de exigir horas extras em demasia, o único funcionário que tinha foi à justiça do trabalho e conseguiu uma indenização que acabou com o pouco que Ricardo havia ganho. O fiscal sanitário exigia uma nova pintura e azulejos até o teto em sua lanchonete. A receita mal dava para pagar a conta de luz, sempre alta, graças ao forno elétrico, à chapa, à torradeira, ao freezer, etc. Atolado em dívidas com fornecedores e o fisco, Ricardo queria vender sua lanchonete. Era quase impossível, pois as dívidas eram maiores que o valor que ofereciam à sua empresa.
Esther fez cinco eventos nesses dois anos. No primeiro teve um lucro muito bom. Só com ele comprou um novo carro e trocou seu velho fogão. No segundo evento, teve um pequeno problema com um fornecedor. Era um músico que simplesmente não apareceu no dia combinado. O terceiro evento novamente foi um grande sucesso. Graças a ele, Esther foi indicada para os outros dois. De um deles levou calote. O cliente alegou que estava tudo muito mal feito e se negou a pagar. Sem contrato assinado e sem empresa legalmente constituída, a justiça nada pode fazer, disse-lhe um advogado. Esther honrou seus compromissos com os fornecedores e ficou seis meses com problemas de depressão.
Oswaldo estava esgotado. Trabalhava sete dias por semana, de domingo a domingo. Os clientes queriam seus carros prontos e pouco se importavam com o descanso semanal de Oswaldo. Sua mulher reclamava. Os filhos diziam-se órfãos de pai vivo. Certo dia, após sentir uma dormência em seu braço esquerdo, teve uma ordem médica para parar por quinze dias. Como não tinha previdência, nem auxílio doença de alguma fonte, nem empregados que pudessem continuar o seu trabalho, teve que fechar a oficina. Indenizou seu cunhado André pelo estado em que havia deixado o local e ficou sem dinheiro.
Ana Rita deu-se muito bem. Ganhava bem e sua clientela aumentava. O único problema que a atormentava era a sua clandestinidade fiscal. Vivia com medo que alguma cliente invejosa a denunciasse.
O que aconteceu de errado com Ricardo, Oswaldo, Ana Rita e Esther?
Nada de errado. O erro está no simples fato de que os quatros não tinham a real noção do que é ser empresário, empreendedor de si próprio. Eles não se aperceberam, sequer, que seus sonhos foram acalentados em vinte ou trinta dias de férias pagas por alguém que enfrentou e enfrenta os mesmos problemas que eles enfrentaram ao optar pelo vôo solo. Eles criticavam o convênio saúde que a empresa em que trabalhavam lhes oferecia e não se atentaram para a realidade de que, como empresários, eles próprios teriam que arcar com seus convênios de maneira integral. Eles simplesmente não imaginavam a enorme carga tributária, os entraves burocráticos, as ações trabalhistas, os achaques de corruptos fiscais e tudo mais que uma anônima e insensível máquina governamental impinge aos empresários de qualquer tamanho. E eles jamais pensaram nos que não pagam, não cumprem seus contratos escritos ou verbais e os que não temem a justiça e a desafiam como modo de viver.
Assim, antes de deixar o seu emprego, seguro ou não tão seguro, mas que permite que você vá para casa; tenha finais de semana com a família e freqüente os aperitivos com seus amigos aos sábados pela manhã no bar de seu bairro; tire férias e até fale mal do seu patrão; pense se você tem a necessária garra e a gana de enfrentar o desconhecido; de cair inúmeras vezes e começar de novo a caminhada. Pense se você tem estômago para enfrentar empregados desleais que fazem os leais e honestos desaparecerem à sua vista.
Pense se você tem a coragem de pensar grande e ver no horizonte a luz de seu sucesso, mas que para chegar lá terá que atravessar caminhos nem sempre agradáveis. Pense se você tem a fibra de um empreendedor!
Por Luiz Marins
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E se eu não acordar amanhã?
Publicado em
24/03/2011
às
09:00
Espero que demore muito. Eu me lembro vagamente quando criança que meu pai me perguntava cada vez que vinha no meu quarto antes de dormir: E se você não acordar amanha, terá valido a pena o dia de hoje.
A pergunta é mais valiosa hoje, quando adulto. A pergunta sempre está comigo. E seu não acordar amanhã, valeu a pena minha vida até aqui? Fiz o que vim para fazer? Bem, se isto acontecer, pois sempre acordo cedo, e eu não acordar no horário, espero acordar perto das onze, antes do almoço.
A pergunta vale para reflexão. Outras perguntas parecidas? Qual a mudança que preciso fazer para chegar mais perto do objetivo traçado ? O que ainda preciso fazer, estudar, realizar para tornar minha vida mais significativa ainda, sem, no entanto, ficar estressado? Que situações preciso concertar em minha vida, familiar, no trabalho para dormir mais tranqüilo ainda?
Conversei e observei pessoas das mais diferentes culturas, crenças, religiões, níveis sócio econômicos, países do primeiro mundo, do segundo, terceiro, e é muito fácil observar que na essência o ser humano é igual. Muda o olho, o nariz, cor da pele, cabelo, língua, o meio de transporte, maneira de formar família, mas o que todos querem, é ser feliz enquanto estão aqui.
Concluindo. Eu já fiz provavelmente você também, enorme esforço remando rio a cima, fazendo tudo para não ser feliz. Chega o momento em que se aprende na marra. Feliz daquele que encontra o caminho logo. Acho que são poucos ou nenhum. Para conhecer a luz é preciso saber o que é a ausência dela.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Imagem Positiva
Publicado em
23/03/2011
às
09:00
- O senhor me desculpa. Posso lhe fazer uma pergunta?
- Claro.
- Estou interrompendo sua caminhada. Mas eu e minha família somos do Rio de Janeiro. Estamos em visita a Porto Alegre e gostaríamos de saber se estamos longe da Casa de Cultura Mario Quintana.
- Claro que não estão interrompendo minha caminhada. É sempre um prazer informar as coisas belas de minha cidade. É uma obrigação nossa de receber bem o turista. Os senhores estão a uma quadra da tradicional Casa de Cultura. A Casa de Cultura Mario Quintana. Local onde morou. Era um antigo Hotel e foi transformado em Centro Cultural. Vão gostar muito. Não esqueçam que nesta rua onde estamos conversando – Rua dos Andradas (também conhecida como Rua da Praia) – o poeta Mario Quintana realizava suas tradicionais caminhadas.
- Muito agradecido pela informação.
Receber turistas e fornecer informações culturais é algo muito importante para todo e qualquer cidadão de uma cidade. O turista é importante.
Logo, logo o “nosso” Brasil receberá eventos de grande monta como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Para tanto necessitaremos de obras.
Necessitaremos de uma logística importante em todos os momentos, mas principalmente nós os cidadãos, precisaremos nos conscientizar em receber condignamente os turistas.
Não só os taxistas. Não só os motoristas de ônibus. Não só os trabalhadores de restaurantes, Aeroportos, Rodoviárias, mas também necessitaremos conhecer as nossas cidades. As cidades onde residimos. Seus pontos turísticos é fundamental – nós – os cidadãos comuns conhecermos para prestarmos as informações solicitadas, principalmente os pontos turísticos culturais.
Sabem porque?
Ao viajarmos por esse mundo globalizado notamos a importância que é dada aos pontos turísticos culturais: centros de cultura, igrejas, sinagogas e outros que abrigam cultura, tais como: teatros, bares e restaurantes temáticos.
É muito interessante a gente conhecer a cidade e poder informar, com segurança, a localização e se possível sua programação.
Seremos eternamente gratos e levarão, com certeza, uma ótima impressão da cidade, sua população e por fim levarão uma imagem positiva de nossa cidade.
De nosso Estado.
De nosso País.
A imagem positiva não há preço que pague.
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Por David Iasnogrodski
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Pobre Justiça
Publicado em
22/03/2011
às
09:00
Assoberbada e entupida de processos, deficitária de funcionários em todos os níveis, trabalha nossa Justiça para atender aos reclamos da população. Nesse caudal deficitário, se perdem longos anos em demandas que poderiam ser resolvidas em pouco tempo, algumas com decisões tardiamente. Para complicar essa engrenagem emperrada esbarra o cidadão com o gesso frio do formalismo exacerbado do ordenamento jurídico brasileiro, criado propositadamente para impedir às vezes trâmites processuais pela falta de requisitos, prestando-se parte da magistratura aos interesses do legislador que desafoga o Judiciário negativamente pelo positivismo e não em forma de julgamentos das questões dos fatos apresentadas. Assim, encastelados em seus gabinetes, alguns não conseguem ver que dentro daquele conjunto de papéis há interesses capazes de modificar a vida do cidadão e sua história que urge solução, e perdem-se na a obediência ortodoxa da observação formal quando convém em primeiro plano, deixando de lado a apreciação do direito invocado, como uma espécie de fuga do mérito no enfretamento corajoso necessário para alguns casos.
Tal situação, além do prejuízo e desrespeito aos interessados nas questões da vida, patrimonial, familiar etc., nem chega a ser observada pela falta de exame, repelida nas preliminares que afasta, talvez, a culpa de uma tutela equivocadamente não dada. Embora o próprio Poder Judiciário reconheça a necessidade do aumento de pessoal, esbarra numa lei orçamentária moralizante imoral que impede o aparelhamento num ciclo vicioso inercial, tudo em nome do gesso formal imposto pela limitação tendenciosa da lei que evita que a Justiça seja melhor neste País.
Por Jorge Cláudio de Almeida Cabral
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O adicional de insalubridade sob exame
Publicado em
21/03/2011
às
09:00
O adicional de insalubridade foi criado no Brasil no ano de 1936, pela Lei 185 de 14 de janeiro e tinha por princípio ajudar os trabalhadores na compra de comida. Na época, acreditava-se que pessoas bem alimentadas eram mais resistentes às doenças.
Essa premissa já havia sido rejeitada na Inglaterra e Estados Unidos nos anos de 1760 e 1830 por ser absolutamente falsa. Nas terras brasileiras a ideia prosperou através de sucessivos dispositivos legais. Temos, portanto, uma história de 75 anos de pagamento do adicional de insalubridade, ganhando inclusive destaque na atual Constituição Federal de 1988. Resumindo, há uma cultura de compra da saúde do trabalhador, no seu sentido mais torpe.
Quem paga e quem recebe o adicional de insalubridade de certa forma assume um contrato trabalhista de compra e venda da saúde na medida em que o empresário, comprador, admite que ele não tem controle dos riscos ambientais existentes nos locais de trabalho e se torna responsável pelas doenças ocupacionais. O vendedor (trabalhador) concorda em ficar doente ao longo do tempo, tendo como recompensa uma migalha a mais no seu salário.
Isso é tão verdade que o Artigo 194 da CLT afirma que “o direito do empregado ao adicional de insalubridade cessará com a eliminação do risco à saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho”.
A Portaria 3214, do Ministério do Trabalho, através da Norma Regulamentadora (NR) 9, exige que medidas de controle sejam adotadas para garantir a salubridade dos locais de trabalho. Parece claro que a lei não exigiria do empregador algo que não fosse viável tecnicamente.
Diante disso fica a seguinte pergunta: temos consciência da infâmia de pagar o adicional de insalubridade se temos normas prevencionistas, se há uma legislação que obriga a contratação de profissionais especializados para tratar desse assunto? Por que ainda há interesse em monetarizar a saúde dos trabalhadores?
Uma boa resposta, mas certamente incompleta, é a de que essa prática agrada aos maus empresários quando comparam somente os custos diretos para implantação de medidas de controle efetivas com o pagamento dos adicionais de insalubridade, baseados no salário mínimo. Adotar um sistema de ventilação, enclausurar uma máquina, substituir um processo custam mais no início, mas trazem muito mais vantagens ao longo do tempo.
Os trabalhadores também buscam benefícios com o adicional de insalubridade, pois são amparados em uma lei de 1960 que concede aposentadoria especial aos que estão expostos às condições insalubres.
Seguramente, essa é a grande cortina de fumaça que impede os empregados de enxergarem as conseqüências dessa suposta vantagem salarial.
Em São Paulo, há pouco tempo, um homem foi preso porque colocou um dos seus rins à venda, em frente ao Hospital das Clínicas. O conceito não muda quando se trata do adicional de insalubridade.
Tecnicamente, um trabalhador que se expõe aos riscos ambientais por 25 anos (tempo para aposentadoria especial) dificilmente gozará seu afastamento do trabalho em boas condições de saúde.
Se alguém se aposenta dessa forma e apresenta boa forma física e mental deve ser motivo de investigação pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pois há fortes indícios de que recebeu um benefício indevidamente.
A legislação brasileira é bem clara nesse assunto quando reeditou, em 1994, a NR 9 da Portaria 3214, e passou a exigir controle das condições insalubres. Depois de quase 20 anos, não deveria existir locais considerados insalubres no Brasil e, portanto, nenhum trabalhador deveria receber tal adicional.
O engano da insalubridade tem elevado as contas do INSS, segurador e responsável pelo pagamento das aposentadorias especiais. Não é à toa que as Instruções Normativas que disciplinam a concessão desse “benefício” ficaram rígidas nos últimos anos, a ponto das empresas mudarem os critérios de avaliação dos riscos ambientais, área tradicionalmente regulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Estatísticas do INSS revelam que, em média, entre 2005 e 2009, foram registradas cerca de 24.700 ocorrências relacionadas com doenças ocupacionais e mais de 120 mil trabalhadores foram afastados dos locais de trabalho, com a saúde comprometida. Considerando que esses números refletem apenas o universo de trabalhadores formais, pode se imaginar que a população realmente atingida por doenças ocupacionais é bem maior, entre três e quatro vezes o número oficial.
Está em curso no Congresso Nacional um projeto de lei que majora os adicionais de insalubridade, alterando a base de cálculo para o salário base do trabalhador ou da categoria. Isso deve causar grande impacto na folha de pagamentos das empresas.
Por outro lado, algumas decisões judiciais recentes têm tratado dessa questão da monetarização da saúde, exigindo medidas de controle dos riscos ambientais ao invés do pagamento do adicional de insalubridade.
Concluindo, três quartos de século foram dedicados ao pagamento do famigerado adicional de insalubridade, ou melhor dizendo, na compra da saúde do trabalhador. Para aqueles que defendem a prevenção, de um modo geral, o adicional de insalubridade é um atestado de incompetência profissional e um grande constrangimento institucional.
Por Marcos Domingos da Silva
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Persistência Objetiva
Publicado em
20/03/2011
às
09:00
Perseverança, insistência, constância, fixidez, obstinação, determinação, força, apego, revelia, obstinação, firmeza, prosseguimento, permanência, teimosia e até avareza são algumas das palavras relacionadas à atitude de persistir.
Mas longe de ser um artigo daqueles românticos que dizem que basta persistir para chegar ao topo o que proponho neste texto é um método que o ajude a atingir seus objetivos.
Todos concordam que persistência é uma qualidade imprescindível para quem quer vencer na vida. O que seria do presidente Lula, de Barack Obama, Felipe Massa, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, grandes personagens da história ou desconhecidos que venceram na vida sem a famosa persistência? Note o que tem em comum esses felizes ?teimosos?:
Plano de ação. Coloque no papel e defina o roteiro que pode te levar a conquistar o seu pote de ouro. O primeiro passo é descobrir o que realmente é sucesso para você. Sucesso é ter dinheiro e tempo livre para fazer o que se gosta? Ter poder político para mudar estruturas? Cada um tem o seu conceito de sucesso. Reflita e defina o seu!
Foco e melhorias contínuas. Definido o que se quer agora é hora de ter muita disciplina para manter o rumo e a coragem para mudar o que não está dando certo. O plano de ação é para ser mudado, melhorado e refinado. Não saia do foco enquanto você tiver convicção de que esse é o seu caminho e procure sempre a melhor estrada para chegar ao seu destino final, mesmo que precise pagar um pedágio de vez em quando.
Aprenda com os erros. Costumo dizer que um erro só é um erro quando cometemos pela segunda vez a mesma tolice. A primeira vez é aprendizado, é tentativa e não fique se lamentando por algo que não deu certo. Os persistentes aprendem com os erros e tiram lições valiosas que aperfeiçoam os seus métodos de vida e trabalho.
Defina prazo e itens de controle. Teimosia tem tudo a ver com persistência, mas não se iluda e confie nos dados e fatos que suas ações geram. Defina um prazo para ter determinados resultados e não só um prazo final. Muitas vezes a velocidade com que as coisas acontecem não é a desejada. Isso gera ansiedade, estresse, decepção e por isso é importante ter bem definido o que chamo de ?itens de controle da vida?. Até que ponto vale a pena persistir? Qual é o meu estágio de vida? A minha carreira está no rumo e no tempo certo? Evite comparações com outras pessoas e compare os seus períodos de vida. Ex: Estou melhor e mais realizado hoje do que há três anos atrás? Os prazos e os critérios de medição são quem ajudarão a descobrir a diferença entre ser teimoso ou persistente.
Não tenha medo de recomeçar ou mudar. Está atingindo suas metas? Parabéns! Agora procure dar novos saltos e não tenha medo das alturas. Está sentindo que o caminho não é por aí, então... recomece. Não fique preso a preconceitos como os de idade, estilo de vida ou opiniões alheias. Ouça somente as pessoas em que você confia, admira e não fique desmotivado devido a comentários alheios. O mundo está cheio de gente maldosa que só vive reclamando e pesquisando como tudo pode dar errado. A estatística sempre está a favor de quem desiste rápido, afinal quem nunca ouviu falar que 90% das empresas morrem com menos de cinco anos de idade, que depois dos quarenta anos é quase impossível recomeçar a carreira. Será? Estatística ajuda, porém não ganha jogo e como diz o jargão futebolístico: Tabus existem para serem quebrados!
Descansar é preciso. Corpo e mente descansados são fundamentais para ir adiante e a pleno vapor. Não abra mão das suas férias e procure ter uma rotina de descanso e exercícios para manter corpo e mente sãos. Persistir não significa fazer tudo ao mesmo tempo ou o mais rápido possível. A palavra persistência rima com inteligência e acredito que isso não é toa.
Seja persistente de forma objetiva e com um método definido. Faça aquilo em que acredita, não abra mão dos seus valores e seja um obstinado na conquista da sua felicidade.
Por Paulo Araujo
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Atitude
Publicado em
19/03/2011
às
09:00
Um novo emprego, um novo empreendimento, um novo relacionamento. Qualquer seja seu novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas será possível cultivar resultados diferenciados. Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará somente aos mesmos lugares.
Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.
O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude. Por fim, a vertente comportamental está relacionada à intenção de permitir-se de determinada maneira com relação a alguém, alguma coisa ou situação.
Para melhor compreensão, tomemos o seguinte exemplo. Algumas pessoas têm o hábito de fumar. E a pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não declinam desta prática mesmo estando cientes de todos os malefícios à saúde cientificamente comprovados.
Analisando este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar o que acontece. O fumante, em regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente. Porém, como ele não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Contudo, se um dia uma pessoa próxima morrer vitimada por um enfisema, ou ainda, o próprio fumante for internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo, então a porta para acessar o aspecto emocional será aberta: ao sentir o mal ao qual está se sujeitando, o indivíduo decidirá agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.
As pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude é racionalizar, sentir e externar. E não se trata de um processo exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E entre a conscientização e a ação, é necessário estar presente o sentimento como elo. Ou você sente, ou não muda.
Atitudes, como valores, são adquiridas a partir de algumas predisposições genéticas e muita carga fenotípica, oriunda do meio em que vivemos, moldadas a partir daqueles com quem convivemos, admiramos, respeitamos e até tememos. Assim, reproduzimos muitas das atitudes de nossos pais, amigos, pessoas de nossos círculos de relacionamentos. E as atitudes são bastante voláteis, motivo pelo qual a mídia costuma influenciar as pessoas, ainda que subliminarmente, no que tange aos hábitos de consumo. Das calças boca de sino dos anos 1970 aos óculos do filme Matrix na virada do século, modas são criadas a todo instante.
Atitudes devem estar alinhadas com a coerência, ou acabam gerando novos comportamentos. Tendemos a buscar racionalidade em tudo o que fazemos. É por isso que muitas vezes mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma determinada postura. É um processo intrínseco. Sem coerência, não haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar pelo autoengano ou pela dissonância cognitiva.
Se você está em fase de transição –e normalmente estamos, sem nos aperceber disso –aceite o convite para refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de ter ideias criativas e inovadoras, além de livrar-se das antigas.
Por Tom Coelho
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Por Que Desistir de Acreditar
Publicado em
18/03/2011
às
09:00
A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada “Ciranda da Bailarina”. Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas, abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.
Superar a zona de conforto – Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O detalhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se transformar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espelho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina, se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez, você não tenha feito o melhor possível e para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.
Alterar o estereótipo de perfeição – Há no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber, o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.
Não deixe a cortina do palco da vida fechar – A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: “Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!” Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições, de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão a sua volta. Ninguém mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.
A letra da música “Ciranda da Bailarina” diz: “Sala sem mobília, goteira na vasilha, problema na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem”. Incertezas, receios, adversidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas a sua volta, tenham a capacidade de destruir sua autoestima e, paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar, mais em você, não é amanhã, mas já!
Por Dalmir Sant’Anna
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Uma sugestão ao Governador Tarso e à CORSAN
Publicado em
17/03/2011
às
09:00
Todos sabem que estamos vivendo uma grande seca na parte sul do estado e os prognósticos para os próximos meses indicam que ela continuará. Mesmo que sejam fatos incontestáveis,sabemos que, no passado, poderiam ter sido tomadas medidas técnicas para minorar seus efeitos e evitar a repetição dessas catástrofes da natureza. Para esta seca, não há mais nada a fazer a não ser o clássico racionamento de água. Então, vamos inovar?
Minha intenção é sugerir uma ação simples, que pode ajudar: um concurso realizado pela CORSAN que premiasse as casas que mais diminuíssem o consumo de água mensal, com o mote “Se economizar, não vai faltar”ou ¨ Se economizar, vai faltar menos ¨.
A premiação poderia ser feita da seguinte forma: as casas que mais diminuíssem o consumo na conta, no mês seguinte ganhariam um desconto de x% na fatura da conta. Quanto à área geográfica, ela envolveria todos os municípios que decretaram estado de calamidade pública. Essa promoção seria divulgada localmente, podendo seu lançamento ser um ato público presidido pelo governador Tarso Genro em um dos municípios afetados e, como manutenção da campanha, fazer divulgações mensais dos vencedores de cada município. O início dependeria da agilidade do governo e da CORSAN, e duraria o tempo da seca. O percentual do benefício seria calculado e estabelecido pela CORSAN, e de tal ordem que não prejudicasse a estrutura econômico-financeira da Companhia, muito pelo contrário.
Dada, assim, a emergência em que vivemos e a necessidade premente de tomar atitudes práticas, a intenção aqui é apresentar uma proposta. É uma idéia simples, de rápida execução, custo baixo, mas principalmente de largo alcance social e que nunca vi ser aplicada em nenhuma região historicamente afetada pela seca, como, por exemplo, o nordeste brasileiro.
Por Günther Staub
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A reunião e o poder da garrafa térmica
Publicado em
16/03/2011
às
09:00
Todos confirmaram o horário e suas dignas presenças, 08h00min em ponto!
Eram 08h30mni e só quatro dos 15 haviam chegado...
Às 09h00min em ponto começou a reunião. Metade não sabia de que se tratava. Os bochichos começaram para ver se alguém dali de perto sabia afinal qual era a tal da "pauta" da reunião. Quem sabia, mandava quem perguntava ficar quieto, pois o "presidente" da reunião estava "usando da palavra" (o termo mais feito que já ouvi para designar alguém falando é "usando da palavra") e ele (arguído) estava fingindo estar interessadíssimo nas palavras do "senhor presidente da reunião".
Como sempre, o "presidente" abriu a reunião agradecendo a presença de todos os presentes (é outra besteira, pois não poderia agradecer a presença dos ausentes...) e pediu desculpas pelo atraso que, segundo ele (presidente), foi devido a "motivos de força maior" (taí outra coisa que eu nunca entendi, pois todo mundo sabe que o "presidente" estava mesmo era dormindo até às 08h30min. Segundo sua própria mulher, ele havia se esquecido da reunião...)
Em seguida passou-se à "leitura da Ata" da reunião passada, que é a coisa mais chata que existe e, além de tudo, de plano, mentirosa, pois diz no final "... e que vai pelos presentes assinada" e na realidade é assinada pelos presentes na reunião seguinte não na reunião em que aconteceram os fatos supostamente relatados na dita cuja da "Ata". O pior é que, como as assinaturas são todas ilegíveis e não batem com os nomes dos presentes segundo a Ata, a dita não serve nem para documento de posteridade, pois é tudo meio falso ou meio verdadeiro, como queiram.
Após a leitura da Ata, sempre aprovada sem ressalvas, a não ser por um chato que tenha muito interesse em alguma coisa e que pensa que alguém no futuro lerá o que foi escrito, começa a reunião propriamente dita.
Como ninguém ainda descobriu o assunto da reunião, nem o "presidente", ele logo passa a palavra para os presentes. E aí começa a balbúrdia. Cada um fala de uma coisa que nada tem a ver com o restante das pessoas. E então o presidente diz: "Bom, isto poderemos tratar depois, em separado..." e, como ele fala isto para todos, nada há que ser tratado na reunião que, ademais, não deveria ter existido, por absoluta falta de assunto.
O pessoal então, como não sabe direito o que falar, e como ficar calado pode parecer desinteresse, já começa discordando. "Eu não concordo, pois acho isto muito temerário da parte de fulano..." e o outro diz: "Pensando bem, acho melhor adiarmos esta decisão até a próxima reunião..." e assim vão uma, duas, três e até quatro horas gastas em conversas paralelas e discussões kafkanianas que ninguém entende e nem quer entender.
O mais interessante é quando o pessoal começa a ficar cansado de estar ali sentado. Começa a levantar e sai para um cafezinho. É só um sair, que começa a fila. E a reunião "de fato" muda de lugar. Muda para o lugar onde está a grande presidente: "a garrafa térmica". E, se o "presidente" acha ruim e diz de falta de consideração que é essa saição toda, logo alguém retruca: "Saí por causa da fumaça que está aqui dentro e que ninguém agüenta. Saí só para fumar lá fora..." (essa é uma das únicas vantagens dos fumantes. Poderem sair das reuniões e ainda serem elogiados pelos seus companheiros: "Fez muito bem, vá poluir lá fora!!!", diz o companheiro, que não percebeu que o cigarro foi o álibi para fugir daquela chatice de reunião).
Bom mesmo é quando começam os telefonemas. Daí todo mundo lembra de dar um recado, de receber outro, de dar uma ordem urgente para sua secretária, etc. E muito comovente é quando um levanta e começa a limpar os cinzeiros, varrer a sala, espanar o pó dos móveis, etc. É do tipo que não agüenta ficar sentado nem mais um minuto.
Mas, esse ainda não é o pior. O pior, o mais chato, o mais intrigante de todos é aquele que quer, por toda força, prestar atenção em quem está falando. Vá ser chato assim no inferno! É um tremendo superego! Às vezes, ele sai do fundo da mesa e se põe em pé ao lado para poder ouvir, pois lá do fundo está muito conversa".
E a reunião, por incrível que pareça, prossegue, com deliberações sendo tomadas a todo instante e o pobre do secretário "ad hoc" (ou haddock?), que aliás ninguém sabe o que significa, se é algum xingo ou elogio), o coitado que fica ali sentado e que, pelo menos teoricamente, deve prestar atenção em todas as baboseiras, tomando notas, para a "Ata".
Metade já entra não concordando no segundo tema da "pauta", que é outro termo esquisitíssimo que se fala em toda a reunião.
- "Tal assunto não consta da 'pauta' de hoje!"
- Mas poderemos incluí-lo na 'pauta'. Oras bolas, é de suma importância e interesse e vamos aproveitar que estamos aqui reunidos..."
Isto é outra coisa que sempre me irritou. É quando se começa uma reunião, com a seguinte frase-feita: "Estamos aqui reunidos..." Ora, se estamos ali é porque estamos ali reunidos e não é necessário se ficar repetindo que "estamos aqui reunidos..." o tempo todo.
Suspender a reunião por cinco minutos, é uma temeridade! Ninguém mais consegue arrebanhar a tigrada para voltar à mesa de reunião. O pessoal que ficou para o segundo tempo, está literalmente prejudicado, pois o pessoal se assanhou com a possibilidade de acabar com a reunião (e viu o quanto seria bom) e daí começa a acelerar tudo, até que acabe.
E como acaba uma reunião?
Por incrível que pareça e por mais triste, MARCANDO OUTRA!!!
É isso mesmo. Ninguém agüenta mais aquela e marcam outra! Ë muito masoquismo! Ou sadismo do "presidente"...
Essa é a única decisão unânime e realmente tomada por todas e ouvida atentamente. É a decisão de "marcar uma nova reunião..." E essa nova reunião será exatamente igual a esta. Será marcada para às 08h00min, todos chegarão às 09h00min, sem saber do que se deverá tratar e tudo continuará até o fim dos tempos, quando, segundo consta, haverá também, uma REUNIÃO, desta vez entre vivos, mortos, divindades... Deus queira que seja melhorzinha que as que temos aqui entre os mortais. Se não for, vou pedir... para fumar lá fora.
Por Luiz Marins
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O mundo está ai para ser Redescoberto
Publicado em
15/03/2011
às
09:00
Descobri cedo que a melhor maneira, para mim, de aprender é viajar. Algumas das experiências podem ser de utilidades por outros peregrinos.
• Evite seguir o fluxo da maioria dos turistas. Evite museus. Talvez até seja absurdo, mas quando se viaja se quer conhecer a vida daquele lugar e não do seu passado. Se for visitar museus, saiba o que você quer olhar e caia fora. Se não você vai ter a sensação de ter visto um monte de coisas sem saber do que se trata.
• Faça contato com os locais. É ali que a cidade acontece e não nos museus. Nos bares, sente e veja as pessoas chegando e saindo e se alguém iniciar uma conversa, entre nela, por mais diferente que seja. Compre um jornal para os shows e passeiso.
• Compre, compre muitas coisas que você não precisa carregar. Boa comida, espetáculos, shows, passeios. Com a internet você pode mandar vir qualquer coisa, sem pagar excesso de bagagem e sem ter que carregar as coisas para lá e para cá.
• Se possível viaje sozinho ou se estiver casado com sua companheira, as vezes. Viajar assim, necessita de mais esforço, porque não tem ninguém olhando por você. Mas é a única maneira de deixar o seu país para trás, por um tempo. Viajar em grupo é ir disfarçado para falar sua própria língua e ouvir mais notícias do seu país do que do país que você vai visitar. Os filhos? Ensine isto a eles.
• Não faça comparações de nada. De preço, limpeza, qualidade de vida ou transporte. Você não estava viajando para provar que você vive em condições melhores que outros. Você esta alí para descobrir como os outros vivem e o que você pode aprender com isto.
• Não tente ver o mundo em uma semana. É preferível ver uma cidade em quatro ou cinco dias do que cinco cidades é uma semana. As cidades são como mulheres sensuais, só se revelam aos poucos e com tempo.
• Aprenda a viajar de mochila. Já voltei de viagens e guardei roupas que não usei.. Viaje leve, já chega seu peso.Nao volte mais gordo, só porque esta viajando. Ou vai ter que voltar correndo para academia. Aí perde a graça.
Finalmente. Viajar é uma aventura. A vida é uma aventura. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Uma Guerreira
Publicado em
14/03/2011
às
09:00
Estou aqui.
Vendo tudo por cima.
Encontrei-me com meus irmãos.
Com minha mãe e também com meu pai.
Também já me encontrei com meu esposo.
Fazia tanto tempo que eu não o via. Somente nos meus sonhos. Até acho que após sua ida minha felicidade foi modificada. Mas tive que agüentar e agüentei. No início foi difícil. Mas depois fui me acostumando.
Estava com uma saudade imensa. De todos. Estou observando vocês e noto que estão tristonhos.
Não fiquem assim.
Estou bem.
Fiz meu quinhão.
Ajudei a criar tanta gente!
Sinto falta, também, de todos vocês.
Mas me permitam rever os outros.
Sei que fui num repente.
Mas foi melhor assim.
Acredito que realizei meu trabalho junto a vocês com muito afinco.
Na realidade estava com muita saudade dos outros. Estou repetindo isto pois está sendo muito interessante para mim poder estar aqui. Não sou egoísta. Vocês me conhecem. A saudade e o dever cumprido são duas coisas muito pessoais. Eles necessitam de mim e eu deles.
Somos um time.
Deve haver sempre uma renovação.
E a hora chegou.
Não fiquem tristes. Continuem sua luta e labuta.
Volto a dizer: ajudei a muitos na criação. Sempre gostei de crianças. Desde criança... E estas crianças cresceram. Sei que elas ajudarão a outros seguindo meu exemplo.
Continuo feliz.
Alegre.
Posso dizer a todos vocês que me encontro bem.
Também já encontrei amigos e vizinhos que a muito não via.
Foi uma festa, mas sem fotografia. Continuo não gostando de fotos minhas.
A todos muito obrigado.
...............................................................
Uma verdadeira guerreira!
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Por David Iasnogrodski
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A Dúvida é a Mãe da Excelência
Publicado em
13/03/2011
às
09:00
Na dúvida leia esse artigo, mas por inteiro.
O que fazer da minha vida? O que vai ser da minha carreira? Será que posso?
Dúvidas que paralisam, que dão medo, que emperram decisões e que atrasam carreiras.
A dúvida é algo bom! Porém o excesso demonstra falta de confiança, gera insegurança em seus pares, contribui para a perda de oportunidades, mas a dúvida faz parte da vida de todos.
Ninguém vive na certeza plena e pobre de quem crê que sabe tudo, que vê a dúvida como um ponto fraco. Esse caminha para a arrogância, não é capaz de ousar, repete as mesmas soluções para os novos problemas, não gosta de sair da zona de conforto.
O que seria da inovação sem a dúvida?
Perguntas do tipo "como podemos melhorar? O que o cliente pensa? E se...? E por quê não?" já tiraram empresas de sérias crises, transformaram organizações, criaram novos mercados.
A dúvida, meu caro leitor, eu afirmo, é a mãe da excelência.
A excelência nasce do profundo questionamento sobre como melhorar. A dúvida incita o erro, mas o erro é só um erro quando repetimos por mais de uma vez a mesma tolice. Errar na vida é tão natural e previsível quanto o dia após a noite. O problema não é errar! É o que fazemos com o aprendizado que o erro nos ensina. Sem o aprendizado do erro não há evolução.
Pessoas sem dúvidas não existem. Existem pessoas que fingem não ter dúvidas e na ânsia de demonstrar certeza criam uma impressão de que não erram nunca. Essas quando erram sofrem mais, a máscara cai, tentam explicar o que não tem muita explicação.
O talento seja ele um líder ou não, deve aceitar a dúvida e assim diminuir sua ansiedade. É natural ter dúvidas e quando temos consciência disso podemos ser mais pró-ativos, buscar mais soluções, promover mudanças.
Com certeza é a dúvida que impulsiona a sua carreira. A dúvida é sempre o começo de um novo patamar de excelência, de inovação, de transformação. A dúvida é um dos combustíveis da mudança e sem mudança a sua empresa e carreira não prosperam.
Por Paulo Araujo
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"Eu Quase Esperei"
Publicado em
12/03/2011
às
09:00
Louis XIV, Rei da França, (1638-1715) o chamado "Rei Sol", monarca absolutista, déspota, que dizia "O Estado Sou Eu", ao verificar que sua carruagem só chegava na hora exata em que ele marcava, certa vez, disse: "J'ai failli attendre" – "Eu quase esperei".
O que isso tem a ver com os dias de hoje? Com a empresa de hoje? Com o cliente de hoje?
Com a globalização; com a competição acirrada que temos no mercado; com tantos concorrentes em busca do mesmo cliente; com tantas opções de compra; a verdade é que hoje o cliente acabou virando um "Rei". E um rei déspota, intolerante, exigente, absoluto, que sabe do poder absoluto que possui.
O cliente, hoje, se comporta como um Louis XIV que diz: "O Mercado Sou Eu". E espera que todos venham servi-lo, bajulá-lo, fazer-lhe mesuras e rapapés.
Se for mal atendido, o cliente simplesmente "mata" a empresa de sua mente e de suas opções e "manda matar" essa empresa como fornecedora de produtos e serviços para seus negócios.
O cliente de hoje não aceita esperar. Ele quer tudo na hora. Já! E quando servirmos e atendermos o cliente na hora exata que ele exigiu e da forma como exigiu ele ainda dirá: "Eu quase esperei...".
E essa é uma realidade que não tem volta. Essa tirania do cliente dificilmente passará. Cada vez mais o poder passará das mãos das empresas para as mãos dos clientes. E o cliente sabe e saberá, cada vez mais, fazer uso desse poder em seu favor, pouco se importando com qualquer dificuldade que a empresa possa alegar ou justificar.
Essa nova realidade traz a necessidade de um novo comportamento das empresas e dos profissionais. Trata-se do Senso de Urgência de que tantas vezes tenho falado. O cliente não aceita mais esperar. E se você deixá-lo esperar, com certeza o perderá.
Assim, quando um cliente disser a você:
– "Quando você se lembrar ou puder, ou passar pela minha empresa, traga para mim seus catálogos, seus preços, etc. que eu quero dar uma olhada. Não estou sequer pensando em comprar. É só para conhecer...", por favor não acredite!
O que ele está realmente querendo lhe dizer é: TRAGA JÁ!
Mas o que ele realmente gostaria de lhe dizer e não diz é: VOCÊ JÁ DEVERIA SABER QUE EU IRIA QUERER CONHECER SEUS CATÁLOGOS E SEUS PREÇOS E ELES JÁ DEVERIAM ESTAR NAS MINHAS MÃOS!
Se você esperar um ou dois dias para levar seus catálogos e seus preços a esse cliente potencial, quando lá chegar terá a surpresa de ver que ele já comprou de seu concorrente. E você, provavelmente dirá a ele:
" – Mas você disse que não estava sequer pensando em comprar, por isso só trouxe hoje quando passei por aqui."
E ele lhe dirá:
" – É verdade! Eu não queria comprar. Mas seu concorrente passou por aqui ontem e, conversando, fechamos a negociação. Confesso que eu gostaria de comprar de você e não dele, mas ele apareceu aqui antes e...".
Você perdeu a venda por uma hora, por um dia, por dois dias!
A falta de senso de urgência tem feito empresas perderem negócios excelentes. O cliente simplesmente não espera mais! Ele tem um valor de tempo que muitas empresas não enxergaram. Ele quer tudo na hora, já! Ele não quer mais "quase esperar" como reclamou Louis XIV.
Assim, em vez de reclamar e chorar, se quisermos sobreviver nestes novos tempos – como empresas e como profissionais – temos que servir a esse "rei absolutista e déspota" que se chama "cliente" e mais do que satisfazê-lo, temos que antecipar seus desejos e estar com a nossa "carruagem", onde ele estiver, antes da hora por ele marcada. Se quisermos conquistar e manter esse "rei" como nosso cliente, temos que surpreendê-lo, encantá-lo. E mesmo assim, temos que ter a disposição para dele ouvir: "Eu quase esperei...".
Pense nisso. Corra! Sucesso!
Por Luiz Marins
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O Anel
Publicado em
11/03/2011
às
09:00
O personagem deste episódio, é você, sou eu. Neste momento, o personagem será o Rei muito rico, que tinha tudo, mas sempre muito triste. Ele chamou seus conselheiros, amigos e lhes pediu ajuda. Não sei por que me sinto estranho, preciso de paz de espírito. Preciso de algo que faça alegre quando estiver triste e que faça triste quando estou alegre.
O que o Rei quis dizer é que quando algo de desagradável acontecia, ficava muito triste, sem vontade de vir, entrava em depressão e o contrário também, quando algo de muito bom acontecia, fazia festas sem parar, exagerando este sentimento.
Imediatamente foi atendido por seus sábios amigos. Deram-lhe um anel, com uma condição. Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá ver quando estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá seu significado. Quando tudo estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais se puder fazer, aí o Rei deve e poderá ver a mensagem no anel.
O Rei achou estranho, mas aceitou. Olhou o anel, tinha um símbolo que também não entendia. Neste símbolo tinha uma ferramenta que os pedreiros usam muito, para conferir os ângulos, um esquadro.
Muito bem. E as situações foram surgindo. O reinado entrou em guerra e a situação ficou difícil, o povo passando fome, muitas mortes. O rei quis ver a mensagem, mas resistiu. A situação era crítica, mas não intolerável. Superou este momento.
Nasceu um herdeiro, muita alegria, muitas festas. O rei proclamou uma semana de festas, mas logo revogou sua ordem decretando somente um dia de festas. Parecia que o anel estava agindo sem, no entanto ver a mensagem.
Mas chegou o momento, quando os inimigos o cercaram e não sabia mais o que fazer. Retirou-se para ficar sozinho e lei a mensagem, que dizia: Isto também passará. Voltou ao front com esta mensagem em seu âmago, e conseguiu negociar uma saída. E passou.
Dar tempo ao tempo, não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maioria dos casos. Tudo passará, nós passaremos, os outros passarão, somos necessários aqui e agora. Portanto esta atitude de saber que tudo tem solução, por mais difícil que seja a situação ajuda a achar uma saída. No momento que se diz. Não existe solução, estou perdido, as possíveis soluções desaparecem.
Tenha você também, um anel, uma jóia, no relógio, nos brincos, na carteira, uma mensagem que diga: ISTO TAMBÉM PASSARÁ e aja diante das situações que lhe surgem com está atitude.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Bairro - O Que é Isso?
Publicado em
10/03/2011
às
09:00
Que bairro você mora?
Você já se deu conta da importância do seu bairro para o contexto da sua cidade?
Você já se deu conta da “sua” importância para o engrandecimento de seu bairro?
São perguntas muito importantes para todo e qualquer habitante.
Sou e sempre serei um municipalista ao extremo. O importante é a cidade. E esta, ao menos no Brasil, é formada por seus bairros.
Bairros mais ou menos populosos.
Bairros melhores urbanizados do que outros. Mas todas as melhorias vão depender em muito da ajuda e motivação de sua população.
Todos os bairros têm uma característica própria. Muitas vezes esta característica vai depender dos seus habitantes. Outras vezes esta característica vai depender da topografia de sua localização.
Há cidades brasileiras onde seus bairros foram mais bem planejados do que outras. Assim como, na mesma cidade, há bairros novos com um planejamento mais atualizado do que os antigos. E isso é natural. Isso faz parte do progresso.
Sabemos nós que com o tempo tudo se modifica. Tudo se moderniza, mas alguns bairros não perdem sua história. Sua arquitetura tradicional. Sua beleza. Seus requintes. Sua cultura.
Sim, sua cultura. Com o decorrer do tempo o bairro “faz” sua cultura. Cultura dos imigrantes que chegaram “neste” bairro. Cultura religiosa. Cultura social. Cultura artística. Mas não perde sua geografia. Sua poesia. Sua hospitalidade. Seu dia-a-dia...
Muitos bairros, em função da sua história tornam-se bairros turísticos por natureza e essas peculiaridades atravessam fronteiras, trazendo para si os “visitantes”.
O que é isso? É a importância de um bairro para uma cidade.
Porto Alegre e seus bairros. Tem fama mundial...
Já foi contado em prosa e verso inúmeras características de bairros de nossa capital. Ainda hoje, os bairros novos da capital dos pampas estão recebendo tratamento paisagístico adaptados ao nosso tempo, para que estes locais sejam atrações não só para sua população, mas para o conjunto da cidade e de seus visitantes. Não podemos esquecer nunca que “turismo é a indústria sem chaminé” – traz grandes divisas para uma cidade.
Cada vez mais um bairro se torna importante para o crescimento da cidade como um todo.
Saibam todos disso: cada um de nós mora na cidade, e esta cidade é formada por bairros. A melhor definição de bairros encontrei na Internet: “é uma comunidade ou região dentro do perímetro de uma cidade”.
O bairro, muitas vezes tem vida própria. Tanto cultural como comercial. Alguns são totalmente residenciais e com isso toda a movimentação da população é realizada “através” da ajuda de outros bairros próximos ou mais longínquos.
O crescimento populacional, principalmente nas capitais brasileiras, tem muito a ver com o desenvolvimento de seus bairros.
O bairro também é uma escola política. Como? Através das Associações de bairros, que são verdadeiras escolas de formação de lideranças políticas, pois estas Associações tem fundamental importância nas reivindicações para as melhorias, aprimoramento e crescimento “deste” bairro.
Isto é viver em comunidade.
Isto é um bairro.
Que bairro você mora?
Você é importante para sua comunidade.
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Por David Iasnogrodski
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Supressão da conta de lucros acumulados
Publicado em
09/03/2011
às
09:00
É sabido que a Lei nº 11.638, de 2007, ao dar nova redação a dispositivos da Lei nº 6.404, de 1976, alterou sensivelmente as normas contábeis e, desde a sua edição, vem sendo intensamente discutida entre os operadores do direito e da contabilidade.
Entre os temas debatidos está a supressão da conta de lucros acumulados nas sociedades anônimas. A nosso ver, o vocábulo supressão, nesse caso, é erroneamente utilizado, pois a Lei nº 11.638, de 2007 não a eliminou, apenas lhe conferiu caráter transitório, sendo zerada ao fim do exercício social competente.
O intuito primordial do legislador ao proceder tal mudança foi proteger os minoritários que, não raras vezes, não dispunham de meios para se opor aos controladores quando da retenção dos lucros líquidos do exercício que, ao argumento de não descapitalizar a companhia, destinavam-nos à conta de lucros acumulados.
Com efeito, a prevalência da vontade dos majoritários em reter os lucros sociais afronta os princípios norteadores da legislação societária em vigor, vez que a finalidade social da companhia é a percepção de lucros e, por óbvio, o direto essencial do acionista é participar destes.
Nesse cenário, a doutrina nacional recepciona positivamente a Lei nº 11.638, justamente porque limita o poder discricionário dos controladores, proporciona maior transparência aos minoritários e também maior segurança para novos investimentos na própria companhia.
O impacto de tal mudança ao cotidiano das companhias é grande, pois, na prática, seus lucros líquidos em determinado exercício social, sem destinação específica, serão obrigatoriamente distribuídos.
A nosso ver, a administração da companhia dispõe de duas saídas para a não distribuição: inclusão de reservas estatutárias ou retenção dos lucros sociais.
Com relação às reservas estatutárias, caso não sejam previstas no estatuto social, a companhia deverá convocar uma assembleia-geral extraordinária que tenha como ordem do dia a alteração do estatuto social para a criação da reserva estatutária.
Salientamos que a redação da cláusula estatutária deverá indicar a sua finalidade, de forma precisa, vez que é ilegal a criação de reservas estatutárias que contemplem um objeto amplo ou indeterminado.
Já quanto à retenção dos lucros, a LSA prevê que a assembleia-geral poderá, mediante proposta da administração, deliberar a retenção de parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.
Para tanto, o orçamento deverá ser devidamente justificado, compreendendo todas as fontes de recursos e aplicações de capital, limitando-se a cinco exercícios, salvo se executado, por prazo maior, o projeto de investimento. E, sendo o caso, as sobras orçamentárias deverão ser distribuídas como dividendos no final do exercício.
Cabe ressaltar que ambas as saídas a não distribuição deverão ser amplamente fundamentadas e não poderão ser constituídas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório, limitando seu saldo ao capital social.
Ainda, vale mencionar que o artigo 3º da Lei nº 11.638 estendeu a aplicabilidade das disposições da Lei das SA às sociedades de grande porte - empresa ou conjunto de empresas sob mesmo controle com ativo superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, no exercício social anterior -, mesmo que estas não sejam constituídas sob a forma de sociedade anônima, como é o caso das limitadas.
Nesse contexto, surge uma indagação natural: afinal, as sociedades de grande porte devem ou não observar as regras da transitoriedade da conta de lucros acumulados?
Não existe um posicionamento firme da doutrina nacional sobre o tema. Há quem defenda que, pela determinação do mencionado artigo, as demonstrações financeiras das sociedades de grande porte devem ser elaboradas nos exatos termos da LSA e, por essa razão, deve ser eliminado o caráter permanente da conta de lucros acumulados.
Mas existem opiniões no sentido de que não há a tal transitoriedade da conta de lucros acumulados às sociedades de grande porte. Esta tese está amparada na Resolução nº 1.159, de 2009, do Conselho Federal de Contabilidade, segundo a qual somente as sociedades anônimas não podem mais apresentar saldos positivos nessa conta a partir do exercício social de 2008.
O que se pode concluir é que, pelas modificações da Lei nº 11.638, os minoritários têm um instrumento que lhes permite receber os lucros auferidos pela companhia, porquanto não é mais autorizado o seu lançamento em contas de lucros acumulados. É possível, entretanto, que a companhia se valha de procedimentos com vistas a não distribuição. Além disso, a obrigatoriedade das novas regras para as sociedades de grande porte que não sejam constituídas sob a forma de sociedade anônima ainda é duvidosa e demanda que cada empresa faça suas reflexões a respeito.
Por Claudia Soares Garcia
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A Nova Realidade de Apresentação de Relatórios Financeiros e o Papel dos Auditores
Publicado em
08/03/2011
às
09:00
As mudanças anunciadas nos últimos anos relativas as práticas contábeis e as conseqüentes divulgações nos relatórios financeiros de contabilidade estão em fase final de elaboração e apresentação para a sociedade e vivemos uma expectativa em relação aos resultados que elas devem provocar. Enquanto aguardamos os novos documentos que serão objeto de estudos e comparações estabelecemos algumas questões que deverão estar nas pautas de discussões sobre esse tema.
A velocidade e complexidade dos negócios, aliados a sua globalização e aos recursos da tecnologia da informação permitem que informações financeiras estejam disponíveis em “tempo real”cada vez para um número maior de pessoas. Assim, auditar informações históricas pode não ser mais relevante na época em que elas são publicadas. Nesse novo cenário, é preciso rever o modelo de auditoria quanto a natureza e finalidade para atender as mudanças requeridas nos relatórios financeiros a fim de assegurar a continuidade de sua relevância.
Os relatórios financeiros tendem a tornarem-se extremamente complexos e seus aspectos requerem um maior número de juízos relativos a estimativas de valor justo.
A diferença de expectativas entre as responsabilidades percebidas e reais dos auditores aumentou, uma vez que os auditores oferecem segurança sobre informações que são inerentemente imprecisas.
Atualmente, o “International Integrated Reporting Committee (IIRC)” está procurando criar uma estrutura de contabilidade para sustentabilidade aceita globalmente. Essa estrutura inclui informações financeiras, ambientais, sociais e de governança em um formato claro, conciso, consistente e comparável. A disponibilidade de indicadores dessa ordem deve facilitar a análise da adequação das estimativas utilizadas.
Esse novo cenário estabelece algumas reflexões sobre o papel da auditoria, principalmente em relação as expectativas geradas quanto ao grau de confiabilidade
a ser estabelecido em relação as informações financeiras disponibilizadas aos investidores e demais “stakeholders”. Recentemente os auditores voltaram a cena das manchetes de jornais e revistas com a indagação de qual seria a sua responsabilidade profissional no envolvimento com fraudes contábeis.
Para eliminar a diferença de expectativas e a fim de esclarecer o papel das auditorias é necessário o melhor entendimento dos fatores que promovem a qualidade de auditoria. A confiança no papel, escopo e entendimento das limitações da auditoria poderia ser objeto de informe público do resultado das auditorias.
Nessas publicações poderia ser estabelecido um formato equilibrado e construtivo para comentar os aspectos positivos da auditoria, preservando-se os aspectos de sigilo profissional, em vez de focar unicamente em questões que necessitam de aperfeiçoamento.
Considerações sobre a responsabilidade da auditoria e/ou possível extensão desse papel devem levar em conta o papel dos relatórios financeiros. Relatórios de sustentabilidade e responsabilidade social e corporativa e informações sobre o futuro fornecidas pela administração, também merecem consideração.
É desejável ver o desenvolvimento de uma gama de modelos de auditoria que correspondam às necessidades do espectro total de usuários (investidores e outros stakeholders), ao invés de um único modelo de auditoria que produz como resultado um relatório com formato de linguagem padrão prescrita, em detrimento de um relatório mais abrangente.
Considerando que os relatórios financeiros das empresas e a profissão contábil estão cada vez mais globais, quaisquer mudanças propostas necessitam ser consideradas numa base global e este é o próximo desafio da profissão. Nossa conclusão é de que definitivamente a profissão contábil, especialmente a auditoria, deve ser exercida com visão ampliada para os acontecimentos mundiais.
Por Paulo Ricardo Pinto Alaniz
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Carnaval: Lições Para Fortalecer o Trabalho em Equipe
Publicado em
07/03/2011
às
09:00
Estou no décimo primeiro andar de um prédio, no centro da capital de Sa nta Catarina. Da janela da sala de aula, do curso de mestrado em administração, observo a movimentação dos carnavalescos montando, pintando e acertando detalhes dos carros alegóricos para o desfile de carnaval. É possível perceber a integração, o grau de cooperação, o respeito com a diversidade e o rigor para superar desafios, por meio do trabalho em equipe. Um esforço coletivo sem esquecer a existência da competição (concorrência) entre as escolas de samba e do desejo de vencer. A seguir, descubra que lições o carnaval pode contribuir para fortalecer o trabalho em equipe e favorecer na formulação de novas estratégias empresariais competitivas.
Compreender a existência da diversidade – Como palestrante, percebo a diferença de público nas palestras, mesmo quando duas palestras são apresentadas para funcionários da mesma organização. Há pensamentos, comportamentos, reflexões e maneiras de sentir emoções de formas diferentes. Imagine como a diversidade está presente em um desfile de carnaval, nos carros alegóricos, nos estilos de dança e no samba enredo. Valorize, compreenda e respeite a diversidade. Excelentes líderes e gestores reconhecem que seus liderados aprendem de maneiras inovadoras e, por isso, empregam múltiplos métodos de ensino. Compreender a existência da diversidade na força de trabalho é essencial para fortalecer o trabalho em equ ipe, pois as organizações estão se tornando mais heterogêneas em termos de raça, etnia e gênero de seus participantes. Antes de realizar a reclamação de um colega, lembre que compreender a existência da diversidade é fundamental para que o clima de trabalho seja ainda mais produtivo, rentável e harmonioso.
Acreditar na relevância do treinamento – Que resultado teria uma escola de samba sem treinamento? Carnavalescos na avenida sem sincronismo? Músicos sem entender o mestre de harmonia? Seguramente o resultado seria desastroso, além de decepcionante. Empresas de referência não encaram o treinamento como uma despesa, mas como investimento para perceber pontos fracos e fortes da sua atuação diante da concorrência. Em um mercado com alta mobilidade, acreditar na relevância do treinamento é um diferencial competitivo, capaz de gerar resultados surpreendentes. Para maximizar seus treinamentos, lembre que o tempo é algo valioso e que os participantes serão recompensados com algo grandioso que nenhum ladrão da f ace da terra conseguirá retirar: o conhecimento.
Na história do carnaval, além da cultura, alegria e diversão, há uma busca constante pela perfeição. Além de planejamento, definição de estratégia e organização meticulosa, tudo é regido por normas, cooperação, integração e um rígido cronograma. O objetivo é fazer a engrenagem imaginária do samba enredo, obter forma e conquistar desenvoltura e harmonia. Cooperar sempre faz bem e o trabalho em equipe, na prática, passa a ser um elo fortíssimo para intensificar uma importante corrente, capaz de tornar o clima de trabalho ainda mais produtivo. Jamais esqueça que, você passa grande parte do seu dia, no ambiente de trabalho e nada mais satisfatório, do que concreti zar suas atividades com a ajuda de pessoas dispostas a seguir com você para o lado correto. Um time vitorioso supera desafios compreendendo a existência da diversidade e acreditando na relevância do treinamento. Sua equipe está pronta para ser campeã?
Por Dalmir Sant’Anna
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Conheça antes a cultura da empresa para não se decepcionar depois
Publicado em
06/03/2011
às
09:00
As empresas são compostas por pessoas de diversos níveis culturais, religiosos, sociais, filosóficos, e com diversas maneiras de pensar e agir, mas tendo que se adaptar a um só modelo de pensar e agir, o da cultura da própria empresa.
Cultura empresarial ou organizacional em linhas gerais é a maneira de ser da empresa ou como ela faz as coisas, são seus valores agregados deste a fundação e carrega muito da personalidade do fundador ou do dono da empresa, e estes valores e maneira de agir passa para seus diretores e gerentes e são absorvidos pelos empregados de todos os setores; tem o seu lado positivo, mas também tem seu lado negativo, pois bloqueia muito a criatividade dos funcionários.
È muito difícil mudar a cultura de uma empresa, este tem sido um desafio para consultores organizacionais quando da implantação de sistemas ou de ferramentas de controle e gestão, tais como: Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Plano de Marketing, Balanced Score Card (BSC), Fluxo de Caixa, Controles de Estoques, Ponto de Equilibrio, Avaliações de Desempenho, Indicadores Financeiros e de Qualidade e outros; o máximo que se consegue, é fazer algumas adaptações às culturas organizacionais para se conseguir algum sucesso nessas implantações.
Neste caso as empresas (empresários ou donos) não mudam sua maneira de pensar ou sua cultura empresarial, os funcionários é que tem de mudar sua maneira de agir adaptando-se a maneira da empresa, seja essa maneira correta ou não. Esta é a primeira dificuldade que o novo funcionário encontra; deixar de lado tudo aquilo que ele aprendeu ao longo de sua carreira, na escola, na família, na comunidade, na igreja, em outras empresas, para agir de acordo com o novo modelo (nova cultura empresarial).
Essa nova maneira de agir não mudou a sua maneira de pensar, continua com seus valores e princípios arraigados, só mudou a sua maneira de agir. Essas mudanças que o funcionário não esperava encontrar, pois desconhecia a cultura da empresa, pode causar uma frustração levando-o até mesmo á uma depressão, com queda de produtividade e constituindo um fardo toda manhã, ao ir ao trabalho, e acabam não vestindo totalmente a camisa da empresa.
As literaturas de gestão mostram que o conhecimento mais experiência, faz com que as pessoas mudem de atitude ou a maneira de ser; mas todo conhecimento depende de informação que retida e aplicada gera experiência.
Quando eu consigo mudar o meu comportamento que é a maneira de agir eu também consigo incentivar e até mudar o grupo ou os funcionários.
Um dos fatores de dificuldade é que os executivos estão distantes do grupo, passa a maior parte do tempo em reuniões e depois assinando papéis que deixou por causa da reunião. Outro fator é que a empresa só está preocupada com o cliente externo e com o lucro, mas esquece que o funcionário também é um cliente interno e que tem suas necessidades como o cliente externo, lembrando-se dele somente quando ele sai e vai para a concorrente.
Algumas empresas têm dificultado e até mesmo impedido o crescimento profissional de funcionário não permitindo seu aproveitamento em outros setores ou fazendo um rodízio funcional com os mesmos, oxigenando assim seu plano de carreira.
Para minimizar estes conflitos e dificuldades, da parte da empresa, quando da contratação, colocar claramente a cultura da empresa para que o candidato analise se seus princípios e maneira de pensar estão alinhados com os da empresa; buscar mais informações e capacitar melhor seus dirigentes para que sua cultura empresarial seja mais flexível, procurar ouvir seus funcionários, expor claramente o que deseja deles, fazer com que participem mais das decisões e objetivos da empresa, atender as necessidades emocionais com elogios e responsabilidades a altura do seu empenho; da parte dos funcionários, maior empenho, procurar entender melhor os objetivos da empresa, conhecer a si mesmo, administrar sua reputação, construir e manter contatos, manter-se atualizado, não ser resistentes a mudanças, equilibrar suas competências especialistas e generalistas, documentar suas realizações e trabalhar para a empresa como fosse seu próprio negócio.
Desta forma estará pensando como a empresa pensa e agindo coerentemente com a cultura da empresa. Neste caso é a razão que prevalece, e o contratado não perde seus valores e seus princípios.
Por Cláudio Raza
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Nosso Amigo nos Deixou
Publicado em
05/03/2011
às
09:00
Bom coração, solidário, culto e amigo. Escrevia várias páginas apenas mencionando suas qualidades.
Tive o prazer de nos últimos cinco anos, pelo menos três vezes por semana, ajudá-lo a abrir as portas do Café Rio Branco, pontualmente às seis e vinte da manhã.
Como era engraçado ver o Jorge todos os dias medir o consumo de energia. Ao final do mês ele já sabia exatamente quanto seria sua conta. Tinha suas manias, exercitava diariamente o cérebro, fazia palavras cruzadas, escrevia para jornais, não admitia envelhecer. Aliás, engraçado também era a forma como ele escrevia seus textos: pegava o papel dos pacotes de cigarros e escrevia no verso, acredito, para não gastar dinheiro com papel.
Dizem que os árabes são meio loucos. No caso do Jorge discordo, acho que ele era gênio.
Sábio e inteligentíssimo conversávamos sobre qualquer assunto, Jorge sabia muito sobre tudo, lia tudo e pesquisava sobre aquilo que não sabia.
Sarcástico, mal humorado às vezes, riamos muito quando ele desancava a criticar, expondo as mazelas do mundo ao seu ponto de vista, jamais haverá outro Jorge.
Um homem único que viveu momentos únicos. Recebia em seu Café políticos, artistas e personalidades, mas gostava mesmo era de ver os amigos de todos os dias, da companhia, de bater um bom papo.
Lembro-me que o café era cheio de badulaques, certa vez meu pai me consultou se poderia dar ao Jorge o capacete de meu avô que ele havia usado na revolução de 1932, eu disse que não, mas mesmo assim ele entregou ao Jorge.
Como retribuição, há alguns meses fui presenteado com a medalha da mesma revolução que meu avô havia lhe dado de presente.
Sinto-me feliz por ter ajudado seus projetos, sobretudo seu maior legado, a Patrulha Ecológica. Aliás, Bebedouro deve-lhe muito por tudo o que fazia pelo coletivo. Seu emprenho em tirar crianças das ruas oferecendo-lhes cidadania, educação e lazer era descomunal. Aos quase oitenta anos abraçou essa causa, ia aos sábados transmitir conhecimento aos meninos e meninas de forma abnegada. Lutava bravamente pelo projeto, conseguiu realizar e consolidar.
Também não descuidava do Hospital do Câncer, era o embaixador daquela instituição em Bebedouro.
Jorge era amoroso e carinhoso com minhas filhas, pegava a Bia no colo, brincava pacientemente com ela, levava-a para o lado de dentro do balcão e brincavam como avô e neta. Domingo era dia de irmos ao tio Jorge comer pão de queijo. Que saudades sentiremos!
Certa vez sabendo que a Bia estava doente, disponibilizou-se a sair de casa as dez da noite para ir ao Café assar os pães de queijo que ela adorava.
Tenho orgulho de tê-lo conhecido e com ele convivido, perdi meu amigo de todas as manhãs, faltará sempre alguma coisa nos meus dias, a visita ao meu velho mestre.
Deixou-me sem cumprir a promessa de passar um final de semana no rancho, dizia que em fevereiro estaríamos lá. Sei que agora poderá estar conosco sempre, em espírito e em pensamento.
Esteja em paz meu amigo, como foi bom estar com você por esses anos. Obrigado por ter sido tudo o que foi para nós todos.
O cafezinho da Esquina do Pecado não será mais tão saboroso.
Saudades!
Por José Rodrigo de Almeida
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Au revoir Carnaval!
Publicado em
04/03/2011
às
09:00
Perguntei a um amigo como havia se saído em uma entrevista de seleção para a qual fora convocado e que aguardava com grande ansiedade. Ele me respondeu resignado: “Foi desmarcada. Agendaram para depois do Carnaval”.
Almoçando com um empresário, notei sua apreensão com as vendas neste mês. “Todos os anos é a mesma coisa. Clientes ativos deixam para repor estoques apenas em março e novos clientes preferem negociar orçamentos após o Carnaval”, relatou-me.
Reinício das aulas na faculdade. Entro na sala e sinto-me como em um auditório, tamanho o número de cadeiras vagas. Presentes apenas 30% dos alunos, que me confortam: “Primeira semana de aula é meio devagar mesmo, professor. Depois do Carnaval estarão todos aqui”.
Oportunidades de trabalho não preenchidas, produtos não fabricados, aulas não ministradas, conhecimento não compartilhado.
Há uma doença congênita que assola nosso país. Uma doença que ceifa empregos, impede o crescimento da renda e reduz o dinamismo da Economia, prejudicando toda a sociedade, mas que se reveste como algo bom, travestido com a toga da alegria. Esta doença atende pelo nome de Carnaval.
Anualmente contamos 104 dias correspondentes a sábados e domingos e outros 15 dias, em média, representados por feriados prolongados. Ou seja, quase um terço do ano onde grande parte da população não trabalha, não produz.
É evidente que há uma miríade de pessoas que exercem suas atividades profissionais aos sábados e, até mesmo, aos domingos. Mas estou fazendo uma abstração para sinalizar que não há mais tempo a perder para quem se propõe a construir uma nação mais próspera e justa. Como diria Machado de Assis, “Nós matamos o tempo, mas ele nos enterra”.
É fato notório que, exceção feita à indústria do turismo, muitos setores são prejudicados pela ocorrência do Carnaval. Já experimentamos uma retração natural no período entre o Natal e o Ano Novo. Que bom seria se o Carnaval acontecesse logo na primeira semana de janeiro! Assim, teríamos um recesso coletivo que convidaria o país a retomar com pujança suas atividades a partir, aproximadamente, do dia 10 de janeiro.
Meu amigo desempregado terá que aguardar... para depois do Carnaval.
Meu colega empresário terá que suportar suas contas a pagar até... depois do Carnaval.
Minhas aulas somente poderão ser apresentadas... após o Carnaval.
Que se preserve a “alegria do povo”. Que aproveitemos os imprescindíveis momentos de ócio e lazer. Mas precisamos refletir sobre os benefícios de uma antecipação da comemoração do Carnaval.
Por Tom Coelho
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A liderança pelo exemplo
Publicado em
02/03/2011
às
09:00
Não se iluda. Numa empresa, nada ocorre de baixo para cima. Ou os dirigentes dão o exemplo ou nada ou pouco ocorrerá. Não adianta falar. Não adianta fazer discursos. Não adianta colocar faixas. Não adianta pregar quadrinhos nas paredes com frases de efeito e exortações para a qualidade, para o atendimento ao cliente, para a cortesia, para a prestação de serviços. Se os dirigentes não tiverem um genuíno comportamento e atitudes "exemplares" tudo ficará no discurso, na intenção e pouco ocorrerá de concreto, de efetivo dentro da empresa no dia-a-dia. Essa é a verdade, nua e crua.
Temos feito várias pesquisas de antropologia corporativa e os resultados são surpreendentes. Se você chega num hotel e é friamente ou rispidamente atendido na recepção, pode ter certeza, o gerente do hotel trata as pessoas e seus funcionários, fria e rispidamente. Se você é tratado com descortesia no estacionamento de um supermercado, pode ter certeza de que o gerente desse supermercado trata as pessoas com descortesia. Se você é tratado secamente pelas enfermeiras e atendentes num hospital, pode ter certeza – a direção do hospital trata a todos da mesma maneira. Se você numa empresa tem dificuldades em ser atendido com uma reclamação ou pedido, pode ter certeza – a diretoria e as gerências têm uma atitude negativa em relação a pedidos de clientes. E assim por diante. Se um garção atende você mal num restaurante, pode ter certeza de que o dono ou gerente do restaurante trata mal os seus funcionários. Os funcionários de uma empresa repetem as atitudes e comportamentos de suas chefias. Acredite!
Assim é através do exemplo e das pequenas atitudes e comportamentos que emitimos no dia-a-dia que passamos a visão e os valores de nossa empresa aos nosso funcionários. Não adiantam campanhas, faixas, cartazes, panfletos se não houver o exemplo da liderança, principalmente nas pequenas coisas.
Tenho visto empresas que gastam tempo e recursos em campanhas institucionais de qualidade, por exemplo. São dezenas de peças – folhetos, faixas, livretos, pôsteres e até palestras falando e disseminando o conceito e a importância da qualidade. Na prática, pouca eficácia têm essas campanhas. Por quê? Porque a liderança da empresa não está "de facto" comprometida com a qualidade. E isso é demonstrado a cada momento, a cada comportamento, a cada decisão da diretoria. Na hora de escolher os fornecedores de matéria prima, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de comprar equipamentos, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de escolher a embalagem, escolhe-se a mais barata e não a que melhor protegerá o produto. Na hora de escolher os operadores de logística, escolhe-se os mais precários porque mais baratos. E a qualidade?
A qualidade fica no "discurso".
Da mesma forma, vejo os famosos programas de "Encantamento do Cliente". Na maioria das empresas são verdadeira peças de ficção. Novamente uma campanha é lançada com pompa e circunstância, discursos e coquetéis. Mas na prática, os comportamentos emitidos pelos dirigentes vão em direção totalmente oposta ao tal "encantamento dos clientes".
Na prática os clientes são considerados impertinentes quando solicitam alguma atenção especial. Na prática são mal atendidos pela diretoria. Na prática, os dirigentes são inacessíveis aos clientes. Na prática tudo o que puder ser "tirado" do cliente e não "dado" ao cliente é a regra do dia-a-dia.
E o "encantamento do cliente" fica, novamente, no discurso.
Enquanto os dirigentes e "líderes" não tiverem consciência de que se não derem o exemplo de atendimento, qualidade, comprometimento, atenção aos detalhes, follow up, educação, cortesia, limpeza, respeito, etc., nada disso ocorrerá na empresa, estaremos vivendo a mentira dos quadrinhos e das faixas de exortação. Continuaremos ouvindo a telefonista repetir, com aquela voz mecânica que nossa ligação é a coisa mais importante para a empresa e continuaremos a receber o tratamento frio, descortês, descomprometido e sem os resultados que esperamos, como clientes.
Por Luiz Marins
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Diálogo Franco e Aberto
Publicado em
01/03/2011
às
09:00
Estou indo ao encontro dele.
Uma fila enorme.
Vejo-o de longe. Sentado numa poltrona enorme e confortável. Cor vermelha. Com um computador ao colo. Eu acho que é para colocar os nomes das pessoas que ali estão passando.
E a fila anda. Devagar, mas anda...
E eu ali.
Todos acompanhados dos pais.
Eu estou sozinho.
Tenho muito mais idade do que as crianças ali presentes. Todas sorrindo. Todas desejosas de falar com “ele’”.
E a fila vai andando. Parece um “trenzinho”...
E eu a pensar com meus botões: “vou falar com ele”.
Cada criança sai, depois da conversa, com bala e pirulito.
Quase chegando a minha vez.
Finalmente chegou a hora.
- E o senhor, o que deseja? Não trouxe os filhos?
- Claro que não. Vim sozinho. Quero bater um “papinho” com este velhinho.
- Estou ao inteiro dispor, meu filho.
- Papai Noel. Não quero bala, já passei desta idade de ganhar guloseima. Não quero pirulito, pelo mesmo motivo. Não escrevi cartinha nenhuma solicitando um “presentinho” para ganhar no Natal. Não faço mais “chichi” na cama. Não uso mais fraldas e nem chupo mais bico.
- Então o que vieste fazer aqui?
- É uma época de diálogos. Todos vêm aqui com o intuito de lhe pedir algo ou dizer-lhe alguma coisa. Eu sou diferente. Sou adulto mas seria muito bom falar com este “bom velhinho” que está sempre de vermelho e com a barba branca do mesmo tamanho.
- Estás gozando da minha cara? He, he, he...
- Claro que não. Estou falando a verdade. Os adultos não possuem pessoas para dialogar. Estão todos nas suas casas. Engaiolados entre as grades devido à insegurança urbana.
- Será que sou eu a solução?
- Acho que sim! Como é bom dialogar com pessoas que possuem paciência. Paciência de ouvir lamúrias. Paciência de ouvir choros. Paciência... E também dar alguns conselhos...
- Isto que falaste é verdade. Estou aqui sentado para isso. As crianças têm muita confiança em mim. Adoram as minhas respostas. Adoram as minhas balas e também adoram que eu diga a eles algumas verdades. Elas me adoram... Acho que fui treinado para isso...
- São essas verdades que alguém deveria, também, dizer aos adultos. Dizer aos adultos a fim de que “eles” possam parar com as intrigas, com as fofocas, com as guerras, com as intrigas. Com as brigas familiares. Com tudo que não soma nada...
- Eu dizer isso?
- Sim, porque não? O senhor, mesmo com essa barba branca e a roupa vermelha é um ser humano e adulto. E como tal também deve ter no seu íntimo alguns “probleminhas”.
- E como os tenho... Mas para as crianças estou sempre sorrindo e não devo demonstrar estas minhas preocupações. Minhas angústias... Meus “probleminhas”... Bem, chega. Nossa conversa já se alongou demais. A fila está grande. Estão resmungando que não está andando o “trenzinho”. Afinal de contas, queres a bala e o pirulito?
- Vou aceitar, mas continuo dizendo que necessitamos conversar mais. Nós dois. Adulto também acredita em Papai Noel... e Papai Noel acredita nos adultos...
- Fica para o ano seguinte.
- Tudo bem. Se é assim que o senhor deseja, assim será...
- O próximo da fila, por favor... he, he, he…
…………………………………………
Vou ficar esperando?!
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Por David Iasnogrodski
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Concorrência Para Crescer
Publicado em
28/02/2011
às
09:00
Os corredores se amontoam na largada e "pow"! Ao som de um tiro todos iniciam a São Silvestre, uma das mais tradicionais corridas de rua do mundo realizada todo ano em São Paulo. Logo um deles se destaca pela velocidade e pelo ritmo que impõe aos demais. Aos olhos do público aquele é o "cara", corre muito e deve vencer o longo caminho com facilidade. Na verdade ele é o coelho! Não, o nome do atleta não é coelho. Coelho é o nome que se dá para aquele corredor que tem por objetivo ditar um determinado ritmo aos atletas ou a um atleta da sua equipe. Dificilmente um coelho vence uma prova, pois manter o ritmo inicial até o seu final é quase impossível.
No dicionário Priberam um dos significados da palavra concorrente é "pessoa que pretende coisa pretendida por outros". Genial! É sobre isso que quero falar.
Concorrente não é só aquela empresa que vende o mesmo produto ou serviço que você. Esse é o concorrente mais óbvio é claro, mas vamos pensar juntos em como extrair o melhor de cada concorrente.
Levante os processos fundamentais para o seu negócio onde vale a pena se tornar referência. Sabe aquela recepcionista simpática e eficiente daquele médico que você posterga em revisitar. Então, ta aí um concorrente. Caso o atendimento da recepção daquele consultório seja melhor e mais eficiente do que o da sua empresa você acaba de encontrar um concorrente. É claro que neste processo em específico. E assim vale para qualquer empresa que tenha uma logística melhor do que a sua, sistema de vendas, comércio eletrônico, enfim; naquilo que você considera estratégico para o seu negócio.
Aprenda sempre e nada de salto alto. É uma grande ilusão acreditar que atingimos a excelência. A excelência é uma busca constante e não tem fim. Por mais que esteja bom sempre dá para melhorar. Jamais dê por encerrada a busca pela melhoria contínua e sempre procure novas ferramentas, processos ou sistemas que possam ajudar a dar um salto a mais.
Olhe, pergunte, copie e melhore. Conheceu uma empresa que tem um processo melhor do que o seu? Vá até lá e a visite! Peça licença para conhecer in loco como se faz. Caso não seja possível pergunte aos clientes daquela empresa como funciona, como eles conseguem ser tão bons assim. Depois separe o joio do trigo, defina critérios de medição e metas de forma clara e persiga esse nível de excelência que o seu concorrente já tem.
Ninguém é bom em tudo! Sempre existirá alguém que faz algo melhor do que a sua empresa ou que a sua empresa faz melhor do que os outros. Aprenda com o concorrente e não perca noites de sono pensando o quanto sua empresa poderia ser melhor se fizesse daquele jeito. Perca noites de sono descobrindo, elaborando, planejando e executando um processo que pode ser no mínimo igual ou melhor do que o seu concorrente. Gaste sua energia e tempo em ação, não em lamentação!
Coelho bom é aquele que ao final da sua própria corrida ajudou os colegas da sua equipe a manter um ritmo que os leva a vitória final. Concorrência boa é aquele que te faz crescer! Dita um ritmo de inovação constante, busca por melhorias no atendimento ao cliente e torna o mercado mais maduro e profissionalizado.
Longa vida aos bons concorrentes! São eles que ditam o ritmo e a velocidade de melhorias que a sua empresa irá fazer para sempre estar no pelotão de elite do seu mercado.
Por Paulo Araújo
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Seja Difícil de Imitar
Publicado em
27/02/2011
às
09:00
O Guaraná Antarctica tem um sabor inigualável. O "Old Mother Owl" (Velha Mãe Coruja) mais conhecido como Omo, rende mais? Não sei, nunca fiz o teste. E o que dizer de um carro Ferrari ou da moto Harley-Davidson? E quem nunca usou um bandaid - band (faixa, em inglês) por causa do pedaço de esparadrapo e aid (socorro, ajuda) - que desde 1947 nos socorre em pequenos ferimentos? E a experiência de jogar no Nintendo Wii ou no PlayStation 3?
Empresas únicas, marcas singulares que fazem a diferença, criam mercados e mantêm a lealdade dos seus consumidores.
Em uma época onde se fala tanto em crescimento sustentável, ecologia e respeito ao consumidor fica cada vez mais difícil ser diferente ou fazer a diferença, mas creio que independente do tamanho da sua empresa ou área de atuação você pode sim crescer e ser reconhecido. Como? Sendo difícil de imitar.
Os consultores norte-americanos Alexander Kandybin e Surbhee Gorver listaram alguns pontos que podem fazer efetivamente a diferença para uma empresa conquistar o mercado. Já adianto que a ideia não é ter todos simultaneamente, mas trabalhar forte para ser referência em pelo menos dois ou três dos pontos citados pode ser questão de sobrevivência.
Ponto 1 – TecnologiaSer o único a oferecer uma determinada tecnologia é algo raro e que dura pouco, pois rapidamente a concorrência copia ou faz melhor. Tentar se basear nesta estratégia exige alto investimento em inovação e pesquisa, mas que dependendo do seu mercado se faz necessário. O que jamais pode acontecer é sua empresa e produtos serem deficitários em tecnologia. O motivo: é morte certa em médio prazo. Além da tecnologia em produtos não podemos esquecer-nos de adotar a tecnologia em gestão. A diferença não deve estar só no que se produz, mas no modelo de negócio que possa trazer um diferencial no atendimento, distribuição, logística, escala ou custos operacionais menores do que a média do mercado. Ponto 2 – BenefíciosDizem que 98% do processo de vendas se dá em conhecer as necessidades, sonhos ou desejos dos seus clientes. Os benefícios que a sua empresa oferece aos seus clientes estão adequados ao que ele necessita, sonha ou deseja? Benefício efetivo é aquele percebido pelo cliente como tal. Aquilo que ele efetivamente usa e que só a sua empresa oferece. Caso o concorrente ofereça também, deixa de ser uma vantagem e cai na faixa do senso comum. Veja a linha calorias zero dos refrigerantes. Alguém lançou primeiro, hoje todos tem. Ponto 3 - Características únicasO que só o seu produto ou empresa faz de diferente? O que só você tem? Você vende commodity ou algo que vale a pena para o cliente pagar mais? O método de produção do que você vende torna seu produto único exatamente em quê? Esqueça o discurso da qualidade e mude para o da qualidade comprovada. Prove que seu produto é único por meio de testes comparativos, planilhas que demonstrem o quanto sua empresa pode ajudar em termos de produtividade, certificados de organismos reconhecidos, ou ainda melhor, depoimentos técnicos de clientes satisfeitos. Ponto 4 – ExperiênciaA experiência de consumo envolve o aspecto emocional. A questão preço se torna de menor proporção pelo sentimento, sensação ou status que confere ao consumidor. As linhas de produtos gourmet são um bom exemplo como cafés, vinhos, cervejas. Posso citar também resorts, hotéis fazenda, aplicativos de informática, canais de TV fechados como de esportes, notícias ou filmes, entre milhares de outros exemplos que fazem a alegria dos aficionados por acesso ao que se há de melhor em determinado assunto. Neste ponto sua empresa precisa criar ou atender uma necessidade emocional dos seus clientes e assim manter uma relação de cumplicidade, fidelização e lealdade com o seu público. Ponto 5 - Design e EmbalagemNeste caso normalmente exige-se mudanças no processo de produção o que torne e garanta a sua empresa certo período de exclusividade no mercado. As novas latas de cerveja ou as garrafas litro foram durante um bom tempo encontradas por uma ou outra marca nas prateleiras dos supermercados. No mercado de cosméticos certas embalagens e design são verdadeiras obras de artes e difíceis de resistir à tentação de compra. Praticidade e beleza já são itens consagrados e agora a novidade é a exploração do olfato para estimular o consumidor a escolher o seu produto. Agora é hora de refletir quais dos pontos acima se aplica ao seu mercado e a sua realidade organizacional e criar algum método para ser reconhecido como diferente. O seu cliente não irá se lembrar ou escolher a sua marca pelo fato de ser igual as demais, mas sim pelo valor que criou pelo seu desempenho ou experiência de consumo. O ditado diz que quem ri por último ri melhor, então vale à pena citar a famosa frase do lendário Bob Marley:- Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.
Por Paulo Araújo
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Verdades e Mentiras
Publicado em
26/02/2011
às
09:00
“Não existe mulher meio-grávida”.
Foi desta maneira que meu pai me ensinou que há situações nas quais inexiste o meio-termo. Ou é, ou não é.
Da mesma forma eduquei-me acreditando que a verdade também não admite interpretação dúbia. Como diria um provérbio iídiche, meia-verdade é uma mentira inteira.
Em tempos de crise de valores, quando a integridade, a idoneidade, a dignidade e tantas outras virtudes se despedem, tornando-se peças de museu, artigo raro seja na gestão pública, no mundo corporativo ou nas relações interpessoais, adotamos a verdade com vigor ainda maior. Primeiro, por princípio. E segundo, porque ela sempre vem à tona, cedo ou tarde.
Mas aí, como disse certa vez Luís Fernando Veríssimo, quando a gente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.
Escrevi um artigo intitulado “A fragilidade da vida” no qual relato a experiência da descoberta de um câncer que acometeu meu pai. O fato nos foi revelado após exames para diagnosticar o que parecia ser um AVC (acidente vascular cerebral). E durante vários dias vivenciamos um dilema: os familiares sabiam que era um tumor maligno, enquanto meu pai imaginava tratar-se apenas de um breve coágulo no cérebro.
Quando penso em meu pai, sempre me vem à mente uma pessoa ativa, dinâmica, criativa e muito batalhadora. Com pouca instrução, teve a capacidade de promover grandes realizações em sua vida. Proporcionou estudo aos seus cinco filhos e jamais permitiu que algo nos faltasse. Domina a matemática de maneira invejável para muitos estudantes de nível superior. Porém, ao lado de tantos aspectos positivos, há um contraponto tenaz: um terrível hábito de cultivar o pessimismo em momentos de adversidade.
Este aspecto já nos distanciou algumas vezes. Chegamos a trabalhar juntos por alguns anos, mas a divergência entre nossas posturas era objeto constante de conflito. Perante uma vicissitude ou uma oportunidade, eu sempre acreditava que seria possível, que daria certo. Já meu pai partia do pressuposto de que o jogo estava perdido.
Conhecendo este padrão de comportamento eu sabia que o ideal seria omitir a verdade sobre sua doença. Afinal, a cabeça comanda o corpo, de modo que em seu período de maior debilidade física, o melhor seria fazê-lo acreditar que tudo era relativamente simples e passageiro.
Contudo, hospitais trabalham com protocolos médicos. E um deles determina que todo paciente deve ser esclarecido com franqueza sobre seu quadro clínico e o tratamento ao qual será submetido. Diante disso, o pneumologista sentenciou: “Ou vocês, familiares, contam a ele o que está se passando, ou contaremos nós”.
Minhas irmãs decidiram por consenso que esta tarefa caberia a mim. E dois dias depois lá estava a sós com meu pai, em seu quarto, ao lado de seu leito. Solicitei-lhe que se sentasse, por um instante, de frente para mim. Segurei-lhe as mãos e reproduzo a seguir um resumo do diálogo que sucedeu:
– Pai, você acredita em Deus?
– Sim, acredito!
– E confia em mim?
– Com toda certeza, meu filho.
– Pois então, seu problema é um pouco mais grave do que imaginávamos...
– Eu já sabia... Mas não me conte. Eu não quero ouvir! Não quero! (virando o rosto)
– Mas eu preciso lhe dizer, porque ou você ouve de mim, ou ouvirá dos médicos. Você está com um tumor no pulmão. É algo raro, ainda mais para quem, como você, nunca fumou. E o coágulo em seu cérebro é uma consequência deste tumor.
– Então estou liquidado...
– Pai, deixe de pensar assim! Há tratamento, há cura, e é por isso que você está aqui, num dos melhores hospitais do país e com ótimos especialistas.
– É verdade? Mas me diga uma coisa, meu filho: isso não é câncer não, certo?
– É pai. É câncer. Tumor e câncer são a mesma coisa. Pouco importa o nome que se dê, mas sim que a medicina está muito evoluída e que juntos vamos sair desta.
Após esta conversa, senti que sua aceitação foi muito positiva. As lágrimas que rolaram foram menos intensas do que se poderia esperar. Mas fundamentalmente notei que ele decidiu abraçar a luta pela vida, em vez de entregar-se à enfermidade.
Eu poderia ter lhe dito que o tumor é maligno. Que seu estágio é avançado, alcançando os dois pulmões e que o edema no cérebro é fruto de uma metástase, caracterizando a evolução da doença. Poderia ter lhe dito que os oncologistas trabalham com expectativa de vida e que a luta não é pela cura, mas pelo que chamam de sobrevida. Mas optei conscientemente pela omissão. E descobri que há circunstâncias em que, sim, cabem meias-verdades. Porque elas aliviam, em lugar de ferir. Porque elas não são um erro, nem tampouco um acerto, mas apenas o adequado. Porque elas podem confortar e promover a esperança. Uma verdade oculta não é uma mentira contumaz.
Nietzsche dizia: “Não pretendo ser feliz, mas verdadeiro”. Abro mão da verdade plena e da minha felicidade, para ver feliz quem amo.
Por Tom Coelho
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Inflação e Gastos Públicos: o buraco negro da economia
Publicado em
25/02/2011
às
09:00
Inflação e Gastos Públicos: o buraco negro da economia - Claudio Raza Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos..
Há vários fatores que podem gerar inflação. O aumento do preço de um item básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso do petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também provoca inflação, pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de seus preços. Em outra hipótese, se o Governo gasta mais do que arrecada, e para pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação, pois está desvalorizando a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem que tenha havido criação de riqueza, de produção. Assim, os bens e serviços continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de produto, o que alguns economistas chamam de dinheiro fraco, dinheiro podre.
Há diversos índices que são utilizados para medir a inflação, cada um com metodologia de cálculo própria e com utilização específica. Para aferir, por exemplo, a variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população, usa-se o índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC), tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe. Para medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA).
A inflação no Brasil levou à criação de muitos índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda.
Mas para nós consumidores, é só passar pelos caixas dos supermercados, farmácias, lojas de materiais escolares, escolas particulares e outros bens e serviços de primeira necessidade, cada dia paga-se mais. Os itens que mais aumentaram são justamente os de maior necessidade. Os legumes ficaram 32,92%; as hortaliças e as verduras, 22,10%; açúcar e seus derivados, 16,78%; cereais, 16,53%; e derivados de leite, 11,03%.
Em Joinville, o aumento de preços é maior do que no resto do país. Dos 27 produtos que coincidem na lista de pesquisa do Procon de Joinville e do IBGE, 16 aumentaram mais do que a média nacional. O destaque é o quilo do açúcar refinado. Na mais populosa cidade catarinense, o preço do quilo aumentou 26,9%. No País, a alta foi de 6,3%.
Quando falamos de impostos, contribuições, taxas de serviços públicos, aí é que a coisa pega, pois, são compulsórios, obrigatórios, você tem que pagar.
Estes aumentos de impostos são muitas vezes justificados pela melhoria dos serviços, mas, na sua grande maioria é para cobrir gastos públicos governamentais exagerados e privilegiar os incompetentes que fazem do Estado um cabide de empregos.
Só para dar uma idéia de quanto nós pagamos de impostos, embutidos nos produtos e serviços que consumimos, em média, pois cada produto tem uma taxação diferenciada quando se fabrica ou vende: exemplo, ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) = 18% no Estado de São Paulo; IPI (Imposto de Produtos Industrializados) em média 10%; ISS (Imposto sobre Serviços) na cidade de São Paulo = 5%; PIS e COFINS (Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) = 3,65% para as empresas que optaram pelo Lucro Presumido e 9,25% para as do Lucro Real; Imposto de Renda e Contribuição sobre o Lucro = 10% em média para os dois regimes, Lucro Presumido e Lucro Real; até aqui temos por volta de 47% de impostos sobre os preços dos produtos que compramos.
Temos também os indiretos que são calculados sobre a folha de pagamento (Salários dos Empregados), tais como: INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) = 27,8%, média e o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) = 8%, em média esses dois tributos representam 6% sobre as Vendas da empresa ou sobre o preço de venda do produto; temos então um total de 47% mais 6%, totalizando 53% de carga tributária, isto é; impostos que pagamos já embutidos no preço do produto.
Além destes 53% sobre os produtos que consumimos o Governo Federal ainda arrecada sobre Jogos, tais como Mega Sena, Loteria Federal e outros uma média de 60%%, ficando para o ganhador máximo apenas 16% do total arrecadado.
Também o Governo Federal arrecada sobre as pessoas físicas, com suas Declarações de Impostos em abril de cada ano, aproximadamente 20% sobre os salários, que não é renda.
Tudo isso cai nas costa de nós contribuintes, e este dinheiro todo é gasto sem controle algum e principalmente desconhecemos e não somos informados de seu destino.
Transparência é o que queremos, pois sem nossa contribuição não há Governo, e a verdadeira inflação são estes gastos descontrolados.
Por Claudio Raza
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Silêncio, por favor
Publicado em
24/02/2011
às
09:00
Prática diária de meditação, de silêncio temporário é a receita mais simples, barata e gostosa para uma vida feliz. Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente. A técnica não requer crença, somente persistência, tempo, vontade de querer ser mais feliz ainda.
Uma definição simples. A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre cada vez menos e menos. No mundo atual, no qual percebemos e recebemos continuamente muitos estímulos sensoriais, em que somos pressionados a saber cada vez mais e sempre existe mais para conhecer, onde a competição nos leva a estar acessos e atentos o tempo, parar, ficar em silencio, não é tarefa fácil, embora seja extremamente simples.
Participo periodicamente de encontros de silencio, por um ou dois dias. Sem telefone, sem radio, sem conversar, nem na hora das refeições coletivas. Experiências como esta me mostraram a importância de ficar quieto e escutar o eu interior, de escutar o diretor presidente, que de tanto pedir a palavra, quase desanima em emitir suas opiniões.
Meditar é parar, estacionar, gradativamente, o fluxo das ondas mentais. Um dia seremos obrigados a estacionar, a parar. Mas para viver, melhor, aqui e agora, parar um pouco, diariamente, só traz benefícios, tanto para a saúde física, quando mental.
O exercício diário da meditação limpa as toxinas com a qual a mente esta impregnada: o medo, raiva, ansiedade, culpa. São toxinas perigosas que se transformam em estresse. Portanto, esta prática, rejuvenesce, não tem efeitos colaterais, aumenta a alegria, a produtividade , criatividade, concentração e a inteligência.
Vamos à ação. Sente-se confortavelmente, coluna ereta, pés apoiados no chão, mãos sobre as cochas e respire profunda e calmamente. Feche os olhos e mantenha sua atenção na respiração. Faça isto por cinco minutos. Deixe os pensamentos passarem sem se ficar em nenhum. Continue diariamente até chegar a um tempo maior, se possível até trinta minutos. Some a esta pratica posturas de yoga. Silêncio, por favor.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude
Por Marcos Hans
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Dos Perigos da Complacência
Publicado em
23/02/2011
às
09:00
Para vencer os desafios da competitividade globalizada, uma empresa só pode ter em seus quadros pessoas excelentes, com obsessão pela qualidade, obsessão pela excelência. Não dá para vencer com pessoas "mais-ou-menos".
E nós, brasileiros, temos um grande defeito. Somos excessivamente complacentes com pessoas que não são excelentes. Somos excessivamente complacentes com quem não agrega valores à nossa empresa. Somos "bonzinhos" e complacentes demais com pessoas que não querem vencer, que não querem crescer, que não querem se desenvolver pessoal e profissionalmente.
E assim, nossas empresas estão cheias de pessoas pouco excelentes. E nada ou pouco fazemos para nos livrar delas. Ouço com freqüência, empresários, diretores, gerentes, supervisores que me dizem: " – Minha telefonista é um horror!" . E eu respondo: " – Mas ela continua lá?" E sempre vem uma resposta do tipo: " – Ela começou comigo faz muitos anos..." ou ainda " – Ela tem cinco filhos, mora longe..." ou ainda pior " – Foi um vereador amigo meu quem a indicou...". E assim vamos mantendo pessoas de baixa qualidade em nossa empresa! É o vendedor ruim – que não vende e ainda fala mal de nossa empresa. É a balconista mal educada que trata mal nossos clientes. É o motorista desleixado que não cuida do veículo e ainda reclama o tempo todo, etc. etc..
É claro que temos que tentar elevar as pessoas, treiná-las, fazê-las ver a sua responsabilidade com a empresa. Mas não podemos passar a vida inteira carregando pessoas incompetentes em nossa empresa. Quem mantem pessoas de baixa qualidade na empresa está fazendo cortesia com o emprego dos outros. Não será somente aquela pessoa quem perderá o emprego. Todos perderão porque com pessoas pouco excelentes, com certeza, a empresa não sobreviverá nestes tempos de competição brutal no mercado.
A complacência com quem não é excelente é um mal que tem trazido conseqüências danosas para as empresas. E muitas vezes, somos complacentes com a baixa qualidade das pessoas por pura preguiça. Preguiça de recrutar e selecionar uma nova pessoa. Preguiça de treinar; preguiça de corrigir comportamentos e atitudes. E a verdade é que quase sempre essa preguiça vem disfarçada de comentários do tipo: " – Não adianta trocar de pessoa – hoje ninguém presta mesmo!" ou ainda " – Só vamos trocar de defeitos. Esta tem um defeito, a outra tem outros e tudo acaba na mesma..." . E assim, vamos ficando com pessoas incompetentes e de baixa qualidade em nossa empresa.
Outro efeito não-linear da complacência é que os demais colaboradores da empresa, quando vêm o excesso de complacência das chefias com quem não é excelente, ficam totalmente desmotivados a exigir mais de si próprios e a buscarem a excelência. Afinal o que ganham em ser excelentes, se quem não é excelente é mantido na empresa e muitas vezes até promovido?
Conheço empresas em que os funcionários mais "espertos" já aprenderam que fazer o chamado "marketing interno" ou "saber vender-se bem internamente" ou ainda "bajular" as chefias bastam para que fiquem no emprego, independentemente de fazer o trabalho com real competência. Essas pessoas percebem rapidamente que a empresa dá pouco valor ao que realmente ocorre no mercado ou com os clientes. E as pessoas chamadas de "comuns" e "simples" que cumprem o seu dever, fazem as coisas certas e não se preocupam ou não têm a chamada "aptidão" para vender-se internamente ficam para trás nas promoções e nos programas de incentivo tão em moda hoje em dia.
É preciso acabar com o conformismo da complacência aos que não são excelentes. É preciso treinar, treinar e treinar. É preciso exigir comportamentos de alta qualidade. É preciso exigir de nossos colaboradores a atenção aos detalhes e o follow-up que farão a diferença para nossos clientes. E quando percebermos que alguém em nosso grupo não está disposto ou disponível para empreender a mudança para a qualidade e para a excelência, devemos simplesmente dispensar esse colaborador ou colaboradora.
Sei que recrutar e selecionar pessoas excelentes é uma tarefa penosa, demorada, exige comprometimento, busca, contatos, tempo. Sei que pessoas excelentes são mais exigentes e exigirão de nós melhor tratamento, melhores condições de trabalho, etc. Mas, acredite, não nos resta alternativa. Ou temos conosco pessoas excelentes ou morreremos como empresa, mais cedo ou mais tarde.
A complacência é, portanto, fatal. Quando perceber a desídia, a falta de comprometimento, o descaso, o descuido dos detalhes, a falta de compromisso em terminar as tarefas iniciadas, o dirigente deve imediatamente chamar a atenção e exigir de seus subordinados a excelência.
O dirigente empresarial, hoje, não pode aceitar e ficar inerte frente a situações que comprometam o futuro da empresa, da marca, do negócio. A complacência com a baixa qualidade e qualificação de nossos colaboradores significará aceitar a derrota por antecipação. E para derrotados nenhuma explicação salva, nenhuma desculpa compensa, nenhuma complacência justifica.
Por Luiz Marins
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Que tal Deixar isso para seu Concorrente
Publicado em
22/02/2011
às
09:00
Conquistar um atendimento extraordinário não é tarefa fácil. Exige compromisso e entendimento de que essa é uma responsabilidade de todas as pessoas, que fazem parte do time da empresa. Perceba que, um excelente atendimento não é uma ação isolada para auxiliar o cliente na compra, mas um compromisso que envolve toda a equipe para gerar mais resultados. Não há como a equipe comercial realizar um extraordinário atendimento, se ao chegar ao setor de crediário, o cliente encontra falta de vontade, mau humor e intolerância. Fazer o cliente voltar mais vezes é resultado direto do atendimento oferecido, por todas as pessoas que fazem parte do seu negócio. Observe os itens abaixo e procure assumir o compromisso de deixar para o concorrente, fatos, ações e experiências negativas.
Deixe a burocratização para seu concorrente – Cheguei de madrugada, em um hotel no litoral da Bahia para apresentar palestra, em uma convenção de vendas. Expliquei ao recepcionista do hotel que o voo atrasou, estava bastante cansado e solicitei a possibilidade de preencher o formulário posteriormente. Qual foi a resposta? Recebi um “não”, o mais rápido que você possa imaginar. Se pelo menos, o hotel ligasse, no dia do meu aniversário para dar parabéns, já seria um motivo para entender a exigência de tantas informações naquele formulário. Qual a dificuldade em reduzir a permanência do cliente na recepção? Se na sua empresa, o cliente precisa preencher um extenso formulário, elimine dados desnecessários. Deixe a burocratização para seu concorrente e perceba na prática, que as pessoas estarão reagindo de maneira positiva, sempre que você valorizar e otimizar o tempo do cliente.
Deixe as desculpas para seu concorrente – Ao exercer um cargo de liderança, não permita que uma situação de risco, equívoco ou devolução de mercadoria, seja corrigida no futuro. O tempo é veloz, dinâmico e exigente. Não deixe para amanhã a correção de algo que ocorreu de maneira negativa. Procure assumir com todo o seu time, o compromisso de deixar as desculpas para seu concorrente. Coloque em prática os 3R’s a seguir: Relacionamento, Resultado e Recomendação. Busque valorizar o relacionamento com o cliente, lembrando que o resultado do atendimento gera uma recomendação. Quanto maior a sua dedicação, comprometimento, capacidade de superação e desejo para surpreender, com ênfase nos resultados, mais o seu desempenho torna-se evidente. Faça a seguinte reflexão: Se cada cliente que você possui, indicar o seu trabalho para mais uma pessoa, qual é o resultado? O dobro do que você tem hoje. Vamos tentar?
Disponha colocar em prática, os itens acima e perceba que atendimento não é somente falar, mas fazer acontecer. Todas as pessoas do seu time podem contribuir para fazer acontecer algo a mais, melhorar o atendimento, aumentar o relacionamento e intensificar a fidelização do cliente. São pessoas que fazem a diferença no atendimento. Quando há cooperação, torna-se mais compreensível o entendimento, de que uma meta é de todos. Faça um excelente trabalho de relacionamento, mesmo quando não há ninguém olhando e, deixe para o seu concorrente a catástrofe de um atendimento ineficaz.
Por Dalmir Sant’Anna
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"Poa" Alegre
Publicado em
21/02/2011
às
09:00
Quando nasce uma criança, ou no período da gestação, surge sempre uma indagação: E o nome? Qual será?
Depois de muitos pensamentos surge a “fumacinha” branca.
Assim é para uma cidade.
A escolha nunca é fácil.
Mas para uma, em especial, tenho a plena convicção que não foi nada difícil: Porto Alegre.
A Porto Alegre dos Casais Açorianos. A Porto Alegre que tão bem recebeu e continua recebendo seus imigrantes.
A “POA” Alegre.
Cidade linda e banhada pelo Guaíba (lago ou rio?). Não interessa... Guaíba e seu famoso pôr-do-sol. Admirado e saudado por todos.
Cidade com um porto que já foi muito famoso, mas que continua ali no mesmo lugar...
Cidade onde os habitantes estão sempre ( ou quase sempre) alegres. Influência do nome? Ou o nome foi influenciado pelos habitantes?
Não importando o bairro. Petrópolis, Restinga, Lami, Belém Novo, Teresópolis, Glória, bom Fim, Centro, Bela Vista, Moinhos de Vento, Vila Ipiranga, Vila Jardim, Sarandi e tantos e tantos outros. O importante é que sua população – hospitaleira como sempre – alegre em todos os momentos.
Não importando a zona – Norte, Sul, Leste, Oeste.
É a POA Alegre.
Conhecida no mundo, não só pela localização geográfica – localizada ao sul do Brasil – é a capital brasileira mais ao sul do país continente.
POA Alegre conhecida pela organização como cidade, organização em termos de negócios – indústria, comércio e prestação de serviços -, organização em termos de educação e cultura.
POA Alegre e seus parques e praças.
POA Alegre e suas ruas.
POA Alegre e seus clubes: de futebol, náuticos, atletismo, ginástica, e todas as outras modalidades esportivas.
Tudo na POA Alegre.
POA Alegre e seu transporte público. Muitos até com Ar Condicionado, pois a canícula no verão é muito forte.
POA Alegre.
Linda. Charmosa. Arborizada.
Poderia, isso sim, melhorar um pouco o asfaltamento, pois em muitos lugares os buracos são uma realidade. Mas... Nem tudo é perfeito. Não impede de ser sempre a POA Alegre.
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Por David Iasnogrodski
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A borboleta azul
Publicado em
19/02/2011
às
09:00
Uma borboleta azul é rara. Experimente achar uma no jardim. Pois foi com esta borboleta que as filhas de um viúvo desafiaram um sábio. Havia um viúvo que morava com suas duas filhas, muito curiosas e inteligentes. Faziam muitas perguntas. Era a escola delas porque não existiam escolas como hoje. O pai, sabendo que o sábio da aldeia poderia dar melhor instrução do que ele, levou-as para viver com ele por um tempo.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então uma delas apareceu com uma borboleta azul que usaria para pregar uma peça ao sábio.
Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele responder que está morta, vou abrir as mãos e deixa-la voar. Se ele responder que está viva, vou apertá-la e esmaga-la. E assim, qualquer resposta que o sábio nos der está errada.
E eis que em dia tranqüilo, quando ele esta meditando, o interromperam e fizeram a pergunta treinada. Tenho aqui uma borboleta azul, diga-me sábio, ela está viva ou morta? Calmamente o sábio sorriu, pensou e respondeu: Depende de você. Ela está em suas mãos. E as meninas novamente concluíram que o sábio estava certo e com isto aprenderam que a experiência se torna em sabedoria.
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém quanto algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não. Nossa vida está em nossas mãos, assim como a borboleta. Cabe a nós, a cada um de nós, escolher o que fazer com ela.
As decisões que tomamos desde pequenos, desde a juventude, ou na idade adulta, são de nossa responsabilidade. Temos também orientações dos sábios que cruzam nossa vida, nossos pais, professores, mas no fundo, a responsabilidade é de cada um.
Ao invés de desafiar a vida, os outros ou a si mesmo, tome suas decisões após pensar, após dormir sobre elas, ou seja, não tome decisões precipitadas. Mas também não exagere e não tome decisão nenhuma. Às vezes é necessário ser rápido, seguir a intuição. Cada um precisa achar o seu caminho e com certeza algumas vezes você vai se equivocar, mas isto vai se transformar em experiência. E as experiências vão se acumulando para cada vez se tomar decisões mais sábias. Por isto se diz, vamos consultar alguém mais velho de mais idade.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Estados Unidos da América
Publicado em
18/02/2011
às
09:00
Os EUA alertaram o mundo a fase difícil de sua economia. A novidade é o mercado imobiliário. Jornais publicaram uma palavra nova, o subprime, pessoa física com elevado risco de crédito. Perdas econômicas advindas do financiamento de imóveis residenciais. Enfim, trouxeram à baila o custo primário de material e mão-de-obra no preço de uma casa na visão do agente financeiro.
Ao sabor das manchetes, analistas justificaram o subprime como negativa influência à captação de recursos dos grandes bancos, dos papeis do governo e dos fundos de investimento. Bolsas asiáticas e européias aguardam, para novembro próximo, medidas redentoras na esteira das eleições presidenciais.
Num clima perturbador, expuseram o perfil contábil e a origem racional da alta valorização dos imóveis porque entre 1996 a 1998 foi de 87%. Tamanho impacto, mantido pelo crédito imobiliário em oferta aos consumidores com renda pessoal insuficiente de suporte às obrigações mensais futuras. Advém daí o efeito dominó da inadimplência e da falta de lastro patrimonial às garantias dos empréstimos. Crédito facilitado, o cadastro de aprovação dos contratos comportou reduzida formalidade no controle de projeção da riqueza, sinalizando uma cultura sequiosa por lucro. A forma de amealhar riqueza não anda bem na potência número um do globo. Não é de agora. Um signatário da Declaração da Independência deste país, Benjamin Franklin, predicava: “Se queres saber o valor do dinheiro, tente comprá-lo”. E se sabe, outros fatores compõe a crise. Guerras de conotação imperialista, altos índices de consumo elástico e o crescente dispêndio de energia. Estes são os módulos de variação ao ótimo econômico. Afinal, o destrono da moeda dos que confiam em Deus não acontece somente em face do malogro imobiliário. A crise é conseqüência da realidade imediata norte-americana. Carl Barks, o Hans Christian Andersen das histórias em quadrinhos, uma vez desenhou um pato de polainas, pincenê e longas suíças. Nascia o Tio Patinhas, a ética da poupança e uma receita simples, didática: economia, no sentido mais verdadeiro, é a melhor prosperidade.
Por Nei Rafael Filho
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Previdência 8.8
Publicado em
17/02/2011
às
09:00
Quando o fato ou a notícia envolve Previdência ou aposentadoria, há sempre um alvoroço generalizado. Apreensões se multiplicam. Contribuintes e beneficiários ficam atentos. Empresários tentam se atualizar. Todos se agitam: trabalhadores da iniciativa privada e do setor público, autônomos, donas de casa e estudantes, empresários e agricultores, pessoas ocupadas formal ou informalmente, em geral. Enfim, todos os integrantes da chamada população economicamente ativa, os que estão próximos desta classificação e os que já dela saíram, por aposentadoria. Por que tudo isto e tanto interesse? Porque o Sistema Previdenciário brasileiro, seja público ou privado, social ou nem tanto, envolve a maioria expressiva da população e movimenta uma porção significativa do PIB nacional. Quando falamos ou ouvimos falar de Previdência, a maioria das pessoas pensa logo no Regime Geral administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Mas, em nosso país, Previdência não é só isto.
Previdência é também todo a estrutura chamada de Regime Próprio que garante aposentadoria e pensão aos servidores públicos, em todas as esferas de governo (municipal, estadual, distrital e federal) e em todos os Poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo).
Previdência, da mesma forma, envolve as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPP), os chamados “fundos de pensão”, com mais de 440 instituidores e dispondo de ativos que superam os R$ 520 bilhões, para complementar aposentadorias de trabalhadores de estatais, de empresas privadas e de integrantes de segmentos profissionais. Previdência como instrumento de poupança, não deixa de ser produto de mercado, com os bancos e instituições financeiras vendendo aposentadoria ou complementação de renda, em diversas modalidades, num mercado extremamente voraz, que já contrata quase 10 milhões de planos e detém ativos de mais de R$ 200 bilhões.
Pois este conjunto de programas que visa a garantia de renda digna ao final da vida laborativa completa neste dia 24 de janeiro 88 anos de existência oficial em território brasileiro. O marco inicial sempre lembrado da Lei Eloy Chaves, publicada em 1923, consolidou a base do Sistema Previdenciário brasileiro, com a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias.
Hoje, a Previdência pública administrada pelo INSS é o maior programa de transferência de renda do governo federal, beneficiando quase 30 milhões de segurados que recebem mais de R$ 230 bilhões ao ano dos cofres públicos.
Neste início de governo, a Previdência, em especial os segmentos dos Regimes Geral e Próprio estão de novo no “olho do furacão”
Apesar de desmentidos iniciais, a aposentadoria da iniciativa privada vai ser objeto de questionamento ao ser debatida a anunciada desoneração da folha de salários e a derrubada ou não do veto do governo ao fim do fator previdenciário. No que diz respeito aos servidores públicos, o foco será a decisão sobre regulamentar ou não a Previdência complementar pública para o funcionalismo, projeto que já tramita no Congresso Nacional.
Como se vê, a questão previdenciária exerce forte influência nos indivíduos, aposentados ou não, nas comunidades, pelos recursos que movimenta e no mercado em geral, por seus ativos e volume financeiro disponíveis.
Esta é o retrato da Previdência quase nonagenária que vemos no momento no Brasil. Longa vida à Previdência, nos seus 88 anos! Em especial, à Previdência social, pública, solidária, responsável por redução considerável da miséria em nosso pais.
Por Vilson Antonio Romero
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A importância do reconhecimento
Publicado em
16/02/2011
às
09:00
O "Reconhecimento" é um dos fatores de sucesso mais importantes para nós mortais. Pouco adianta atingirmos um determinado sucesso se não formos reconhecidos, Há até aquela piada de que um sujeito vivia solitário numa ilha e salvou a Sharon Stone de um naufrágio, ficando sozinho com ela na ilha por duas semanas. Depois desse tempo, ele pediu a ela que se vestisse de homem e desse a volta na ilha. Encontraram-se do outro lado da ilha e ele virou-se para ela (vestida de homem) e disse: - Zé! Você não vai acreditar no que eu vou lhe contar. Estou sozinho numa ilha com a Sharon Stone!
Estar com a Sharon Stone numa ilha, sozinho, poderia ser muito bom, mas era preciso que alguém soubesse disso, isto é que alguém "reconhecesse" aquele feito.
Da mesma forma em nossa empresa. É preciso que chefes e colegas percam o medo de elogiar, de "reconhecer méritos" nas pessoas. Temos a tendência de repetir comportamentos que nos são positivamente reforçados e o valor do reconhecimento está justamente aí. Quando "reconhecemos" um valor, esse valor tende a multiplicar-se tanto para a pessoa que foi alvo de nosso reconhecimento quanto para as demais pessoas. Assim, o reconhecimento é fundamentalmente importante para o sucesso pessoal e profissional de qualquer pessoa. Um "muito obrigado", um bilhete de reconhecimento, uma carta, um cumprimento sincero valem muito e nós sabemos disso. Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros pessoas que nos auxiliam e nos ajudam a obter o que queremos. Ninguém vence sozinho. Sabemos disso. E se sabemos disso deveremos também saber "reconhecer" isso com ações concretas de "reconhecimento" e gratidão.
Vejo diretores, gerentes, supervisores, pais e mães que têm medo de elogiar. Ainda existem "superiores" que acham que "chefiar" é encontrar erros, punir. Inseguros na sua chefia essas pessoas vivem a buscar alguma coisa para criticar. É preciso que nos acostumemos a pilhar nossos subordinados fazendo as coisas certas para que possamos reforçar esses comportamentos através de elogios. Quando uma pessoa só é cobrada pelos seus erros, vai desenvolvendo uma auto-estima baixíssima e os erros começam a se multiplicar até que a pessoa começa a acreditar não ser capaz de acertos até mesmo nas coisas mais simples.
Faz parte também do reconhecimento dar crédito a quem realmente merece. Assim, também tenho visto chefes que "furtam" idéias de seus subordinados dizendo serem aquelas idéias de sua propriedade ao invés de creditá-las ao verdadeiro autor. Um chefe que tem o hábito (sic) de furtar idéias de seus subordinados acabará ficando isolado, pois que nenhum de seus colaboradores virá com idéias novas com o medo de tê-las furtado pelo chefe. Por incrível que possa parecer essa é uma prática muito comum de chefes inseguros que não compreendem que sua chefia será a cada dia mais valorizada quanto mais suportada pelo seu pessoal subordinado. Há tempos atrás, um chefe precisava "bajular" seus superiores para manter-se no cargo. Hoje parece ser o oposto. Ele precisa ser apoiado pelos seus subordinados para manter-se. E esse suporte será maior quanto maior for a capacidade de um chefe em oferecer reconhecimento ao trabalho, esforço, dedicação e comprometimento de seus subordinados.
Pense nisso.
Por Luiz Marins
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Problemas, Problemas e Mais Problemas
Publicado em
15/02/2011
às
09:00
Meu primeiro chefe costumava dizer que os dias ficam mais cinzentos quando estamos cheios de problemas.
Mas afinal o que é um problema? E todo problema é ruim?
Na vida e na carreira não tem como fugir dos problemas. Eles estão por toda a parte, perseguindo e até mesmo o fato de não ter um problema, posso garantir que já é um problema.
Nossa relação com os problemas começam cedo. Quando crianças temos problemas demais em montar brinquedos difíceis ou em conseguir comida na hora da fome. Depois chega a vida escolar e começamos a ter problemas com notas, provas, lições esquecidas, bagunça na sala e descobrimos que matemática se aprende como? Resolvendo problemas!
Mas é injusto culpar os problemas por todas as mazelas e como é praticamente impossível livrar-se deles melhor é tentar conviver e a aprender com os fatos problemáticos da nossa vida.
A primeira coisa a fazer e assim mudar sua perspectiva é separar os problemas em duas categorias:
1. Problemas que não agregam valor, e;
2. Problemas que agregam valor.
Simples assim!
Os problemas que não agregam valor são aqueles que de uma forma ou outra poderiam ser evitados. O carro quebrou? Pergunte: a revisão estava em dia? A apresentação com o cliente foi péssima? Pergunte: Eu estava preparado? Eu tenho certeza que para a maioria dos problemas que não agregam valor um dos motivos para ter acontecido em 99% das vezes é sempre o mesmo: falta de tempo. E falta de tempo está relacionado diretamente com o que você considera prioritário na sua vida. Para reduzir drasticamente os problemas que não agregam valor você precisa rever suas prioridades de vida e não querer ter tudo ao mesmo tempo. Problemas que não agregam valor só geram passivos, nos fazem perder dinheiro e tempo, resultando tudo isso em mais... Isso mesmo: problemas!
Os problemas que agregam valor são aqueles que surgem devido a ações que o levam a um círculo virtuoso. Estudar muito e falar inglês fluentemente leva a novas propostas de emprego. Trocar de emprego é um problema? Sim, mas neste caso um problema bom. A empresa acertar em cheio no lançamento de um produto e se as vendas superarem as expectativas é muito melhor do que não vender nada e ficar com todo o estoque encalhado. Problemas que agregam valor têm como característica trazer satisfação a quem os criou, seja ela profissional, pessoal, espiritual ou financeira. Esse tipo de problema traz novos desafios, aprendizado, mas cuidado para não transformar um problema que agrega valor em um que não agrega valor.
O problema maior dos problemas é que as pessoas enxergam todos como pesos, dificuldades e não separam os que agregam dos que não agregam valor e assim por preguiça, falta de tempo, visão e foco passam a vida resolvendo em grande parte só os problemas que não agregam valor. E isso cansa demais!
Classifique já os problemas da sua vida e perceba para quais deles você deve demandar mais tempo e esforço em suas soluções, priorize e prepara-se para criar mais problemas que agregam do que não agregam. E simples assim, complicando o mínimo possível seus dias cinzentos que passarão a ser mais ensolarados com um belo céu azul. Isso é um problema? Só para quem não gosta da cor azul ou vive acinzentando a própria vida.
Por Paulo Araújo
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Esperando o Período das Férias
Publicado em
14/02/2011
às
09:00
Esperando o trem...
Esperando o avião...
Esperando o ônibus...
Esperando as férias...
Minhas férias!!!
Elas estão chegando. Faz um bem danado!!!
Não vou à Praia.
Não vou a Serra.
Vou ficar descansando em águas termais.
Alguns anos atrás eu ia muito à praia nesta época do ano. Agora com os congestionamentos constantes em nossas estradas e a movimentação enorme junto aos balneários o descanso, na minha opinião, não mais está existindo.
Não vou das praias antigas. Ia eu para Arroio do Sal, Rondinha, Areias Brancas e Capão da Canoa.
Sim Capão da Canoa no tempo dos hotéis São Luis, Riograndense, Bassani, onde os “quartos” eram de madeira. Os velhos “chalés” de madeira. Explico: Chalés eram as “vivendas”, casas de veraneio. Muita areia na beira do mar. Alugávamos cavalos para passear. Eram outros tempos.
Também não vou falar da Capão da Canoa de hoje, que já foi considerada uma das cidades brasileiras que mais se constrói. Constrói-se não vivendas de madeira mas “arranha-céus” e inúmeros condomínios fechados. É o tempo de hoje.
Que diferença!
São os tempos. “São as voltas dos relógios e os dias das folhinhas que se trocam...”
Disse certa ocasião um velho rabino: “O passado serve de inspiração, e somente para inspiração, o hoje é sempre diferente...”
Estou falando no passado e no presente. Deve ter servido de inspiração...
Qual o melhor?
Cada um vive o seu tempo e tem seus gostos.
Para mim o importante agora, e acredito que para muitos de vocês, é que está chegando o período das férias.
Adoro viajar. E como gosto!!! Principalmente, e somente, no período das férias. Como disse anteriormente, neste ano vou para uma Estação de águas termais. Em Santa Catarina. Estarei desfrutando alguns dias em Gravatal. Termas do Gravatal. Lugar muito bonito. Já conheço.
Lá é que vou ficar recarregando minhas baterias, a fim de que na volta possa continuar com a mesma força e a mesma motivação.
Elas estão chegando...
Faltam poucos dias.
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Por David Iasnogrodski
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Pessoas e Realizações
Publicado em
13/02/2011
às
09:00
Algumas pessoas nascem com um potencial de crescimento incrível. São dotadas de inteligência acima da média, grande criatividade, facilidade em se relacionar e bom coração.
Acontece que transformam suas vidas num caos, desperdiçando aquilo que está ao alcance das mãos, dentro de si próprio. Culpam a tudo e a todos por seus fracassos, fazem-se de vítimas do mundo, acreditam não possuir defeitos e nem erros, não refletem sobre suas atitudes e acreditam estar sempre com a razão.
Quem sempre tem algo a dizer sobre a vida do outro, sabe a solução para a vida alheia, não está cuidando direito da sua vida e por esse motivo, pode estar perdendo a chance de se dar bem, perdendo o trem da história.
Percebo que muito está relacionado à dedicação e ao trabalho. Quando se tem potencial, mas não se utiliza daquilo que tem, transformando projeto e idéia em realização, patina-se e não se chega a lugar algum. Fica sempre programando, projetando e idealizando.
Utilizo sempre a máxima que diz que “a crítica é o antídoto do incompetente”, ou seja, aquele que não realiza a contento, procura trazer o outro ao seu nível, denegrindo o próximo, difamando e o diminuindo.
A verdade, é que alguns transformam seu viver de forma a deprimir-se com sua própria condição. Aí, a depressão passa a ser a desculpa para seu fracasso.
O problema é que tudo poderia ser diferente com uma simples reflexão sobre si. É fácil transformar sua condição da insignificância ao sucesso, basta reconhecer onde estão as falhas, os erros e as faltas e aliar o potencial que se tem com uma nova condição, uma nova filosofia de vida.
Nada será possível sem o trabalho, o comprometimento e a dedicação. Não se constrói apenas com a idéia ou com o projeto.
Se assim fosse, bastaria um arquiteto desenhar o prédio que o mesmo se construiria por si só. Não é assim que funciona, é necessário idealizar e trabalhar duro para realizar e o mais importante de tudo não é o projeto, é a realização.
Já vi pessoas tidas como medíocres e sem projetos realizarem empreendimentos que hoje são reconhecidos por sua força no trabalho. Também já vi pessoas tidas como brilhantes morrerem na insignificância por não realizarem nada, viverem criticando a realização do outro, projetando e idealizando coisas nunca colocadas em prática e cuidando da vida do outro em prejuízo de suas próprias vidas, que deixam de merecer maior reflexão e correção de caminhos.
Com esforço e coragem, é possível vencer a tudo!
Rui Barbosa no livro “Oração aos moços” diz que: “Ninguém desanime, pois, de que berço lhe não fosse generoso, ninguém se creia mal fadado, por lhe minguarem de nascença haveres e qualidades. Em tudo isso há surpresas, que se não esperar da tenacidade e da santidade do trabalho”.
Que tipo de pessoa você é?
Todos somos capazes!
Por Jose Rodrigo de Almeida
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O diferencial competitivo de um Hotel Fazenda
Publicado em
12/02/2011
às
09:00
Diferencial competitivo é tudo aquilo que torna a sua empresa “ÚNICA” aos olhos do cliente.
Nos meses de férias escolares, os pais procuram locais para que seus filhos possam ter lazer, segurança e monitores para cuidar dos filhos enquanto os pais também possam ter momentos de descontração.
Aí começa a difícil tarefa de garimpar locais onde o preço, as acomodações e o ambiente sejam compatíveis ao bolso de cada família, muitos são enganados pelas fotos na internet e se decepcionam ao chegar, pois não era nada daquilo que imaginava e já pagou os 30% da reserva, que não terá de volta.
Nestes casos o Hotel tem uma propaganda enganosa e esse cliente jamais voltará; a propaganda boca a boca que o cliente enganado fará será irá destruir a imagem do Hotel Fazenda, eu já tive essa experiência, mas para não estragar as férias perdi o dinheiro da reserva e fui para outro local.
Na relação dos bons e recomendados Hotéis Fazenda, mencionados pelos: Guia Quatro Rodas, Turismo, etc. todos destacam as acomodações, TV nos apartamentos, comida, piscinas, frigobar, etc., etc. etc., mas isso todos oferecem, uns com qualidade um pouco melhor ou um pouco pior; e isso não é diferencial, pois todos oferecem, é um padrão, se é um padrão não é diferencial competitivo.
O que seria um diferencial competitivo em um Hotel Fazenda? Esse tipo de serviço está voltado especialmente para crianças e jovens, e esses têm que estar ocupados com atividades por idade, todos os dias, caso contrário ficarão isolados nos seus computadores, jogos eletrônicos (Nintendos DS e PSP) e não farão a integração com outros da mesma idade.
Os pais também precisam de atividades, caso contrário, ficarão também trancados nos apartamentos assistindo TV ou dormindo; é aí que entra a equipe que faz a diferença, os monitores, pois esses manterão todos os hóspedes desde a criança até o idoso com atividades sadias desde ás 9 horas após o café da manhã até ás 11 horas da noite.
Todas as manhãs cada monitor, (em média 06) bem humorados e dispostos, ocupam-se das atividades; alongamentos, hidroginástica, caminhadas, cavalgadas, gincanas por idade, jogos, tirolesas nas piscinas, brincadeiras com a participação dos pais, almoços temáticos (com esses mesmos monitores animando e se vestindo á caráter) noites temáticas, (também com esses monitores) trazendo cantores da cidade, roda de viola, bandas, bingo, etc. etc. etc.
Esta equipe de trabalho, que são jovens e estudantes é que abrilhantam o Hotel Fazenda, fazendo a diferença competitiva.
Acham que é impossível reunir 6 monitores jovens com as mesmas caracteristicas, versatilidade, criatividade, humor e veia artística? Pois encontrei no Hotel Fazenda Recanto Paraíso, na cidade de Águas de Lindóia, interior de São Paulo, são eles: Pica-Pau, Paçoca, Tia Biju, Panqueca, Sardinha e Polly. Estes jovens geniais fazem o diferencial competitivo do Hotel Fazenda, só conhecendo para avaliar.
Por Cláudio Raza
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Vendas Consultivas
Publicado em
11/02/2011
às
09:00
Erga as mãos para os céus e agradeça a Deus caso você pertença ao grupo de vendedores que vendem continuamente para os mesmos clientes.
É uma oportunidade única para em cada contato inovar no atendimento, oferecer algo diferente e fazer com que o seu cliente sinta que a sua única preocupação é trazer prosperidade para ambos os negócios.
O problema é que muitos profissionais que estão nesta situação não percebem do quanto são afortunados e acreditam que basta aparecer continuamente e verificar se o cliente precisa de alguma coisa que tudo está resolvido. E assim cada visita se torna como o replay de um jogo de futebol e a mesmice impera nesta relação.
O que você pode fazer de diferente para sair do estágio de vendedor esforçado para o de vendedor consultor?
Faça o diagnóstico do cliente. O comprador e sua equipe também têm metas. Você sabe quais são? Seja empático e pergunte o que você pode fazer para que as metas sejam atingidas. Dê um passo adiante e faça uma análise detalhada do que seu cliente realmente necessita. Descubra o que ele ainda nem sequer sabe que existe e traga novas soluções alinhadas com as políticas e diretrizes do seu cliente.
Anote os produtos do seu mix que ele não usa. Faça uma relação de todos os produtos do seu mix que ele não compra e estipule uma meta para que aos poucos passe a comprar. Vá a fundo nesta questão e descubra a verdadeira objeção. Tenha na ponta da língua quais são os produtos similares que sua empresa vende.
Estude os concorrentes que vendem para o seu cliente. Não basta saber quem é o seu maior concorrente, tem que saber qual é o seu maior concorrente naquele cliente. Anote preços, condições de pagamento, prazos de entrega e as principais diferenças entre os produtos. Assim você terá mais condições de argumentar, comparar desempenho e mostrar em qual ponto exatamente sua empresa é melhor que a do outro.
Visite e conheça os influenciadores. Todo processo de compra tem o decisor e o influenciador. Descubra no seu cliente quem é o usuário, não só quem faz as compras. Entenda o processo produtivo, suas dificuldades, gargalos e não perca de vista o que é real do que é o desejado. Conheça a fundo tudo o que cerca o negócio do seu cliente.
Criar e manter um bom relacionamento com o cliente é como a promessa de casamento feita perante o altar. Basta você ser leal e ético, descobrir suas necessidades com o mercado aquecido ou em crise, apoiar na alegria ou na tristeza em todas as visitas que tudo acabará com o mesmo final das histórias infantis onde os protagonistas são felizes para sempre.
Por Paulo Araújo
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Evite o Negativo
Publicado em
10/02/2011
às
09:00
Uma criança, ao ser exposta a um ambiente onde fala outra língua, em pouco tempo ela vai falar esta língua. Ao ser exposto ao sotaque no nordeste do Brasil, também em pouco tempo este vai fazer parte da fala. Somos em grande parte o que é o ambiente.
O Prefeito da cidade tinha seu gabinete na entrada principal da cidade. Quando alguém que vinha procurar uma nova cidade, na entrevista era perguntado como era a gente de sua cidade. Se na resposta tinha reclamações, negatividades, dificuldades, o prefeito dizia: Então esta cidade também não lhe serve, pois aqui as pessoas e as situações também são assim. Se ao contrário, o prefeito dizia: Então esta cidade lhe serve. Aqui as pessoas são positivas, procuram soluções e enfrentam as dificuldades com criatividade.
Um dos secretários que sempre acompanhava o prefeito nestas conversas lhe perguntou. Como o senhor dá respostas diferentes, sendo que nossa cidade é a mesma? Resposta: Porque as pessoas são o seu ambiente, elas trazem consigo suas atitudes e não queremos encher esta cidade de negativismo, não é?
As pessoas, quando expostas continuamente a algo negativo, começam a aceita os pensamentos que as depreciam e diminuem. Também passam a sofrer as conseqüências da auto-estima baixa. Com o tempo, a conversa consigo mesmo, o diálogo interno, torna-se também negativa. Acaba dizendo a si mesmo: É, você não vai conseguir, não adianta tentar.
A exposição regular ao diálogo interno negativo, assim como a exposição prolongada ao sol, pode ao tempo matar a pessoa sem ela perceber. Se alguém , amigo, colega de trabalho, está lhe levando para o buraco, você tem três opções, ou mais: Continuar o relacionamento e sofrer as conseqüências, ou tentar mudar o pensamento dele com suas atitudes ou ainda separar ou pelo menor reduzir a sua exposição a esta influencia. A escolha é sua.
Lee Iacocca, ex-presidente da Chrysler, o homem que reergueu a companhia no passado, e parece que precisa aparecer alguém novamente para fazer o mesmo tem uma frase: ¨O sucesso não vem do que você conhece, mas de quem você conhece¨. Tome uma decisão de escolher e manter cuidadosamente aqueles que te rodeiam. A uma estratégia importante.
Os fatos, os acontecimentos não tem sentimentos. Eles são o que são. Quem coloca sentimento, negativos, positivos ou passivos é cada um de nós. Somos seres sentimentais, é necessário saber lidar com isto. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Como atingir objetivos e metas
Publicado em
09/02/2011
às
09:00
Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei durante mais de um ano, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior.
O que a caçada aborígine nos ensina?
Em primeiro lugar vemos que a "dança" é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro "treinamento". Quando imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc.
Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte – caçar aquele determinado animal (e não outro).
Com o objetivo bem determinado, claro e de conhecimento de todos (qual é o animal a ser caçado) e com ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquista-lo, e com as armas certas, não há como não obter êxito na caça!
No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade pois que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final – trazer o animal para a aldeia!
Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, instrumentos certos para atingi-los (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser.
Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claro os nossos objetivos pessoais e profissionais e um total envolvimento e comprometimento com as coisas e com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas e outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso.
Há pessoas que não se envolvem, não se comprometem, com a idéia falsa e errônea de que não se envolvendo e não se comprometendo ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem "morrer sentadas" com medo de participar ficam à margem do caminho, nunca são promovidas e são vistas como não-comprometidas.
As pessoas de sucesso são as que não têm medo de se comprometer e as que compreendem que o sucesso exige de nós a coragem para correr riscos, para assumir compromissos e lutar por nossos objetivos. A diferença fundamental entre ganhadores e perdedores está na medida do comprometimento, do envolvimento, da participação e da capacidade de fazer, empreender.
Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho menos comprometido e mais fácil? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em coisas que "dão trabalho"?
Eu conheço muita gente assim e tenho pena dessa gente.
O tempo atual é dos que têm objetivos claros e são comprometidos com aquilo que fazem. Vejo, com pesar, pessoas que se economizam o tempo todo. Parece que não querem "gastar-se". Não querem "doar-se" àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Jamais alcançarão seus objetivos e metas.
Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim, elas vão ficando cada vez mais "por fora" e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão igualmente esquecidas nas promoções e nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem e ficam à margem do caminho.
Acredite! Tenha foco, se aperfeiçoe, use as armas adequadas, tenha dedicação e entusiasmo e traga para casa o seu "bicho"!
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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A Força da União
Publicado em
08/02/2011
às
09:00
Fusões, aquisições e joint ventures sempre aconteceram no mundo corporativo, mas foram intensificadas no decorrer da última década. A busca por maior competitividade tem conduzido o mercado a um processo de concentração. A regra é unificar operações para reduzir custos operacionais.
Os exemplos são variados. Itaú e Unibanco, no segmento bancário; Submarino e Americanas, no comércio eletrônico; Gafisa e Tenda, na construção civil; Sadia e Perdigão, no setor alimentício; Casas Bahia e Pão de Açúcar, entre os supermercadistas. E ainda temos as incursões de empresas brasileiras no exterior, com destaque para a compra da Pilgrim’s pela Friboi, da Inco pela Vale, e mais recentemente, da Burger King pela ABInBev.
Note que em todos estes casos estamos diante de empresas de grande porte. De fato, desde sempre as grandes corporações compreenderam que melhor do que uma boa briga é um bom acordo, de forma que em muitos mercados encontramos a polarização da disputa pela liderança entre duas ou três companhias. Assim nasceram muitos dos oligopólios e, por consequência, alguns conselhos governamentais em defesa da livre concorrência.
Contudo, entre as pequenas e médias empresas o quadro é bem adverso. Elas tendem a cultivar uma grande rivalidade, enxergando concorrentes como inimigos mortais. Neste contexto, chegam até a praticar dumping (vender abaixo do custo) para ganhar clientes de modo que o final desta história é sempre a guerra de preços que reduz as margens de lucro e fragiliza as empresas.
É neste cenário que sindicatos e associações de classe ganham evidência, pois lutam por interesses comuns do empresariado, ora pleiteando ao governo a adoção de uma política tributária mais favorável capaz de estimular a geração de emprego e renda, ora combatendo o contrabando e as importações subfaturadas que reduzem a competitividade, ora confrontando a concorrência desleal praticada por empresas informais.
Independentemente de seu setor de atuação, seja você industrial, agricultor, comerciário ou prestador de serviços, se sua empresa ainda não é afiliada a alguma associação, cooperativa ou entidade de classe, considere fazê-lo em seu planejamento estratégico deste início de ano. Este é o melhor caminho para fortalecer o setor e tornar seu negócio ainda mais próspero!
Por Tom Coelho
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Fevereiro
Publicado em
07/02/2011
às
09:00
É o meu mês.
Mês de poucos dias.
Mês do carnaval.
Carnaval?
- Mas este ano o carnaval é em março.
- Sabes o que vai significar?
- Não.
- O fevereiro vai ser esticado até quarta-feira de cinzas. Com isso o mês de março terá menos dias... ( he,he,he ) Fevereiro será um mês igual aos outros. Até com um número maior de dias... ( he,he,he )
Minhas férias sempre ocorreram em fevereiro.
Desde pequeno.
Fui acostumado assim: “Depois do teu aniversário, vamos passar uns quatro ou cinco dias na praia”. E assim acontecia.
Hoje também continuo a “gozar” as merecidas férias no “pequeno” fevereiro.
Gosto deste período.
É neste período do ano que ocorre o término do “horário de verão”, que na minha opinião, ao menos aqui no Sul do Brasil, poderia ser esticado até final de março ou início de abril. Sei que muitos de vocês vão me criticar. Mas é a minha opinião.
Claro que o mais importante deste mês é o carnaval, mas, como já mencionei anteriormente, neste 2011 é retirado do segundo mês do ano para dar o “gostinho” do mês de março para receber a maior festa popular.
As aulas, que normalmente iniciavam em março, agora mudaram. Tudo em fevereiro. Os hoteleiros e as agencias de turismo não gostam muito desta idéia, mas é a nova realidade.
Fevereiro dos calores... Com ou sem El ninõ ou L ninã
Fevereiro das aulas calorentas, onde os alunos sofrem. Os professores sofrem. Todos sofrem em função de que a maioria das salas de aula das Instituições de Ensino não possuem Ar Condicionado – de caixa ou split. Seria um equipamento interessante, mas acredito que aumentaria muito o custo.
É fevereiro.
Mês pequeno.
Mas de grande valor.
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Por David Iasnogrodski
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Dos Perigos da Ansiedade com a Crítica
Publicado em
06/02/2011
às
09:00
Anita, nossa colega de trabalho na universidade, estava com um lindo vestido verde. Ela sempre usava aquele vestido. Perguntei antes, sem que ela percebesse, o que todos achavam daquela roupa. Todos disseram que era muito bonita mesmo e que gostavam de vê-la com aquele vestido. Cheguei perto de Anita e disse-lhe: "- Anita. Este seu vestido verde é feio e não combina com você. Não sei porque você insiste em usá-lo."
Pedro, o gerente de nossa conta no banco, tinha uma gravata que todos invejavam. Era sóbria, bem caída, de seda, com aparência de Hermés. Toda vez que ele aparecia com aquela gravata fazíamos entre nós um comentário favorável – até de inveja. Cheguei ao Pedro e disse: "- Pedro. Nunca vi uma gravata tão sem personalidade como essa sua. Ela não tem cor definida, é pobre e antiga...".
Contei essa experiência maldosa que fiz para alguns colegas de departamento e ficamos observando o comportamento dessas pessoas. Passaram-se três meses e Anita nunca mais apareceu com aquele vestido. Passaram-se quatro meses e Pedro nunca mais apareceu com sua linda gravata que todos invejavam.
Passado esse tempo de observação, perguntei primeiro a Anita e depois a Pedro porque eles não haviam mais aparecido na universidade com aquele vestido e aquela gravata. Quase morri de remorso quando ambos disseram que haviam doado – Anita, o vestido e Pedro, a gravata – para um "bazar da pechincha" (Anita) e para um sobrinho (Pedro). Quando perguntei a razão pela qual haviam se desfeito daquelas peças, ambos me responderam: "- Ninguém gostava daquele(a)...."
Fui mais a fundo e perguntei a eles quantas pessoas haviam criticado aquelas peças de roupa para eles. Eles pensaram, pensaram e disseram: "- Você foi um deles!" e eu perguntei "- E quem mais? Tentem lembrar..." E nenhum dos dois conseguiram dizer uma só pessoa a mais que havia criticado aquele vestido e aquela gravata. Fui ainda mais fundo com eles na análise (que eles até ali não compreendiam) e pedi a eles que lembrassem quantas pessoas elogiavam aquele vestido e aquela gravata. E eles disseram, com rapidez de memória que várias pessoas – no trabalho, na família e até desconhecidos – haviam, de fato, feito referências agradáveis àquelas roupas....
Cheio de remorso pelo fato de Anita e Pedro terem se desfeito das peças, contei-lhes a maldosa experiência de antropologia que eu havia feito com eles. Eles mal acreditavam no que estavam ouvindo....
A verdade é que bastou uma crítica para que eles não desejassem mais usar o vestido e a gravata. E por que uma crítica pesou mais do que inúmeros elogios que haviam recebido no passado em relação às mesmas peças? Por que Anita e Pedro não tiveram a capacidade de analisar criticamente a situação de crítica e comparar com os elogios recebidos e concluir que aquela crítica poderia – com certeza – ser fruto de inveja ou de simples maldade? Por que não foram capazes de continuar usando as peças que tanto gostavam? Por que não foram capazes de me dizer, quando as critiquei: "- Que pena que você não gosta do meu vestido (ou gravata). Pois eu o(a) adoro.... Sinto muito se ofendo seus belos olhos com este meu vestido (gravata)..." E simplesmente continuar usando o vestido e a gravata sem dar a mínima bola para o meu comentário?
Todos nós, seja na vida pessoal ou profissional, acertamos e erramos, agradamos e desagradamos, temos sucessos e fracassos. Não há nenhum ser humano que nunca tenha errado ou que nunca tenha desagradado outros seres humanos. Assim, apesar de todos os esforços sinceros e constantes, alguns produtos podem sair com defeito da linha de fabricação. Por mais consciência que tenhamos da necessidade de termos paciência e sermos corteses ao nos relacionarmos com clientes, fornecedores, etc. às vezes – e por várias razões – perdemos a calma, a cabeça, erramos, enfim. É preciso compreender a natureza do ser humano e da própria diferença entre cada uma das pessoas. Assim, agradar a todo mundo o tempo todo e fazer disso uma ansiedade é mais prejudicial do que benéfico para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.
É claro que devemos buscar a perfeição, lutar por ela, tomar todas as providências – em todos os níveis – para garantir que nossos produtos, atividades, etc. sejam os mais perfeitos. Porém não podemos fazer disso uma ansiedade. É preciso que façamos uma análise crítica de nossas atividades e verifiquemos se estamos acertando mais do que errando. Os erros devem ser sempre uma exceção e não a regra, é claro. O que percebo em muitas pessoas e empresas é que os erros ou o fato de desagradarmos alguém são tratados com excesso de ansiedade e criando-se um clima falso de que a pessoa e/ou a empresa são um fracasso generalizado, o que não é verdade.
Assim, com ansiedade pelos erros ou pelo descontentamento manifestado por alguns poucos, podemos incorrer no risco de mudar coisas que estão agradando a muitos – que não se manifestam ou para quem não damos a mesma atenção. Por isso a análise é importante. Temos a tendência de nos concentrar nas críticas e logo queremos fazer mudanças. Será que não mudaremos coisas que estão agradando a grande maioria? As críticas e os erros devem ser tratados com a necessária naturalidade e compreensão da imperfeição do ser humano e do entendimento de que é impossível agradar todo mundo em todo tempo. Mudar o que deve ser mudado é essencial para o sucesso. Mas a ansiedade é sempre prejudicial e poderá nos levar a mudar coisas que deveriam ser reforçadas em vez de modificadas. Sem análise crítica e com base na emoção, empresas e pessoas têm cometido erros fatais e acabam fazendo exatamente o que a concorrência deseja....
Veja se você como pessoa ou profissional ou mesmo sua empresa não cometem esse erro de ter demasiada ansiedade frente a possíveis erros cometidos ou críticas recebidas. O que pensa a grande maioria? Cuidado para não mudar de rumo ou tomar atitudes drásticas de mudança com base em alguns poucos, talvez invejosos, eternamente descontentes, até consigo próprios...
Por Luiz Marins
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As sete maravilhas do mundo
Publicado em
05/02/2011
às
09:00
Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. As antigas e as modernas. No final da aula fizeram um lista, embora houvesse algum desacordo, começaram a votar.
- O Taj Mahal em Agra na Índia.
- A muralha da China.
- O canal do Panamá.
- As pirâmides do Egito.
- O grand Canyon
- O Empire State Building em Nova York.
- A Basílica de São Pedro em Roma.
Ao recolher os votos, o professor notou uma aluna muito quieta. A menina não tinha virado a folha dos votos. O professou perguntou se havia algum problema e ela respondeu que sim e todos queriam ajudá-la.
Ela disse que achava que as sete maravilhas do mundo seriam:
1. Ver
2. Ouvir
3. Tocar
4. Provar
5. Sentir
6. Rir
7. AMAR.
A sala ficou em silêncio.
Fiquemos nós, fique você também em silêncio por um instante e perceba que as maravilhas que temos dentro de nós podem nos fazer felizes sem precisar viajar para fora.
Mas é claro, não deixe de programar uma viagem para estes lugares bonitos, mas tente ver, ouvir, tocar, provar, sentir e rir de maneira mais intensa e acabe amando-os.
Fazendo assim, sua qualidade vai com muita probabilidade ser melhor.
Porque? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Made in China
Publicado em
04/02/2011
às
09:00
Depois de uma visita de 15 dias à Guanzhou (Cantão), conhecendo a 108ª Feira de Importação e Exportação da China, voltei cheio de impressões e de ideais do país que é considerado a fábrica do mundo.
O país mais populoso do planeta leva esse título devido à abertura do governo ao capial estrangeiro e a uma moeda desvalorizada. Com a economia local crescendo de vento em popa, diversas empresas estrangeiras transferiram suas fábricas para a China, buscando baixos custos de produção, mão de obra abundante e mercado consumidor amplo.
Apesar dos números vertiginosos de crescimento econômico (nos últimos anos chegou a quase 10% - taxa superior à das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil) com a possibilidade de se tornar a segunda economia mundial no fim de 2010, chama a atenção o nível de despreparo do país. Em Guangzhou, terceira maior cidade chinesa, pouquíssimas pessoas falam inglês - nas empresas, 95% dos executivos que tomam decisões não falam a língua mundial - e o nível de mão de obra qualificada ainda é muito baixo quando comparado a países desenvolvidos.
Será que, devido a mão de obra desqualificada e ao baixo custo, os produtos fabricados na china são sinônimos de falta de qualidade? Existem muitas marcas mundiais que garantem que não. Pelo contrário, essas empresas conseguiram ultrapassar esse pré-conceito e identificam seus itens como produzidos na China.
É o caso da gigante Apple, que desenvolve suas máquinas na Califórnia (EUA) e produz na China.
Em muito pouco tempo as multinacionais darão maior valor ao gigante asiático. Além de fabricar seus bens na terceira maior economia mundial, eles vão vender seus produtos ali mesmo, para o maior mercado do mundo, formado por 1,3 bilhão de habitantes. Isso já reflete no ainda pouco explorado mercado de luxo dos chineses. Empresários, executivos e investidores estão ganhando cada vez mais com o sucesso de seus negócios e interessados em produtos de luxo, de alto poder aquisitivo.
Além da diferenciada gastronomia e da ideia de que os chineses não estão preparados para receber turistas, voltei entusiasmado a buscar na China um produto com tecnologia diferenciada para oferecer aos nossos clientes.
A LF Lareiras quer proporcionar uma maior diversidade e inovação, dentro do possível com baixo custo, mas sempre mantendo o alto padrão de qualidade que norteia a empresa há 33 anos.
Por Eduardo Fuhrmeister
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Conte até dez ou mais
Publicado em
03/02/2011
às
09:00
Já aconteceu com você, ou você conhece alguém, que ao ficar irritado, por motivo fútil ou verdadeiro, partir para a agressão física? Certamente sim. Comigo já aconteceu, e que vergonha depois que a gente se dá conta, não é verdade?
E o nosso cérebro réptil em ação. Parece que faz parte do nosso DNA está agressividade. A atitude de controlar este ímpeto exige controle, paciência, prudência, sabedoria.
Um exemplo do mundo animal ilustra muito bem este aspecto do nosso comportamento. Os Gorilas vivem em grupo social e geralmente não demonstram agressividade. Se outro grupo é encontrado, os lideres, encaram-se.Se isto não for suficiente, fazem uma demonstração com berros jogando folhas no ar.
Se mesmo com essas demonstrações o grupo rival se mantiver agressivo, os gorilas partem para um show mais espalhafatoso, ou seja, batem com as mãos no peito, tipo Tarzan, correm de um lado para o outro e arrancam plantas. Só depois que essas intimidações fracassarem é que os gorilas rivais partem para a briga.
Diplomacia em ação. Baseado nisto. Na próxima vez, na próxima irritação beirando a agressividade, tanto verbal quanto física, conte até dez ou mais. Durma uma noite e se no dia seguinte a vontade persistir, faça nova tentativa, arranque plantas, foque folhas, caminhe de um lado para o outro.
Pense sobre isto. Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Fora dos Limites
Publicado em
03/02/2011
às
09:00
A República Popular da China divulgou em outubro seu recente supercomputador capaz de realizar 2,5 quatrilhões de operações matemáticas por segundo. É o maior já construído. A ciência da computação mensura seus atrativos através da unidade flop – floating point operations per secund – a tradução significa ‘operações de ponto flutuante por segundo.’ Isto quer dizer desempenho de cálculos matemáticas efetuadas num segundo. Parece assustador comparando a necessidade de 10 flops para uma calculadora de 4 operações básicas. O engenho, supervisionado pelos ministérios da defesa e da educação tem o nome em código, TIANHE-1A. Em 2007 o Japão anunciara o Riken, gigante da era do processamento de dados e capaz de operar 1 petaflop, um quatrilhão, apenas. Os EUA, patronos da novel corrida tecnológica dominavam em absoluto as altas resoluções da máquina cibernética. O Jaguar, apelido para o OAK Ridge de 1,4 petaflops, está com os dias contados não obstante as aplicações empregadas à astronomia, às previsões da bolsa de valores e à meteorologia. A informação rápida age por si e quer estar na frente do presente.
Corre-se muito hoje em dia, quase sempre foi assim para antever resultados a serem vistos somente no futuro. Esses prodígios aparentemente fora dos limites nada contribui para a teoria do acaso social. O domínio da técnica de antecipar os números de decisão ao controle da normalidade da população está longe de alcançar ações múltiplas ameaçadoras, tal é a cultura do terrorismo ou os infortúnios climáticos, recorde-se ainda o implacável surgimento de bactérias resistentes.
Talvez queiramos máquinas pensantes. Em 1970 Joseph Sargent (1925), premiado pela academia de ciência e ficção em “Colossus 1980”, discute a máquina inteligente. Ambientado na Guerra Fria, na cena final o diretor joga as lentes para o olhar triste do Dr. Forbin submetido à voz e vontade dominadoras do artefato eletrônico. O mundo nem cogitava os flops.
.x.x.x
Sr Editor:
Tudo bem?
Will Smith foi escolhido para a refilmagem do clássico apontado acima. Informo só por mera curiosidade na eventual hipótese de alguém perguntar sobre isso na redação.O que é pouco provável.
Nem é assunto tão sério o desse artigo, não obstante o que essas máquinas conseguem às previsões futuras e alarmantes não divulgadas ainda pelos poderes governantes mundo afora.
Por Nei Rafael Filho
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Oratória: Soma da Credibilidade e Convicção Contra o Medo
Publicado em
02/02/2011
às
09:00
Profissionais dos mais diversos setores, ao aproximar o momento de falar em público, alimentam chamas de intranqüilidade, medo e insegurança. Demasiadamente preocupados com equívocos, permitem que o nervosismo enalteça possíveis falhas. Gosto sempre de afirmar que “o medo de fracassar levou inúmeras pessoas a desistirem da concretização de seus sonhos”. Por medo, inúmeras pessoas deixam de ser felizes, de alcançar metas e superar desafios. Amadurecemos ao despertar a consciência das limitações, erros, preconceitos e medos. Mas também crescemos quando percebemos as oportunidades, superação e conquista. Quanto mais você criar um distanciamento entre o erro e êxito, mais estará se libertando do medo. Observe nos tópicos a seguir, que uma excelente apresentação exige preparação prévia e desenvoltura sobre o que será apresentado.
Quem estará ouvindo minha apresentação? – O orador deve utilizar uma linguagem que seja coerente ao público, ao ambiente e ao contexto do evento. Observe o ambiente e a acústica da sala onde realizará a apresentação. Conforme a quantidade de pessoas, utilize um microfone para ser compreendido pelos ouvintes, comunicando com maior eficácia para aumentar, ainda mais, a credibilidade do assunto a ser abordado. Ao usar citações de textos, dados estatísticos ou uma pesquisa, coibir o plágio é algo primordial e imprescindível. Quando uma pessoa fala de algo que não possui autoridade, transmite insegurança, como o pensamento de Stanislaw Ponte Preta: “Quando a desculpa é gaguejada é porque a explicação está errada”.
Expressão corporal – Todo o corpo expressa a fala quando estamos transmitindo uma mensagem à outra pessoa. A atenção para a expressão corporal é essencial e os gestos devem ser os mais naturais possíveis. As movimentações de pernas e mãos devem seguir movimentos ordenados, evitando atrapalhar a transmissão da mensagem. Ao falar em público lembre a necessidade de trabalhar a expressão corporal e evitar transparecer que é um robô imóvel, destinado somente a movimentar os lábios. A naturalidade é fundamental em uma comunicação e proporcionará ao orador desenvoltura, conhecimento e empatia junto aos participantes.
Continuamente busque focar o seu principal objetivo, para não falar demais sem necessidade e não seja ingênuo em acreditar que todos os ouvintes estarão satisfeitos com o seu discurso. Lembre que é difícil agradar a todos, mas também é igualmente impossível desagradar a todos. Falar de um assunto distante do seu campo de conhecimento e sem nenhum preparo anterior, transmitirá ausência de credibilidade do assunto e poderá comprometer a imagem do orador. Seu discurso durante a apresentação precisa ser coerente com sua expressão corporal e deve fortalecer que você está em constante atualização para falar sobre o assunto que está propondo. Busque superar desafios com a oportunidade de descobrir novos horizontes, como ensina o escritor francês André Gide: “Não podemos descobrir novos oceanos, enquanto não existir a coragem de perder de vista a terra firme”.
Por Dalmir Sant’Anna
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Agradecimento
Publicado em
01/02/2011
às
09:00
Bem, estamos iniciando o tão esperado 2011.
Antes das minhas merecidas férias, eu costumo realizar meu “check-up”. É minha rotina. Acredito que todos vocês também deveriam realizar. Sei que é costume de muitos, mas alguns ainda não viram que a saúde a gente necessita verificar, assim como a gente ao sair de férias faz o ‘check-up “no veículo. Em nós é igual... Somos uma máquina! Não é verdade?”.
Também neste 2011 fui realizar, além dos tradicionais exames clínicos, uma revisão nos meus olhos.
Uso óculos há várias décadas. Não possuo um oftalmologista fixo. Diferente das outras modalidades médicas que possuo meus especialistas. Desta vez resolvi ir me consultar no Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre. Recomendado por muitos de meus amigos.
Gente! Foi uma surpresa. E que surpresa!
É primeiro mundo. Em tudo. Desde o atendimento telefônico na hora da marcação da consulta, passando pelo recepcionista, encarregada da realização do cadastro, bem como da enfermagem para a realização dos exames iniciais até a chegada no consultório do especialista.
Limpeza e higienização completa – como são as exigências. Ar condicionado perfeito em todas as localidades.
Olha gente, estou encantado, sem falar nos equipamentos. Todos de altíssima precisão e novíssima geração – isto que eu só fui consultar...
Estou imaginando as outras dependências, bem como o bloco cirúrgico.
Realmente Porto Alegre está de parabéns. O Hospital Banco de Olhos é uma “espetacular” realidade – e com credibilidade.
Fui me interessar um pouco a respeito de sua história e assim me contaram. Esta história está no site da instituição junto à Internet.
Esta instituição, fundada em 22 de março de 1956, está intimamente ligada a uma senhora denominada Lydia Moschetti e também a Congregação Sagrado Coração de Jesus, na pessoa da Irmã Nicolina Corvatta. Duas grandes lideranças.
No início do hospital, sua principal função era a de transplantes de córneas, em face disso a denominação de Banco de Olhos.
As necessidades foram aumentando junto aos problemas oculares, tornando-se indispensável à construção do atual Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre.
E lá fui eu consultar.
Porque o título Agradecimento?
Acredito que como eu, muitos de vocês já passaram por esta Instituição de saúde. Muitos tiveram sua melhora da saúde ocular junto a esta Instituição.
Este é o agradecimento de todos nós.
Parabéns aos médicos.
Parabéns aos colaboradores.
Parabéns aos gestores.
Parabéns aos idealizadores e mantenedores.
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Nesta oportunidade, que estamos iniciando mais uma jornada de trabalho, desejo agradecer em meu nome e da minha família todas as manifestações alusivas ao início do ano de 2011.
A todos vocês um ano repleto de saúde e satisfações.
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Por David Iasnogrodski
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O futuro da auditoria no Brasil
Publicado em
31/01/2011
às
09:00
As empresas brasileiras são, sem dúvida, uma das mais importantes bases de sustentação da economia do Brasil. Atualmente, segundo o IBGE, o país conta com cerca de 4,6 milhões de empresas ativas, sendo 88,5% de capital privado.
Do total de empresas privadas, quase 90% são consideradas de pequeno e médio porte e somente 0,7% têm mais de 100 funcionários, sendo consideradas de grande porte pelo IBGE. Assim, existe um número enorme de empresas que movimentam um volume importante de recursos, empregam milhões de funcionários e que são empresas de capital fechado.
As empresas de auditoria podem auxiliar o mercado corporativo no desenvolvimento de seus negócios, focando em serviços que possibilitem o crescimento sustentável e equilibrado das companhias. Entretanto, erroneamente se imagina que somente empresas que são sociedades anônimas e listadas na Bolsa de Valores têm necessidade e interesse em receber o apoio de empresas de auditoria, especialmente das quatro maiores do mercado, conhecidas como as Big Four.
Esse equívoco pode ser comprovado se analisado o total de empresas listadas atualmente na Bolsa de Valores no Brasil. Segundo a BM&FBovespa, atualmente o número de companhias listadas é de 374 empresas ou apenas 0,01% das empresas privadas no país, contra 32.200 que possuem mais de 100 funcionarios e necessitam do apoio de um auditor.
Isso significa que existem atualmente 99,99% de empresas brasileiras que não têm papéis negociados no pregão da BM&FBovespa, mas que são extremamente importantes para o Brasil e que necessitam de apoio e acompanhamento das empresas de auditoria para melhorarem sua gestão, sua governança e para atrair investidores.
Outro aspecto importante foi a aprovação da Lei 11.638, de dezembro de 2007, que foi um marco para o mundo corporativo brasileiro e provocou a alteração da Lei das Sociedades por Ações, 6.404/76. Essa mudança teve como objetivo a convergência das práticas contábeis brasileiras às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS). A nova Lei obrigou que as empresas sociedades anônimas de capital aberto, bem como sociedades anônimas de capital fechado e limitadas com ativo superior a R$ 240 milhões ou faturamento bruto anual acima de R$ 300 milhões, passassem a apresentar seus balanços conforme as práticas contábeis internacionais previstas em seu texto.
Assim, um grupo enorme de empresas que não eram sociedades anônimas passaram a ter necessidade de contar com uma auditoria de suas demonstrações contábeis, o que comprova a importância de se olhar para todo o mercado e não somente para as poucas grandes empresas negociadas na Bolsa de Valores.
Outro aspecto importante é o número baixo de empresas que lançaram ofertas públicas de ações nos últimos 10 anos no Brasil, em relação ao total de empresas de capital fechado presentes no país.
O ritmo de abertura de capital (IPO) no Brasil vem se mostrando lento e mesmo com uma retomada para os próximos anos, não se tornará tão representativo no mercado, como o número enorme de empresas que necessitam de apoio das empresas de auditoria e que não aparecem nesse ranking.
Assim, o mercado empresarial brasileiro é muito mais amplo do que apenas o grupo seleto de Sociedades Anônimas e o papel das empresas de auditoria é contribuir de forma eficiente com um grupo enorme de empresas com faturamento entre R$ 3 e R$ 300 milhões por ano, por exemplo.
Os serviços das empresas de auditoria não se restringem somente ao parecer do balanço e podem estar diretamente associados ao apoio na adoção do modelo de governança corporativa e à sua preparação para atrair investidores. Os serviços estariam associados à aplicação de melhores práticas de gestão, implementação de auditoria de desempenho e a busca de mitigar riscos, por meio de serviços de Risk Management. Esses serviços contribuem para que as empresas possam estar preparadas para futuras fusões e aquisições, ampliação geográfica de mercado, capitalização ou simplesmente para se preparem para os desafios inerentes aos seus negócios.
Existe uma gama enorme de serviços extremamente valiosos para empresas de diferentes tamanhos, que podem ser prestados pelas empresas de auditoria no Brasil e que não obrigatoriamente estejam associados à emissão de ações no mercado de capitais.
Atualmente, há inúmeras formas das empresas de capital fechado buscar capitalização sem obrigatoriamente terem que fazer um IPO. Essa é, sem dúvida, uma das mais importantes funções dos auditores e consultores, que é mostrar para seus clientes quais são os caminhos mais eficientes para a evolução de seus negócios.
E, finalmente, existe um processo atual em que médias e grandes empresas de auditoria estão se convertendo em empresas de terceirização de serviços de contabilidade e controladoria. Essa talvez seja uma visão limitada de atuação, já que embora a controladoria seja importante para as empresas, o mercado possui muitos bons provedores desses serviços. A auditoria representa apoio, revisão e segurança. A terceirização contábil não pode se transformar no core business do mercado de auditoria.
Em suma, as empresas de auditoria têm papel fundamental no desenvolvimento do país, implementando as melhores práticas de gestão corporativa para seus clientes, possibilitando que, com o serviço prestado, as empresas evoluam especialmente em seu modelo de gestão hoje chamado "crescimento sustentável".
Esse é o DNA que uma empresa de Auditoria e Consultoria tem que ter, atuando globalmente ou apenas localmente. Esse posicionamento demonstra o tamanho atual do mercado corporativo brasileiro, tanto para empresas de capital aberto ou fechado e dos mais variados tamanhos, especialmente de médio porte.
Infelizmente o movimento atual do mercado mostra grandes auditorias cada vez mais voltadas para empresas de grande porte com ações na Bolsa de Valores ou na venda de serviços de contabilidade. Seguramente o papel das auditorias vai muito além disso e, principalmente, pode contribuir muito mais com desenvolvimento da economia do Brasil, auxiliando o fortalecimento financeiro de seus clientes.
Por Raul Corrêa da Silva
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A empresa arrogante
Publicado em
30/01/2011
às
09:00
O cliente do restaurante de luxo diz ao garçom: “O senhor pode me trazer um pouco de óleo para a minha salada?”. O garçom, com um olhar arrogante, respondeu: “Não temos óleo para salada. Temos azeite, serve?”. Quando ouvi isso, me perguntei: Será que o garçom não sabia que o cliente estava mesmo querendo azeite e apenas disse “óleo” como se chamava antigamente “óleo de oliva” ou “óleo para salada”?
Um dos maiores perigos da empresa é a arrogância. A arrogância da empresa pode ser vista e sentida de várias formas. Uma das mais comuns é no atendimento a clientes. As pessoas tornam-se arrogantes. E é uma grande tarefa dos líderes não permitir que isso aconteça. Nem sempre é fácil. Quando uma empresa é famosa, ou tem uma marca muito conhecida ou trabalha com produtos um pouco mais sofisticados, os colaboradores têm uma tendência a ficar arrogantes. Eles parecem confundir a fama da marca e da empresa ou mesmo de seus clientes com a sua própria pessoa e tornam-se arrogantes.
Há empresas que parecem pensar que comprar delas é um privilégio que poucos merecem e que os clientes precisam mais dela do que ela de clientes. Assim, não é incomum ver recepcionistas de hotéis de luxo tornarem-se arrogantes. Garçons de restaurantes famosos tornarem-se arrogantes. Balconistas de lojas de roupas de grifes famosas, tornarem-se arrogantes. Vendedores de automóvel de luxo, tornarem-se arrogantes. Por quê? Será que a marca com que trabalham lhes sobe à cabeça? Será que essas pessoas ficam contagiadas pelas arrogância de seus clientes ricos e famosos, muitas vezes, igualmente arrogantes? Por que será que as pessoas que trabalham nessas empresas perderam a sensibilidade e a humildade, muitas vezes esquecendo sua própria origem, quase sempre, simples?
A verdade é que ninguém mais está suportando a arrogância. Como sempre afirmo, temos hoje muitos concorrentes, com qualidade semelhante à nossa e preços iguais. Se tivermos uma postura arrogante, o mercado simplesmente nos trocará por concorrentes mais sensíveis e humildes, que valorizem o cliente. Cuide, pois, para que sua empresa não se torne arrogante, antes que seja tarde demais.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Para ler em seu aniversário
Publicado em
29/01/2011
às
09:00
Não importa se não é hoje ou se você já comemorou seu aniversario este ano ou ainda vai comemorar. O importante é que a cada ano somos lembrados que o tempo urge, que a ampulheta tem menos grãos de areia do lado que gostaríamos que tivessem mais e que também a cada período mais experiência temos. Mas de que adianta mais experiência se só em idade avançada ela nos servir. Faça uso de sua experiência aqui e agora.
Estabelecer objetivos e planejar ações são instrumentos poderosos que nos podem levar ao sucesso e ao maior domínio da vida. O processo de estabelecer metas é considerado um dos mais importantes passos que a pessoa pode dar em direção ao sucesso. Naturalmente este processo tem significados diferentes para as pessoas, pois é uma questão de escolha individual. Para algumas o sucesso é a consecução de riqueza e fama, enquanto para outras é a formação de uma família feliz ou a concretização de metas espirituais e éticas. E se for o conjunto disto, é êxito muito provável. Não obstante , independente do que o sucesso signifique para o indivíduo, estabelecer metas é um processo chave que posiciona os recursos mentais subjetivos e objetivos para a consecução da meta almejada. Traduzindo : O universo começa a conspirar a nosso favor, pelo fato de termos um plano.
Os espaços vazios tendem a se preencher. Se você criar um espaço, por exemplo em um quarto, este espaço tende a se preencher rapidamente. Se você tem um plano, a tendência que este plano comece a ser seguido, pois sua consciência, objetiva e subjetiva seguem este comando. Complicado este raciocínio, não é. Então, simplesmente faca seu plano de meta, por via das dúvidas e deixe o universo conspirar a seu favor. É claro, você como ator principal.
Imaginemos dois navios em alto mar. Um dos capitães tem a limitada meta de manter o navio flutuando, evitando tempestades. O outro capitão tem a meta de chegar com segurança a um porto distante. É óbvio que o primeiro pode ficar flutuando, e talvez não consiga chegar a lugar nenhum. O outro com mais probabilidades chegará ao porto e em menos tempo e estará pronto para viagens maiores, digo , metas maiores. Nessa analogia, o navio representa nossa vida. O capitão é o subconsciente. Podemos decidir flutuar ou chegar a algum lugar. A escolha é de cada um
Você gostaria de saber como estabelecer metas? Então, não perca, em breve, outro artigo sobre o assunto. Como vou saber qual e quando? Simples, leia todos.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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É o Verão? Sim, É o Verão...
Publicado em
28/01/2011
às
09:00
- Gente! Vamos acordar. Já é tarde. Temos que chamar um “carro de praça” para que nos leve até a Estação Rodoviária. Vamos pegar o ônibus. Felizmente vamos para a praia...
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Isto aconteceu há muitos anos atrás.
Não existia a Freeway e a Rodoviária de Porto Alegre não era tão grande e não estava situada onde hoje ela está localizada.
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- Gente! Terminem de se arrumar. O carro já está “abarrotado” de “coisas”. Porque vocês estão levando tanta coisa? Vamos ter que nos apertar. Levem bolachinhas e garras de água mineral. Com certeza vamos ter “engarrafamento” na estrada. Mas assim mesmo vamos para a praia...
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Isto é hoje.
A “loucura” das estradas.
Todos a procura de uma “prainha”...
Muitos carros foram vendidos. Nossas estradas continuam as mesmas. Não as de antigamente sem asfalto, mas com asfalto e apertadas para um enorme número de veículos que se deslocam para o litoral. Até sem “escape” muitas delas estão...
No verão todos à praia, principalmente nos finais de semana. E isto não é uma realidade somente do Sul do Brasil. É a realidade brasileira.
Todos à praia.
Muitos não se cuidando. Nem com a pele e nem com a “moderação” da bebida. Nem tampouco com a velocidade dos veículos.
Resultado de um final de semana: muitos acidentados com ferimentos leves, muitos acidentados com óbitos, muitos com a pele danificada pelo sol. E muitos, ainda, com problemas causados pelo excesso de bebida, sem a devida “moderação”...
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- Gente! Já são 22:00 horas. Vamos voltar. O carro está lotado. Não esqueçam das bolachinhas. Vamos pegar, na certa, “alguns” congestionamentos. O rádio está avisando que as estradas estão cheias, mas necessitamos voltar. Já está tarde...
- Mas eu estou todo “queimado” devido ao sol. Esqueci de colocar protetor solar nas costas. Não posso me apertar!
- Gente! Vamos à estrada. Não esqueçam de fazer chichi.
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- Gente! São 3:00 horas da madrugada. Ainda estamos na estrada. Trajeto que poderíamos fazer, com tranqüilidade, em 90 minutos estamos todo esse tempo na estrada. Que saco! Eu sei que estão faltando poucos quilômetros até chegarmos na nossa cidade. Na nossa casa... E agora começou a chover... Fica mais perigoso. Não posso me descuidar. Estou com um pouco de sono, mas vou agüentar. Sei que vou agüentar! Temos que agüentar... Só em pensar que no próximo final de semana será a mesma coisa, já fico aflito agora...
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Tudo no verão!
Carros, motos, ônibus, caminhões. Em grande número!
E poucos, ou quase ninguém, a pensar na infra-estrutura das estradas.
Verão é bom, mas cansa... Principalmente nas estradas.
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Por David Iasnogrodski
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Acidente de consumo: um inimigo oculto
Publicado em
27/01/2011
às
09:00
Acidentes de consumo são causados por produtos ou serviços que, embora utilizados de acordo com as recomendações do fornecedor (manual de instruções, embalagem, rótulo, bula, dentre outros), provocam danos que prejudicam a saúde ou segurança do consumidor. Queimaduras, cortes ocasionados por embalagens inadequadas, choques em aparelhos cuja concepção foi mal concebida, quedas, são alguns dos exemplos mais comuns.
Pouca gente sabe, por exemplo, que os tantos acidentes em parques de diversão e nos trenzinhos de bufês infantis noticiados pela imprensa são tipos de prestação de serviços que fazem parte do rol das relações de consumo, assim como os estragos nos cabelos causados pelo profissional de beleza. Infelizmente no Brasil ainda não temos estatísticas sobre essas ocorrências, nem detalhes sobre os itens colocados no mercado que representam riscos para o cidadão. Informação fundamental, se quisermos prevenir pequenas e grandes tragédias diárias.
Como um órgão cuja principal missão é a proteção do consumidor, decidimos enfrentar esse desafio criando um canal direto para registrar informações sobre esses acidentes e formar um banco de dados. O principal objetivo é mapear ocorrências, identificar os fatores de risco e encaminhar os dados a uma comissão formada por órgãos públicos, instituições ligadas à defesa dos direitos do consumidor e à sociedade civil organizada, que vão propor políticas públicas, reformulação ou criação de normas técnicas do Inmetro ou até termos de ajuste de conduta assinado pelo fornecedor para aperfeiçoar a segurança de produtos e serviços.
Para isso, nosso principal parceiro deverá ser o consumidor que sofreu danos leves ou graves ou estava no mesmo local e poderia ter sido ferido tanto quanto quem estava ao seu lado – no caso de um brinquedo de parque diversões que caiu, por exemplo. O consumidor será nosso aliado e nos ajudará a conhecer esse inimigo oculto que nos atinge e traçar estratégias para acabar com ele.
Por Fabiano Marques de Paula
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Atenção com a previdência
Publicado em
26/01/2011
às
09:00
O Brasil está mudando em diversos sentidos, e é justamente por isso que precisamos planejar muito bem nosso futuro e nos preparar para os inúmeros desafios que estão por vir. O IBGE nos informa que a expectativa de vida média do brasileiro continua avançando, tendo atingido 73,2 anos em 2009, ante 72,7 anos em 2008.
Apesar de ser uma informação muito positiva em si, traz consigo a indicação de que a população está ficando mais velha. Percebemos que o Brasil está deixando de ser um país de jovens para se tornar uma nação madura.
O contingente de brasileiros na chamada terceira idade cresce também de acordo com o avanço da expectativa de vida. Por isso, a tendência é de que haja um aumento no número de aposentados. Isto pode representar problemas para o equilíbrio do sistema de previdência oficial do país.
Atualmente, o sistema previdenciário brasileiro já dispõe de um instrumento para compensar o crescimento da população pertencente à terceira idade. O chamado fator previdenciário estabelece gatilhos de proteção que desestimulam a aposentadoria precoce.
Por exemplo, em razão do aumento da expectativa de vida do brasileiro anotado pelo IBGE, o benefício pago aos trabalhadores que se aposentarem a partir de agora terá uma redução média de 0,4%. Esse mecanismo é utilizado para estimular que o brasileiro prossiga por maios anos em atividade, e, portanto, contribuindo para a previdência, para garantir um rendimento maior quando se aposentar alguns anos à frente.
Porém não podemos perder de vista que, mesmo já tendo passado por reformas que melhoraram o equilíbrio das contas da previdência oficial brasileira, incluindo o próprio fator previdenciário, nossa população está próxima de atingir o seu amadurecimento.
Especialistas estimam que o pico de amadurecimento da população brasileira será atingido em 2022, momento em que a maior parcela das pessoas estará situada na faixa etária em que o ser humano é mais produtivo, havendo um contingente de jovens e idosos proporcionalmente menor e, por isso, mais facilmente amparado pela população ativa.
É por isso que o Brasil tem de se prepara e planejar muito bem seu futuro, pois tenderá a enfrentar problemas hoje vistos em países europeus, em que o envelhecimento da população torna a manutenção dos sistemas previdenciários praticamente insustentável.
Sabemos que a questão da previdência é muito sensível, e falar em eventuais reformas torna-se um exercício extremamente impopular. Hoje, o problema mais sério do déficit previdenciário está superado, especialmente em razão do aumento do contingente de contribuintes com o crescimento do mercado formal de trabalho nos últimos anos. No entanto, essa bonança pode não ser perpétua.
Planejar bem e preparar bases para a reorganização futura de nosso sistema previdenciário oficial são iniciativas que devem ser abordadas desde já, até para evitar reações negativas da sociedade como as assistidas na Europa, onde alguns países foram compelidos a realizar reformas previdenciárias de afogadilho.
Por Eduardo Pocetti
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Mais 10!
Publicado em
25/01/2011
às
09:00
O Estado acaba de conceder aos idosos mais 10 anos de lucidez. Dos 60 aos 70 anos.
Esta é a mudança trazida pela Lei 12.344, de 10/12/2010, ao impor o regime da separação legal de bens a quem casar a partir dos 70 anos de idade.
Antes era aos 50 anos que as mulheres não podiam ser alvo do verdadeiro amor. Os homens eram privilegiados, pois somente aos 60 anos se tornavam incapazes de escolher um par.
A partir de 2003, com o advento do Código Civil, tanto elas quanto eles ficaram reféns do golpe do baú ao virarem "idosos", rótulo imposto pelo Estatuto do Idoso a quem tem mais de 60 anos.
Agora – sabe-se lá baseado em que estudos, teorias ou descobertas –acaba de ser decretado que até os 70 anos homens e mulheres têm plena capacidade. Depois desta idade, os "velhinhos" podem tudo. Ou quase. Continuam com o direito de fazer o que quiserem: votar e serem eleitos; seguir trabalhando; sustentar a família; tirar empréstimos consignados. Também podem fazer o que desejaram de seus bens. Só não são livres para casar. Até podem fazê-lo, mas a lei presume que ninguém ama alguém com mais de 70 anos e tenta protegê-lo deste ingênuo sentimento.
Aos 18 anos a pessoa está habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Até mesmo antes, já que a partir dos 16 anos quem for emancipado ou vier a casar adquire a plena capacidade. E como tem a disponibilidade de seus bens é livre para escolher o regime matrimonial. Via pacto antenupcial os noivos têm o direito de deliberar o que desejarem sobre questões de ordem patrimonial. Quer sobre os bens passados, quer sobre os futuros. Podem embaralhar ou apartar patrimônios. Possível que tudo passe a ser dos dois. Inclusive o que for recebido por herança ou doação. Basta elegerem o regime da comunhão universal. Também o que for adquirido pelo esforço comum pode ficar para somente um do par. É o que acontece se escolherem o regime da separação de bens.
Qualquer coisa é válida em nome do amor!
Porém, a partir do momento que faz 70 anos torna-se incapaz de ser alvo de um amor sincero e verdadeiro. Ninguém mais pode amá-lo. Quem se aproxima está somente interessado em seus bens. Por isso o Estado torna-se "tutor" de quem, em face da idade, vira relativamente incapaz, como os ébrios, os excepcionais e os pródigos.
A lei presume, de forma absoluta – presunção jure et de jure – que toda e qualquer pessoa que atingir os 70 anos não pode nem amar e nem ser amado. E, se mesmo assim, algum velho indesejável resolver casar, o casamento não tem qualquer efeito de ordem patrimonial. Assim, renomados empresários, ainda que com mais de 70 anos, devem sim continuar à testa de grandes impérios e empreendimentos. Mas se resolverem casar, não podem eleger o regime de bens. A lei decreta a incomunicabilidade de tudo o que conseguiram amealhar ao longo de suas vidas. Até do que for adquirido depois do casamento. Sequer é questionado se o cônjuge contribuiu para a sua aquisição. O regime é o da separação legal. Tudo porque é proibido amar.
A justificativa do malfadado dispositivo é evitar o enriquecimento sem causa de quem casa com um idoso. Os seus bens não podem ser recebidos pelo seu bem, ainda que ele tenha ajudado a amealhá-los. Com isso fica assegurado o direito dos herdeiros. Mesmo que qualquer do par não tenha parentes, seus bens vagam sem dono e acabam na mão do município onde se situam.
Na ânsia de reconhecer a decrepitude de quem ama, não teve o legislador o cuidado de ver que a Justiça de há muito não aceita esta imposição. A jurisprudência alterou com tal firmeza a lei que o STF editou a Súmula 377 estabelecendo a comunicabilidade do que for adquirido na constância do casamento. Os bens são de ambos e precisam ser divididos meio a meio, independente de quem os adquiriu.
Para flagrar o absurdo da lei cabe figurar um exemplo. Alguém se apaixona por quem tem mais de 70 anos e juntos constroem um belo patrimônio. Quer tenham casado ou passado a viver em união estável – afinal, assim já decidiu o STJ – a relação não existe. Simplesmente o desejo do casal não tem a mínima validade. Os bens adquiridos não se comunicam. Ficam para quem consta como seu titular. Para ele ou seus herdeiros.
O alcance da imposição é flagrantemente inconstitucional, pois afronta um punhado de princípios: o da liberdade, da igualdade e o da dignidade. Isto para citar apenas alguns. Há decisões afastando dita heresia, mas são poucas. Com a lei, tendem a desaparecer, já que devem os juízes se curvar diante da mudança.
Apesar de ter sido festejada, este é o real alcance da nova lei que tem um conteúdo dos mais retrógrados. Chancela um absurdo. Quem sabe para não frustrar a expectativa de eventuais herdeiros, que avizinham a possibilidade de receber os bens do parente que, afinal, já está velho e não tem o direito de ser feliz.
Venceu a ganância dos parentes, que tem mais valor do que o amor.
Por Maria Berenice Dias
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Nova ideologia e mudanças globais
Publicado em
24/01/2011
às
09:00
Começa a nova década do século XXI. Desponta no horizonte sinais de mudança mundial nos setores da tecnologia e do direito. Regras de conduta e legislações já preveem alterações no campo da medicina, da bioengenharia e da farmacologia e aguardam a sansão estatal no encaminhar da civilização ao conceito moderno de aplicação científica. O direito percebe o domínio da veloz multiplicação de ideias e aplicações contemporâneas de técnicas avançadas da nova era. É inútil deter as mudanças que vêm por aí. Da pesquisa energética à partícula nuclear atômica, dos materiais novos de construção ao uso de instrumentos alternativos para comunicação à longa distância, a soma do aparato global de máquinas e de aparatos artificiais permitirá redimensionar definições às ciências políticas no concerto de paz social dos governos e da diplomacia. O país emergente o será se souber aglutinar esforços intelectuais para demandar tecnologias e produzir ciência. Dinheiro e reserva de minérios, exemplo atual de padrão de riqueza e desenvolvimento, se situarão em posição secundária.
Teremos de optar para onde destinar os recursos à pesquisa: para o espaço (estações orbitais; satélites de monitoramento; projeto “Guerra nas estrelas”) ou de superfície, e na ponta permanece o estudo do aperfeiçoamento da informática e congêneres. Polarizamos espaço versos computador. O futuro chegou. A época inaugurada brinda as previsões do engenheiro eletricista húngaro Dennis Gabor (1900-1979) cujo aperfeiçoamento da holografia impulsionou a física e temáticas da ciência natural à nanologia e manipulação da energia. A segunda década homenageará a ciência. Os plenários e as salas de aula terão de modificar os discursos. Teremos de dizer outras necessidades e importâncias por uma nova ideologia. Nesse esforço, arte e literatura, religião e leis e toda a cultura observarão a autora das mudanças globais sem precedente na História: o alvorecer do homem tecnológico.
Por Nei Rafael Filho
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Libreville
Publicado em
23/01/2011
às
09:00
Capital do Gabon, na África.População atual 1,5m de habitantes. Recentemente faleceu seu Presidente Omar Bongo Ondimba. Seu filho foi eleito.
Filas enormes no aeroporto para o visto de entrada, tudo demorado, muito demorado. Bem vindo à África, um viajante ao meu lado me alertou. Aqui é tudo sem stress.
No mesmo paralelo do nordeste do Brasil, floresta tropical, praias, lembra muito a Bahia. Encontrei brasileiros trabalhando no único hospital militar. Que também atende civis porque não há uma rede publica de hospitais suficiente para atender todos.
O atual Presidente Ali Bongo Ondimba, recentemente venceu as eleições com o slogan, Trabalho em conjunto. O país, com uma enorme diferença social, é formado por um povo negro, alegre, receptivo , muito gentil, educado, prestativo. Colônia Francesa e hoje ainda assim parece. A Embaixada francesa mostra isto pelo tamanho do prédio.
Um destino diferente, que entrou na minha lista por acaso. Ao falar com o Presidente, em banquete no Palácio Presidencial, fez a observação que o povo Gabonês, a geografia é parecida com o norte e nordeste do Brasil, até por se situar no mesmo paralelo e que os nossos paises tem muito em comum. Benin, pais vizinho, é de onde a maioria dos escravos vieram para o Brasil.
O Palácio lembra os templos do antigo Egito, enorme, com colunas que torcem o pescoço, de tão altas, tudo em mármore.
Ter uma visão geral do Planeta, agora com parte da África, confere vivência e experiência para entender melhor as etnias e como conseqüência, a si mesmo.
Tudo continua sendo uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Pessoas do Bem e do Mal
Publicado em
22/01/2011
às
09:00
Ao longo dos anos fui percebendo algumas características negativas presentes nas pessoas que prejudicam muito a sociedade em que vivemos.
Com a vivência e a experiência, passei a classificar as pessoas de acordo com aquilo que elas transmitem, fazem ou a maneira que agem. Hoje acredito existir dois grupos de pessoas: As do bem, que são aquelas otimistas, que criticam com fins construtivos, são honestas, trabalhadoras, contribuem com aquilo que tem a oferecer, elogiam, acreditam, apóiam, procuram passar mensagens positivas e auxiliar na resolução dos problemas e dos conflitos. Já o grupo do mal é formado por pessoas que criticam a tudo e a todos, mentem, difamam, desacreditam, são pessimistas, desonestas, não gostam de trabalhar, procuram levar vantagem em tudo e, sobretudo, temem o sucesso das pessoas do grupo do bem.
Constata-se com facilidade que o grupo do mal é composto em sua maioria por pessoas fracassadas em suas vidas privadas, em sua atuação profissional, tendo famílias desestruturadas, acreditando, nada ter a oferecer à sociedade, vivendo suas vidas à espreita daquilo que é normal no convívio entre as pessoas.
Já as pessoas do bem, geralmente são mais felizes, suas famílias tem boa convivência, gozam de boa reputação, são bem sucedidas em suas atividades profissionais e pessoais, atuam auxiliando programas sociais e querem que a sociedade evolua tornando-se cada dia mais saudável e produtiva.
No campo profissional, o convívio com as pessoas do mal é algo extremamente desgastante. Constantemente criticam as tentativas, os projetos e as ações. Procuram manipular opiniões e pessoas com mentiras e picuinhas visando desestabilizar sua produtividade e a reputação de seus trabalhos.
No entanto, o convívio com o grupo do bem no âmbito profissional é algo extremamente prazeroso, possibilitando o aumento dos bons resultados, gerados através do trabalho, de programas, e de ações colocadas em prática com comprometimento e vontade de realizar. São colaboradores natos, exigindo em contrapartida apenas o reconhecimento merecido.
Difícil mesmo é aturar dentro do grupo do mal os habilidosos em fofoca. Este sim é o grupo mais prejudicial! São em sua maioria os incompetentes por natureza.
Ideal se pudéssemos criar o “malódromo”, um lugar para depositar as pragas de nossa sociedade, os maldosos e os incompetentes. Como não podemos, criar tal instituto, devemos colocá-los cada vez mais de lado, na esperança de que algum dia se esforcem para agir como as pessoas do bem, para quem sabe, ter algum lugar de prestígio no meio social e possivelmente reconhecimento por aquilo que produziram de proveitoso.
Por José Rodrigo de Almeida
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Problemas Pessoais no Trabalho
Publicado em
21/01/2011
às
09:00
O relógio toca as oito badaladas matinais, você registra sua presença no livro ou ponto eletrônico e automaticamente todos os seus dilemas pessoais são trancafiados no armário do vestiário. Agora você pode iniciar a jornada de trabalho com toda energia e foco em suas tarefas, as quais serão desenvolvidas com elevada produtividade. Contas vencidas, parentes enfermos e desilusões amorosas voltarão a habitar seus pensamentos apenas ao final do expediente.
O quadro acima é tão surreal quanto alguns empregadores gostariam que espelhasse a realidade. A publicitária alemã Judith Mair publicou em 2003 um livro intitulado “Chega de Diversão”, depois rebatizado de “Chega de Oba-Oba”, em que sentencia que trabalho não tem que ser sinônimo de prazer, o ambiente profissional não é lugar para amizades e a jornada deve terminar na empresa, sendo proibido levar serviço para casa.
O fato é que colocar uma linha divisória entre a vida pessoal e a profissional pode ser possível num mundo prussiano, mas é absolutamente impraticável dentro da cultura latina. Razão e emoção coexistem em nosso ser, a cada instante, onde quer que estejamos. Assim, o que podemos fazer é minorar o impacto de nossos problemas pessoais dentro do espaço corporativo, buscando conciliar nossos interesses com os da empresa.
Quando este equilíbrio deixa de ser atingido, as conseqüências são imediatas. Primeiro, o estresse, que em grau mais acentuado pode levar ao burnout. Em paralelo, surge o presenteísmo, a síndrome de estar presente no ambiente de trabalho, porém absolutamente desconectado das atividades profissionais, afetando drasticamente a produtividade. Mais adiante, vem o absenteísmo, a ausência física da empresa motivada seja por desestímulo, seja por doenças clinicamente identificadas.
Mas então, como lidar com estes infortúnios do cotidiano pessoal sem comprometer a posição na empresa? Algumas sugestões:
1. Siga pelo caminho do meio. Evite o isolamento, deixando de compartilhar seus problemas com as pessoas mais próximas. Passamos ao menos oito horas envolvidos com o trabalho. Se você não conversar com alguém, sua cabeça pode virar uma panela de pressão prestes a explodir! Entretanto, evite também a exposição demasiada. Você não precisa dividir seus anseios com todos ao redor, até porque no ardiloso ambiente corporativo há muitas pessoas à espera de descobrir suas fraquezas para lhe atacar. Seja seletivo.
2. Comunique. Seu superior hierárquico não tem bola de cristal para saber o que está se passando e pode avaliar sua apatia como desinteresse ou até desleixo. Informe-o, ainda que superficialmente, que está passando por uma fase difícil, mas que está em busca da superação.
3. Seja discreto. A menos que seu espaço seja delimitado por uma sala privada, com boa vedação acústica, onde seja possível trancar a porta, cuide para que seus assuntos pessoais sejam tratados reservadamente. Assim, afaste-se para falar ao telefone ou travar aquela batalha verbal comum a muitas discussões. Se o embate for pelo computador, certifique-se de fechar a tela que contém o diálogo ao sair do ambiente. E jamais, jamais chore em público. Alguns serão solícitos e lhe oferecerão carinho e apoio. Mas outros não se esquecerão deste seu momento de fragilidade. E usarão isso contra você no futuro.
4. Peça ajuda. Se o problema é de ordem financeira, procure obter um adiantamento ou um crédito consignado para solucionar o problema. Já se for uma questão de saúde, busque tratamento. Se enfermo, evite a automedicação e agende um médico. Se diante de dependência química, comece uma terapia. E tenha no RH ou Departamento de Saúde Ocupacional de sua empresa um aliado.
5. Afaste-se para cuidar dos problemas. Se o seu desempenho está sendo prejudicado e seus problemas não estão sendo resolvidos, o melhor a fazer é se licenciar. Antecipe parte das férias para direcionar toda a atenção na solução do que lhe aflige. Em última instância, vale até considerar um pedido voluntário de demissão, negociando as condições da saída.
Se com você está tudo bem, mas seu colega de trabalho notadamente está passando por um período turvo, use da empatia e coloque-se por um instante no lugar dele, procurando ajudá-lo. Aconselhamento e orientação podem fazer toda a diferença. Afinal, lembre-se de que um dia os papéis poderão estar invertidos.
Por Tom Coelho
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Empresas de Sucesso: O Que Fazem?
Publicado em
20/01/2011
às
09:00
Uma das coisas que mais nos chama a atenção é como no mundo de hoje, extremamente competitivo, há empresas que vencem os desafios e empresas que sucumbem frente à concorrência. Analisando o que fazem as empresas de sucesso, podemos enumerar algumas coisas fundamentais que elas fazem:
1. Não perguntam o que seus clientes querem – surpreendem seus clientes!
Uma das coisas que temos que lembrar é que as empresas de sucesso não ficam perguntando o que seus clientes desejam. Nem sempre os clientes sabem o que querem. As empresas é que têm a obrigação de ouvindo o mercado desenvolver produtos e serviços que vão surpreender seus clientes, encantar seus clientes. Se você ficar perguntando o que seu cliente quer, com certeza aparecerá alguém que irá surpreender o seu cliente e tomá-lo de sua empresa.
2. Entendem que prestação de serviços é o novo nome do jogo.
Essas empresas entendem que de nada adianta você ter o "melhor produto" ou o "maior estoque". O importante é ter "o melhor serviço". Assim, por exemplo, num supermercado de nada adianta ter as gôndolas cheias e bem apresentadas se a cliente demorar 50 minutos para sair no check out. De nada adianta ter tudo perfeito se a empresa não for ágil no trocar produtos com defeito e não se comprometer com a solução dos problemas dos clientes.
3. Sabem que o maior capital de uma empresa é o "capital humano".
Assim, essas empresas treinam, treinam e treinam seus funcionários e fazem com que eles tenham empatia com os clientes (isto é – coloquem-se no lugar do cliente) quando com eles se relacionam. De nada adianta ter uma empresa muito bem apresentada, com instalações perfeitas, se as pessoas que compõem a empresa não surpreenderem seus clientes.
4. Sabem que é preciso ter consistência e constância nos serviços.
Isto quer dizer que as empresas de sucesso têm normas e procedimentos que todos conhecem e utilizam. São empresas que hoje, amanhã e depois prestam serviços de qualidade. O que mais irrita um consumidor é ver que a empresa é inconsistente – hoje faz de uma maneira, amanhã de outra, depois de outra mudando políticas a cada instante. Isso é muito comum num restaurante onde você vai hoje e a comida é boa, amanhã ruim, depois mais ou menos, e assim por diante. A consistência é fundamental e para isso são necessários procedimentos constantes que todos conheçam e obedeçam.
5. Têm excelente relacionamento com fornecedores.
Empresas de sucesso sabem da importância de um bom relacionamento com fornecedores. Empresas que não cultivam bom relacionamento com fornecedores não podem ter sucesso. Assim, pagar em dia; respeitar contratos; respeitar pedidos é fundamental.
6. Relacionam-se bem com a comunidade.
Essas empresas de sucesso compreendem a importância de ter uma boa imagem na comunidade. Assim, participam de programas sociais e culturais e estão sempre presentes na comunidade.
Estes seis fatores são alguns dos que mais nos têm chamado a atenção. É claro que existem outros que fazem o sucesso das empresas que precisam competir no mundo globalizado de hoje. As empresas têm que mudar. Mudar ou Morrer. A competição será a cada dia mais acirrada e a globalização um fato irreversível. Só mesmo com muita garra e competência e fazendo as coisas certas, poderá a empresa vencer os desafios deste novo século.
Por Luiz Marins
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Reinvente, crie, mude, quebre paradigmas corporativos
Publicado em
19/01/2011
às
09:00
Como já sabemos o empresário brasileiro é um empreendedor notável, mas, é ainda resistente ao planejamento; talvez devido aos inúmeros planos econômicos fracassados, ou pelo descontrole da inflação do passado, ou até mesmo pela cultura brasileira do retorno imediato.
O medo do desconhecido ou do resultado a ser obtido, é a grande barreira para as mudanças. A insegurança também dá força ao medo, que faz com que o principal administrador, mantenha seu modo de pensar, levando a empresa a perder mercado, baixar a lucratividade, e fortalecer a concorrência.
Tudo isso já é coisa do passado, não podemos mais ficar colocando a culpa nos planos, na inflação, na ineficiência dos governantes, na corrupção dos parlamentares, na reforma trabalhista que não sai, na reforma tributária que está emperrada, na reforma política que não interessa aos próprios políticos, na concorrência desleal dos chineses; no protecionismo americano ao seu mercado; na insegurança, no medo, etc.etc.
Nós é que temos de mudar a maneira de pensar, temos que nos preparar, temos que re-inventar, criar, quebrar paradigmas, sair da zona de conforto.
Transformar é mudar a forma de fazer as coisas, a forma de ver as coisas, de administrar, não mudar o ser humano, o administrador.
Foi-se o tempo em que se precisava apenas de um pouco de dinheiro e um bom "faro", e o resto andava sozinho, tudo que produzia ou revendia era consumido. Ainda temos uma geração de empresários da antiga, que não aceita sugestões, acha que, o que fazia ou vem fazendo a 30 ou mais anos da mesma maneira é o correto, pode até ser, mas o mundo mudou, os clientes estão mudando como também os consumidores; a concorrência é mais acirrada com ofertas de melhores produtos com preços inferiores e uma tecnologia avançada.
Não se administra mais à moda antiga, quem não se capacitar para os novos modelos de mercado, de tecnologias, de informações, de gestão de negócios, de gestão de pessoas, fazendo com que seus funcionários mais talentosos participem com sugestões e decisões, estará a cada dia perdendo terreno e bons funcionários para as empresas mais empreendedoras e inteligentes.
Lembrem-se, para um mercado mutável, idade não é experiência, use de sabedoria prática, ouça mais os técnicos e os entendidos do assunto, os que estão diretamente ligados com os clientes ou consumidores pesquise sobre o que poderão a vir substituir seus produtos, quais as tendências de mercado, informe-se, pois nós estamos na era da informação, da criatividade e novas tecnologias.
A criatividade embora presente na maioria das pessoas precisa ser estimulada, motivada e induzida. As organizações têm a responsabilidade de treinar e exercitar esta criatividade para ter um grupo criativo; nem todas as organizações desempenham igualmente bem esse papel e nem todas se encontram dispostas a aceitar as conseqüências de ter pessoas criativas na sua organização.
A criatividade nas empresas é a ferramenta mais prática, adequada e barata para encontrarmos maneiras de fazer mais com menos, de reduzir custos, de simplificar processos e sistemas, de aumentar lucratividade, de encontrar novos usos para produtos, de utilizar melhor suas máquinas e equipamentos,
de encontrar novos segmentos de mercado, de desenvolver novos produtos e outras inúmeras coisas mais.
Muitas empresas já se conscientizaram de que utilizar o potencial criativo de seus funcionários é mais adequado. O problema é que elas não sabem como organizar, como aproveitar todo este potencial criativo que está disponível. Isto é comprovado pela qualidade das idéias inesperadas que surgem de vez em quando. Por que então esperar as idéias "de vez em quando?" Por que não estimular a produção destas idéias no dia-a-dia?
Empresas que não tiveram medo, insegurança ou hesitação começaram a mudar e ver as coisas de outro ângulo para continuar no mercado; esse esforço em conjunto ou trabalho em equipe ou administração estratégica ou administração inteligente, fez com que todos pudessem colaborar e servir hoje de modelo para outras empresas.
Neste contexto de intensas mudanças econômicas, tecnológicas e competitivas, muitas empresas precisam realizar mudanças radicais de estratégias, de estrutura, de organização, assim como de cultura, para que possam prosperar e por vez até sobreviver.
Muitos empresários ainda são resistentes às novas idéias, e novas maneiras de administrar seus negócios, não gostam que funcionários participem com suas sugestões de melhoria, não têm informações suficientes para ajudá-los a tomar decisões.
Uma pequena análise de sua empresa poderá ajudá-lo a identificar quais seus pontos fortes, seus pontos fracos, quais suas ameaças, e principalmente quais as suas oportunidades no mercado.
Segundo PETER SENGE, o ciclo de aprendizagem é iniciado e mantido pelas cinco disciplinas:
A primeira disciplina é o domínio pessoal. Significa aprender a expandir as capacidades pessoais para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os colaboradores (funcionários) a buscar e alcançar seus objetivos sem medo de errar, isto é, aprender a aproximar a realidade da visão pessoal.
A segunda disciplina, modelos mentais, São imagens do mundo que construímos a partir das nossas vivências e por meio dos quais nos orientamos. O objetivo desta disciplina é rever nossos modelos mentais para ajustá-los à realidade.
A terceira disciplina, visão compartilhada, é estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado. As pessoas precisam ter um "espaço" para falar e serem ouvidas, para construir uma visão que vá ao encontro de suas aspirações e do futuro que desejam para a empresa, Ao permitir várias visões pessoais, terão uma maior possibilidade de explorar as diferentes perspectivas da realidade e do futuro.
A quarta disciplina, aprendizado em equipe, transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, de maneira que grupos de pessoas possam desenvolver inteligência e capacidades maiores do que a soma dos talentos individuais. A eficácia não é resultado de um esforço apenas individual, mas sim resultado de ações sinérgicas, com um forte sentido de cooperação.
A quinta disciplina, pensamento sistêmico, Trata-se de uma disciplina que permite analisar e compreender a organização como um sistema e descrever as inter-relações existentes entre os seus elementos. Cada componente exerce influências e traz informações a outros, promovendo o crescimento, o declínio ou a estabilidade do sistema como um todo.
Comece fazendo pesquisas junto aos seus clientes, use seus vendedores para isso; levante primeiro quem são seus concorrentes, e quais os produtos ou serviços que estão oferecendo e a que preço, qual a qualidade e a embalagem; verifique quais são os pontos fortes e os pontos fracos, seus e os dos concorrentes, tais como:
Preço, prazo de entrega, qualidade dos produtos ou serviços, embalagem, meios de distribuição, localização, meios de divulgação dos produtos, e outros que julgar necessário.
Depois levante, também com a ajuda de seus vendedores, as novas oportunidades ou possibilidades de produtos ou serviços ou mercado, como também as que ameaçam seus produtos ou mercado, tais como:
Para quem mais poderia vender o meu produto ou serviço;
Posso fazer um atendimento personalizado sem encarecer muito meu produto ou serviço;
Posso vender em quantidades e embalagens menores ou maiores;
Que produtos ou serviços podem estar oferecendo ao mercado, aproveitando melhor minhas máquinas, matérias primas e horas ociosos que tenho, ou aproveitando minha equipe de vendas;
Quais produtos que os concorrentes estão lançando que poderá afetar minhas vendas;
Quais os possíveis novos concorrentes que poderão entrar no mercado.
Em seguida, reúna seus principais funcionários e peça sugestões de como melhorar os serviços internos, tais como:
Atendimento ao cliente - Melhoria na qualidade dos produtos ou serviços - Aproveitamento dos resíduos ou sucatas em novos produtos ou linha alternativa. - Controle dos estoques - Novos produtos ou serviços com aproveitamento das máquinas e equipamentos. - Plano de premiação para as sugestões aplicáveis
Após todas essas informações tabuladas e analisadas com seus principais colaboradores, monte um plano de ação, das mudanças e implementações, com prazos de tempos definidos das ações e objetivos; divulgue-as claramente a todos os funcionários, que a partir daí serão seus parceiros, e monitore constantemente o andamento das ações planejadas para alcançar os objetivos traçados.
Se conseguir fazer isso, estará dando um grande passo para o futuro de sua empresa, tanto em questão externa com clientes e fornecedores, como na questão interna, pois seus funcionários, agora colaboradores, irão ajudá-lo como se fosse o próprio negócio.
Outra oportunidade é verificar seu Regime Tributário; fale com seu contador, calcule cada um deles, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, talvez você possa lucrar mais ou deixar de recolher mais impostos por uma simples opção, uma vez ao ano, na escolha do Regime ideal para sua empresa.
Outra situação, que encontramos com freqüência, é das empresas que não estão no Regime Simples Nacional e tem seus produtos isentos de IPI na saída ou Vendas, mas não se creditam do IPI nas compras das matérias primas, que com esse crédito poderão pagar o PIS, COFINS, IRPJ, CSSL, por compensação através de petição a Receita Federal, ou até mesmo pagar seus fornecedores, consulte seus contadores.
Empresas inteligentes já estão criando grupos de trabalho onde se juntam pessoas dotadas de muita fantasia com pessoas muito concretas, nesses grupos nasce a faísca ou a inspiração da criatividade e, ao invés de gênios criativos, teremos grupos criativos.
Hoje as empresas contratam pessoas concretas que se perdem na burocracia, mas sentem necessidade da criatividade e colocam-nas em cursos de criatividade
Para administrar sua empresa ou negócio já em operação, também terá que ter o mínimo de informações ou relatórios para se manter atualizado e tomar decisões mais corretas possíveis.
A previsão de vendas é a base de tudo, é aí que você irá verificar a sua participação no mercado, o volume de suas operações, o investimento necessário ou se sua área produtiva é capaz de produzir o que foi previsto ou terá que terceirizar a fabricação ou investir em ampliação.
Ainda dentro da área comercial, terá que manter um controle de vendas por clientes, por região e por produto, para conhecer a participação dos clientes em suas vendas, sua lucratividade, como também não concentrar as vendas em poucos clientes, pois caso um ou dois deixem de comprar, você terá sérios problemas financeiros.
A lucratividade final de cada produto, após abater todos os custos e despesas e também o imposto de renda, deverá ser analisada mensalmente e comparativamente com os meses anteriores, para verificar quais foram as políticas de preços e descontos praticados.
Com a previsão de vendas em mãos a área de produção ou planejamento e controle da produção (PCP), poderão avaliar seus estoques e acionar a área de compras.
A má administração dos estoques, tem levado muitas empresas a dificuldades financeiras por falta de informações e planejamento, tanto dos estoques de matérias primas, de embalagens, semi acabados ou em elaboração, como o produto acabado final, pronto para venda.
Ainda tem-se a idéia errônea que estoque não é dinheiro, compra-se em excesso, tira-se dinheiro de aplicações financeiras para ficar parado em estoques que só serão utilizados sabe-se lá, quando, ou produz-se demais porque a empresa tem muito estoque de matéria prima e também para os empregados da produção não ficarem ociosos.
Em algumas empresas os produtos acabados, ou mesmo as matérias primas chegam a ficar parados nos estoques até 23 meses, é uma falta de controle total, é dinheiro parado, e quando chega um pedido com especificações diferentes, você terá que comprar novas matérias primas ou retrabalhar os produtos, é aí que o dinheiro vai para o ralo.
Quanto à área financeira ou controladoria, dependendo do tamanho e da cultura da empresa, cabe a responsabilidade de levantar e analisar com relatórios práticos e objetivos estas deficiências, para que pare de comprar por determinado tempo e ou determinados produtos ou matérias primas, devido ao excesso de estoques.
A área financeira terá que ter no mínimo um fluxo de caixa, com os saldos bancários, as previsões de entradas de dinheiro, como também a previsão das saídas ou desembolsos, tais como, fornecedores, salários, encargos, impostos, e outras.
Cabe também à área financeira, baseado na previsão de vendas, montar um "Orçamento Empresarial" ou uma "Previsão Orçamentária" como se fosse um "Demonstrativo de Resultado do Exercício" um "DRE" ou um "Lucros e Perdas" como alguns preferem, e manter a diretoria ou o gestor principal informado sobre alguns índices básicos de liquidez financeira, índices econômicos, operacionais e de lucratividade.
A falta de informações é o grande vilão nas empresas, mas não basta ter informações sem uma estrutura adequada e um método de avaliação para tomada de decisões.
Por Claudio Raza
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A importância da educação financeira nas empresas
Publicado em
18/01/2011
às
09:00
Vivemos um momento curioso no Brasil. Crédito nunca foi uma das coisas mais abundantes por aqui, mas, recentemente, com a relativa estabilização da economia e da moeda, as pessoas estão começando a se sentir mais à vontade para se endividar e, por sua vez, os agentes financiadores perceberam que, para poderem ganhar dinheiro, terão que fazer aquilo para o que foram originalmente concebidos: financiar.Os efeitos dessa recente flexibilização do crédito são visíveis. Comércio extremamente aquecido, pessoas consumindo como nunca e a preocupação primordial de muitas pessoas “mas será que a parcela cabe no meu orçamento?”, que prenuncia o desastre financeiro.
Os níveis de endividamento do brasileiro médio estão crescendo de forma perigosa. Alguns políticos e burocratas do governo dizem que nossos níveis de endividamento são baixos em relação aos outros países (o que é verdadeiro). Mas essa informação, se analisada isoladamente, pode nos levar a conclusões equivocadas. O índice de endividamento médio do brasileiro é, de fato, menor que o de um americano ou europeu, por exemplo. Mas é importante termos em mente que os brasileiros pagam juros muito superiores aos que os americanos ou europeus pagam. Apenas para termos um exemplo, a taxa que o brasileiro paga pelo crédito rotativo de seu cartão de crédito é, em média, dezessete vezes superior àquela paga por um americano.
Isso significa, na prática, que apesar de ter um endividamento menor, o brasileiro “quebra” muito mais rápido, por conta do efeito devastador de nossas taxas de juros insanas. O índice de endividamento, nesse caso, não nos diz absolutamente nada. É um endividamento menor, mas potencialmente muito mais nocivo.O que as empresas e os empregadores têm a ver com isso? Em princípio, nada. A obrigação da empresa é pagar, em dia e corretamente, seus funcionários. O que cada funcionário faz com seu dinheiro é problema dele.
Mas essa é outra conclusão, assim como a questão dos índices de endividamento, deve ser colocada em perspectiva. Hoje não só o consumo está aquecido, o mercado de trabalho também está. A maioria dos trabalhadores, de alguma forma, percebe isso, e eles estão bastante “confortáveis” para assumir dívidas e tratar suas finanças de forma mais pródiga. Mas como será no dia em que essa “lua de mel” acabar?Depois da euforia, vem a ressaca... Vem a constatação de que as finanças domésticas estão completamente comprometidas por “parcelas que cabiam no orçamento”, pequenas dívidas que viraram encrencas monumentais e coisas do gênero. Nesse momento, aquilo que, inicialmente, não era um problema do empregador, vira um problema (e dos grandes...).
Começam as pressões sobre o departamento de pessoal, por adiantamentos e “vales”. O empresário acaba descobrindo que, sem querer, está virando banqueiro. E pior! Não está ganhando nada com isso... A produtividade cai, decorrência do stress causado pelo desequilíbrio e pelas pressões financeiras. Acontece o fenômeno conhecido como “presenteísmo”, no qual o funcionário vai para a empresa, cumpre seu horário, ocupa seu local físico, mas não consegue exercer plenamente sua capacidade de trabalho (por estar “com a cabeça em outro lugar”, possivelmente pensando em dívidas e cobranças).
Existem estudos que indicam que o presenteísmo representa, para as empresas, um custo maior que o absenteísmo puro e simples. Funcionários desatentos e desmotivados têm maior inclinação a cometer erros e sofrer acidentes de trabalho. Isso custa, e adivinhem para quem vai essa conta? Para o empregador, naturalmente...Em um mundo ideal, a empresa pagaria o salário aos empregados (integralmente e tempestivamente) e esses usariam os recursos recebidos da forma mais racional e sensata possível, e tudo estaria resolvido. Mas no mundo real, os empregadores precisam começar a se preocupar com a forma como seus empregados administram suas próprias finanças, sob o risco de acabarem gerando um problema (inclusive financeiro) para elas mesmas.
Por André Massaro
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Uma Palavra Muito Pequena
Publicado em
17/01/2011
às
09:00
Três letras.
Duas consoantes.
Uma vogal, que inclusive é a primeira letra do alfabeto.
Paz!
Paz é a palavra.
Existe algo mais importante do que a paz mundial entre os povos?
A paz verdadeira.
A paz onde a “pombinha branca” reinará. Em todos os momentos. Em todos os instantes.
A paz que nós todos desejamos, e que está muito difícil, mas conseguiremos. Tenho a certeza que este dia chegará. Brevemente!
Tive a honra de ter sido convidado pela Associação Internacional de Lions Clubes – Distrito LD-3 para participar como jurado do Concurso de Cartazes sobre a Paz.
Honrado e feliz.
Feliz e honrado. Não sei bem a ordem. O importante é o fato de participar deste programa.
Os cartazes foram idealizados e confeccionados por crianças. Alunos de escolas públicas do “nosso” Estado. O Estado do Rio Grande do Sul. Ali estavam as expressões destes jovens de hoje que serão o futuro deste país “varonil”. Crianças que mostraram as suas ideias a respeito deste tema tão palpitante para todos nós. Inclusive para eles. É o tema mais discutido pelo ser humano.
A Paz.
Souberam, todos, nos mostrar o que é Paz. O desejo deles a respeito da Paz...
A paz verdadeira.
Claro que necessitamos escolher cinco, mas todos os participantes estavam nos dando uma lição. E que lição!
Todos os cartazes apresentados com muita qualidade a respeito do conteúdo e criatividade.
Sabem eles que o amanhã é deles. E a responsabilidade será deles. E necessitarão buscar a Paz.
Desde a tenra idade esta mocidade tem necessidade de saber e idealizar o mundo com o termo Paz.
Parabéns aos “artistas”.
Parabéns aos organizadores.
Parabéns a nós todos que estamos vendo “gente” como a gente preocupados com a possibilidade da chegada rápida da “pombinha branca”.
A chegada da Paz.
Uma palavrinha pequena, mas com um valor incomensurável a todos nós.
Palavra pequena.
Três letras.
Duas consoantes.
Uma vogal.
Paz. Paz. Paz. Paz. Paz.
.........................................................
Muito agradecido ao jovem Governador CL Valtair do Amaral Madalena pelo convite. Muito me emocionou.
Agradecido aos companheiros jurados.
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Por David Iasnogrodski
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Venda Valor, Não Preço!
Publicado em
16/01/2011
às
09:00
Você pagaria um milhão de dólares em um anzol de luxo? Olha que é feito com ouro dezoito quilates, brilhantes e tem detalhes em rubi. Esta caro, né? Mas se eu fosse um lambari eu prefiriria ser fisgado por esse anzol. Já que irei para o além que seja de uma forma ?chic?. Agora quero lhe vender uma pizza que custa só, eu disse só mil dólares. Perceba que é uma pizza com caviar, lagosta, salmão selvagem, queijos magníficos e tem até um pouquinho de ouro em pó.
Você deve estar pensando que sou louco e que ninguém pagaria esse preço nos produtos acima. Pois para a sua surpresa a pizza acima vende muito bem obrigado e o anzol, longe de ser papo de pescador, já tem lá seu cliente vip.
O caro não existe, o que existe é uma percepção de caro que está na mente do cliente. Todo vendedor diz que preço é o maior obstáculo para aumentar suas vendas, mas se todo mundo tiver preço bom, de que serviria o profissional de vendas? Tirador de pedido poucas empresas precisam.
Valor é algo pessoal. O que é caro para você pode não ser tão caro assim para o outro. O que importa é o benefício que o produto gera. O importante é ter preço compatível com o mercado e perceba que as melhores empresas não têm necessariamente os menores preços. Evite falar em preço, procure usar o termo valor, assim você convencerá o cliente que muitas vezes vale a pena pagar um pouco mais para ter um benefício melhor.
É o vendedor quem cria a percepção de valor. A estratégia de convencimento é sempre mostrar o valor agregado do produto, além da qualidade, assistência técnica e outros fatores. A imagem que você faz e vende para o seu cliente é decisiva na escolha final. Mostre sempre o quanto seu produto pode reduzir custos ou aumentar a qualidade. Procure sempre a solução do problema do cliente e não algo que só vai tapar o buraco.
Qualidade custa. Na maioria das vezes o cliente quer preço, desconto e prazo. É um pedido legítimo. Por isso sempre demonstre e valorize a qualidade do seu produto e seja sincero em dizer no quê ele é melhor do que o do concorrente. Não dá para ter uma excelente qualidade e ao mesmo tempo ser o mais barato, mas ele pode ser o mais barato em relação a questões como durabilidade, resistência, design ou prestação de serviço. Cabe ao vendedor mostrar ao cliente que na verdade seu preço é justo.
Procure o cliente certo. Não queira vender uma BMW para aquele que só pode comprar um fusquinha. Nada contra o Fusca, mas uma BMW é uma BMW! A noção de valor precisa ser compatível com o que o cliente pode gastar e não com o que ele poderia gastar. Faça com que o cliente perceba o valor. Faça perguntas e deixe-o perguntar à vontade. Lide com objeções com naturalidade, mas nunca perca de vista o foco da conversa e a noção de valor. Não embarque no papo do mais barato que aí você se torna tão igual quanto aos outros.
Não entregue o ouro. É claro que todo vendedor tem uma margem de negociação, mas sempre sugiro que não entregue todo o ouro logo no início da conversa. Há vendedores que logo de cara mostram a tabela, até onde podem ir e qual o desconto máximo. Esquecem de falar e valorizar o produto e ficam só na discussão de preço, preço e preço. Será que em todas as ocasiões é preciso dar o desconto máximo? Todo cliente merece o maior desconto? Imagine em quanto você pode aumentar seu rendimento anual se conseguir deixar de dar pelo menos x% do desconto total. Sua comissão agradece! Valorize o seu trabalho, Mostre o valor do produto e também se dê o devido valor como profissional.
Agora comece a praticar e nunca se esqueça do lema: Não venda preço, venda valor!
Por Paulo Araujo
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O Rico Mercado dos Pobres
Publicado em
15/01/2011
às
09:00
C. K. Prahalad, professor de Estratégia Corporativa na Escola de Negócios da Universidade de Michigan, vem trabalhando, nos últimos anos, numa tese de que o mercado dos pobres deve ser explorado para o bem da humanidade. O seu mais novo livro, "The Fortune in the Bottom of the Pyramid: Eradicating Poverty through Profits", indica que não somente as empresas podem fazer dinheiro vendendo aos pobres, “mas devem sentir-se obrigadas a empreender tal esforço para diminuir a distância entre países ricos e pobres.” Prahalad vê nos pobres um mercado potencial de 4 bilhões de pessoas que poderão ser 6 bilhões nos próximos 40 anos.
Sua tese se baseia na realidade de que, tomados em seu conjunto, nações em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil, México, Rússia, Indonésia, Turquia, África do Sul e Tailândia, têm mais PIB, em Paridade de Poder de Compra, (Purchasing Power Parity) que o Japão, a Alemanha, a França, o Reino Unido e a Itália. A base da pirâmide para Prahalad é a maior oportunidade de mercado na história do comércio mundial.
Um ponto central do livro é que o esforço para ajudar os mais pobres pode revelar-se um sucesso em diferentes países e em diferentes setores da economia. Constituem uma exceção os países cujo sistema jurídico seja muito precário como Somália e o Congo, por exemplo, e os que têm apenas e tão somente indústrias mais básicas, como as de extração.
O lucro, diz o autor não é o único objetivo para as empresas atuarem mais firmemente nos mercados pobres. A criação de empregos, a luta contra a exclusão social, a atuação para melhorar o caos político, o terrorismo e a degradação ambiental, são motivos suficientes para uma empresa agir nessas regiões. Essas condições geram instabilidade e violência que afetam os países de primeiro mundo e os próprios ricos.
A estratégia para trabalhar nesses mercados, ressalta o Prof. Prahalad, não é simples. Talvez esta seja uma das maiores razões pelas quais as grandes empresas não tentaram colocar seus produtos para as grandes massas das pessoas pobres. Quem é pobre geralmente vive em zonas rurais e faz parte de uma economia informal, o que exige uma estratégia e uma abordagem de mercado totalmente diferente da utilizada em mercados convencionais urbanos.
No livro ele dá alguns exemplos: Em Bangladesh, algumas empresas fazem um bom negócio alugando telefones celulares por minuto. Em Kerala, Índia, imagens de satélite dos cardumes são descarregadas em PCs nas cidades, lidas e interpretadas por mulheres que indicam seguidamente aos seus cônjuges onde pescar. Por seu lado, os homens, após um dia de pesca, utilizam os seus telefones celulares para rever os preços de vários portos da costa e obter a melhor oferta pela sua mercadoria.
Para Prahalad, estes exemplos são provas que há soluções de mercado para o problema da pobreza. A tarefa para as grandes empresas, diz ele, é romper com a lógica dominante que vê os pobres do mundo como uma distorção que deve ser corrigida por governos e apoiada por organizações sem fins lucrativos.
O resultado do esforço em atender esse “novo mercado”, não somente será rentável para grandes empresas e consumidores, mas poderia também ser uma grande solução para os sérios problemas políticos e ambientais dos países em desenvolvimento e do mundo moderno.
Há alguns exemplos de empresas que têm um enorme sucesso no mercado de pessoas de baixa renda. Administradoras de cartões de crédito que tiram do pobre a angústia e o constrangimento de ter que fazer cadastro em todas as lojas. Bancos que fazem pequenos empréstimos que resolvem problemas pontuais simples para uma família de baixa renda. Lojas e centros comerciais voltados exclusivamente a produtos populares que atendem a uma demanda concreta por produtos com características mais simples e com boa qualidade. Agências de viagem especializadas em turismo para pessoas de baixa renda. São inúmeros os exemplos de empresários que descobriram formas de empresariar levando em consideração as necessidades concretas do mercado dos pobres. Muitos chamarão esses empresários de exploradores de pobres. Mas a verdade é que se eles não existissem os pobres continuariam relegados à marginalidade do mercado.
E todas as pesquisas provam que o pobre paga suas contas em dia. Quem não paga é a classe média e alta. O pobre dá um extremo valor ao seu crédito e ao seu nome, um dos ou senão o seu maior e único patrimônio.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Quanto custa o esforço inútil de vendas para uma Transportadora ou Operador Logístico?
Publicado em
14/01/2011
às
09:00
Você já parou para pensar e calcular o quanto custa um esforço de venda infrutífero, aquele que em nada resulta? Todos os dias, milhares de profissionais da área Comercial em Transportadores e Operadores Logísticos saem às ruas, sem qualquer planejamento prévio, na tentativa de obter novas receitas. Infelizmente, poucos se preparam adequadamente para a abordagem junto aos clientes potenciais, e perdem horas "preciosas" em tentativas frustradas. Ao invés de novas receitas, apenas acumulam custos com horas perdidas, ligações telefônicas e combustíveis.
Mas afinal, quanto custa essa falta de preparo prévio para as Transportadoras e Operadores Logísticos?
Tomemos como exemplo um vendedor que tem um salário em carteira de R$ 1.500,00, ajuda de custo de R$ 500,00 e uma remuneração variável correspondente a outros R$ 1.500,00 a cada mês. Consideraremos encargos sociais e benefícios de 105% sobre os salários e comissões recebidas. Portanto, o custo mensal desse profissional é de R$ 6.650,00. Em um ano essa despesa será de R$ 79.800,00. Se considerarmos que ele trabalha 22 dias por mês e 8 horas por dia, o custo desse profissional será de R$ 37,78 por hora trabalhada.
Se ele fizer 5 visitas por dia e se concluir negócios a cada 20 visitas, terá consumido 32 horas ou R$ 1.209,09 para gerar uma nova receita.Se considerarmos novos negócios com uma rentabilidade líquida de 5%, o vendedor precisará gerar uma venda mínima de R$ 24.181,80 a cada novo negócio para pelo menos cobrir seu custo. Em um mês precisará gerar receitas adicionais de pelo menos R$ 133.000,00. Qualquer coisa, além disso, ele gerará lucro para a empresa; qualquer coisa abaixo disso, prejuízo.
Se custa tão caro assim o esforço inútil, o que pode ser feito para revertermos isso?
Tudo começa pelo planejamento comercial, algo raro na maioria das transportadoras, mas um pouco mais comum nos Operadores Logísticos. Afinal, o que vendemos (quais serviços) e para quem vendemos (quais segmentos)? Essas são apenas duas de dez perguntas que precisamos responder para ter um detalhado plano estratégico na área de Vendas. São as principais, e é preciso embasamento técnico para que sejam apropriadamente respondidas.
Sabemos ao certo qual o segmento de mercado adequado à infra-estrutura existente, à experiência adquirida ao longo dos anos, à cultura e valores da empresa? Ou a sua empresa é daquele tipo que transporta qualquer coisa? Dentro dos segmentos selecionados, que serviços oferecer além do transporte de cargas lotação e fracionada? Na seqüência, defina claramente quais os clientes potenciais dentro dos segmentos selecionados?
Relacione as empresas de cada segmento, e busque maiores dados para certificar-se de que ela realmente é um alvo em potencial. Essa fase é "dolorosa" e consome muito tempo dos profissionais da área de vendas, mas dessa forma evitaremos visitas inúteis. A partir da lista de
clientes verdadeiramente potenciais, poderemos dimensionar o esforço na venda e na pós-venda, e definir a quantidade de vendedores ou executivos de vendas.
Também a partir dessa clara definição de clientes potenciais, poderemos traçar a estratégia mercadológica mais adequada, evitando gastos desnecessários em propagandas em revistas especializadas, websites, brindes, etc.
Portanto, a ordem é minimizar o impacto de ações e investimentos desnecessários, que nada venham a agregar, e nessa jornada rumo à rentabilidade, é de suma importância a definição de uma estratégia comercial realista!
Por Marco Antonio Oliveira
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Principais desafios brasileiros ainda pendentes de soluções
Publicado em
13/01/2011
às
09:00
Não queremos mais a grife de corrupção, da criminalidade e da ignorância, não queremos que inescrupulosos decidam por nós, tanto na política como na empresa
Foram 20 anos de ditadura com informações truncadas sobre o crescimento da economia e da real inflação, censuras e limitações de liberdade, só se sabia o que era de interesse do regime; depois mais 22 anos com governos inexperientes fazendo do povo cobaia para suas teorias e planos econômicos fracassados e nefastos, para autopromoção, usando o dinheiro da população através dos impostos e seqüestro de poupanças de uma vida inteira de trabalho para satisfação do ego dos governantes, parlamentares e pessoas de "confiança" dos governantes.
Nas minhas pesquisas e entendimento, mais de 50% da população brasileira não consegue interpretar o que lê, isto facilita e torna-se um campo fértil para propagar informações faladas com a finalidade de influenciar pessoas ignorantes de leitura.
Também a banalização da violência, corrupção, impunidade, injustiça, cria em nossos filhos e netos um outro conceito, diferente daquele que aprendemos de nossos pais e mestres escolares.
A falta de políticas públicas e investimentos na educação e o neoliberalismo que distancia o Estado da responsabilidade da educação tem causado um flagelo para nossos jovens que estão despreparados para o mercado de trabalho.
As escolas profissionalizantes eram um referencial de preparação para a juventude, hoje nem as empresas privadas querem esta responsabilidade, pois a legislação é confusa e duvidosa e os empresários não querem ariscar.
Os projetos e medidas para melhoria do ensino ficam parados por anos, pois os parlamentares, governantes e ministros da educação que são cargos políticos e não técnicos, com interesses do partido ou dos candidatos que não visam o futuro da nação, mas apenas o benefício que terão nos seus mandatos.
È difícil entender esta postura, porque estes foram instruídos ainda no conceito antigo de moral, lisura, honestidade e princípios, mas, o que aconteceu então?
Se você não participa da "política" que está levando o país ao caos ficará fora do esquema ou será considerado bobo.
Analisando somente aos últimos dezesseis anos este país foi "administrado", se é que se pode chamar isso de administração por pessoas com habilidades políticas e não profissionais.
Este "país do futuro" que acreditamos, só poderá ser realidade, quando houver profissionais competentes, na presidência, nos ministérios, nas assessorias, no legislativo, no judiciário e no executivo, com um "Planejamento Global para no mínimo 30 anos" e com metas anuais que deverão ser seguidas rigorosamente, como acontece com grandes organizações com profissionais qualificados.
Não podemos mais aceitar experiências com o desaquecimento da economia ao máximo em nome do combate à inflação, sem pensar no desemprego e no despreparo de nossa população para alternativas de emprego ou trabalho; isto é falta de planejamento, incompetência e desconhecimento de planejamento a longo prazo.
A falta de planejamento agrícola, num país privilegiado pelo clima, pela fertilidade da terra, pela abundância de água e a população passando fome e sem emprego.
As autoridades responsáveis pelo planejamento da agricultura no país não conseguem orientar, planejar e subsidiar os pequenos e médios agricultores, pois os cargos são políticos e não técnicos.
Não conseguimos alfabetizar uma população que já está envelhecendo e que terá problemas; também não temos planos definidos para nossas crianças onde a evasão escolar é uma das mais altas do mundo.
Existe uma necessidade urgente de implantação de um programa a longo prazo para aberturas de frentes de trabalhos, para a grande massa de trabalhadores sem qualificação e desempregados, que estão com sua dignidade de provedor familiar destruída; e essas frentes de trabalho deveriam fazer parte do "plano macro" que citamos acima (30 anos no mínimo), com reconstrução das ferrovias, aberturas de rodovias, ampliação de portos e aeroportos, para escoamento da produção agrícola, construção de casas populares com tecnologias baratas e disponíveis no mercado e o reaproveitamento dos desperdícios nas construções que gira em torno de 40%.
A informação é muito importante, não a informação deturpada, pois sabendo que o brasileiro pouco lê, divulga-se através de outros meios de comunicação meias verdades, e a primeira é que fica gravada na mente.
Não queremos mais a grife de corrupção, da criminalidade e da ignorância, não queremos que inescrupulosos decidam por nós, tanto na política como na empresa.
Somos um país voltado principalmente para a agricultura, pecuária, avicultura e suinocultura, isto é; o Agronegócio, mas as políticas públicas e os incentivos para favorecer a fixação do homem ao campo são insuficientes e até mesmo inexistentes.
O que nos impede de transformar nosso nordeste em algo produtivo, como já temos exemplos isolados de agriculturas de uvas, mangas e outras frutas, com irrigação dos rios ali existentes? Será que ainda existem coronéis, que impedem o desenvolvimento da região? Até quando esse povo viverá na miséria sem alternativas de sobrevivência?
Os planos ou programas para o Brasil não podem ser de quatro em quatro anos, tem que ser de longo prazo, isento de influências partidárias, independente de quem será o Presidente, evitando desperdícios com obras e projetos parados; nunca nosso país foi administrado por equipes competentes de Administradores, Economistas, Engenheiros, Educadores, Advogados, Ambientalistas, com um só pensamento crescimento sustentável.
Nosso país é tido como o celeiro do mundo, a terra do petroleo, do pré-sal, do etanol, do bio combustivel, o pulmão do mundo, maior reserva de agua potável do planeta, do povo pacífico, com libertade, e finanlmente o país do futuro.
Mas, ainda vemos no nosso país poderosos dominando sobre os mais fracos e famintos, nas carvoarias crianças que deveriam estar nas escolas, mas precisam trabalhar para não morrer de fome, pais dando suas filhas á prostituição por falta de opção ou políticas públicas dos nossos governantes, no sertão pessoas impedidas pelos poderosos de ter agua, comida e trabalho, o tráfico de drogas e o contrabando, dando emprego e dominando, pois a ausencia de governo cria um governo paralelo.
Todo início de ano mães fazendo filas nas escolas para garantir vagas e educação para seus filhos o que deveria ser o contrário sobrando vagas, professores despreparados por falta de políticas públicas de apoio e treinamento.
Quanto aos impostos a carga tributária é a maior do mundo inviabilizando qualquer negócio e a cada governo sobe mais e mais, esses recursos são mal administrados e até mesmo jogado fora com obras inacabadas, propinas, corrupção em benefício de poucos.
Já imaginou se nossos governantes abrissem frentes de trabalho, tais como manutenção e reparos, não remendos das rodovias nacionais, construção e ampliações de portos, aeroportos, presídios de segurança máxima, utilizando os próprios presidiários com redução de penas.
Também se nossos governantes não esperando acontecer, "Nas escolas, nas ruas campos, construções somos todos soldados armados (de pás, martelos, colheres de pedreiros, lapis, canetas e uma vontade imensa de trabalhar para mudar) ... e cantando e seguindo a canção somos todos iguais braços dados ou não"(Geraldo Vandré); convocar e treinar pessoas para o futuro próximo na contrução de postos de saúde, novas escolas técnicas profissionalizantes, hospitais públicos, etc..
Com essas pequenas atitudes iriamos resolver em grande parte o desemprego nas classes despreparadas e menos favorecidas, iriamos criar outra situação e não a que já estamos encontrando, falta de qualificação profissional para preencher as vagas existentes, ou importar mão de obra qualificada de outros países.
Em 2014 teremos a Copa do Mundo, em 2016 as Olimpíadas, o pré-sal já está aí e exigindo profissionais qualificados, o crescimento das usinas de combustíveis, o turismo brasileiro sem projetos e infra-estrutura hoteleira para atrair turistas que será a grande fonte de renda brasileira, mas e os profissionais que utilizaremos estarão preparados, tais como, cosinheiros, copeiros, arrumadeiras, gerentes, guias turisticos, outros profissionais da culinária internacional?
Infelizmente não conseguimos pensar e planejar a médio e a longo prazo, só pensamos no dia de hoje, é uma cultura nacional que precisa ser mudada.
Vamos citar 10 (dez) sugestões que talvez para alguns pareça utopia:
1 – Mudança no sistema de ensino fundamental (1a a 8a série); deverá ter uma carga horária maior, para incluir matérias teóricas, práticas e de incentivo ao objetivo futuro. Logicamente os professores também deverão ser reciclados e treinados para esta mudança, onde haverá um crescimento de emprego e um interesse maior na carreira.
2 – Abertura de novos cursos técnicos profissionalizantes gratuitos após o termino da 8a. série voltada para agricultura, pecuária, suinocultura, avicultura e outros, com aproveitamento dos formados em
veterinária, agronomia e outros, que devido à falta de incentivo do governo estão trabalhando como balconistas em casas agropecuárias no interior dos estados brasileiros.
3 – Preparação de infra-estrutura e apoio ao turismo; este é o país com locais turísticos mais belos do planeta e por falta de recursos e visão de futuro está relegado ao ostracismo, á exclusão. A infra-estrutura ao turismo, além da conservação dos locais, inclui hotéis com qualidade internacionais e profissionais de apoio, como gerentes da rede hoteleira, guias turísticos, cozinheiras, copeiras, camareiras, garçons, recepcionistas, etc., isso fará com que se crie ao redor uma série de economia e comercio de apoio, como transporte, fornecimento de frutas, verduras, doces caseiros, artesanato, etc.
4 – Utilização da infra-estrutura do alistamento ou serviço militar, para os homens e das zonas eleitorais para as mulheres, com a finalidade de identificar e preparar profissionalmente aqueles que ainda não se decidiram por nenhuma profissão. Usar melhora mão de obra do serviço militar em serviços para a comunidade, como construção e ajuda em hospitais regionais, postos de saúde e creches.
5 - Programa sério de apoio ao campo; com assistência técnica, financiamento e controle dos investimentos, garantia e colocação das safras agrícolas através de cooperativas para os pequenos produtores.
6 – Programa de apoio e incentivo ás exportações, reduzindo a burocracia, através de cooperativas de exportações, selecionando os países e orientando quais produtos poderiam ser exportados para não se desperdiçar esforços e produtos.
7 – Mudança no sistema de saúde e valorização da mão de obra idosa; com a sugestão de redução de gastos públicos citados no item 9, poderá ser reestruturado o sistema de saúde com otimização e ampliação dos postos de saúde, postos de atendimento do INSS, incluindo consultas médicas, construção de mais hospitais regionais, utilização e treinamento de voluntários aposentados que queiram colaborar preenchendo o seu tempo ocioso com coisas mais úteis. Para os estudantes de medicina, farmácia e odontologia os estágios seriam obrigatórios nos postos de saúde, creches e hospitais regionais.
8 – Encontrar um sistema de governo, talvez ainda desconhecido, com ajuda das entidades de classes empresariais, profissionais e comunitárias, discutindo e colocando as prioridades nos vários setores onde as cabeças pensantes qualificadas deste país formariam comissões sem remuneração de soluções dos problemas brasileiros, nos municípios, nos estados e na federação como um todo.
9 – Reforma política com redução drástica do número de vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, com todas as despesas e gastos dos mesmos. As prioridades serão dadas pelas comissões citadas no item 8 e votadas pelos parlamentares.
10 – Melhorar a qualificação e capacitação dos parlamentares:
a) Vereadores: só com ensino fundamental completo (8a. série), sem processos ou acusações civis ou criminais.
b) Deputados: somente com curso superior e da mesma forma irrepreensíveis.
c) Governadores e Senadores: também com curso superior e já ter exercido mandato completo de deputado.
d) Presidente e vice: com curso superior completo, ter sido deputado ou senador.
Queremos sim, virar nossa própria mesa, voltar às escolas, não deixar os Estados Unidos ganhar a corrida do álcool, não nos deixar influenciar por estadistas vizinhos mal intencionados, não nos iludirmos por falsas promessas, queremos sim reagir a toda influência maléfica e levar a sério este país.
Agora as mulheres terão esta grande oportunidade de mudar toda essa situação de desmandos e fanfarrices.
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Globalização é caminho sem volta
Publicado em
12/01/2011
às
09:00
Nós, habitantes deste século, podemos dizer que presenciamos e estamos vivenciando uma era de visível e palpável evolução e transformação em todos os aspectos e segmentos da sociedade mundial, porém reverência se faça à tecnologia, que reduziu o mundo a alguns “cliques” e imprimiu agilidade e eficiência, especialmente na área contábil, o que possibilitou um crescimento e abrangência profissional inimaginável. O mundo se desenvolveu, as empresas, obrigatoriamente, tiveram de se reestruturar e as pessoas, em seus mais diversos cargos ou profissões, compulsoriamente tiveram de se adaptar sob pena da estagnação e do descarte. O mercado mudou. Hoje em dia, as médias e pequenas empresas são responsáveis por mais de 90% dos empregos gerados e dão sustentabilidade à economia. Isso acontece em termos mundiais, onde 99% das empresas privadas são classificadas como pequenas e médias (PMEs). Para se ter uma ideia dessa grandeza, a Europa tem 28 milhões de empresas privadas; os EUA têm cerca de 20 milhões; e o Brasil, seis milhões.
Com a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais (IFRS), o Brasil, definitivamente, passou a “falar” uma linguagem global. Num primeiro momento, o padrão IFRS foi aplicado às grandes companhias; em seguida, foi expandido às pequenas e médias empresas para que usufruíssem, da mesma forma, das vantagens provenientes da convergência. Trata-se de um processo irreversível, um caminho sem volta. Na verdade, o Brasil está adotando padrões internacionais de Contabilidade para pequenas e médias empresas, com regras mais simplificadas, compatíveis com a estrutura das empresas desse porte. A nós, profissionais da área contábil, cabe o compromisso de nos mantermos atualizados e informados, para podermos prestar um serviço qualificado aos nossos clientes. Renegar ou protelar as novas normas ou ainda questionar a legalidade da sua exigência é esperar acontecer para depois pensar no que fazer. Nesse caso, antecipar-se às circunstâncias incontestáveis é buscar benefícios à economia do País, é inserir-se no mundo atual, é ser um profissional da área contábil consciente do seu papel dentro da sociedade globalizada.
Por Zulmir Breda
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Ruas da Vida
Publicado em
11/01/2011
às
09:00
Andando pelas ruas desta enorme cidade que é o planeta, vejo pessoas com mais idade, mais jovens, caminhando com pressa, sem pressa, de mãos dadas, olhando para cima, pedindo informações, cabisbaixas, com mala na mão, com telefone na mão, puxando mala de rodinhas. Vejo pessoas sentadas nos bancos, sozinhas, acompanhadas, com crianças, alimentado os pombos, olhando as fontes de água.
Andando pelas ruas da vida, vejo pessoas com rugas, com cabelos coloridos, com roupas diferentes, com sorriso na boca, falando sozinhas. Vejo pessoas nervosas, chorando, discutindo.
Andando pelas ruas da vida em terras distantes, vejo pessoas entrando no ônibus, no táxi, descendo escadas em estações de metrô. Vejo pessoas indo aos bandos de malas em direção ao aeroporto. Vejo pessoas descansando em bancos no aeroporto, dormindo em bancos de aeroporto, dormindo no chão do aeroporto. Vejo pessoas cantando em estações de Metrô, tocando musicas em estações de metrô alegrando as pessoas que passam em troca de uma moeda ou de nenhuma.
Andando pelas ruas da vida vejo prédios antigos, muito antigos, da época dos que vieram séculos antes de nós, todos de pedras uniformes, parecem feitos para serem uma obra de arte. Vejo prédios novos, todos de vidro refletindo o sol e que não cabem na máquina de tirar foto.
Andando pelas ruas da vida, imagino que por este mesmo lugar muitos já passaram que já voltaram. Hoje eu estou passando por aqui. Um dia vou voltar também.
Andando pelas ruas da vida percebo que o mundo é diferente em cada rua que passo. Que o mundo é diferente a cada vez que passo pela mesma rua, mesmo sem me dar conta. Andando pelas ruas da vida, sem conhecer ninguém, mas rodeado de gente, percebo que somos um, todos interligados, sem saber disto.
Andando pelas ruas da vida, percebo que o Barco passa, mas o rio fica.
Percebo também que tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O Aramado
Publicado em
10/01/2011
às
09:00
Admiro o artesanato.
Admiro os artesãos.
Por onde ando costumo visitar locais de artesanato.
Em qualquer lugar do mundo, cada vez mais, é dada importância aos artesãos e seu trabalho criativo. São artistas. E que artistas! É difícil seu trabalho. Muitas vezes não são valorizados o suficiente. Assim como, quase tudo em arte. Em diversos lugares deste mundo há feiras permanentes de artesanato. No Brasil necessitamos ainda galgar alguns espaços para valorizar melhor a arte do artesão.
Em Porto Alegre há bazares temáticos de artesanato, onde, na minha opinião, se destacam os realizados pela Sociedade Germânia. Não só pela qualidade dos artesãos, mas também pela organização destes eventos, mostrando uma credibilidade imensa. Ali o público presente, realmente, se desloca, pois a qualidade dos trabalhos apresentados é de uma qualidade superior. Por ocasião do Natal e da Páscoa esta Sociedade realiza seus bazares, proporcionando assim uma interação perfeita entre organizadores, cliente e os artesãos com toda sua potencialidade. Minha esposa é artesã. Seu trabalho é com roupas de dormir.
Nesta semana fiquei encantado ao visitar o ateliê de Jaqueline Konrath. Jaque trabalha com arame.
Todos devemos conhecer, por visita ou por cartão postal, a Ópera de Arame, localizada em Curitiba, Capital do Estado do Paraná. Um local espetacular que foi construída em estrutura tubular e teto de policarbonato transparente. Projeto do arquiteto Domingos Bongestabs. Ópera de Arame. Se ainda não conhecem, vale a pena visitar e assistir ali algum espetáculo.
Falei em arame e a minha visita foi num ateliê cujo trabalho da artista é todo realizado em arame.
Jaqueline é designer, artista plástica e publicitária. Dedica-se inteiramente a produzir e criar obras artesanais em arame. Seu ateliê é localizado no bairro Moinhos de Vento, mais precisamente na Rua Quintino Bocaiúva 554 conjunto 102.
Fiquei maravilhado com sua obra. Sua criatividade. Leveza das peças. Todas em arame. Bailarinas, troféus e tantos outros objetos. Todos com uma qualidade surpreendente. Todos com um carinho... São obras de uma artista! Todos com muito bom gosto. E que trabalho! Trabalho que pode ser mostrado em qualquer lugar deste mundo. Trabalho que podemos presentear nossos amigos em qualquer lugar do mundo e eles ficarão boquiabertos com a criatividade.
Jaque, como qualquer artesão, sempre mostrando seu trabalho com aquele sorriso. Sorriso de satisfação. Sorriso de quem gosta do que faz! Jaque é uma artista.
Arte vem de dentro.
Arte vem com aquele espírito de habilidade e vontade de vencer.
Vale a pena observar os aramados desta artista gaúcha.
www.jaquelinekonrath.com.br é seu site. Podem visitar e verão com seus próprios olhos a arte e o bom gosto de seus trabalhos.
Não necessitamos trazer artesanatos do exterior ou de outro estado brasileiro. Em Porto Alegre há artesãos com muita qualidade. Talvez até superior, ou de igual qualidade, a de renomados artistas deste “mundão” globalizado.
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Por David Iasnogrodski
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Quando você não é visto
Publicado em
09/01/2011
às
09:00
O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.
Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas – nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.
O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava de navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.
Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: “Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!”.
Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.
Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas “mais um”, com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?
Primeiro, conheça seu interlocutor. Identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.
Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.
Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.
Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido – o que não foi por acaso...
Por Tom Coelho
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Os conflitos coreanos e a economia mundial
Publicado em
08/01/2011
às
09:00
A história da Coréia foi marcada pelo domínio estrangeiro, primeiro e durante séculos da China e mais tarde do Japão, num período de expansão neocolonialista, como parte de um processo que pretendia transformar o Japão na principal potência oriental.
A dominação da Coréia pelos japoneses foi caracterizada por grande violência, não apenas militar,mas cultural, quando o ensino da língua coreana nas escolas foi substituído pelo ensino do japonês, a sociedade e os costumes modificaram-se profundamente, a industria e a economia integraram-se por completo no sistema de produção japonês e verificou-se um acelerado processo de expansão.
Sob o domínio dos japoneses e com a derrota do Japão em 1945, que se renderam após a explosão das bombas atômicas na Segunda Guerra Mundial,deram liberdade aos coreanos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as superpotências do mundo dividiram a Coréia em duas áreas de influência, e em 1948, a instalação de dois governos: um norte comunista e um sul influenciado pelos Estados Unidos.
As duas Coréias desejavam expandir seus limites territoriais, sendo que em 1950, a Coréia do Sul foi invadida pela Coréia do Norte, apoiados por Moscou. Os EUA também fizeram o mesmo com as suas tropas americanas ao Sul e mais as sul-coreanas, fazendo uma grande batalha e atingindo uma situação de impasse onde foi assinado um acordo em 1953, dividindo a península coreana.
Em Junho de 2000 realizou-se uma histórica primeira conferência Norte-Sul, como parte da "política do Sol" sul-coreana, apesar de um aumento recente de preocupação com o programa de armas nucleares da Coréia do Norte.
Porém, hoje os dois países estão mais próximos de um conflito do que de uma aproximação. Isso por que, no momento, a Coréia do Norte ameaça toda a comunidade internacional com testes de armas nucleares e mísseis balísticos.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu à Coréia do Norte que pare com suas provocações e sua política de ameaças e afirmou que a opinião mundial deve se pronunciar frente ao afundamento pela marinha norte-coreana de um navio sul-coreano.
Hillary, que chegou a Seul, proveniente da China, onde tentou obter mais firmeza de Pequim frente a seu aliado norte-coreano, indicou que os Estados Unidos estudavam outras opções para estabelecer a responsabilidade da Coréia do Norte e seus dirigentes, também reiterou o firme compromisso de seu país para com a segurança de seu aliado sul-coreano.
Caso as conversações não trouxerem resultados e os norte-coreanos iniciarem uma guerra não ficará restrito apenas à Ásia, a China provavelmente se colocaria ao lado do norte, enquanto os Estados Unidos defenderiam o Sul.
Seria a terceira maior economia do mundo enfrentando a primeira, o que traria conseqüências
desastrosas para todo o mundo, o que poderiam se envolver também Rússia, Índia e Paquistão, colocando o Oriente Médio dentro do conflito.
A Coréia do Sul alterou a rota dos seus vôos, alongando em meia e uma hora os que atravessavam o espaço aéreo norte-coreano em direção aos Estados Unidos e à Rússia.
A situação atual já está afetando exportadores em todo o mundo. Em Israel, são os produtores de flores que estão sendo prejudicados, pois. este é um dos principais produtos de exportação do país.
Em Bruxelas está armazenada uma grande quantidade de peixe que agora cinco toneladas está destinada ao lixo.
A Alemanha, principal exportador europeu, está a avaliando as consequências atravéz do ministério da Economia, que colocou em funcionamento um grupo de trabalho para verificar as consequências e as saídas devido a crise nos aeroportos.
Na França, o caos aéreo coincide com uma greve dos ferroviários, o que complica mais ainda a situação.
O uso de um torpedo de fabricação chinesa para atacar submarinos sul coreanos também não foi uma boa idéia, não tanto pelo uso da arma em si, mas pelo simbolismo que isso denota. Esse uso deixou a China em uma posição bem delicada nesta situação.
Em todo o mundo, as bolsas voltaram a oscilar por razões da fragilidade do euro e na possibilidade duma guerra na península coreana.
Outro fator que dificulta o acordo é que o atual Secretário Geral da ONU é um sul coreano que está se dedicando pessoalmente neste novo conflito. Já há informações de dentro da ONU que dizem que Ban Ki-moon está se dedicando pessoalmente, inclusive se reunindo com membros da delegação chinesa.
Teremos que esperar os acontecimentos futuros para compreendermos o total avanço da situação. Mas a verdade é que enquanto o mundo se concentra no problema iraniano, o conflito maior e mais perigoso para a paz mundial, pode estar na península coreana.
Por Cláudio Raza
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Barcelona
Publicado em
07/01/2011
às
09:00
Sem ser preciso, Barcelona foi fundada pelos Romanos, no final do século I A.C. A segunda língua mais falada no mundo, depois do Chinês é espanhol. O inglês vem em terceiro, mesmo sendo a língua diplomática oficial. O espanhol daqui é diferente daquele que ouvimos no Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e demais países da America latina. Aqui, além do Espanhol, o Catalão é língua oficial. Os cartazes, avisos, jornais denotam isto. O portunhol que costumamos falar é totalmente diferente, mas não impede a comunicação na rua. Falando com alguns locais, e é nítida a sua tendência em afirmar que os catalães são separatistas.
A arquitetura modernista, com formas redondas, baseadas nas formas da natureza, foi o forte no inicio do século passado. Depois vieram as formas geométricas, o triângulo, o quadrado. Muitos prédios ainda registram este período. O arquiteto mais famoso foi Gaudi. A igreja Sagrada Família é um monumento arquitetônico e ao mesmo tempo religioso, pois suas fachadas contam passagens da bíblia. Uma expressão que se houve muito: Jesus, Maria, José. Esta inscrita varias vezes nas fachadas. O parque Guel, cuja arquitetura é diferente de tudo que vimos por aqui chama atenção por suas cores, pedras da região dispostas em formas geométricas e o simbolismo da natureza em quase tudo.
Em 1992 aconteceram aqui as Olimpíadas. A impressão que tive ao visitar as instalações, que são visitadas por turistas todos os dias, de estarem abandonadas, com pouco uso. Barcelona do futebol, da arquitetura. Ao se andar na ruas, se escuta idiomas dos mais diversos. É uma cidade mundial. É a Nova York da Europa.
Enquanto estava no hostal com minha esposa, pois desta vez não viajei sozinho, muitos hóspedes não puderam retornar e outros não puderam chegar por causa do vulcão na Islândia que cancelou milhares de vôos em toda a Europa.
A natureza, que criou o céu e as terras, sempre comandou e continua comandando o espetáculo. O ser humano sempre estará a mercê da natureza. Consegue controlar, quando não falta energia, o ambiente onde habita através de aparelhos de ar condicionado.
Um provérbio japonês para encerrar: O homem sábio fala das suas idéias, o inteligente dos fatos, o vulgar do que comeu.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Comunicação e Marketing: Avaliação de Resultados
Publicado em
05/01/2011
às
09:00
Um dos problemas postos diante de clientes, agências, profissionais de marketing e veículos de comunicação é a avaliação correta acerca dos resultados dos investimentos feitos na área.
E essa avaliação não pode deixar de lado as ferramentas que hoje, tão intensamente são utilizadas nas diferentes mídias. Um caso merece destaque, como o de uma empresa de consultoria aqui trazida para reflexão: o titular foi Diretor Regional e Presidente Nacional do órgão técnico regulador de toda a atividade, é frequentemente entrevistado sobre problemas relativos à especialidade (fonte), escreve e publica opiniões sobre questões do setor e participa ativamente de entidades de classe. É, por isso, referência técnica do setor no estado. Sua empresa costuma anunciar em rádios de grande audiência; em jornais e revistas de expressiva tiragem; e no site. O importante é que a empresa tem conseguido explorar, de cada mídia, aquilo que ela tem de mais específico: no rádio, a ênfase é toda oral, destacando-se timbre e entonação de voz para realçar as qualidades do produto; no jornal, a centralidade fica na visualização do texto e na logomarca do anúncio; na televisão, além da expressão oral, a força da mensagem centra-se na imagem em movimento, aliando o textual, o sonoro e o visual. E hoje, é bom não esquecer, com o recurso aos modernos dispositivos midiáticos, a Internet facilita cada vez mais o poder de penetração e a capacidade de a empresa deter uma marca forte, com diferencial técnico e seriedade.
Assim, a partir do reconhecimento das especificidades de cada meio, a empresa tem desenvolvido um trabalho diferenciado, capaz de atingir as pessoas e, principalmente, sensibilizá-las. Além disso, é claro, tem mantido um permanente trabalho de prospecção de novos negócios, a fim de que seus serviços sustentem o reconhecido padrão técnico e assegurem à marca a posição de uma das mais lembradas do Rio Grande do Sul.
O desafio, então, em tempos de convergência midiática, é saber explorar o potencial de cada mídia para, com competência e criatividade, assegurar ações decisivas no fortalecimento da marca. A Internet, pela rapidez que oferece e pela interatividade que proporciona, permite aos clientes a interação mais direta, seja como mero espaço de consulta e comparação, seja como lugar de sugestões e críticas, no que se refere às empresas.
O fundamental, portanto, é examinar o que, de fato, cada veículo pode trazer à comunicação efetiva e ao sucesso de uma empresa.
Por Günther Staub
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Influencias
Publicado em
04/01/2011
às
09:00
Podemos sofrer com boas ou más influencias.
Mas inúmeras vezes somos influenciados.
A televisão nos influencia em muito. Não só através dos seus comerciais, mas através da sua programação.
Moda.
Cores.
Modos de falar.
São alguns exemplos influenciáveis...
Há muito me debato com a importância da utilização da bicicleta como um meio real de transporte. Não só a utilização dela para lazer. Países mais adiantados que o nosso utilizam a “bike” como um excelente meio de locomoção.
Crianças.
Jovens.
Adultos.
Todos com sua bicicleta.
Um grande exemplo é a Holanda.
Claro está que todos eles possuem suas ciclovias e os condutores das bicicletas são respeitados, assim como os condutores das bicicletas respeitam os outros meios de locomoção. Todos se respeitam...
No início da atual novela das 8 – Rede Globo - ( que inicia por volta das nove...) – cujo título é “Passione”- me referi em uma crônica que a bicicleta teria finalmente vez em nosso país, em função de que este produto estava inserido no contexto da novela. Estava sendo mostrado a todos através de competições e treinamentos, e também a dramaturgia da novela estava sendo descrita junto a uma indústria que produzia bicicletas.
Estou agora satisfeito, não por completo – logicamente. Mas já estou um pouco mais satisfeito que anteriormente.
Já noto, e acredito que vocês também, um número maior de usuários de bicicletas. Não só nos finais de semana – que também aumentou o volume – mas também durante os dias de semana.
O que está faltando para aumentar a utilização?
São as ciclovias. Já temos estados brasileiros com inúmeras ciclovias. Outros ainda estão nos projetos.
Necessitamos acreditar – todos – que a bicicleta é um excelente veículo.
Quando tivermos as ciclovias, será uma alavancagem geral para a uma melhor utilização da bicicleta como um grande meio de locomoção e também para o lazer.
Bicicleta – um veículo que não polui o “nosso” meio ambiente.
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Por David Iasnogrodski
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Ilegalidade do Funrural e a Morosidade do Judiciário
Publicado em
03/01/2011
às
09:00
Inobstante o STF tenha considerado, em fevereiro último, inconstitucional a cobrança do FUNRURAL, verificamos ainda hoje diversas decisões de juízes e tribunais país a fora declarando devida a cobrança a partir do ano de 2001.
Inadmissível prever um judiciário ágil quando o direito do cidadão é declarado pela Corte maior do país, mas rechaçado pelos julgadores singulares e colegiados regionais. Não estou, aqui, defendendo a aplicação de súmula vinculante ou algo parecido. Isso daria assunto para diversos outros artigos.
O que digo é que não raras vezes o contribuinte brasileiro é bombardeado com cobranças de tributos indevidos, ilegais desde sua origem, e para conseguir reverter a situação, deve se dispor ao judiciário. O mesmo judiciário que decide de forma contrária ao entendimento supremo.
Defendo a autonomia nas decisões judiciais, e considero que somente ela é capaz de viabilizar a efetiva justiça no caso concreto, vez que nem sempre se pode considerar casos semelhantes como se fossem idênticos.
Porém, em questões de direito público, onde sabidamente o ataque a uma lei, feita por um contribuinte, é o mesmo pleiteado por tantos outros, vez que flagrante é a ilegalidade da norma, nestes casos deveriam sim os nobres julgadores aterem-se ao entendimento superior, que sempre foi demorado em se alcançar e não pode ser simplesmente desconsiderado, devolvendo o contribuinte à fila do Judiciário.
Mais do que retirar do cidadão o direito a recursos ditos protelatórios, mas que servem para dar maior segurança à decisão final, deveria o judiciário brasileiro operar com lógica e economia, assumindo suas decisões e pondo-as em prática no menor tempo possível.
Felizmente, no caso da contribuição denominada FUNRURAL, houve decisão pela Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, responsável pelos três estados do sul do país, no sentido de considerar indevido o tributo mesmo com análise da lei de 2001.
O detalhe é que neste julgamento houve um voto divergente, e nos resta agora esperar para ver qual será a postura de quem divergiu. É esperar e “torcer” para que a justiça prevaleça.
Este é o judiciário de hoje, onde a técnica anda necessariamente ao lado da esperança.
Por Eduardo Barrufi Gomes
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Mais sobre Caracas - Venezuela
Publicado em
02/01/2011
às
09:00
Em todos os ônibus que andei havia música. Salsa, principalmente e em volume alto. Um dos serviços de ônibus do aeroporto para Caracas é do governo, portanto preço social e também com musica, a viagem sempre animada. Na maioria das lojas também música.
Perguntei vários jovens, menos de 25 anos, se vão votar no vermelho ou no azul. Meio a meio. Quando eu perguntava se achavam que as empresas estatais terão futuro e serão competitivas, prontamente respondiam que não, porque varias já quebraram e não são eficientes.
Usei bastante o metrô. Neste último dia, ao entrar na estação Bellas Artes, havia uma enorme fila, já na entrada. Um serviço de som anunciava que o sistema está lotado e que o acesso seria aos poucos. Quando chegou minha vez de entrar, para ir até os trens, outras filas. Quando chegou o trem, somente alguns conseguiram entrar porque estava lotado. Chegou o segundo trem e neste consegui entrar, porém a porta já estava fechando quando fui puxado e empurrado por alguém de fora para não ficar entalado. Eu estava com a mochila nas costas.
Comecei a perguntar se era normal. Sim, acontece com muita freqüência. Por quê? Porque existem mais de 40 vagões “rotos”, ou seja, estragados e por falta de manutenção e peças não estão em uso e por isto a superlotação.
Ai perguntei da falta de energia na capital. No início do racionamento, alguns dias houve racionamento também em Caracas. Foi um caos, não se conseguia chegar em casa depois do trabalho, porque os trens não funcionavam ,trânsito lento. Resolveram não racionar energia na capital.
Em alguns estados, são 23 na Venezuela, onde o Governador é do partido da situação, o racionamento são diferenciados, menos dias por semana.
Ler sobre o assunto, ouvir falar é uma coisa. Experimentar ser puxado e empurrado no trem para não ficar entalado e vivenciar as situações que o socialismo que o atual presidente da Venezuela diz ser a mesma coisa que comunismo, é outra coisa.
Acredite se quiser. Se não, venha conferir.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Contaminados pelo vírus da excelência
Publicado em
01/01/2011
às
09:00
Um grande líder, ao terminar uma visita a uma empresa, pediu para reunir os funcionários e disse-lhes: Parabéns! Vocês foram contaminados pelo vírus da excelência!
Tudo nessa empresa era bem feito. Quase perfeito! Os produtos eram de impecável qualidade. A limpeza era primorosa. As pessoas sabiam o que fazer e faziam bem. Até o café servido era um espresso de ótima qualidade. Num painel logo na entrada da empresa havia dezenas de cartas de clientes, carregadas de elogios. A empresa tinha sido contaminada pelo vírus da excelência!
De fato é impressionante como há empresas e pessoas que parecem ter sido contaminadas pelo vírus da excelência. Fazem tudo com sentimento de perfeição, com comprometimento, atenção aos detalhes e "follow-up" imediato. E todas as pessoas que trabalham numa empresa contaminada por esse vírus sentem-se mal quando alguma coisa não excede os padrões normais de qualidade. Não basta ter qualidade. É preciso exceder, ser excelente!
A palavra excelência vem de excellere (latim) ex = além, acima, cellere = alto, torre. ma pessoa ou coisa excelente é aquela que é ou está acima ou além dos limites comuns.
E o vírus da excelência é benigno. Ele atrai ao invés de repelir; ele soma e multiplica ao invés de subtrair e dividir. O vírus da excelência aumenta a auto-estima e, como num círculo virtuoso, torna as pessoas inconformadas com a baixa qualidade.
Procure prestar atenção em empresas, marcas, pessoas que foram contaminadas pelo vírus da excelência. Você as conhece?
Há pessoas e empresas que nos deixam a impressão de terem sido contaminadas pelo vírus da excelência e que nos dão total segurança. Aquela marca de automóvel, aquele médico, aquele dentista, aquele professor, aquele militar, aquele restaurante – tudo o que fazem é com sentimento de perfeição.
E a verdade é que pessoas contaminadas por esse vírus contaminam outras. E, rapidamente, o vírus se espalha e toda a empresa ou organização em que trabalham fica contaminada e a excelência passa a tomar conta de tudo e de todos, trazendo como conseqüência um incrível sucesso.
Acredite: o vírus da excelência é o único vírus que, em vez de nos prejudicar ou matar, nos salva e fortifica. Deixe-se contaminar!
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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31 De Dezembro: Dia da Promessa?
Publicado em
31/12/2010
às
09:00
Comemorar com familiares, reunir amigos para festejar ou brindar, mesmo que sozinho, a passagem do ano novo é, sem dúvida, um momento especial na vida do ser humano. A alegria é a soma da descontração, multiplicada com a esperança de mudanças pessoais e profissionais. O interessante é que, além da festa, há também muitas promessas, que normalmente não passam de juramentos soltos ao vento. Acostumados com um ambiente de comodismo, tranquilidade e previsibilidade, a reação de algumas pessoas é a paralisia de visão, que impede o aproveitamento das oportunidades. Começar um novo ano exige planejamento, sem abandonar as marcas das experiências passadas. Observe nos dois itens a seguir, como usar o dia 31 de dezembro para prometer menos e fazer mais em 2011.
O placar da mudança de resultados – Durante uma entrevista em um programa de televisão, o apresentador me pediu um exercício prático, para os telespectadores aplicarem o compromisso de prometer menos e fazer mais em 2011. Sugeri a criação de um placar, a ser colocado em um local visível. Nesse placar deveria constar o nome, versus a palavra medo. Cada vez que o medo vencer o seu sonho, ganha um ponto. Quando você acreditar no seu potencial, superar desafios e conquistar seu objetivo, você ganha um ponto. Há necessidade de se comprometer com a marcação dos pontos. Com o resultado será possível perceber, no final de cada mês, quanto o medo foi capaz de derrotar o sonho. O seu placar da mudança de resultados, não pode de maneira alguma, ser inferior ao medo. Digo sempre que: “O medo de fracassar levou inúmeras pessoas a desistirem da concretização de seus sonhos”. Por medo, muitas pessoas deixam de ser felizes, de conquistar a carteira de habilitação, de ingressar em uma faculdade, ou concorrer a um cargo melhor na empresa. Qual será o seu placar no final de 2011?
A necessidade é a base da inovação – Fiquei surpreso, ao solicitar uma pizza por telefone e o entregador perguntar, com toda cordialidade, se eu gostaria de pagar com cartão de crédito. Quando perguntei sobre esse procedimento, o entregador respondeu: “Na pizzaria assumimos o compromisso de fazer a diferença e para nós, uma promessa é dívida a ser cumprida”. Estabelecer metas, ter disciplina para cumpri-las e praticar o exercício de inovar, estabelece um importante diferencial, diante de pessoas que somente prometem e nada fazem. O exemplo do cartão de crédito da pizzaria pode ser uma demonstração prática, para perceber que há empresas que assumem a realização de suas promessas. E na vida pessoal? Quantas pessoas prometem chegar no horário, assumem o compromisso de emagrecer, falam em ser diferentes nos comportamentos, mas não ampliam horizontes emocionais? Não esqueça que sonhos extraordinários demandam comprometimento, esforços e pensamentos excepcionais.
Uma meta assumida por você merece um espaço privilegiado de seu próprio tempo. Requer criar uma linha de chegada imaginária entre o discurso e fazer da realização de seus projetos, sonhos e desejos uma verdadeira inspiração. Que tal registrar em um papel as promessas do dia 31 de dezembro, conferir a cada mês e monitorar o seu placar da mudança de resultados? Não abra caminho para a ineficácia e não entre em uma zona de conforto. Seja uma pessoa honesta com você e perceba que as desculpas podem ser substituídas por resultados. Permita que suas promessas sejam como a flecha de um arqueiro, na direção certa do alvo.
Por Dalmir Sant’Anna
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A Esperança Brigou com o Entusiasmo
Publicado em
30/12/2010
às
09:00
Atônita, ao olhar para seu relógio, Esperança já podia sentir aquela sensação de recomeço. Recomeçar o ano... as metas... a sonhar.
E ao ouvir o quase ensurdecedor barulho dos fogos de artifício também pôde sentir aquele friozinho na barriga. Medo? Talvez medo do stress, de não conseguir, quem sabe do próprio recomeço.
O fato é que Esperança havia há muito tempo brigado com o entusiasmo e até mesmo esquecido que por definição enthousiasmós significa: inspiração divina; a força que vêm de dentro, que nos levar a realizar o que antes parecia impossível; uma paixão viva; alegria ruidosa. O que ela parecia não sentir mais.
Esperança estava perdida na busca pelo sucesso, que erroneamente na sua mente é o mesmo que dinheiro, matéria, status. E nessa busca frenética perdeu-se na ilusão de que sem isso a vida seria mais dura, mais triste, até mesmo insana. Esperança tem tudo, mas não tem nada. Vive de ansiedade, na ilusão de que na próxima conquista conseguirá tempo para si, para celebrar, para curtir. Esperança está seriamente doente... mas não se dá conta.
Esperança sofre de um mal comum na sociedade moderna - entusiasmar-se pelas coisas erradas.
Mas como a noite era mágica e especial bem ao seu lado, na sala de estar, encontrou um livro e entendeu o porquê nunca deveria brigar com o entusiasmo.
Foi Carlos Drumond de Andrade quem a ajudou nesta árdua tarefa, quando ela leu e refletiu sobre o texto abaixo.
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para frente tudo vai ser diferente".
Esperança finalmente aprendeu que a esperança é um componente do nosso próprio ser, que não pode ser um comportamento passivo, mas que está voltada para a ação. É uma virtude, uma força que nos anima. É quem nos leva a acreditar num futuro melhor.
Não brigue com o entusiasmo porque ele é intransferível é aquele que dá sentido para a sua vida!
E não seja diferente somente no trabalho ou na condução de sua carreira, vá ainda mais fundo e seja um SER HUMANO Diferente.
Em 2011 tenha entusiasmo pelas coisas certas e pelos motivos certos!
Começar o ano com a esperança renovada pode ser o seu maior presente de ano novo.
Feliz Natal, muita paz, saúde, realizações e um 2011 pra lá de ESPECIAL!
Por Paulo Araújo
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A Verdade no Marketing
Publicado em
29/12/2010
às
09:00
Em um congresso mundial de marketing, realizado nos Estados Unidos, a programação era de alto padrão técnico, embora o título de uma das palestras parecesse equivocado: “A verdade no Marketing”. Isso porque a prática do bom marketing pressupõe o exercício permanente da verdade. Na sua apresentação, o conferencista exibiu anúncios, folhetos e vídeos, todos mostrando os produtos e os serviços, com suas marcas e logomarcas. Ao lado de cada um desses anúncios, mostrou análises de laboratórios e institutos de certificação, que indicavam, de um lado, as características que os produtos e serviços diziam ter e, de outro, aquilo que efetivamente continham. As análises apontaram claras diferenças para menos, seja na composição química , seja no desempenho do produto, seja na qualidade e intensidade dos serviços oferecidos. Ou seja, prometiam alguma coisa, mas entregavam um produto ou serviço de qualidade inferior. Aquelas empresas estavam enganando o consumidor.
No decorrer da palestra, fui pensando: se fosse no Brasil, este palestrante tão corajoso não teria “o amanhã” profissional. Ao final, e para a minha surpresa, o palestrante foi longamente aplaudido e de pé, como um pop-star. No espaço reservado para perguntas, vários foram os pedidos de desculpas, apresentados pelos representantes de algumas das empresas mencionadas, ao auditório e aos consumidores. Esses senhores diziam desconhecer tais infrações e prometiam tomar imediatas providências. Outros afirmavam e pediam aos participantes que nunca mais prestigiassem as empresas denunciadas e seus produtos.
Enquanto isso, no Brasil, vemos diariamente algumas empresas e políticos enganarem as pessoas e, ainda assim, continuarem sendo prestigiados pelos clientes e eleitores. É só consultar os PROCONS, os resultados das eleições e as crônicas policiais e de escândalos. Precisamos melhorar, e muito, no marketing e neste Brasil.
Por Günther Staub
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Fraude em Brasília: enganaram a lei e, por tabela, o cidadão
Publicado em
28/12/2010
às
09:00
Imagine a situação: você, no aeroporto, esperando para embarcar; mas o embarque vai atrasando, até que lhe informam que seu vôo foi cancelado. Para piorar, o atendente menciona que por “questões internas”, você não será remanejado, e informa que nos próximos 120 dias não há assentos em outras aeronaves, tampouco direito a reembolso do valor pago. Agora outra hipótese: você está terminando um curso, e, na última aula, o responsável entra na sala e declara que, por “questões internas”, o conteúdo será alongado, e você terá de cursar por mais um ano.
Em ambos os casos, além da frustração, você se sentiria enganado. Em suma, não faltariam razões que reprovassem tais condutas, tanto por revelarem-se injustificadas, quanto por serem prejudiciais ao antes definido. Mas e quando o órgão legislativo faz isso? Ou seja, quando o Congresso Nacional dá “uma curva” na lei que ele mesmo criou e posterga o exercício de um direito para daqui a 10 anos, qual é o nosso sentimento, já que a lei, enganada, não pode reclamar? Pois este embuste vem ocorrendo desde 1997, quando a redação da Lei Kandir, que garantia os créditos de ICMS sobre bens de uso e consumo (espécie de retorno de parte do imposto) foi alterada, e tal exercício foi “postergado”, pela primeira vez - se é que exercício de direito pode ser postergado -, para o ano de 2000. Não bastasse aquela manobra, o engono de lá pra cá segue: De 1997 até hoje, O Congresso, já com a “fórmula patenteada”, e sempre na última hora, institucionalizou também prorrogações em 1999, 2002 e 2006 - esta última prevendo que o finado direito seria exercido em 2011.
Pois agora, sem nenhuma novidade, a Câmara aprovou, por 340 votos a 7, o “novo” projeto, prorrogando o ressarcimento para 2020 - uma verdadeira vergonha. Vergonha essa que só é ofuscada por outra ainda maior, a da justificativa; e isso porque foi “patenteado”, também, um motivo para o calote: “o prejuízo dos Estados”, espécie de “questão interna” que nunca é resolvida e que demonstra outra conduta reprovável: a de que é melhor uma lei ruim, que em vigor prejudicaria os Estados, do que uma reforma tributária. Como cidadão, não aceito que uma lei seja enganada - e por tabela seu destinatário, o povo -, por aqueles que lá estão graças a nós. A atitude do Congresso, neste caso, não é de simples violação de um dispositivo qualquer; ele está fraudando sua própria lei; e agindo assim ele frauda o sistema, o qual tem como valores, entre outros, a segurança e a justiça, e que deve primar pela moral e honestidade legislativa, o que aqui, como visto, está longe de ser regra.
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Carlos Gardel em Porto Alegre - E Para Sempre!
Publicado em
27/12/2010
às
09:00
Tango!
Que ritmo!
Internacional.
Muito nos lembra a Argentina. A Buenos Aires. A capital de todos os argentinos. Seus shows. Todos eles apresentando o tango como atração máxima. No canto. Na dança. Todos recordando Carlos Gardel.
Nas ruas, os dançarinos apresentam tango. E também aí a presença de Carlos Gardel é uma constante. Personagem. Cantor. Compositor. Importante para o mundo.
Carlos Gardel. Seu lugar de nascimento constitui uma questão controversa. Alguns sustentam que Gardel teria nascido no interior do Uruguai, no departamento de Tacuarembó, baseando-se em alguns documentos e matérias jornalísticas da época. Seria filho do líder político local Carlos Escayola e de Maria Lelia |Oliva, que tinha 13 anos. Outros dizem que teria nascido na cidade francesa de Toulouse como Charles Romuald Gardès, filho de pai ignorado e de Berthe Gardès (1865-1943). Gardel era esquivo sobre o tema e quando indagado dizia: “Nasci em Buenos Aires aos dois anos e meio de idade”.
Se for importante para o mundo ela está presente em Porto Alegre. No Rio Grande do Sul. Ao sul do Brasil.
Gardel é importante e está presente em Porto Alegre, no aristocrático bairro Bela Vista.
Sim, no Bela Vista há uma rua homenageando este cantor e ator celebrado em toda a América Latina. Iniciando como cantor ainda jovem com o nome artístico de El Morocho.
Em 19 de setembro de 1980. O Prefeito de Porto Alegre Guilherme Sócias Villella, sanciona a lei número 4779 de autoria do Ver. Martim Aranha, denominando Rua Carlos Gardel a antiga Rua 20 da Chácara Santos Netto, no Bairro Bela Vista.
Nas placas indicativas, segundo o texto da legislação, devem constar os seguintes dizeres: “Maior intérprete da música portenha – o tango”.
Rua linda. Arborizada. Despontando a arquitetura moderna de seus prédios.
Carlos Gardel em Porto Alegre – e para sempre!
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Por David Iasnogrodski
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Eles estavam certos
Publicado em
25/12/2010
às
09:00
A mãe natureza tem o poder. Quem tem o poder manda. A mãe natureza que é deus, ela gera, ordena e destrói. A palavra God em Inglês pode significar, generator, ordenator e destructor. A natureza faz isto. As primeiras civilizações das quais temos registro, acreditavam que a natureza, a terra, o ar, o fogo, a água eram os poderes. Os egípcios declararam o sol como deus. Sempre relacionado com os quatro elementos da natureza. A quintessência já é outro assunto.
Faço esta introdução para compartilhar minha experiência em visitar em uma das ilhas que compõem o estado do Hawaii, onde existe e está em atividade, o vulcão mais ativo do planeta. A natureza esta gerando mais terra, ordenando os elementos. O homem por mais que tente controlar e se preparar não consegue antever os fenômenos da natureza, tais como as erupções, tsunamis, furacões, terremotos, ventanias, e a previsão de tempo para amanhã.
Eles estavam certos. Quero dizer que as civilizações anteriores a nossa que acreditavam que deus falava com as pessoas quando trovejava, ou que deus estava triste quanto chovia simbolizado pelas lágrimas, ou bravo quando soprava vento muito forte ou ainda furioso quando derramava água provocando enchentes, talvez estivessem certos.
Deus poderoso, que cria terras e o céu. A natureza continua criando terras. O homem, uma evolução da natureza, cria coisas fantásticas, tudo com aval da natureza, de onde surgiu. A experiência de ver o grande arquiteto do universo em ação é impressionante.
Pense sobre isto, sem paradigmas.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Multa Fiscal e Confisco
Publicado em
24/12/2010
às
09:00
Nos dias atuais, o fisco tem efetuado cobrança de valores vultosos a título de multas sancionatórias, face a elasticidade da interpretação das normas emprestadas para fixação das penalidades pecuniárias.
Os agentes fiscais na aplicação das multas por infração, as quais incidem sobre o valor da operação tributável, estão levando muitos contribuintes à total insolvência.
Preliminarmente, temos que salientar que no direito tributário a norma que delineia o fato “antijurídico” não pode apresentar tipologia aberta e, muito menos a sua interpretação, eis que restringiria, de maneira incontrolável, a propriedade e a liberdade, comprometendo e ferindo a segurança do sistema jurídico nacional.
Vejam bem. Não estamos dizendo que os fiscais aplicam multas desvinculadas dos percentuais máximos estabelecidos em lei. O que afirmamos é que em determinadas situações esses agentes governamentais olvidam-se de um princípio máximo do direito tributário, o de não confiscatoriedade da multa fiscal. Nesse sentido quando, para dissuadir o ato ilícito do contribuinte, o interprete amplia os ditames legais ou restringe os benefícios, fazendo com que a multa ultrapasse o limite do razoável para punir o transgressor, estamos diante do Confisco Tributário.
De fato, quando a multa alcança um percentual tão elevado que desfalca o patrimônio do contribuinte, ela deixa de ser legal e passa a ter natureza de confisco, proibido pelo nosso sistema constitucional, eis que acarretará seria restrição a atividade profissional.
Uma forma sensata de fixar a multa tributária é lançar mão do critério de razoabilidade (o meio deve ser adequado a finalidade perseguida). Ou seja, a multa não pode conduzir a uma situação de grande perda patrimonial, que o leve a insolvência, penúria ou aniquile a possibilidade de manter o seu sustento (capacidade contributiva do sujeito passivo). Não há interesse da categoria econômica e ao Estado que o estabelecimento comercial e/ou industrial produtivo venha a desaparecer, aumentando os índices de desempregados e reduzindo a arrecadação fiscal.
A lei que trata dos princípios e regras do processo administrativo é clara ao prever os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, na medida em que veda a aplicação de medidas que ultrapassem as forças do contribuinte e obriga a observância do critério de adequação entre os meios e os fins. Ou seja, quando ela for desproporcional e excessiva a finalidade almejada.
Muitas das multas punitivas ou por infração, geralmente aplicadas no percentual de 150%, decorrentes da prática de determinadas infrações, ações ou omissões do sujeito passivo contrárias à lei fiscal, atualmente previstas na legislação tributária, foram inspiradas na época em que a inflação anual atingia níveis da casa de até 2.783% a.a. Atualmente, onde os índices inflacionários são módicos, em termos práticos não há nada que justifique multas em percentuais tão elevados, eis que sufocam qualquer atividade econômica e tolhe as possibilidades de reeducação dos contribuintes.
Nesse sentido, fomos à busca das lições de Geraldo Ataliba quando afirma que o “direito de punir do Estado não é irrestrito e ilimitado. Ao contrário, deve obedecer rigorosamente ao ‘regime jurídico punitivo’, formado pelos preceitos constitucionais e legais que estabelecem limites procedimentais, processuais e substanciais à ação do Estado no exercício do ius puniendi” (direito de punir).
Na lição de Sampaio Dória: "O poder tributário, legítimo, se desnatura em confisco, vedado, quando o imposto absorva substancial parcela da propriedade ou a totalidade da renda do indivíduo ou da empresa".
Uma sugestão quanto ao limite para imposição das penalidades pecuniárias ou por infração partiu de Ives Gandra Martins: "Entendo que o parâmetro encontra-se na base de cálculo que deu origem ao fato gerador da obrigação tributária plena (tributo e penalidade), não podendo esta superar dois limites essenciais, a saber: a) valor superior da operação ou bem, que serviu da base de cálculo ao tributo e penalidade, ou b) nos casos de valor superior do tributo ao bem ou operação, possível no campo dos tributos indiretos, a penalidade, necessariamente, teria que se limitar ao valor do próprio bem ou operação".
Dessa forma, o valor do tributo não deve chegar ao ponto de absorver integralmente o valor do bem tributado, nem a multa acessória ou punitiva pode se constituir num valor equivalente a um tributo.
Por Laury Ernesto Koch
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Por que as empresas morrem precocemente?
Publicado em
23/12/2010
às
09:00
Como um ser humano as empresas passam por processos semelhantes; algumas dão sinais que algo não vai bem e começam adoecer financeiramente, outras ficam velhas mentalmente, sem condições de recuperação, já outras, mal nutridas de produtos essenciais e sem tratamentos como reposição de vitaminas e sais minerais não conseguem chegar à fase adulta.
Existe uma cultura no mundo empresarial brasileiro de falta de planejamento, como também existe nos nossos governantes, foram poucos os que fizeram e executaram um planejamento ou um plano de governo; podemos citar alguns exemplos de falta de visão de futuro ou falta de planejamento; nossas ferrovias, totalmente sucateadas; nossos portos em péssimas condições e sem investimentos há décadas; nossos aeroportos com capacidade e infra estrutura precárias; nossas rodovias, somente em alguns estados funcionam, mas com altos pedágios; todas essas deficiências encarecem e dificultam o escoamento de nossas safras e produtos fabricados.
Nas empresas não é diferente, abre-se uma empresa sem planejamento algum, não se faz um plano prévio de abertura do negócio, onde se verifica o mercado, o local, o produto, o preço, os concorrentes, o perfil dos consumidores, o investimento necessário, os fornecedores, a lucratividade, etc.
Na grande maioria destas empresas os sócios são profissionais da área de produção, técnicos ou engenheiros, sem qualificação ou capacitação em gestão de negócios ou mesmo administração de empresas, não que isso seja um fator determinante para a empresa não morrer, mas saberá que com um plano de negócio prévio as possibilidades serão bem melhores.
Normalmente o dinheiro para a abertura do negócio vem do fundo de garantia resgatado pela demissão ou por empréstimo bancário ou familiar. Se não for bem planejado poderá conforme estudo do SEBRAE, morrer precocemente, antes de completar cinco anos de vida e 56% destas não chega á esta meta.
Mas, quais são os principais passos para a sobrevivência:
Primeiro, faça um planejamento ou plano de negócio: pesquise quais os ramos de atividades se enquadram no seu perfil profissional, qual sua disponibilidade de recursos financeiros, conhecimento ou qualificação.
Segundo, pesquise os produtos que farão parte do negócio, revenda, fabricação ou serviço; quem irá consumir, qual a classe social, idade região, capacidade do mercado, quais os concorrentes no mercado, a apresentação do seu produto irá agregar algo diferenciado, o preço será competitivo, será necessário licenças, autorizações ou registros em órgãos ambientais, saúde ou higiene.
Terceiro, verificar a melhor opção, comprar uma franquia, pois a estrutura e a metodologia do negócio já esta pronta ou terceirizar a fabricação que não precisará de uma unidade produtiva.
Quarto, procurar um bom escritório de contabilidade para as exigências legais e fiscais, somente após isso irá procurar um local ideal para a instalação do negócio, onde o escritório contábil irá orientá-lo sobre a legalização do imóvel, com "habite-se", licença de funcionamento, corpo de bombeiro, prefeitura, CETESB e outras mais.
Com o seu negócio em funcionamento não poderá esquecer-se dos controles básicos mensais, tais como; previsão de vendas, controle dos estoques, fluxo de caixa, qualidade do produto, lucratividade por produto, controle das despesas fixas, perdas ou desperdícios, não misturar despesas pessoais com o da empresa, e muitos outros.
Abrir uma empresa poderá até ser fácil se seguir os passos acima, mas o difícil é mantê-la funcionando com lucratividade e organização.
Por Cláudio Raza
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Perdi a Venda... Papai Noel Sumiu!
Publicado em
22/12/2010
às
09:00
Considerada como a data mais importante para o varejo, o Natal é sinal de fé, emoção, recordação e inúmeras homenagens. Fazer a diferença no atendimento e na prestação de serviços exige o compromisso de um esforço a mais. O profissional de vendas, indiferente da área de atuação, precisa conciliar palavras com ações, para demonstrar que o Natal é um momento determinante para atrair novos clientes e apresentar resultados coerentes. Na prática, encontramos balconistas, vendedores e lojistas, que em decorrência de um péssimo atendimento, desrespeito ao cliente e ausência de cordialidade, são capazes de perder uma venda e permitem que o Papai Noel desapareça da loja. Vender exige disponibilidade de tempo, organização, controle emocional, vontade de vencer e capacidade para superar objeções, bem como, praticar continuamente o exercício de falar menos e ouvir mais.
Papai Noel pode sumir por falta de inovação – Crie opções inovadoras na decoração natalina, observando e testando o que realmente funciona para atrair novos clientes. Você já pensou na possibilidade de colocar uma árvore de Natal decorada, substituindo os enfeites tradicionais, por um cartão com o nome de cada cliente ou a fotografia de cada funcionário da sua empresa? Além de valorizar seu cliente, com esta sugestão, contribuiu para melhorar o clima de trabalho. O sistema de som pode ser utilizado como ferramenta estratégica para contribuir no atendimento. Em determinados momentos, o gerente ou o líder de vendas, pode realizar uma saudação em nome de toda a equipe aos clientes que estão naquele momento na loja, contribuindo para criar um canal de comunicação, impulsionar o relacionamento com o cliente, enfatizar o clima natalino e não permitir que o Papai Noel desapareça.
Atendimento prestativo faz o Papai Noel voltar – Ao considerar o desgaste físico e emocional gerado por horários estendidos nas jornadas de trabalho, o profissional de vendas, neste período natalino, precisa de mais disposição para atuar com emoção junto aos clientes. De nada adianta a loja investir em uma vitrine, ou ainda, colocar uma imensa árvore natalina, se o atendimento ao cliente é ineficaz. Um atendimento prestativo, gentil e com um sorriso leal de cordialidade, faz o Papai Noel voltar mais vezes e gera resultados surpreendentes. Permite ao cliente perceber, que há uma coerência entre o que está apresentado na vitrine e o que está sendo oferecido na parte interna da loja.
Em sentido figurativo, cada venda perdida é o Papai Noel que sai da sua loja, sem levar nenhuma mercadoria. Existem inúmeras promoções nesse período do ano, mas há pouco comprometimento para fidelização do cliente. Cada pessoa que entra em um ambiente motivado pela decoração da vitrine, não deseja somente avaliar o produto ou questionar o valor. Espera encontrar no atendimento, o mesmo sentimento de encanto apresentado no visual da vitrine. Não permita que o Papai Noel desapareça da sua loja, sem levar sua cordialidade, respeito e simpatia. Faça a diferença, mostrando flexibilidade para compreender a diversidade de expectativas, gostos, vontades, hábitos e desejos de cada cliente. Deixe as desculpas para os fracos e permita que a alegria e a emoção do Papai Noel esteja ainda mais presente em seu coração, para mostrar que você é uma pessoa vitoriosa, capaz de oferecer um atendimento surpreendente.
Por Dalmir Sant’Anna
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Advogado ou marketeiro da advocacia
Publicado em
21/12/2010
às
09:00
Dentre as diversas profissões existentes a do advogado é uma das mais bonitas e respeitadas, sendo também o trabalho cujo resultado, seja ele bom ou ruim, demora mais tempo a aparecer.
A lentidão institucionalizada na Justiça, o infindável número de recursos, provocam um fenômeno único no que diz respeito a profissão do advogado. O cliente só descobre que está nas mãos de um mal profissional muito tempo depois de contrata-lo.
Se o leitor vai a um dentista e este não cura sua dor de dente, horas depois se sabe que o profissional não atendeu as expectativas, assim também é com o médico, com o engenheiro etc.
Com o advogado ocorre uma situação diferente, a lentidão do processo tem privilegiado os Marqueteiros da Advocacia, ou seja, os advogados que se dispõem a obter ganhos em escala, durante um período de tempo reduzido, sem se ater a ética ou a verdade. São os chamados milagreiros da Advocacia, os Doutores Sabe Tudo e Resolve Tudo.
O tempo de vida da carreira deste profissional geralmente é de aproximadamente 10 anos, uma vez que uma ação demora em média 4 anos para ser julgada em primeira instancia, e mais uns 5 anos para se findar o primeiro recurso, e até o cliente cair na real que contratou em péssimo profissional vão-se mais alguns meses.
Em uma comarca de cidade de pequeno a médio porte, onde as pessoas geralmente se conhecem, criar um profissional com estas características torna-se fácil, e do ponto de vista financeiro até atraente, uma vez que aos olhos da sociedade, status e bens de consumo se traduzem em sucesso profissional, basta que um advogado tenha lá algumas economias, compre um bom carro, monte um bonito escritório, comece a prometer mundos e fundos aos seus clientes, apareça constantemente nas colunas sociais e faça um bom marketing pessoal. Está criado um Marketeiro da Advocacia.
Esse profissional, por alguns anos bagunça o mercado da advocacia, tirando clientes de advogados éticos e competentes, com suas promessas e seus milagres jurídicos.
O profissional do Direito não pode oferecer seus serviços (ainda que de maneira subliminar). Deve aguardar em seu escritório que interessados o procurem, levados pelo conceito do advogado, por seu saber, sua experiência e, sobretudo, pela coragem de opinar sinceramente sem o temor de que, contrariando a opinião do cliente, vá perdê-lo. Acima da vontade do consulente, o advogado é escravo de sua consciência.
Aquele que se despe de tais atributos não pode ser chamado de “advogado”, mas vendedor de ilusões, de milagreiro, que constrói pseudos sonhos que, no futuro, transformar-se-ão em pesadelos. E aí uma situação que nasceu defeituosa ou foi mal enfrentada já se terá encaminhado para prejuízos irreparáveis, e, muitas vezes, o milagreiro de fora que aqui vem captar clientela através dos conhecidos “paqueiros”, já terá desaparecido e aqueles que nele confiaram (sem sequer o conhecer pessoalmente) amargarão a desilusão e o prejuízo.
Por isso, não adianta propalar-se “ética”, conduta moral e profissional correta, sem o combate a essa parcela de maus profissionais, com a utilização dos instrumentos que o Estatuto da Advocacia proporciona à cúpula da OAB e aos Tribunais de Ética. Para tanto, e preciso denunciar os desvios em que incorrem tais profissionais, possibilitando a atuação dos órgãos representativos da classe. É o que se espera para melhoria e depuração de nossa profissão.
Por Jose Rodrigo de Almeida
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No Limiar da Inovação
Publicado em
21/12/2010
às
09:00
Por Tom Coelho
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Época! Que Época...
Publicado em
20/12/2010
às
09:00
Época de balanço.
E que não é o balanço da praça e nem dos parques...
Balanço da empresa.
Balanço dos problemas vividos durante o ano.
Balanço das soluções ditas ou vividas.
Balanço dos diálogos. E como é bom dialogar com quem deseja dialogar...
Época de balanço.
Não sei porque, mas todo o final de ano é a mesma coisa. Algumas tristezas e algumas indagações. Dúvidas?!
Porque o ano foi assim?
Como será o próximo? Alguns receios. Alguns “medos”. Alguns...
E isto acontece exatamente da mesma maneira, na mesma época do ano. No seu final. Na “finaleira”...
O ser humano é sensível?
Nem todos. Eu sou, e muito sensível...
Alguns parecem uma pedra. E das mais duras...
Outros são como torneiras. As lágrimas sempre aparecendo, principalmente nesta época do ano. Na “finaleira”...
Época de balanço.
Colocar os pensamentos na balança. E esta balança deverá estar bem dimensionada.
Época de balanço.
Balanço das atividades positivas e/ou negativas. Mas usar e pensar no balanço...
Época de balanço.
Como sou do “time” dos sensíveis, já estou a pensar e as lágrimas a cair, mas continuo fazendo o meu balanço.
Respeitei as pessoas?
Agradeci pelas ajudas?
Dei o carinho necessário aos entes mais queridos?
Dei o carinho necessário às pessoas?
Estou fazendo o meu balanço...
Época de balanço.
E você?
Fazendo o seu balanço?
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Por David Iasnogrodski
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Os consumidores e os assaltos a bancos
Publicado em
19/12/2010
às
09:00
Temos visto recentemente o incremento dos assaltos a bancos. Qualquer pessoa que ingresse na agência para qualquer tipo de providência, ainda que não seja correntista do banco, é consumidora. Como vimos em caso recente, de adolescente atingida por bala perdida em decorrência de assalto a banco, até mesmo quem não está no interior da agência, mas sofreu as conseqüências de um assalto, é consumidor.
Os bancos prestam serviços de utilidade pública, não só aos seus correntistas mas também a toda a população em geral, que necessita pagar contas, fazer depósitos, etc.. Esses serviços, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, devem ser adequados, eficientes e seguros.
Pouco importa que o banco afirme que a ineficiência da segurança pública é um problema do Estado, uma vez que responde ele de forma objetiva, o que significa que sua responsabilidade decorre tão-somente da prova do dano e da relação entre esse dano e a atividade bancária.
Se o causador direto do dano é o Estado, caberá ao banco, após ressarcir o consumidor, promover ação contra aquele. Em hipótese alguma o banco se exime do pagamento de indenização, contudo.
Problema freqüente também diz respeito ao assalto a consumidores que fizeram saques vultosos no interior da agência. Ainda que esses saques não sejam recomendáveis, por vezes acabam sendo necessários.
Cabe ao banco, dentro dessa exigência de segurança, tomar todas as cautelas a fim de que pessoas que estejam no interior da agência, não passem informações para os bandidos do lado de fora. Nesse diapasão, o que parece mais razoável é proporcionar privacidade aos clientes quando realizam saques de vulto.
Alguns bancos exclusivos propalam nos seus contratos essa privacidade, e que disponibilizarão salas para atendimento individualizado, o que, na prática, acaba não acontecendo.
Existem inúmeros julgados afirmando a responsabilidade do banco pelos assaltos verificados no estacionamento das agências bancárias. Ainda que o estacionamento seja terceirizado, a sua existência traz para o cliente sensação de segurança e comodidade, que beneficiam o banco aumentando sua clientela.
Se isso acontece, nada mais justo que, quando os assaltos acontecem nesses estacionamentos, os bancos arquem com os prejuízos, até porque basta aumentar a segurança nesses locais.
Entendemos que os bancos não respondem pelos assaltos verificados do lado de fora das agências, a não ser naqueles casos em que a atitude do banco contribuiu para o dano. O banco que entrega grande soma em dinheiro ostensivamente para o cliente, acaba dando margem a esse tipo de dano e, por via de conseqüência, sujeitando-se à responsabilidade.
Uma coisa é certa, a questão dos saques vultosos não é problema exclusivo do consumidor, devendo os bancos tomar todas as cautelas, a fim de que os correntistas não sejam assaltados, promovendo a discrição na entrega do dinheiro que, a nosso ver, em hipótese alguma, deve ocorrer nos caixas.
No que diz respeito à segurança das agências bancárias, devem os bancos instalar portas giratórias eficientes, que protejam e não constranjam os consumidores.
Se a criminalidade voltou-se para os bancos, estes devem cercar-se de maiores cuidados, a fim de proteger os consumidores. Proteger os consumidores é mais barato do que pagar indenizações
Por Alberto Rollo
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Dizer obrigado somente por educação?
Publicado em
18/12/2010
às
09:00
A atitude de gratidão é uma atitude de aceitação, de reconhecimento e gera comportamentos agradáveis, delicados com as pessoas e a vida.
A gratidão é a grande criadora de excelentes relacionamentos humanos e de uma vida pessoal e profissional, bem sucedida.
Ao comprar algo em uma loja, você espera no final um obrigado do profissional de vendas, outro do caixa , outro do gerente, do entregador. Gostamos de ouvir este sentimento de gratidão.
Da mesma forma devemos cultivar este sentimento.
- Agradecer o retorno diário à vida.
- Agradecer um presente, a presença de alguém.
- Admitir como certas as atitudes dos outros, elogiando.
- Reconhecer tudo o que o criador nos concede.
- Agradecer os pais que temos, os amigos, a saúde.
- E uma lista sem fim ....
A atitude de gratidão nos fortalece interiormente, nos liberta, nos deixa em paz.
Se você freqüenta um templo, uma igreja, independente da religião, vá a este lugar para agradecer, para demonstrar sua gratidão e não para pedir coisas.
Gratidão é atitude de fortaleza e nos revitaliza.
Porque? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Produtos de segunda linha ou marcas alternativas
Publicado em
17/12/2010
às
09:00
A nova classe média do Brasil que está migrando de D e E para a classe C, precisa de produtos com preços menores, compatível com seu novo status social.
Muitas empresas insistem em não criar produtos alternativos para esse mercado emergente, que é maior do que se conhece e sedentos de novos produtos.
Nas zonas sul e leste da cidade de São Paulo estão concentrados as massas das classes D e E, que estão migrando para a classe C. Os shoppings destas regiões estão se adaptando à nova realidade social local, mas os produtos que ali vemos são de países que utilizam meios não humanamente corretos para torná-los baratos no nosso país.
É uma estratégia de guerra que temos de praticar para desalojar estes produtos e preencher este espaço com produtos alternativos de 2ª. marca ou 2ª.linha que satisfaçam esse mercado cada vez mais crescente.
Algumas empresas ficam nos extremos, ou produz produtos de alta qualidade e preço ou produz com baixíssima qualidade que, usam-se pouco e quebra-se logo.
O que estamos sugerindo é encontrar um meio termo para atender esse mercado emergente que está consumindo produtos "Made in China".
As vantagens de uma linha ou marca alternativa é que a empresa já tem o espaço na empresa, a tecnologia, a logística, a infra estrutura administrativa e de vendas, e esses gastos ou custos já estão sendo pagos pelos produtos de primeira linha ou marca tradicional.
O consumidor está se diversificando, consultando preços, qualidade e novas marcas, e a internet já é uma realidade diária do brasileiro; querem produtos mais baratos e com boa qualidade como os "Made in China", iguais os originais, mas, com preços baixos.
Precisamos mudar e rever nossos conceitos, quanto à lucratividade excessiva, como a dos bancos, dos produtos tradicionais para a Classe A e a Classe especial, pois a grande massa consumidora está crescendo, e as empresas poderão lucrar pelo volume vendido, não somente pelo preço.
Esta classe emergente é que sustenta a economia e a receita do governo com seus impostos e contribuições embutidos nos preços dos produtos em que muitos deles ultrapassam a taxa de 50%, para sustentar uma máquina governamental omissa com a realidade do país.
Por Cláudio Raza
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A consequência de um segredo revelado
Publicado em
16/12/2010
às
09:00
Qual é o valor de um segredo? Quantas vezes, você procurou uma pessoa para contar algo, sobre um fato pessoal, um problema familiar, uma situação profissional e, depois de algum tempo de maneira lamentável, acabou por descobrir este segredo revelado? O ser humano não é uma ilha deserta, mas uma pedra bruta, lapidada continuamente. Neste sentido, precisa de um porto seguro para descarregar suas expectativas, desejos e sonhos. Necessita compartilhar algo que está armazenado no seu íntimo, para proporcionar a sensação de bem estar e felicidade. Mas é fundamental lembrar a existência de pessoas, que não conseguem controlar a língua e, na sua frente, são capazes de afirmar que "a boca é um túmulo", mas acabam por revelar detalhes de um segredo. Você é capaz de guardar um segredo?
Não há um manual - Compete a cada ser humano perceber que a aprendizagem é diária. Aprender tem sua essência na predisposição em receber informações, na transmissão de normas culturais e no processo de adaptação à própria sociedade. Esta pessoa está realmente preparada para ouvir seu segredo. Esta pessoa está preparada para aprender com você? Não há um manual para assegurar que a pessoa guardará seu segredo, entretanto, jamais esqueça que há experiência de vida. Seria maravilhoso encontrar um manual que permitisse assegurar quem pode e quem não é capaz de reter um segredo. Como eu até hoje não encontrei e, acredito que você também não, passa a ser essencial perceber se, por algum motivo no passado, esta pessoa revelou algum segredo de outra pessoa a você.
Início, meio e fim - A palavra segredo é uma derivação do verbo SECERNO, que significa discernir, separar, divisar. Todo mágico profissional, assim como eu, é sabedor que qualquer número de ilusionismo está dividido em três partes. O público quando assiste a minha palestra, somente é conhecedor de duas partes: o início e o fim. O meio é o segredo da mágica, que está inserida na palestra, como ferramenta de fixação do conteúdo que apresento. Se a mágica fosse revelada, seria como um concorrente descobrir como é a atuação da sua empresa, seus principais fornecedores, sua política de gestão e algumas informações do seu planejamento estratégico. Perceba que, na prática, encontra-se a relação de escolha. Se a pessoa não era confiável, que motivo levou você a revelar um segredo seu? O ser humano dispõe da oportunidade de escolher quem deve e não pode saber algum segredo. Você dispõe do livre arbítrio de decidir o que deve e não poderá ser revelado, sendo responsável por responder unicamente pelas consequências da escolha realizada.
A lealdade apresenta forte relação com a dignidade, sendo uma das bases essenciais de um segredo. Em uma reunião de trabalho, certa informação considerada como confidencial, não pode ser compartilhada pelos corredores. É preciso colocar um ponto final e não reticências, quando perceber que a pessoa não consegue controlar o impulso de compartilhar segredo. O fato mais agravante neste contexto é a consequência de um segredo revelado. Como resultado negativo, acaba por gerar prejuízos financeiros, burocráticos e emocionais. Guardar um segredo revelado a você é respeitar a pessoa que precisou abrir seu coração, para amenizar o peso de uma angústia ou sofrimento. Quero lançar dois desafios a você. O primeiro é o de aprender continuamente a trabalhar o exercício de guardar um segredo. O segundo é o de analisar a consequência de um segredo revelado e abraçá-lo como parte de um compromisso leal assumido a outra pessoa.
Por Dalmir Sant’Anna
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A Hora do Sprint
Publicado em
15/12/2010
às
09:00
China, 2008. No complexo aquático chamado “Cubo D’Água”, todas as atenções estão voltadas ao norte-americano Michael Phelps que chegou à Olimpíada de Pequim com a missão de conquistar oito medalhas de ouro numa mesma edição dos jogos.
Após faturar o primeiro ouro nos 400 m medley, Phelps abre a prova do revezamento 4x100 m estilo livre para a equipe dos EUA. Contudo, é superado pelo australiano Eamon Sullivan, entregando a prova para seu companheiro na segunda colocação.
Garrett Weber-Gale, por sua vez, faz uma prova fantástica, colocando os EUA na primeira posição após sua passagem. Porém, Cullen Jones tem um desempenho medíocre, perdendo a liderança para os franceses e permitindo a aproximação dos australianos.
Jason Lezak é o quarto e último nadador estadunidense a saltar na piscina. Ele enfrenta o ex-recordista mundial da prova, o francês Alain Bernard, que já larga com uma vantagem de 59 centésimos de segundo. Após os primeiros 50 metros de prova, esta distância aumenta para 82 centésimos. Parece ser o fim do sonho dourado de Phelps. Porém, nos últimos 20 metros, Lezak dá um sprint inacreditável e supera Bernard em apenas oito centésimos, vencendo a prova e batendo o recorde mundial.
A cada réveillon temos por hábito planejar uma série de resoluções de ano novo. Assim, estabelecemos metas as mais diversas. Coisas como cuidar melhor da alimentação, praticar atividade física com regularidade, trabalhar com maior afinco e entusiasmo em busca de resultados mais efetivos.
Entretanto, as semanas passam, uma crise econômica se instala, a desmotivação nos abate e passamos até mesmo a acreditar que todas aquelas metam não podem mais ser alcançadas porque as adversidades são muitas e o tempo é curto. O aluno com notas vermelhas desconfia que será reprovado, o vendedor com baixo índice de negócios tem quase certeza de que será demitido, o atleta com resultados pífios resigna-se de que será derrotado.
Pois é exatamente neste momento que precisamos promover uma grande virada. Valorizar o pouco tempo que nos resta, fazendo uso dos recursos disponíveis para perseguir resultados extraordinários. Há partidas de futebol que são vencidas nos acréscimos concedidos pelo juiz. Há concorrências que são vencidas pelo postulante a entregar seu envelope de oferta no último minuto.
O estudante inteligente perceberá que com dedicação e concentração poderá passar nos exames finais. O vendedor astuto encontrará na retomada da economia e nas festas de final de ano a senda para cumprir sua cota. O atleta psicologicamente bem preparado saberá que as derrotas passadas são apenas sementes para a maturidade e que a vitória mais importante está no próximo ponto a ser disputado.
Jason Lezak fez história com um esforço supremo nos últimos instantes de sua prova. Venceu por uma fração de segundo. Como ele mesmo declarou, sua preocupação não estava em compensar o tempo de desvantagem que tinha ao assumir a prova. Também não estava em enfrentar um oponente renomado. Seu único objetivo era ajudar a sua equipe e fazer o seu melhor.
Agora pergunte a si mesmo: o que já foi feito ao longo deste ano e o que você ainda pode, deve e irá fazer com os dias que lhe restam antes de mais uma virada no calendário?
Por Tom Coelho
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Crônica de uma Minoria
Publicado em
14/12/2010
às
09:00
Somos brasileiros.
Que país maravilhoso. Paisagens magníficas. País continental!
País que recebeu de braços abertos nossos ancestrais.
Pertenço a uma minoria junto a esse país continental. Pertenço a uma minoria de mais ou menos 100 000 almas. Somos um país com quase 200 000 000 de habitantes.
Mas nos sentimos felizes.
Nos sentimos iguais, mas sabemos sempre o nosso lugar.
Pertenço à comunidade judaica brasileira. A segunda maior comunidade judaica da América Latina e a décima primeira a nível mundial.
Sou o David. Igual a mim está o Scliar, o Niskier, a Glorinha, a Cíntia, o Joel e tantos e tantos outros. Somos brasileiros, com muito orgulho. Pertencemos à comunidade judaica brasileira. Pertencemos a uma minoria.
A imigração judaica no Brasil foi um movimento migratório forte do início do século XIX até a primeira metade do século XX, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Norte.
O “nosso” Brasil foi palco para a primeira comunidade judaica estabelecida nas Américas. Com a expulsão dos judeus de Portugal, alguns convertidos ao catolicismo ( os cristãos novos) já haviam se estabelecidos na nova colônia portuguesa. Com Pedro Álvares Cabral, em 1500, vieram, fazendo parte de sua tripulação, o médico particular da Coroa Portuguesa e também astrônomo – Mestre João e Gaspar Gama, comandante da nau que trazia mantimentos.
Como estão observando, a história vem de longe...
No Nordeste brasileiro, que ficou sob o domínio holandês por mais de vinte anos, muitos judeus sefaraditas se estabeleceram, principalmente em Recife. Fundaram ali a primeira Sinagoga das Américas. Isso entre 1630 e 1650.
Por volta de 1810, chegaram ao Brasil, judeus vindos de Marrocos e estabelecendo-se na Amazônia, principalmente em Belém. Tudo em função da época dourada da borracha. Com o declínio deste trabalho se transferiram para o Rio de Janeiro.
Como disse anteriormente, a imigração forte foi do início do século XIX até a primeira metade do século XX. Foi nessa época que se fez presente a onda imigratória dos judeus para o sul do Brasil.
Com a proclamação da República do Brasil – 1889 – pelo Mal. Deodoro da Fonseca, uma Constituição foi promulgada, garantindo liberdade religiosa no Brasil o que facilitou, em muito, a vinda de imigrantes judeus, desta vez os asquenazitas, provenientes do leste Europeu, Polônia, Rússia e Ucrânia. Desembarcavam no Porto de Santos e rumavam para a cidade de São Paulo, onde rapidamente se integravam na comunidade maior.
Estamos no século XXI.
O século das relações Humanas.
O século onde a educação, trabalho e harmonia entre as pessoas é o principal argumento da prosperidade de um país.
As comunidades judaicas, até a Independência do Estado de Israel foram sempre nômades, mas se integravam em muito com a comunidade maior do país onde estavam vivendo. O que mais valorizavam estes imigrantes era a educação dos filhos, único bem que não lhes poderiam ser tirado. Como exemplo maior podemos citar que a primeira integração entre a comunidade judaica e os brasileiros na região sul do Brasil veio através da educação. Estes imigrantes fundaram na Colônia de Philipson, no Rio Grande do Sul, uma escola cujo ensino era realizado em português e acolhia também os brasileiros natos da região.
Assim como em São Paulo existia e ainda existe o Bairro Bom Retiro, onde se instalavam a maioria dos imigrantes judeus, em Porto Alegre era o bairro Bom Fim, que inclusive até hoje se encontram a maioria das Sinagogas da capital dos gaúchos. A partir de 1933 chegaram ao Brasil os judeus oriundos da Alemanha. Na década de 50, os judeus expulsos do Egito, chegam em Porto Alegre. Construíram sua Sinagoga na Rua Fernando Machado. Não estava localizada no Bairro Bom Fim.
Que batalha!
Que exemplo!
Exemplo de uma minoria, onde o forte espírito comunitário fez com que esses imigrantes se apoiassem e superassem todas as dificuldades. Mas sempre estavam agradecidos ao país que os acolheu.
Século XXI
Século das relações humanas.
2010.
Os judeus – que pertencem a uma minoria – vivem numa grande integração junto à nação brasileira, formando uma comunidade dinâmica, trabalhadora e harmônica.
Eu, Scliar, Glorinha, Cíntia, Celso e tantos e tantos outros que hoje estamos aqui, necessitamos sempre agradecer a generosidade da “abertura dos portos” aqueles imigrantes que deram origem à comunidade judaica brasileira de hoje.
Muito obrigado!
Sabemos que pertencemos a uma minoria.
Sabemos e devemos valorizar sempre a pujança de nosso país.
Um país aberto a todas as minorias.
Por David Iasnogrodski
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Somos um dos povos menos endividados do mundo?
Publicado em
13/12/2010
às
09:00
Nos últimos dias, temos visto alguns políticos e técnicos ligados ao governo dizerem, com um certo orgulho, que somos um dos povos menos endividados do mundo e, por conta disso, teríamos uma "folga" para aumentar o endividamento, o que ajudaria a dar ainda mais fôlego para o nosso consumo que já anda bastante aquecido.
Mas será que isso é verdade? Somos mesmo um povo pouco endividado? Sim, quem disse que nosso endividamento é baixo não falou nenhuma mentira. Mas é importante termos em mente que isso não é decorrência de nossa educação financeira nem de nossa destreza em administrar nossas próprias finanças. O baixo endividamento (relativo) do brasileiro é muito mais uma decorrência de um mercado de crédito pouco desenvolvido (convém lembrar que, até poucos anos, não era tão comum comprarmos todo tipo de bem usando financiamento) e da nossa taxa de juros, que é uma das mais altas do mundo.
Vendo os índices de endividamento isoladamente, sobram poucas dúvidas que estamos longe dos primeiros colocados nesse ranking, mas isso absolutamente não significa que estamos em vantagem. Aliás, muito pelo contrário... A comparação dos níveis de endividamento de um brasileiro com um americano ou europeu pode nos dar resultados inconclusivos se não levarmos em conta outros fatores, como a taxa de juros.
Apenas para termos um exemplo, a nossa taxa de juros básica (a Selic) é, no atual momento, mais de quarenta vezes maior que a taxa básica americana, e mais de dez vezes a taxa da zona do Euro. Essa desproporção se observa também (ainda que em menor nível) nas taxas ao consumidor. Podemos ver alguns exemplos a seguir:
- Juros de cartão de crédito: Nos EUA, as taxas de juros do crédito rotativo do cartão de crédito estão em níveis historicamente altos, por volta de 14% ao ano. Já aqui no Brasil, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), em agosto de 2010, a taxa média do crédito rotativo nos cartões de crédito brasileiros era de 238,30% ao ano. Nossa taxa é aproximadamente dezessete vezes superior à taxa americana;
- Juros do cheque especial: Vamos ver agora como vão nossos amigos europeus... Na Inglaterra, a taxa de juros para uso do limite de conta especial (overdraft) está por volta de 16%. Aqui no Brasil, ainda segundo a Anefac, nossa taxa média em agosto foi de 136,85% ao ano, mas não é difícil encontrar bancos cobrando mais de 200% ao ano;
- Financiamento de veículos: Nos EUA, um carro novo, financiado em 36 meses, paga em torno de 6% ao ano de juros (o que daria em torno de 0,49% ao mês). Aqui no Brasil um carro financiado pelo mesmo período paga entre 1,5% a 2,0% ao mês.
O que podemos concluir é que, para o brasileiro, ocorre uma espécie de "alavancagem ao contrário". Se os americanos, por exemplo, pegarem emprestado um valor "X", eles poderão ter problemas com os juros. Mas se nós brasileiros resolvermos tomar o mesmo "X" que os americanos, seremos esfolados vivos! É aquela velha lógica do "se eles pegam um resfriado, nós morremos de pneumonia", pois o efeito do endividamento de mesmo valor é muito diferente no brasileiro e em um cidadão de uma economia desenvolvida.
Vendo por esse lado, é questionável se existe mesmo esse tal "espaço" para o endividamento extra. O endividamento das famílias no Brasil pode ser baixo (como de fato é), mas sendo o Brasil um dos países com juros mais altos do mundo, não poderia ser diferente. Se o endividamento do brasileiro subir mais, ele ainda será baixo pelos padrões internacionais, mas as pessoas terão que "vender a própria alma" para dar cabo dos juros. Mais do que nunca as famílias brasileiras devem se preocupar em tomar decisões financeiras sensatas e em manter as contas equilibradas.
Por André Massaro
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"A Antropologia Empresarial e os desafios do século XXI"
Publicado em
12/12/2010
às
09:00
Estes últimos anos têm sido para as empresas, empresários e mesmo executivos e funcionários do Brasil tempos de aprendizagem do empresariar numa economia estável. Acostumadas à selvagem inflação que nos assolava há décadas as empresas e os consumidores haviam desenvolvido mecanismos de proteção que, se não eram totalmente eficazes, pelo menos faziam com que a empresa sobrevivesse.
Veio o Plano Real e com ele a estabilidade que desconhecíamos. As empresas tiveram que, novamente, se ajustar a processos novos como uma nova visão dos preços relativos, agora conhecidos pela população. Começamos a saber o que é "caro" e o que é "barato" e o povo começou a ser mais exigente, mais seletivo em suas compras, a descobrir o conceito de "valor" agregado às compras que faz.
E os prognósticos continuam bons para os próximos anos. Não há no horizonte nenhuma previsão de que a inflação volte aos níveis anteriores ou mesmo chegue aos dois dígitos mensais. O ciclo inflacionário do mundo acabou.
Um novo governo é eleito. Sem desejar a volta da inflação e da instabilidade, o povo votou num Lula que prometeu antes de tudo o diálogo, a reconquista da auto-estima do brasileiro, a volta ao crescimento econômico penalizado pelo duro remédio da estabilização. Agora é a hora de acreditar num novo Brasil que está surgindo. É preciso compreender que os caminhos da estabilidade não são fáceis, mas que estamos conseguindo coisas que não poderiam ser sequer imaginadas há alguns anos. O setor siderúrgico está totalmente privatizado. Os monopólios estatais estão caindo. A economia brasileira é grande e complexa e, portanto, essas medidas demoram mais para serem implementadas no Brasil do que nos outros países da América Latina. É bom que saibamos que todo o PIB da Argentina é equivalente ao PIB do interior do Estado de São Paulo. Todo o PIB do Chile é equivalente ao PIB do Grande Campinas e todo o PIB do Uruguai é equivalente ao PIB do bairro de Santo Amaro em São Paulo. Assim, a diferença de magnitude precisa ser compreendida para que entendamos a razão da complexidade de nossas reformas.
Os próximos anos serão ainda mais competitivos. A globalização se fará sentir ainda mais e a concorrência será cada vez mais mundial. Não estaremos mais competindo com nossas empresas da cidade, nem do Estado, nem do Brasil. Estaremos competindo globalmente. A ALCA e a integração do Brasil com o Mercosul e com a União Européia e mesmo com o ASEAN são inexoráveis.
Neste contexto, sobreviverá a empresa que tiver competência, estrutura de custos, caixa forte e pessoal altamente qualificado para produzir com qualidade e prestar o melhor serviço aos clientes e além disso, reinventar o seu setor, surpreendendo o mercado e os clientes com produtos e serviços fundamentalmente novos e diferentes.
Terá medo da concorrência a empresa que não compreender que é preciso construir hoje a empresa do amanhã. O sucesso hoje, não garante o sucesso amanhã. É preciso criar o amanhã. É preciso perguntar-se: Como será um dia típico de meu trabalho daqui a 5-10 anos? Quem serão meus concorrentes daqui a 5-10 anos? De onde virão os meus lucros daqui há 5-10 anos? O que a tecnologia estará oferecendo daqui a 5-10 anos e que poderá afetar o meu trabalho? Etc., Etc..
Estamos vendo que as empresas estão, em sua maioria, olhando para o próprio umbigo ou através de um espelho retrovisor. Poucas são as que estão construindo o seu futuro, pesquisando oportunidades de novas tecnologias e novos mercados.
É preciso que entendamos que as empresas vencedoras hoje não foram aquelas que perguntaram o que o cliente queria. São vencedoras as empresas que surpreenderam o mercado com produtos e serviços fundamentalmente novos que nem os clientes imaginavam como possíveis. Assim, a Microsoft reinventa o computador pessoal com o sistema windows. A 3-M reinventa o "recado" com o "Post-it", a TAM reinventa a aviação regional no Brasil. A McDonald's reinventa o "fast-food" e assim, veremos que as empresas que têm sucesso hoje foram aquelas que literalmente reinventaram o seu setor. Não foram empresas que apenas fizeram melhor, mais rapidamente, com menos custo, aquilo que já faziam. Elas fizeram coisas fundamentalmente diferentes.
Vencerá a concorrência neste processo de galopante globalização as empresas que forem capazes de se reinventar, de regenerar suas estratégias e de surpreender o mercado.
Acredito, com muita certeza até, que o Brasil será nos próximos anos, uma das maiores plataformas exportadoras de produtos populares para grandes mercados como a China e Índia. Essa me parece ser a real vocação do Brasil no comércio internacional.
Assim, o que de fato muda é que não será o maior que vencerá o menor, mas sim o mais ágil é que vencerá o mais lento. É preciso ser ágil, pensar rápido e agir mais rapidamente ainda. É preciso criar mecanismos eficazes para que nossos funcionários participem ativamente dos processos de decisão, planejamento e implementação de forma positiva e proativa. É preciso criar na empresa a necessária "inteligência" para analisar dados demográficos, psicográficos e tendências futuras. É preciso conhecer cada vez melhor os mercados em que atuamos. É preciso, enfim, mudar, antes que seja tarde e mudar constantemente, pois a única certeza estável deste século XXI é a certeza de que tudo vai mudar a cada dia mais aceleradamente.
E o que a Antropologia Corporativa tem a ver com tudo isso?
Desde o australopitecus passaram-se três milhões de anos. Não houve nenhum período da história do homem em que tivéssemos tido tantas mudanças ocorrendo ao mesmo tempo. Viver, empresariar, trabalhar hoje é um desafio muito maior, muito mais complexo do que viver, empresariar, trabalhar a décadas atrás. Se esses 3 milhões de anos fossem apenas um ano, essas mudanças radicais na ciência e na tecnologia seriam os últimos 15 segundos apenas. O ser humano não é "preparado" para esse "passo" de mudança. Não há ser humano "modelo novo" para enfrentar os desafios da globalização e do ciclo de vida curta dos produtos e do próprio conhecimento. O homem hoje tem que ser um "novo homem" para poder sobreviver e vencer.
O que a antropologia corporativa faz é justamente analisar essas mudanças na vida corporativa e estabelecer, por pesquisas de observação participante, quais os "motivos" que as empresas em geral podem ter e a empresa pesquisada e cliente pode encontrar no seu conjunto de pessoas para levá-la ao sucesso. Isso é "motivação". Motivação é encontrar os "motivos" muitas vezes escondidos dentro da cultura empresarial para fazer daquela organização um grupo harmônico, coeso, competitivo, aguerrido, inovador e comprometido. E fazer com que esses "motivos" sejam transformados em "ação" ou seja, produtos e serviços que façam da empresa, uma empresa vencedora e das pessoas que nela trabalham, pessoas realizadas, felizes.
Análises e ferramentas tradicionais não funcionam mais. Modismos em modelos de gestão acabam sendo passageiros e não trazem resultados duradouros. Sem deixar de usar todos os recursos da mais alta tecnologia e ciência disponíveis, a sensação geral é de é preciso voltar ao "básico" da simplicidade e da compreensão dos "motivos" humanos para fazer, empreender, vencer.
Por Luiz Marins
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Seja Vendedor
Publicado em
11/12/2010
às
09:00
A atividade profissional de vendas é uma das mais antigas do mundo. O comércio mundial sempre foi motivo para novas conquistas e até guerras. A profissão de vendas é uma mistura de arte e ciência. Arte pelo aspecto comportamental onde atributos como carisma, persistência e entusiasmo são reconhecidos como fundamentais para quem quer se dar bem nessa área e ciência porque requer o uso de técnicas de gestão, como o planejamento, marketing ou softwares específicos.
Mas como muitos já perceberam, goste ou não, todos somos vendedores. Para conquistar aliados precisamos vender nosso peixe, inspirar confiança e literalmente efetivar a venda.
Vamos ver como algumas técnicas de venda podem ajudar a sua carreira independente da sua área de atuação.
Conheça seu cliente. Todo vendedor que se preze conhece o seu cliente. Na hora do trabalho esqueça um pouco o lado da amizade e pense em seu próximo como um cliente que precisa ser bem atendido. Procure ter certeza e de forma clara o que o seu cliente interno necessita. Use e abuse da comunicação, levante da cadeira e vá conhecer a realidade do seu cliente. Faça com que todos de sua equipe tenham a mesma mentalidade e transforme o seu setor em um fornecedor de primeira linha.
Pesquise o seu cliente. Uma experiência muito válida seja ela individual ou em equipe é ir perguntar ao cliente o que ele espera ou do que precisa. Conheça os prazos do cliente, para quem ele está fornecendo, enfim, procure ter uma visão do todo. É uma rede e quanto mais você conhecer sobre ela melhor. Sugiro que você crie na sua empresa a Semana do Cliente. Uma semana onde todos possam visitar e conhecer um pouco mais sobre o trabalho alheio. Será ainda melhor se puderem conhecer o cliente externo também.
Faça o pós-vendas. Na basta entregar, tem de se certificar se ficou a contento. Tenha o hábito de após a entrega do trabalho ou produto perguntar se está tudo bem ou o que pode ser melhorado. Dê um show no atendimento e deixe claro que o seu cliente pode sempre contar com você.
Faça parte da solução e não do problema. Não complique as coisas e seja maleável. Aprenda a negociar e a ceder também, não fique o tempo todo querendo implementar somente a sua ideia. Dê sugestões de melhoria e seja ativo no processo. Integre sua equipe com a do seu cliente, faça com que todos se conheçam melhor, inclusive com atividades de integração e lazer. Quando as pessoas se conhecem tudo fica mais fácil e aquele chopinho de sexta-feira faz milagres na solução de problemas.
Surpreenda o cliente e tenha entusiasmo. Dê ao seu cliente o que ele não espera. Não faça somente o básico. Pense em como aprimorar o trabalho, ajudar de forma efetiva. Demonstre entusiasmo por estar participando desse projeto ou por estar ajudando. Mostre que você se importa e seja o maior exemplo. O entusiasmo é altamente contagiante é vai fazer com que todos de sua equipe tenham a mesma visão. Evite rixas ou briguinhas tolas com o cliente. Caso não dê para atender diga a razão de forma clara e mostre a ele os seus problemas para não fazer determinada tarefa. Aprender a dizer não é uma forma de ser honesto com o próximo.
O cliente existe para todos. Sempre fornecemos algo para alguém e a empresa moderna é aquela que tem o foco no cliente e do cliente. Este processo tem e começar de dentro para fora da empresa. Faça a sua parte. Você vai ver que logo, logo será um expert em vendas.
Por Paulo Araújo
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Como atender à obrigatoriedade do Sped
Publicado em
10/12/2010
às
09:00
Nos últimos anos as empresas e os profissionais da comunidade contábil e fiscal têm passado por um processo rigoroso de grandes mudanças e inovações em suas áreas de atuação, impulsionado pelo SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), promovido pelo Fisco brasileiro.
A obrigatoriedade de apresentação do SPED Contábil (ECD) e SPED Fiscal (EFD), já em vigor para uma parcela significativa das empresas no Brasil, é um dos fatores que demonstra a necessidade dos profissionais destas áreas em buscar novos conhecimentos para se manterem atualizados.
Para se obter este conhecimento e se inteirar sobre as normas, prazos, multas no caso de não cumprimento das obrigatoriedades entre outros pontos relevantes, estes profissionais contam com diversos recursos disponíveis hoje no mercado, tanto em cursos presenciais quanto na Internet.
No caso da Internet, existem milhares de blogs, fóruns e comunidades que tratam exclusivamente sobre SPED, além de informações disponíveis no próprio site da Receita Federal, nos sites do SEFAZ e em portais de empresas especialistas, como a Sispro Serviços e Tecnologia, por exemplo.
Para os profissionais das áreas Fiscais e Contábeis que atuam em empresas com obrigatoriedade no atendimento destas normas, mais do que conhecer o assunto, o desafio é ainda maior. O primeiro desafio é decidir se atenderá ao SPED com uma ferramenta desenvolvida internamente, que demanda recursos da área de TI e elevados investimentos internos, ou contratar um sistema pronto do mercado.
A maioria escolhe a segunda opção, pela praticidade, rapidez e menor investimento. Entretanto, surge desta opção outro desafio, que é a definição do fornecedor, uma vez que, a enorme gama de empresas que oferecem sistemas de SPED dificulta a decisão.
Neste processo decisório, dúvidas comuns acabam surgindo, tais como: contratar uma consultoria grande e renomada, mas que não tem como atender todo o mercado, deixando a desejar na qualidade de atendimento, ou contratar uma empresa menor com atendimento personalizado, porém, não tão conhecida.
Para se fazer uma boa escolha de um fornecedor de software, os profissionais das áreas Fiscal e Contábil devem, primeiramente, observar quais são os clientes destas empresas e buscar referências para ter certeza da qualidade de atendimento e eficiência do sistema oferecido. Nem sempre as soluções mais conhecidas e caras são as melhores opções.
Outro fator importante é verificar a capacidade de cumprimento dos prazos de entrega por parte destes fornecedores, verificando atentamente as cláusulas apresentadas nas suas propostas comerciais.
Além disso, é preciso saber se o pacote de soluções oferecido garante a inclusão do atendimento às novas normas que surgem a cada dia, por exemplo, o CIAP-Bloco G, PIS-Cofins, EFD-Folha, entre outros.
Seguramente, o melhor fornecedor é aquele que trabalha em parceria com a sua empresa, atendendo não só as normas atuais quanto garantindo a evolução funcional de sua ferramenta e, acima de tudo, o que proporciona tranquilidade no cumprimento da legislação.
Priscila S. Falchi - Coordenadora de Marketing da Sispro Serviços e Tecnologia.
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Liderança Questionada
Publicado em
09/12/2010
às
09:00
A cada dois anos, o mês de outubro é marcado em nosso país pela ocorrência de eleições. Já dentro dos muros das empresas, as eleições não têm data agendada. Elas acontecem constantemente, em campanhas não declaradas de candidatos a cargos hierarquicamente mais elevados. Chefes que querem se tornar supervisores, que desejam assumir gerências, que sonham com diretorias, que pensam estar preparados para a presidência da companhia. Acredite, seu cargo pode, neste momento, estar sendo alvejado por terceiros, provenientes do seio da empresa ou de fora dela. Afinal, toda liderança é situacional e transitória.
É da natureza humana postular sempre o “mais”. Se você tem um carro popular, trabalha para adquirir um mais completo. Se reside em um imóvel alugado, quer comprar sua casa própria. Se ocupa um cargo operacional, tenciona uma posição estratégica e de maior remuneração.
Analogamente, as empresas esperam maior participação de mercado (market share), maior reputação de marca (share of mind), maior lucratividade e rentabilidade (Ebitda). Assim, para potencializar os resultados, acredita-se que o caminho ideal seja promover mudanças. Neste caso, invariavelmente o atalho é trocar a liderança.
Uma pesquisa sobre os motivos das demissões, realizada em maio de 2000 pela H2R e Right Management, a pedido da revista Você S/A, apontou que 61% dos profissionais acreditavam que poderiam perder seus empregos por problemas de atualização, conhecimento e habilidade técnica ou por falta de experiência. Entretanto, 87% das organizações declararam, naquela ocasião, demitir profissionais por causa de suas atitudes, temperamento, falta de garra ou por problemas de relacionamento interpessoal.
Em junho de 2007 pesquisa similar voltou a ser realizada. Desta vez, apenas 32% das organizações informaram demitir profissionais devido às suas atitudes; porém, 29% apontaram como principal motivo os resultados gerenciais não alcançados. De fato, o nome do jogo é “fazer acontecer”.
Quando um time de futebol não vai bem, o técnico é demitido e não todo o elenco. Se em uma sala de aula o rendimento da maioria dos alunos em uma disciplina é insatisfatório, o professor é modificado. Quando cai o número de fiéis em uma igreja, o pastor é substituído. Se a empresa não atinge suas metas, são os líderes que pagam o pato!
A esta altura, você deve estar se questionando sobre o que deve ser feito para defender sua posição. A resposta está em reinventar-se. Seu maior risco é a acomodação. Acreditar que o bom é suficiente onde o ótimo é esperado. Contentar-se com o azul da última linha do balanço, quando a expectativa era cravar indicadores com dois dígitos.
O segredo do sucesso está em demonstrar real interesse pelas pessoas, descobrindo o valor e potencial individual de cada membro de sua equipe, inspirando-os e despertando-lhes a vontade de fazer, e não de cumprir ordens.
Abraham Shashamovitz, ex-vice presidente da Nextel, dizia que para gerenciar uma organização você utiliza os músculos e a razão, mas para liderar de verdade deve usar também o coração.
O mais difícil não é alcançar a liderança. É permanecer no topo. O alto da montanha é de acesso restrito, normalmente de trajeto íngreme, repleto de armadilhas e emboscadas. Mas lembre-se: nunca há lugar para sentar!
Por Tom Coelho
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Faço na Prática o que prometo?
Publicado em
08/12/2010
às
09:00
Há pessoas que prometem muito, mas no cotidiano esquecem o que foi acordado. Profissionais de vendas que prometem vender mais. Estudantes que prometem melhores notas na faculdade. Mulheres que prometem emagrecer. Homens que prometem participar mais ativamente da família. Gerentes, líderes, supervisores e empresários que prometem melhorar o clima organizacional no ambiente de trabalho. Existem funcionários que prometem participar de um treinamento, mas querem mesmo é aproveitar o evento para fazer compras. Há pessoas que na sexta-feira ao terminar o expediente, assumem o compromisso de chegar de volta na segunda-feira mais motivado, entretanto, na prática esquecem o que prometeram. Você conhece pessoas com este comportamento?
Coerente relação entre o discurso e a prática – O compromisso de prometer algo a si próprio, ou mesmo à outra pessoa deve ser aceito como uma dívida que somente terá sua quitação, com a coerente relação entre o discurso e a prática. Talvez neste momento, você lembre alguém que prometeu algo e nada fez para cumprir o acordado! Promessas que por falta de planejamento e foco no resultado, passam a ficar somente no discurso. Quando um profissional demonstra ser comprometido com suas atribuições, busca a melhoria contínua no desempenho dos índices de trabalho e também com os compromissos assumidos. A falta de dedicação e comprometimento com suas metas e planejamento, resulta no aspecto de prometer e nada fazer acontecer.
A promessa não pode ser esquecida – O desafio de prometer menos e surpreender mais, exige parar, por alguns momentos da sua vida e escrever uma lista das principais atividades que você deseja realizar. Em seguida estabelecer prioridades, de acordo com cada período do dia ou da semana. Em terceiro, buscar cumprir cada meta estabelecida. Esta lista de prioridade pode ser escrita a mão, impressa, disponibilizada em um arquivo do seu computador, ou ainda, no próprio celular. O importante é que esteja em um local de rápido acesso e que permita monitorar seu desempenho. Lembre de colocar em prática o que prometeu e realize o exercício de monitorar sua evolução, pois estará percebendo que evitou atropelos e conseguiu cumprir com compromisso, organização e perseverança as promessas assumidas.
Para coibir que promessas sejam apenas palavras soltas ao vento é imprescindível intensificar o desejo de fazer a diferença. Permanecer atento às informações e as oportunidades que estão a sua volta. Investir em renovação tecnológica, desenvolvimento das suas competências, administração do tempo e exercitar sua visão de futuro. Note que antes de prometer algo ou de assumir um compromisso, você tem o livre-arbítrio de dizer sim ou não. Perceba que pessoas que prometem e nada fazem, somente contam com uma palavra para justificar sua falha: desculpas. Vamos juntos, assumir o compromisso de prometer menos e fazer mais?
Por Dalmir Sant’Anna
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Lá Vamos Nós!
Publicado em
07/12/2010
às
09:00
Trânsito.
Livros.
Feriadões.
Tudo já passou.
Agora é a reta final.
Corrida contra o tempo.
Corrida atrás do “bom velhinho”.
Corrida atrás do “saco” do bom velhinho...
Corrida atrás dos “presentinhos”, pois as festas natalinas estão aí...
E o que fazer?
Poupar? Gastar? Comprar?
Bem, vamos lá...
Vamos aonde?
Subir a Serra.
Ver as festividades natalinas dos “maiorais” em organização.
Ver as festividades consagradas, não só no nosso Estado e País, mas também em outros países.
É a reta final para tudo isso.
Novembro está no fim.
Chegando o Dezembro.
E depois? 2011.
Vou ficando por aqui, pois tenho que pensar neste final...
Por David Iasnogrodski
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Planejamento para a aposentadoria
Publicado em
06/12/2010
às
09:00
O planejamento da aposentadoria passa Poe uma profunda reflexão sobre o tempo e sua influência na qualidade de vida das pessoas ao se aposentar.
Prevê um processo de autoconhecimento e reconhecimento de sonhos e desejos. Não só quem inicia no mercado de trabalho como também aqueles que possuem 40 anos ou mais deve, refletir sobre o tema.
Dois são os passos iniciais para o planejamento da aposentadoria. Primeiro definir prioridades e, segundo, planejar a sua execução. É o caminho das pedras para uma vida equilibrada e organizada no futuro.
Um dos maiores desafios da atual geração economicamente ativa é planejar a aposentadoria.
O planejamento significa uma oportunidade de futura realização pessoal com qualidade de vida após o afastamento do trabalho, visando a minimizar as angústias geradas pela aposentadoria. Planejadores em aposentadoria acreditam que o indivíduo para desfrutar de um estilo de vida na aposentadoria paralela à atual necessitará de 70% a 90% da renda pré-aposentadoria. Então, a chave para o sucesso do planejamento para quando encerrar a carreira está em começar cedo porque, se segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro está crescendo (entre 73,4 a 80 anos), o que, por si só, já é uma motivação para olhar o futuro.
A pergunta que se impõe é saber o que fazer para que possamos manter o padrão de vida, melhorar ou manter o nível de consumo. De acordo co Booth et. Al. (1999), existem quatro pilares para gerar a renda para a aposentadoria: a renda gerada pelo estado; os planos de previdência complementar (aberta ou fechada); a poupança pessoal do indivíduo; a renda obtida pelo aposentado por ainda encontrar-se no mercado de trabalho.
A previdência social atende aos trabalhadores do setor privado e funcionários públicos, deixando de atender àqueles que não participam do mercado formal de trabalho. Entretanto, para uma parcela da população, ou recursos advindos da previdência estão aquém do desejado, motivando a busca pela previdência privada. O Brasil possui um sistema de previdência complementar, denominada previdência fechada e aberta, organizadas sob o regime de capitalização, onde a contribuição fundará o benefício futuro.
As entidades fechadas são fundações ou sociedades civis, sem fins lucrativos, que administram fundos de pensão de uma ou mais empresas, vinculadas ao Ministério da Previdência Social. As entidades abertas são empresas constituídas para atuar no ramo da Previdência Complementar, vinculadas no Ministério da Fazenda e fiscalizadas pela Susep. Então, para que possamos planejar nossa aposentadoria uma das opções, além da poupança tradicional, destacamos a previdência complementar! Como funciona?
Também é uma poupança, só que a rentabilidade ocorre através de outros mecanismos, como veremos a seguir.
Durante o período laboral, você poupa certo valor que pode correspondera 10%, 15%, 20% do seu salário por mês, ou de acordo com a sua disponibilidade. Dessa forma, acumula um saldo que poderá ser resgatado ou transformado em renda lá na frente. É você quem decide quanto deseja contribuir e quando realizar seus projetos de vida.
O plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por exemplo, é recomendado para quem declara o Imposto de Renda no formulário completo, podendo deduzir as contribuições até o limite de 12% da renda bruta anual. O Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um plano indicado para quem declara Imposto de Renda no formulário simplificado, faz declaração de isento ou deseja investir em previdência acima de 12% da renda bruta anual. Quando chegar à data prevista da aposentadoria, a pessoa pode retirar a reserva acumulada ou transformá-la em renda mensal.
O que você está esperando?
Comece a poupar hoje! Procure um especialista para melhor orientá-lo.
Fonte: Jornal do Comércio
Por Roberto Corrêa de Corrêa
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A importância de solenizar
Publicado em
05/12/2010
às
09:00
Uma grande empresa decidiu, após muitos estudos e consulta a seus funcionários, montar um gabinete dentário completo dentro da fabrica. Um dentista foi contratado e, sem qualquer cerimonia especial, num certo dia, o dentista começou a atender os operários.
Conversando com esse dentista, ele me disse que sentia uma “frieza” por parte dos funcionários. Fazia oito meses que o gabinete dentário estava funcionando. Ele mesmo tinha andado várias vezes pelas oficinas da fábrica colocando-se à disposição dos funcionários que pareciam, segundo ele, não valorizar o fato de a indústria ter colocado um gabinete dentário somente para atendê-los.
Por sua vez, a diretoria da fabrica dizia: “Não adianta fazer nada para os operários. Gastamos milhões de reais num gabinete dentário completo e os operários nem valorizaram, nem apareceram para fazer tratamento. E é tudo gratuito!”
Quando fui comunicado dessa situação, perguntei logo como foi que o gabinete dentário foi colocado na indústria. A resposta veio simples e direta. “- Reformamos a sala, adquirimos os equipamentos e contratamos o dentista e mandamos um memorando para todos os chefes e colocamos um aviso no quadro de avisos: - ‘A PARTIR DA PRÓXIMA 4ª FEIRA HAVERÁ UM DENTISTA ATENDENDO NO NOVO GABINETE DENTÁRIO. AS CONSULTAS E TRATAMENTOS SÃO GRATUITOS. FALE COM SEU SUPERVISOR A RESPEITO.’”
Confesso que foi difícil convencer os diretores da fábrica sobre qual tinha sido o erro cometido.
Imediatamente propus que fosse feita uma cerimônia de “Inauguração” do Gabinete Dentário, com a presença de todos os funcionários (num final de expediente ou troca de turma) e com as seguintes providências adicionais e absolutamente necessárias:
• Colocar uma placa como o “nome” no Gabinete. Esse nome, deveria ser escolhido pelos próprios funcionários com antecedência para que no dia da inauguração a placa já estivesse pronta e colocada;
• Cobrir a placa com um pano com as cores da empresa, para que fosse descerrada pelo presidente da empresa (que deveria comparecer no dia da inauguração), juntamente com o funcionário mais antigo, o funcionário mais novo, o dentista e o gerente da fábrica. O representante do Sindicato ou da Comissão de Fábrica, também deveria participar do descerramento da placa;
• Colocar uma fita na entrada do Gabinete Dentário para ser desatada pela operária mais antiga, pela mais nova, juntamente com o presidente da empresa;
• O presidente da empresa deveria fazer um discurso;
• Um representante dos operários deveria fazer um discurso;
• Após o descerramento da placa e desatamento da fita, todos seriam convidados a visitar o Gabinete Dentário, percorrendo suas instalações;
• Após a cerimônia (bastante formal) haveria alguma coisa para comer e beber, servido aos operários.
Os diretores da indústria disseram sentir-se envergonhados de fazer tudo aquilo. Sentiam-se como “políticos em campanha”. Expliquei que tudo aquilo era absolutamente necessário para que todos os beneficiados “incorporassem” o novo gabinete dentário.
Tudo foi feito como pedi. O sucesso foi enorme!
Nas semanas e meses que se seguiram, todos os operários comentavam o novo benefício. O Sindicato dos trabalhadores enviou uma carta à empresa elogiando a iniciativa. O dentista teve um trabalho oposto ao que sentia anteriormente: teve que organizar um horário para atendimento dos muitos operários que agora desejavam tratar de seus dentes.
Afinal, o que aconteceu?
Será que os operários não sabiam da existência do gabinete dentário antes da sua “inauguração”, que se deu oito meses depois de aberto ao atendimento?
Uma das coisas mais importantes no Brasil é “solenizar” ou “cerimonializar” os atos na empresa. Todos os atos importantes, para serem vistos como realmente importantes, precisam ser cerimonializados, solenizados. E como todo “rito” deve ter “discurso e comida ”.
Não há cerimônia em nenhuma sociedade que não tenham esses dois componentes essenciais. “Ouvindo e comendo ou bebendo” é que as pessoas realmente introjetam o fato ou acontecimento passando a incorporá-lo definitivamente. Assim são nos casamentos, batizados, aniversários, etc.
Assim, um dos mais sérios erros que as empresas podem cometer é a de simplesmente colocar para funcionar as coisas sem a devida atenção ao “como” essas coisas são colocadas para funcionar.
Demos o exemplo de um gabinete dentário que é um espaço físico, com equipamentos, etc. No entanto, essa mesma orientação vale para qualquer outra coisa. Por exemplo, a adoção de um novo uniforme, a adoção da obrigatoriedade do uso de crachás, a incorporação de novos veículos numa frota, etc. etc.
No Brasil, com o homem brasileiro, nada dever ser feito sem se estudar o “como” será introduzido na empresa, sob pena de ver-se a sua utilização minimizada, desvalorizada ou mesmo malversada. Na Europa, nos Estados Unidos, onde a sociedade não é oral e auditiva como a brasileira, essas providências não são fundamentais. Porém, o homem brasileiro é diferente e precisa ser tratado diferentemente pela empresa.
Experimente “solenizar” e “cerimonializar” algumas coisas essenciais na sua empresa daqui para frente. Você verá a diferença. Você verá que as pessoas passarão a realmente “incorporar” as mudanças ocorridas e passarão a segui-las e atendê-las mais facilmente. A comunicação de fato se estabelecerá. Os objetivos ficarão mais explicitados e a importância do fato será realmente sentida e avaliada. Tenho visto muitas empresas perderem tempo, recursos, energia, por não compreenderem essa verdade antropológica do homem brasileiro. Não cometa o mesmo erro. Experimente.
Por Luiz Marins
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Ruas do Bela Vista
Publicado em
04/12/2010
às
09:00
Estou lembrando sempre do poeta maior – Mario Quintana.
Sempre gostou de caminhar. Caminhar pelas ruas de sua cidade. Caminhar pelo Centro de sua cidade. Caminhar pelas ruas e apreciar as maravilhas que estas ruas possuem: calçadas, árvores, pássaros, movimento do vai e vem do trânsito e principalmente dos passantes.
Não sou o Mario Quintana.
Não moro no Centro da capital dos gaúchos.
Resido no Bela Vista. Sim, no Bela Vista das “belas vistas...”.
Bairro especial.
Bairro arborizado.
Bairro onde admiro muito suas ruas. Suas árvores. “O colorido de suas árvores”, principalmente nesta época do ano – a primavera. Admiro também sua população. Quase sempre a sorrir de felicidade.
Bairro eclético. Seus “arranha-céus”... Muitos não chegam a arranhar o céu, mas é de uma arquitetura de muito bom gosto. Parabéns aos arquitetos. Eles merecem! Mesmo os prédios de “ontem”... Sempre pensaram num projeto de “bela vista”, afinal estavam projetando para o Bela Vista. Será que foi em função do nome?
Bela Vista – “bairro que tem sempre uma vista bela, em todos os recantos” – comentário de um morador.
Ruas do Bela Vista. Com aclives. Sem aclives. Com paralelepípedos. Com asfalto.
Ruas do Bela Vista. Com muito trânsito. Com pouco trânsito. Das corridas sem ser autódromo... Tudo nas ruas do Bela Vista. Ruas com nomes de personagens famosos da história e às vezes nem tanto...
Ao caminharmos notamos que muitas destas ruas mereceriam um tratamento melhor junto às suas calçadas. Muitos podem cair. Muitos podem tropeçar. Muitos podem se adoentar. Tudo nas ruas do Bela Vista.
Em muitas destas ruas poderiam ser mais bem planejados os fluxos dos veículos. Como perguntar não ofende, indago: “Será que em muitas das ruas deste belíssimo bairro não mereceriam um trânsito de fluxo único?”.
São as ruas do Bela Vista. Sempre muito charmosas. Sempre com os canteiros muito cuidados. É o cuidado da população com suas ruas, com seus prédios, mas principalmente, com seu bairro.
Ruas do Bela Vista – sempre um ótimo ponto turístico parta os visitantes da capital dos gaúchos.
Não sou Mario Quintana, mas me encanta caminhar pela minha cidade.
Por David Iasnogrodski
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O novo desafio da classe contábil
Publicado em
03/12/2010
às
09:00
As perspectivas de o Brasil se tornar um País emergente com nível de desenvolvimento econômico estável estão presentes no cenário atual, o que pode elevar a profissão contábil ao maior nível de reconhecimento. Por consequência, a valorização dos profissionais é uma realidade que deve ser entendida para que as oportunidades sejam transformadas em melhorias para os referidos profissionais, bem como para a sociedade em geral.
O International Accounting Standard Board (Iasb), por meio da Fundação das International Financial Reporting Standarts (IFRS Foundation), emitiu em julho de 2009 um pronunciamento específico sobre regras contábeis. Essas regras devem ser utilizadas pelas empresas classificadas no segmento de pequenas e médias, denominado “IFRS for SMEs” (International Financial Reporting Standarts for Small and Medium Entitys), ou seja, normas internacionais de contabilidade para pequenas e médias empresas. Em dezembro de 2009, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emitiu a Resolução 1.255/09, que aprovou a NBC T 19.41, representando o pronunciamento brasileiro sobre
contabilidade para pequenas e médias empresas, que é conhecido como o CPC para PMEs.
De acordo com as referidas regras contábeis, além da demonstração de resultado do exercício, é necessário demonstrar o resultado abrangente. Porém, existe a alternativa de que essa demonstração seja feita de forma separada ou em conjunto, dependendo da complexidade das circunstâncias.
Nessa análise, é importante ressaltar que os únicos itens que farão parte da demonstração de resultados abrangentes são alguns ganhos e perdas cambiais,
Determinadas alterações no valor justo de hedging (atividade cujo objetivo é propiciar a redução ou a eliminação de riscos de mercado) e certos ganhos e perdas atuariais. Outro aspecto é que pode ser omitida a demonstração das mutações do patrimônio líquido, se não houver aportes ou retiradas de proprietários além dos dividendos.
Na avaliação dos investimentos em controladas/coligadas, é possível optar em uma de três alternativas, sendo: a) pelo valor de custo - exceto se a investida
for companhia aberta (listada), nesse caso é necessário utilizar o valor justo como critério de mensuração; b) o método de equivalência patrimonial; e c) o valor justo/resultado (caso seja impraticável, então, pode-se substituir pelo valor de custo). Outro aspecto é que a consolidação proporcional que é admitida nas regras completas do IFRS é proibida pela regra do IFRS para PMEs.
A amortização do intangível (goodwill) é proibida pelos padrões contábeis completos, enquanto que é admitida a amortização do goodwill por rentabilidade futura, e, se não for possível estimar a vida útil,
Então, pode-se usar 10 anos como estimativa.
Outra simplificação estabelecida é a não admissão da capitalização de encargos sobre empréstimos na apuração do custo de aquisição na fase da construção de ativos imobilizados.
No caso brasileiro, a adoção dessas práticas é relevante para sairmos da armadilha de servirmos como simples agentes elaboradores de informações de interesse fiscal para, de fato, nos tornarmos os especialistas na elaboração da informação contábil que representará o principal instrumento de medida dos negócios realizados em todos os mercados. Outro aspecto a ser considerado é que o menor o grau de incerteza sobre o rumo dos investimentos gera, como conseqüência, a redução dos custos financeiros e a contribuição da contabilidade dentro deste contexto é fundamental. Essa nova perspectiva traz um desafio à classe contábil, que deverá ser enfrentado por todos os profissionais.
Por Paulo Ricardo Pinto Alaniz
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As empresas estão preparadas para o SPED?
Publicado em
02/12/2010
às
09:00
Desde janeiro de 2007, quando foi editado o Decreto 6022, que criou o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), os empresários e os profissionais contábeis ainda não estão confortáveis para o cumprimento da nova ordem fiscal, contábil e tributária que a medida trouxe.
Dentre outros objetivos, o SPED apresenta como intuito aperfeiçoar o sistema tributário brasileiro no seu fluxo de resultados quase em tempo real, possibilitando que os órgãos fiscalizadores tenham uma nova e eficaz maneira de combater a sonegação.
Sua implantação trouxe ao mundo virtual, de modo muito mais flexível e dinâmico, as informações antes contidas em calhamaços de papéis e diluídas em notas fiscais, registros de entrada e saídas, livros diários e razões, além de toda a burocracia resultante de obrigações acessórias. Em função disso, o SPED dividiu-se em três grandes projetos: a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), o SPED Fiscal (Escrituração Fiscal Digital) e o SPED Contábil (Escrituração Contábil Digital).
Acredito que muitos empresários e profissionais contábeis não estão preparados para o sistema e encararam os projetos com ceticismo e sem a menor preocupação de que pudessem efetivamente vingar. Diversas corporações e profissionais da área contábil não se incomodaram em se atualizar, dispor de novas metodologias, investirem no capital humano em busca de aprimoramento e principalmente, reavaliar seus processos internos. Ignorância ou imaturidade? Talvez ambas as situações, uma vez que no Brasil existem muitas normas que não prosperaram.
Embora esse viés da questão seja repercutido massivamente, é importante destacar que a adoção do sistema é uma realidade e, a cada dia, as empresas precisam reavaliar o impacto produzido. O lado positivo dessa medida é que as corporações tiveram que se adaptar, se autoconhecer e, principalmente, revisar procedimentos internos.
É possível perceber que o cenário do SPED nas empresas ainda não está plenamente compreendido. Para muitos profissionais da área contábil, o Sistema de Escrituração Digital é uma invasão do Fisco nas operações e, para outros, nada mais é que uma forma disfarçada de autoritarismo em que o governo somente visa à sua parte no lucro de todo mundo.
O executivo explica que a carga tributária no Brasil é de cerca de 40% em relação ao PIB, com tendência de aumento. Há uma luta não muito empenhada pela sociedade no intuito de obter uma efetiva reforma tributária, que, sendo coerente, poderia minimizar muito problemas.
Defendo que o empresário deve, imediatamente, deixar conceitos arcaicos de lado e partir para a efetiva modernização e investimento, realizando pesquisa de uma solução que melhor apresente custo-benefício. O SPED veio para ficar e, como na teoria da evolução de Darwin, só os mais bem preparados serão selecionados para a sobrevivência.
O SPED da COFINS e PIS
Com a instituição da escrituração fiscal digital da COFINS e do PIS, a Receita Federal do Brasil aperfeiçoa o projeto do SPED e cria mais um controle sobre o que representa cerca de 90 % da arrecadação da União.
O objetivo é claro: tomando por ponto de partida o fato de que os pedidos de compensação de créditos do PIS e da COFINS somaram cerca de R$ 13,5 bilhões no ano de 2009, o Fisco resolveu tomar uma atitude mais firme, principalmente se, aproximadamente R$ 6 bi em créditos foram aprovados e, o restante, praticamente desprezado.
Essa metodologia realmente irá inibir significadamente a sonegação, fraudes e evasões indevidas, bem como reprimir ação fiscalizatória, uma vez que, em médio prazo, o cruzamento de dados se tornará mais dinâmico e eficaz.
O empresário mal orientado pode, inocentemente, errar ao informar ao seu contabilista o que é utilizado como crédito, dentro do que acha que determinam as leis 10.637/2002 e 10.833/2003, mas desconhece, efetivamente, se os conceitos estão plenamente observados. Outra situação é o profissional contábil desconhecer a fundo a legislação e a metodologia de aplicação desses créditos, o que gera inconsistências flagrantes.
Agora, com o EFD-PIS/COFINS, essas informações deverão estar ainda mais refinadas e alinhadas, pois as multas referentes a compensações indevidas ou fraudulentas podem chegar a 150%.
Obrigatória, a partir de janeiro de 2011, para as empresas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado e sujeitas à tributação pelo Lucro Real, a sistemática estará totalmente consolidada até 2012, quando entrarão também na obrigatoriedade os contribuintes optantes pelo Lucro Presumido ou Arbitrado.
Logo, em conclusão simples, o SPED Contábil também será obrigatório para estes últimos no mesmo período. Para as empresas optantes pelo Lucro Real e que não estão sujeitas a acompanhamento diferenciado, a EFD-PIS/COFINS é obrigatória para fatos geradores, a partir de 1º/07/2011.
No cenário atual, os contribuintes e profissionais da área contábil estão a cada dia mais sujeitos à reciclagem e ao aprimoramento. O Fisco ampliou as oportunidades para os profissionais das áreas contábeis, fiscal, auditoria, informática, de maneira inimaginável, em apenas três anos. No entanto, é preciso escolher bem os profissionais que irão assessorar o empresário.
Por Robison Chan Tong
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As Retenções Aplicadas às Empresas Produtoras Culturais
Publicado em
01/12/2010
às
09:00
Dando continuidade a nossa proposta de oferecer subsídios para uma gestão mais qualificada das produtoras de projetos culturais, abordamos agora o tema das retenções tributárias.
A retenção de tributos tem previsão na Constituição Federal, em seu artigo 150, § 7°, bem como nos artigos 121, § único, inciso II, 124, inciso II e 128 do Código Tributário Nacional.
Qualquer tributo pode sujeitar-se à retenção, desde que haja previsão legal que assim determine. É bem verdade que dos tributos cujo lançamento se dá de ofício, como é o caso do IPTU, IPVA, ITBI e ITCM, não há como ocorrer a retenção porque o pagamento é realizado diretamente pelo contribuinte.
A obrigação de realizar a retenção e o recolhimento de determinado tributo decorre obrigatoriamente de lei. Desta forma, só há que se falar em retenção quando a lei assim dispuser.
Resumidamente, os tributos que estão sujeitos à retenção são: Imposto de Renda - IR, Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, Programa de Integração Social – PIS, Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN e as contribuições patronais ao Instituto Nacional da Seguridade Social – INSS.
RETENÇÕES DE IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
O Imposto de Renda é retido na fonte quando dos pagamentos efetuados à pessoa física por serviços prestados com ou sem vínculo empregatício e é apurado através da Tabela Progressiva do Imposto de Renda para a Pessoa Física emitida e administrada pela Receita Federal do Brasil. Este imposto deve ser retido, pela fonte pagadora, por ocasião do pagamento do rendimento.
Por outro lado, o Imposto de Renda Retido na Fonte de Pessoas Jurídicas tem retenção na fonte com alíquota de 1% (um por cento) sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis nos seguintes casos: prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas; segurança e vigilância; e por locação de mão-de-obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, em local por esta determinado. Aplica-se, também, aos rendimentos pagos ou creditados pela prestação de serviços de transporte de valores.
Já os serviços profissionais são regulados pelo Art. 647 do RIR/99, ADN Cosit nº 09/90 e ADN Cosit nº 06/00, arts 38, parágrafo único, e 620, §§ 1º e 2º, do RIR/99. Assim, nos casos de Serviços Profissionais prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis (caracterizadamente de natureza profissional), o IRF incide na alíquota de 1,5% sobre as importâncias pagas ou creditadas como remuneração, independentemente da qualificação profissional dos sócios da beneficiária e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos serviços em relação à receita bruta (RIR/99: - Art. 647 e RIR/99: - Art. 648).
No caso de serviço prestado por pessoas jurídicas isentas ou imunes, não incidirá imposto de renda na fonte (Art. 649, RIR/99). Já quando os serviços são prestados às ONG's, todos os rendimentos auferidos por pessoas físicas de pessoas jurídicas estão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte, tais como IRF sobre trabalho assalariado, não assalariado, etc., salvo algumas exceções previstas em lei.
Comissões, Corretagens e "Factoring" estão sujeitas à incidência de alíquota de 1,5% de IRF nas importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, a título de comissões, corretagens, bem como as comissões pagas a agências de empregos pelas empresas que contratam pessoal pelo seu intermédio, ou qualquer remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais e serviços de "factoring". (Art. 651 do RIR/99 e art. 29 da Lei 10.833/2003).
Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na Fonte, com alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou creditadas pelo órgão anunciante às agências de propaganda e publicidade. Devem ser excluídas da base de cálculo do imposto as importâncias pagas diretamente ou repassadas a empresas de rádio e televisão, jornais e revistas, bem como os descontos por antecipação de pagamento.
RETENÇÕES NA FONTE DE CSLL, PIS E COFINS
Há retenção na fonte de CSLL, das contribuições ao PIS e da COFINS, sobre os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela prestação de serviço de assessoria creditícias, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais. Isso se aplica, inclusive, aos pagamentos efetuados, dentre outros, por associações, entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos.
As pessoas jurídicas que apuram o imposto de renda pelo lucro real, que aufiram receitas sujeitas à sistemática da "não-cumulatividade", de que tratam as Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003 e alterações posteriores, além deste Roteiro, devem consultar as normas específicas da sistemática, consolidadas no Roteiro do PIS/Pasep e da COFINS - "Não-cumulatividade".
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo, também são contribuintes do PIS e da COFINS.
As sociedades cooperativas de pessoas jurídicas são responsáveis pela retenção e recolhimento das contribuições devidas nas vendas de produtos entregues pelas associadas para comercialização, inclusive nas revendas pela central de cooperativas.
Lembramos, ainda, que anteriormente à Lei 9.718, a base de cálculo das contribuições compreendia somente o faturamento da pessoa jurídica. Após a referida Lei, passou a ser a receita bruta, muito mais abrangente, entendida como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido poderão adotar o regime de caixa, para fins de apuração da base de cálculo mensal do PIS/Pasep e da COFINS, desde que também tenham adotado este regime para apuração trimestral do IRPJ e da CSLL.
Adotado o regime de caixa, cabe à pessoa jurídica:
a) emitir documento fiscal idôneo quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço; e
b) indicar, no livro Caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a que corresponder cada recebimento.
A pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada lançamento, será indicado o documento fiscal a que corresponder o recebimento.
Os valores recebidos antecipadamente, por conta da venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços, serão computados como receita do mês em que se der o faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, o que primeiro ocorrer.
O valor da retenção das três contribuições será determinado pela aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual de 4,65%, que corresponde à soma das alíquotas de 1% de CSLL, 3% de COFINS e 0,65% de PIS. Quando a pessoa jurídica beneficiária do pagamento gozar de isenção de uma ou mais contribuições, a retenção será feita mediante aplicação das alíquotas específicas correspondentes às contribuições não alcançadas pela isenção.
As pessoas jurídicas beneficiárias de isenção ou de alíquota zero devem informar esta condição na nota ou documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se não o fizerem, sujeitarem-se à retenção das contribuições sobre o valor total da nota ou documento fiscal, no percentual total de 4,65%. Vale lembrar que é dispensada a retenção para pagamento de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00.
RETENÇÕES NA FONTE DE ISSQN
Poderão os municípios e o Distrito Federal, mediante Lei, atribuir a terceira pessoa a responsabilidade pelo crédito tributário, vinculado ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais;
Os responsáveis estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
São responsáveis pelo pagamento do imposto:
- o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do país, ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do país.
- a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista de serviços elencados na Lei Complementar 116/03;
Em assim sendo, deve-se observar a legislação especifica de cada município.
RETENÇÕES PREVIDÊNCIARIAS NA FONTE
A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada.
Referidas disposições, a partir de 01.08.2005, estão regulamentadas pelos artigos 140 a 177 da IN SRP 3/2005. Até 31.07.2005, foram regulamentadas pela IN INSS-DC 100/2003, através dos artigos 149 a 186.
Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6019, de 1974.
Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, os serviços de:
I - limpeza, conservação ou zeladoria que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;
II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;
III - construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;
IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento, embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;
V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou de similares;
VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.
Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção. .
Não se aplica o instituto da retenção:
I - à contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da categoria ou de órgão gestor de mão-de-obra (OGMO);
II - à empreitada total, quando a empresa construtora assume a responsabilidade direta e total por obra de construção civil ou repasse o contrato integralmente a outra construtora, aplicando-se, neste caso, o instituto da solidariedade, conforme disposições previstas da Seção III do Capítulo X da IN SRP 3/2005.
III - à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais;
IV - ao contribuinte individual equiparado à empresa, à pessoa física, à missão diplomática e à repartição consular de carreira estrangeira;
V - à contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003, data da publicação no Diário Oficial da União do Decreto 4.729/2003.
VI - à empreitada realizada nas dependências da contratada.
A contratante fica dispensada de efetuar a retenção quando:
I - o valor correspondente a onze por cento dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido pela SRP para recolhimento em documento de arrecadação;
II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, cumulativamente;
III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no inciso X do art. 146 da IN SRP 3/2005, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais.
Para comprovação dos requisitos previstos no item II, a contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário-de-contribuição.
Para comprovação dos requisitos previstos no item III, a contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa, profissional de profissão regulamentada, ou, se for o caso, profissional da área de treinamento e ensino, e sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais ou consignando o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Para fins do disposto no item III, são serviços profissionais regulamentados pela legislação federal, entre outros, os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.
Como podemos verificar acima, a retenção só é devida quando fica caracterizada a cessão de mão-de-obra. Porém, temos verificado muita retenção indevida, inclusive de profissionais liberais que prestam os serviços diretamente, sem a intermediação de terceiros.
Referências Bibliográficas:
· Constituição Federal;
· Código Tributário Nacional;
· Lei 6.019/1974
· Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99;
· Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003;
· Lei Complementar 116/2003;
· IN SRP 03/2005 e IN INSS-DC 100/2003
· Roberto Rodrigues de Moraes - Especialista em Direito Tributário;
· Kleberson Roberto de Souza - Auditor de Estado;
· Portal Tributário - portal especializado em tributos.
ROBERTTO ONOFRIO
TC CRC-RS 49.568
e-mail robertto.voy@terra.com.br
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A responsabilidade do novo consumidor
Publicado em
30/11/2010
às
09:00
Basta uma simples apreciação sobre a sociedade para que se perceba as significativas mudanças de hábitos desta, em especial dos consumidores. Inicialmente, a única intenção dos consumidores era adquirir, ou melhor, buscar meios para ter um produto ou um serviço para uma necessidade imediata. Aí veio a fabricação em massa, a criação de novas necessidades, depois o crédito em massa e “boom”, todos podem adquirir aquele produto/serviço que tanto almejavam de alguma forma.
Mas junto com a fabricação em massa, começaram aparecer produtos com pouca qualidade ou que simplesmente não atingiam a finalidade para a qual se destinavam. Para tanto, o legislador criou diversas regras impondo ao fornecedor muitas obrigações, que buscavam proteger o consumidor como “parte juridicamente mais fraca” que é, tentando reequilibrar as relações de consumo.
Com o crédito em massa, juntamente com a democracia do consumo por todas as classes, outros problemas surgiram, como o super-endividamento. Novamente, o legislador e a jurisprudência intervieram e criaram outras regras, reequilibrando mais uma vez as relações de consumo para priorizar o consumidor.
Todavia, depois de tantas mudanças na sociedade, de tantas informações disponíveis, de tanto conhecimento adquirido e com tantas formas de se proteger e buscar seus direitos (Procons, Juizados Especiais Cíveis, Inmetro, Promotorias e Delegacias Especializadas), não houve qualquer mudança com relação ao que se exige do consumidor. Na verdade, mesmo após toda essa evolução da legislação e dos fornecedores em geral, os consumidores continuam sendo tratados como exclusivos portadores de direito, não obstante a existência de deveres decorrentes da boa-fé de qualquer contratação, bem como dos previstos pela legislação.
Há que se ressaltar também que tantas proteções agregaram cada vez mais encargos e custos aos fornecedores, criando, por vezes, até situações intransponíveis para os menos preparados. Contudo, os que superaram todas as dificuldades do mercado, melhoraram seus produtos, ampliaram as informações e se adaptaram à legislação não vêem, ainda, qualquer benefício, pois continuam sendo vistos como “vilões” de uma relação desequilibrada.
É fato que ainda que fornecedores cumpram a legislação, numa eventual discussão judicial, acabam sendo condenados até mesmo ao pagamento de indenizações por danos morais pelo simples fato de os terem fabricado ou pela suposta inobservância do “dever de informação”.
Atualmente, boa parte dos produtos possuem embalagens informativas e manuais de uso, mas, em regra, não são lidos pelos consumidores. Da mesma forma, as informações de uso, conservação e garantia estão dispostas e facilitadas na internet, sendo sabido e notório que este é um canal de informação muito utilizado pelos consumidores, já que blogs de opiniões sobre produtos são lançados a todo instante. Entretanto, o conhecimento destas informações não é exigido de seus usuários.
Como desconsiderar o fato que é o consumidor quem domina o mercado hoje? Seja porque é quem decide o que vai comprar, seja porque tem ferramentas para obter conhecimento do produto que está adquirindo e compará-lo com outros e seja porque tem nas mãos o instrumento mais poderoso, que é a propaganda positiva ou negativa através de diversos meios (falado, blogs, sítios de relacionamento, etc.), é ele que está no comando das relações.
Sim, todos nós estamos mais exigentes e conscientes das ferramentas que temos para usar. Mas será que estamos conscientes de nossas responsabilidades como consumidores? Não há dúvidas de que chegou o momento de se refletir a respeito e ponderar este novo consumidor.
Por Bárbara Ravanello
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Realmente podemos mais?
Publicado em
29/11/2010
às
09:00
Estudo divulgado pelo Banco Mundial demonstra que o Brasil é apenas o 127º colocado dentre 183 países pesquisados para as empresas fazerem negócios. Referido trabalho compara índices como o prazo para a abertura e fechamento de empresas, obtenção de alvarás e registro de propriedades, como também o cumprimento de contratos, obtenção de crédito e pagamento de impostos. Ainda mais prejudicial aos interesses do País é a constatação de que o Brasil caiu três posições em relação ao mesmo estudo realizado em 2009. Essa queda demonstra que o Brasil, ao contrário das bravatas dos governantes, está ficando para trás de outros países, como Cingapura. Enquanto no Brasil são necessários 15 atos e, no mínimo, 120 dias para abrir uma empresa, no Canadá é necessário um procedimento e na Nova Zelândia apenas um dia. Nossas empresas levam cerca de 2.600 horas por ano para preparar, pagar e arquivar os 10 impostos previstos pela legislação. Na África do Sul são somente 200 horas.
O Brasil está no centro de dois grandes acontecimentos que talvez jamais voltem a ocorrer simultaneamente. Contudo, apesar da retórica dos governantes, levando em consideração o trabalho realizado pelo Banco Mundial, nada está sendo feito. Contudo, não devem ser adotadas medidas paliativas visando somente a 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas). Devemos aproveitar esse momento para promover profundas reformas a fim de tornar o País menos refém da burocracia sufocante das atividades empresariais. Para a maioria das empresas o resultado do estudo não representa qualquer novidade. Para os governantes, por outro lado, deve soar como alerta.
Por Pablo Berger
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A desindustrialização nacional e o "Efeito Made In China"
Publicado em
28/11/2010
às
09:00
Mesmo com as exportações legais crescendo, as importações legais e ilegais crescem em um ritmo muito mais rápido; as indústrias dos setores elétricos e eletrônicos já estão sentindo esse processo.
As gôndolas de supermercados, as lojas de presentes, as ruas mais visitadas para compras em São Paulo, os vendedores ambulantes e informais dos bairros e dos centros das capitais, as viagens das sacoleiras aos países vizinhos, porta de entra dos produtos "importados," revelam claramente o quanto os produtos nacionais estão sendo substituídos por importados, por que não dizer, contrabandeados.
Mesmo com as exportações legais crescendo, as importações legais e ilegais crescem em um ritmo muito mais rápido; as indústrias dos setores elétricos e eletrônicos já estão sentindo esse processo.
A indústria já apresentou uma participação de 36% do Produto Interno Bruto (PIB), em 1985, com várias oscilações, ela caiu para algo em torno de 16% do PIB, em 2008; hoje representa apenas 15%.
Conforme estudos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostram que, os bens fabricados pela indústria de transformação, isto é; produção de bens, em 2010, alcançou um déficit comercial de US$ 22,4 bilhões, conforme artigo de Jorge J. Okubar, de 31/10/10 do Jornal Estadão.
Para exemplificar Paulo Kliass, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, e doutor em Economia pela Universidade de Paris, comenta em seu artigo "A polêmica atual sobre a desindustrialização":
"Verifica-se uma acentuação da perda relativa de posição dos produtos manufaturados no total de exportações. Ou seja, há um crescimento do peso dos produtos primários, de baixo valor agregado. Por exemplo: entre os 25 anos de 1982 e 2007, a média havia sido de 58% de industrializados no total das exportações. Nos últimos 3 anos, essa participação baixou para 49%, 43% e 41%. Quando se analisam algumas informações do lado das importações, a situação também merece preocupação".
"A participação dos bens manufaturados no total das importações brasileiras ficou na média de 12% ao longo dos últimos 20 anos – com exceção dos anos de câmbio valorizado sob FHC. Já em 2009 e 2010, houve um crescimento significativo dessa participação, saltando para 16% e 17%. Ou seja, algo como se a demanda interna em expansão estivesse sendo atendida por produtos industriais importados".
"Em síntese: continuamos a exportar bens com baixo valor agregado e a importar cada vez mais produtos manufaturados de maior valor agregado para nosso consumo".
"A velha estória de nos vangloriarmos de exportar soja, minério de ferro, suco de laranja e carne, ao passo que, importamos, produtos eletrônicos, computadores, celulares e outros bens de alto valor agregado."
Mesmo com todas as evidências muitos estudiosos e economistas ortodoxos, "porque pensam de acordo com o Consenso de Washington, e, por isso, apóiam a política macroeconômica instaurada desde 1992."
palavras de Luiz Carlos Bresser-Pereira, Professor Emérito da Fundação Getúlio Vargas, ainda questionam o assunto.
Temos também o setor de autopeças "o Brasil passou de exportador para importador.." palavras de Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
Caso queiram tirar suas dúvidas, vão a uma grande rede de distribuição e verifiquem alguns produtos, tais como, cafeteiras, sanduicheiras, torradeiras, ferros elétricos, liquidificadores, computadores, impressoras, telefones, malas, bolsas, vestuários em geral, tênis, guarda-chuvas, brinquedos, relógios, etc. etc., e verifiquem quantos são nacionais quantos são importados.
As principais causas são;
1º.) Carga excessiva de impostos nos produtos fabricados no Brasil, tais como: ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias) de 18% em São Paulo; IPI (Imposto de Produtos Industrializados) média de 10%; PIS (Programa de Integração Social) de 0,65% e 1,65%; COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3% ou 7,6%; Imp. de Renda s/o Lucro, em média, dependendo do regime tributário da empresa, de 10% a 15%; INSS das empresas sobre a folha de pagamento dos empregados de 27,8%; FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de 8% sobre a folha de pagamento dos empregados; toda essa carga tributária encarece o produto em 50% aproximadamente, isto todo produto consumido ou exportado tem 50% de impostos, isto cria dificuldade, pois os países não querem importar impostos e sim produtos.
2º.) Legislação Trabalhista que está dificultando contratações e demissões, tais como, contratação de aprendiz, multa de 40% do FGTS, legislação de gestantes, interferência dos sindicatos, e outras mais
3º) Taxa de dólar baixo facilita as importações e prejudica as exportações.
4º.) Altos custos de produção, tais como, preço da matéria prima nacional, devido às incidências mencionadas acima, incidências de horas extras e adicional noturno com altos acréscimos, custo dos transportes rodoviários e dos pedágios, pois o transporte ferroviário que é mais barato não teve investimento por interesses das fábricas de caminhões e falta de planejamento dos governantes.
Por Claudio Raza
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O Caminho para Melhores Resultados em Vendas
Publicado em
26/11/2010
às
09:00
Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou produto que vende, mas não é capaz de comprá-lo? Certa vez, entrei em uma loja de eletrodomésticos, para comprar uma máquina de lavar roupas. Fui abordado por um vendedor, que disse que "as máquinas para serem impecáveis, só faltam estender e passar as roupas!" Depois de ouvir o vendedor, questionei qual dos modelos apresentados ele tinha em casa? Para minha surpresa, ele respondeu que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Você presenciou algo parecido? Observe nos dois fatores abaixo, como evitar dissabor ao apresentar uma proposta comercial ou oferecer um produto para um cliente.
Uma estrada de desmotivação e incertezas - Para fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo para desenvolver as atividades, por meio da cordialidade e do uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão, para fazer piadas e acreditam que estão arrasando! Há vendedores que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado para o perfil da cliente. Há profissionais de vendas, que realizam abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Caminham em uma estrada de desmotivação e incertezas. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com expressivo mix de venda. Ao utilizar de exemplos práticos e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de inovar suas argumentações para os produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos, de acordo com o perfil do público alvo.
Você contrataria um "especialista em jeitinho"? - O profissional que deseja argumentar com coerência sobre o produto ou o serviço com o cliente, deve conhecer o que está falando, por meio de treinamento prévio. Passa a ser inaceitável observar uma balconista, ociosa em uma loja, sabendo que neste momento, ela poderia estudar os produtos, as ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de uma marca. O "especialista em jeitinho" passa ser aquele que ao contrário de estudar, apresenta justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o "especialista em jeitinho" responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor que tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento pode contribuir para eliminar o comportamento do "especialista em jeitinho" e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais e coesas com as realidades do mercado.
Houve um período da história comercial, onde o vendedor era uma pessoa que usava de pretextos, com o objetivo de "empurrar" algo para um cliente. Tempo passado, pois atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial, para o crescimento de qualquer organização. Note que, quando ouvimos a sugestão de alguém, que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Você estaria confortável, em uma aeronave, onde o piloto não se preparou para pousar? Você realizaria a compra de um automóvel, com um vendedor, que não acredita no que está oferecendo? Qual caminho você está andando na trajetória do seu sucesso? Uma estrada de fracassos ou um caminho de conquistas com motivação?
Por Dalmir Sant’Anna
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Aprovado o Projeto de Lei que cria o Pró-Cultura
Publicado em
25/11/2010
às
09:00
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul instituiu em 21 de julho de 2010 o Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais - PRÓ-CULTURA, através da Lei 13,490, com a finalidade de promover a aplicação de recursos financeiros decorrentes de incentivos a contribuintes e do Fundo de Apoio à Cultura, em projetos culturais, na forma estabelecida por esta lei.
Se por um lado o projeto AJUSTAR-RS é de interesse dos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, cujo o objetivo e proporcionar o refinanciamento de dívidas adquiridas até 31 de dezembro de 2009, por outro e não menos importante o projeto Pró-Cultura é também interessante para contribuintes deste imposto que tenham saldo devedor com fulcro na entrega da Guia de Informação e Apuração de ICMS – GIA.
Isso porque as empresas que financiarem projetos culturais poderão compensar até 100% (cem por cento) do valor aplicado com o ICMS a recolher, discriminado em Guia de Informação e Apuração - GIA ou Livro Registro de Apuração do ICMS, aplicando a tabela abaixo, sobre saldos devedores de cada período de apuração, respeitado o montante global da receita líquida, conforme dispõe o art. 27 desta lei.
|
Saldo Devedor do ICMS (R$)
|
Percentual
|
Valor a Acrescer (R$)
|
|
De
|
Até
|
|
|
a)
|
-
|
50.000,00
|
20%
|
0
|
b)
|
50.000,01
|
100.000,00
|
15%
|
2.500,00
|
c)
|
100.000,01
|
200.000,00
|
10%
|
7.500,00
|
d)
|
200.000,01
|
400.000,00
|
5%
|
17.500,00
|
e)
|
400.000,01
|
Infinito
|
3%
|
25.500,00
|
Quando o valor do saldo devedor for superior a R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), o benefício devido será o proveniente da aplicação da tabela sobre R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) ou de 3% (três por cento) sobre o valor do saldo devedor, valendo o que for maior.
O benefício poderá ser cumulado com qualquer outro benefício fiscal, desde que cada despesa seja apresentada em somente uma planilha de custos dentre as apresentadas às fontes de incentivo e financiamento oficial, quer municipal, estadual ou federal, disso fazendo prova ao PRÓ-CULTURA.
Em projetos culturais cujos os valores de captação sejam superiores a R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), a empresa financiadora terá autorização do fisco estadual para compensar até 100% (cem por cento) do valor aplicado com ICMS a recolher, sendo o benefício condicionado ao repasse de 25% (vinte e cinco por cento), calculado sobre o valor a ser compensado, ao Fundo de Apoio a Cultura.
Ainda é preciso aguardar pela normatização da Secretaria de Estado da Cultura – SEDAC na condição de gestora do PRÓ-CULTURA. No entanto, já podemos vislumbrar mais um elemento de extrema importância para o Planejamento Tributário das empresas com saldo devedor de ICMS. Esses benefícios pelo incentivo fiscal ora estimulado pelo Governo Estadual, ainda podem agregar valor ao Marketing Cultural da empresa financiadora, como possibilitam o aproveitamento das despesas operacionais, deduzindo, assim, o lucro tributável do imposto de renda (caso seja tributado pelo Lucro Real e não tenha o aproveitamento de 100% do saldo devedor de ICMS).
ROBERTTO ONOFRIO
TC CRC-RS 49.568
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Planejamento Tributário: fazer ou não fazer?
Publicado em
24/11/2010
às
09:00
Diversas indagações permeiam o dia a dia dos profissionais de contabilidade. Dentre elas as mais recorrentes são: quanto vou pagar de impostos? Está correto o modelo de apuração? Tem como pagar depois? – ou ainda: tem como não pagar?
O Brasil tem uma carga tributária exorbitante, que representa mais de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), e regras fiscais tributárias, que sofrem alterações diárias, criando um oceano de situações que, se não cumpridas, geram ônus e inúmeros problemas. E isso afeta tanto o empresário - que geralmente desconhece a legislação - como o profissional contábil, que, por vezes, não está preparado para determinadas mudanças.
Já presenciei situações em que o empresário multiplicou o valor base do produto por três, efetuou a venda e ainda reclamou que a operação não cobriu nem a metade dos custos. Além desses inconvenientes, o empreendedor ainda teve que recolher ICMS, PIS, COFINS, IPI, Imposto de Renda, Contribuição Social, entre outros tributos. Nesse caso, o empresário também desconhecia procedimentos como o de obter cálculos em que poderia verificar e comparar o custo do concorrente com o dele.
Diante dessa situação, em que o empresário se vê no meio de um tsunami de tributos, podemos concluir um fato muito simples: não houve uma visão correta do que fazer, por que fazer e como fazer.
É fundamental que se tenha, para todo empreendimento, um cenário prévio muito bem definido. Na área fiscal, por exemplo, há a ferramenta do Planejamento Tributário, que é voltada para análise dos tributos e de seus reflexos na organização, visando a obtenção do menor ônus possível, dentro dos ditames legais. Trata-se de uma atitude preventiva, em que se analisa o melhor modelo de tributação.
Para promover e fomentar esse ciclo de ações, segundo o executivo, alguns requisitos são indispensáveis, como o conhecimento prévio das atividades da empresa; dos tributos a que a organização está sujeita e do comparativo das modalidades tributárias que a lei determina. A base para um adequado e correto planejamento tributário terá suporte em dados contábeis, regulares e confiáveis. O profissional contábil é a peça-chave nessa gestão.
O segundo semestre de 2010 já chegou. É tempo do empreendedor questionar o profissional contábil sobre como proceder com a tributação para o exercício seguinte.
Os clientes da Prolink, empresa que trabalho, nem precisam perguntar, pois a companhia tem consciência de que, em determinadas situações, a apuração pelo Lucro Real é mais vantajosa que o Lucro Presumido e, em outras, o Simples Nacional pode ser a alternativa mais correta. Sem tratamento adequado da tributação, qualquer empreendimento pode estar fadado ao fracasso.
Parafraseando Sun Tzu, estrategista do tratado “A Arte da Guerra”, o planejamento tributário é o tópico mais importante do negócio. É o campo em que a vida ou a morte da empresa são determinados. É o caminho da sobrevivência ou falência. Portanto, a empresa deve examinar com detalhada atenção esse assunto antes de buscar seus objetivos.
Por meio de estudos comparativos de custos versus despesas, de tributação cumulativa ou não cumulativa, de variação da carga tributária mínima ou máxima e da análise de operações fiscais, é possível compreender quais tributos devem ser recolhidos, além de ajudar o empresário a encontrar as respostas dos questionamentos levantados lá no início. Elas, por sua vez, podem selar o destino de qualquer empreendimento.
Com uma base sólida no planejamento tributário, o dilema dos tributos deixa de ser um pesadelo e passa a ser rotina cartesiana, ferramenta imprescindível no caminho para o futuro e na continuidade saudável; cumprindo assim, a função social da empresa.
Por Robison Chan Tong
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Os Aeronautas e a Legislação Trabalhista
Publicado em
23/11/2010
às
09:00
Na Aviação Comercial Brasileira, os Tripulantes (Pilotos e Comissários) representam o grupo de pessoas responsáveis pelo transporte, condução, segurança, qualidade e atendimento ao público em geral que utiliza o avião como seu meio de transporte, tanto para fins profissionais quanto a passeio/turismo.
O cenário da Aviação Civil Nacional apresenta entre tantas particularidades uma em especial em relação aos demais trabalhadores regidos pela CLT.
Nesse setor, as Diárias mensalmente pagas pelas companhias aéreas aos seus Tripulantes (Comissários) têm um grande impacto nos recebimentos dos mesmos, representando para os Comissários algo em torno de 90% do Salário Fixo mais a Compensação Orgânica e o Adicional de Periculosidade.
Essas Diárias não são integradas aos respectivos salários dos Tripulantes das companhias aéreas nacionais, conforme define a legislação trabalhista dos trabalhadores regidos pela CLT, desse modo não incorporam os ganhos com o 13º Salário, as Férias, o FGTS e futuras verbas rescisórias.
Consideremos o que preconiza o Enunciado TST 101 Diárias de Viagens:
“§1°- Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as Diárias de viagens que excedam 50% do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens”(grifo do autor).
Nesse contexto específico, é relevante mensurar e analisar o impacto da incorporação dessas Diárias aos salários dos empregados da Aviação Civil Nacional e também nos resultados das empresas aéreas. Atualmente o Setor da Aviação Comercial no Brasil conta com aproximadamente 20 mil Comissários na ativa, essas Diárias mensalmente pagas a esses profissionais equivalem a algo em torno de R$ 1.500,00 para cada um deles.
O recebimento dessas Diárias à título de Alimentação percebidas por cada um desses Comissários anualmente representa um montante em torno de R$ 18.000,00 enquanto que se considerarmos todo o universo de 20 mil Comissários o valor total percebidos por esses Comissários anualmente chega a R$ 360.000.000,00.
Valores esses recebidos por esses profissionais habitualmente, porém não estão sendo integrados/incorporados aos respectivos salários, desse modo não impactando no FGTS, 13º, Férias e futuras Verbas Rescisórias.
É de se analisar o quanto esses valores impactariam negativamente o resultado das Companhias Aéreas, pela incorporação aos salários dos Comissários com os devidos reflexos e ajustes no 13º Salário, Férias, FGTS e futuras Verbas Rescisórias que aumentariam para as Companhias Aéreas suas Despesas com Salários/Encargos.
Esses valores também devem ser considerados na nova composição do 13° Salário, Férias, FGTS e nas Verbas Rescisórias desses profissionais, que teriam, sem dúvida alguma, maiores ganhos em seus proventos.
De tal modo fica evidente a importância do Contador como agente da Gestão de Negócios, que deve possuir o mais elevado grau de conhecimento das Leis, Normas e Regulamentos existentes e vigentes em cada setor da economia em que estiver atuando para orientar as empresas na busca das práticas legais, evitando assim futuras surpresas indesejadas como por exemplo Passivos Trabalhistas.
Por Leandro Ferraz.
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Ainda a Feira do Livro de Porto Alegre
Publicado em
22/11/2010
às
09:00
Tudo iniciou em 1955.
Depois deste ano tudo se transformou em relação a leituras junto à cidade de Porto Alegre e também junto ao Estado do Rio Grande do Sul.
Tudo se transformou em relação às aquisições de livros.
Tudo se transformou...
Porto Alegre, a partir dali, em todos os anos, realiza o maior evento cultural ao ar livre em relação a livros – Feira do Livro da Praça da Alfândega.
A partir desta magistral idéia a maioria dos municípios gaúchos também realiza suas feiras de livros.
A parir desta idéia inúmeras instituições civis e/ou religiosas, públicas e/ou privadas realizam suas feiras de livros.
É um fato! Por demais importante.
É a realidade.
Tudo em prol da cultura. Da cultura dos povos.
Em Porto Alegre o evento assume enormes proporções. Palestras, seminários e outros eventos similares são realizados junto à Feira. Todos pensados em atingir todas as idades, pois até a Feira do Livro tem a sua parte infantil, e sempre com ótimo sucesso.
Em todos os anos surge sempre a indagação: o evento pode ser alterado? O evento pode ser modificado?
Sempre surgem as conversas.
Conversas entre os organizadores.
Conversas entre o público freqüentador.
Conversas entre os livreiros.
Conversas entre os editores.
Conversas entre os autores.
Conversas e mais conversas. Sempre ao lado de um delicioso café, junto às inúmeras cafeterias que se encontram na Praça.
Mas o evento inicia e continua lépido e faceiro, mesmo com uma idade já um pouco avançada. Mas a longevidade está aí... Não é verdade? Também na Feira...
Eu sei que vocês devem estar:perguntando: ”David, qual a tua opinião?”
E vou responder.
Freqüento este evento desde o início como leitor. Como escritor desde o ano de 2000. Acredito que deveria ter um número menor de sessões de autógrafos e também diminuir o número de dias da Feira. Acredito que no máximo dez dias. Sendo a abertura dos trabalhos as 10 horas da manhã.
É a minha opinião.
Acho muito interessante é a participação das empresas de comunicação, transferindo para a “Praça” muitas de suas atrações. É a importância que a Feira tem para a sociedade. É a glória que inúmeros autores tem, pois é o momento desses autores saírem do anonimato. São momentos de mostrarem à sociedade os seus trabalhos, pois não é fácil a vida de um autor, principalmente os iniciantes. Na realidade a vida de um escritor no Brasil não é nada fácil...
Desde 2000 vivo grandes momentos na Feira do Livro de Porto Alegre. É uma porta aberta para outros convites, principalmente do interior do Estado. Grandes amizades se fazem no decorrer da Feira.
Desde já meus agradecimentos pelos convites que recebi, principalmente, para visitar outras cidades ou palestrar em Escolas. Na medida do possível participarei de outras Feiras de livros do nosso Estado.
Aqui fico, desejando a todos nos encontrarmos, com saúde, na próxima Feira do Livro de Porto Alegre.
Por David Iasnogrodski
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As armadilhas das festas na empresas
Publicado em
21/11/2010
às
09:00
João bebeu de tudo; ameaçou tirar a roupa; subiu na mesa; falou um monte de palavrões e dançou; acabou caindo da mesa que desmontou com o seu peso.
Angélica misturou vinho com gin e vodka e vomitou em cima do seu chefe; caiu no choro, morta de vergonha. Lúcia deu um super beijo no vigia que a agarrou para o desespero do chefe da segurança.
Roberto, bêbado, foi tirar a mulher do presidente para dançar....
No Brasil, este País festeiro, é tempo de festas! Churrascos, pizzas,
O clima de total descontração faz com que muitas pessoas percam completamente o bom senso e abusem da bebida e da comida e dêem vexames memoráveis. A imagem de seriedade de muitos funcionários é totalmente destruídas nessas poucas horas em que as pessoas confundem as coisas e cria-se um clima de "tudo pode".Conheço chefes que nunca mais recuperaram o seu prestígio junto aos subordinados e superiores. Conheço pessoas que acabaram sendo demitidas por assédio sexual numa bebedeira de comemoração na empresa. Conheço pessoas que acabaram pedindo demissão de vergonha pela baixaria que causaram num desses festins. Uma dessas pessoas simplesmente vomitou no bolo que tinha um pequeno Papai Noel de açúcar na hora em que o presidente fazia o discurso de comemoração por mais um ano de vitórias.Nunca mais apareceu na empresa....
Assim, comemore, mas cuidado! Não caia na armadilha de deixar-se levar pela descontração total e do querer acompanhar os acostumados a beber sem sentirem-se mal. Conheça os seus limites e terá um final de ano feliz.
Happy hours, revelação de amigos secretos, etc., comemoram o final de mais um ano em quase todas as empresas. O meu sincero conselho é que você tome cuidado para comemorar com estilo, sem excessos, pois do contrário poderá cair numa armadilha terrível da qual será difícil se livrar. Pense nisso. Sucesso! Comemore!
Por Luiz Marins
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Capital do Mundo
Publicado em
20/11/2010
às
09:00
Na antiguidade a capital do Mundo era Constantinopla, hoje Istambul. Depois foi Roma. Mais recentemente Londres. Atualmente é Washington D.C. Estados Unidos da América. Cheguei com neve por todo lado. Uma das maiores tempestades dos últimos anos. Tudo parou. No dia que cheguei as coisas começaram a funcionar. Assim como a enchente e as chuvas atrapalham nosso dia a dia, aqui a neve faz o trabalho. É a natureza como maior poder do mundo. A natureza manda em tudo. Todos sempre queremos saber como vai ser o tempo, frio, calor, chuvas, neve, tempestades, vulcões, tsunamis.
Para sobreviver aqui não basta a roupa do corpo de um par de chinelos, como acontece nos países de clima tropical. Existe a classe pobre, mas é um pobre diferente do que costumamos ver em nosso país. É um pobre mais preparado para as intempéries mais severas.
Parecia cena de filme de ficção cientifica. A cidade estava abandonada, algumas pessoas caminhando com dificuldade entre a neve, caindo, parecia estarem fugindo. Vi nos noticiários que vários estavam realmente fugindo para o sul, para a Flórida. Clima parecido com o do Brasil.
As intempéries do Brasil são outras, são políticas, são econômicas. Em termos de clima ainda somos um paraíso, invejado por muitos e desejado por mais ainda. Portanto, não podemos reclamar. Devemos sim aproveitar este clima, que deixa sem dúvidas as pessoas mais alegres. Por isto, somos alegres por natureza. O sol é a fonte de energia do Brasileiro, que independente do que os políticos aprontam, não desanima.
Pense sobre isto. Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Paranóia?
Publicado em
19/11/2010
às
09:00
Ir a um lugar é pensar sempre: onde?
Com a tal “insegurança” que anda por aí, é dever pensar sempre: onde?
Onde ir?
Onde ficar?
Onde estacionar?
Porque tudo isso?
Será que é o progresso?
Ou será que é a falta do que fazer...
Mas fazer, onde?
Cinema, teatro, amigos, encontros para um café de final de tarde, tudo se torna inseguro...
Inseguro?
Quando?
No local, ou chegar ao local?
Tudo é inseguro...
Em qualquer lugar, o que se vê antes de tudo são os “seguranças”. Pessoas “bem apessoadas” de terno preto que observam tudo. Observam todos... São os “seguranças”.
Isso, às vezes, dá medo. Receio!
Receio da insegurança! Apesar dos “seguranças”...
Receio de que “naquele” local há insegurança... Afinal “eles” estão ali. Estão ali... a nos olhar. Com olhar “sério”...
Nos dá medo! Medo? Sim, medo...
Vamos a outro local...
O que se vê?
Outros “seguranças”... Com a mesma cor do terno. Pessoas “bem apessoadas”. A nos observar... Enfim! Em tudo tem a presença dos “seguranças”. Significa que ali é um local inseguro? Porque a presença “deles”?
Pense ou responda como você quiser... Importante que em tudo, ou ante de tudo, o termo “segurança” está a frente de “tudo”. Nosso dicionário inicia com a letra “S”. “S” de segurança...
Grades?!
Esquinas!?
Cafés!?
Restaurantes?!
Centros Comerciais?!
Cinema?!
Teatro!?
Concertos?!
Enfim, tudo é seguro... E “eles” estão ali... Para nos proteger? Ou para nos dizer...
Bem, se você souber me avise...
Será um bom atrativo para que outros possam chegar. Afinal tudo é seguro?
Vem a indagação: existe este local?
Não sei responder...
Só sei dizer que, atualmente, não está fácil a locomoção sem o pensamento primeiro na segurança. Aí então vamos aos jornais, e o que se vê: o número maior de páginas policiais. Porque?
Falta de segurança...
Falta de segurança em tudo...
Bem, chega de massacrar vocês...
Vou sair... Vou sair um pouco...
Sabem onde?
Onde tiver segurança... Podem rir (risos)...
Bem, então penso comigo mesmo: vou ficar na minha casa. Talvez ali eu consiga um “pouquinho” de segurança. Estou com uma série de chaves junto ao meu chaveiro... Um peso enorme... Mas assim mesmo estou conseguindo carregar... Já me disseram para fazer fisioterapia em função do peso das chaves... Ainda não iniciei. Estou pensando no assunto... Será que na fisioterapia tem segurança?
Não há mais local para colocar fechaduras junto às minhas portas... Talvez, assim, possa me sentir um pouco mais seguro... Não está sendo fácil!
Sabem porque?
Não sei responder.
Talvez seja em função da “montanha” de chaves... Que montanha!!
Não consigo sair com tantas chaves junto ao chaveiro que está preso na minha cintura...
Será uma paranóia ou uma realidade?
Acho até que é uma paranóia...
Mas... é uma verdade!!
Por David Iasnogrodski
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Redução de custos no transporte marítimo
Publicado em
18/11/2010
às
09:00
Considerando que a estrutura portuária nacional há anos deixa a desejar, com portos carentes de dragagem e de berços adicionais, os congestionamentos, sobretudo na alta da safra da soja, são inevitáveis. Consequência: deixamos de ter uma receita extra de despatch e arcamos com enormes contas de demurrage. Para a correta elaboração ou revisão desses cálculos é preciso certa experiência em navegação, bem como conhecimento sobre os contratos de afretamento aplicáveis ao trade em questão, pois o que ocorre frequentemente é que importadores e exportadores brasileiros pagam contas cujos valores corretos nem sempre são aqueles efetivamente pagos por eles ou deixam de auferir despatch no valor que lhes seria corretamente devido.
É importante ressaltar que a demurrage consiste na forma de apurar o prejuízo no caso de demora no cumprimento da prancha contratual, para o qual o fretador requererá indenização. Nesse sentido, a demurrage é uma multa que o afretador paga ao fretador se o navio permanece com ele por mais tempo do que acordado. Quando ocorre um afretamento de navio, esta é sempre uma das cláusulas estabelecidas no contrato de afretamento. O oposto é o despatch, ou seja, é um prêmio pago pelo armador, ao embarcador, pela eficiência na operação do navio. Nesse sentido, se o afretador consegue operar em menos tempo do que o laytime rate estabelece, isto é, a quantidade a ser embarcada/descarragada ao dia, receberá um prêmio, cujo valor normalmente é de metade da taxa de demurrage/dia.
Por Mariana Porto Koch
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Confira 10 dicas para escolher um ERP adequado para sua empresa
Publicado em
17/11/2010
às
09:00
É importante que a visão seja global, uma vez que é alto o risco de tomar uma decisão com pouca base ou com informações superficiais
Como uma empresa de médio porte deve escolher um sistema de gestão - ERP (Enterprise Resource Planning), já que quanto mais preparada e organizada estiver, maior a sua vantagem competitiva?
A escolha do sistema impacta de forma direta a empresa, portanto, a maturidade e estabilidade do Sistema devem ser fortemente consideradas. Tenha em mente que se trata de uma escolha para mais de uma década, é importante que a visão seja global, uma vez que é alto o risco de tomar uma decisão com pouca base ou com informações superficiais.
Pensando na necessidade dos empresários, confira 10 dicas para auxiliar na seleção do melhor sistema ERP para empresas de médio porte:
1. Defina previamente as necessidades, focos e prioridades da empresa, além de identificar o real objetivo de implantar o novo sistema;
2. Envolva os principais usuários que serão os responsáveis pela implantação desde o início do processo, participando inclusive da escolha do Sistema;
3. Compare os sistemas em bases homogêneas, priorizando processos mais importantes para a empresa, não apenas os que atualmente requerem melhorias;
4. A definição deve ser feita por comitê com autonomia de decisão, tendo representação das diversas áreas da organização e, se for necessário, inclua um diretor e colaborador da área de compras para negociação;
5. Verifique a capacitação e experiência de implantação do parceiro, comprometimento que terá com o projeto e o nível de conhecimento dos consultores que estarão participando da implantação;
6. Antes da definição final, procure visitar clientes usuário do sistema de preferência que tenham o mesmo porte e mercado para conhecer as experiências no processo de implantação, dificuldades de configurações, etc. Inclua também a referência prática da dimensão dos recursos de infra-estrutura, assim será possível coletar sugestões e reduzir riscos na implantação;
7. Mantenha a visão holística e plana, verificando o atendimento dos processos da empresa de forma integrada;
8. Avalie a tecnologia aplicada no sistema verificando a atualização, se está dentro das tendências e se há pessoal capacitado disponível;
9. Avalie o sistema por pontuação em critérios previamente definidos e ponderados conforme a necessidade da Empresa, a pontuação deve ser definida pelo comitê;
10. A avaliação dos valores financeiros deve incluir o valor de compra das licenças, custo de manutenção para no mínimo três anos, custo da implantação, de mão de obra extra ou pós-implantação, além de verificar como será a cobrança de viagens e estadias dos consultores.
Por Edgar Marçon
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Vedação da Utilização de Créditos do Pis e Cofins pela Receita Federal é Inconstitucional
Publicado em
16/11/2010
às
09:00
O PIS e a COFINS, desde a sua transformação em contribuições não cumulativas, têm gerado uma série de controvérsias entre os contribuintes, a Receita Federal e o próprio Poder Judiciário.
Essas controvérsias, em sua maior parte, resultam da má interpretação por parte da Receita Federal, relativamente a origem legislativa dessas contribuições.
Para bom entendimento da matéria vamos nos reportar ao artigo 195 da Constituição Federal, acrescida da nova redação dada aos incisos I e II do próprio artigo, pela emenda constitucional nº 20 de 15.12.98 e dos §§ 12 e 13 da Emenda Constitucional nº 42 de 19.12.03, conforme se transcreve a seguir:
Art. 195 – A seguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e das seguintes contribuições sociais:
NOVA REDAÇÃO DADA AOS INCISOS I E II PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.98.
.........................................................................................................
........................................................................................................
b) A receita ou o faturamento (base de cálculo do PIS e da COFINS), 90 dias após 15.12.98. (grifo nosso)
ACRESCENTADOS OS §§ 12 E 13 PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 42 DE 19.12.03
§ 12 – A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b (faturamento ou receita – grifo nosso) e IV do caput serão não-cumulativas (grifo nosso).
§ 13 .......................................................................
Pelo transcrito acima, chegamos às seguintes conclusões:
a) A base de cálculo do PIS e da COFINS (receita bruta) foi criada pela EC nº 20 de 15/12/98, pois até então incidiam apenas sobre o faturamento.
b) O mais importante é que o § 12 da EC nº 42 de 19.12.03, anterior portanto às leis não-cumulativas do PIS e da COFINS (veja-se que aqui se trata de uma emenda constitucional que tem os mesmos efeitos da constituição), determina que:
“A LEI DEFINIRÁ OS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA PARA OS QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES NA FORMA DOS INCISOS I, b (PIS E COFINS) E IV DO CAPUT SERÃO NÃO-CUMULATIVOS”
Pelo estrito, texto do § 12 da EC nº 42 a lei somente poderá definir os setores da atividade econômica que serão considerados não-cumulativos. Em nenhum momento a EC nº 20 concedeu à lei o direito de modificar o sistema não-cumulativo, que é um sistema constitucional e portanto não poderá ser modificado nem por lei ordinária e muito menos por atos administrativos da Receita Federal.
O sistema não-cumulativo consiste na tributação da diferença (no caso do PIS e da COFINS) entre a Receita Bruta (total das receitas da pessoa jurídica) e todos os custos e receitas que estão embutidos na receita bruta. Sendo assim, todas as despesas ou custos de aquisição efetuados pela pessoa jurídica, sobre os quais incidiu PIS e COFINS e que farão parte da composição da Receita Bruta, que será tributada a 9,25% pelo PIS e COFINS, deverão dar direito a crédito do contribuinte, sob pena do desvirtuamento do sistema não-cumulativo, aumento da carga tributária do contribuinte e enriquecimento ilícito da União, que está cobrando 9,25% sobre a receita do contribuinte e não está permitindo a utilização dos créditos relativos a seus custos, os quais foram suportados pelo contribuinte.
A Receita Federal do Brasil, inclusive, está cometendo um erro grave, não sei se propositadamente ou por desconhecimento, ao permitir, além daqueles créditos previstos em lei, somente a utilização de créditos relativamente a insumos aplicados diretamente no produto ou que farão parte da atividade operacional da empresa. No nosso entendimento, um erro grave da Receita Federal pelo seguinte:
- A Receita Federal está querendo equiparar a base de cálculo do PIS/COFINS à do IPI. Nada mais diferente. O IPI é um imposto que incide sobre produto industrializado e, portanto, só têm direito a crédito as matérias-primas, custos e insumos que serão aplicados no produto a ser tributado.
- O PIS e a COFINS têm como base de cálculo o total das suas receitas (receita bruta), cuja alíquota é 9,25% e, portanto, o crédito de 9,25% deve ser calculado sobre o total das suas despesas ou custos, pois os mesmos estão incluídos na formação do total da Receita. Assim sendo, a diferença básica entre a tributação do IPI e do PIS e COFINS é a seguinte:
IPI
Tributação: Alíquotas diferenciadas sobre o preço do produto, não estando incluída a margem de lucro.
Créditos: Sobre as aquisições de matérias-primas, insumos ou demais custos utilizados na industrialização do produto.
PIS/COFINS
Tributação: 9,25% sobre a receita bruta da pessoa jurídica, estando nela incluída a própria margem de lucro.
Créditos: A empresa tem direito (embora ilegalmente lhe tenha sido negado pela Receita Federal e muitos juízes ainda não tenham entendido a mecânica dessas contribuições) a todos os custos, despesas aquisições ou encargos, que tenham sido tributados pelos fornecedores e que servirão de base para a formação do preço de venda, que somado a outras receitas formarão a receita bruta, independendo estes custos ou despesas da atividade operacional da empresa.
Essa é a nossa opinião entendendo, por fim, que a Receita Federal do Brasil precisará estar mais atenta às legislações, sejam elas de ordem constitucional ou ordinária. É o primeiro passo para reduzir a sonegação.
Por Valtur Machado Schimitt
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A importância de contar com um escritório de contabilidade capacitado para suportar mudanças
Publicado em
15/11/2010
às
09:00
No nosso país, onde, frequentemente, as regras fiscais e tributárias sofrem alterações sem o menor aviso, contar com um escritório de contabilidade capacitado para acompanhar, interpretar, suportar e orientar os contribuintes está se tornando uma tarefa cada vez mais árdua.
Isto se dá devido não somente à dinâmica dos tecnocratas, mas também, infelizmente, pela falta de capacitação profissional ou até mesmo pela falta de experiência.
É dever de todo contabilista manter o empresário informado e devidamente atualizado, uma vez que ele é o detentor e talvez o único que efetivamente entenda as informações sobre os resultados das entidades, principalmente das micro e pequenas empresas.
No presente cenário de implantação do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), o profissional contábil torna-se a peça chave no cumprimento desta nova ferramenta instituída pelo fisco federal. Quando bem amadurecido, o SPED pode se tornar uma excelente ferramenta digital para a tomada de decisões, haja visto que todo o processo interno das empresas deverá sofrer um grande estudo e autoconhecimento.
Só por este impacto, o SPED já tem seu mérito, pois muitas entidades empresariais, nesta jornada, encontraram situações ingratas que passavam despercebidas e que refletiam diretamente em seus custos.
O profissional contábil deixa de ser um mero apurador de impostos e passa a ser um consultor cada vez mais dinâmico e sua pró-atividade contribuirá para o sucesso dos empreendedores. Apesar da automação reinante, a capacidade de interpretação e tomada de decisões ainda pertence ao ser humano, daí a necessidade de preparação.
Para isso, ele deve desenvolver seu conhecimento e experiências na execução de seu trabalho e, o mais importante, também necessitará se aprimorar nas mais variadas formas de gestão, agregando conhecimento em diversas áreas.
O perfil do contador moderno é o de uma pessoa de valor, que agrega conhecimento e que tem consciência plena de suas funções. Atualmente, o mercado exige profissionais cada vez mais gabaritados e competentes, pois neste universo de informações, organizações e procedimentos, são necessários elementos com base bastante sólida e que estejam em constante reciclagem, acompanhando toda a dinâmica atual.
Imagine uma empresa que opte em adotar um ERP: para esse tipo de procedimento é extremamente necessário profissionais que entendam as exigências do dia-a-dia e, principalmente, que compreenda as validações, interpretações e conseqüências dos processos.
Mesmo que o sistema seja o melhor do mercado, sem o conhecimento, ele se torna apenas uma ferramenta necessitando das habilidades e sensibilidade de um escultor.
Logo, conclui-se que as entidades necessitam de profissionais à altura da complexidade que a legislação a cada dia se encontra. Bem orientada, o crescimento da empresa pode ser mensurado gradativamente e isso somente pode ser feito com inteligência, destemor de novos conhecimentos e muita dedicação.
Encontrando um escritório contábil com essas características que reputo apenas como essenciais, o empresário pode ter a plena segurança de que, apesar de estar navegando por mares nunca dantes navegados, sabe que pode contar com um excelente profissional na hora da tempestade.
Por Robison Chan Tong
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A arte de sair de cena com classe
Publicado em
14/11/2010
às
09:00
Embora poucos gostem de falar nisso, nós não somos imortais. Da mesma forma, nosso tempo como líderes é limitado. Uma saída de cena com classe – enquanto estivermos no topo – é preferível a uma rápida derrocada montanha abaixo.
Por outro lado, alguns líderes empresariais têm o bom senso de partir com classe, às vezes, sem o fazer na realidade. Sam Walton, da Wal-Mart, por exemplo, passou seus anos de aposentadoria entusiasmando aqueles que ele havia deixado como encarregados de seu império. Pelé é outro exemplo universal de quem soube sair de cena com uma invejável classe e continua ativo no mundo dos esportes. Teria ele sido eleito o atleta do século se tivesse continuado a jogar até que uma artrose senil o impedisse?
Infelizmente, alguns líderes não apenas deixam de partir com classe como ainda fazem tudo para sabotar seus sucessores. Eles fazem isso ao não se retirar no momento certo ou não passar a seus sucessores informações relevantes para que tenham sucesso. Aqueles que deixam a empresa enquanto ainda detém o controle, têm muito maior chance de deixar um legado duradouro do que aqueles que têm que ser carregados para fora.
E saber sair de cena com classe é importante em todas as circunstâncias. Se você está muito exposto à mídia ou assediado demais por pessoas "interesseiras" como diria minha avó, talvez seja hora de sair de cena, aparecer menos, aprender os benefícios de uma maior privacidade. O mundo dos holofotes e a fogueira das vaidades tomam suas vítimas nos incautos que não têm a sabedoria de sair de cena na hora certa. Você mesmo deve conhecer alguns exemplos típicos dessa triste realidade.
Sabendo sair de cena na hora certa, você poderá até voltar ao mesmo "palco" mais tarde ou a outros palcos se desejar, mas não perca o timing de sair de cena, até para que sua volta seja desejada e aplaudida.
Analise bem e decida quando você deve sair de cena ou aposentar-se e, quando o tempo chegar, faça-o com classe.
Pense nisso. Sucesso.
Por Luiz Marins
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Isla de Marguerita - Venezuela.
Publicado em
13/11/2010
às
09:00
Destino da maioria dos turistas. Eu fui porque ouvi dizer que está em decadência. E constatei isto. No aeroporto não tem informações para turistas tão pouco agência para reserva de hotéis. Como eu não tinha reserva, tive que me virar. Ao retornar ao hotel após as oito horas, vi que estava tudo escuro, as ruas já estavam escuras. Pensei, é para economizar luz. E era, mas não voluntária. Falta luz diariamente por mais de 3 horas. Racionamento.
Um prédio ao lado tinha luz. Fazia parte da rede que alimenta o hospital. O Sr. Vincent Darrington Chung, casado com uma brasiliera do Amazonas, e ele da Guiana Inglesa, que faz divisa com o Brasil, disse que isto está matando o turismo. A noite morre tudo, a luz vem depois das onze horas.
Eu não tinha bilhete para retornar, mas antecipei meu retorno por causa disto, porque o calor é tropical. Falando com locais de Maracaíbo que estavam no mesmo hotel, no momento de aproximação forçada por causa da falta de luz, conversamos sobre a situação da Venezuela.
O governo mentiu para o povo. Disse que a falta de luz, os famosos apagões, seriam devido à seca, falta de chuva e a represa principal do país estaria muito abaixo do normal. Pois bem, choveu e choveu muito, a represa transbordou, os apagões continuam. É falta de manutenção nas turbinas, ou seja falta de planejamento do governo. Eu disse: sim, de governos anteriores. Ela: não, o Chaves e Cia estão no poder há mais de 10 anos, é falha deles.
Ao vir para o Aeroporto da ilha de Marguerita, o taxista após indagado: As empresas sob o poder do governo, não são produtivas e muitas já quebraram. Não sei onde isto vai dar. Tem mais carros velhos caindo aos pedaços, literalmente, trabalhando como táxi do que novos.
Republica Bolivariana da Venezuela. Bolivariana foi introduzido pele atual assembléia sob o comando de Chaves. Simom Bolívar deve estar se virando o caixão, alias, não mais porque seus restos mortais foram recentemente removidos para teste de DNA e estão atualmente no Monumento Nacional do centro de Caracas. Porque a liberdade e independência que Simon Bolívar defendia, hoje está adaptada.
A senhora, com quem conversei a luz de carros passando,enquanto faltava luz , disse que as leis que estão sendo aprovadas no congresso, ainda de maioria chavista, são cópias da legislação de Cuba. Acredite se quiser..
O Estado sempre está e estará tem nossa vida, desde os tempos imemoriais. Uma concepção moderna e que precisa ser aprimorada, é o governo cuidar da saúde, segurança, educação e soberania nacional ( se não as multinacionais compram o pais) e fazendo isto bem feito, muito bem feito, já é o suficiente.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O impacto econômico das doenças mentais relacionadas ao trabalho
Publicado em
12/11/2010
às
09:00
A relação entre trabalho e saúde há muito vem sendo pesquisada por inúmeras áreas do conhecimento interessadas em compreender de que forma o exercício de atividades laborais pode interferir na saúde dos trabalhadores. De fato, desde que o trabalho despertou o interesse e a atuação do Estado, a saúde do trabalhador conquistou especial destaque, primeiramente através da edição de leis que visavam à proteção da vida dos trabalhadores (ameaçada pelas péssimas condições em que o trabalho era prestado, especialmente no início da Revolução Industrial), posteriormente através da edição de leis que visavam à preservação da saúde física dos mesmos (mediante a regulação do trabalho prestado em condições insalubres e perigosas, por exemplo).
Contudo, nos últimos anos vem se observando o crescente número de ações ajuizadas no âmbito da Justiça do Trabalho nas quais se postulam o pagamento de indenizações em razão do (suposto) desenvolvimento de doenças mentais decorrentes do trabalho. Neste contexto, declarada a existência de nexo causal entre o trabalho e a doença psiquiátrica invocada pelo trabalhador, o empregador poderá ser compelido a desembolsar elevadas quantias a título de reparação por danos morais e materiais, além de se ver obrigado a proceder à reintegração ao trabalho do ex-empregado ou, alternativamente, ao pagamento de indenização correspondente ao período da dita estabilidade (um ano após a alta junto ao INSS).
Ocorre que não são apenas estas as implicações econômicas relacionadas ao afastamento de trabalhadores por conta do desenvolvimento de doenças psiquiátricas no ambiente de trabalho, já que o aumento no número de afastamentos junto ao INSS em razão de doenças ocupacionais tem repercussões negativas no cálculo do FAP (Fator Acidentário de Prevenção), refletindo no aumento das alíquotas de contribuição das empresas ao SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) no exercício seguinte. Como se não bastasse, vem aumentando significativamente o número de ações regressivas ajuizadas pelo INSS contra empresas que registram elevado número de afastamentos previdenciários em razão do trabalho (o argumento do órgão previdenciário é que as empresas, nestas circunstâncias, não adotam as medidas necessárias para diminuição dos afastamentos).
A propósito, ressalta-se que desde 2006, com a introdução do conceito de nexo técnico epidemiológico no Regulamento da Previdência, basta que o CID (Código Internacional de Doenças) da doença psiquiátrica alegada pelo empregado esteja relacionado ao CNAE da empresa para que o INSS conceda ao trabalhador o auxílio-doença do tipo acidentário, gerando a este o direito à estabilidade e a presunção de existência de nexo causal entre o trabalho e a doença.
As empresas que mais sofrem com esta realidade são aquelas nas quais os empregados trabalham em condições suscetíveis a assaltos (como, por exemplo, empresas de transporte público e estabelecimentos comerciais) ou a acidentes do trabalho de maior gravidade (o recente caso dos mineiros chilenos é bastante emblemático neste sentido). Nestas situações, o encaminhamento imediato do empregado vítima de assalto ou de acidente do trabalho para um adequado tratamento psicológico (em serviço fornecido pela empresa ou abrangido pelo plano de saúde subsidiado pela mesma), pode ser decisivo. Tal atitude empresarial, além de ser bem recebida pelo empregado, permite ao empregador documentar o ocorrido através da ótica do próprio trabalhador, o qual, não raro, nega o serviço ofertado pela empresa alegando não se sentir abalado com o infortúnio.
Para que possa promover uma adequada defesa no âmbito judicial e administrativo, é importante que a empresa documente de forma exaustiva todo o histórico do empregado, desde a sua admissão até a sua despedida, cercando-se, assim, de provas hábeis a afastar o nexo causal entre o trabalho e a doença psiquiátrica invocada pelo empregado. Neste cenário, as empresas que buscam uma consultoria jurídica atuante e permanente saem na frente, já que têm a possibilidade de alinhar suas práticas e rotinas internas em consonância às exigências da legislação.
Por Andressa Gudde
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Uma viagem "turbulenta"
Publicado em
11/11/2010
às
09:00
Passei na porta de embarque.
Atrás de mim vinha uma senhora. Não tinha muita idade...
Pensei comigo: “Tomara que ela não sente no meu lado, pois é um “pouco” obesa”...
Entrei no avião.
Procurei meu assento.
E ela sempre atrás de mim.
Pensei: “Acho que ela vai ficar perto de mim”... Não vai ser fácil...
Não deu outra. Sentou ao meu lado. Eu na janela e ela no meio. No meio!
Obesa!
Teve dificuldade de “entrar” na poltrona. Sabemos que poltrona de avião não é muito grande...
Começou a falar consigo mesma, mostrando nervosismo e raiva. Nervosismo que ia viajar de avião e raiva em função de que as poltronas não se enquadravam com seu “perfil”.
Assim mesmo ela conseguiu sentar, depois de muitas tentativas, e afivelar o cinto de segurança com a ajuda da comissária de bordo. Essa teve toda a paciência do mundo...
Ficou a D.Gordinha alguns segundos, quase, sem poder respirar de tão “apertada” que estava. Apertada por causa do cinto...
Os minutos transcorreram até a partida da aeronave. Para a passageira deve ter sido como “algumas horas”...
Se notava o sufoco.
Suava!
Suava frio!
Até que deu o sinal sonoro que podíamos abrir o cinto.
Quando abriu ela largou algumas exclamações: Ahhhhhhhhhhhh! Ahhhhhhhhhhh! Tão forte que a maioria dos passageiros levantaram para ver o acontecido. Alguns riram! Risos fortes...
E ela começou a chorar!
Sabem porque?
Queria sair da poltrona e se dirigir à “toilette”.
E não conseguia! Não conseguia!
Ai! Ai! Ai! Dizia ela.
Mais uma vez a comissária ajudou-a.
Passados alguns instantes é ouvido a seguinte mensagem:
- Senhores passageiros aqui é o comandante Aloísio. Vamos passar por uma zona de turbulência moderada. Favor afivelarem os cintos de segurança.
Todos realizaram o pedido do comandante.
Lá vem D. Gordinha correndo com seus passos vagarosos... E mais uma vez a dificuldade de sentar e afivelar o cinto...
Foi um problemão...
Mas conseguiu com uma “dificuldade menor”...
Acredito que com sua ida ao banheiro, perdeu algumas gramas, e com isso minorou sua “entrada” na poltrona.
Todos bateram palmas. Foi uma alegria geral.
Ela sorriu ao mesmo tempo que saiu algumas lágrimas de seus olhos.
Passado alguns minutos o sinal de “desaperto” voltou.
Alívio geral! Para ela, é claro...
Passou o tempo.
E o avião chegou ao seu destino.
Todos se movimentaram para a descida.
E ela não!
Mais uma vez a comissária chegou para “tentar” a retirada deste passageiro.
Passado algum tempo lá vem ela...
Chorosa e faceira.
Mas lá vem ela!
A D. Gordinha...
.............................................................................
Nada contra as(os) gordinhas(os)
Mas vejam só... Até o avião lhes faz mal...
Precisamos ter uma classe de poltronas só para “eles” ou “elas”?
“That’s the question”...
Por David Iasnogrodski
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A Consequência de um Segredo
Publicado em
10/11/2010
às
09:00
Qual é o valor de um segredo? Quantas vezes, você procurou uma pessoa para contar algo, sobre um fato pessoal, um problema familiar, uma situação profissional e, depois de algum tempo de maneira lamentável, acabou por descobrir este segredo revelado? O ser humano não é uma ilha deserta, mas uma pedra bruta, lapidada continuamente. Neste sentido, precisa de um porto seguro para descarregar suas expectativas, desejos e sonhos. Necessita compartilhar algo que está armazenado no seu íntimo, para proporcionar a sensação de bem estar e felicidade. Mas é fundamental lembrar a existência de pessoas, que não conseguem controlar a língua e, na sua frente, são capazes de afirmar que “a boca é um túmulo”, mas acabam por revelar detalhes de um segredo. Você é capaz de guardar um segredo?
Não há um manual – Compete a cada ser humano perceber que a aprendizagem é diária. Aprender tem sua essência na predisposição em receber informações, na transmissão de normas culturais e no processo de adaptação à própria sociedade. Esta pessoa está realmente preparada para ouvir seu segredo. Esta pessoa está preparada para aprender com você? Não há um manual para assegurar que a pessoa guardará seu segredo, entretanto, jamais esqueça que há experiência de vida. Seria maravilhoso encontrar um manual que permitisse assegurar quem pode e quem não é capaz de reter um segredo. Como eu até hoje não encontrei e, acredito que você também não, passa a ser essencial perceber se, por algum motivo no passado, esta pessoa revelou algum segredo de outra pessoa a você.
Início, meio e fim – A palavra segredo é uma derivação do verbo SECERNO, que significa discernir, separar, divisar. Todo mágico profissional, assim como eu, é sabedor que qualquer número de ilusionismo está dividido em três partes. O público quando assiste a minha palestra, somente é conhecedor de duas partes: o início e o fim. O meio é o segredo da mágica, que está inserida na palestra, como ferramenta de fixação do conteúdo que apresento. Se a mágica fosse revelada, seria como um concorrente descobrir como é a atuação da sua empresa, seus principais fornecedores, sua política de gestão e algumas informações do seu planejamento estratégico. Perceba que, na prática, encontra-se a relação de escolha. Se a pessoa não era confiável, que motivo levou você a revelar um segredo seu? O ser humano dispõe da oportunidade de escolher quem deve e não pode saber algum segredo. Você dispõe do livre arbítrio de decidir o que deve e não poderá ser revelado, sendo responsável por responder unicamente pelas consequências da escolha realizada.
A lealdade apresenta forte relação com a dignidade, sendo uma das bases essenciais de um segredo. Em uma reunião de trabalho, certa informação considerada como confidencial, não pode ser compartilhada pelos corredores. É preciso colocar um ponto final e não reticências, quando perceber que a pessoa não consegue controlar o impulso de compartilhar segredo. O fato mais agravante neste contexto é a consequência de um segredo revelado. Como resultado negativo, acaba por gerar prejuízos financeiros, burocráticos e emocionais. Guardar um segredo revelado a você é respeitar a pessoa que precisou abrir seu coração, para amenizar o peso de uma angústia ou sofrimento. Quero lançar dois desafios a você. O primeiro é o de aprender continuamente a trabalhar o exercício de guardar um segredo. O segundo é o de analisar a consequência de um segredo revelado e abraçá-lo como parte de um compromisso leal assumido a outra pessoa.
Por Dalmir Sant’Anna
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Internacionalização contábil
Publicado em
09/11/2010
às
09:00
O crescimento econômico brasileiro vem solidificando cada vez mais as finanças de nosso País, aumentando nossa perspectiva do PIB trazendo consigo a necessidade de que as demonstrações contábeis e financeiras sejam adaptadas a esta nova realidade. Os padrões internacionais de contabilidade, denominado por International Financial Report Standard (IFRS) já são obrigatórios para as grandes empresas no Brasil, os quais trouxeram muitas dificuldades e transtornos para quem não estava preparado para esta mudança. Em janeiro de 2011 as micro, pequenas e médias empresas também terão que adequar-se a esta nova estrutura contábil, tendo a necessidade e obrigação de maiores critérios quando da escolha do profissional capacitado. Este novo padrão de contabilidade exigirá uma maior qualidade das empresas e profissionais contábeis, pois muitas empresas estarão apresentando seus balanços de modo que possa ser lido em qualquer parte do planeta, favorecendo seus negócios. Isso se dará devido à adoção do IFRS, o que significa que a contabilidade se tornou parte essencial para realização de práticas comerciais pelas empresas brasileiras.
Definitivamente o cenário está mudando a visão o perfil do profissional contábil, expandindo o reconhecimento das suas atividades nas companhias. As micro e pequenas empresas brasileiras - que representam, segundo o Sebrae, 98% das companhias do Brasil, gerando cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do País - não tinham em sua cultura o fato de que uma contabilidade fizesse parte de seu negócio, ou pior, tinham apenas como uma necessidade para se prestar contas ao fisco, geração das guias de impostos, folha de pagamento, obrigações acessórias etc. A importância da contabilidade vai muito além, precisando ser entendida como uma nova visão gerencial, como fonte de transparência de seu negócio, ou ainda a capacidade de atrair investimentos. O maior ganho é da sociedade que perceberá maior transparência e credibilidade, atraindo o mercado e investidores que cada vez mais têm em suas mãos as demonstrações financeiras uniformes e transparentes, as quais foram produzidas por profissionais cada vez mais essenciais para o crescimento de nosso País.
Por Charles Tessmann
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Os fatores críticos para o crescimento empresarial
Publicado em
08/11/2010
às
09:00
Hoje não restam mais dúvidas de que o Brasil ingressou em um período que acena com múltiplas oportunidades para as empresas crescerem e prosperarem em nosso País. Nossos acertos na gestão da economia nacional e nossa grande capacidade empreendedora privada têm resultado, em um período mais recente, em taxas de crescimento econômico significativamente maiores do que a média mundial e, principalmente, maiores do que a média dos países desenvolvidos. Mas, muito embora o ambiente seja favorável ao crescimento empresarial, nem todas as empresas estarão aptas a aproveitar as oportunidades que daí surgirem. As empresas que prosperarão neste novo ambiente necessitarão de: 1) fortes lideranças capazes de construir planos claros e consistentes de crescimento, com uma visão de curto médio e longo prazo, e que sejam capazes de alinhar toda a sua organização com esta nova visão estratégica; 2) programas de crescimento empresariais criados de forma consistente e contínua, que deverão ser suportados por um conjunto de planos de ação com metas e prazos muito bem definidos; 3) alta sensibilidade ao mercado, através de um mapeamento constante de novas oportunidades e de novas tendências de comportamento dos clientes, que devem gerar movimentos rápidos e efetivos de adaptação nas abordagens de mercado; 4) gestão contínua da mudança e da inovação, tanto nas abordagens de mercado como na gestão operacional do negócio; 5) alta perfomance operacional através de um alinhamento em termos de custos e produtividade com as melhores empresas do seu setor, objetivando garantir a flexibilidade e a agilidade necessárias para que se obtenha um elevado nível de competitividade empresarial.
Em muitos casos, essas habilidades antes mencionadas não representam os fatores críticos de sucesso que tornaram as empresas vitoriosas em ambientes competitivos do passado. Portanto, voltemos as nossas parabólicas para o futuro e comecemos, desde já, a construí-lo.
Por Alexandre Langer
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Cappadocia
Publicado em
07/11/2010
às
09:00
Região de origem vulcânica cuja erosão criou um espetáculo natural, onde obeliscos se erguem e terminam em formato de cogumelo. Estas rochas e montanhas, fáceis de trabalhar, deram abrigo aos cristãos refugiados nas cavernas abertas pelo homem. Hoje existem ainda igrejas e afrescos do século segundo em diante.
Observando com os cristãos primitivos passaram por dificuldades para expressar sua fé e também sua persistência, e fácil concluir que o ser humano por natureza e persistente e criativo. Ver por exemplo que nos afrescos pintados nas cavernas transformadas em igreja, os desenhos serviam para educar e proliferar o cristianismo, pois o povo era iletrado. Atualmente muito destas imagens ainda são usadas nas igrejas modernas.
Observando a arquitetura da época, nas cidades subterrâneas, usadas para se defender do inimigo percebe-se com facilidade aquela imagem do túmulo aberto de Jesus, onde uma pedra enorme foi rolada que servia de porta. Portas deste tipo vi inúmeras nas cidades abaixo do solo e nas cavernas. Era o que tinha na época. Estas portas redondas eram feitas de material vulcânico mais duro, pois serviam como um escudo.
Visitar Cappadocia, no centro da Turquia e voltar na história e origem do cristianismo e continuar sabendo que tudo continua sendo uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Esperar não é saber quem sabe faz a hora
Publicado em
06/11/2010
às
09:00
No ócio de final de ano, comecei vasculhar o passado para comparar com o presente e visualisar o futuro, deparei-me com as músicas e poesias de Geraldo Vandré, desconhecido pelos jovens e esquecido pelos mais velhos.
Fixei-me especialmente na música “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, e fui saboreando cada verso e comparando com os dias atuais, nessa época eu tinha 25 anos e vivia cada momento (1968), pois estava no olho do furacão na faculdade de Economia Mackenzie, na Rua Maria Antonia, em São Paulo.
Analisei os versos desta música não no sentido da luta da época, mas como pesquisador da evolução dos gestores e governantes de 41 anos atrás, não são 4 anos de mandato, mas equivalente a 10 períodos de governos.
Com esse mesmo período o Japão se recuperou da destruição da guerra e é hoje uma potência econômica, mesmo com ajuda dos Estados Unidos na destruição e na reconstrução.
Nos paises onde 60 a 70% da população não sabe ler e escrever ou não consegue interpretar pequenos textos ou mesmo somente desenha seu nome é considerado analfabeto. O povo não escolheu essa situação, alguem decidiu por elas.
Nosso país é tido como o celeiro do mundo, a terra do petroleo, do pré-sal, do etanol, do bio combustivel, o pulmão do mundo, maior reserva de agua potável do mundo, do povo sem preconceitos, com libertade total, pacífico e finanlmente o país do futuro.
Vamos ajustar um pouco a nossa lente ou limparmos a nossa vidraça que está um pouco embassada, dificultando nossa visão.
Agora sim vejo melhor, com os olhos do entendimento, poderosos dominando sobre os mais fracos e famintos, nas carvoarias crianças que deveriam estar nas escolas, mas precisam trabalhar para não morrer de fome, pais dando suas filhas á prostituição por falta de opção ou políticas públicas dos nossos governantes, no sertão pessoas impedidas pelos poderosos de ter agua, comida e trabalho, o tráfico de drogas e o contrabando, dando emprego e dominando, pois a ausencia de governo cria um governo paralelo.
Todo início de ano mães fazendo filas nas escolas para garantir vagas e educação para seus filhos o que deveria ser o contrário sobrando vagas, professores despreparados por falta de políticas públicas de apoio e treinamento,
Quanto aos impostos a carga tributária é a maior do mundo inviabilizando qualquer negócio e esses recursos são mal administrados e até mesmo jogado fora com obras inacabadas, propinas, corrupção em benefício de poucos.
Estudos elaborados pela FGV, Fundação Getúlio Vargas, indica que a construção civil, contratará mais 180 mil trabalhadores em 2010, desde a indústria ao servente de pedreiro, mais os engenheiros.
Será que temos profissionais treinados para peencher estas vagas ou iremos importar mão de obra dos países vizinhos? Aí é que entra os versos da música de Vandré “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”; mas já imaginou se nossos governantes soubessem fazer a hora e não esperassem acontecer e abrissem frentes de trabalho, tais como manutenção e reparos, não remendos das rodovias nacionais, construção e ampliações de portos, aeroportos, presídios de segurança máxima, utilizando os próprios presidiários com redução de penas.
Também nossos governantes não esperando acontecer, “Nas escolas, nas ruas campos, construções somos todos soldados armados (de pás, martelos, colheres de pedreiros, lapis, canetas e uma vontade imensa de trabalhar para mudar) ........ e cantando e seguindo a canção somos todos iguais braços dados ou não...”, convocar e treinar pessoas para o futuro próximo na contrução de postos de saúde, novas escolas técnicas profissionalizantes, hospitais públicos, etc..
Com essas pequenas atitudes iriamos resolver em grande parte o desemprego nas classes menos favorecidas, mas iriamos criar outra situação a que já estamos encontrando, falta de qualificação profissional. Mas, isso é ótimo para o SENAI, SEBRAE, SESC, SESI, Escolas Industriais Profissionalizantes, aquelas que ainda restam e não foram desativadas.
Iríamos trazer de volta os brasileiros que foram para os Estados Unidos, Canada, Japão, Australia, etc. Trabalhar na construção civil, entregar pizzas, faxineiros, cabelereiras, manicures e tornaram-se profissionais excelentes.
Em 2014 teremos a Copa do Mundo, em 2016 as Olimpíadas, o pré-sal já está aí e exigindo profissionais qualificados, o crescimento das usinas de combustíveis, o turismo brasileiro sem projetos e infra-estrutura hoteleira para atrair turistas que será a grande fonte de renda brasileira, mas e os profissionais que utilizaremos estarão preparados, tais como, cosinheiros, copeiros, arrumadeiras, gerentes, guias turisticos, outros profissionais da culinária internacional, vamos prepará-los agora ou vamos esperar acontecer.
Verificamos que pequenas atitudes dos governantes trariam grandes resultados para o país, mas para isso precisamos de Administrados, Gestores, Planejadores nas cúpulas governamentais.
Infelizmente não conseguimos pensar e planejar a médio e a longo prazo, só pensamos no dia de hoje, é uma cultura nacional que precisa ser mudada.
Por Claudio Raza
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Estrutura Societária
Publicado em
05/11/2010
às
09:00
Processos podem ajudar as empresas a programarem e administrarem a sucessão familiar na continuidade e perenidade do negócio
Historicamente, as empresas são constituídas com uma finalidade econômica de lucro, compostas, na maioria das vezes, por pessoas que mostram afetividade pessoal: amigos, parentes, colegas de trabalho, conhecidos do meio social. Nem sempre essas sociedades levam em conta a capacidade profissional e empreendedora dos futuros sócios. Com o andamento dos negócios e graças à capacidade profissional de seus sócios, as empresas crescem, capitalizando os lucros, ampliando o patrimônio social. Tornam-se saudáveis econômica e financeiramente, proporcionando aos sócios e seus familiares condições de vida digna e honrada.
Entretanto, o tempo passa, os sócios vão envelhecendo e seus herdeiros começam a manifestar interesse em participar dos negócios do pai, embora, em muitas vezes, sem as relações afetivas que uniram os sócios-fundadores e, em muitos casos, sem a competência necessária para ser considerado um legítimo empresário. Ao chegar esse momento, os sócios devem começar a se preocupar com a continuidade e perenidade da empresa. Afinal, um empresário pode e tem o direito de não querer ser sócio do filho ou meeira de seu ex-sócio.
Existem processos que podem ajudar as empresas a programarem e administrarem essa situação. Devem ter claras as três funções: de capitalista (sócio/acionista), de estrategista e de executivo. Todas essas funções podem ser até exercidas pela mesma pessoa, mas é muito importante que ela tenha em mente o que representa cada função, e assim buscar uma estruturação societária e organizacional que preserve o negócio iniciado há muito tempo e, graças aos esforços coletivos, cresceu durante sua existência como empresa.
É fundamental que os empresários comecem a ter uma ideia clara do que é rendimento do trabalho. Em um, busca-se o retorno sobre o capital investido, e pertence de direito aos sócios e familiares. Noutro, busca-se a remuneração pelo trabalho, que deve ser direcionada às pessoas que exercem de fato e de direito a gestão dos negócios empresariais.
Muitos instrumentos contratuais societários são feito de forma comum, padronizados, sem considerar os aspectos próprios de cada sociedade: jamais existirão duas empresas iguais. Os contratos sociais devem manifestar a vontade entre partes, estabelecendo regras claras dos procedimentos quanto as saída, retirada ou morte de um dos sócios, buscando-se o equilíbrio entre a proteção societária e a segurança familiar de sócio que possa a vir a falecer. Para as sociedades a sua perenidade, valem as frases famosas: mais vale prevenir do que remediar e sucessão empresarial não deve ser resolvida no cemitério ou num quarto de UTI.
Por Celso Arruda.
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Ingredientes para o Sucesso
Publicado em
04/11/2010
às
09:00
10 tópicos essenciais para o êxito nas corporações
Enquanto consultor, tenho tido a oportunidade de conhecer e estudar a realidade de empresas diversas, seja no porte ou na atividade econômica, concluindo que invariavelmente a distância entre o sucesso e o fracasso é mensurada pela qualidade da gestão. Desta experiência, posso afirmar que o êxito no mundo corporativo passa necessariamente pelos quesitos abaixo relacionados.
1. Propósito definido. Toda organização deve ser capaz de responder à seguinte questão: Qual é o seu negócio? Empresas de cosméticos vendem beleza, a expectativa das mulheres de se tornarem mais belas e atraentes. Companhias de transporte aéreo vendem economia de tempo, a promessa de fazer o usuário chegar mais rapidamente ao seu destino. Indústrias de freios e pneus vendem segurança. O que vende a empresa na qual você trabalha?
2. Valores e visão compartilhados. Os valores praticados (e não os meramente declarados) por uma empresa expressam seu DNA e sua personalidade. Definem o perfil de quem pode e deve vestir a camisa da corporação. E a visão, quando comungada pelos colaboradores, indica a trajetória a ser seguida. Os valores determinam o ponto de partida, e a visão, a estação de chegada.
3. Foco no cliente e na rentabilidade do negócio. O cliente é, há tempos, o fiel da balança. Do alto de sua subjetividade e infidelidade, sentencia quem capitula ou permanece no mercado, simplesmente decidindo onde e como gastar seus recursos. Mas que não se perca de vista a obrigatoriedade de a empresa ser lucrativa, e mais ainda, rentável. Este é o único caminho para a perenidade.
4. Metas factíveis, planejamento e monitoramento sistemáticos. Administrar uma empresa não é fruto do acaso. É um processo que demanda a determinação de metas específicas, quantificadas, ousadas e possíveis de serem alcançadas, traçadas dentro de um planejamento estratégico e continuamente monitoradas.
5. Produtos, serviços e atendimento excepcionais. Produtos e serviços (e todo produto é um serviço em última instância) estão comoditizados, cada vez mais similares em forma, conteúdo, design e funcionalidade. Mas há um grande diferencial competitivo: a qualidade do atendimento. Este é o único fator possível de fidelização de clientes. E o primeiro a impor uma fronteira entre preço e valor.
6. Equipe extraordinária e clima organizacional estimulante. Se a vantagem comparativa advém de um atendimento primoroso, este só pode ser proporcionado por pessoas. O segredo está em contratar, capacitar, educar, desenvolver e aprimorar pessoas comprometidas, responsáveis e leais, além de íntegras e éticas, ou seja, de bom caráter. E propiciar um ambiente de trabalho auspicioso, aliando os interesses individuais aos corporativos, além de promover a diversidade.
7. Marketing na veia. O marketing não pode ser entendido como responsabilidade de um departamento da empresa. Marketing é tudo o que fazemos e deixamos de fazer. Ou, como diria Peter Drucker, ele é o próprio negócio. Deve-se cuidar da comunicação corporativa (no seio da empresa), mercadológica (para fora da empresa) e institucional (perante a comunidade). O objetivo deve ser a construção de uma marca sólida capaz de gerar um vínculo cognitivo e emocional com o consumidor.
8. Finanças sob controle. Nenhuma organização progride com má administração financeira. Vendas deficitárias, crédito irresponsável, cobrança inepta, investimentos perdulários e endividamento galopante conduzem gradualmente qualquer empresa à bancarrota. É preciso austeridade na gestão do caixa, combate aos desperdícios e atenção com os custos, que crescem como unhas: insistentemente.
9. Responsabilidade social e sustentabilidade. Toda empresa tem uma função social que principia com a geração de emprego e renda e se amplia ao suprir as deficiências do Estado no que tange à saúde, educação, transporte e segurança. Associado a isso, surge a questão da sustentabilidade, mais do que um modismo, uma tendência, ainda que incipiente como princípio valorativo. Num futuro próximo, a percepção do consumidor da preocupação legítima das empresas com o meio ambiente balizará suas decisões de compra.
10. Inovação e capacidade de se reinventar. Ao seguir um mesmo receituário, ainda não se garante uma posição de destaque e diferenciação. O desafio é evoluir sempre. Antever e traçar cenários. Criar novas maneiras de gerir o negócio e as pessoas. O mais difícil não é atingir o topo, pois toda liderança é transitória e situacional. Difícil é permanecer lá em cima.
Estes são ingredientes essenciais para o sucesso empresarial. Já a receita, cada um faz a sua, mediante a combinação inclusive de outros temperos. Mas vale salientar que a prosperidade deve contemplar uma melhor qualidade de vida. Este é um objetivo final nobre e que vale a pena ser perseguido.
Por Tom Coelho
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O "Engano" no "Bolão"...
Publicado em
03/11/2010
às
09:00
Quantos de nós fazemos uma “fezinha” durante a semana, em alguma das inúmeras loterias existentes junto às nossas casas lotéricas?
Muitos, não é verdade?
Quantos já tiveram a felicidade de ganhar algum prêmio? Alguns poucos, certamente, já obtiveram esta sorte. Também, não é uma verdade?
Bem, Miguelito foi numa destas sextas-feiras ficar numa fila junto a uma das lotéricas. Tudo em função de que uma das loterias existentes no país estava acumulada. E bem acumulada...
Ficou mais de uma hora na fila.
Finalmente chegou a vez dele. Do Miguelito.
-Minha senhora, desejo participar do Bolão.
- Sim senhor. Está aqui a folha do Bolão. Muito agradecido.
Miguelito nem olhou.
Colocou imediatamente no bolso, mas pensou: “acho que desta vez vou ganhar...!” Disse ‘desta vez “, pois inúmeras outras vezes já tinha participado e nunca ganhou nada...”.
Passou o sábado!
Passou o domingo!
Na segunda feira foi tomar um cafezinho com um amigo. Nas cercanias da cafeteria avistou uma casa lotérica.
- Renatão, vou até a lotérica solicitar o resultado do “bolão”.
- Certo! Aguardo-te aqui tomando o “pingadinho” e lendo o jornal.
Assim aconteceu.
Miguelito adentrou na lotérica.
Solicitou o resultado do “bolão”.
Prontamente forneceram.
Miguelito sorridente chegou a cafeteria.
- Renatão, estou com palpite que ganhei. Vou ver o resultado.
- Deseja que eu te ajude “cantando” os números, assim como se faz num jogo de “bingo”?
- Claro, pode ditar...
2,5,...14, 23,...
E assim ficaram ali durante alguns minutos seriamente conferindo os resultados.
Renatão dizendo os números e Miguelito conferindo no “papel”.
Resultado: “Não disse, apostei R$ 5,00 e ganhei R$ 8,00. Ou seja, saí ganhando R$ 3,00. Vou ali na lotérica pegar meu dinheiro...”
- Novamente fico te aguardando. Já que ganhou este “vultuoso” prêmio, vais pagar o café...
- Certo...
E assim aconteceu.
Miguelito entrou na lotérica.
Solicitou seu “magnífico prêmio”.
E a resposta:
- Não senhor. O senhor não ganhou...
- Claro que ganhei. Está aqui o bolão com os resultados. Todos marcados de acordo com o resultado entregue por vocês.
- Meu senhor, este bolão não foi jogado nesta Agência Lotérica. O senhor para ter direito ao “prêmio” deverá se dirigir à casa lotérica em que efetuou o jogo.
- Mas eu não me recordo onde joguei. Pensei que podia receber a “bolada” em qualquer lotérica.
- Não senhor! Não é assim, é como eu lhe expliquei.
- E agora? O que fazer?
- O senhor deverá descobrir a lotérica....
Miguelito saiu frustrado.
Pensando onde efetuou o jogo.
Até que o Renatão lembrou:
- Você não vai sempre na oficina mecânica falar com o João?
- Sim.
- Perto da oficina tem uma lotérica. Não é verdade?
- Sim.
- será que não foi lá que você efetuou o jogo?
- Vou tentar...
Assim aconteceu.
Miguelito chegou na lotérica e mostrou ao atendente o “bolão” e eles, com um grande sorriso disseram:
- Claro! O senhor é o nosso grande vencedor. Parabéns!!!
Miguelito recebeu com “festa e abraços” dos presentes os R$ 8,00. Saiu satisfeitíssimo...
Contando com o café que pagou ao Renatão e a gasolina para chegar até a lotérica junto à oficina do João, chegou a seguinte conclusão que perdeu R$ 1,00, mas ganhou!!! Ganhei o bolão...
Ganhei!
Ganhei!
Vou continuar fazendo minha “fezinha”...
Espero um dia ainda poder ganhar alguns “reais grandes”.
.........................................................
Pensamento de muitos jogadores “...”.
Por David Iasnogrodski
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Novos Empreendedores Devem Sempre Procurar um Contabilista de Confiança
Publicado em
02/11/2010
às
09:00
Todo empresário brasileiro tem consciência das complicações tributárias, afinal o Brasil é um dos líderes absolutos no quesito impostos. Vivemos dentro de um labirinto de exigências e normas, caracterizadas pelas constantes mudanças, a maioria delas burocráticas, que são bem conhecidas da comunidade contábil, uma vez que o assunto é matéria-prima de seu trabalho.
De acordo com um estudo divulgado pela Receita Federal no início do mês passado, a carga tributária do Brasil é uma das maiores de mundo, hoje atingindo o patamar de a 34,41%, maior que de países como o Japão, Suíça, Estados Unidos e Canadá. A comparação levou em conta dados recentes, apurados em 2008, dos países-membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Com tamanha carga tributária, fica complicado para os novos empreendedores montar e manter um negócio no Brasil. De acordo com a última pesquisa “Doing Business – Fazendo Negócios”, do Banco Mundial, a qual investiga as regulamentações que melhoram ou pioram as atividades empresariais, o País ocupa a 129ª posição no que se refere à facilidade para tocar um negócio, em um ranking de 183 países. Isso mostra que, aqui no Brasil, as condições básicas para se montar uma empresa permanecem inadequadas para os empresários e não há muitos estímulos para o desenvolvimento de novos negócios.
Para uma empresa progredir, é preciso que ela esteja, mesmo antes de começar suas atividades, dentro das regras do jogo, quer dizer, dentro da formalidade. Para isso, alguns passos são fundamentais como os registros na Junta Comercial ou Cartório, na Receita Federal do Brasil, para a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), e na Prefeitura Municipal. Se a atividade estiver sujeita ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), é necessário obter inscrição na Sefaz (Secretaria da Fazenda) para obtenção da inscrição estadual.
Contudo, apenas os registros nestes órgãos não são suficientes, uma vez que o ramo do negócio obriga inscrição em órgãos específicos, como uma farmácia, por exemplo, que deve ter registro no CRF (Conselho Regional de Farmácia), escritórios contábeis no CRC (Conselho Regional de Contabilidade), e pet shop no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária). Além disso, o empreendedor principiante deve incorporar os custos. Um processo de legalização de uma empresa não sai por menos de R$ 2.000,00 – entre taxas e autenticações de documentos. Diante deste cenário é recomendável que o empreendedor procure um Contabilista de confiança. É ele que saberá identificar todas as necessidades e indicar o plano correto da empresa, isto é, a modalidade em que ela se encaixará.
Por Domingos Orestes Chiomento
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Os consumidores e as gravações dos SAC
Publicado em
01/11/2010
às
09:00
Uma das maiores dificuldades dos consumidores é fazer a prova dos seus direitos. No mercado de consumo é o fornecedor quem detém o conhecimento técnico e dispõe de meios para provar que o consumidor não tem direito, seja porque o problema alegado não existe ou mesmo porque ele não fez qualquer reclamação.
Aqueles fornecedores de serviços regulados pelo Poder Público federal, nos quais se incluem, por exemplo, os bancos, as empresas aéreas, telefônicas, fornecedoras de energia elétrica e prestadoras de serviço de TV a cabo, estão sujeitos ao Decreto n° 6.523, de 31 de julho de 2008, que regula os serviços de atendimento a clientes.
Esse decreto estabelece no §3° do art. 15 que: “É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo”. Isso significa, na prática, que toda a vez que o consumidor for atendido por essas empresas, para solicitar a prestação de um serviço ou o seu cancelamento e para reclamar, poderá solicitar a gravação da conversa, se não for devidamente atendido.
A gravação não só provará que o consumidor reclamou como também que ele não foi devidamente atendido. Isso é fundamental para uma futura ação judicial e pode levar à procedência da ação contra o fornecedor. A gravação pode ser solicitada ao próprio atendente, desde que a conversa tenha sido mantida num prazo máximo de noventa dias, e deverá ser entregue, por e-mail ou mesmo pelo correio, dentro do prazo de cinco dias.
Em tempos de crise aérea, o consumidor pode solicitar a gravação, por exemplo, quando não conseguir remarcar o bilhete vendido pela empresa aérea, ou mesmo quando ela se negar a emitir o bilhete prêmio a que o consumidor tem direito em decorrência do programa de fidelidade. Também é cabível a solicitação quando o consumidor reclamar sobre incorreção na cobrança da sua conta de telefone ou de energia e não obtiver qualquer resposta da concessionária.
Quanto aos bancos, cabe, por exemplo, nos casos de cancelamentos de produtos e serviços não atendidos. Enfim, as possibilidades são absolutamente amplas, bastando que o consumidor solicite a gravação, que terá que lhe ser fornecida gratuitamente.
Além desse direito, o mesmo decreto prevê a possibilidade do consumidor ter acesso ao conteúdo do histórico de suas solicitações aos serviços de atendimento a cliente, o que também pode ajudar na prova de um possível problema.
Guardar provas e documentos é fundamental para o êxito numa eventual reclamação ou ação judicial.
Por Arthur Rollo
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O que ensinam os gurus?
Publicado em
31/10/2010
às
09:00
Tive a oportunidade e o prazer de participar de um seminário de três dias com o Professor Philip Kotler, maior autoridade mundial de marketing e ainda com os professores John Stanton, um dos mais renomados experts em marketing de nicho do mundo; Roger Blackwell, conhecido como a maior autoridade mundial em comportamento do consumidor e Heinz Goldmann, considerado o maior especialista em vendas da Europa.
Tenho feito cursos com Peter Drucker, Al Ries, Ted Levitt, Prahalad, Peter Senge, Michael Porter e com professores europeus como Marc Bertoneche, Prof. Chetochine e outros. Dedico algumas semanas de meu ano fazendo cursos como aluno, aprendendo, visitando empresas, conversando e entrevistando executivos de sucesso. Acredito que um professor, como eu, quanto mais pensa saber, mais vê que nada ou pouco sabe. Aprender é uma atitude eterna que nós professores compreendemos muito bem. Professor que não estuda, como aluno, não faz estágios como um bom trainee não pode ter a pretensão de ensinar.
A massa de informação, conceitos, definições que esses maiores “gurus” internacionais nos passam é simplesmente incrível. Mas o que mais tem me impressionado é que todos eles, sem exceção, reforçam conceitos simples e básicos e que fazem o sucesso de uma empresa nos dias atuais, como por exemplo:
· Tenha foco. Sem foco nenhuma empresa vencerá no século XXI;
· Não transija com a qualidade;
· Tenha em sua empresa somente os melhores. Contrate sempre pessoas melhores do que você;
· Acabe com a complacência aos que não são “excelentes” em sua empresa;
· Forme, aperfeiçoe, desenvolva líderes em sua empresa;
· Faça o seu cliente ganhar tempo com você;
· Não basta “satisfazer seus clientes”. É preciso “encantá-los”. “Surpreendê-los” com produtos e serviços fundamentalmente novos e diferentes;
· No mundo de hoje o que mais conta é o “relacionamento” entre pessoas. Por isso se você quiser ter sucesso conheça cada um de seus clientes e relacione-se bem com ele;
· Observe atentamente e continuamente o comportamento de seus clientes;
· Cuide bem da sua marca. Esse será seu grande capital;
· Faça mais ações de “Relações Públicas”. Elas valem mais hoje do que muitas ações de “propaganda e publicidade” tradicionais;
· Tenha dados e informações sobre tudo – clientes, mercado, concorrência. E coloque “inteligência” sobre esses dados. Analise.
· Lembre-se que “informação” será o grande e único produto daqui para frente. Será capaz de vender para mim quem souber o que eu quero, como quero, onde quero, como posso pagar, etc.;
· Acredite: O sucesso hoje não garante o sucesso amanhã. Você deve “criar” o futuro de sua empresa;
· Acredite: Quanto melhor você for no seu negócio, no seu setor, no seu ramo de atividade, melhor você será capaz de ser. Se você já é o melhor, provavelmente está aquém do que poderia ser;
· Faça de sua empresa uma empresa leve, agradável, diferente com a qual o seu cliente tenha “prazer” em relacionar-se;
· Tenha uma política de “caixa”. O que conta numa empresa é a sua capacidade de gerar caixa;
· Seja simples. Em tudo!
Cada um destes temas; cada uma destas idéias pode e deve ser assunto para um artigo isolado, para uma profunda reflexão, para um verdadeiro exame de consciência empresarial.
No fundo o que eles ensinam é que somente com idéias e ações claras, simples, foco, relacionamento, gente excelente, política de caixa, planejamento, uso consciente de métodos e técnicas avançados de gestão é que as empresas poderão se diferenciar e vencer os desafios da competição global deste século XXI.
Minha lição de casa a você, leitor, é que pense seriamente em cada uma das coisas citadas acima. Analise sua empresa. Faça uma auto-análise pessoal e profissional. Veja onde está, como está e decida-se a ouvir e aprender com esses grandes mestres de gestão empresarial que não são “gurus” por acaso.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Concorrência Maléfica
Publicado em
30/10/2010
às
18:00
A concorrência é uma pratica absolutamente normal em todas as atividades econômicas, seja na indústria, no comércio ou na prestação de serviços. O ser humano por si próprio exerce concorrência natural com os outros seres da mesma espécie, sendo assim também com a maioria dos animais.
Percebo dois tipos de concorrência:
O primeiro é aquele onde uma empresa, pessoa ou profissional oferece aos seus consumidores, à sociedade ou clientes vantagens de adquirir seus produtos ou serviços ou gozar de sua amizade. Esta é a concorrência benéfica, onde se ressalta as qualidades que se tem sem denegrir o outro ou diminuí-lo ressaltando-se suas falhas ou defeitos.
O outro tipo é aquele onde a empresa, pessoa ou profissional procura denegrir a imagem do outro, difamando-o, ressaltando suas falhas ou defeitos, praticando a política do quanto pior meu concorrente melhor pra mim. Essa é a modalidade maléfica.
A falta de ética e respeito com o concorrente demonstram profunda deficiência estrutural, orientação e foco. Meu foco não deve estar centrado na falha do outro e sim nas minhas qualidades!
Quem sou, que serviços presto, meu atendimento tem qualidade, de quanta credibilidade gozo, qual o nível de competência dos meus serviços ou dos profissionais que integram minha equipe de trabalho, quais as vantagens que ofereço?
Se levarmos em conta padrões mínimos da ética, jamais uma empresa, pessoa ou profissional deveria sequer citar o nome do concorrente, devendo sim procurar vender seu peixe pela qualidade que ele tem e não ressaltando os defeitos ou desmerecendo o peixe do outro.
No entanto, quando falta qualidade a pratica mais fácil de concorrência sem sombra de duvidas é a da concorrência maléfica.
Com as pessoas funciona mais ou menos assim: eu devo na praça, mas o fulano deve mais ainda. Pessoas e empresas que agem assim acreditam que o fato do outro ser um pouco pior o torna melhor, e na verdade o que se tem são dois mal pagadores. Não importa quanto se deve, o que importa é que ambos não honram seus compromissos. Assim também quanto aos produtos, serviços ou empresas. Minha empresa é medíocre mas a do outro é pior ainda. Qual a vantagem? Ambas são medíocres!
Já ouvi muito falar que em Bebedouro homem sente ciúmes de homem. Às vezes chego à conclusão que isso é a mais pura verdade e acrescento: empresas tem ciúmes de empresas, profissionais tem ciúmes de profissionais, pessoas tem ciúmes de pessoas e por ai vai.
O crescimento do outro incomoda e deveria ser diferente, o sucesso do concorrente deve servir de lição, deveríamos analisar onde o outro acertou e buscar imitar seus acertos invés de ressaltar seus erros. Erros e falhas todos nós temos, o que precisamos e verificar o quanto de acerto tem o concorrente e procurar acertar na mesma proporção ou mais que o outro. Assim, poderíamos divulgar aos clientes e consumidores nossas vantagens e não as desvantagens dos outros.
Ninguém deve denegrir a qualquer empresa, pessoa ou profissional, principalmente por seu posicionamento ou suas opiniões, devendo-se respeitar a história de todos. Parentes, funcionários e clientes devem ser respeitados, se eu optei pela amizade de alguém me sinto ofendido quando o outro o diminui. Assim como quando opto por prestigiar alguma empresa, ninguém tem o direito de denegri-la, principalmente gratuitamente, visando se promover a custa da derrocada do outro.
Acho que por traz da concorrência sempre existam interesses obscuros, frios e sem escrúpulo, pois de cada negócio dependem famílias e outros negócios que devem acima de tudo ser mantidos.
O crescimento que queremos, na minha opinião, se confunde com aprimoramento, ou seja, não queremos que um cresça a custa da derrota do outro, mas sim que todos cresçam, se aperfeiçoem e concorram com lealdade, respeito e ética.
Por Jose Rodrigo de Almeida
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Financiamento Habitacional e as Taxas de Juros
Publicado em
29/10/2010
às
09:00
O caderno JC Empresas & Negócios de 11/10/2010 trouxe matéria sobre o custo do crédito imobiliário no Brasil, onde apontava que temos o maior juro de empréstimo imobiliário e que também, assim como no mercado de crédito em geral, o spread dos financiamentos habitacionais está entre os mais altos do mundo.
Mas o que mais me chamou atenção nesta matéria foi a manifestação do presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz França, fazendo uma comparação para ilustrar que, ao contrário da impressão geral, a taxa de juros não é elevada. Para justificar sua tese, França afirma que uma taxa de juros de 10,5% ao ano mais a TR é baixa se comparada com as taxas aplicadas aos empreendimentos empresariais, pois nenhuma empresa consegue uma operação neste prazo e com esta taxa.
Minha estranheza está focada especialmente na comparação em si, pois o financiamento imobiliário é voltado para a aquisição de imóvel da Pessoa Física, normalmente para moradia com sua família, ou seja, não se trata de financiamento de um projeto comercial. Isso é o contrário de financiamentos para as empresas, que são projetos de investimentos em negócios.
O financiamento para empresas obedece a um cronograma de realização através de uma engenharia financeira para que possa pagar o custo cobrado pelo agente financiador, bem como agregar ganho ao investidor através da aplicação do capital (aportado em bens ou capital de giro) que servirá de suporte para incremento de suas operações, seja na forma de prestação de serviços e/ou na melhoria da qualidade de sua produção e venda de manufaturados. Com relação ao custo financeiro da operação, existem modalidades à taxa de 5% ao ano mais TJLP sendo, assim, bem inferior à cobrada no Sistema Financeiro Habitacional – SFH.
A título de ilustração, imaginemos um contrato iniciado em julho de 1994, no início do Plano Real, com a taxa de 10,5% e indexada pela Taxa Referencial – TR. Decorridos pouco mais de 16 anos, teríamos uma Taxa de Juros Efetiva de 20,98% ao ano (Taxa Interna de Retorno), ou seja, a taxa de juros contratada mais o acumulado da TR no período chega ao juro total de 2.143,69%. Isso sem considerar que são agregados outros custos ao financiamento habitacional, como seguros e taxa administrativa do agente financeiro, pois o chamado encargo mensal do SFH é composto pela prestação seguros taxas.
Diante de tal demonstrativo, podemos projetar para os próximos anos qual a tendência de evolução do custo do financiamento nessas condições. Se a taxa de juros tende a continuar alta, ou se vier a reduzir e gerar elevação dos índices inflacionários, aumentará a TR, resultando no aumento do custo efetivo da operação financeira ora analisada.
A grande dúvida que fica é se os mutuários vão ter crescimento de renda suficiente para absorver este custo. A situação da pessoa física é muito diferente do formato disponibilizado para grandes empresas beneficiadas com taxas subsidiadas, que conseguem absorver e ainda ter bom retorno aos seus acionistas. A análise do professor Alexandre Assaf Neto, por exemplo, demonstra que a Taxa Real de Retorno sobre o Patrimônio Líquido1 dos principais segmentos empresariais em 2009 foi de 9,7% na sua média. Isto significa que, mesmo depois de pagar juros, os que tomaram empréstimos/financiamentos e tributos e demais custos tiveram resultado positivo em suas operações, sendo que alguns setores a taxa de retorno fora superior a 30% e que o Valor da Empresa / Capital Investido2 teve uma rentabilidade média de 101,8%, índices estes já com desconto da inflação do período.
Já no mesmo exercício, as instituições financeiras tiveram um Retorno Médio sobre Patrimônio Líquido3 de 18,62%, um Spread médio4 de 14,24% e uma Margem Líquida5 de 11,67%.
A justificativa dos agentes financiadores em geral para a taxa de juros e o spread serem altos é o risco de inadimplência, a baixa competição entre os bancos por concentração dos recursos com a Caixa Econômica Federal – CEF e a limitação da fonte dos recursos (poupança e FGTS). Segundo informações do próprio vice-presidente de Governo da CEF, Jorge Hereda, o ritmo de expansão dos empréstimos vem superando a velocidade de captação de recursos pela poupança e isto fará com que não seja mais possível bancar o financiamento habitacional em poucos anos.
Realmente, nota-se uma concentração dos financiamentos pela CEF. Mas não é ela que administra tais recursos, que são dos poupadores e dos trabalhadores em geral? Não poderiam os grandes bancos privados financiar com recursos próprios e com taxas menores e com maior certeza de retorno?
Para finalizar, penso que é fundamental uma análise mais aprofundada por parte do mutuário-financiado, pois se trata de contrato de logo prazo. Deve-se levar em consideração, especialmente, a taxa de juros aplicada. Comparando-se os 16 anos passados, a poupança rendeu em média 15,51%, Ibovespa 19,91%, CDI 21,52%, Selic-Bacen 24,12% e a inflação média no período medida pelo IGP-M (FGV) foi de 12,14% ao ano. Como podemos observar, somente o CDI e a Selic foram superiores ao custo do nosso financiamento habitacional. Será que haverá um quadro muito diferente nos próximos anos?
ROBERTTO ONOFRIO
TC CRC-RS 49.568
1 Relação entre o Resultado Líquido e o Patrimônio Líquido Médio mantido pela empresa no exercício. Taxa de rentabilidade oferecida ao capital próprio
2 Relação entre o Valor de Mercado da empresa, apurado com base no desempenho em cada exercício, e o total do capital investido em seus negócios - investimento fixo e investimento em giro.
3 ROE - Relação entre o resultado líquido e o patrimônio líquido médio do exercício. Taxa de retorno do capital próprio.
4 Diferença entre o retorno médio das operações de crédito e o custo médio de captação. Ganho bruto da instituição na atividade de intermediação financeira.
5 Relação entre o lucro líquido e as receitas de intermediação financeira. Revela a parcela das receitas financeiras do banco, que restou aos acionistas, após serem descontados todos os custos e despesas incorridas no exercício.
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Coincidência ou sorte
Publicado em
28/10/2010
às
09:00
Algumas pessoas tem sorte, outras acreditam em coincidência. De acordo com a sabedoria oriental, vivemos simultaneamente em duas realidades, a física, o corpo, que ocupa tempo e espaço e sujeito as leis da degradação. E a virtual, onde está a alma, a verdadeira essência. Onipresente, onisciente, onipotente. Pare inicio de oração de igreja.
Ali reside o imenso poder interior. E esta parte da vida que deveríamos conhecer melhor. Ali reside o potencial de criatividade, concentração, saúde. Ao aprender ou a praticar meditação, a aquietar o turbilhão dos pensamentos, temos acesso a esse campo que é pura energia e informação. Temos acesso aos arquivos akásicos. A senha é aquientar-se.
Quando acertamos a senha, portanto acesso garantido, o universo começa a conspirar a favor. Entramos em sintonia e nossa intenção começa a gerar eventos sincrônicos , que de coincidência não tem nada. Cada um provoca a sincronicidade e assim somos senhores do nosso destino. Conclusão lógica: quando mais se consegue acessar estes arquivos, mais coincidência vão ocorrer, ou seja sincronicidades. Vamos nos dando conta que podemos usufruir da mesma abundancia da natureza: inteligência, amor, riqueza.
Muitos chamam isto de sorte.Mas esta sorte é gerada por cada um, através de seus atos e atitudes anteriores. Boa sorte.
Por Marcos Hans
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Que Lições um Concorrente Pode Ensinar?
Publicado em
27/10/2010
às
09:00
Nos mais diversos segmentos, o concorrente é encarado como um verdadeiro monstro, inimigo voraz, ou ainda, afrontado como um adversário imbatível. Na prática, o que leva estas afirmações serem reais? O que faz um profissional de vendas aceitar pacificamente a perda de um negócio para outro fornecedor? Por qual motivo, algumas pessoas desistem de uma negociação, ao saber da presença de outra empresa? Imagine como seria interessante competir, em um mercado, onde todas as empresas praticassem a ética, sustentabilidade, respeito e legalidade fiscal. Na prática não funciona assim, você concorda? Há empresas que prezam somente por desconto, outras por preços e outras por promessas soltas ao vento. Seu adversário pode ser maior, mais forte, mais eficiente e até ser mais rápido. Entretanto, jamais esqueça que o seu concorrente, pode ensinar imprescindíveis lições e não conta com uma pessoa capaz de fazer a diferença: você!
Descobrir novas técnicas por meio da observação – A participação em uma feira, congresso ou seminário, constituem recursos essenciais, no processo de inovação e revisão sobre as novidades do setor. Pode significar importância estratégica para continuidade ativa no mercado. Possibilita a realização de novos contatos, amplitude de peças fundamentais para o sucesso do empreendimento e da área de atuação em descobrir novas técnicas por meio da observação. Note que há concorrentes que não investe em treinamentos, capacitação, viagens de negócios, reuniões e convenções de vendas. Há também organizações, que se consideram líderes do mercado usando de arrogância e abandono de informações ao próprio cliente. Descobrir novas técnicas de observar como o concorrente trabalha, pode contribuir de maneira significativa para aprimorar, ainda mais, seu plano de negócios. A análise das ameaças e oportunidades do seu negócio pode ser mais valorizada, ao constatar erros de logística, ausência de qualificação e posicionamento de mercado do seu concorrente. Não há como conceber, em um mercado cada vez mais competitivo, um gestor de negócios que desperdice a oportunidade de descobrir novas técnicas de otimização, produção, distribuição, logística e sustentabilidade.
Fraquezas reveladas pelas constantes reclamações – Saber ouvir com atenção pode ser um importante ingrediente, para perceber que o concorrente ensina lições preciosas e inúmeras vezes, sem precisar de muito esforço. Outra estratégia para descobrir as fraquezas do seu concorrente, pode ser realizada por meio de um canal de comunicação, com seu próprio cliente. Um consumidor insatisfeito revela, em inúmeras situações, experiências vividas e problemas que sofrerão por ocorrências desastrosas. Observe que um cliente ao realizar reclamações, revela pontos negativos e fraquezas do seu concorrente e podem contribuir para fortalecer sua atuação, novas estratégias de marketing e gerar novos diferenciais competitivos. Você está ouvindo seus clientes? O que mais você consegue com uma reclamação do seu concorrente?
Ao contrário de desistir e demonstrar fraqueza, você possui a capacidade e o poder de reverter uma situação negativa em positiva. Você pode retirar lições preciosas, de erros cometidos por seu concorrente e valorizar ainda mais seu poder de argumentação, sua capacidade de expandir conhecimentos e intensificar ingredientes para superar as objeções. Ao contrário de aceitar ser surpreendido pela concorrência, para inverter a situação é coerente reunir a equipe e mostrar que sua empresa está disposta a remar de braços dados, para a mesma direção. Que tal esse desafio? Que lições seu concorrente pode ensinar para você vender mais?
Por Dalmir Sant’Anna
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Que Lição!
Publicado em
26/10/2010
às
09:00
- Não!
- Mais um dia. Será que ainda é dia?
- Ao menos no meu relógio mudou a data.
- Mais uma rotina. A de sempre!
- A mesma rotina...
- Mas vamos vencer.
- Tenho a certeza de que vamos vencer todos os obstáculos... Estão pensando em nós. Nós estamos pensando neles. Será que as crianças estão crescendo?
- Já se passaram mais de 40 dias.
.................................
Que lição!
Que lição de altruísmo.
Que lição de fé.
Que lição de competência.
Que lição de liderança.
Que lição de vontade de vencer.
Que lição de integração.
Que lição de engenharia.
Que lição de medicina.
Que lição de psicologia.
Que lição de administração.
Que lição!
Que lição de vida!
......................................
- Não!
- Mais um dia. Será que ainda é dia?
- Ao menos no meu relógio mudou a data.
- Mais uma rotina. A de sempre!
- A mesma rotina...
- Mas vamos vencer.
- Tenho a certeza de que vamos vencer todos os obstáculos... Estão pensando em nós. Nós estamos pensando neles. Será que as crianças estão crescendo?
- Já se passaram mais de 60 dias.
........................................
- Acho que é hoje.
- Vejam! (todos sorriem)
- Está descendo a cápsula
- Serei o primeiro. Até já fiz a barba...
- Serei o último. Será que vai demorar muito?
- Não sei... Mas graças a Deus “ela" está chegando.
- Estão vindo nos buscar...
- Estou com muita saudade, mas já estou com saudade de vocês. Somos todos irmãos...*
*Diálogo (imaginário) dos mineiros chilenos que estavam presos na mina.
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O fato do século.
O fato da grande lição de sobrevivência.
O fato da competência e criatividade humana em todos os momentos, sem nunca perder a fé e na palavra vencer.
Que lição!
Lição de vida dada a todos nós – por todos – sem perder nunca a esperança da volta e sem perdermos nunca a certeza de que poderíamos trazê-los de volta – com segurança.
“O mundo será – de agora em diante – diferente (assim espero)”. É o meu desejo.
O desejo visto na lição daqueles seres humanos que estiveram confinados a mais de 700m de profundidade, mas pensando sempre em vencer todos os obstáculos. O desejo visto na lição de competência e criatividade daqueles seres humanos que tiveram a incumbência de retirar seus irmãos que estavam nas profundezas da mina.
Que lição deram a todos nós.
Que lição deram a todos nós pela competência, criatividade e segurança no trabalho a fim de que aqueles seres humanos pudessem ser salvos com saúde.
É a integração humana e profissional que esteve sempre presente!
Que lição!
É o fato do século XXI.
Será um “case” a ser estudado por muitos...
Por David Iasnogrodski
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As causas que levam ao fechamento das empresas
Publicado em
25/10/2010
às
09:00
Falta de planejamento prévio, gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, problemas pessoais dos proprietários, comportamento empreendedor pouco desenvolvido e flutuação na conjuntura econômica. Essas são as principais causas que levam ao fechamento das empresas no Brasil. De cada 100 empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 fecham as portas no primeiro ano de atividade, de acordo com uma pesquisa elaborada recentemente pelo Sebrae-SP.
O estudo aponta que a taxa de mortalidade das empresas paulistas, no primeiro ano de vida, caiu de 35% para 27%. Sem dúvida, a melhora da competitividade empresarial soma-se a uma série de fatores propícios à abertura e à estabilização dos pequenos negócios, como, por exemplo, a Lei nº 123/2006, também conhecida por Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, reivindicada por vários setores sociais, políticos e econômicos do País. Essa legislação amplia e regulariza, em boa parte dos casos, as vantagens das micro e pequenas empresas, que representam mais de 90% das Pessoas Jurídicas existentes em todo o território nacional.
Até os anos 80, o Brasil tinha seu crescimento 'empurrado' por empreendimentos de grande porte, todavia, no atual contexto da economia mundial, não podemos pensar somente de maneira vertical, incentivando apenas o surgimento de grandes empreendimentos. Por isso o País tenta, neste momento, se adaptar a um novo modelo econômico, mais horizontal, em rede, um ambiente propício para a atuação do fortalecimento de cadeias produtivas, constituídas por micro e pequenas empresas, as quais contribuem para a competitividade e para a geração de emprego e renda. Atravessamos um momento único e oportuno de crescimento e novas oportunidades e, com a melhoria do ambiente para as micros e pequenas empresas, a Lei nº 123/2006 traz a redução da informalidade, o aquecimento das economias locais e o surgimento de novos negócios.
Além disso, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, um grande passo na caminhada de fortalecimento do País, encoraja a cultura empreendedora, estimula à inovação, à renovação e a inclusão dos pequenos negócios no mercado de contas públicas. Ela ainda dá destaque para a desoneração tributária, o que torna o cenário das micro e pequenas empresas mais benéfico ao desenvolvimento e à sobrevivência.
Por isso, é imprescindível a expansão e a disseminação dessa Lei. Atualmente 113 municípios paulistas já regulamentaram a Lei Geral em sua esfera de competência. Precisamos continuar mobilizados e ampliar os esforços de capacitação em gestão empresarial, despertando a consciência da população de que é necessário mudar a cultura, o acesso à tecnologia, as políticas públicas e alta carga tributária do País.
Para manter uma empresa aberta e estabilizada, são necessários alguns cuidados, principalmente para aquela que iniciou recentemente suas atividades. O primeiro passo é monitorar continuamente o caixa, afinal as previsões mensais garantem que as despesas e gastos fiquem em dia com o dinheiro que entra.
Outro aspecto importante é renegociar, sempre que possível, com fornecedores: se tiver dinheiro, negocie descontos; do contrário, prolongue os prazos disponíveis para pagamento. Fazer uma avaliação crítica das necessidades empresariais também é fundamental: muitos compram e gastam além do que precisam e do que podem. Por último, é indispensável manter o canal de comunicação aberto, obter apoio dos colaboradores e investir em novas tecnologias para aumentar a competitividade e diminuir custos.
Por Domingos Orestes Chiomento
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Fazer Mais Aquilo Que Sabem Fazer Melhor
Publicado em
24/10/2010
às
09:00
Muito se tem falado em "terceirização". E confesso que tenho ouvido argumentos os mais complicados para defender e mesmo para atacar a terceirização. Tenho notado porém, um equívoco fundamental nessas abordagens todas. Quase todas enfatizam apenas o lado da "economia" que a terceirização representa para a empresa. Enfatizam apenas a "racionalização" que a terceirização traz. Não creio que estes sejam os maiores argumentos.
A verdade é que vivemos na época de maior aceleração da história da humanidade. O ciclo de vida dos produtos é cada vez mais curto. Vivemos um século, num mês. Hoje será o mais rápido que vencerá o mais lento e não o maior que vencerá o menor. Como diz Tom Peters em seu ultimo livro, haverá somente dois tipos de gerentes daqui prá frente – os expeditos e rápidos e os mortos. Somente em 1990, nos Estados Unidos, falando apenas de produtos de supermercados, foram lançados 123 novos cereais, 64 novos molhos para massas e 54 novos detergentes para máquinas de lavar roupas. E em todos os campos a velocidade é semelhante. Ninguém pode ficar parado para ver o que acontece.
As empresas têm (e não apenas devem), para que possam sobreviver, que concentrar-se no seu negócio principal, no seu chamado "core business" As empresas, diretores, gerentes, não poderão perder um minuto sequer para fazer coisas que não pertençam ao seu negócio principal. Uma fábrica de biscoitos deve concentrar-se em fazer a cada dia melhores biscoitos, a conhecer cada vez melhor seus clientes a relacionar-se com eles. Em síntese, a empresa de hoje TEM QUE FAZER MAIS AQUILO O QUE ELA SABE FAZER MELHOR. Não pode perder tempo com coisas que estejam fora de seu "essencial". E hoje, o maior ativo de um executivo, seja ele de que nível for é o tempo. Fazer coisas que não façam parte do seu essencial é perder tempo.
Portanto, permitir que terceiros façam para nossa empresa coisas que essas empresas sabem fazer melhor do que nós, é possibilitar a empresa vencer os desafios da concorrência nestes anos 90. É livrar a cabeça do executivo para que pense mais no seu negócio principal. É não desviar a atenção da empresa para atividades que não sejam a essência do seu papel e o motivo principal pelo que somos contratados, nossos produtos são comprados, nossos clientes são satisfeitos.
Quando vejo a terceirização analisada apenas pelo lado dos "custos", nunca vi analisado o quanto custa o tempo do executivo que tem que se dedicar a coisas que não são a essência do seu trabalho, nem a sua especialidade, nem mesmo o seu interesse. Além disso, é claro, as tensões, a concentração, a ansiedade causada pelo fato de se fazer aquilo de que pouco se entende precisa ser tirada da empresa moderna. Some-se a isso o fato de que empresas especializadas em fazer as coisas que sabem fazer melhor, renovam seus equipamentos, estão mais próximas do desenvolvimento tecnológico de sua área, acompanham o tempo dentro de sua especialidade, o que uma empresa de outro ramo, não tem hoje, condições mínimas de fazer.
Outra discussão que me parece dispensável é saber, afinal, o que terceirizar? Minha resposta é sempre a seguinte: Tudo o que puder ser feito melhor por alguém e que possa liberar você, sua empresa, seus executivos para que se concentrem no seu negócio principal. E tenho a ousadia de dizer – independentemente dos custos, que nunca serão totalmente avaliados. Afinal, quanto custa um contingente de funcionários numa empresa fazendo coisas que não fazem parte da essência da empresa? Quanto custam as instalações usadas? Qual o "passivo oculto" trabalhista e não-trabalhista? Quanto custa um diretor ou gerente receber em sua sala um gerente de uma área da qual ele não entende, nem foi treinado para entender, fazendo perguntas e exigindo decisões que têm que ser a cada dia mais rápidas?
Tenho visto que possíveis erros da contratação de empresas para fazer serviços terceirizados para uma empresa, são ainda menores do que os erros que cometemos dentro de nossa empresa tentando fazer bem aquilo que não faz parte de nosso negócio principal. É claro que cuidar para que o seu contratado seja de primeira linha é fundamental. Daí, novamente, o preço o custo dos serviços deve ser avaliado. De nada adianta contratar somente o mais barato, o mais pobre, que por certo será aquela empresa que terá menores condições de me prestar um bom serviço terceirizado.
Para sintetizar, quero dizer uma coisa que pode parecer, muito radical mas me parece a realidade: Terceirizar não é moda. Não é modismo. Não é coisa passageira. Terceirizar é questão de sobrevivência. Da mesma forma que o governo deve privatizar tudo aquilo que não seja a sua função principal, pois que nessas funções deve concentrar-se, a empresa moderna tem que enxergar a realidade de que só sobreviverá se fizer mais, aquilo que souber fazer melhor.
Por Luiz Marins
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Os Ladrões de Tempo
Publicado em
23/10/2010
às
09:00
No mundo corporativo, há uma legião de ladrões de tempo, os chamados desperdiçadores. Eles agem sorrateiramente, reduzindo sua eficácia, comprometendo suas metas, causando-lhe até mesmo stress. Veja a seguir os principais fatores mapeados e se estão presentes em sua vida.
1. Interrupções: significa que você tem valor, amigos ou detém informações de interesse dos outros. As interrupções acontecem por telefone, e-mail ou visitam você pessoalmente. Para reduzi-las:
- aprenda a dizer NÃO e seja firme;
- atenda às pessoas em pé;
- mantenha a porta da sala fechada;
- continue escrevendo enquanto atende alguém;
- filtre telefonemas e e-mails;
- evite ser receptivo a visitantes inesperados;
- retire ou desloque cadeiras da sala dificultando a acomodação de terceiros;
- use as palavras mágicas: desculpe-me, por favor e por gentileza.
2. Comunicação Deficiente: ocorre quando responsabilidades e autoridade não estão definidas com clareza na empresa ou quando há subordinados em excesso. A posologia consiste em:
- defina com clareza metas e objetivos;
- determine responsabilidades e atribuições;
- utilize linguagem simples, concisa e sem ambigüidades;
- na dúvida, pergunte: procure fazer certo na primeira vez;
- forneça informações seguras para permitir tomada de decisão consistente e ação imediata;
- lembre-se de que a regra de ouro chama-se delegar.
3. Reuniões: muitas são desnecessárias e agendadas sem critério. Duram muito tempo, tornam-se evasivas e não geram resultados. Para torná-las produtivas:
- agende as reuniões com antecedência;
- convoque apenas as pessoas diretamente envolvidas com o tema;
- defina a pauta e comunique a todos com antecedência;
- determine horário de início e término;
- mantenha a pauta e busque a objetividade;
- não permita interrupções externas e mantenha celulares desligados;
- promova debates, tire conclusões, tome decisões e determine como agir;
- faça ata ou memorando com resumo da reunião constando a assinatura dos participantes;
- faça reuniões curtas em pé.
4. Telefone: imprescindível na vida moderna, constitui-se no maior vilão das interrupções e, por conseguinte, numa das fontes mais significativas de desperdício de tempo. Algumas dicas:
- reserve horários para fazer e receber ligações;
- relacione os telefonemas a serem feitos em ordem de prioridade;
- prepare-se para cada uma das ligações, munindo-se previamente de informações;
- identifique-se no início da ligação – as pessoas não são obrigadas a reconhecer sua voz;
- deixe recados claros e concisos;
- concentre-se em ouvir a pessoa com quem estiver falando, evitando desviar a atenção;
- nunca prometa retornar uma ligação se estiver despreparado para tal ou não desejar fazê-lo;
- nada de desculpas ou mentiras: use da honestidade dizendo que não pode atender naquele momento;
- encerre suas conversas com cortesia, porém com objetividade.
5. Celular: na mesma proporção em que agiliza as comunicações, também atua como agente de interrupções, invadindo inclusive sua privacidade. Sugestões para otimizar seu uso:
- desligue o aparelho quando estiver em reunião ou realizando tarefa que exija concentração;
- mantenha-o em vibracall para atender urgências;
- utilize o olho mágico para selecionar as ligações que merecem ser atendidas;
- recolha mensagens na caixa postal duas vezes por dia e retorne as ligações em horários pré-determinados;
- grave uma mensagem personalizada no correio de voz;
- considere a possibilidade de habilitar um segundo aparelho apenas para emergências, mas divulgue o número com seletividade;
- evite atendê-lo quando estiver em casa.
6. E-mail: substitui o telefone com objetividade. Entretanto, quando utilizado sem critério, torna-se fonte de interrupções, mal-entendidos e até disputas judiciais. Formas de gerenciá-lo:
- instale um serviço anti-spam;
- baixe suas mensagens no máximo quatro vezes por dia em horários pré-definidos;
- responda de imediato as mensagens recebidas e determine um tempo para fazê-lo;
- utilize o subject (assunto) para classificar as mensagens;
- organize pastas diversas para arquivamento;
- crie regras de mensagens;
- tenha uma assinatura eletrônica;
- utilize um corretor ortográfico.
7. Internet e Intranet: são instrumentos importantes para acelerar a comunicação e busca de informações. Mas vale lembrar que, às vezes, pode ser mais eficiente caminhar até a estação de trabalho de seu colega. Além disso:
- avalie de maneira criteriosa o uso da intranet e de comunicadores como ICQ e Messenger;
- tal qual o telefone e e-mail, seja seletivo e coerente no envio e recebimento de mensagens;
- atenção com os sites navegados em virtude do risco de vírus e spys (programas espiões);
- solicite suporte ao responsável pela manutenção da rede caso note alguma irregularidade;
- deixe de assinar e-zines e não autorize a divulgação de dados seus ou da empresa.
Decerto há outros fatores de desperdício de tempo que poderíamos relacionar. Mas atentando para estes sete aspectos, é certo que sua produtividade pessoal aumentará.
E esteja sempre a postos para a ocorrência de imprevistos. Eles são imponderáveis, por isso, deixe espaço em sua agenda para contratempos. Planeje seu dia e sua vida tendo em mente: “e se...”.
Por Tom Coelho
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Projeto Pescar e Inovação Tecnológica
Publicado em
22/10/2010
às
09:00
A inovação tecnológica é considerada forte indutora da economia dos países emergentes e, dentre eles, o Brasil desponta como aquele que possui as melhores condições para desenvolvimento. Nosso principal desafio está na base da educação. A solução dos nossos outros desafios, tais como a distribuição de renda, a segurança e a saúde pública, virá como conseqüência.
O Projeto Pescar idealizado pelo gaúcho Geraldo Linck e, hoje disseminado pelo Brasil e em dois países da América Latina, desempenha importante papel na inclusão dos jovens na atividade inovadora. Um grande número de jovens brasileiros não possui acesso à educação básica, muito menos às escolas técnicas e menos ainda aos cursos superiores. Nossa taxa de escolaridade superior é da ordem de 12% enquanto que Coréia e Finlândia são de 49% e 39% respectivamente (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE).
Nosso sistema educacional precisa ser aprimorado com a finalidade de garantir que o jovem não interrompa sua formação após o ensino fundamental ou médio, reduzindo o fluxo de conhecimento, sua empregabilidade e sua capacidade inovadora. Em função da capacitação genérica, este jovem terá dificuldades no momento de preencher as vagas do mercado. A alta demanda atual é toda voltada para conhecimentos específicos e não existem jovens para preencher as vagas existentes. Do outro lado, sobram jovens com a capacitação generalista. Como exemplo a grande demanda por programadores em Porto Alegre, pela presença das empresas localizadas no Parque Tecnológico da PUCRS.
O Projeto Pescar quebra o paradigma da evasão, procurando criar o círculo virtuoso da educação tecnológica para jovens em risco social extremo, aqueles que jamais chegariam às escolas técnicas e muito menos ao ensino superior, pois não possuem uma oportunidade. Seu método pedagógico concentra 60% de conhecimentos na área de formação da cidadania e 40% na técnica, acreditando que os valores humanos devem estar colocados na base do saber.
O jovem do Pescar estuda de forma planejada durante um ano junto a uma empresa ou grupo de empresas, ganhando familiaridade com o ambiente produtivo e inovador. Deverá, no entanto, continuar seus estudos regulares. Completude, sólida formação humana e conhecimentos técnicos irão permitir a este jovem a busca de novos desafios. Com uma renda inicial acima da média ao final do curso e muitas vezes constituindo uma das principais fontes de renda de sua família, este jovem estará preparado para a escola técnica e logo após para o ensino superior.
Um jovem com características diferenciadas. Ganham as empresas um funcionário extremamente dedicado. O círculo virtuoso é fechado com a baixa evasão escolar, o interesse na educação continuada e o forte impulso inovador que transforma a sociedade e a economia do Brasil.
Fonte: Jornal do Comércio
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Minha empresa está à venda
Publicado em
21/10/2010
às
09:00
Qualquer empresa ou qualquer negócio, dos mais variados portes e segmentos, podem um dia estar à venda, seja por se tratar de uma ideia que todos querem e promete um futuro grandioso, um negócio sólido e gerador de resultados consistentes, uma organização que precisa ser perpetuada, mudanças de mercado, concorrência ou outros fatores. E dúvidas sempre pairam em uma decisão deste nível: vender total ou parcialmente a empresa, ou sua participação? quando fazer? como fazer?
Independente do motivo da venda, o executivo de finanças deve estar preparado para ser o protagonista de um movimento desta natureza, seja uma pequena, média ou grande empresa. É este executivo que terá os informes, os dados, o conhecimento da realidade financeira do negócio. Muitas vezes, ele será quem conduzirá todo o processo. A atuação metódica deste profissional poderá trazer os principais sinais de alerta, positivos ou negativos, durante as fases da venda, realizando as projeções, cenários, enfim, proporcionando elementos objetivos para uma melhor decisão do sócio ou acionista.
Neste cenário, os executivos de finanças de empresas de pequeno e médio portes são os mais desassistidos. Seja pela estrutura muitas vezes enxuta que caracteriza qualquer empresa atualmente, ou pela personalização do sócio que pode trazer um conteúdo subjetivo e emocional para a decisão.
Ainda há uma carência de estatísticas de divulgação de operações de compra e venda de empresas de pequeno e médio portes que permitam traçar paralelos e semelhanças. O que vemos nas manchetes são as grandes operações, mas há uma infinidade de transações ocorrendo diariamente com outros portes de empresas.
Esta ausência de informações talvez ocorra em função do aspecto pejorativo trazido pela denominação “pequena” e “média”. Pela nova classificação divulgada pelo BNDES (uma das poucas classificações de portes de empresas), empresa de pequeno porte é a com Receita Operacional Bruta (ROB) de R$ 2,4 até R$ 16 milhões por ano, de médio porte até R$ 90 milhões, de médio (nova faixa criada pelo BNDES) até R$ 300 milhões e grande, acima de R$ 300 milhões.
É notório que as grandes geradoras de riquezas, tributos e empregos são as de pequeno e médio porte nas quais, em termos quantitativos, ocorre o maior número de operações. Assim, mesmo que não esteja nos planos atuais de um empresário vender sua empresa ou de um executivo de finanças recomendar esta venda, é crucial que esta alternativa esteja sempre presente. Aliás, toda empresa deveria preparar-se para uma venda, mesmo que ela não venha a ser vendida de fato. Com esta preparação, todos somente tem a ganhar, pois a empresa preparada para uma venda é melhor organizada, com os controles definidos, processos conhecidos e estruturados. Mesmo não vendendo a empresa, o empresário terá sob seu comando um empreendimento melhor estruturado, sem dúvidas.
Não só a preparação organizacional deve ser pensada e concatenada, mas em especial a cultural e até mesmo a psicológica. O dia seguinte a uma venda é um território desconhecido e apavorante para muitos. Assim, preparar-se é a palavra de ordem para que o dia seguinte, o pós-venda, seja o primeiro momento de novos e melhores negócios. Além desta preparação prévia, conhecer as principais etapas de operações de uma compra ou venda é primordial, pois as oportunidades podem surgir de um dia para outro e, na dinâmica de negócios deste porte e importância, atrasos podem ser fatais.
Será um diferencial estratégico conhecer previamente estas etapas, que podem ser diversas conforme o porte, complexidade e tempo disponível: preparação e estruturação administrativa, organizacional e até societária; contratação de negociadores ou advisors, advogados especializados; realização do valuation; instrumentos e documentos prévios e para a conclusão do negócio; definição de cronograma mínimo; due diligence; mapeamento de riscos internos e externos; estruturação tributária; planejamento de comunicações internas e externas; passos pós-fechamento; modelos possíveis, etc.
O inverso também é verdadeiro, pois tanto o empresário como o executivo de finanças podem constatar que é um ótimo momento para sair às compras. Sinteticamente, verifica-se que no cenário atual do país o que não se permite é ficar parado. Portanto, mãos à obra e ótimos negócios para quem, com a devida preparação e apoio, vende ou compra sua empresa.
Por Ricardo Becker
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E-mail
Publicado em
20/10/2010
às
09:00
Hoje em dia não vivemos sem o computador.
Hoje não vivemos mais sem a Internet. Veio e ficou...
Hoje não vivemos mais sem os e-mail. É verdade!!!
Toda nossa comunicação é via e-mail...
Um dia desses, como faço sempre durante as primeiras horas da manhã, após a leitura dos jornais via Internet, fui abrir meus e-mail. Como sempre, eu tinha recebido uma “montanha” de e-mail. A maioria era de “coisas” para serem colocadas diretamente na lixeira. Assim eu procedi... Mas alguns eu tinha que responder.
Qual foi minha surpresa: não podia responder. Estava eu “trancado” através de uma mensagem em código que eu não sabia decifrar. Só continuava a receber...
Igual ao celular de “cartão” sem créditos disponíveis.
Estava eu numa “cadeia” e não sabia...
Não podia fazer contato com o provedor via e-mail para as devidas ajudas. Somente por telefone... Que atraso!!!
O atendimento foi gentil!! Ao menos isso...
Mas os atendentes ( no plural – pois foram mais do que um) não sabiam resolver o problema. Somente a área técnica.
O tempo foi passando e eu continuando a ficar fora do mundo...
Só recebendo e não podendo me comunicar com o restante do universo. Sim, do Universo...
E o que fazer?
Resolvi parar todas as minhas atividades e pensar...
Pensar como? Se tudo hoje em dia é via e-mail?
Problemão!!!
Acreditava que iam me solucionar com a devida brevidade. Só diziam que eu deveria trocar de senha... Porque? Ninguém me respondia... Talvez muitos de vocês já passaram por alguns desses momentos...
Acordar sem poder pensar em e-mail...
Acordar sem poder se comunicar com o mundo...
É o mundo de hoje.
É o mundo em que vivemos...
É o mundo do e-mail...
Não foi fácil.
E o pior é que não pude remeter, via e-mail, a minha carta para o Papai Noel, solicitando os meus presentes... Será que ele vai me atender, mesmo não tendo recebido meu e-mail?
E agora???
Fico a esperar...
“Senhor Provedor, me ajude...”
Por David Iasnogrodski
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O que fazer se o produto comprado não for entregue no prazo?
Publicado em
19/10/2010
às
09:00
Devia ser a regra mas, infelizmente, acaba sendo a exceção, porque muito raramente o consumidor recebe o produto adquirido no prazo combinado.
O prazo, sem dúvida, é um dos elementos que leva o consumidor a adquirir este ou aquele produto, neste ou naquele estabelecimento. Configura, portanto, oferta nos termos do art. 30 do CDC, influindo decisivamente na liberdade de escolha do consumidor.
Em matéria de consumo, principalmente, é fundamental prevenir problemas. Não é recomendável, por isso, comprar um presente confiando que a entrega será exatamente na data combinada, porque pequenos atrasos acontecem por razões variadas e são inerentes ao mercado.
O que temos visto na prática, entretanto, é a comercialização de produtos que não existem no estoque e cuja entrega é prometida para um prazo que, desde o início, o fornecedor já sabe que não vai honrar. Isso configura oferta enganosa, ou seja, uma promessa que tem o intuito único de enganar o consumidor.
Os presentes e produtos devem ser comprados com certa antecedência, porque infelizmente os atrasos são comuns. Quem compra em cima da hora corre o sério risco de não receber e de se aborrecer.
Nesses casos de ofertas enganosas, por exemplo quando o atraso na entrega supera uma semana, o consumidor pode desistir da contratação. Mesmo que a compra tenha sido efetuada no estabelecimento comercial, o art. 35 do CDC permite que, diante do descumprimento do prazo combinado, o consumidor: exija o cumprimento forçado da obrigação, ou seja, a entrega do produto sob pena de multa diária; aceite outro produto semelhante ou, ainda, rescinda o contrato, com direito à restituição do valor antecipado monetariamente atualizado, acrescido de perdas e danos.
Sempre que possível, recomenda-se o parcelamento da compra, a fim de que o pagamento só seja concluído após a entrega do produto. Dessa forma, se o fornecedor não entregar no prazo o consumidor poderá, igualmente, deixar de pagar as parcelas restantes, com fundamento na exceção do contrato não cumprido. De acordo com essa teoria, se um deixa de fazer sua parte no contrato o outro, da mesma forma, pode deixar de cumprir a sua.
Ao deixar de pagar, o consumidor acabará estimulando o fornecedor a concluir sua parte do contrato, de forma que quanto mais tempo demorar para entregar mais tempo vai levar para receber o dinheiro. De outro lado, se o fornecedor já tiver recebido todo o pagamento, não terá pressa alguma para entregar a mercadoria. Para tornar isso possível, o parcelamento não poderá ser feito no cartão de crédito, porque as administradoras impedem a sustação dos pagamentos e, diante do não pagamento, cobrarão pesados juros do consumidor.
Se, ainda assim, o produto não for entregue, só restará ao consumidor a opção de ingressar com ação judicial ou recorrer aos órgãos administrativos de defesa do consumidor. Melhor do que remediar é prevenir, buscando empresas idôneas, que entregaram produtos no prazo combinado para amigos e conhecidos.
Por Arthur Rollo
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Cooperativismo de crédito, uma alternativa
Publicado em
18/10/2010
às
09:00
O cooperativismo revela-se como uma alternativa cada vez mais interessante para aqueles que buscam oportunidades diferenciadas em operações no mercado financeiro, a partir de aspectos que favorecem pessoas, em sua maioria de mesma categoria profissional, unidas em torno de objetivos comuns. Além de promover o crescimento econômico, as cooperativas de crédito, devidamente regulamentadas, com base em seus princípios e valores universais, contribuem significativamente para o desenvolvimento social. Em vista do monopólio exercido pelas grandes instituições financeiras, poucas vezes as pessoas param para refletir sobre as diferenças entre uma cooperativa e um banco. Sendo a cooperativa propriedade de seu associado, uma vez que os mesmos produtos são encontrados em ambas as instituições, operar através da instituição da qual somos donos pode-se, muitas vezes, mostra-se um excelente negócio.
Dentre as principais diferenças entre os bancos e as cooperativas de crédito, sobre a última, não há incidência de tributação sobre o resultado (IR, e CSSL – Contribuição Social), em face da tributação se dar na pessoa física do associado. Além disso, as relações obrigacionais entre sócio e cooperativas não se confundem com a de fornecedor e consumidor, pois estas são caracterizadas como atos cooperativos, com tratamento próprio na legislação cooperativista.
Um dos principais fatores de crescimento de nossa economia está no aquecimento do consumo interno, por meio da ampliação de linhas de crédito. Entre as várias oportunidades disponíveis no mercado, o cooperativismo de crédito, cada vez mais, se diferencia, cresce e se consolida como uma ótima opção.
Por Lizianne Koch
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Controller e gerente administrativo financeiro - diferenças, similaridades e dificuldades
Publicado em
17/10/2010
às
09:00
A função e o cargo de Gerente Administrativo Financeiro são muito mais conhecido e mais aceito pelas empresas de médio para pequeno porte, pois, é mais voltada para a gestão financeira e controles internos.
Pelas últimas estatísticas do SEBRAE, temos aproximadamente 5 milhões de empresas no país, sendo que 95% são micros, pequenas e médias empresas, que na sua maioria são empresas de serviços, seguida pelas de comércio e em último as indústrias.
Isto tem justificado a presença de um gerente e não um controller nas empresas; irá administrar o dinheiro, o lucro, os estoques, as vendas e como também dissemos, os controles e funções internas.
A palavra controladoria pouco se aplica ás pequenas empresas, pois com raras exceções vemos um departamento de Controladoria com um Controller.
Podemos afirmar que o controller é mais um estrategista do presente e do futuro para a empresa, é um profissional mais experiente e mais completo, pois, além de cuidar das áreas administrativas, contábil, financeira, terá que ter um profundo conhecimento de custos, legislação societária, fiscal e tributária, dominar a montagem de um Budget (Orçamento Empresarial Anual), Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Mercado de Capitais, Conversão de Balanço em moeda estrangeira e conhecimento de Marketing e do mercado em que sua empresa atua.
Mas, as grandes dificuldades para o controller são, os pequenos empresários que não aceitam e não estão acostumados ás orientações de terceiros ou profissionais mais qualificados e mais experimentados, pois se tornou uma cultura os sócios tomarem decisões próprias para o futuro da empresa baseadas somente no seu conhecimento, e muitas vezes, sem o conhecimento do mercado, mudanças de consumo, influências do mercado externo, lançamentos de novos produtos ou produtos alternativos, lucratividade e estrutura de custos e preços dos produtos e a mistura do dinheiro da empresa com o dinheiro dos sócios, isto é um caixa único.
Outro fator é a diferença salarial existente entre o controller e o gerente; a pequena empresa sempre prefere admitir um profissional com salário mais baixo do que a média de um controller que fará as funções de consultor, caso a empresa necessite de trabalhos de planejamento ou previsão para crescimento e diversificação.
No mercado há inúmeros profissionais com grande experiência em controladoria, mas devido à cultura brasileira que acima de quarenta anos o profissional está velho, deixam de utilizar uma mão de obra consolidada pelo conhecimento.
Os pequenos e médios empresários ainda não descobriram este seleto grupo de profissionais com experiência em grandes, médias e pequenas empresas, que poderão fazer a diferença, dando todo seu conhecimento acumulado, testado e experimentado, e por um salário abaixo da média do mercado.
Somente nosso país tem essa mentalidade obtusa de discriminar o bom profissional pela idade; quem criou isto precisa rever seus conceitos e preconceitos fazendo um trabalho de reinserção destes profissionais; pois sabemos que alguns recrutadores e selecionadores colocaram nas mentes dos empresários que este grupo é caro e não produz tanto quanto um jovem, mas suas decisões podem levar as empresas ao sucesso.
Poucos enxergam, mas essa volta ao mercado trará benéficos para as empresas, para o governo, que estará recolhendo mais INSS e Imposto de Renda, e para o profissional que retoma sua condição de provedor da família.
Por Claudio Raza
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Caracas-Venezuela
Publicado em
16/10/2010
às
09:00
Meu interesse em visitar este país é para ver in loco o socialismo do século XXI como programa do atual governo e a proximidade do nosso governo com este. Nos jornais e em entrevistas com locais logo se percebe uma divisão de posições. Muitos a favor do atual governo e seu plano, e muitos contra o atual governo e seu plano. O nosso atual governo, não sei o que vê aqui. É assunto velado.
O plano é que o Estado participe gradativamente cada vez na economia. Não tanto quanto Cuba, pois lá tudo pertence ao governo e veja o fracasso. Recentemente o comandante, Fidel Castro, afastado do poder mas ainda influente, já com 80 anos, após 50 anos de revolução ou morte, reconheceu que nem para nós o sistema serve, é preciso haver mudanças.
As frases de efeito, de lideres comunistas e socialistas são a marca nas esquinas, prédios, praças. Por exemplo. Revolução, socialismo ou morte. Neste dias em que visitei a Capital da Venezuela, ocorreu o velório de um jornalista, que defendia o atual governo e nesta ocasião, o Comandante, Presidente Hugo Rafael Chaves Frias se fez presente, na assembléia legislativa, com audição do discurso para o povo que estava na rua, do lado de fora do prédio da Assembléia. O tom , de todos os que falaram, era que não seremos vencidos pelo Capitalismo. Pátria, socialismo ou morte. Quando saiu do prédio, antes de embarcar em uma Mercedes preta 320, alias tinham três da mesma cor, sem placas, acenou para os populares, que gritavam: viva comandante.
Pátria, socialismo ou morte. Mais ou menos como grito da Independência. Independência ou morte. Aliás, quando fui visitar o Museu Bolivariano, a pintura de Simon Bolívar em cima do cavalo, espada na mão, ladeado por tanto outros, no período da independência, é idêntica a pintura que nos estamos acostumados a ver, o grito do Ipiranga. Na época, estes pintores tinham algum tipo de comunicação ou freqüentaram a mesma escola.
Finalizando. Em alguns momentos pensei estar no Paraguai ou em Cuba, pelos carros e ônibus antigos, velhos. Em outros momentos nos Estados Unidos, pois tem Mc Donalds, KFC e carros americanos por todo lado.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O diferencial das empresas de TI do Brasil no mercado global
Publicado em
15/10/2010
às
09:00
No primeiro semestre de 2010 conduzimos na PUCRS um estudo inédito no país para entender um pouco mais sobre as oportunidades do Brasil em função da sua posição geográfica.
O estudo foi desenvolvido em parceria com o Prof. Erran Carmel, da American University, especialista em globalização de TI. Ficou claro que o Brasil se beneficia da sobreposição de fuso-horário com a América do Norte e Europa, e isto nos diferencia do mercado asiático. Enquanto lá o argumento é nós trabalhamos enquanto você está dormindo, aqui é nós trabalhamos enquanto você trabalha.
Mas apenas 38% das empresas brasileiras utilizam a proximidade de fuso-horário como uma vantagem no seu material de divulgação. Se considerarmos apenas material em inglês, este número cai para 26%.
Quase 100% dos clientes de TI do Brasil possuem sobreposição de fuso-horário com o país e é uma sobreposição de conveniência para ambos os lados. Ela permite que ambos sejam mais interativos ao invés de trabalhar de forma altamente estruturada. Esta sobreposição facilita uma comunicação síncrona densa e ajuda a criar relações mais próximas entre os brasileiros e seus clientes estrangeiros.
Outros resultados indicam que a proximidade de fuso-horário não influencia as decisões iniciais sobre o local do parceiro. Entretanto, decisões incrementais de local (mais trabalho, manutenção da relação) são sim influenciadas. Além disso, identificamos que o ajuste de uma equipe ao horário da outra não ocorre de forma sistemática no Brasil. Os brasileiros em geral evitam hora-extra, o trabalho em finais de semana é raro e as leis trabalhistas são restritas em muitos aspectos, apesar de existir alguma flexibilidade em alguns casos.
O estudo ainda propôs um framework de 4 níveis de intensidade de colaboração.
No nível mais baixo os profissionais apenas trocam e-mails diversas vezes ao dia. O nível mais alto fica caracterizado quando unidades distantes (por exemplo, São Paulo e Carolina do Norte) colaboram como se estivessem no mesmo espaço físico. A simulação de proximidade física é viabilizada através de quatro elementos principais: sobreposição de fuso-horário através de pequenas mudanças do horário de trabalho; tecnologias ricas em compartilhamento de contexto e awareness (vídeo e áudio ligados de forma contínua, dados compartilhados de projetos, etc); uma cultura de time coeso nas unidades distribuídas; e domínio da língua inglesa.
A maior parte das empresas brasileiras está nos níveis mais baixos de colaboração interativa devido a uma cultura mais tradicional. As empresas multinacionais tendem a se posicionar em níveis mais altos.
Nós identificamos, por exemplo, que uma unidade brasileira de uma empresa multinacional trabalha no nível 4, o maior nível de colaboração. Poucas unidades brasileiras alcançaram níveis mais altos de interatividade com parceiros distantes, apesar de ser isto um dos aspectos que podem fazer diferença na relação com estes parceiros. Encontramos evidências de que os brasileiros gostam desta interação mais rica ao invés de adotar um estilo de colaboração assíncrono e isto pode ser o diferencial que faltava para colocar o Brasil de vez no mapa do mercado global de TI nos próximos anos.
Por Rafael Prikladnicki
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Andar de Bicicleta
Publicado em
14/10/2010
às
09:00
São poucos, na minha opinião, os que não sabem andar de bicicleta.
A bicicleta é um dos maiores inventos, depois da roda. Dizem. os entendidos em história que cronologicamente, ela antecedeu aos motores a vapor e a explosão. É considerado o primeiro veículo mecânico para o transporte individual.
Vários autores defendem que a bicicleta surgiu pela mão do conde francês Mede de Sivrac. Outros autores dizem que sua criação é posterior, no entanto existem registros de que os antigos egípcios já conheciam a bicicleta, ou pelo menos já idealizavam nos seus hieróglifos a figura de um veículo de duas rodas com uma barra sobreposta. Agora, em 1966, monges italianos, no restauro de manuscritos de Leonardo da Vinci, descobriram também desenhos datados de 1490, em que se podia distinguir uma máquina muito semelhante às modernas bicicletas, dotadas inclusive de pedais e tração por corrente.
Muito semelhante às bicicletas do século XXI.
Normalmente, aprendemos a “pilotar” este veículo antes da idade de podermos “pilotar” um veículo a motor. Já vi bicicletas com motor acoplado...
Voltando à tradicional bicicleta, que por sinal, vimos que é um veículo antigo... E bem antigo...
Veículo limpo com duas rodas. Quando aprendemos, normalmente – lá na tenra idade -, vem acompanhada de duas pequenas rodinhas. Tudo para não cairmos no chão... e quantos de nós já não caiu... Não é verdade?
Veículo ainda pouco utilizado aqui no Brasil.
Veículo, que em países mais adiantados, são utilizados para todo o tipo de locomoção da população.
Há cidades tipicamente universitárias, onde o veículo mais utilizado por todos – alunos e professores – é a bicicleta.
Bicicletas simples
Bicicletas com “marchas” (câmbio).
Bicicletas...
Claro está que nestes locais há “ciclovias”, e isso ainda, aqui no Brasil, é uma “raridade”.
Porque não seguimos estes países?
Tanto reclamamos da poluição causada pelos veículos automotores e cada vez mais produzimos e adquirimos estes meios de locomoção.
E a bicicleta?
É um veículo limpo. Não causa qualquer tipo de poluição.
Veículo interessante até para a saúde. É um meio de realizarmos exercícios físicos.
Acredito piamente que precisaríamos nos utilizar, cada vez mais, desse veículo em todas as ocasiões.
Seria mais saudável em todos os sentidos.
Que acham da idéia?
Vamos iniciar a “caminhada”?
Por David Iasnogrodski
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Gestão empresarial e as mudanças constantes
Publicado em
13/10/2010
às
09:00
Tudo o que vimos até hoje sobre inovação em gestão empresarial - desde o movimento de gestão científica no final do século XIX (Frederick Taylor), a Linha de Montagem (Henry Ford), o Sistema Toyota de Produção, a Qualidade Total, Lean Manufacturing até os novos conceitos de gestão e tecnologia como BPM, GRC, SOA e ERPs – já foi ou será aplicado nas empresas. Hoje, as organizações precisam aprender a gerir seus negócios num mundo mais complexo, com aumento da incerteza, dificuldade maior para os controles internos, competição mais globalizada e novas tecnologias mudando os negócios a cada dia.
Como enfrentar esses cenários e ao mesmo tempo criar modelos de negócios competitivos? A resposta está em mudar o olhar e criar uma abordagem de gestão capaz de se adaptar a cada cenário e mudança de mercado. A Gestão da Complexidade Empresarial tem sido defendida como a principal abordagem de gestão para os tempos atuais. Não se trata de “complicação”, mas, como define Humberto Mariotti, uma “visão de mundo que aceita e procura compreender as mudanças constantes do mundo real e não pretende negar a multiplicidade, a aleatoriedade e as incertezas, e sim conviver com elas.”
Pensamento complexo consiste em conciliar dois tipos de raciocínio: o linear, que apresenta uma relação causal direta, e o sistêmico, aplicado na gestão empresarial moderna, abordando o contexto de processos operacionais e sistêmicos, mas com grande dificuldade para lidar com o fator humano, as mudanças constantes de cenários e o desenvolvimento de novas tecnologias. Esse pensamento prega a necessidade de alterar o modelo mental adotado pela humanidade, propondo uma nova visão de mundo mais abrangente, integradora e indagadora. Em síntese, a gestão da complexidade defende o balanceamento entre o formal e o informal como o mais eficaz método de gestão para o novo milênio. As empresas continuam forçadas a buscar resultados por meio de processos e sistemas bem definidos, sem esquecer os aspectos humanos e a interferência constante advinda do mercado.
Por Edson Leal
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A interferência dos planos de saúde no tratamento do consumidor
Publicado em
12/10/2010
às
09:00
Há tempos existem notícias de que os planos e seguradoras de saúde interferem indevidamente na conduta dos médicos. Isso acontece para reduzir os custos nos tratamentos e nos diagnósticos.
Os médicos são orientados pelas empresas a pedir exames mais simples, em detrimento de exames específicos e mais detalhados; a conceder alta a pacientes que não têm condições; a mandar para o quarto consumidores que deveriam permanecer na UTI, tudo isso objetivando reduzir despesas.
A condução do tratamento é privativa do médico que assiste o consumidor. Quem decide se deve ser administrado este ou aquele medicamento ou adotada esta ou aquela conduta médica é o profissional responsável e não a empresa contratada pelo consumidor.
Existem decisões reiteradas dos nossos Tribunais no sentido de que: “É preciso ficar bem claro que o médico, e não o plano de saúde, é responsável pela orientação terapêutica. Entender de modo diverso põe em risco a vida do consumidor.”, conforme decidido exemplificativamente pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do recurso especial número 668.216, relator o Ministro Menezes Direito.
É o médico quem sabe se o paciente tem condições de ir para casa. Existem, infelizmente, doentes crônicos que são mandados para casa sem a mínima condição, por mera questão de economia. Em casos que tais, se mais adequado o tratamento médico domiciliar, a seguradora e o plano de saúde são obrigados a fornecer o “home care”, ainda que não haja cobertura contratual nesse sentido.
Se o médico indicar, o tratamento domiciliar pode substituir a internação porque é mais barato para as empresas e mais digno para o consumidor, que fora do ambiente do hospital está mais preservado em todos os sentidos.
Os exames devem ser sempre os adequados, até porque cabe ao médico a responsabilidade pelo diagnóstico eventualmente incorreto que vier a fazer, sem falar que para os planos e seguradoras de saúde o erro também representa prejuízo, significando a promoção de tratamento inócuo.
As despesas referentes a alguns medicamentos, inclusive administrados na casa do paciente, podem ser da responsabilidade dessas empresas, porquanto o tratamento quimioterápico, por exemplo, pode ser administrado em casa, no ambulatório e no hospital. Como os contratos prevêem a cobertura do tratamento em si, todas as suas etapas estão englobadas. Já existem diversas decisões judiciais nesse sentido, obrigando o pagamento de medicamentos administrados em casa.
Os planos e seguradoras de saúde continuam, infelizmente, negando pleitos legítimos dos consumidores e interferindo na conduta dos médicos. Isso só acontece porque ainda é pequeno o número de pessoas que recorre ao Judiciário. Se todos passarem a exigir os seus direitos, esse quadro tende a mudar.
Por Arthur Rollo
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Contaminadas pelo vírus da arrogância
Publicado em
12/10/2010
às
09:00
Por que marcas fortes, empresas dominantes que ficaram anos no topo de suas categorias perdem essa gloriosa posição de forma tão surpreendente? Por que pessoas famosas, envoltas em glória e fama, perdem a invejada posição? É claro que há muitas explicações.
Mas, sem dúvida alguma, uma delas que nos salta aos olhos, é a arrogância.
Empresas líderes tornam-se arrogantes com muita facilidade. Pessoas também. O sucesso lhes sobre à cabeça. Não dão mais a devida atenção ao atendimento simpático e cortês; à assistência técnica rápida e eficaz; à visita constante aos clientes principais, etc., etc. Elas começam a acreditar que o cliente e o mercado precisam mais dela do que ela do cliente e do mercado. Tornam-se soberbas e arrogantes; acreditam que sua marca seja capaz de agüentar todos os desaforos. Essas empresas e pessoas não se apercebem quando a arrogância toma conta de suas almas.
Dia destes assisti a um respeitável senhor da sociedade humilhando um manobrista de estacionamento. Já tive o desprazer de ver madames ricas ofendendo balconistas. Já ouvi diretores de empresa dizer que não precisam de clientes. É o começo do fim! O mais grave é que essas pessoas são ensurdecidas e cegas pelo vírus da arrogância.
As pessoas que se deixaram inocular pelo vírus da arrogância não suportam mais suas velhas amizades, suas companheiras dos primeiros anos, os lugares simples que freqüentavam. O vírus faz um estrago total na mente da vítima. Tudo deve mudar - roupas novas, carros novos, mulheres novas, amigos novos, hábitos novos. E um dos maiores sintomas da arrogância é a cegueira mental que faz com que essas pessoas não se apercebam de que os novos amigos são falsos amigos e as novas mulheres só estarão ali enquanto a fama ou a riqueza durarem.
As empresas que se deixam contaminar pelo vírus da arrogância sofrem de perda total de memória. Não se lembram de quem as ajudou a crescer. Esquecem-se dos primeiros clientes, dos velhos fornecedores, dos funcionários que, sem perspectiva alguma, acreditaram em seu futuro. Elas se esquecem do passado. É o começo do fim. E a contaminada empresa, em vez de perceber a sua doença e buscar a cura, fica ainda mais arrogante. O vírus da arrogância, uma vez inoculado, não deixa mais aquela vítima, até matá-la.
E, para não se deixar contaminar, só há uma vacina: a humildade. E a humildade, por sua vez, só pode ser conseguida com muito esforço, muita espiritualidade, muita consciência da transitoriedade da fama e dos bens materiais e da sabedoria que nos avisa a todo instante de que é mais fácil chegar ao topo, que manter-se no topo.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Precatórios: ordem cronológica não será paga
Publicado em
11/10/2010
às
09:00
Em julho do ano passado, sindicatos entregaram à Organização Internacional do Trabalho (OIT) denúncia alertando que as dívidas de estados e municípios com precatórios chegariam a R$ 100 bilhões no Brasil. No final de 2009, a PEC 62/09 legalizou os meios para que estados e municípios protelassem o pagamento dos precatórios. Assim, um número elevado de pessoas continua na fila. Elas ganharam na Justiça seus processos, mas não estão recebendo e nem receberão o que lhes é devido no prazo considerado adequado e justo. A PEC dos Precatórios ignorou as decisões judiciais e as garantias legais dos jurisdicionados. Isso é, sentenças transitadas em julgado foram rasgadas. A emenda 62/09 cumpriu o pedido de governadores e prefeitos, eternizando o calote a partir do pagamento do valor irrisório de 1,5% a 2% da receita corrente líquida, muito menos do que o juro da dívida. Também facilitou a cessão e a compensação dos precatórios por dívidas fiscais, único caminho para redução da dívida. Sobrepondo-se à Constituição, que assegura os direitos dos credores (“a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”), a PEC reforçou a possibilidade de os governos continuarem a postergar o cumprimento das obrigações em relação aos credores.
Como a PEC colocou uma preferência para credores com mais de 60 anos e com grave enfermidade de receber até R$ 60 mil (parte do precatório), independentemente da ordem cronológica, criou-se um grande problema para os tribunais, que não estão pagando nada até se organizarem para cumprir a lei. Pelos nossos cálculos, os valores que estão sendo depositados pelos estados só pagarão as Requisições de Pequeno Valor (RPV), dívidas de até R$ 17.000,00 e preferências no valor de 3 x R$ 17,000,00. Nunca mais será pago precatório pela ordem cronológica. Além disso, o número de pedidos de preferência ficou tão grande que vão acabar virando um novo processo para provar que as doenças são mesmo graves. Enquanto isso, os valores irrisórios depositados estão nas contas dos tribunais. Como tenho dito, é a única forma de receber algo em vida e vender o precatório com deságio para as empresas usarem para pagar ICMS, com a compensação que ficou garantida pela própria emenda, ao convalidar as compensações e facilitar as cessões (venda) dos precatórios. As empresas que utilizarem precatórios para quitarem o ICMS estarão reduzindo 50% de seus impostos com ICMS, além de ajudar milhares de velhinhos que estão morrendo sem receber, prestando um relevante serviço público aos brasileiros e ganhando competitividade.
Por Nelson Lacerda
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Os Velhos Bebês
Publicado em
10/10/2010
às
09:00
A expectativa de vida vem aumentando dia a dia. Hoje, principalmente na classe média, existe um vasto contingente com mais de 80 anos, como nunca houve na história da humanidade. Eu mesmo, sexagenário, tenho pai vivo e a maioria dos meus amigos ainda tem pais ou mães beirando os 90 anos de idade.
O que parece ser uma maravilha não é bem assim, tanto para o idoso como para seus familiares. O mal de Alzheimer vem ameaçando a maioria desta população, tornando-a totalmente dependente de seus familiares, ou mesmo de especialistas para o trato desses pacientes.
Essa semana fui fazer um exame de rotina e no consultório havia uma senhora ainda com boa aparência pela sua suposta idade, acompanhada da filha e de uma enfermeira. Na sala de espera esta mesma senhora começou a falar frases desconexas e, assim que a filha saiu por alguns minutos, começou a chorar como um bebê, causando estupefação em todos os presentes que, como eu, não haviam percebido o estágio da doença que ela atravessava. Parecia uma criança assustada com a ausência da mãe, com seus olhinhos aterrorizados demonstrando o pavor que estava sentido.
Já vi esse mesmo olhar de medo e pânico em vários pais e mães de amigos. Já vi também muitos velhinhos chorando amedrontados como crianças diante do desconhecido. Confesso que fiquei arrasado ao presenciar o fato, mas sei que esta é uma realidade que daqui para frente será vista e percebida cada vez mais e por todos nós, independentemente de ter ou não filhos, pois estes não representam mais segurança nenhuma diante do triste quadro do envelhecimento dos seus progenitores.
Essa bomba social do envelhecimento ainda não conseguiu despertar o interesse dos que governam nosso país, mas é certo que alcançará todos que não morrerem jovens, já que até o momento nada de concreto e factível foi implantado.
A população vem envelhecendo a passos galopantes e, exceto o inócuo Estatuto do Idoso, nada foi planejado nem criado para tentar minimizar esse lamentável futuro que nos espera.
As famílias estão cada vez menores e os idosos cada vez mais pobres. Se o Estado não implantar políticas efetivas para proteger e abrigar essa população, o problema só tende a crescer.
Como sugestão, acho que é hora de se começar a estudar e planejar a criação de cursos de cuidadores, bem como a implantação de creches de idosos que, provavelmente, não conseguirão acabar com todo o problema, mas minimizarão em muito tanto para os familiares, como para os milhares de idosos, que hoje se tornaram bebês com muita idade.
Por Nicolau Amaral
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Advocacia, dinheiro e democracia
Publicado em
09/10/2010
às
09:00
Já vi profissões e mercados morrerem ou perderem valor por erros dos próprios profissionais.
Há alguns anos a advocacia era uma profissão respeitada, ser advogado era sinal de orgulho e aos olhos das pessoas o advogado era um profissional de sucesso financeiro.
Não acho que o grande número de faculdades ou o fato de hoje termos muitos profissionais na área seja o motivo da desvalorização da profissão.
O que provocou o aviltamento dos honorários do profissional do Direito foram os erros cometidos pelos próprios advogados.
Há uma tabela que obrigatoriamente o advogado deve seguir quando da contratação de seus serviços. Ali estão os parâmetros mínimos a serem observados quanto aos valores de cada ação ou intervenção do profissional.
O intuito do tabelamento mínimo sempre foi manter o nível da remuneração de acordo com o esforço do advogado na causa. Não se deveria aviltar a valoração dos serviços do advogado e sim promover a correta remuneração do mesmo.
O que ocorre, no entanto, há bastante tempo é o freqüente leilão de causas. Quantos profissionais nos procuram no escritório e quando apresentamos o valor dos honorários nos dizem: “fulano faz por menos”.
É a infração ética mais corriqueira da advocacia. Cobrar abaixo do parâmetro mínimo da tabela é ilegal e há punições administrativas para tal expediente.
Quando questionamos em reuniões com colegas este acontecimento, o que mais ouvimos dizer é o seguinte: “se eu não fizer aquele preço, outro fará e eu vou perder o cliente. Preciso comer, me vestir e arcar com meus custos também”.
Não seria o caso de iniciarmos pelo menos aqui na cidade um pacto entre os profissionais visando a valorização de nossa profissão?
Quem não pode arcar com os valores da tabela deve procurar a assistência judiciária gratuita que com sua triagem é capaz de identificar àqueles que podem sim arcar com os valores da tabela e rejeitar sua inscrição no serviço.
Você já viu na medicina concorrência entre hospitais aviltando a remuneração dos procedimentos? Você pode escolher o nosocômio de sua preferência, mas os valores dos procedimentos não serão muito diferentes, pelo menos há um nível mínimo dos valores cobrados.
Médicos não costumam diminuir o valor de suas consultas porque o outro está cobrando mais barato.
Porque então advogados cometem esse erro?
O ser humano e o profissional valem por sua raridade. O que seria raridade na advocacia? Seria o estudo acima da média, o escritório mais bem estruturado, sua dedicação absoluta à causa e ao cliente,a experiência, a ética levada a sério entre outros fatores.
Claro, em todos os ofícios sempre terão profissionais mais raros, melhor sucedidos que cobrarão valores maiores por seus serviços.
No entanto, todos os advogado possuem o mínimo de conhecimento, senão não seriam aprovados como bacharéis e nos exames da O.A.B..
Então, o nível médio do profissional deve se adequar ao nível médio de valorização do seu trabalho, e o que representa a adequação desses valores está definido na tabela de honorários da O.A.B.
Há que se valorizar a advocacia! Temos que ser reconhecidos como profissionais importantes no estado democrático de direito! Temos que ser respeitados!
Somos profissionais diferenciados na estrutura do país. Sem o advogado, a democracia não se cumpre.
Valorização já do advogado!
Por José Rodrigo de Almeida
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Por Que os Outros Não São Iguais a Mim?
Publicado em
08/10/2010
às
09:00
Estas e outras afirmações fazem parte de nosso cotidiano. Não é fácil reconhecer e aceitar a "diversidade humana". Homens e mulheres são diferentes, pensam de maneira diferente e agem de forma diferente. Jovens e adultos são diferentes, pensam de forma diferente e agem de maneira diferente. A verdade é que todas as pessoas são diferentes e isso é simplesmente irritante e às vezes inaceitável para pessoas egocêntricas.
As pessoas têm base genética diferente; formação e educação diferentes; histórias de vida diferentes; cresceram e se desenvolveram em meio-ambientes diferentes. Os "modelos" sobre os quais construímos nossos conceitos de certo e errado também foram diferentes para cada um de nós. Os próprios conceitos de "ética" e mesmo "moral" podem ser um pouco "diferentes" de pessoa para pessoa. Umas mais rígidas, outras mais "relativistas", etc. O fato é um só – não há duas pessoas iguais!
Assim, temos que aprender a conviver, respeitar e até utilizar para a nossa vida – pessoal e profissional – as diferenças individuais. Uns têm mais "senso de urgência" e fazem as coisas rapidamente. Outros mais introspectivos, pensam mais, são mais cautelosos. Uns não têm medo de reclamar, "pechinchar", exigir seus direitos e até brigar. Falam com quem têm que falar para conseguir alguma coisa. Outros são mais introvertidos, tímidos, não têm a necessária coragem ou mesmo sentem-se ridículos ao reclamarem seus direitos ou exigirem algum benefício pessoal. Os primeiros acharão os segundos uns "bobos". Estes dizem que os primeiros são uns "mal educados, egoístas, espaçosos...". Quando estamos dirigindo, todos os motoristas que estão dirigindo mais devagar à nossa frente são uns "molengas, tartarugas..." e todos os que nos ultrapassam são uns "loucos, irresponsáveis...". Não é assim mesmo?
A empresa moderna precisa aprender a não só aceitar a diversidade como utilizar essa diversidade para seu sucesso. Os chefes precisam analisar os pontos fortes e identificadores positivos de cada um de seus colaboradores – a diferença positiva – para fazer com que a contribuição de cada um seja a melhor possível para a empresa, para a conquista e mantença do cliente, para a melhoria da qualidade e para o aumento da produtividade. Há empresários, gerentes, chefes em geral que têm a pretensão de imaginar que todos devam ser iguais, com valores semelhantes, gostos semelhantes, ritmos semelhantes. Esses empresários, gerentes, chefes, se desgastam terrivelmente nessa falta de compreensão da diversidade e principalmente por não se aproveitarem dela para o sucesso empresarial.
Vejo, com apreensão, que há empresários e dirigentes empresariais que não conseguem conviver pacificamente com a diversidade em seu universo de clientes. Constantemente acham os clientes "impertinentes" em suas demandas – aquelas que são diferentes do que a empresa imagina serem as "pertinentes" – e sofrem com esse relacionamento cada vez mais tenso entre empresa e clientes. Muitos conflitos que tenho visto entre fornecedores e clientes são fruto da intolerância e da incompreensão da realidade, da importância e mesmo do valor das diferenças de pontos de vista, de opinião, de valores entre as pessoas.
Outra grave conseqüência dessa incompreensão se dá no relacionamento da empresa com a mídia. A intolerância da empresa com a diversidade de opinião e pontos de vista faz com que o seu relacionamento com os meios de comunicação seja truncado, tenso, deformado, cheio de ruídos. Vejo esse problema ocorrer de ambos os lados. Também os meios de comunicação através de seus profissionais têm, muita vez, demonstrado essa intolerância com "pré-conceitos" e modelos mentais estereotipados sobre o mundo empresarial, sobre o capitalismo, sobre o lucro, etc. E a verdade é que a cada dia que passa as empresas mais necessitam de uma rica e profusa comunicação com o mercado.
Vejo com apreensão empresários acharem que a imprensa tem "obrigação" de publicar atos ou fatos de sua empresa que eles (empresários) julgam importantes, essenciais, de alta relevância para a sua cidade ou região. Ocorre que essa importância nem sempre é vista com a mesma ênfase por aquele veículo de comunicação, gerando um forte ressentimento, principalmente nas cidades do interior onde a proximidade com a imprensa é mais sentida. Da mesma forma, a idiossincrasia da imprensa com relação ao mundo empresarial e a incompreensão do seu valor social na geração de emprego e renda pode levar a um distanciamento de difícil compreensão para o empresário que investiu numa nova fábrica, numa nova loja, na geração de riqueza.
Assim, fica claro que é preciso um verdadeiro e genuíno esforço para compreender, aceitar e valorizar a diversidade. Você que é empresário, que é dirigente empresarial ou você que é político, servidor público, trabalha nos meios de comunicação ou onde quer que seja, pense na diversidade humana. A riqueza da sociedade está justamente na diferença entre as pessoas. O que seria do azul, se todos gostassem do amarelo? – diz o ditado popular. E assim, na empresa, na família, na vida, tente fazer um esforço para respeitar as pessoas como elas são – diferentes de você.
Por Luiz Marins
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A Ética do Resultado
Publicado em
07/10/2010
às
09:00
A geração Y possivelmente nunca ouviu falar de Gérson de Oliveira Nunes, jogador de futebol que integrou a equipe campeã mundial em 1970. Seu nome ficou eternizado quando, em 1976, protagonizou uma propaganda de cigarros na qual, após desfilar os diferenciais do produto, proclamava: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”. Assim nasceu a “lei de Gérson”, amplamente estudada por sociólogos e antropólogos, utilizada para designar a natureza utilitarista do brasileiro.
A estabilidade econômica advinda com o sucesso do Plano Real (1994), associada às políticas de transferência de renda da última década, conduziram-nos ao mercado de consumo. Experimentamos com uma defasagem de 50 anos o que norte-americanos vivenciaram em meados do século passado. O controle da inflação e a expansão do crédito fizeram-nos descobrir o prazer de comprar. E isso modificou nossos padrões éticos.
Em ano de eleições esta constatação é cristalina. Não importam os escândalos e desmandos de governos, em todos os seus níveis, revelados pela imprensa. Pouco importa a biografia dos candidatos. Torna-se insignificante a história dos partidos e os conchavos entre as legendas. A sociedade está anestesiada, porque foi entorpecida pela ética do resultado.
Nas escolas privadas, estudantes deixaram de ser aprendizes para se tornarem clientes. Assim, pagam uma mensalidade como quem compra um diploma em suaves prestações, exigindo não qualidade de ensino, mas facilidades para serem aprovados. Vale a pretensa inclusão no mercado de trabalho.
Nas empresas, fala-se em sustentabilidade e responsabilidade social, mas o caixa dois e a sonegação fiscal são ostentados como imperativos para a competitividade. Vale a manutenção do lucro na voraz economia de mercado.
Os cidadãos criticam e queixam-se dos abusos praticados pelos políticos e pelo serviço público, mas não hesitam em trafegar pelo acostamento, pedir desconto ao dentista para realizar um tratamento sem emissão de recibo ou mesmo obter uma carteirinha de estudante forjada para garantir desconto em eventos culturais. Vale a garantia de um benefício pessoal.
Dentro deste contexto, ressurge o princípio maquiavélico de que os fins justificam os meios. Isso explica nossos comportamentos e nossas escolhas. Mas também denota nossos valores e nossa omissão – ou conivência.
Todo processo eleitoral é emblemático para aflorar discussões desta estirpe, porque independentemente da retórica dos candidatos, do tempo de exposição na mídia ou dos recursos financeiros envolvidos em uma campanha, a decisão final é do cidadão que, solitária e sigilosamente, sentencia seu futuro e o da nação diante da urna.
Muito valor é dado às eleições majoritárias, ou seja, aquelas que elegem presidente, governadores e prefeitos. Mas é importante alertar para a relevância extrema das eleições proporcionais, isto é, a que seleciona senadores, deputados e vereadores, pois são estes os que mais próximos estarão do eleitor.
A “lei de Gérson” não sucumbiu, mas apenas ganhou nova roupagem. Precisamos resgatar a ética da intenção em contraposição a esta ética do resultado. Urgentemente.
PS: É dever de um autor instigar, promover reflexões, mas também, sempre que possível, posicionar-se. Por isso, apoio no Estado de São Paulo, meu amigo Fernando Lucas, para Deputado Estadual, por conhecer seu caráter e propósito de vida. Seu número é 25125. Avalie suas propostas em www.fernandolucas.com.br.
Por Tom Coelho
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Como ficar de bom humor e não se aborrecer
Publicado em
06/10/2010
às
09:00
O discípulo se aproxima do mestre e pergunta:
“Mestre, como faço para não me aborrecer e ficar de bom humor.
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes.
Sinto ódio das que são mentirosas.
Sofro com as que caluniam.”
Respondeu: “Viva como as flores.”
“Explicai digno mestre.”
“Repare nas flores. Embora crescem no esterco e tiram suas substancias do adubo mal cheiroso, elas sempre são bonitas e cheirosas. Elas não permitem que o azedume do seu ambiente influencie sua natureza. Portanto:
Viva como as flores.”
Cada um tem suas situações. Mas deixar que os vícios, humor, atitudes dos outros influenciam nosso astral, já é demais. É preciso criar este escudo.
Outro dia, fui numa loja às 8 horas para pedir uma peça para o pára-choque. O atendente, lendo jornal, não percebe minha presença (estava ocupado). De repente fecha o jornal e diz: “Pronto, começou cedo. O que era.”
Eu disse: “Se às oito horas estás com este azedume todo, às 6 da tarde vais estar matando cachorro a grito.”
Procure e tenha um trabalho que você goste. Desta forma o humor vai te acompanhar. E o ambiente vai ser favorável porque você vai olhar tudo com olhos de quem gosta do que faz.
Se você não gosta do que faz, aprenda a gostar do que você faz.
Porque?
Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O consumidor e o dia das crianças
Publicado em
05/10/2010
às
09:00
O Dia das Crianças está chegando e os pais e familiares estão às voltas com a compra dos presentes. Importante notar que alguns cuidados devem ser tomados, especialmente porque, em se tratando de presentes para crianças, todo o cuidado é pouco.
A primeira orientação é não comprar brinquedos “piratas”. Isso porque esses brinquedos não atendem aos padrões de qualidade exigidos aqui no Brasil. Ainda que aparentemente a compra pareça vantajosa, já vimos casos em que a tinta do brinquedo era tóxica e a resistência do brinquedo era inadequada, o que fez com que soltasse peças pequenas que colocaram em risco a criança.
Não se recomenda, portanto, a compra de brinquedos nos faróis e em camelôs porque sabe-se que a procedência dos produtos, nesses casos, não é garantida.
Um parâmetro para a compra de brinquedos é verificar se existe no produto o selo do Inmetro. Ainda que ele não seja uma garantia absoluta, porque em passado recente já houve o recall de brinquedos certificados da Matel, traz sempre uma segurança a mais, que deve ser aliada à compra em estabelecimento de confiança, porque hoje em dia até o selo do Inmetro vem sendo falsificado.
A certificação dos brinquedos, realizada pelo Inmetro, também informa para qual idade eles são recomendados. Brinquedos recomendados para crianças de cinco anos não devem ser adquiridos para presentear crianças mais novas porque geralmente contém peças pequenas que podem ser mal utilizadas. Portanto, ainda que o brinquedo seja perfeito, se for inadequado à idade da criança, poderá ela sofrer danos.
Qualquer que seja o presente, recomenda-se a exigência da nota fiscal porque o valor do imposto já está embutido no preço do produto, o que significa que, se tal documento não for exigido, correr-se-á o risco do lojista sonegar indevidamente o imposto já pago pelo consumidor. Sem falar que algumas lojas exigem esse documento em casos de problemas com os produtos. A exigência da garantia, e de eventuais possíveis trocas, fica muito mais fácil a partir da nota fiscal.
A praxe do mercado é no sentido da possibilidade de trocas de brinquedos e roupas de crianças. Recomenda-se, entretanto, que o consumidor pergunte se a troca é possível, quando não tiver certeza do gosto da criança. Produtos promocionais geralmente não podem ser trocados. Ainda que a impossibilidade de troca deva ser ostensivamente informada ao consumidor, não custa o consumidor prevenir problemas perguntando.
Pesquisar preços também é fundamental. Os preços costumam variar muito de uma loja para outra. Hoje em dia, com a ferramenta da internet, a pesquisa fica mais fácil, podendo o consumidor escolher na loja o produto e depois pesquisar o seu preço na internet, para ter certeza do que está comprando pelo menor preço.
Também é fundamental comprar os presentes com antecedência. Quanto mais perto da data, maior é a possibilidade de não encontrar o produto pretendido e, diante da maior procura, costumam ser menores as promoções e maiores os preços.
Tomando essas cautelas, certamente a compra será adequada. Temos mania de comprar só vendo o preço mas qualidade é fundamental, notadamente em se tratando de presentes para as crianças.
Por Arthur Rollo
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Sucesso - é o nosso desejo profundo
Publicado em
04/10/2010
às
09:00
1º de janeiro.
Não vou falar do ano novo.
Não vou falar que será o início do ano de 2011.
Não vou falar que será o início do ano onde vamos recordar o 11 de setembro de 2001 – recordar o 2001 no 2011 será recordar os primeiros 10 anos do terror em Nova York, onde milhares de pessoas pereceram diante do terrorismo junto às torres gêmeas do World Trade Center.
Vou falar, isso sim, que neste 1º de janeiro, inúmeros brasileiros iniciarão tarefas novas. Tarefas junto à cidade de Brasília – nossa capital federal. Tarefas novas junto às capitais dos Estados brasileiros.
Teremos início de uma nova etapa. Onde junto à Presidência da República teremos novos integrantes, bem como junto à Câmara dos Deputados, Senado da República e também junto às Assembléias Legislativas dos Estados brasileiros.
Será um ano muito interessante para muitos e muito interessante para nós – brasileiros. É o resultado da Democracia. Serão pessoas escolhidas por nós ocupando os maiores cargos da nação. Serão as pessoas que dirigirão nossos destinos e foram escolhidas por nós. Imensa responsabilidade para todos.
Não podemos esquecer: necessitarão muito de nossa ajuda. Sozinhos não conseguirão fazer tudo.
A eles nosso sucesso.
O sucesso dessas lideranças será o nosso sucesso.
O sucesso de nossa nação.
Por David Iasnogrodski
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A importância de solenizar
Publicado em
03/10/2010
às
09:00
Uma grande empresa decidiu, após muitos estudos e consulta a seus funcionários, montar um gabinete dentário completo dentro da fabrica. Um dentista foi contratado e, sem qualquer cerimônia especial, num certo dia, o dentista começou a atender os operários.
Conversando com esse dentista, ele me disse que sentia uma “frieza” por parte dos funcionários. Fazia oito meses que o gabinete dentário estava funcionando. Ele mesmo tinha andado várias vezes pelas oficinas da fábrica colocando-se à disposição dos funcionários que pareciam, segundo ele, não valorizar o fato de a indústria ter colocado um gabinete dentário somente para atendê-los.
Por sua vez, a diretoria da fabrica dizia: “Não adianta fazer nada para os operários. Gastamos milhões de reais num gabinete dentário completo e os operários nem valorizaram, nem apareceram para fazer tratamento. E é tudo gratuito!”
Quando fui comunicado dessa situação, perguntei logo como foi que o gabinete dentário foi colocado na indústria. A resposta veio simples e direta. “- Reformamos a sala, adquirimos os equipamentos e contratamos o dentista e mandamos um memorando para todos os chefes e colocamos um aviso no quadro de avisos: - ‘A PARTIR DA PRÓXIMA 4ª FEIRA HAVERÁ UM DENTISTA ATENDENDO NO NOVO GABINETE DENTÁRIO. AS CONSULTAS E TRATAMENTOS SÃO GRATUITOS. FALE COM SEU SUPERVISOR A RESPEITO.’”
Confesso que foi difícil convencer os diretores da fábrica sobre qual tinha sido o erro cometido.
Imediatamente propus que fosse feita uma cerimônia de “Inauguração” do Gabinete Dentário, com a presença de todos os funcionários (num final de expediente ou troca de turma) e com as seguintes providências adicionais e absolutamente necessárias:
• Colocar uma placa como o “nome” no Gabinete. Esse nome, deveria ser escolhido pelos próprios funcionários com antecedência para que no dia da inauguração a placa já estivesse pronta e colocada;
• Cobrir a placa com um pano com as cores da empresa, para que fosse descerrada pelo presidente da empresa (que deveria comparecer no dia da inauguração), juntamente com o funcionário mais antigo, o funcionário mais novo, o dentista e o gerente da fábrica. O representante do Sindicato ou da Comissão de Fábrica, também deveria participar do descerramento da placa;
• Colocar uma fita na entrada do Gabinete Dentário para ser desatada pela operária mais antiga, pela mais nova, juntamente com o presidente da empresa;
• O presidente da empresa deveria fazer um discurso;
• Um representante dos operários deveria fazer um discurso;
• Após o descerramento da placa e desatamento da fita, todos seriam convidados a visitar o Gabinete Dentário, percorrendo suas instalações;
• Após a cerimônia (bastante formal) haveria alguma coisa para comer e beber, servido aos operários.
Os diretores da indústria disseram sentir-se envergonhados de fazer tudo aquilo. Sentiam-se como “políticos em campanha”. Expliquei que tudo aquilo era absolutamente necessário para que todos os beneficiados “incorporassem” o novo gabinete dentário.
Tudo foi feito como pedi. O sucesso foi enorme!
Nas semanas e meses que se seguiram, todos os operários comentavam o novo benefício. O Sindicato dos trabalhadores enviou uma carta à empresa elogiando a iniciativa. O dentista teve um trabalho oposto ao que sentia anteriormente: teve que organizar um horário para atendimento dos muitos operários que agora desejavam tratar de seus dentes.
Afinal, o que aconteceu?
Será que os operários não sabiam da existência do gabinete dentário antes da sua “inauguração”, que se deu oito meses depois de aberto ao atendimento?
Uma das coisas mais importantes no Brasil é “solenizar” ou “cerimonializar” os atos na empresa. Todos os atos importantes, para serem vistos como realmente importantes, precisam ser cerimonializados, solenizados. E como todo “rito” deve ter “discurso e comida”.
Não há cerimônia em nenhuma sociedade que não tenham esses dois componentes essenciais. “Ouvindo e comendo ou bebendo” é que as pessoas realmente introjetam o fato ou acontecimento passando a incorporá-lo definitivamente. Assim são nos casamentos, batizados, aniversários, etc.
Assim, um dos mais sérios erros que as empresas podem cometer é a de simplesmente colocar para funcionar as coisas sem a devida atenção ao “como” essas coisas são colocadas para funcionar.
Demos o exemplo de um gabinete dentário que é um espaço físico, com equipamentos, etc. No entanto, essa mesma orientação vale para qualquer outra coisa. Por exemplo, a adoção de um novo uniforme, a adoção da obrigatoriedade do uso de crachás, a incorporação de novos veículos numa frota, etc. etc.
No Brasil, com o homem brasileiro, nada dever ser feito sem se estudar o “como” será introduzido na empresa, sob pena de ver-se a sua utilização minimizada, desvalorizada ou mesmo malversada. Na Europa, nos Estados Unidos, onde a sociedade não é oral e auditiva como a brasileira, essas providências não são fundamentais. Porém, o homem brasileiro é diferente e precisa ser tratado diferentemente pela empresa.
Experimente “solenizar” e “cerimonializar” algumas coisas essenciais na sua empresa daqui para frente. Você verá a diferença. Você verá que as pessoas passarão a realmente “incorporar” as mudanças ocorridas e passarão a segui-las e atendê-las mais facilmente. A comunicação de fato se estabelecerá. Os objetivos ficarão mais explicitados e a importância do fato será realmente sentida e avaliada. Tenho visto muitas empresas perderem tempo, recursos, energia, por não compreenderem essa verdade antropológica do homem brasileiro. Não cometa o mesmo erro. Experimente.
Por Luiz Marins
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A vida é assim
Publicado em
02/10/2010
às
09:00
A vida é como ela é e não como a gente gostaria que fosse. Então, temos agir para fazer ela como a gente gostaria que fosse, se é que ainda não foi feito. Este desafio e esforço que cada um empreende em sua vida é caminho de cada um. Não temos escolha, senão tirar o melhor de tudo isto.
Nas palavras de Francisco Candido Xavier, um resumo: Nasceste no lar que precisavas. Vestiste o corpo físico que merecias. Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é que elegestes espontaneamente para a tua realização. Teus parentes, amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na tua jornada.
Não reclames, nem de facas de vitima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograme tuas metas, busque o bem e viverás melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
A palavra Entusiasmo, significa ter deus dentro de si. Por isto os vencedores das maratonas gregas eram chamados de entusiastas. Todo tem o poder de mudar nosso ambiente. Todos têm o poder de deus, independente da concepção que temos, dentro de nós.
Uma menina de onze anos, recentemente, desabafando comigo disse: É sofrimento e mais sofrimento. Aulas, temas, provas. A gente sofre, sofre e depois morre. Não entendo isto. Acrescentou: Se Deus criou o mundo, quem criou Deus? Chamo isto de ansiedade sagrada. Querer compreender, de onde viemos, para onde vamos, porque estamos aqui. Já sou adulto e tenho a mesma ansiedade sagrada.
Por isto. A vida é como ela é e não como a gente gostaria que ela fosse. Tiremos o melhor, o máximo de todos os momentos, mesmo se não entendermos direito porque estamos fazendo tudo isto.
Às vezes, é melhor não se aprofundar filosoficamente para tentar entender as coisas e manter as coisas simples. Seja feliz, faça o melhor que puder em tudo e as conseqüências tem uma grande probabilidade de darem certo e você sentir isto na carne e na alma.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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A interferência dos planos de saúde no tratamento do consumidor
Publicado em
01/10/2010
às
09:00
Há tempos existem notícias de que os planos e seguradoras de saúde interferem indevidamente na conduta dos médicos.Isso acontece para reduzir os custos nos tratamentos e nos diagnósticos.
Os médicos são orientados pelas empresas a pedir exames mais simples, em detrimento de exames específicos e mais detalhados; a conceder alta a pacientes que não têm condições; a mandar para o quarto consumidores que deveriam permanecer na UTI, tudo isso objetivando reduzir despesas.
A condução do tratamento é privativa do médico que assiste o consumidor. Quem decide se deve ser administrado este ou aquele medicamento ou adotada esta ou aquela conduta médica é o profissional responsável e não a empresa contratada pelo consumidor.
Existem decisões reiteradas dos nossos Tribunais no sentido de que: "É preciso ficar bem claro que o médico, e não o plano de saúde, éresponsávelpelaorientaçãoterapêutica.Entenderdemododiversopõeemriscoavidadoconsumidor.", conforme decidido exemplificativamente pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do recurso especial número 668.216, relator o Ministro Menezes Direito.
É o médico quem sabe se o paciente tem condições de ir para casa. Existem, infelizmente, doentes crônicos que são mandados para casa sem a mínima condição, por mera questão de economia. Em casos que tais, se mais adequado o tratamento médico domiciliar, a seguradora e o plano de saúde são obrigados a fornecer o "home care", ainda que não haja cobertura contratual nesse sentido.
Se o médico indicar, o tratamento domiciliar pode substituir a internação porque é mais barato para as empresas e mais digno para o consumidor, que fora do ambiente do hospital está mais preservado em todos os sentidos.
Os exames devem ser sempre os adequados, até porque cabe ao médico a responsabilidade pelo diagnóstico eventualmente incorreto que vier a fazer, sem falar que para os planos e seguradoras de saúde o erro também representa prejuízo, significando a promoção de tratamento inócuo.
As despesas referentes a alguns medicamentos, inclusive administrados na casa do paciente, podem ser da responsabilidade dessas empresas, porquanto o tratamento quimioterápico, por exemplo, pode ser administrado em casa, no ambulatório e no hospital. Como os contratos prevêem a cobertura do tratamento em si, todas as suas etapas estão englobadas. Já existem diversas decisões judiciais nesse sentido, obrigando o pagamento de medicamentos administrados em casa.
Os planos e seguradoras de saúde continuam, infelizmente, negando pleitos legítimos dos consumidores interferindo na conduta dos médicos. Isso só acontece porque ainda é pequeno o número de pessoas que recorre ao Judiciário. Se todos passarem a exigir os seus direitos, esse quadro tende a mudar.
Por Arthur Rollo
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Esta "balzaquiana"!
Publicado em
30/09/2010
às
09:00
Sim, “balzaquiana”.
Mas sempre jovem.
A cada ano, mais jovem...
Sempre procurando se renovar. em tudo!
Adora os “olhares” de todos.
Iniciou “pequena”.
Como todos.
Hoje, apesar de “balzaquiana” está enorme.
Não obesa... Não pensem mal!
Está grandiosa.
Está com fama internacional.
Iniciou suas atividades numa praça.
Praça central.
Praça central de uma cidade.
Praça central de uma capital de Estado.
Hoje continua suas atividades na mesma praça. Com os mesmos bancos...
Mas já tem seu desenvolvimento atravessando ruas...
Isto tudo sendo uma “balzaquiana”.
“Balzaquiana” alegre. Muito alegre...
“Balzaquiana” culta e levando cultura a uma multidão.
Multidão de pessoas.
Multidão de jovens. De adultos.
Multidão esta que vem sempre acompanhando, passo a passo, o crescimento desta “balzaquiana”.
Acompanham em conversas.
Acompanham em sessões literárias. Em palestras. Em encontros musicais. Em seminários.
Acompanham através de inúmeros canais de comunicação que se instalam junto à área das atividades normais desta “balzaquiana”.
Acompanham nas áreas de alimentação que se instalam junto a esta praça e arredores.
Todos com o fim precípuo de participarem, e com muito orgulho e abnegação, das inúmeras atividades que se juntam ao longo dos dias em que esta “balzaquiana” fica presente entre nós.
É com muita satisfação que apresento “a balzaquiana”. Vocês já devem estar afoitos em saber. Não é verdade?
Ela é: “Feira do Livro de Porto Alegre”, que neste 2008 está completando 54 anos de vida. Vida contínua.!
Iniciou pequena, como mandam todas as cartilhas.
Hoje, com o passar do tempo, se tornou grande e moderna. Se adaptando sempre ao tempo e as novas tecnologias, mas nunca esquecendo o seu passado.
Passado de glórias.
Passado onde mostrou a todos quantos a visitavam a importância do livro.
Livro, livro, livro...
Sempre livro! O companheiro de nossas cabeceiras...
O companheiro de todos os momentos – alegres e/ou tristes.
“Para progredir em tudo, necessitamos de um ou mais livros...”
Feira do Livro de Porto Alegre, instalada desde o início na tradicional Praça da Alfândega, no centro histórico da capital dos gaúchos.
Cresceu. atravessou a rua.
Cresceu em atividades.
Cresceu em beleza. Em estrutura. Em organização.
Mas não esqueceu seu passado: o livro e seus iniciadores.
Feira do Livro de Porto Alegre – neste 2008 estará na praça a partir de 31 de outubro até 15 de novembro.
Está chegando a hora! Se aprontem...
É a hora de estarmos, mais uma vez, com chuva e/ou com sol, junto à “Praça dos livros”. Junto aos livreiros. Junto aos autores e suas tradicionais sessões de autógrafos. Sempre muito povoadas!
Junto aos livros. Livros em oferta! Livros de lançamento! Livros...
“Balzaquiana”! Nos encontraremos lá!
Eu convido a todos vocês a estarem comigo e com os livros na Feira do Livro de Porto Alegre –31 de outubro a 15 de novembro – um dos maiores eventos culturais ,ao ar livre, do mundo.
Tudo em Porto Alegre.
Ia esquecendo: a tradicional sineta (uma das características da Feira do Livro de Porto Alegre) estará, novamente, presente...
Por David Iasnogrodski
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O Poder de Transformar menos em mais nas Próximas Eleições
Publicado em
29/09/2010
às
09:00
Ao realizar a leitura do título desse artigo, você pensou tratar-se de um assunto chato e sem aplicabilidade. Mas, qual a importância do seu voto? Que poder transformador você possui para as próximas eleições? Seria ético vender o voto e depois aceitar, pacificamente, atitudes ilícitas do seu candidato? Você, que já participou de uma palestra comigo, sabe perfeitamente o quanto busco ser prático em oferecer soluções na busca por resultados. E nesse artigo, não quero ser diferente. Como o índice de indecisos é significativamente alto para todos os cargos a serem ocupados nas próximas eleições, os partidos políticos estarão usando, além do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão, muito mais as mídias sociais e o contato pessoal para “fisgar” eleitores, ainda sem definição de votos. Observe, os itens abaixo e perceba, o poder mágico de transformar menos em mais, nas próximas eleições.
Você quer uma reforma ou uma transformação – Em decorrência do comodismo, estabilidade ou insegurança, o desafio de aceitar uma transformação, gera conflitos e uma sensação de desconforto. Quantas pessoas você conhece, que reclamam constantemente da política? Você conhece pessoas que reclamam diariamente que o Governo não faz nada por elas? Mas o que essas pessoas fazem na prática, no momento de votar? Simplesmente reclamam e, não praticam nenhuma transformação. Aceitam pacificamente trocar seus votos, por discursos sem fundamentação. Há políticos que prometem uma reforma, mas não querem assumir o compromisso de realizar uma transformação. Dedicam-se em descrever mais sobre suas biografias, infância, família, militância, mas as propostas para a área de segurança pública, saúde e educação são abandonadas. Uma pessoa, que somente reclama e não coloca em prática uma mudança está contaminado com um vírus, chamado comodismo. Como pessoas livres e de bons costumes, precisamos colocar um ponto final em promessas de reforma. Será preciso contar com sua atitude de exigir com maior veemência uma transformação, para uma política justa e perfeita para toda população.
Você procura um candidato herói ou vilão - Em um filme, novela, seriado ou peça teatral, o vilão leva sempre uma vida tranquila, recebendo praticamente tudo pronto e sempre envolvido em uma atmosfera de comodismo. Com freqüência, utiliza de ironia para se relacionar com as outras pessoas, usando de agressividade e abuso de poder, entretanto, no final, quase todas as armações são descobertas. O herói por outro lado, está sempre estudando, com dignidade, empenho, determinação e somente se torna reconhecido, após muito tempo de trabalho. Um vilão ao contrário de apresentar propostas concretas para a questão ambiental oferece desculpas, dizendo que a destruição do planeta, faz parte do processo de crescimento industrial. Perceba se durante a campanha eleitoral, o candidato demonstra ser um “personagem”, com a intenção de mostrar algo a mais na prática, que na realidade está distante da realidade.
No meu livro “Menos pode ser Mais”, relato que “a vida apresenta diariamente duas escolhas e, cada pessoa, pode parar nos obstáculos ou, aprender por meio, das próprias superações. Pode acreditar na derrota ou, fortalecer a emoção pela vitória. A quantidade de letras é semelhante para as duas escolhas, da mesma maneira, como para imaginar e para realizar”. Neste momento de período eleitoral, perceba sua capacidade de escolha em optar por alguém pertencente ao “time do menos”, ou eleger uma pessoa com paixão em servir, que busca ser do guerreiro, competente e vibrante “time do mais”. Qual será sua escolha?
Por Dalmir Sant’Anna
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O rei tudo pode
Publicado em
28/09/2010
às
09:00
Mesmo vivendo numa democracia, tem horas que acredito que o nosso primeiro mandatário se acha um rei absoluto. Ele tudo pode, passa por cima do decoro e da liturgia do cargo visando única e exclusivamente sua vontade de eleger a sua preferida, que com certeza logo após a sua posse — o que espero não venha a ocorrer — irá mandar este déspota para o seu devido lugar, que é Garanhuns.
Lá esse senhor bem que poderia contratar o novo Calabar mineiro para ser o seu primeiro ministro, pois afinal Minas tem agora um segundo traidor famoso que mandou às favas o partido, em troca de sua vaidade pessoal, ou talvez, do rabo de saia de alguma miss cafona do interior.
Ando enojada com o que vem acontecendo, os escândalos afloram todos os dias e a plebe não percebe nada, acha que tudo anda muito bem, afinal agora ela tem geladeira e fogão a gás, como se isto fosse uma esmola do rei e, não, do próprio esforço de cada miserável. Este povo tão espoliado não enxerga um palmo à sua frente e não tem a capacidade de perceber a realidade que sua ignorância não permite. Eles não leem, não se interessam, não estudam e ficam felizes com as migalhas que caem do banquete real e que de certa forma permitem que continuem vivos, apesar do seu estado crônico de mendicância — condição esta que a sua própria preguiça mantém, pois a esmola permite e fornece a farinha de mandioca e a pinga diária, como acontecia na época da escravidão, ocasião na qual eram até mais valorizados por possuírem valor de revenda no mercado escravagista.
O povo ignorante e inculto provavelmente manterá para sempre essa realidade política de nosso país, já que para a ralé “pão e circo” é a droga oferecida pelos poderosos, droga barata e que garante a sua permanência no poder infinitamente.
Escândalos, denúncias, roubos e corrupção aparecem diariamente, mas nada abala o prestígio dos que mandam, afinal, os ignorantes eleitores brasileiros estão mesmo é preocupados com o futebol, as mulheres frutas, os reality shows e tudo aquilo cujo único objetivo é desviar a atenção e manter a manada na mais santa ignorância e alienação.
Pobre Brasil, que destino inglório o aguarda! Sairá um rei absoluto, porém se entrar a rainha ressentida, o que será de nós que ainda temos condições de nos indignarmos com tão vergonhosa realidade?
Por Sylvia Romano
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Conheça antes a cultura da empresa para não se decepcionar depois
Publicado em
27/09/2010
às
09:00
As empresas são compostas por pessoas de diversos níveis culturais, religiosos, sociais, filosóficos, e com diversas maneiras de pensar e agir, mas tendo que se adaptar a um só modelo de pensar e agir, o da cultura da própria empresa.
Cultura empresarial ou organizacional em linhas gerais é a maneira de ser da empresa ou como ela faz as coisas, são seus valores agregados deste a fundação e carrega muito da personalidade do fundador ou do dono da empresa, e estes valores e maneira de agir passa para seus diretores e gerentes e são absorvidos pelos empregados de todos os setores; tem o seu lado positivo, mas também tem seu lado negativo, pois bloqueia muito a criatividade dos funcionários.
È muito difícil mudar a cultura de uma empresa, este tem sido um desafio para consultores organizacionais quando da implantação de sistemas ou de ferramentas de controle e gestão, tais como: Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Plano de Marketing, Balanced Score Card (BSC), Fluxo de Caixa, Controles de Estoques, Ponto de Equilibrio, Avaliações de Desempenho, Indicadores Financeiros e de Qualidade e outros; o máximo que se consegue, é fazer algumas adaptações às culturas organizacionais para se conseguir algum sucesso nessas implantações.
Neste caso as empresas (empresários ou donos) não mudam sua maneira de pensar ou sua cultura empresarial, os funcionários é que tem de mudar sua maneira de agir adaptando-se a maneira da empresa, seja essa maneira correta ou não. Esta é a primeira dificuldade que o novo funcionário encontra; deixar de lado tudo aquilo que ele aprendeu ao longo de sua carreira, na escola, na família, na comunidade, na igreja, em outras empresas, para agir de acordo com o novo modelo (nova cultura empresarial).
Essa nova maneira de agir não mudou a sua maneira de pensar, continua com seus valores e princípios arraigados, só mudou a sua maneira de agir. Essas mudanças que o funcionário não esperava encontrar, pois desconhecia a cultura da empresa, pode causar uma frustração levando-o até mesmo á uma depressão, com queda de produtividade e constituindo um fardo toda manhã, ao ir ao trabalho, e acabam não vestindo totalmente a camisa da empresa.
As literaturas de gestão mostram que o conhecimento mais experiência, faz com que as pessoas mudem de atitude ou a maneira de ser; mas todo conhecimento depende de informação que retida e aplicada gera experiência.
Quando eu consigo mudar o meu comportamento que é a maneira de agir eu também consigo incentivar e até mudar o grupo ou os funcionários.
Um dos fatores de dificuldade é que os executivos estão distantes do grupo, passa a maior parte do tempo em reuniões e depois assinando papéis que deixou por causa da reunião. Outro fator é que a empresa só está preocupada com o cliente externo e com o lucro, mas esquece que o funcionário também é um cliente interno e que tem suas necessidades como o cliente externo, lembrando-se dele somente quando ele sai e vai para a concorrente.
Algumas empresas têm dificultado e até mesmo impedido o crescimento profissional de funcionário não permitindo seu aproveitamento em outros setores ou fazendo um rodízio funcional com os mesmos, oxigenando assim seu plano de carreira.
Para minimizar estes conflitos e dificuldades, da parte da empresa, quando da contratação, colocar claramente a cultura da empresa para que o candidato analise se seus princípios e maneira de pensar estão alinhados com os da empresa; buscar mais informações e capacitar melhor seus dirigentes para que sua cultura empresarial seja mais flexível, procurar ouvir seus funcionários, expor claramente o que deseja deles, fazer com que participem mais das decisões e objetivos da empresa, atender as necessidades emocionais com elogios e responsabilidades a altura do seu empenho; da parte dos funcionários, maior empenho, procurar entender melhor os objetivos da empresa, conhecer a si mesmo, administrar sua reputação, construir e manter contatos, manter-se atualizado, não ser resistentes a mudanças, equilibrar suas competências especialistas e generalistas, documentar suas realizações e trabalhar para a empresa como fosse seu próprio negócio.
Desta forma estará pensando como a empresa pensa e agindo coerentemente com a cultura da empresa. Neste caso é a razão que prevalece, e o contratado não perde seus valores e seus princípios.
Por Claudio Raza
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O medo do Código de Defesa do Consumidor
Publicado em
26/09/2010
às
09:00
Os bancos têm medo do Código de Defesa do Consumidor. A prova disso está na propositura da ação direta de inconstitucionalidade 2.591 que, recentemente julgada, ratificou a aplicabilidade dessa lei às instituições financeiras.
As operadoras de planos e seguros de saúde também têm medo do Código, porque, com base nele, têm sido contidos inúmeros abusos, como a negativa do pagamento de “stent”, considerado prótese cardíaca, aumento de faixa etária para idosos, contrariando o estatuto do idoso, etc..
São tantas as decisões judiciais contrárias às operadoras que estas, valendo-se de uma brecha da lei, estão se recusando a firmar contratos individuais e passando a celebrar, exclusivamente, contratos coletivos.
Nesses contratos coletivos os segurados firmam a minuta através de uma empresa, que pode ser a sua empregadora, uma entidade de classe, uma associação civil, etc..
Muito embora a divergência pareça sutil, essa estratégia dificulta sobraneira a proteção do segurado e, por vezes, até a inviabiliza.
A primeira dificuldade consiste na propositura da ação. A relação entre o segurado e a sua entidade pode ser trabalhista, caso o seguro coletivo seja contratado através da empregadora, ou de direito civil, na hipótese do contrato ser firmado através de entidade de classe ou de associação civil. Traduzindo: não pode o segurado invocar o Código de Defesa do Consumidor contra essas empresas com as quais contrata diretamente, porque a relação que mantém com elas não é de consumo.
De outra parte, em princípio, também não pode o segurado promover a ação diretamente contra a seguradora, porque com ela não mantém relação direta. Sem falar que a relação jurídica mantida entre a seguradora e a empresa é de direito comercial, o que também afasta a possibilidade de se invocar a condição de consumidor.
Essas peculiaridades das relações jurídicas fazem toda a diferença, uma vez que a própria lei que regula os planos e seguros de saúde, 9656/98, protege menos aquele que possui seguro saúde coletivo, impondo ressalvas no seu art. 31.
O segurado que contrata individualmente seguro saúde ostenta a condição de consumidor, o que lhe traz uma série de vantagens em relação àqueles que contratam de forma coletiva. A seguradora, consoante inúmeras decisões judiciais nesse sentido, não pode expulsar o segurado, notadamente quando ele está mais necessitado, por razão da idade ou por motivo de doença.
Já aquele que contrata o seguro de forma coletiva pode perder o seu contrato a qualquer momento. Para tanto, basta que a seguradora rescinda o contrato que mantém com a empresa, o que pode acontecer sem maiores obstáculos.
O contrato individual só pode ser reajustado de acordo com o que está previsto na minuta, ou seja, de acordo com as faixas etárias estabelecidas e, anualmente, conforme a inflação. Já no contrato coletivo, anualmente, podem ser embutidas outras perdas o que, na prática, significa a possibilidade de um aumento maior.
Ainda que, num primeiro momento, a opção por um contrato coletivo pareça mais vantajosa, tanto em relação ao preço quanto a coberturas, porque as seguradoras estão buscando atrair os consumidores para “arapucas”, não devem aqueles que possuem contratos individuais optar por contratos coletivos.
Pode-se dizer que hoje quem tem contrato coletivo está desprotegido pelo Código de Defesa do Consumidor, o que significa que as seguradoras de saúde foram mais hábeis que os bancos, porque conseguiram uma forma de evitar a aplicação da relação de consumo.
O Judiciário, no entanto, está aí para corrigir as injustiças. E essa, sem dúvida, é uma injustiça realizada pelo nosso legislador. Tendo em conta o crescente número de planos coletivos, entendemos que o Judiciário terá que encontrar uma forma de aplicar o Código de Defesa do Consumidor a esses contratos, continuando a resguardar especialmente os mais necessitados, idosos e doentes que, em caso de rescisão contratual, dificilmente conseguirão novos contratos, em condições aceitáveis. É o que esperamos.
Entendemos que mesmo aquele que contrata coletivamente seguro de saúde deve receber a proteção integral do Código de Defesa do Consumidor, o que implica na impossibilidade de expulsão, de aumentos extorsivos, etc.. Até porque o entendimento diverso prestigiaria a má-fé das seguradoras, que estão evitando os contratos individuais porque têm medo do Código de Defesa do Consumidor.
Por Alberto Rollo
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Treinar (E Bem) A Sua Equipe. O Segredo do Bom Gerente de Vendas
Publicado em
25/09/2010
às
09:00
Parece não haver nenhuma dúvida de que o Gerente de Vendas é pessoa chave numa empresa. As suas funções são tão múltiplas e importantes que todas as empresas buscam, com todo o empenho, encontrar o homem ideal, perfeito, para o preenchimento desse cargo.
Encontrar em Gerente de Vendas, bom profissional, leal, consciente de sua importância e papel vem sendo um desafio cada vez maior. Neste documento, procuraremos abordar, de maneira sucinta, alguns aspectos relevantes da função de Gerente de Vendas.
Um Gerente de Vendas, geralmente tem sob a sua coordenação, supervisores de equipe ou chefes de equipe ou grupo de vendedores, seja qual for o nome dado.
Fazer com que esses grupos vendam e vendam bem, com qualidade e quantidade, é o principal objetivo do gerente. Isto parece óbvio. Assim, recrutar bons vendedores e bons supervisores, parece ser uma das primeiras e mais importantes funções do Gerente de Vendas.
Como "recrutador de pessoal" o gerente de vendas tem que conhecer aspectos muito importantes do seu trabalho, de sua região, de suas metas, e conhecer também um pouco de psicologia, de técnicas de recrutamento, para poder proceder a uma seleção adequada de supervisores e vendedores.
Todos os Gerentes de Vendas já tentaram recrutar pelos meios convencionais de anúncios em jornais, rádios, etc. O resultado tem sido cada vez mais desastroso.
Aparecem os mesmos "picaretas" que foram dispensados ou "saíram" de outras empresas e, portanto vêm cheios de "vícios" difíceis de consertar.
A experiência tem demonstrado que a utilização de vendedores egressos de concorrentes nem sempre dão certo e a maioria absoluta das vezes, dão errado e muito errado.
Anúncios abertos, claros, dizendo tratar-se de VENDEDORES específicos, têm esbarrado nos preconceitos que infelizmente ainda existe entre os profissionais de vendas.
Anúncios fechados, que omitem do que se trata, às vezes dão certo. Mas aí, exige-se uma habilidade muito grande do recrutador/selecionador para que a descoberta se faça na hora certa, da maneira correta e não fique o candidato com a sensação clara de ter sido enganado, logrado, passado por otário. Aqui aparecerão os vendedores sem experiência nos ramos ou mesmo sem experiência alguma em vendas.
Assim, o gerente parece estar num dilema. Ou contrata pessoas com vícios de origem e que dificilmente farão vendas honestas, boas, etc., ou contratam sem experiência alguma no ramo ou mesmo em vendas em geral. Qual será a melhor opção?
Não existem receitas prontas. Cada caso é um caso.
Depende do vendedor, de sua experiência anterior, das empresas em que trabalhou, e assim por diante em se falando da primeira hipótese. Com relação à segunda, i.e., vendedores sem experiência, o esforço da gerência de vendas e da supervisão devem ser muito grandes, envolvendo um grande trabalho de treinamento.
Particularmente, acredito mais em recrutar, vendedores sem muita experiência. Digo isto porque não há no mercado profissionais bons disponíveis. Os disponíveis são ruins.
Assim, creio, não restam muitas alternativas ao Gerente de Vendas a não ser recrutar vendedores inexperientes e empreender um grande e tenaz esforço de TREINÁ-LOS, ENSINÁ-LOS.
E aqui parece estar, sem dúvida a grande base de trabalho do Gerente de Vendas.
Ele tem que se travestir de PROFESSOR e de PROFESSOR DE VENDAS e tomar a peito a tarefa, às vezes não fácil, nem gostosa, nem muito rápida em termos de resultado e ação, de ENSINAR O SEU VENDEDOR, TREINÁ-LO.
E muitos poderão perguntar: "Como treinar?"
Treinar um vendedor é principalmente sair a vender com ele. É explicar-lhe os produtos e pedir que ele repita para ver se compreendeu item por item do que for importante para a boa venda. É verificar o seu estado de espírito e trabalhar para melhorá-lo. É ensina-lo a entrar num escritório, a apertar a mão do cliente, a sentar-se, a vestir-se. É, muitas vezes, fazer ou refazer o homem!
É ensina-lo a usar agenda, marcar compromissos e chegar nos horários, a aproveitar bem o tempo em geral, das salas de espera, dos bares, etc. sempre buscando insumos para a sua profissão de vendedor.
É fazer com que ele tenha completa segurança sobre o produto fazendo-o passar por uma bateria de perguntas de seus colegas, do supervisor e de Você, Gerente.
Ensinar é fazer junto. É pegar na mão e ensinar como se dizia antigamente. É não "supor" que ele já sabe... Lembre-se que ele não sabe nada ou pouco sabe. O que ele diz que sabe é de vergonha de dizer que não sabe! Finja que acredita e "recorde" com ele o que ele dizia já saber...
A tarefa é, sem dúvida, árdua. Mas creio com convicção que somente através desse esforço é que conseguimos "formar" Vendedores. E é o que estamos precisando e todo o mercado está sentindo!
Todos sabemos que o potencial do mercado é bom, excelente mesmo. Todos sabemos que o perfil do cliente mudou.
Os vendedores que temos, com raras e honrosas exceções não têm o necessário gabarito para enfrentar o novo cliente. O nosso vendedor é fraco, às vezes ignorante demais, embora possa ter muito boa vontade.
É PRECISO MUDAR!
E essa mudança só será feita com muito treinamento, dedicação, acompanhamento, supervisão eficaz e muito boa vontade dos Gerentes de Vendas e dos Supervisores, outra "avis rara" em nosso meio.
TREINAR, TREINAR e TREINAR é, pois a principal tarefa do Gerente de Vendas.
Acompanhar, de perto, de fato, seus supervisores e vendedores. Treina-los em serviço, indo junto, vendendo junto, avaliando as vendas após cada visita, exigindo relatórios, fazendo reuniões e tomando com seriedade essas funções. Para isso é que são os Gerentes de Vendas. Eles não foram feitos para ficar em salas com ar condicionado, lendo relatórios e esbravejando com seus supervisores.
Pelo menos por enquanto, não. Um dia, talvez. Hoje um Gerente de Vendas para ter sucesso, tem que "molhar a camisa" e criar a "sua" fiel e bem treinada equipe de supervisores e vendedores, se quiser experimentar o sucesso.
Por Luiz Marins
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Voltei
Publicado em
24/09/2010
às
09:00
Espero que voltei para ficar...
Espero que voltei para continuar minhas atividades.
Voltei depois de uma tendinite nos dedos das mãos.
No plural! Sim, no plural.
Uma em cada mão.
Não foi fácil. Sei que muitos de vocês sofrem deste mal da informática, ou melhor, das atividades repetitivas.
Não está sendo fácil este reinício. O “quase” início das minhas atividades de digitação.
Agradeço alguns telefonemas e os e-mail indagando o “porque” da não continuidade das minhas crônicas.
Perguntava eu; “Não querem mais ou estão agradecidos de não tê-las mais no convívio de vocês...” Alguns me respondiam... Outros não me respondiam... “Quem cala consente!”
Mesmo assim fiquei contente!
Ao mesmo tempo digo a vocês que é só “nos sofrimentos” que a gente vê a fragilidade do ser humano. Não é verdade?
Ainda não estou perfeito. Mas, com a graça de Deus, chegarei lá. Tenho certeza!
Mas já posso escrever estas “mal traçadas linhas”.
Não sei como iniciou, só sei que “num repente” fiquei com uma enorme dor. E que dor!
Mas está passando...
Já passou!
Já estou aqui novamente.
Para gáudio de alguns e tristeza de outros...
Não é assim?
Bem, vamos ao que interessa.
Primavera.
A estação mais gostosa...
Está aí.
Como será o clima nestes desacertos climáticos? Será que teremos uma primavera “como antigamente” ou só ficará a primavera do calendário?
Bem ela está aí.
Vamos todos curtir esta estação do ano tão esperada por muitos.
...
Vocês acham que eu não ia escrever a respeito da Muza da Copa?
Não escrevi antes em função de que não podia.
Escrevo agora. Esteve em Porto Alegre. Num Shopping. Fornecendo muitos autógrafos. Mais do que muitos autores famosos...
Todos queriam vê-la – A Muza da Copa.
E ela ali. Lépida e Faceira.
Ela e todos aguardando a revista e suas fotos... Que fotos!!!!
...
Por hoje é só...
Por David Iasnogrodski
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Faça Pós-Vendas Pra Valer!
Publicado em
23/09/2010
às
09:00
Pós-vendas é o tipo de assunto que ainda deixa muito a desejar. São poucos os vendedores que fazem uma pós-venda de qualidade e infelizmente a visão imediatista e de curto prazo ainda predomina na mentalidade e nas ações de nossos profissionais.
Pós-vendas não é término, mas sim o recomeço de uma nova venda, de um relacionamento que pode e dever ser de longo prazo, seja por meio de uma nova venda, oferecer um serviço agregado ou receber indicações para prospectar novos clientes. Vamos pensar juntos em como melhorar esse quesito para que logo, logo, ele receba uma nota deeeezzzzzzz.
Certifique-se de que esteja tudo certo. Logo após a venda e entrega do produto procure ter certeza de que esteja tudo a contento. Ligue para o seu cliente e pergunte se precisa de algo, se tem alguma dúvida ou se o desempenho do produto está satisfatório. Faça com que ele tenha a certeza de que fez um bom negócio e assim fique mais seguro e certo de que comprou da pessoa certa. Arranje um tempo na sua agenda para cercar de cuidados e carinho aquele que paga o seu salário.
Conheça bem o processo de assistência técnica da sua empresa. Sempre esteja em contato com esse pessoal, eles também fazem parte da equipe de vendas e são um elo importante nessa corrente. Além de estudar e conhecer bem o aspecto técnico do seu produto é importante conhecer a fundo quais são as políticas e diretrizes que sua empresa tem em relação a troca, devolução e consertos. Nada de "isso não é comigo!" Tudo o que tem a ver com o seu cliente é um problema seu!
Resolva as pendências. Procure começar o dia resolvendo sempre os pepinos. Você está mais disposto e deve aproveitar o começo do dia para negociar prazos e condições para a solução dos problemas. Procure estar informado sobre o andamento e em quê "pé" está à situação daquele problema do seu cliente. Seja empático e coloque-se no lugar do cliente, assim você logo vai resolver toda e qualquer pendência e deixar o seu cliente muito mais satisfeito.
Venda as novidades primeiro para os seus clientes atuais. O cliente quer se sentir especial! Por isso sempre que tiver algo novo, mostre e ofereça primeiro àqueles que sempre compram de você. Faça com que eles sejam os primeiros a saber, a tocar, a provar, a ter a possibilidade de comprar antes do que os outros. Pós-vendas bem feita é a oportunidade ideal para reiniciar um novo processo de compra e mais lucros para o seu bolso.
Entre em contato! É impressionante como os profissionais de vendas perdem oportunidades de ouro para serem lembrados. Nunca deixe de se comunicar com o seu cliente seja por telefone, e-mail, carta, mala direta. Aproveite as datas comemorativas como aniversário, data de aniversário da compra do produto, envio de informações e artigos que podem ser de interesse do cliente ou simplesmente para perguntar se está tudo ok. Faça aquilo que chamo de contatos preventivos e não os contatos corretivos. O contato corretivo acontece quando a empresa liga para saber o motivo de tanto sumiço. É quando percebemos que o Seu João não tem mais comprado da gente, faz tempo que ele não aparece e ligamos para saber o por quê. Aí já era! Já comprou de outro!
Previna-se e tome a vacina contra pós-venda mal feita já! O resultado é imediato e tem efeito de longo prazo para gerar bons resultados para o seu negócio. Políticas e táticas de pós-venda devem fazer parte da cultura de qualquer organização, devem estar no manual de qualquer bom vendedor e assim ser um dos grandes motivos para que nosso cliente possa sempre confiar, indicar e logo voltar a comprar da nossa empresa.
Por Paulo Araújo
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A Culpa é Sua
Publicado em
22/09/2010
às
09:00
Quando abro os jornais pela manhã sinto vergonha de meu país.
É triste, muito deprimente, acordamos cedo, pagamos nossos impostos, trabalhamos muito, amamos nossa pátria, cumprimos com nosso papel na sociedade e sonhamos com uma nação séria. O que recebemos em troca não é justo!
Perceba você que ainda não aprendemos a votar. O brasileiro ainda não compreendeu o poder que tem seu voto, a importância de votar certo, nas pessoas certas.
Há obviamente exceções mas, coincidência ou não, os políticos que hora envergonham novamente nosso país são oriundos do Nordeste.
Claro que os estados mais ricos e com melhores índices de desenvolvimento têm lá seus representantes da banda podre, a exemplo de Maluf e companhia. Mas o que se constata é que o povo mais sofrido, com menos instrução e condição econômica menos favorecida é que vem há décadas elegendo os mesmos coronéis e figurões para a câmara e o senado.
Temos dezenas de exemplos de famílias no país, sobretudo nordestinas que se perpetuam no poder. Antonio Carlos Magalhães ganhou quantas eleições quis, seu filho Luiz Eduardo também e agora o neto está lá, representando o clã.
Com tudo o que a família Sarney já aprontou na política do Maranhão, ninguém tira o cacife político de Roseana e José Sarney. São eleitos sempre, e quando não, ganham no tapetão.
Da mesma forma, lá está Renan Calheiros, um símbolo da vergonha em outro tempo, hoje coloca a cara a tapa, defendendo o indefensável.
Collor de Mello, um presidente que envergonhou o país, pregando ética, moralismo e colocando o dedo na cara de outros parlamentares que nunca estiveram envolvidos em irregularidades.
Quem deveria colocar o dedo na cara desse “cidadão” são todos os brasileiros, lesados por seu mandato com confiscos de poupança e outras barbeiragens administrativas, sem contar o prejuízo e o desgaste gerados pelo seu afastamento.
Não são apenas esses que nos desanimam do Brasil, mas no momento atual, são os protagonistas da vergonha, da palhaçada e da crença na impunidade.
E a culpa é sua, a culpa é nossa, nós é que os colocamos lá, nós é que lemos os jornais e assistimos à televisão sentados em nossas poltronas e em nossos lares e escritórios e ficamos calados, deixamos a coisa acontecer.
Onde está o povo brasileiro? Onde estamos nós cidadãos deste país? O que podemos fazer a respeito?
Somos comodistas, pacíficos em demasia, riem de nossas caras e nos prejudicam o tanto que desejam e quando desejam. E nós assistimos a tudo calados.
Eu não me calo, não temo represarias, utilizo a imprensa, meu espaço no jornal que é a voz mais alta do povo para exprimir minhas decepções, minha mágoa por ser considerado cidadão de um povo menor, inferior.
Somos sim inferiores, não nos respeitam, damos um dia a cada três trabalhados ao governo para que paguem salários a apadrinhados sem competência, sem qualificação para ocupar cargos, indicados pelos coronéis.
Temos pelo menos dez escândalos por ano amplamente noticiados na imprensa, e não temos uma solução, um desfecho, uma punição exemplar noticiada.
É CPI daqui, Inquérito dali e nada. Como dizemos “sempre acaba em pizza”.
Que vergonha meu povo, que absurdo meus irmãos brasileiros, até onde vai tudo isso?
Até quando vamos suportar?
É duro chegar à conclusão de que está tudo errado, que não avançamos, que quando achamos que é a nossa vez nos deparamos com expedientes dignos de uma nação sem ordem, sem progresso, sem respeito e sem autoridade.
Que país viveremos amanhã? Que país viverão nossos filhos.
Por José Rodrigo de Almeida
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Latitudes do Silêncio
Publicado em
21/09/2010
às
09:00
A violência ganha as ruas e invade os lares. Furtos à luz do dia, assaltos à mão armada. Veículos alvejados, ônibus incendiados. Mulheres estupradas, crianças arrastadas, homens seqüestrados. Como não há segurança pública, buscamos o isolamento. Condomínios verticais e horizontais, cercas elétricas, ambientes filmados, guaritas blindadas, muros cada vez mais altos, cachorros cada vez menos dóceis. Enclausurados, acompanhamos os eventos pela TV. Em silêncio.
A economia mundial passa por um de seus melhores momentos com crescimento da produção pelos quatro cantos. Os bons ventos também aportaram aqui, proporcionando recordes sucessivos do índice Bovespa, da balança comercial e a valorização do real. Mas o que vemos é o aumento da carga tributária, dos gastos do governo e juros reais irracionais. A sanha arrecadadora, os cabides de emprego, a inépcia gerencial. Empresários pagam 50% ao ano para teimosamente captar recursos para investimento. Um quarto dos jovens sofre com o desemprego. Aposentados fazem fila em financeiras para antecipar seus benefícios através da armadilha do crédito consignado. Acuados, aceitamos com permissividade.
Representantes eleitos democraticamente e empossados há poucos meses envolvem-se em todo tipo de desmando. Criam comissões para simular investigações, escondem-se atrás de imunidades, torram o dinheiro dos contribuintes para sustentar interesses pessoais. Enquanto isso, as reformas necessárias ao país aguardam passivamente espaço na pauta de votações de pessoas que, quando muito, trabalham três dias por semana.
Isso tudo é mais do mesmo. Nenhuma novidade. Estamos anestesiados, inertes, algemados. Já não é mais tolerância. É complacência. Uma submissão terrível porque estamos ficando habituados.
Mais um avião cai ceifando duzentas vidas e afligindo, em cadeia, outras milhares. Nenhuma delas recebe Bolsa Família. Em dez meses saberemos aproximadamente o porquê dos fatos. Ninguém será responsabilizado, embora sejam muitos os assassinos. Nenhuma providência enérgica que não seja economicamente desejável será tomada.
Restará aos familiares a voz embargada pelas palavras não ditas, as lágrimas contidas ou pronunciadas que marejam os olhos, o grito oco que consome a alma e depois silencia. E a lembrança de fotos em porta-retratos, mensagens gravadas em correios de voz, cartas amareladas pela ação do tempo.
A vida, que deveria ser abundante, nunca foi tão pequena, nunca esteve tão frágil. A pergunta não é o que vamos fazer a respeito, mas quem serão as próximas vítimas.
Por Tom Coelho.
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Os cuidados que quem vai se casar deve tomar
Publicado em
20/09/2010
às
09:00
O mês de setembro é considerado, no Brasil, o mês das noivas, trazendo oinício da primavera. Justamente por isso, nessa época é bom lembrar os cuidados que os noivos devem adotar nos preparativos da festa.
O mercado de casamentos atraiu muitos fornecedores e, como em qualquerramo, existem aqueles que buscam apenas o dinheiro dos consumidores. Golpes nesse setor não são incomuns. Para que essa união não comece mal, devem os consumidores tomar cuidados simples, que podem evitar futuras dores de cabeça.
A primeira recomendação é que o consumidor só contrate por escrito. Mesmo com as igrejas, que costumam cumprir sem maiores problemas o que foi combinado,é aconselhável que sejam firmados contratos escritos, ainda que simplificados.
O que importa é ter um documento escrito na mão, ainda que seja um recibo, indicando o dia e a hora do casamento, o nome daquele que estará encarregado da celebração, o valor pago e as condições que deverão ser cumpridas, como tolerância de atraso, por exemplo.
Deve o consumidor também estar atento ao sinal pago em todos os contratos que firmar, uma vez que, na ausência de disposição contratual específica, esse será o valor pago ao fornecedor nos casos de arrependimento.
Como muitos contratos relativos a casamentos geralmente são firmados com antecedência, acontecem casos de ruptura do noivado entre a data da contratação da realização da cerimônia.
Os contratos também devem prever, detalhadamente, as obrigações do consumidor e dos fornecedores. As obrigações dos fornecedores variam de acordo com o ramo de atividade.
No caso do vestido da noiva, recomenda-se que o contrato preveja se se trata de aquisição, de primeiro aluguel ou de aluguel de vestido usado; o preços a forma de pagamento; o modelo do vestido que, preferencialmente, deve ser desenhado para comprovar eventual disparidade e o prazo de entrega. Essas são as condições mínimas que devem constar do contrato.
O contrato do Buffet deve mencionar a data, a hora e o local da festa; o seu período de duração; os itens que serão servidos; as bebidas e comidas incluídas e não incluídas; a quantidade de garçons e o sistema do serviço.
O contrato do fotógrafo deverá mencionar o número de fotos pagas, bem como o valor que será cobrado pelas eventuais fotos excedentes, o valor das ampliações e se serão entregues os negativos ou se eles serão armazenados e porquanto tempo.
Enfim, para cada ramo de atividade, para cada tipo de contrato, existem circunstâncias específicas que deverão constar. A omissão de qualquer desses elementos poderá representar problemas futuros para o consumidor.
Também recomenda-se ao consumidor que faça pesquisa em nome das empresas que serão contratadas, via internet, no Tribunal de Justiça e no Procon. Empresas que têm contra si várias ações e reclamações costumam causar problemas e devem ser evitadas.
Especial cuidado deve ser tomado em relação ao Buffet, porque são comuns as falências nesse ramo de atividade. Vale a pena o consumidor optar por empresas já consolidadas no mercado, evitando empresas recentemente inauguradas.
Se pagar com cheques pós-datados, popularmente conhecidos como “pré-datados”, deverá o consumidor exigir que seus números e as datas dos depósitos constem do contrato, a fim de que, caso ocorra o seu depósito antecipado, possa exigir eventual indenização.
Os fornecedores costumam fazer o desconto antecipado dos cheques com outras empresas que, nem sempre, observam as datas de depósitos combinadas.
Tomando esses cuidados, o consumidor dificilmente terá problemas.
Por Arthur Rollo
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O Que Você Quer Do Seu Emprego?
Publicado em
19/09/2010
às
09:00
A revista Fortune, dos Estados Unidos, fez uma ampla pesquisa junto a empregados de empresas americanas para saber o que eles querem de seu emprego. O resultado, por ordem de importância, foi o seguinte que quero comentar com os leitores:
1. Um trabalho desafiante que dê sentimento de "missão e propósito";
2. Uma liderança forte e inspiradora – as pessoas querem e aceitam uma "hierarquia" forte e confiável;
3. Sentir-se constantemente treinado e crescendo profissionalmente;
4. Bons colegas e chefes leais;
5. Uma empresa com forte imagem no mercado;
6. Um bom salário.
Em primeiro lugar aparece exatamente os que as nossas pesquisas no Brasil também apontam – "um trabalho desafiante". No mundo de hoje, o empregado precisa sentir-se num trabalho que seja mais do que um simples "emprego". Esse "sentimento de missão e propósito" é fundamental. As pessoas pesquisadas nem sempre sabem exatamente como isso pode ser traduzido na prática do cotidiano, mas a verdade é que quando o trabalho é rotineiro, pouco desafiante, monótono, sem autonomia e iniciativa, o empregado sente-se sem motivos – isto é – desmotivado a dar mais de si e entra num ciclo de baixa produtividade.
Quanto ao item 2 – é igualmente verdadeiro também para o brasileiro. Pode parecer incrível mas o empregado "precisa" de uma chefia que o desafie, que seja "forte" e que inspire o funcionário à criatividade, à iniciativa. Chefe "bananas", moles, pouco exigentes, criam pessoas com baixa auto-estima e igualmente desmotivadas.
O item 3 fala da "empregabilidade". As pessoas precisam sentir-se "empregáveis" e para isso têm que sentir-se em constante desenvolvimento e sendo treinadas constantemente em novos processos e novas tecnologias. O mundo vem mudando com uma rapidez incrível e as pessoas precisam sentir-se "atualizadas" e isso lhes dará a necessária segurança para dar mais de si à empresa, sem medo do futuro.
O item 4 é muito claro. Como passamos a maior parte de nossas vidas no trabalho, bons colegas e chefes leais são fundamentais. Chefes "leais" significa aqueles chefes que exigem, falam a verdade, exigem o desempenho, avaliam constantemente e principalmente dão "feedback" a seus subordinados. Chefes que dizem "eu ganhei, nós empatamos, vocês perderam" , chefes que "roubam" idéias de seus subordinados são os mais odiados.
O item cinco é muito interessante. Na verdade, o empregado sente-se sempre como um "representante" permanente de sua empresa. Quando uma coisa qualquer acontece com sua empresa ele é cobrado na sua comunidade, no seu meio de relacionamento, na sua vida particular. Quando algum escândalo de uma empresa sai nos jornais, todos os funcionários são "cobrados" e sentem-se na obrigação de dar alguma explicação seja para quem for. Assim, trabalhar numa empresa com bom nome no mercado é fundamental para a auto-estima.
O interessante da pesquisa é que salário aparece apenas em sexto lugar. O salário só aparece em primeiro lugar quando as demais condições não são satisfeitas. Trabalhar "pelo salário" é o que as pessoas menos desejam. Quando isso ocorre, não tardará a total desmotivação e a busca de novo emprego que pague alguma coisa a mais e que dê ao empregado os outros cinco atributos desejados. Daí temos funcionários em empresas que deixam a empresa apenas por poucos reais a mais em salário. Isso ocorre porque o único valor na empresa em que trabalham atualmente só lhes vale o salário.
Pense nesta pesquisa, que por certo não será diferente para o empregado brasileiro em todos os itens. Veja se a sua empresa está oferecendo a seu pessoal estes "motivos" para que dêem mais de si e sejam, portanto, "motivados" a trabalhar ainda melhor para vencer os desafios de competitividade que estamos vivendo.
Por Luiz Marins
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O Ano do Recall
Publicado em
18/09/2010
às
09:00
O ano de 2010 já pode ser considerado o ano do recall. Isso porque em nenhum outro ano tivemos tantos chamamentos de consumidores em virtude de problemas de fabricação, especialmente de veículos.
O recall, que deveria ser a exceção, infelizmente está se tornando regra. De acordo com o CDC, os fornecedores devem colocar no mercado produtos e serviços seguros e também devem repassar aos consumidores informações adequadas, claras e completas a respeito dos riscos inerentes.
O chamamento deve ocorrer quando a fábrica descobre que o produto tem um perigo não programado inicialmente e, por isso mesmo, não informado no manual de instruções. Esse risco adicional decorre de problemas verificados no projeto ou mesmo na produção e só vem a ser descoberto pelo fabricante após a introdução dos produtos no mercado. O recall é a forma de alertar os consumidores para os riscos adicionais verificados nos produtos, a fim de que eles não sejam surpreendidos por acidentes.
Através dele a fábrica não só alerta os consumidores, como também promove a substituição das peças com problemas, para evitar acidentes. Tal medida beneficia número indeterminado de consumidores, porquanto os problemas não colocam em risco apenas os condutores mas toda a sociedade.
Certamente a competitividade do mercado está provocando esse abuso no número de chamamentos, uma vez que as fábricas acabam não tendo tempo adequado para testar os produtos antes de lançá-los. Já dizia a máxima popular que a pressa é inimiga da perfeição. Essa pressa está colocando em risco os consumidores e a sociedade.
O mercado não pode colocar em risco os consumidores. É dever dos fornecedores colocar produtos e serviços seguros em circulação. Está havendo uma pressa generalizada e a prova maior disso é a quantidade de chamamentos que aconteceram no ano de 2010.
Alguns deles, aliás, foram arrancados com muito custo das montadoras, que negavam o problema, mesmo diante de inúmeros acidentes semelhantes.
A vida e a segurança dos consumidores vêm sempre em primeiro lugar e são os valores mais preciosos tutelados pelo CDC. Quem coloca produtos com riscos inesperados no mercado causa instabilidade na sociedade e merece ser punido por isso. Diante dos abusos verificados, deve acontecer a punição administrativa desses fornecedores que realizam chamamentos de forma indiscriminada.
A falta de testes adequados antes do lançamento dos produtos traz problemas previsíveis. Enquanto não doer no bolso dos fornecedores, os abusos continuarão ocorrendo.
Por Arthur Rollo
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Pura Demagogia
Publicado em
17/09/2010
às
09:00
Entre os diversos motivos que me incentivam a escrever, acredito que o sentimento de revolta em relação a determinados fatos que acontecem em nosso dia a dia, seja o mais forte e mais presente.
Ontem, lendo jornais e revistas, duas notícias me chamaram a atenção pelo semelhante grau de demagogia que constatei em ambas. Resolvi então, tecer alguns comentários.
A primeira notícia diz respeito à ajuda que o Governo Lula está enviando para a reconstrução da Faixa de Gaza no valor de dez milhões de dólares. Quero esclarecer que não tenho absolutamente nada contra auxiliarmos povos necessitados, desde que o nosso povo necessitado esteja assistido de forma mínima e razoável.
Qual é a vantagem de enviarmos esse dinheiro para minimizar a dor de pessoas tão distantes se aqui, bem próximo, temos pessoas em condições iguais ou piores que aquelas que estão sofrendo com aquela guerra?
Estamos fazendo bonito para quem? Qual a vantagem de sermos pobres e soberbos?
Imagine você, quantas escolas de nível básico poderiam ser construídas em locais afastados de nossa Amazônia para educar crianças que poderiam ter assim a garantia de um futuro melhor?
E hospitais, quantos poderíamos construir?
Isso para não falarmos em quantas crianças famintas, cidadãs deste país que poderiam ser alimentadas?
Casas populares poderiam ser construídas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pois muitos dos flagelados das enchentes ainda estão morando em abrigos. E aqueles que moram em casas de pau a pique no nordeste e em outras regiões, será que não merecem ajuda?
Se juntássemos os valores das dívidas perdoadas contraídas com o Brasil por parte de diversos países, doações meramente demagógicas visando projeção internacional dos nossos dirigentes, somarmos com os valores roubados dos cofres públicos e aqueles desviados por todo o tipo de corrupção, poderíamos quem sabe, construir um novo país, mais igual e com menos flagelos e sofrimento para nossos irmãos.
Sabemos que o Sr. Presidente passa bastante tempo em viagens internacionais. Será que o motivo é este? Será que Lula está vendo o sofrimento daqueles distantes porque não anda pelo nosso país? Ou anda e faz vistas grossas esquecendo-se de sua origem pobre e miserável?
A outra notícia é extremamente mais demagógica. Trata-se do Arcebispo de Olinda e Recife que excomungou os médicos e a garota de nove anos que foi estuprada, tendo que realizar um aborto necessário, legal e moral. Deixou ainda, sobre a proteção divina o cretino, canalha e vagabundo, que cometeu tal ato.
Pelo amor de Deus senhores, vamos olhar um pouco para o próprio umbigo. O que está havendo?
O que a Igreja com maior número de fiéis neste país está fazendo? Qual papel está desempenhando na sociedade?
Será que vamos um dia chegar ao ridículo de ter um bispo como aquele Sr. Argentino que negou que tivesse havido o holocausto, o maior crime em massa que a humanidade já produziu?
Até quando a Igreja Católica será regida por senhores com pensamentos antiquados e desatualizados, se negando a assumir que o mundo mudou e que há muito a ser feito quanto à correta doutrinação dos fiéis?
E quando a teremos uma declaração firme por parte da Igreja com punições exemplares àqueles sacerdotes que molestam crianças mundo afora?
Não vejo nos membros da Igreja a mesma vontade de excomungar os pedófilos. Qual será o motivo? Será corporativismo?
Fica aqui a proposta de uma análise profunda a respeito dos dois temas comentados.
O que podemos fazer a respeito como cidadãos?
Até quando vamos permitir que a praga da demagogia domine os discursos e os atos de nossos mais importantes dirigentes.
Por José Rodrigo de Almeida
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Cantinflas e eleições
Publicado em
16/09/2010
às
09:00
O ator e comediante mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reis (1911 – 1993), imortalizou o personagem Cantinflas, que utilizava seu vernáculo inicialmente como se fosse uma conversa normal que, aos poucos, se transformava num “enrolation” que, ao final, ninguém entendia nada.
Quando seu personagem devia dinheiro a outro e era cobrado ou ao cortejar lindas mulheres ou ao tentar sair de enrascadas com as autoridades, sempre brotava uma “conversa de Cantinflas” que normalmente “tonteava” o interlocutor, que às vezes desistia de entender o que era dito.
Pois, em época de campanha eleitoral, a maior parte das aparições públicas, discursos, programas de rádio e TV, planos de governo e promessas de palanque se assemelham a “conversas de Cantinflas”, pois dificilmente, a não ser os franco-atiradores – que nada têm a perder - os candidatos com efetivas chances, em especial, de assumirem os governos federal e estadual, mostram suas efetivas intenções ou medidas concretas a serem desencadeadas ao serem empossados.
Ficam numa eterna enrolação, atendendo às determinações de marqueteiros, especialistas, consultores de imagem e outrem que lhes dizem como devem se vestir, se pintar, se pentear, caminhar, falar, abraçar criancinhas, tirar fotos do lado certo, sorrir de forma enigmática, etc.
Ou ainda falando a cada público o que ele quer ouvir, dependendo da platéia, seja trabalhadora de uma forma, seja empresarial, de outra.
Seja numa porta de fábrica, com um vocabulário, seja num centro de eventos com patrocinadores de sua campanha, com outro.
Tudo bem estudado, com pouca espontaneidade, quase um produto sendo vendido ao mercado – neste caso, eleitoral, em busca de mais valia da moeda que importa, o voto na urna.
Apesar de reclamarmos, faz parte do circo democrático, que ainda não foi substituído por nenhum outro que, de fato, permita a participação final e efetiva do eleitorado, com o sagrado sufrágio eleitoral, mesmo que, ainda cá em Pindorama, compulsório.
Mas, com certeza, temos que ter clareza que uma coisa é o palanque seja ele eletrônico – que invade nossas casas todos os dias, pelas ondas do rádio, ou imagens televisivas – ou das panfletagens, carreatas, caminhadas, que à medida em que se aproxima o 3 de outubro, mais recrudescem em todos dos cantos do Brasil, outra coisa deve ser a vida real do governo eleito e com a “faixa no peito”.
Enquanto isto, haja ouvido para tantas “conversas de Cantinflas”.
Por Vilson Antonio Romero
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Cala a Boca Fofoqueiro - O desafio de fortalecer a equipe com a superação da fofoca
Publicado em
15/09/2010
às
09:00
A expressão "cala a boca" pode ser algo assustador para pessoas conservadoras, mas utilizada com frequência, por alguns jovens da geração Y. Recentemente, a capa de uma conceituada revista nacional, mostrou a força do Twitter, em uma campanha direcionada ao locutor esportivo mais conhecido do Brasil, com um slogan direcionado com o pedido para "calar a boca". Perceba que, em alguns momentos da vida é preciso colocar um ponto final em algumas divergências, principalmente, quando a fofoca está impregnada em um grupo de pessoas. Para tornar o trabalho em equipe mais produtivo e com melhores resultados, observe as dicas a seguir e coloque em prática a ação de não levar adiante uma fofoca, prezando em valorizar a cooperação e estimular a proeminência do companheirismo.
Etiqueta corporativa abrange respeito - Você foi convidado para participar de um almoço, com um colega de trabalho. Durante o encontro percebe que o principal assunto é a disseminação de uma fofoca. Qual será sua conduta? Primeiro é necessário deixar evidente que você é uma pessoa educada e profissional. Em seguida agradeça o convite do almoço. E a terceira atitude deverá indicar que a etiqueta corporativa não é algo fútil e, seu alcance, está além de distinguir entre um garfo de salada e o do prato principal. Neste sentido, mostre que não há interesse algum, na continuidade da conversa sobre o assunto. Enfatize para a pessoa, que convidou você para o almoço, que o clima de trabalho é prejudicado com uma fofoca.
É mais difícil conhecer a si mesmo - Olhamos no espelho diariamente, para observar nossa aparência externa, mas encontramos dificuldade para conhecer com mais profundidade nossas fraquezas, comportamentos e o íntimo de nossos sentimentos. Em uma equipe, o líder muitas vezes precisa agir com veemência, para colocar um ponto final em uma fofoca e "calar a boca" de fofoqueiros com atitudes pontuais. Não é justo que, uma equipe de trabalho seja prejudicada, por um elemento que sabe parte de uma história e decide inventar um final, com o objetivo de disseminar a discórdia. Neste sentido, busque conhecer melhor a si mesmo e jamais esqueça, que estando no meio de fofoqueiros, por mais que você não seja, será visto com um deles.
Compreender a diversidade humana - Com o objetivo de disseminar diariamente a fofoca e fazer com que inúmeros profissionais amarguem situações constrangedoras, o fofoqueiro é ainda um personagem garantido em muitos ambientes organizacionais. Vários desligamentos profissionais e afastamentos já foram solicitados, em decorrência da dificuldade de adaptação à cultura organizacional, bem como, da aceitação em usar da fofoca, para buscar promoções pessoais. Compreender a diversidade humana, também é perceber que há pessoas incomodadas com o sucesso de outras e acabam não controlando a língua. Não ofereça ouvidos a um fofoqueiro, pois esta atitude pode trazer consequências tristes para você e para aqueles que estão a sua volta.
O tempo desperdiçado com uma fofoca pode ser coerentemente utilizado, para gerar energia positiva e oportunizar novos negócios. Fique atento com o uso das diferentes ferramentas de mídia social e o que você divulga diariamente, pois podem passar a ser propagadoras de fofocas. Por outro lado, também observe que quando um colega anunciar "vocês sabem da última?" será necessário praticar o exercício de morder a língua. Certamente, você estará ouvindo mais uma informação, sem que os principais envolvidos estejam presentes.
Por Dalmir Sant’Anna
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O Bom Senso e a sua Carreira
Publicado em
14/09/2010
às
09:00
O filósofo Ralph Waldo Emerson, certa vez escreveu que "o bom senso é tão raro quanto o gênio".
O incrível é que quando algum erro acontece é muito comum o chefe se lamentar com a famosa expressão: - se "fulano" tivesse bom senso isso não teria acontecido!
O bom senso é tão raro quanto flores no deserto e, veja a ironia do destino, é no deserto do Chile em um lugar chamado La Serena, um dos raros lugares que tal fenômeno acontece.
Serenidade e bom senso são dois artigos raros de encontrar em um só profissional na atual selva corporativa.
Bom senso na carreira não é uma só uma questão de escolha entre o certo ou o errado, o ético o antiético. Bom senso tem a ver com a capacidade de perceber aquilo que realmente pode ajudar o seu cliente e a sua empresa.
É incrível, mas quando todos têm a mesma opinião é muito fácil falar que o colega agiu com bom senso. Já as opiniões contraditórias...
Perceber o seu cliente, o chefe ou ainda o colega de trabalho é uma questão de organizar e interpretar os dados emitidos é ter um interesse genuíno em resolver os problemas alheios, buscar informações com outras fontes, ser um agente de pesquisa, estar de olhos nos seus resultados e saber dizer em quê exatamente você pode ajudar.
Bom senso não é só fazer uso do óbvio, é se esforçar em compreender a visão do cliente interno ou externo, seus sentimentos e ansiedades, por mais que isso seja difícil, é preciso entender o ponto de vista do outro para aprimorar a sua opinião. É abrir mão de querer ganhar todas, de achar que tudo é uma grande competição, de ser o senhor da razão, é se fazer pequeno para se tornar grande.
Age com bom senso quem tem uma clara noção dos limites que pode alcançar, conhece as regras do jogo, usa dos meios corretos para promover as mudanças necessárias, tem entusiasmo pelas coisas certas e possíveis, acredita no ser humano como fonte de inovação.
Bom senso é saber usar a informação e o conhecimento que se tem da forma certa. Quem não tem uma receita prontinha de como levar uma vida saudável? Mas ainda assim a obesidade aumenta a cada ano, poucos fazem exercícios físicos regularmente ou fazem coisas simples como alimentar-se de forma correta. Saber e não fazer? Cadê o bom senso?
Mesmo quando sabemos como e por que fazer ainda assim o bom senso foge de nós, pelo simples fato de que o conceito de bom senso varia de um para o outro. Por isso é preciso não ter medo de interagir, se comunicar, de ouvir atentamente, de demonstrar interesse no próximo.
Já que comecei o artigo com uma citação de um filósofo, aproveito para fazer uso de outra frase, dessa vez do escritor e dramaturgo francês Pierre Marivaux que viveu entre os anos de 1688 e 1763 – "é preciso ter muito bom senso para sentir que não temos nenhum.”
Por Paulo Araujo
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A imprensa escrita no período eleitoral
Publicado em
13/09/2010
às
09:00
A Constituição Federal assegura o direito à livre manifestação de pensamento. Como toda garantia constitucional, esta encontra limites no próprio texto constitucional. A liberdade de expressão e de comunicação encontra maiores limitações no período eleitoral.
O rádio e a televisão, por exemplo, não podem emitir opinião favorável ou contrária e nem conferir tratamento privilegiado ou contrário a partido, coligação ou candidato, a partir de primeiro de julho do ano da eleição.
Os jornais e as revistas, por sua vez, podem emitir opinião favorável ou contrária a partido coligação ou candidato, desde que não se trate de propaganda paga. Eventuais excessos, entretanto, poderão ser punidos sob a forma de abuso dos meios de comunicação social, que possibilita a cassação do registro dos candidatos beneficiados.
Apenas a imprensa escrita pode veicular propaganda eleitoral paga, nos termos do art. 43 da Lei n° 9.504/97. Os limites dos anúncios continuam os mesmos, quais sejam, um oitavo de página de jornal padrão e um quarto de página de revista ou tablóide. Tratando-se de medida intermediária, o critério a ser utilizado é o da aproximação.
A novidade para esta eleição consiste no número máximo de dez anúncios por veículo, para cada candidato e em datas diversas. A nova lei também exige que o anúncio faça constar, de modo legível, o valor pago para a sua veiculação.
Para esta eleição, portanto, cada candidato só poderá fazer dez anúncios por veículo na imprensa escrita, devendo cada um desses anúncios mencionar o valor pago. Essa propaganda poderá ocorrer até o dia primeiro de outubro.
Os exemplares escritos de jornais e revistas contendo propaganda eleitoral poderão também ser reproduzidos na internet, nos sítios dos veículos de comunicação respectivos, com idênticas características tipográficas, até a véspera da eleição.
A imprensa escrita continua livre para noticiar e, inclusive, para veicular entrevistas e divulgar a agenda de candidatos, desde que o faça de forma isonômica, ou seja, conferindo tratamento semelhante aos candidatos de interesse da região. Se forem entrevistados políticos de diversas legendas partidárias, candidatos em uma mesma região, restará configurado o tratamento isonômico.
Políticos e candidatos podem continuar assinando colunas e artigos em jornais e revistas, desde que não mencionem circunstâncias eleitorais. Não pode haver menção aos méritos e qualidades do postulante, à ação política a ser desenvolvida e ao cargo almejado. Também não deve ser feita referência às eleições, a ponto de mostrar aos leitores que aquele que assina a coluna ou o artigo é o mais apto ao exercício da função pública.
Como se percebe, as restrições para a imprensa escrita são bem menores do que para o rádio e para a televisão. Existe sempre a preocupação de manipulação de meios de comunicação social, em proveito de candidato, que desequilibre a disputa.
Por Alberto Rollo
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Qual é a Senha?
Publicado em
12/09/2010
às
09:00
Temos senha para muitas coisas. Para o e-mail, alarme, celular, contas de banco, cartão de credito, de débito e a lista vai crescendo. Ao esquecermos uma senha definitivamente não conseguimos acessar o serviço. Somos orientados a manter as senhas em sigilo por segurança.
Em breve, ao nascermos já vamos receber um número de cpf, um número do cartão de saúde que vão nos acompanhar na jornada aqui no planeta. E não duvide, um número de telefone também. Ao chegar em casa, o bebê já vai ter lá promoções dos cartões de crédito para viagens em pagamentos parcelados e assim por diante. O sistema querendo funcionar.
Mas o objetivo do texto é outro tipo de senha. Outro dia encontrando um amigo ao sair do prédio da prefeitura, indaguei, de longe: Qual é a senha? Uma maneira para cumprimentar e iniciar uma conversa. A resposta foi: Atitude. E aí conversamos sobre isto um pouco. Concluímos que cada um tem sua senha estampada no rosto, no corpo, no sorriso ou na cara carrancuda, em suas falas, em suas atitudes.
E aí surge a pergunta: Qual é a sua senha do dia, ou da sua personalidade. Encontra-se as mais variadas. E aí, como vai? Levando. As dificuldades estão aí, mais estou indo. É a senha desta pessoa. Percebe as dificuldades como problemas e o tom de sua conduta estão embutidos nesta resposta. Outras respostas: Ótimo, as coisas estão melhorando. E você como vai? É obvio que todos têm situações que gostaríamos que fossem diferentes, mas ao agir e dizer que está ótimo e está melhorando, é a senha para o sucesso.
Exemplos estes para fazer você pensar e ajudar a escolher ou permanecer com sua senha. As senhas de banco, e-mail ou qualquer uma que usamos podem ser trocadas a qualquer momento, com facilidade. Mas, as nos acostumarmos com elas, preferimos não trocar porque muitas vezes usamos a mesma para vários serviços e aí fica mais prático e mesmo correndo riscos, continuamos usando a mesma.
E com o comportamento e a maneira de encarar as situações da vida, acontece algo parecido. Temos padrões e geralmente usando o mesmo comportamento porque nos sentimos confortáveis assim. Estamos na zona cômoda. Mas sabemos, lá no íntimo, que também podemos trocar de senha e mudar.
Ralph Waldo Emerson, pai da psicologia moderna afirmou. Temos o poder de mudar nossa maneira de pensar e agir quando quisermos. É nossa prerrogativa básica.
Finalizando. Se sua senha é a correta para você, permaneça com ela. Se não, entre no software e troque-a. Tudo com o objetivo de viver o maior número de dias de um ano com paz consigo, com o mundo e, portanto estar acima da média. E para ser específico, para estar acima da média, no mínimo trezentos dias de um ano deveríamos estar de bem com tudo.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O "Dia do Cliente" merece algo a mais
Publicado em
11/09/2010
às
09:00
Com o fortalecimento de criativas ações na área de marketing e, significativos estudos sobre o perfil do consumidor, gradativamente, o cliente passou a receber maior atenção, cordialidade e valorização. O dia 15 de setembro é um momento de entender, que o “Dia do Cliente” é fundamental, para a continuidade de um negócio. Um momento para perceber, o quanto a mudança no comportamento do consumidor, passa por alterações, partindo de uma ação centrada nos vendedores, para uma atuação centrada nos compradores e, como resultado, o compromisso de intensificar esforços para compreender como conquistar o cliente. Observe a seguir, como estimular a proeminência do desejo de encantar com empatia, respeito, comprometimento e profissionalismo.
Reconhecer os objetivos de compra – Conhecer o comportamento do consumidor é um processo em evolução. Entender os objetivos de compra possibilita exercitar a abordagem, além de gerar importante aprendizado sobre o perfil do consumidor. Note que alguns clientes apresentam como objetivo de compra, a aquisição de um automóvel por necessidade de deslocamento, entretanto, outras pessoas realizam a compra de um automóvel por status. Abordar o consumidor com expressões tipo: “Fala patrão! E aí tio! Manda meu chefe!”, além de demonstrar falta de profissionalismo, expõe nítido despreparo para o atendimento comercial. Perceba na prática, se durante sua abordagem comercial, o cliente demonstra atenção e interesse. Note, se sua abordagem, desperta atenção do consumidor, em ouvir suas argumentações. Lembre-se, reconhecer os reais objetivos da compra, são ingredientes essenciais para um profissional de vendas, que deseja fazer algo a mais, para encantar o cliente e permitir uma maior fidelização.
Fazer a diferença no serviço oferecido – No café da manhã de um hotel, a funcionária ao realizar a reposição dos alimentos disse: “Como pode! Essas pessoas parecem estar vazias por dentro. Em não dou conta de tanto repor os alimentos. Elas comem demais!” E eu, sentado, ouvindo tudo aquilo. Esta funcionária do hotel esqueceu que eu, também era um hóspede? A prestação de serviço é complexa, pois conta, com a participação do cliente, para que na prática aconteça. Esse desenvolvimento entre prestador de serviço e cliente também é uma grande oportunidade para encantar e fazer a diferença. Por ano, dispomos de 12 meses, 365 dias, 8.760 horas, para oferecer algo a mais no atendimento. E quantas pessoas desperdiçam as oportunidades? O treinamento constante é uma importante ferramenta para fazer a diferença no serviço oferecido. Prepare os profissionais da sua empresa, possibilitando que conheçam os processos e procedimentos que envolvem a prestação de serviço. Equipes treinadas, que entendem a funcionalidade da empresa, estão mais preparadas para lidar com situações diversas e imprevisíveis, que envolvem a execução de um serviço. Aproveite ao máximo as oportunidades para fazer a diferença.
Observe que interessante definição, para valorizar ainda mais o Dia do Cliente: “o meu desafio como gestor de negócios é o de jamais levar stress para o cliente”. Quantas empresas ao contrário de encantar, assustam com um péssimo atendimento. Você conhece alguma empresa assim? Quantos recomendariam seus serviços para outras pessoas? Qual será o comentário do comprador ao desligar o telefone após falar com sua empresa? Profissionais preocupados, com satisfação de seus clientes oferecerem algo a mais. Por meio da missão, visão e valores, buscam demonstrar na prática, compromisso com o comprometimento, comodidade, profissionalismo e vontade de fazer a diferença.
Por Dalmir Sant’Anna
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O Longo Caminho entre o Planejado e o Executado
Publicado em
10/09/2010
às
09:00
Caso existisse uma cidade chamada Planejado e outra Executado pode ter certeza que a estrada que ligaria uma a outra seria cheia de percalços. Qual das duas seria a maior? Com certeza a Planejado e a Executado seria em média a metade do tamanho da outra.
É claro que essas cidades não existem, mas a realidade nas empresas entre o planejado e o executado não é muito diferente do que foi descrito na metáfora acima.
O que fazer para diminuir o caminho entre o planejado e o executado?
1. Elabore poucas metas, mas que sejam significativas. Nada de planos mirabolantes, cheio de fantasias e ideais dignos de um super herói. Sugiro que você ou sua empresa tenha uma meta maior, que normalmente é ligada ao faturamento ou rentabilidade do negócio, e no máximo cinco metas menores que devem estar alinhadas e ajustadas para atingir a meta principal. O problema é que a maioria dos profissionais tem medo de parecer desocupados ou pouco ambiciosos junto aos seus líderes ao declarar poucas metas. Todos insistem em parecer ocupados demais, com números demais, tarefas demais o que leva a resultados de menos. Atingiu uma das metas menores antes do tempo, substitua por outra. Pode ter certeza que sempre há algo a mais a fazer. Eu garanto!
2. Faça uso dos dados e fatos. A intuição ajuda, mas deve ser pautada pela sua experiência no mercado e principalmente pelo o que aconteceu nos períodos anteriores. Nada de viajar pelo espaço sideral corporativo e criar metas difíceis de atingir. Vamos deixar claro que uma meta desafiadora precisa ter dados e fatos que a sustentem e que metas impossíveis só desmotivam a equipe. Busque informações sobre o mercado, concorrentes, clientes, mas com fontes confiáveis. Nada de achar que sabe tudo ou que dá para chegar lá pelo simples fato de que você acredita e deseja. O desejo deve ser compartilhado pela equipe, assim como a confiança de que podemos realizar o que está sendo proposto.
3. Dá trabalho eu sei, mas se esforce para colocar as pessoas certas nos lugares corretos. Esse é um dos grandes dilemas de qualquer corporação. Onde estão os talentos da sua empresa? Estamos todos à procura de talentos no mercado e não olhamos para o próprio umbigo. Toda empresa tem pessoas talentosas, não importa o tamanho ou o que produz. Lembro que talento é muito diferente de um currículo acadêmico perfeito. Talento é a pessoa que sabe como fazer aliado ao prazer, disposição e interesse genuíno em ajudar. Imagine quantas pessoas hoje trabalham infelizes ou que não conseguem utilizar mais do seu potencial pela miopia do líder que acha que mudar dá trabalho e só gera confusão.
4. Busque o inconformismo. As metas devem ser constantemente divulgadas e o planejamento revisado e acompanhado no mínimo mensalmente, apesar de eu preferir encontros quinzenais com os responsáveis pela execução. Evite reuniões improdutivas de acompanhamento, estipule hora para começar e acabar o encontro e envie a pauta antecipadamente aos participantes. Não deixa as pessoas se conformarem com os resultados caso as metas não estejam sendo atingidas e peça mais soluções do que sugestões. Crie um stress positivo e nada de pressão desnecessária para cima das pessoas. Evite mudar as metas a todo o momento e concentre sua energia e esforço nas ações que efetivamente agreguem valor ao negócio e tenham impacto na meta maior.
5. Jamais se esqueça que quem executa as metas são as pessoas! Elas passam por bons e maus momentos na vida. Nada de paternalismo exagerado, porém não se esqueça que pessoas não são máquinas. Cuide da sua equipe, promova dentro dos limites possíveis equilíbrio entre vida pessoal e profissional, treine e desenvolva as pessoas constantemente. Acompanhe, faça-se presente e seja o maior exemplo de dedicação, ética e bons resultados.
Mostre do que você e sua equipe são capazes e assim, quem sabe, a longa estrada entre as cidades Planejado e Executado se torne uma bela rodovia duplicada, segura e com uma bela paisagem. Boa viagem!
Por Paulo Araújo
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Jogando Xadrez
Publicado em
09/09/2010
às
09:00
Eu contava cerca de sete anos de idade quando fui apresentado ao jogo de xadrez por um primo mais velho. Numa infância pobre, utilizávamos um tabuleiro de jogo de damas e adaptávamos as peças a partir de componentes de outro jogo de tabuleiro, o clássico War. Assim, os dados viravam torres; os aviões, cavalos; os exércitos, peões.
Já adulto, coloquei-me a refletir sobre os benefícios daquela experiência lúdica. Esporte, para quem enxerga a dedicação e o desempenho inerentes à prática; jogo, para quem atribui o resultado da partida à sorte ou ao azar; arte, diante da criatividade e estilo empregados. O fato é que o xadrez é certamente responsável por aspectos de minha personalidade e conduta profissional.
O jogo tem um objetivo muito bem definido: o “xeque-mate”. Isso nos remete à questão de estabelecer metas –e buscar cumpri-las. Para tanto, são necessários planejamento e estratégias definidas. Para traçá-las, criatividade e imaginação.
Uma partida exige concentração, o que nos proporciona desenvolvimento do autocontrole. E sua duração tem um tempo-limite determinado. Assim, hierarquizar tarefas e gerenciar o tempo mostram-se imprescindíveis.
Mas o melhor do xadrez está no exercício de pensar os lances seguintes. Os seus e os do adversário. Grandes enxadristas conseguem vislumbrar, a cada nova rodada, toda uma partida. Isso demanda raciocínio lógico e espacial abrangentes. É o estímulo para o desenvolvimento da intuição e da capacidade de antecipação, além do hábito de visualizar o futuro. Já o esforço para elevar a performance a cada lance lembra-nos o conceito do aperfeiçoamento contínuo, ou kaizen.
Não existe o jogo de duplas. Sob esta ótica, o xadrez é um exemplo perfeito da solidão do poder. A autonomia para movimentar uma ou outra peça é exclusividade do jogador. A decisão é sua e o resultado, vitória ou derrota, consequência direta das opções feitas. É a hora de se administrar emoções. Curtir o entusiasmo decorrente do sucesso, sentindo-se realizado; o prazer da conquista, o sabor da superação. Ou tolerar o fracasso, aprendendo pacientemente com ele, adotando uma postura resiliente.
Por fim, até mesmo ética se aprende através do xadrez. Do respeito ao adversário, cumprimentando-o no início e término da partida, mantendo-se em silêncio enquanto aguarda sua jogada, sem jamais trapacear mediante alteração das posições das peças num momento de distração do oponente, até o cumprimento da regra “peça-tocada é peça-jogada”, uma simbologia perfeita para denotar que podemos muitas vezes utilizar Ctrl-C Ctrl-V, em nossas atitudes, mas o Ctrl-Z não é admitido...
Um empreendedor deve aprender a ser um enxadrista, pois nossa vida é um grande jogo de xadrez. Estamos todos no mesmo tabuleiro e recebemos as mesmas peças. É certo que alguns são ligeiramente favorecidos pelo destino, ficando com peças brancas e iniciando o jogo. Porém, não raro, falta-lhes sabedoria para lidar com esta vantagem comparativa.
Estabelecer metas, planejar, traçar estratégias, administrar o tempo, tomar decisões, ser criativo e imaginativo, compor cenários, exigir qualidade, controlar emoções, respeitar ao próximo. Estas não são apenas regras para vencer um jogo de xadrez ou conquistar o jogo do mundo corporativo. São regras para se alcançar com êxito a própria felicidade no jogo da vida.
Por Tom Coelho
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Apresentação de um Apresentador
Publicado em
08/09/2010
às
10:48
Fui um menino muito tímido até o término do ginásio (naquele tempo tinha primário e ginásio, bons tempos...)
Não sei porque, ou não me recordo o motivo, a partir desse momento a minha timidez diminuiu e eu comecei a me comunicar melhor. Tal vez até por iniciar uma participação em um programa de rádio comunitário e também por participar de movimentos juvenis. Até cantor junto a um grupo musical eu fui. Gosto de música desde criança e até hoje me delicio muito com música...
Tudo mudou...
É a comunicação que iniciou a fazer parte da minha vida.
Continuei na rádio.
Continuei no grupo musical.
E iniciei, também, a apresentar eventos.
Eventos sociais.
Eventos culturais.
E até no grupo musical fui eu o escolhido por meus colegas para apresentar as músicas nos eventos que nós participávamos.
De um menino tímido, virei um falador...
E cada vez mais gostando das atividades de comunicação.
Formei-me nos meus cursos.
Fui trabalhar e iniciei minha carreira noturna de professor universitário.
Tudo sendo influenciado, também, pela área de comunicação.
Todo professor deve ser um bom comunicador.
Claro está que até hoje só faço o que gosto.
Participei de alguns programas de TV. Participei, e continuo participando, quando convidado, de comerciais.
Cursei o curso de radialismo. Cada vez mais acreditando na área de comunicação.
Já dizia o “velho” Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica...” Chacrinha, o velho guerreiro!
Escrever é um ato, e grandioso, de se comunicar. E é o que eu faço mais atualmente. Adoro escrever! Acredito que todos vocês devem escrever e ler. Faz um bem danado...
Por tudo isso apresentado, alguns amigos me influenciaram a colocar um vídeo no YOU TUBE a respeito do ato de apresentar eventos. Encorajei-me (será que voltei a ser tímido?) e coloquei este vídeo.
Convido a vocês todos a observarem este pequeno vídeo. O título é Apresentação de um Apresentador, assim é que vocês devem pesquisar.
Tentei colocar ali a minha experiência nesse campo no qual continuo apresentando.
Continuo apresentar eventos... É um vídeo bem didático (nunca vou deixar de ser um professor) de como eu penso a respeito do assunto: apresentação de um apresentador de eventos.
Procuro mostrar a importância da motivação desse profissional nos atos da comunicação.
Naveguem no YOU TUBE e ali me encontrarão – APRESENTAÇÃO DE UM APRESENTADOR. Os comentários de vocês me serão sempre úteis. A crítica é fundamental em todas as nossas atividades. Positivas ou negativas.
Certo?
Não esqueçam: APRESENTAÇÃO DE UM APRESENTADOR
David Iasnogrodski
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Imaginem se esse País fosse sério
Publicado em
07/09/2010
às
09:00
Quando eu trabalhava em Nova Iorque assisti a uma palestra de um diretor de um grande banco sobre as oportunidades de investimento no mundo contemporâneo. Ele falava das vantagens comparativas e competitivas de cada país, inclusive os emergentes.
Quando falou do Brasil mostrou os dados de nosso mercado interno, de nosso sistema bancário, de nosso potencial turístico, de nosso desenvolvimento em tecnologia de informação, de nossa riqueza natural, da ausência de terremotos, furacões, etc. e quando terminou, com todos os participantes boquiabertos com nossas vantagens comparativas, ele disse: "Imaginem se esse País fosse sério." Isso foi em 1990.
Agora um estudo da ONU/UNCTAD - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento - aponta o Brasil entre os cinco melhores países para se investir. O estudo novamente fala de nossas vantagens de mercado interno, riquezas naturais e até de estabilidade econômica.
Ao conversar sobre este novo estudo com alguns diretores de agências internacionais de investimento, novamente tive o desprazer de ouvir o comentário: "Imagine se esse País fosse sério".
Quinze anos se passaram e a sensação é a mesma. Jogamos fora as oportunidades de um crescimento sustentado, de uma redistribuição de renda mais justa e de acesso ao emprego, à educação e cultura às camadas mais pobres do nosso Brasil.
Talvez seja chegada a nossa hora de aprender.
Talvez seja chegada a nossa hora de aprender que vale a pena ser sério, honesto, cumprir contratos, respeitar prazos, educar pessoas, assumir compromissos, ser leal com a verdade e com a justiça.
A verdade é que todos nós, brasileiros, já estamos cansados de sofrer as conseqüências de nossa inconseqüência. Cansados de ver o País do futuro que nunca chega, da lei que não é cumprida, da autoridade que corrompe, da obra que não termina, da verba que some, da manchete que assusta. Penso, enfim, que estamos cansados de nossa esperteza que só perde, do "levar vantagem em tudo" e até de acreditar num Deus brasileiro.
Portanto é hora de mudar. É hora de assumir uma conduta de gente séria, honesta, cumpridora dos deveres, da palavra, dos contratos. É hora de nos indignarmos com a complacência do mal, com a permissão do erro, com o descumprimento da lei. E essa é uma tarefa de cada um de nós, brasileiros de verdade, em nossos lares, em nossas famílias, em nosso emprego. É hora de fazer bem feito, de ser honesto, de cumprir o que promete, de educar bem nossos filhos, de respeitar os colegas, de aumentar a qualidade de nossos produtos e serviços, de respeitar clientes, de fazer o certo e ter vontade de ser melhor.
É hora de voltar a ter orgulho de ser brasileiro e mostrar não só ao mundo mas a nós mesmos que este é sim, um País sério, com gente honesta, trabalhadora e honrada e que não aceita ser julgado pela exceção.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins
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Os vinte anos do CDC
Publicado em
06/09/2010
às
09:00
O Código de Defesa do Consumidor completa, no próximo dia 11 de setembro, vinte anos de existência. Parece muito tempo mas ainda é pouco para a consolidação de uma lei tão importante. De outro lado, o mercado de consumo mudou muito nesses vinte anos e a lei precisa acompanhar.
Hoje existe uma grande ênfase nas relações comerciais mantidas através da internet. A única proteção que o Código dá àquele que comprou por esse meio é o direito de arrependimento no prazo de sete dias, previsto no seu art. 49. Na prática, entretanto, estão acontecendo inúmeros problemas nesse tipo de compra, como cancelamentos unilaterais das vendas pelos fornecedores, demoras nas entregas, entrega de produtos diferentes, não emissão de nota fiscal, falta de identificação do fornecedor que realizou a venda, etc..
Muito embora ainda se trate de uma lei de vanguarda, o legislador há vinte anos atrás não podia prever que esses problemas viessem a ocorrer.
Outra questão que merece ser revista consiste nas amostras grátis de serviços. Segundo o Código serviço é qualquer atividade oferecida no mercado de consumo "mediante remuneração". As atividades gratuitas, segundo a letra da lei, descartariam a incidência do Código.
Quando da sua edição, só existiam no mercado amostras grátis de produtos. Por isso houve a distinção de tratamento. O mercado mudou e hoje são comumente vistas amostras grátis de serviços, já que academias dão sete dias grátis para que os consumidores experimentem, o que também acontece com cursos de inglês e diversos outros. Se algum problema acontecer nesse período de experiência, é óbvio que o fornecedor deverá responder, por se tratar de estratégia de marketing que visa angariar consumidores. Bem por isso, que a definição de serviço trazida pelo Código já merece revisão.
Muito embora o rol das cláusulas abusivas previsto no art. 51 do CDC seja meramente exemplificativo, existem hoje cláusulas evidentemente abusivas que não constam da lei e que trazem muitos problemas aos consumidores. Seria conveniente, dessa forma, que houvesse a ampliação do rol para prever situações que causam atualmente muitos transtornos aos consumidores.
A nosso ver, para evitar problemas, deveriam ser proibidas nos contratos de consumo as cláusulas de fidelização e de renovação automática de contratos, por exemplo. O consumidor adere ao plano de fidelização imaginando que o serviço prestado é de qualidade mas, na prática, inúmeros problemas acontecem que levam-no a desistir prematuramente do contrato. Quando isso acontece, os fornecedores acabam cobrando a multa contratual, o que é ilegal. Para evitar maiores discussões e também diversos processos judiciais, seria conveniente proibir esse tipo de disposição contratual.
O mesmo acontece com as cláusulas de renovação automática. Elas fazem com que os consumidores tenham o ônus de comunicar aos fornecedores o desejo de não prosseguir com o contrato já exaurido em relação ao seu período de vigência. E, diante da correria do dia a dia, se o consumidor não consegue entrar em contato com o fornecedor, o ônus é todo seu, devendo arcar com as cobranças.
Esse tipo de cláusula exige do consumidor vantagem exagerada, afinal de contas é ônus dos fornecedores indagar aos contratantes se querem ou não manter a avença. Ainda que, em termos gerais, seja evidente a abusividade, seria melhor que houvesse disposição expressa nesse sentido.
Mas o pior de todos os problemas, que vem causando muitos entraves de ordem prática, consiste na ausência de definição por parte do CDC sobre os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e suas respectivas atribuições.
Hoje existem órgãos de defesa do consumidor que não trabalham em conjunto e que, por vezes, ainda conflitam na prática, aplicam punições em duplicidade, dentre outros problemas que acabam ensejando a anulação das multas administrativas impostas. O nosso sistema atual, criado por leis remendadas, tem uma série de falhas, que vêm levando à sua ineficácia.
Sem falar na criação de Agências Nacionais, que exercem atividades paralelas aos órgãos de defesa do consumidor, encarregadas da regulamentação de setores de vital importância para a sociedade mas que, na prática, acabam por prestigiar atitudes ilegais dos fornecedores, em detrimento dos consumidores.
Se o Banco Central, a Anatel, a Aneel e a Anac exercessem adequadamente o seu papel regulatório e o seu poder de fiscalização, a grande maioria dos problemas dos consumidores deixaria de existir. Na prática, entretanto, esses órgãos acabam prestigiando os fornecedores até mesmo contra os órgãos de defesa do consumidor, enfraquecendo as punições administrativas.
Recentes reportagens da imprensa deram conta de que as multas aplicadas pela ANAC não são cobradas. O mesmo acontece com as multas aplicadas pelos órgãos de defesa do consumidor, sem falar das inúmeras ações anulatórias dessas multas, propostas por empresas sancionadas, que estão em trâmite.
Multas de milhões de reais são aplicadas mas não são pagas. Muitas delas são anuladas em virtude da ausência de uma estruturação adequada do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, definindo adequadamente suas atribuições, os procedimentos de aplicação das multas, etc..
O Código é bom e, mesmo passados vinte anos, continua sendo uma lei de vanguarda. Como toda lei, no entanto, tem problemas que dependem de solução. Merece ser atualizado em alguns aspectos e carece de correção quanto à estruturação do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.
Se houver a adequada criação e estruturação dos órgãos públicos de defesa do consumidor, com a definição de suas atribuições e dos procedimentos administrativos para aplicação das multas, certamente haverá a efetividade das punições administrativas o que, até agora, não vem acontecendo.
Prova disso são os inúmeros problemas que atingem especialmente os serviços públicos prestados que, ano após ano, continuam liderando os cadastros de reclamações dos órgãos de defesa dos consumidores. Isso é a maior prova de que a tutela administrativa do consumidor é ineficiente. Também atesta essa ineficiência o crescente aumento do número de ações judiciais individuais.
A ênfase do Código deve ser na prevenção de litígios e na adequada fiscalização dos fornecedores. Só através disso teremos a melhoria do mercado de consumo e a diminuição do sofrimento dos consumidores.
Temos motivos para comemorar mas ainda muito por fazer.
Por Arthur Rollo
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O Vendedor como Líder
Publicado em
05/09/2010
às
09:00
Muitas são as definições de "LÍDER":
"Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias. Guia, chefe ou condutor que, representa um grupo, uma corrente de opinião, etc".
Na realidade, o líder é aquele que consegue fazer com que os membros de um grupo assumam suas posições, espontaneamente. E veja bem que não estamos falando de suas posições como sendo as posições do líder, mas sim, a posição de cada pessoa individualmente. O líder é a pessoa capaz de fazer com que cada um dê o máximo de si mesmo em todas as ações de um grupo. E, consegue essa adesão, espontaneamente.
Não se pode confundir o líder com nada do que seja imposto, obrigado, forçado. Ele comanda com naturalidade, devido a suas características de "ser melhor", mais apto, mais qualificado e mais aberto às idéias das outras pessoas.
Todo o bom vendedor é um LÍDER.
E ele tem que ser líder, porque deve sempre liderar o processo de venda-e-compra no relacionamento com o cliente. É o vendedor quem deve "conduzir", "dirigir" e "comandar" o processo. Ele não pode deixar-se conduzir, ser comandado e ser liderado pelo comprador com todas as objeções à compra que, por certo fará.
Se o vendedor deixar-se liderar, ele decididamente, não venderá!
O vendedor deve liderar a argumentação e os debates. Isto não significa "não deixar o cliente falar", muito pelo contrário, significa OUVIR BEM AS PONDERAÇÕES DO CLIENTE e falar o necessário para derrubar, com "classe" e polidamente, as objeções do cliente.
Se o vendedor tem que ser líder, vamos a seguir ver quais características de um verdadeiro e autêntico líder:
Reconhecemos um líder, principalmente pela sua SEGURANÇA! O líder é uma pessoa segura de si mesma. Tem AUTO-CONFIANÇA e não tem ANSIEDADE, nervosismo à toa, mente confusa, etc. Ele sabe o que quer e como vai consegui-lo. E por certo conseguirá!
Reconhecemos também um líder pela sua APRESENTAÇÃO! Não quer dizer que ele viva "embonecado" e "perfumado", mas significa sim, que ele viva LIMPO e BEM ARRUMADO, sem roupas rotas e estragadas, vestindo-se com bom gosto. Todos nós sabemos quando uma pessoa é APRESENTÁVEL e é assim que o vendedor de sucesso tem que ser.
Um vendedor que apresentar-se mal, em "compostura" no trajar-se, no falar, etc. com o aumento dos meios de comunicação e do poder aquisitivo dos clientes, tende a ficar "por fora" das reais ocasiões de venda.
Outra maneira de reconhecermos um líder é através de sua EDUCAÇÃO. E aqui "educação" é tomada no sentido mais popular do termo como "POLIDEZ". Uma pessoa "bem-educada" sempre tem tendência vender mais e melhor do que uma pessoa embrutecida, "grossa" , etc. E esses são fatores fundamentais na vida de sucesso de um vendedor.
O VENDEDOR / LÍDER, tem que ser uma pessoa "POR DENTRO" . Isto significa uma pessoa atualizada com o mundo e com os processos e acontecimentos da atualidade.
Um vendedor moderno tem que LER JORNAL diariamente e estar a par das últimas notícias nacionais e internacionais, pois que, do contrário terá sempre dificuldades em entabular um assunto com seu cliente.
Essa abertura para o mundo é essencial para o vendedor moderno, pois que a venda exige confiabilidade e a confiabilidade vem através da conversa e da troca de opiniões entre vendedor e comprador.
Vendedores "POR FORA", que só sabem falar de futebol, mulher e carro têm seus dias contados, pois ninguém mais está agüentando este tipo de gente, principalmente este tipo de vendedor. Atualizar-se, estudar, e ler coisas atuais em todos os campos do conhecimento, é pois uma exigência do vendedor atual.
O vendedor/líder é também aquele que sabe valorizar a sua pessoa e seu tempo!
O vendedor não pode perder tempo ficando muitas horas em salas-de-espera e locais diversos sem que esteja plenamente trabalhando, fazendo contatos, e conhecendo pessoas, futuros clientes. Assim, se você estiver esperando alguém, não perca a oportunidade de falar de seu produto, de mostrar as vantagens do seu sistema de compras e pagamentos, etc. Lembre que o seu tempo vale ouro, pois você vive das comissões sobre as vendas que realiza e se perder tempo em bobagens, o seu ganho diminuirá a cada dia.
O vendedor/líder é aquele que ajuda os colegas, ensinando-lhes técnicas novas e procurando sob todas as formas desenvolver a profissão de vendedor. Ele não tem medo da concorrência e sabe que é capaz de vencer. Ele luta para que sua classe seja mais unida, melhor, tenha melhores condições de apresentação e trabalho. Assim, o vendedor/líder é um homem de sucesso absoluto que é feliz e faz os outros homens felizes.
Por Luiz Marins
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A melhor frase
Publicado em
04/09/2010
às
09:00
A melhor frase.
Conta-se que um rei muito poderoso ao enfrentar um outro rei também poderoso, quase perdeu tudo depois de anos de batalhas. A guerra só acabou com a morte de um deles, mas custou muito caro ao vencedor, que sentiu o peso da miséria na sua vida e na to seu povo.
Foram necessários muitos para alguma recuperação nas finanças e na auto estima. Assim, meditando na riqueza e na pobreza, nos altos e baixos, o rei chamou seus sábios consultores e pediu que eles definissem em uma única frase esses dois momentos tão opostos, e que desse força para que ele superasse a falta de recursos, os problemas , dificuldades, angustias e tudo mais que aguarda cada ser humano . Essa frase vencedora seria escrita na bandeira daquele reino, e seria inserida no brasão real do rei.
Um dia pelos arredores do seu reinado parou perto de uma casa na beira da estrada. O rei perguntou ao proprietário como ele conseguia ser feliz naquele lugar tão longe de tudo e tão simples. O proprietário contou que no passado chegou a ter, dinheiro, mas perdeu tudo com o ataque de um rei muito poderoso naquela região.
Andou muito, conheceu muitas realidades, até encontrar esse lugar e mostrou ao rei uma tabuleta onde ele mandou gravar a frase da sua vida, para que ele se lembrasse sempre que podia superar tudo, desde que se lembrasse sempre da verdade escrita na tabuleta. Lá estava à frase que o rei tanto buscava. Estava escrito: "Tudo passa!"
Por isto: Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Iniciativa, Hesitação e Acabativa
Publicado em
03/09/2010
às
09:00
A reclamação é uma prática arraigada em todas as organizações. Poderia ser um instrumento de busca do aperfeiçoamento contínuo, mediante a sinalização de aspectos ineficientes e a proposição de ações corretivas. Porém, apresenta-se como um mecanismo de defesa, de transferência de responsabilidades ou, mais ainda, de culpabilidades. Apontamos o dedo para outra pessoa ou departamento e, com isso, justificamos nossas próprias deficiências além de desviarmos as atenções para outro alvo.
Uma empresa é um organismo vivo, sinérgico, sistêmico, no qual um departamento depende dos demais, o trabalho de um colega tem impacto sobre o desempenho dos outros. É por isso que a palavra “organismo” é bem aplicada. Porque se trata de uma instituição que se organiza.
Assim, fazer a diferença em seu ambiente de trabalho trará benefícios não apenas a você, mas a toda sua equipe. E a iniciativa é uma das mais importantes competências a serem desenvolvidas e praticadas em sua trajetória pela superação.
A iniciativa representa a capacidade de identificar e buscar oportunidades. Está associada ao comportamento proativo e, por conseguinte, em oposição imediata à hesitação, este inimigo sorrateiro que nos faz adiar projetos, cancelar investimentos, protelar decisões. Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a decisão tomada fosse outra.
O profissional dotado de iniciativa antecipa-se aos fatos, realizando atividades antes de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Conjuga os verbos “fazer”, “agir” e “executar”. Aproveita situações conjunturais para atender rapidamente novas demandas ou nichos. E, como pioneiro, obtém resultados concretos e mais significativos antes dos demais. Surpreende, empolga, contagia, encanta.
Porém, a iniciativa hoje não viceja sozinha, mas deve estar acompanhada de seu par, a acabativa, neologismo para simbolizar a habilidade de finalizar tarefas iniciadas. Na ausência da acabativa, tornamo-nos apenas filósofos, teorizando, conjecturando. Não são raros aqueles que iniciam atividades e que não as concluem. Projetos arquivados, livros lidos pela metade, diálogos interrompidos sem conclusão, sonhos de toda uma vida abandonados como se fossem de uma única noite de verão.
Por isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para agir e mudar se preciso for.
Lembre-se de que iniciar é preciso. Mas algo só termina, quando acaba.
Por Tom Coelho
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A Função Social da Empresa
Publicado em
02/09/2010
às
09:00
Com o advento da nova Lei de Falências e Recuperação Judicial, Lei 11.101/05, ficou evidenciado o esforço do legislador em reconhecer a empresa como célula da sociedade. Conforme artigo publicado pelo Deputado Osvaldo Biolchi, Relator do projeto de lei que resultou nesta nova lei “o espírito da lei seria destacar o interesse no país como um todo, em não medir esforços para manter a fonte produtora de emprego e renda: a empresa”. A recuperação judicial é uma ação autônoma que visa à continuidade da empresa em crise econômico-financeira. Tem por fonte a função social da empresa em relação ao dinamismo da atual sociedade, eis que os institutos concursais vigentes não são capazes de satisfazerem, hoje, os anseios e necessidades da coletividade em geral, incluído nela o Estado. Considera-se em estado de crise econômica o devedor que está em dificuldades temporárias na condução da sua atividade, com iliquidez, insolvência ou em situação patrimonial a merecer readequação planejada. A viabilidade econômica tem como pressuposto, dentre outros fatores, a importância social e econômica da atividade do devedor no contexto local, regional e nacional, a mão-de-obra e a tecnologia empregadas, o volume do ativo e do passivo, o tempo de funcionamento e a criação da empresa, o faturamento anual e o nível de endividamento. Percebe-se a inequívoca intenção do legislador de optar por medidas de saneamento empresarial, tendo em vista a \"função social\" desempenhada pela atividade produtiva, buscando a manutenção do emprego e da ordem econômica nacional. Isso representa, no dizer de Frederico Sinionato, \"uma importante tentativa de romper com o Direito Falimentar tradicional, que apóia-se no princípio da impontualidade. Dessa forma, essas instituições estarão autorizadas, quando em situação de crise econômico-financeira, a requerer a abertura do processo reorganizatório\". Esse novo instituto é o carro chefe da nova lei concursal e tem por objetivo de salvaguarda a economia com a manutenção dos postos de trabalho e evitar o efeito dominó de crise sócio-econômica. Contrapõe-se, assim, ao regime já superado da concordata e com a pretensão de ver diminuída, em importância, a falência que destrói as empresas e agrava, por conseguinte, a crise social e econômica no País. Hoje, a atividade econômica organizada é à base do desenvolvimento econômico da sociedade, devendo ser preservada na medida do possível. O simples fato de existir dúvida sob sua viabilidade, já se justifica a sua manutenção.
Por Gabriele Chimelo Pereira Ronconi
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O "inesperado" calor de um cafezinho
Publicado em
01/09/2010
às
09:00
Bem, já que terminaram minhas tarefas diárias vou me deliciar com algo que adoro...
Vou tomar meu cafezinho expresso.
Sentado, tranqüilamente, na minha cafeteria predileta.
- Por favor, um cafezinho expresso.
- Acompanhado de bolachinha amanteigada e água mineral?
- Sim. E bem quentinho...
Aqui espero o cafezinho e admiro o movimento. Estou tranqüilo. Terminei toda a minha faina diária...
Fico a pensar: à volta das cafeterias. É um sucesso! Cada vez abrem mais. Em todos os lugares. Em
todos os bairros. Em todos os Centros Comerciais e todas com amplo sucesso. São “points” para todos...
Todos se deliciando com o café. De todos os tipos. Café: tão ao gosto do brasileiro.
- Senhor, estou lhe servindo o cafezinho. De acordo com seu pedido.
- Desde já meus agradecimentos
Fico a observar a “fumacinha” sair da xícara...
Deve estar gostoso.
Coloco as gotinhas de adoçante para manter minha forma.
Lá vou eu tomar o tão “esperado” cafezinho.
Levo-o à boca.
- Que horror! Que horror! “Que quente”! Está me queimando os lábios. Garçom? Garçom!
- Senhor o que houve?
- Não posso falar direito. Estou com a boca toda queimada. O café servido por você estava muito
quente. Fervendo! Vou embora. Vou procurar uma emergência. Estou queimado! Este café servido por
você é “monstruoso”. Estou queimado em função do cafezinho...
Isto tudo numa cafeteria lotada por pessoas que também estão ali em função do cafezinho... Bem
pertinho do centro da cidade.
Todos gostam do café.
Todos gostam do café quente, mas não tão quente assim a ponto de queimar a boca...
Café expresso.
Café Capuccino.
Café pingado, mas não café onde a fumaça sai da boca.
Da boca do cliente.
São os dissabores do “gostoso” cafezinho bem brasileiro.
Por David Iasnogrodski
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Oportunidades para Atualizar sua Carreira
Publicado em
31/08/2010
às
09:00
O ano de 2010 fortalece um período de inquietude, renovações e fortes expectativas, principalmente no cenário político, com as próximas eleições. Novas regulamentações, projetos e valores para a questão ambiental, estarão fazendo parte do discurso, de inúmeros políticos. No cenário mundial, executivos, economistas e administradores de multinacionais, estudam o mercado brasileiro, com o objetivo de conhecer os potenciais do nosso país. Felizmente, no âmbito profissional, uma tendência passa a fazer parte do processo de avaliação e exige maior entendimento: a questão ambiental. Compreender e aproveitar as oportunidades de crescimento brasileiro é fundamental, bem como é necessário, contribuir no fortalecimento da questão ambiental. Descubra pontos fortes na sua carreira profissional e perceba que colocar ações positivas de inovação em prática, não é mais agora, é já!
O Brasil é um lugar repleto de oportunidade – Quando assisti a palestra do economista Muhammad Yunus, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, fundador do Grameen Bank, instituição especializada em microcrédito, aguardava com expectativa o seu parecer sobre o Brasil, bem como dados da estratégia de atender mais de 60 milhões de brasileiros, com renda mensal entre um e três salários mínios. Não demorou muito e, logo na abertura da palestra, a resposta foi apresentada com a afirmação de que o Brasil é um lugar repleto de oportunidades e, além de ser a maior economia da América Latina, será anfitriã da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas. O número de empresas estrangeiras, com desejo de investir no Brasil, está em ascensão. Acredite com maior confiabilidade no crescimento do mercado interno. Permanecer de braços cruzados e deixar de investir em treinamento, no capital humano e nas oportunidades, será como perceber a água entrar dentro do barco e acreditar que nada acontecerá. Prepare-se para aproveitar as oportunidades e atualizar sua carreira.
A questão ambiental não pode ser ignorada – Durante uma das aulas do Mestrado, discutimos sobre o entendimento de que a Administração não pode ser limitada à cultura do mundo corporativo. Há uma abrangência maior, como por exemplo, o uso de estudos da Psicologia, para entender o comportamento do consumidor e a ligação da Engenharia, com a preservação do meio ambiente. Atualmente, há a necessidade de aproximação mais intensiva com a área comercial e o entendimento que o consumidor está indicando uma relação de compra com a preservação ao meio ambiente. Ao apresentar práticas de sustentabilidade, uma empresa também preza por reter, atrair e contratar pessoas que permitam desempenhar ações coerentes com a questão ambiental. Importantes empresas brasileiras estão desenvolvendo práticas, com o objetivo de envolver seus funcionários para implementar, melhorias para a responsabilidade socioambiental. Perceba que a questão ambiental faz parte do currículo e passa a ser uma importante conexão com o talento profissional.
Um profissional atualizado, livre e de bons costumes, caminha na direção de observar as oportunidades de crescimento na sua carreira e percebe a relevância de práticas para a sustentabilidade. Seja um profissional com vontade de vencer, capacidade de superar desafios e desejo de inovar. Amplie sua visão para observar as demandas do mercado e passe a acreditar que para vencer, será necessário capacidade de se antecipar e se diferenciar dos outros. Acreditar no Brasil é positivo, mas é preciso muito mais. É necessário colocar em prática o compromisso de prometer menos e fazer mais. O que você está fazendo para aproveitar as oportunidades?
Por Dalmir Sant’Anna
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O Consumidor sofre com os SACs
Publicado em
30/08/2010
às
09:00
Há quem diga que o consumidor é superprotegido no mercado, mas a verdade é outra. Mesmo com toda a proteção que o consumidor tem, os abusos continuam acontecendo.
Para justificar essa afirmação, conto dois casos que aconteceram comigo, muito recentemente. Primeiro, tive um problema com a conta de energia da minha residência. Veio uma primeira, cujo valor superava os cinco mil reais e, enquanto a concessionária verificava a minha reclamação, veio outra conta ainda mais alta.
Diante da relutância da concessionária em resolver o problema e após a perda de horas em contato com seu serviço de atendimento a clientes, não me restou outra alternativa a não ser entrar com ação judicial, o que para um advogado é até mais fácil do que perder em vão horas buscando a solução.
Logo na primeira audiência houve a conciliação porque a advogada da empresa confessou que foram colocados no mercado medidores com problemas de software. Mas por que não resolver o problema administrativamente? A resposta para essa pergunta não foi dada.
Bem mais recentemente tive outro problema, ainda sem solução. Havia contratado serviço de internet banda larga de operadora móvel que funcionava na minha antiga residência, mas que, após mudança de endereço, parou de funcionar.
Notifiquei a operadora de que o serviço não funcionava no novo bairro de São Paulo, a fim de que não me cobrassem a multa rescisória referente à fidelização, afinal de contas haviam decorrido onze dos doze meses exigidos.
Mesmo após a notificação, a multa contratual foi cobrada na íntegra, ou seja, sem levar em conta o decurso quase integral do período contratual. Mais uma vez, reclamei no serviço de atendimento a clientes e a operadora insistiu que a multa era devida.
Quando ouvi a gravação do serviço de atendimento a clientes por mim solicitada, notei que as operadoras de telemarketing conversaram entre si e que uma delas reconheceu que o meu novo bairro não contava com a cobertura do serviço de internet móvel.
Mesmo assim, a segunda atendente, mais gabaritada, buscou me convencer de que a multa era devida. Obviamente não me convenceu.
A conclusão a que eu chego é que os serviços de atendimento a clientes das empresas que criam mais problemas para os consumidores não atendem ao objetivo de harmonizar as relações de consumo.
Muito ao contrário, o treinamento por parte dessas empresas é feito para convencer o consumidor de que a empresa está certa.
Alguns consumidores deixam para lá, incentivando a continuidade desses comportamentos nocivos por parte das empresas.
Outros mais chatos, como eu, entram com ações judiciais e apenas resolvem seus problemas, sem conseguir punir esses comportamentos ilegais.
Isso deve parar! Para tanto, são fundamentais as reclamações dos consumidores.
Por Arthur Rollo
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Conheça sua Base Motivacional
Publicado em
29/08/2010
às
09:00
Vamos colocar de lado o conceito equivocado de que motivação, no mundo corporativo, significa bônus salariais, promoções, eventos festivos, palestras-show e tapinhas nas costas. Embora importantes e desejáveis, profissionais responsáveis sabem que estes são aspectos apenas estimuladores de um comportamento proativo.
Motivação é um processo endógeno, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado-muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou insiste no cumprimento da tarefa.
Teorias comportamentais
Muitos são os estudos acadêmicos envolvendo teorias comportamentais. Abraham Maslow e a Teoria da Hierarquia da Preponderância das Necessidades, Burrhus Skinner e a Teoria da Modificação de Condura, Victor Vroom e o Modelo de Expectância, Julian Rotter e a Teoria da Aprendizagem Social, Frederick Herzberg e Teoria dos Dois Fatores, Douglas McGregor e a Teoria X e Y, e mais recentemente, Mihaly Csikszentmihalyi e a Experiência Máxima ou Flow.
Enfim, há uma série de outros autores dignos de menção, mas meu intuito aqui não é fazer um tratado acadêmico. Aliás, falar de teoria no mundo corporativo é falar de fumaça. Esta introdução foi apenas para apresentar um último nome que tem uma grande contribuição prática para ser apreciada: David McClelland, psicólogo da Universidade de Harvard, com a Teoria das Necessidades.
Três bases motivacionais
McClelland identificou três necessidades secundárias adquiridas socialmente: realização, afiliação e poder. Cada indivíduo apresenta níveis diferentes destas necessidades, mas uma delas sempre predomina denotando um padrão de comportamento.
Pessoas motivadas por realização são orientadas para tarefas, procuram continuamente a excelência, apreciam desafios significativos e satisfazem-se ao completá-los, determinam metas realistas e monitoram seu progresso em direção a elas.
Indivíduos motivados por afiliação desejam estabelecer e desenvolver relacionamentos pessoais próximos e pertencer a grupos. Cultivam a cordialidade e o afeto em suas relações e estimam o trabalho em equipe mais do que o individual.
Finalmente, aqueles motivados pelo poder apreciam exercer influência sobre as decisões e comportamentos dos outros, fazendo com que as pessoas atuem de uma maneira diferente do convencional, utilizando-se da dominação (poder institucional) ou do carisma (poder pessoal). Gostam de competir e vencer e de estar no controle das situações.
Meu convite é para que você reflita, respondendo a si mesmo: onde me encaixo? É provável que você goste de ter o controle, deseje realizar coisas, tenha prazer em competir, estime cultivar relações pessoais. Mas observe como há um padrão dominante. Se eu solicitar a uma plateia que todos cruzem os braços, algumas pessoas colocarão o braço direito sobre o esquerdo e vice-versa. Se eu solicitar que invertam estas posições, todos serão capazes de fazê-lo, mas seguramente sentirão certo desconforto. Assim são as preferências: tendemos a optar por alguns padrões. Você tem uma base motivacional preponderante.
Teoria aplicada à prática
Em minha carreira como empreendedor e consultor, muitas vezes questionei-me por qual razão certas organizações fracassavam. Deparei-me com modelos de negócios fantásticos que não geravam resultados. Encontrei empresas lucrativas que definhavam devido à incompatibilidade entre seus sócios. Observei executivos talentosos, porém sem brilho nos olhos.
Hoje, à luz da Teoria de McClelland, passei a ter a visão menos turva. Consigo compreender que para uma empresa lograr êxito é preciso a praticidade e o foco de pessoas motivadas pela realização, a liderança e a firmeza de indivíduos motivados pelo poder, a sinergia e empatia daqueles motivados por afiliação.
Quando as empresas perceberem isso, será possível encontrarmos pessoas mais felizes trabalhando pelo simples fato de estarem posicionadas nos lugares corretos. Passarão a gostar do que fazem, pois poderão exercer suas habilidades com plenitude.
Quando os empreendedores perceberem isso, será possível construir sociedades mais estáveis formadas por pessoas que se complementam mais por suas habilidades e anseios e menos por cultivarem apenas relações de amizade. Teremos negócios mais sólidos, gerando mais empregos, sendo mais autossustentáveis.
Quando as pessoas perceberem isso, será possível que passem a abrir mão da necessidade de estarem certas –ou de alguém estar errado– sem abdicar de suas próprias verdades filosóficas ou opiniões mais sensíveis. E passem, a partir deste autoconhecimento, a fazer o que podem, com o que têm, onde estiverem.
Por Tom Coelho
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O fechamento dos postos da ANAC
Publicado em
28/08/2010
às
09:00
A ANAC anunciou o fechamento de sete postos em aeroportos dos dez existentes. O motivo, segundo anunciado, seria a falta de procura, o que justificaria a manutenção do atendimento exclusivamente por telefone e internet.
Isso, a nosso ver, vai na contramão da resolução n° 141, baixada pela própria ANAC, que passou a vigorar em 13 de junho e que aumentou as obrigações das empresas aéreas, que devem informar corretamente os passageiros especialmente nos casos de atrasos e cancelamentos de vôos; devem devolver imediatamente o dinheiro em caso de descumprimento do contrato e devem proporcionar acomodações adequadas nos casos de atrasos.
Se a ANAC não mais contará com representantes nos aeroportos, como será feita essa fiscalização?
Os postos da ANAC são importantes para os consumidores, especialmente nos casos de recusas das empresas aéreas no fornecimento de comprovantes de atraso ou de extravio de bagagens. A função da ANAC era não só orientar os passageiros, como também atestar as falhas nos serviços prestados, até para permitir uma posterior ação judicial a partir desses comprovantes.
Naqueles aeroportos que contam com Juizados Especiais, das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, não haverá perda, porque em caso de dificuldades os passageiros poderão procurar diretamente a Justiça. Entretanto, a maioria dos aeroportos não conta com posto da ANAC e nem do Juizado Especial, deixando o passageiro absolutamente desamparado.
Aliás, nem isso foi pensado, posto que os aeroportos de Brasília e Guarulhos continuarão tendo postos da ANAC e dos Juizados Especiais. Se era para fechar postos, o melhor seria que fosse dada prioridade ao fechamento nas localidades que contam com Juizados Especiais para não desamparar os passageiros.
A postura de fiscalização e de prevenção de problemas não vem acontecendo e a prova maior disso são os crescentes problemas de atrasos, cancelamentos e panes que acontecem por todo o Brasil.
O Governo Federal não vem fazendo a sua parte, tanto em matéria de infraestrutura aeroportuária, quanto em matéria de fiscalização. A demanda de passageiros aumenta a cada ano, sem o correspondente acompanhamento das estruturas e dos serviços indispensáveis à qualidade dos vôos e à segurança dos passageiros.
Se os atendentes da ANAC deixassem os seus postos escondidos nos aeroportos e fossem aos locais de embarque, para orientar os passageiros e fiscalizar as empresas, não faltaria trabalho.
Se antes, pessoalmente, já era difícil resolver os problemas dos passageiros, imagina agora com os exclusivos canais da internet e do telefone. A coisa tende a piorar.
Por Arthur Rollo
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Quota do Jovem Aprendiz
Publicado em
27/08/2010
às
09:00
Seguidamente somos questionados pelos empregadores, em nossa área trabalhista, acerca da quota do jovem aprendiz nas empresas.
Sobre o assunto, esclareço que de acordo com a definição dada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a aprendizagem diz respeito à formação técnico-profissional que capacita o jovem ao exercício de uma profissão através de sua primeira experiência como trabalhador no mercado de trabalho, tendo sido recentemente publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, a Instrução Normativa SIT nº 75, de 8 de maio de 2009, com a finalidade de adequar a legislação às exigências da Doutrina da Proteção Integral incorporadas à Constituição Federal e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, e que dispõe, relativamente a quota do jovem aprendiz nas empresas, no parágrafo 2º do seu artigo 2º, in verbis:
“Art. 2º. Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo menos 7 (sete) empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual legalmente exigido.
§ 1º. ...(omissis)...
§ 2º. O cálculo do número de aprendizes a serem contratados terá por base o total de trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional, independentemente de serem proibidas para menores de 18 (dezoito) anos, excluindo-se:
I - as funções que, em virtude de lei, exijam formação profissional de nível técnico ou superior;
II - as funções caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de confiança, nos termos do inciso II do art. 62 e § 2º do art. 224, ambos da CLT;
III - os trabalhadores contratados sob o regime de trabalho temporário instituído pelo Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1973; e
IV – os aprendizes já contratados.”
Portanto, ao contrário do que muitos pensam, inclusive inúmeros profissionais das áreas do próprio direito e da contabilidade, o cálculo do número de aprendizes jamais levará em consideração o número total de funcionários de uma empresa.
Registro, aqui, que em certos casos, os próprios fiscais das Delegacias Regionais do Trabalho têm assim considerado, notificando de forma completamente equivocada os empregadores para que façam o cálculo dessa forma, sob a ameaça de aplicação de multas, procedimento este que é ilegal e que deve ser combatido através de competente defesa.
Por Marcelo Nedel Scalzilli
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Parques e incubadoras são ambientes de inovação
Publicado em
26/08/2010
às
09:00
A competitividade das empresas brasileiras no mercado globalizado tem sido motivo de preocupação. Mesmo com o esforço feito pelos governos, ainda não temos resultados que garantam competitividade em inserções globais. Diferenças competitivas como recursos materiais e financeiros não são mais o foco principal, dando lugar a parcerias e capital intelectual.
A inovação tornou-se determinante para a conquista da competitividade e o Brasil busca esse modelo de desenvolvimento. As iniciativas que demonstram bons resultados têm sido as de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, ainda que o esforço não seja novidade. Na década de 1980, o governo brasileiro apoiou iniciativas de envolvimento entre universidades e empresas em Parques Tecnológicos. A ação não teve os resultados esperados. Não havia experiência na gestão da inovação e nem conhecimento de gestão de Parques, estagnando temporariamente esse movimento.
No Rio Grande do Sul, na década de 1990, buscou-se a mesma aproximação para que as empresas utilizassem o potencial de laboratórios e recursos humanos das universidades. Aproveitando o momento, nasceram Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos. Atualmente no estado existem mais de 20 incubadoras e três parques tecnológicos em operação.
Em 1991, Etzkowitz e Leydesdorff apresentaram modelo de interação entre governo, universidade/centros de pesquisa e empresas chamado de Triple Helix. Segundo os autores, o formato poderia contribuir para a aquisição da capacidade inovadora, garantindo-lhes competitividade. O Vale do Silício (EUA) é um exemplo de sucesso da interação entre universidade e empresa porque aproximou a excelência da universidade e as empresas demandadoras de tecnologia e conhecimento.
Em Porto Alegre, aplicando o modelo da Triple Helix e inspirado no exemplo do Vale do Silício, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (TECNOPUC) é a prova de que a parceria entre a universidade e as empresas permite um crescimento mutuo e cria ambiente propício à inovação. Nesse contexto, a ideia de que a transferência tecnológica é uma dádiva da academia foi superada, dando lugar a uma visão ampla, abrangendo a troca contínua entre parceiros.
Usufruindo da proximidade e da relação com a Universidade, as empresas instaladas no Tecnopuc têm conquistado resultados satisfatórios, o que permite concluir que possuem diferencial competitivo, garantindo crescimento, competitividade e espaço no mercado com as inovações em seus processos, produtos e serviços. Um exemplo da aplicação destas inovações é a empresa Protótipos 3D, Incubada na Raiar da PUCRS. Em parceria com a Faculdade de Odontologia da Universidade, desenvolve software para planejar implantes dentários em técnica de cirurgia guiada por meio de imagens tridimensionais.
Parte desses resultados advém da possibilidade que as empresas têm em deixar de contratar mão de obra para contratar talentos, justamente por estarem próximos dos grandes geradores e identificadores desses perfis: a sala de aula, os centros de pesquisa, os pesquisadores e os laboratórios da Universidade.
Por Edemar Antônio Wolf de Paula
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A exposição e o limite da verdade
Publicado em
25/08/2010
às
09:00
Marcas de empresas, produtos e pessoas se expõem em ritmo frenético nas mídias. É uma “geração” influenciada pelo reality show. A audiência se eleva para saber da vida alheia. Acredito que passada a fase deste excesso, deveremos entrar em um momento de “filtro”. Tudo ficará mais exposto e, portanto, me interessará apenas o que for de fato relevante. E neste cenário, “parecer ser” será muito diferente de “ser”. Hoje as marcas, produtos, serviços e empresas estão navegando em um mar de “parecer ser”. Parecem oferecer qualidade, parecem oferecer inovação, parecem oferecer ética. Apenas parecem. No ritmo alucinado que o mercado demandou, as próprias marcas não conseguem mais manter isso, de forma geral, e o “parecer ser” acaba não sendo. Fica falso. Vira fake.
Do outro lado, está nascendo um novo perfil de consumidor. Aquele que cobra a verdade. Cobra seus direitos. Rejeita uma marca e levanta a bandeira de sua destruição. Este consumidor não quer mais ser enganado. Não quer se sentir personagem do show de exposição das marcas. Ele quer uma experiência verdadeira. Pode até não ser das melhores, mas que seja verdadeira. Como se expor dentro dos limites da verdade? Como apresentar os valores e diferenciais que você de fato pode entregar? Não adianta uma marca entrar em um show, dizer que é a melhor, e no decorrer do jogo, o público passar a odiá-la. Isso é comum nos BBBs, e é um reflexo no comportamento de relacionamento entre empresas e consumidores. Na dúvida do que dizer, diga a verdade. Na dúvida do que prometer, prometa menos. Tenho certeza de que só assim será possível se construir relações mais sólidas. Pense nisto. Mas não se exponha! Apenas pense!
Por Gabriel Carneiro Costa
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O reflexo da ilegalidade no contratante
Publicado em
24/08/2010
às
09:00
Empresas e entidades contratantes de prestadores de serviços profissionais devem estar atentos e sabedores dos riscos de responsabilidade civil, tributária e até penal que este ato implica. Trata-se da responsabilidade solidária em questões tributárias e estabelecida, quando civil ou penal. “Mas como eu, apenas contratante, posso ser responsável por delitos cometidos por quem presta serviços para mim?”, você deve estar se perguntando. A gente explica.
Hoje no Brasil existem opções tributárias que refletem diretamente na quantidade de impostos devidos mensalmente. No entanto, o Simples Nacional, Lei a qual nos referimos, é exclusivo, ou seja, não basta querer estar nele, é preciso possuir as características necessárias para isso. Muitas empresas, entretanto, usam de artifícios ilegais para forjar este enquadramento. Tomemos como exemplo um contrato de prestação de serviços de assessoria administrativa (atividade vedada para o ingresso no Simples Nacional). Eis que, para estar no Simples, o prestador emite uma nota fiscal que descreve um serviço possível, como por exemplo, preparação de documentos e serviços especializados de apoio.
Em um momento ou outro é muito possível que este ato seja descoberto pela autoridade competente. A empresa que presta o serviço estará sujeita a responsabilidades tributárias, civis e penais. Será excluída do Simples e poderá pagar os impostos de forma retroativa há até cinco anos, além de pagar multas que variam de 75% a 225% do imposto devido. Isto sem livrar a empresas das penalidades civis e penais pela fraude. E é aí que podem começar os problemas para o contratante destes serviços, pois haverá a analise da cumplicidade e que responsabilidades o contratante possui nesta fraude.
Primeiramente há uma distorção entre o que consta em contrato e o que está se pagando através da nota fiscal. Teoricamente é outro serviço, ou seja, pode aparecer o velho ditado simplista da administração financeira: quem paga mal, paga duas vezes. Questionem-se: o prestador de serviços de assessoria não poderia cobrar novamente da contratante pelos serviços descritos no contrato e realizados, uma vez que a nota fiscal que foi emitida e aceita descreve outro serviço? Vamos além. Na solidariedade tributária a empresa que contrata serviços profissionais está obrigada a reter na fonte Imposto de Renda ou INSS, por exemplo, e se não o fizer responderá pelo tributo não retido. Ainda merece análise a contratação de serviços especializados por entidades que recebem recursos públicos e estão sujeitas a fiscalização de órgãos específicos como o Tribunal de Contas. Se uma nota fiscal na prestação de contas não corresponder com o serviço efetivo é motivo de devolução do recurso público, sujeitando o infrator a penalidades duras.
Portanto, existem sim responsabilidades civis, tributárias e penais para ambas as partes. A intensidade dessas responsabilidades pode variar, tendo em vista elementos como reincidência, sofisticação ou má fé da infração. Observar a legislação específica do Simples Nacional, ou do Regulamento da Previdência Social ou ainda do Regulamento do Imposto de Renda é o melhor a fazer.
Por Marcos Fracalossi
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Ministro Ari, parabéns!
Publicado em
23/08/2010
às
09:00
Ministro Ari Pargendler.
Dr. Ari Pargendler.
Amigo Ari Pargendler.
Ari Pargendler.
Orgulho para sua cidade natal, Passo Fundo no Rio Grande do Sul?
Muito pouco para o que essa personalidade jurídica representa.
Orgulho para a capital de todos os gaúchos, onde realizou seus estudos?
Muito pouco para o que essa personalidade jurídica representa.
Orgulho para os gaúchos, pois é um digno representante do Direito do Rio Grande do Sul?
Ainda é muito pouco para o que essa personalidade jurídica representa.
Orgulho para seus inúmeros amigos?
Ainda assim é muito pouco para o que ele representa.
Orgulho para sua família?
Agora sim. Depois de tudo apresentado acima, Ari é um orgulho imenso para sua dileta família. Simples. Autêntico. Sincero. Inteligente e nobre em todos seus atos.
Excelente filho – Seus pais: Paulo e Celina Pargendler.
Excelente pai – Sua filha é a Mariana Souza Pargendler.
Excelente esposo – Esposo de Lia Telles de Camargo Pargendler.
Um orgulho para todos!
Um orgulho para todos nós quer sejamos de Passo Fundo, da capital dos gaúchos ou de todos os rincões deste Estado sulino.
Ministro Ari Pargendler é o novo Presidente do Superior Tribunal de Justiça até 2012.
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Desde 19 de junho de 1995 exerce o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
A partir de três de setembro de 2008 é Vice Presidente do Superior Tribunal de Justiça. Também desde esta data citada exerce o cargo de Vice Presidente do Conselho da Justiça Federal. É integrante do Conselho de Administração do Superior Tribunal de Justiça e Membro da Corte Especial deste Tribunal.
Foi advogado de 1969 a 1972, quando foi nomeado Procurador da República.
Em 1976 foi nomeado Juiz Federal.
Até 1995 foi Professor da Faculdade de Direito da UFRGS, quando se licenciou para assumir o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Estas são algumas das muitas atividades exercidas pelo Ministro Ari Pargendler – o novo Presidente do Superior Tribunal de Justiça, eleito por aclamação em 3 de agosto pelos 27 ministros presentes no pleno deste STJ para presidir o colegiado até 2012.
Apresentamos a seguir uma síntese do pronunciamento do Ministro Ari Pargendler: “Espero estar à altura deste honroso cargo e aproveito a oportunidade para pedir a colaboração de todos no sentido de que o Tribunal cada vez mais se projete no cenário jurídico nacional”.
O Superior Tribunal de Justiça – o Tribunal da Cidadania – foi criado pela Constituição Federal de 1988. Diante da grande repercussão de suas decisões e de sua importância no cenário jurídico brasileiro é difícil crer que a instituição tenha apenas 21 anos de história. Este tribunal é fruto de uma gama de debates políticos e acadêmicos que permearam todo o século XX e tiveram como auge a Constituição Federal de 1988.
O STJ – como é conhecido o Superior Tribunal de Justiça, iniciou a funcionar em abril de 1989, ano em que julgou pouco mais de três mil processos. Até hoje, segundo pesquisa realizada junto ao site oficial do STJ, este Tribunal já ultrapassou a casa dos três milhões de julgamentos ao longo de sua pequena história.
Ministro Ari Pargendler – gaúcho de Passo Fundo, ao tomar posse como Presidente do STJ em 3 de setembro acumulará a Presidência do Conselho da Justiça Federal, órgão encarregado da Supervisão Administrativa e Orçamentária da Justiça Federal de primeira e segunda instância.
Ministro Ari Pargendler, Parabéns!
Tenho a certeza que este Tribunal ganhará muito com sua sabedoria e liderança.
Tenho a certeza que nós todos, colegas, amigos e familiares e também a população brasileira em geral se orgulhará muito quando a partir de três de setembro Vossa Excelência tomar posse como o novo Presidente do STJ.
Desde já nosso sucesso em mais esta jornada.
...
Muito agradecido pelo convite da Sessão de Posse.
Por David Iasnogrodski
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A comprovação da segurança da Urna Eletrônica
Publicado em
22/08/2010
às
09:00
Ouço e também tenho há muito tempo dúvidas sobre a segurança e a lisura da adoção da urna eletrônica brasileira. Com a ocorrência dos vários escândalos políticos que assolam Brasília promovidos pelos que se encontram e dominam o poder, a população mais esclarecida anda cada vez mais desconfiada e insegura quanto à honestidade do sistema.
Mesmo com a certeza da boa intenção do TSE, a dúvida permanece. Basta um funcionário ou um técnico eletrônico corrupto — e dinheiro para esta corrupção existe e muito—, para que um comando venha a ser modificado visando privilegiar certamente quem já está encastelado no poder, para que haja uma mudança no resultado do pleito. Por mais avançado que o sistema possa ser, todos sabemos que “hackers” violam cotidianamente os mais sofisticados sistemas de segurança eletrônicos implantados.
O que sugiro é a adoção aleatória de urnas eletrônicas com comprovantes em papel, como acontece com cartões de crédito, que seriam confrontados com os resultados do voto eletrônico, ou seja, o eleitor de uma determinada urna, além de votar eletronicamente receberia uma comprovação de em quem votou e esta seria depositada em uma urna cujo resultado seria confrontado com o do sistema eletrônico. Bastaria que esse sistema de controle atingisse não muito mais do que 1% do total das urnas, para que a dúvida quanto à honestidade do pleito fosse sanada.
Acho que a adoção de uma medida simples como aquela poderia em muito afiançar a honestidade e a lisura das eleições. Deixaria em todos nós eleitores uma maior confiança no resultado e, ainda, serviria ao Tribunal Superior Eleitoral como respaldo da sua eficiente atuação. Essa seria uma medida barata, simples de ser implantada e que deveria ser supervisionada pelos partidos políticos, não só quanto à apuração, mas também quanto ao sorteio da distribuição das seções eleitorais que deveriam adotar tal sistema comprobatório.
Mesmo em tempos de democracia como vivemos, os cuidados com a liberdade devem ser permanentemente monitorados e a adoção de medidas preventivas podem ser, ao lado da imprensa livre, a segurança de toda uma nação contra os extremistas que se aboletam no poder e que se utilizam de todos os meios para nele permanecer.
Por Nelson Lima do Amaral
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Graças a deus que os bancos estão lucrando
Publicado em
21/08/2010
às
09:00
Segundo o nosso primeiro mandatário, “graças a Deus que os bancos estão lucrando!”
Fazia muito tempo que não ouvia um absurdo tão grande. Será que o energúmeno mor não sabe que estes mesmos bancos que, no passado ele próprio criticava como os exploradores dos “cumpanheiros”, mudaram tanto assim? Tenho certeza que modificaram e muito. Hoje graças à informatização, milhares de bancários perderam seus empregos e os banqueiros diminuíram em muito suas folha de pagamento.
Será que aquele mesmo senhor não sabe e não vê o nível de endividamento da classe média, hoje pendurada nos empréstimos bancários e nos cartões de crédito com os seus escorchantes juros de mais de 10% ao mês? Será que ele não percebe que a única coisa que os bancos vendem é o tempo e como o tempo é divino, só Deus poderia comercializá-lo, segundo Santo Agostinho? Sem falar que na idade média o crime de agiotagem dava até pena de morte.
O que produz um banco brasileiro, além de juros, sendo estes os mais altos do mundo? Onde está a responsabilidade social destes estabelecimentos? Alguns até incentivam a arte e a cultura, outros têm iniciativas voltadas para a ecologia, mas a grande maioria está mesmo é muito preocupada em aumentar exponencialmente os seus lucros. Tudo bem, podem até estarem certos em procurar ganhar cada vez mais, porém mandar e desmandar nas autoridades visando apoios não muito éticos, ou melhor, sem ética nenhuma para manterem sempre os mesmos a seus soldos no poder em troca de toda a segurança e garantia de que as coisas não mudarão jamais, aí já é demais!
Mas, a minha grande indignação mesmo é com a apologia que a nossa maior autoridade vem fazer a esses exploradores, sanguessugas de uma classe média empobrecida, de empresários em fase pré-falimentar e de toda uma população que para sobreviver necessita se endividar cada vez mais junto aos bancos, os quais sem o menor pudor saem alardeando depois os seus vergonhosos lucros obtidos à custa da escravidão imposta a todos nós.
Sou sempre a favor da democracia e do capitalismo, mas em nosso país parece que o governo só se preocupa com o topo da pirâmide, ou seja, com quem tem muito dinheiro, ou com os miseráveis, cooptados por bolsas eleitoreiras. Já a classe média, que tem o poder do pensamento e a clareza da realidade, eles querem mais é que se acabe, pois sem ela os que estão hoje encastelados no poder, nele permanecerão para sempre.
Por Sylvia Romano
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Que Rua!
Publicado em
20/08/2010
às
09:00
Acordo cedo.
Fico a pensar: “Vou hoje passear pelo tempo. Vou passear pelo hoje e pelo ontem de minha cidade”
Caminhando e cantando...
Caminhando e cantando por uma rua.
Caminhando, cantando, pensando num poeta que retratou bem a “sua” amada rua de Porto Alegre.
Caminhando, cantando, pensando, assobiando junto a uma rua que se tornou quase um símbolo para a capital de todos os gaúchos.
Caminhando, cantando, pensando, assobiando e observando o ontem e o hoje da rua em que o poeta Mario Quintana escolheu para morar e nos mostrou suas belezas através das “suas” letras.
É a rua da Praia.
Existe desde a fundação da cidade, sendo aquela que corria exatamente à margem do Guaíba (lago ou rio?) defronte ao antigo porto de Viamão, onde primeiro se estabeleceu uma colônia de povoamento na área da futura Porto Alegre. Nesta rua foi fundada a primeira igreja da cidade, a hoje desaparecida Capela de São Francisco das Chagas. Em sua extremidade oeste foram desde cedo erguidos os arsenais da Marinha e os Armazéns Reais, numa época em que as casas da rua ainda eram cobertas por palha.
Rua da Praia que não tem praia.
Um verdadeiro centro de compras ao ar livre.
Rua da Praia da antiga Loja da Fábrica de chocolates Neugebauer e suas deliciosas tortas assim como da loja dos chocolates Kopenhagen.
Rua da Praia da Casa Masson e seu “grande” relógio, sempre com a “hora certa”.
Rua da Praia das lojas Krahe e Sloper.
Rua da Praia do café Rihan e das conversas a respeito de todas as novidades...
Rua da Praia do tradicional cachorro quente da Confeitaria Matheus.
Rua da Praia de vários museus: do Exército, da Comunicação, do Trabalho.
Rua da Praia dos cinemas Cacique, Imperial, Guarany, Ópera e Central.
Rua da Praia das meninas bonitas dos finais de tarde.
Rua da Praia e seus quartéis com uma exuberante arquitetura.
Rua da Praia da Praia da Galeria Chaves – o primeiro “shopping” da cidade.
Rua da Praia da Livraria do Globo e seu “leitor” Érico Veríssimo.
Rua da praia do Edifício Santa Cruz – o mais alto da cidade e construído com estrutura metálica.
Rua da Praia da Igreja das Dores e sua escadaria – um dos pontos turísticos da cidade.
Rua da Praia das suas esquinas, folhas caídas, paralepipedos inigualáveis e dos ambulantes “fixos”.
Rua da Praia da Praça da Alfândega e sua calçada de “pedrinhas portuguesas” onde é realizada a tradicional Feira do Livro – um dos maiores eventos culturais ao ar livre do mundo. Neste local antigamente se concentravam os comerciantes, já que ali existia o cais de desembarque, e recebeu seu primeiro calçamento em 1799, por ordem do ouvidor Lourenço José Vieira Souto.
Rua da Praia onde se encontra o moderno com o antigo.
O verdadeiro mapa da capital dos gaúchos, inicia com a Rua da Praia.
Rua do comércio. Rua de todos. Rua do poeta Mario Quintana.
O hotel onde ele residia –Hotel Majestic – hoje é a Casa de Cultura Mario Quintana. Prédio de uma arquitetura espetacular.
Tudo na Rua da Praia, cujo verdadeiro nome desde 17 de agosto de 1865 é Rua dos Andradas.
Rua da Praia – sempre assim é conhecida – foi e sempre será uma rua de todos. De dia ou de noite. Por ser o local preferencial para reuniões populares a Rua da Praia testemunhou eventos violentos como em 1890, 1915, 1923 e 1954, quando manifestações de cunho político resultaram em diversas mortes. Sua vocação agregadora se mantém até hoje, e o cruzamento da Rua da Praia com a Avenida Borges de Medeiros é conhecido como a Esquina Democrática, ponto consagrado de concentrações populares de variada natureza.
Rua da Praia que não tem praia...
Que rua!
Que passeio....
Por David Iasnogrodski
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Mudanças em Empresas de Gestão Familiar
Publicado em
19/08/2010
às
09:00
Sabemos que para se atingir novos resultados é necessário fazer diferente aquilo que já se fazia. Esta é uma ótima afirmação, porém difícil de aplicar nas empresas, com destaque nas de gestão familiar. O mercado muda e junto com ele mudam os formatos de gestão. Estas atualizações devem ser constantes e isso não é novidade, pois a velocidade das mudanças é cada vez mais insuperável. Todas as empresas familiares enfrentam o grande momento de divisão das responsabilidades e das decisões que costuma causar desconfortos tanto para quem propõe as mudanças quanto para quem é mais conservador. O fato é: normalmente estas mudanças são sugeridas pelos indivíduos mais jovens ou que estão começando a auxiliar na gestão.
Como alterar o formato de gestão de uma empresa que há anos se mantém da mesma forma e obtém resultados que, para os gestores atuais, são satisfatórios?
O difícil é que isso mexe com a vaidade do “antigo” gestor do negócio o qual agora vê seus métodos sendo questionados. Na profissão de consultor organizacional já estamos familiarizados com estas realidades e por vezes nos vemos em meio a discussões de família. Convivendo com esta realidade já enxergamos algumas possíveis soluções para este problema. E uma delas é baseada em ações seguidas de análises, ou seja, de forma gradual vão se inserindo as mudanças que constantemente devem ser analisadas e seus resultados demonstrados para as pessoas que ainda estão arredias a estas alterações.
Para os mais jovens o aconselhável é desenvolver suas ideias e inserir-las lentamente na empresa, não invadindo o espaço dos outros. E para os gestores mais “antigos” é importante ressaltar: a concorrência tem mais dificuldade em lutar contra uma empresa que, em sua gestão, soma a experiência de quem está no mercado há anos, com a audácia, dos que estão com todo o “gás” para começar. Pois é neste ambiente que as inovações surgem e têm ótimos resultados.
Por Enio Valli
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Previdência: reforma anunciada
Publicado em
18/08/2010
às
09:00
O governo federal já disparou o alarme. Pretende controlar a elevação do que chama de “rombo” nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social. Os últimos números oficiais estimam o desequilíbrio nos cofres da autarquia chegando à casa dos R$ 50 bilhões no final de 2009.
Esta é a conta da diferença entre arrecadação de contribuições e pagamento dos mais de 25 milhões de benefícios, sem que tenham ainda sido computados os eventuais impactos do complemento de reajuste às aposentadorias e pensões de valores superiores ao salário mínimo, sancionado pelo Planalto.
O ministro da área já sinalizou que deve propor a unificação, no médio ou longo prazo, dos regimes de aposentadorias dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores públicos.
Manifestações favoráveis a tais mudanças têm sido ouvidas dos principais candidatos à Presidência da República e seus formuladores de planos de ação, inclusive ao estabelecimento de um novo patamar etário mínimo aplicável às aposentadorias do INSS.
Buscando evitar nova corrida aos pedidos de aposentadoria, as propostas de alterações têm tido pouca publicidade, ou aventadas para serem implementadas de forma gradual, como se foram meras “readequações” dos sistemas.
Mas dos gabinetes palacianos e dos programas pós-eleitorais, pode tudo surgir, desde a proposição da aplicação do fator previdenciário aos servidores públicos que ingressaram a partir de 2004, como a da uniformização das regras dos regimes em geral. Ou, em caso da eliminação do fator previdenciário, com a derrubada do veto presidencial ao projeto aprovado, o “revival” da tentativa de fixação de uma idade mínima para as aposentadorias do INSS, debate que se estende há algumas décadas.
Outra medida, meramente administrativa, anunciada há mais de dois anos, ainda não foi transformada em realidade: a contabilização em separado da previdência do setor rural. Desde o início do ano, o déficit somente do campo totaliza mais de R$ 14 bilhões. A separação das rubricas deixaria claro que a previdência vinculada aos trabalhadores urbanos é sustentável. E reforçaria a necessidade de realocação de fontes de financiamento para os benefícios originados no setor primário.
Preparemo-nos, pois os estudos estão sendo elaborados e as mudanças gestadas nos gabinetes e comitês. E não devem ser para melhorar a vida dos aposentados, trabalhadores dos setores privado ou público.
Por Vilson Antonio Romero
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Preciosas Dicas para gerar maior resultado nas reuniões
Publicado em
17/08/2010
às
09:00
Em um mercado de trabalho, cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de idéias, opiniões e posicionamentos, fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingredientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organização, pontualidade e respeito aos participantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram aumento da troca de informações, bem como, no intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coerente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquiste maior comprometimento nos acordos firmados durante uma reunião.
Realizar o convite com antecedência – Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reunião de trabalho, pode ser encaminhado através de um e-mail. Entretanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão “enviar”, será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atentamente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equívocos. A presença de pessoas relacionadas ao conteúdo é imprescindível e desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta sobre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e paralelamente compreender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião.
A participação revela interesse pelo assunto – Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e apontamentos durante uma reunião de trabalho, revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improdutivo, ficar durante uma reunião conversando paralelamente com outro colega, demonstra desinteresse. Quando um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de gerar uma mudança de atitude. Se você foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas idéias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ouvir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momento apropriado.
Não seja prejudicado pelo tempo – Pela ausência de um planejamento e de uma seqüência cronológica dos assuntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sendo comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada assunto. Compartilhe os assuntos, para evitar que algum participante se torne o centro das atenções, ou se omita sobre o assunto em pauta. É imprescindível realizar o registro dos assuntos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no futuro não ouvir de algum participante a expressão: “Eu não sabia nada sobre este assunto”.
Com o objetivo de realizar uma reunião de trabalho mais produtiva e participativa, utilize uma breve dinâmica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar nenhum participante em situação constrangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser prejudicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não desperdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao participar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as dicas apresentadas e faça a diferença.
Por Dalmir Sant’anna
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A Escolha de Sofia
Publicado em
16/08/2010
às
09:00
No mundo corporativo de hoje os profissionais são constantemente colocados à prova mediante dilemas que lhes são apresentados. Por exemplo, o que fazer quando a empresa exige tanto do executivo que ele tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional?
Primeiro, vamos compreender o que é um dilema. Etimologicamente, trata-se de uma decisão entre duas alternativas contraditórias e mutuamente insatisfatórias. Você quer as duas coisas, mas só pode optar por uma. A escolha é tensa, árdua e, por vezes, dolorosa.
Em 1982, o diretor norte-americano Alan J. Pakula, à época já consagrado pelo filme “Todos os homens do presidente”, que narrava a investigação do caso Watergate, comandou Meryl Streep e Kevin Kline na obra-prima “A escolha de Sofia”. O filme contava a história de uma mãe polonesa que durante a Segunda Guerra Mundial é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto sob pena de ambos serem executados –um autêntico dilema.
De volta às empresas, quem disse que carreira e vida pessoal são faces de uma mesma moeda que não pode manter-se em pé? O equilíbrio, do latim aequilibrium, remete à manutenção do mesmo nível (aequus) das balanças (libra). Em suma, conciliar vida pessoal e profissional não é uma escolha de Sofia!
É importante compreender que estes dois universos são indissociáveis, ou seja, não há como separar um do outro, acreditando que o profissional, ao adentrar os domínios da empresa, deixará do lado de fora problemas como um filho enfermo, contas atrasadas ou relacionamento conjugal em crise, dedicando-se integralmente às metas corporativas com plena produtividade.
Decerto há momentos que nos exigem esforço e dedicação superiores. Horas de trabalho que avançam pela madrugada, por dias sucessivos, regadas a fast food e breves cochilos, negligenciando a família e os interesses pessoais. Tudo para concluir um projeto, desenvolver um produto ou conquistar um novo cliente. O problema ocorre quando um evento circunstancial como este se torna rotineiro.
Se você é solteiro ou está em início de carreira, é possível que aceite de bom grado assumir o papel de workaholic imposto pela empresa –ou autoimposto. E sentir-se feliz e realizado com esta opção.
Porém, se as demandas corporativas estão além do que você gostaria, trazendo-lhe desconforto, assuma as rédeas da situação. Trabalhe com afinco durante sua jornada, aprenda a delegar tarefas operacionais e demonstre ao seu empregador que não é a quantidade de horas, mas a qualidade das horas trabalhadas o fator determinante para seu bom desempenho e o sucesso da organização.
Procure dialogar com seu superior hierárquico, determinando uma agenda positiva, capaz de atender expectativas da empresa e contemplar seus interesses pessoais.
Porém, se ficar claro que a corporação na qual você está tem perfil patológico ou é liderada por pessoas que não enxergam nada além da última linha do balanço –apesar de toda uma retórica voltada à motivação e incentivo à qualidade de vida– considere buscar uma recolocação no curto ou médio prazo.
Lembre-se de que sua escolha não deve ser entre a vida pessoal ou profissional, mas entre ser feliz ou infeliz.
Por Tom Coelho
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10 Dicas para ser um Empreendedor
Publicado em
15/08/2010
às
09:00
Nunca como hoje, as empresas precisaram de verdadeiros “empreendedores”. Cada funcionário deve ter a atitude e comportamentos de “dono do negócio” e as empresas de sucesso são aquelas que tem em seus quadros verdadeiros “empreendedores”.
Até mesmo as universidades vêm discutindo como formar empreendedores em todas as áreas do conhecimento. Isso se deve ao fato de que mesmo como pesquisador, professor, cientista, se a pessoa não tiver espírito empreendedor dificilmente vencerá nos dias de hoje.
Com as empresas enxugando seus quadros, terceirizando seus serviços, o profissional moderno deve ter igualmente uma perspectiva de ser auto-empregado e portanto ser a cada dia mais empreendedor de suas próprias capacidades.
Uma das coisas que mais me perguntam nos programas de televisão ou durante cursos e atividades de consultoria é quais as reais características de um empreendedor e como formar ou transformar alguém em empreendedor.
Quais as principais características de um "empreendedor"? Aqui vão elas:
1. Boas idéias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naqueles que conseguem fazer as idéias transformarem-se em realidade, isto é, implementar as idéias. A maioria das pessoas fica apenas na "boa idéia" e não passa para a ação. O empreendedor passa do pensamento à ação e faz as coisas acontecerem;
2. Todo empreendedor tem uma verdadeira paixão por aquilo que faz. Paixão faz a diferença. Entusiasmo e Paixão são as principais características de um empreendedor!
3. O empreendedor é aquele que consegue escolher entre várias alternativas e não fica pensando no que deixou para trás. Sabe ter foco e fica focado no que quer;
4. O empreendedor tem profundo conhecimento daquilo que quer e daquilo que faz e se esforça continuadamente para aumentar esse conhecimento sob todas as formas possíveis;
5. O empreendedor tem uma tenacidade incrível. Ele não desiste!
6. O empreendedor acredita na sua própria capacidade. Tem alto grau de auto-confiança;
7. O empreendedor não tem fracassos. Ele vê os "fracassos" como oportunidades de aprendizagem e segue em frente;
8. O empreendedor faz uso de sua imaginação. Ele imagina-se sempre vencedor;
9. O empreendedor tem sempre uma visão de vários cenários pela frente. Tem, na cabeça, várias alternativas para vencer;
10. O empreendedor nunca se acha uma "vítima". Ele não fica parado, reclamando das coisas e dos acontecimentos. Ele age para modificar a realidade!
Pense nisso. Você tem estas características? Como é o seu pessoal? Você já pensou em criar programas para desenvolver no seu pessoal o necessário espírito empreendedor para enfrentar os desafios deste final de século?
Por Luiz Marins
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Ladrões que roubam milhões
Publicado em
14/08/2010
às
09:00
Meus pais sempre me ensinaram que o dinheiro nada mais é do que a conseqüência do trabalho.
Hoje, com a convivência e um pouco de experiência, ouso complementar tal ensinamento acrescentando outra colocação, ou seja: só acredito no dinheiro oriundo do trabalho.
Dr. Augusto Cury, meu médico por muitos anos, e hoje um dos maiores escritores do país, sempre me dizia que eu me encontraria e me realizaria como pessoa a partir do momento que “comesse meu arroz e feijão com dignidade”
Esta máxima pregada pelo Cury, ecoou em meus pensamentos durante muitos anos. Não conseguia compreender o que ele efetivamente queria transmitir.
O tempo passou, mudei-me de cidade, passei a trabalhar com dedicação, chegava em casa cansado, com as forças esgotadas, deitava-me na cama e refletia sobre a nova forma que encarava a vida e as responsabilidades.
Com o passar do tempo, percebi que realmente o fato de estar conseguindo me sustentar com meu próprio esforço, me proporcionava uma sensação de tranqüilidade e plenitude.
Tenho mantido uma mesma linha por bastante tempo, hoje sei perfeitamente o que é “dormir o sono dos justos”. Tenho uma rotina pesada de trabalho, acordo muito cedo e durmo muito tarde, mas sinto-me muito feliz com os resultados obtidos todos os dias.
A maior alegria, no entanto, é chegar em casa e ser recebido nos braços de minha esposa e minha filha. Sei que sentem orgulho de tudo aquilo que realizo, sabem que sou honesto, procuro ajudar as pessoas, planejo cada passo de minha vida e me esforço para proporcionar-lhes a melhor condição possível para que sejam felizes e tenham uma vida estável.
Vez ou outra, imagino como se sentem aqueles que ganham suas vidas de forma desonesta, não precisam suar a camisa para obter rendimentos, trapaceiam, sabotam e prejudicam outras pessoas. Será que dormem o sono dos justos?
Será que aquele cidadão que lesa o outro não sente peso em sua consciência? Ou aquele que faz da cabeça do outro degrau para a sua ascensão dorme tranqüilo?
Não existe em lugar nenhum no mundo uma atividade que proporcione ganhos fáceis como o setor público.
Juízes de direito que vendem sentenças devem sentir o peso de estar prejudicando um direito legítimo daquele que vai perder aquela demanda. Talvez a grande esperança de sua vida, de dar aos seus um pouco de estabilidade ou tranqüilidade.
Fico imaginando às vezes, como deve ser a consciência do camarada que frauda uma licitação para a compra de gêneros alimentícios nos sertões nordestinos. Saber que o dinheiro desviado poderia alimentar mais e melhor crianças que passam fome. Sentir fome e não ter o que comer é uma das piores tragédias da humanidade.
Em qualquer lugar, quando se traveste alguém com poderes de decisão em relação a algum assunto, corre-se o risco de haver corrupção. Mas no serviço público, esta peste presente na sociedade, ocorre com mais facilidade e já está institucionalizada.
Quando um ministro de estado entra numa loja de luxo num aeroporto internacional, vindo de uma viagem bancada pelos cofres públicos e compra com seu cartão corporativo um presente para sua filha que o aguarda em casa, não sente o mínimo remorso de saber que está roubando milhões de pessoas?
Sinceramente, não me vejo chegar em casa com algo adquirido de forma ilegítima, que não seja fruto do meu trabalho e do meu esforço. Isso, vai da formação e consciência de cada um, óbvio, mas acredito que poderíamos trabalhar medidas que reduziriam tal atividade.
É inacreditável que Paulo Maluf ainda tenha expressivas votações. É mais inacreditável ainda que Marcos Valério, mesmo com grandes chances de passar uma boa temporada na cadeia, ainda esteja envolvido com atividades ilícitas e irregulares.
Isso tem que acabar no Brasil, vimos no ano passado um ministro Chinês que foi acusado de corrupção e cometeu o suicídio. Caso não o fizesse, certamente seria fuzilado.
Vi dia desses na internet um vídeo gravado num país muçulmano onde cortam as mãos daqueles que roubam a sangue frio. Imagine se isso fosse feito no país, o tanto de gente sem as mãos que teríamos em Brasília?
Sou favorável à punição exemplar àqueles que roubam, e sobretudo, àqueles que roubam no serviço público, pois o impacto social é extremamente maior.
Se não tivermos consciência de que enquanto cidadãos podemos fiscalizar e exigir moralidade daqueles que escolhemos para conduzir nossos destinos, continuaremos a ser a “república das bananas” e nossas crianças perecerão com a fome, a falta de educação e doenças de países extremamente subdesenvolvidos.
Movimentos positivos tem que ser desencadeados em todas as esferas, no poder judiciário, no executivo e no legislativo, e ao menor sinal de irregularidade, é nossa obrigação enquanto cidadãos denunciar às autoridades competentes a principalmente à imprensa, que transmite os gritos, os desejos e os anseios de nossa sociedade.
Por José Rodrigo de Almeida
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Panacéia reformista
Publicado em
13/08/2010
às
09:00
Panacéia era uma deusa da mitologia greco-romana, filha de Esculápio (ou Asclépio), o deus da medicina. Panacéia representava a cura e uma de suas irmãs era Higia, a deusa da boa saúde. Os três – pai e duas filhas – são citados no juramento de Hipócrates, feito pelos médicos na formatura – “Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas…”
Atualizando o significado, panacéia significa um “remédio para todos os males” e é usada em sentidos diversos da medicina.
A proximidade das urnas incentiva a elocubração e a panacéia reformista.
No Brasil, falar em reformas virou chavão repetitivo e desgastado que recrudesce em cada momento onde se pretenda repensar o Estado nacional, em especial nos momentos e debates pré-eleitorais.
O cenário atual em nada distoa disto, pois os programas de governo estão sendo elaborados e como diz o professor José Pastore: “Ano eleitoral é sempre tempo de muito ilusionismo. Promete-se tudo o que os eleitores querem ouvir”.
É óbvio que, com a faixa presidencial no peito e a caneta na mão, os novos mandatários, a cada início de governo apresentam suas “inovadoras” propostas, algumas tão requentadas que até o mais humilde e desinformado cidadão afirma que “este filme já vi”.
Há inúmeras pressões partidárias, além das oriundas dos financiadores de campanha que sempre exigem comprometimento com algumas teses, auscultadas entre seus segmentos.
O cardápio reformista é amplo. A reforma trabalhista, defendida por 55% de entrevistados em pesquisa recente da consultoria MCI, é entendida como essencial “para o progresso do Brasil”. Com a aplicação de diversas medidas, pretende-se reduzir o custo da contratação de mão-de-obra. O que não se sabe ainda se às custas da queda de contribuições e tributos incidentes sobre a folha de salários (o que dificilmente encontrará guarida nos guardiões dos cofres públicos) ou do corte de direitos e vantagens dos trabalhadores (o que revoltará as centrais sindicais e os trabalhadores em geral).
Na alardeada reforma do paquiderme tributário nacional, cantada em prosa e verso há algumas décadas, uma das propostas mais singelas pretende a redução de um ponto percentual da carga tributária ao ano, até chegar ao patamar de 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas há diversos outros projetos que passam pelo Imposto sobre Valor Agregado, unificação de impostos, etc. A briga maior é entre os entes federativos, temerosos de perder substância arrecadatória.
Na reforma previdenciária, com mais apelo midiático, já começam a aumentar os alardes de rombos e insuficiências financeiras dos sistemas de aposentadoria e pensão de trabalhadores privados e públicos. Enquanto que para estes pretendem estabelecer uma idade mínima, sem que haja consenso sobre qual patamar etário, para aqueles a complementariedade por ocasião do jubilamento segue em pauta.
No leque, ainda se fala em reforma fiscal, sindical, agrária. E por aí vai a panacéia reformista, como se com todas estas mudanças a vida dos cidadãos em geral possa ser modificada e melhorada. Muito pelo contrário, a maioria das mudanças em debate é sempre restritiva, redutora de direitos e vantagens ao trabalhador, à trabalhadora e à sociedade em geral. Na hora de votar temos que refletir sobre isto. O momento se aproxima.
Por Vilson Antonio Romero
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Mãos à obra
Publicado em
12/08/2010
às
09:00
Inicio indagando: Você gosta de música?
Sim?
Não?
Em caso positivo: Que tipo de música?
Música popular?
Música erudita?
No caso de você ter respondido música popular, pergunto: brasileira ou internacional?
Em caso de você ter respondido música brasileira eu felicito, pois são inúmeras as emissoras de rádio que transmitem esse tipo de música em sua programação normal.
Em caso de você ter respondido música erudita – bem, aí são “pouquíssimas” ou “raríssimas” as emissoras de rádio que dedicam horas de programação para esse tipo de música. Na maioria das cidades brasileiras podemos contar nas mãos às rádios que mantém programação com este tipo de música e que é tão apreciada no mundo inteiro.
Mas aqui a realidade é outra...
Pergunto o “porque”?
Não há audiência?
E a cultura onde fica?
Acredito que nós os apreciadores da música erudita – a música dos grandes mestres – necessitamos remeter correspondência às emissoras de rádio, que normalmente tocam música, dizendo do nosso desejo – para o bem da cultura de todos nós.
A música erudita é fantástica.
Participar de concertos é muito importante para a nossa cultura.
Devo parabenizar, ao menos em Porto Alegre, as rádios: Universidade e FM Cultura, pois mantém em sua programação extensa programação com este tipo de música.
Nos países mais desenvolvidos, a música erudita é muito difundida. Sempre apreciada.
Nada melhor do que difundi-la através de programações de rádio.
Vamos fazer esse movimento?
O movimento em prol do aumento da programação nas rádios da música erudita.
Vamos fazer isso?
Em caso positivo: “Mãos à obra”.
Por David Iasnogrodski
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O rigor da lei
Publicado em
11/08/2010
às
09:00
Desde a antiguidade o homem busca através de normas e leis estabelecer o equilíbrio na sociedade. Algumas vezes o bom-senso e a razão não são suficientes para sensibilizar pessoas e governantes. É preciso viver na prática a essência de atuar e agir em prol daqueles que esperam nas leis o cumprimento e a perfeita sinergia entre direitos e deveres. De modo destacado, o governo federal fez, e vem fazendo, vultosos investimentos em possibilitar que muitos brasileiros e brasileiras estudem Medicina em países de língua latina, especialmente em Cuba. Por outro lado, o sonho de praticar a profissão esbarra na vaidade de alguns professores e professoras que, revestidos de “deuses e deusas”, não convalidam os respectivos diplomas. São os conhecidos colegiados de cursos das universidades públicas, que, composto por “titulados seres” mostram-se inoperantes em tentar resolver o problema social da saúde pública. Seus membros se intitulam “juízes” e barram o procedimento de regularização dos diplomas conseguidos no exterior. Situação real e anacrônica. No momento em que vivemos a globalização, que permuta cientifica e cultural se fazem on-line, ainda há resquícios de alguns “doutores” em Universidades em querer a realidade longe do que seja plausível. Ora, o curso de medicina em Cuba é sim um modelo de prevenção muito interessante para os países como o Brasil, que vive o ressurgimento de doenças tropicais, algumas de caráter epidêmico, como tuberculose, dengue, febre amarela, sífilis e tantas outras. A negativa de algumas Universidades Públicas na convalidação dos diplomas aos recentes profissionais é muito mais uma insegurança profissional por parte dos que não querem a boa e importante competitividade. A medicina não pode ser um mercado e não deve permitir o corporativismo. Aos “médicos medrosos” que, por vezes, se vestem de beca e capelo, julgam a improcedência e a decência dos diplomas conseguidos em boas universidades fora do Brasil, resta somente aplicar a Lei, ou melhor, o rigor da lei. Por isso, este ato de convalidação dos diplomas obtidos no exterior, precisa ser motivado pelo legislativo, pois se deixarmos para o executivo jamais haverá avanço. Quando alguns seres humanos, de referida classe, mortais como todos, ainda insistem em prevaricar o bem-estar da população pela ganância em não dividir benefícios, está na hora de ações legais. A lei também serve para quem persiste no mau-senso.
Wilmar Marçal
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Medindo sua auto-estima
Publicado em
10/08/2010
às
09:00
Aquele brinquedo de origem alemã, usado em festas de igreja, octoberfest, em que se bate com um enorme malho em uma peça de metal cujo objetivo é atingir o sino que esta alguns metros acima, lembra? Certamente este brinquedo tem um nome, mas não o sei.
Faço esta introdução para ponderar que todos deveriam ter este brinquedo para acionar todos os dias e verificar a quantos anda a auto-estima. Se o sino soar, ótimo. Se chegar perto ótimo também. Se não, a atitude deveria de mudança de atitude.
Cada dia, cada dia. Não é sempre que estamos bem. Somos seres sentimentais e por isto sujeito a variações emotivas, mas o objetivo deveria ser vivermos o maior numero de dias de um ano, de uma década, da vida toda, com a auto estima batendo no sino.
A atitude em relação de como vai ser o dia, é exclusivamente de cada um. Posso escolher que seja ótimo bom ou medíocre. Considerando a escolha ser de cada um, porque não escolher sempre a melhor possibilidade? A não ser que você tenha escolhas mais importantes a fazer.
O sujeito olha pela janela, após a chuva e exclama: Que lamaçal, hoje não vai dar para sair e nem fazer nada. O Vizinho olha para fora, também após a chuva, mas olha para cima e exclama: Que sol bonito, hoje vai dar para aproveitar muito o dia. Era o mesmo dia, o mesmo local e no mesmo canal.
Tudo isto para lembrar que atitude é tudo. Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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O torcedor está mais protegido?
Publicado em
09/08/2010
às
09:00
Entrou em vigor em 27 de julho a lei n° 12.299/10, que introduziu alterações no Estatuto do Torcedor, lei n° 10.671/03. Dentre as principais inovações está a preocupação com a violência nos estádios, com a exigência de identificação dos membros das torcidas organizadas, a obrigatoriedade da revista pessoal, a proibição de cânticos discriminatórios racistas ou xenófobos e a proibição de ingresso de torcedores nos estádios portanto fogos de artifício.
De acordo com a nova lei, a torcida organizada que promover tumulto e praticar ou incitar a violência ficará proibida de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até 3 (três) anos.
A lei nova também criou os Juizados Especiais nos estádios, denominados "juizados do torcedor" que, na prática, já existiam, e incumbiu a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios da defesa dos torcedores, mediante a criação de órgãos especializados para esse fim ou mesmo atribuindo essa função aos órgãos já existentes.
Também foram criados novos crimes, relacionados às atividades desportivas, tendo sido criminalizada, por exemplo, a atividade dos cambistas.
A impressão que dá é que a nova lei, que está sendo chamada de "novo Estatuto do Torcedor", trará mais proteção aos torcedores. Será que isso realmente vai acontecer?
Muito embora a lei tenha sido editada em 2003 e tenha assegurado, desde então, uma série de direitos aos torcedores, como o de se sentar no lugar previamente marcado, o de ter acomodações nos estádios adequadas, com banheiros limpos e transporte adequado, dentre outros, nada disso acontece até hoje.
Os nossos estádios estão caindo aos pedaços. Os lugares marcados nos ingressos não são respeitados. Entram nos jogos muito mais pessoas do que o número de lugares existentes e, a despeito de tudo isso, nada acontece.
Mesmo diante da fiscalização, que já acontece, dos órgãos de defesa do consumidor, os clubes e as entidades organizadoras dos eventos não vêm cumprindo o Estatuto do Torcedor há muito tempo.
A nova lei acrescentou uma série de direitos aos torcedores mas, antes de mais nada, precisa haver mudança na mentalidade dos dirigentes desportivos brasileiros. Enquanto isso não acontecer, a efetividade da lei vai depender da fiscalização e das punições aplicadas pelos órgãos de defesa do consumidor, que ainda têm sido tímidas.
A lei já era boa e está ainda melhor. Só falta agora o seu cumprimento. A ênfase da nova lei foi dada no comportamento do torcedor mas acreditamos que deva haver mudança também no comportamento dos cartolas. Se for exigido o seu cumprimento rigoroso, teremos mais segurança e dignidade nos estádios.
Arthur Rollo
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Papaiê
Publicado em
08/08/2010
às
09:00
Meus filhos estão crescendo. Pode parecer uma observação estúpida de tão óbvia, mas é um fato que a gente só percebe quando uma data feito o “Dia dos Pais” se avizinha.
Gabriel vai completar 13 anos em setembro próximo. Portanto, fará jus a ser qualificado como um autêntico “teenager”, ou simplesmente, “teen”. Imagine que poucos meses atrás descobri que ele estava namorando. Sim, descobri, porque ao acessar o Orkut vislumbrei suas novas fotos e a mudança de seu cadastro para “namorando”. Telefonei para dar-lhe os parabéns e ele jurou que iria me contar. Ótimo, embora a notícia já fosse pública para o mundo inteiro!
Matheus fez 11 anos recentemente. Como a diferença de idade entre eles é pequena, são grandes parceiros, seja para brincar e confidenciar, seja para discutir e guerrear. Por ser o caçula, é naturalmente vinculado ao irmão a quem segue na maioria das iniciativas.
O negócio deles é o mundo eletrônico. Se deixar, desintegram-se na frente do computador ou videogame. Ou derretem os tímpanos ouvindo coisas que chamam de música no iPod. Compreensível, para uma geração multitarefa e midiática que nasceu com chips implantados pelo corpo.
Mas há um detalhe que tem sobrevivido aos anos. Embora as pernas estejam crescendo, e a ingenuidade se despedindo, eles ainda me tratam por “papai”. Ah... que melodia agradável é ouvi-los me chamando assim! Parece que o tempo congela, que eles ainda usam chupetas e eu ainda não conheço o que é calvície.
Quando estão mais agitados, eles dizem “papaiê”. Como que cantarolando, perguntam: “Papaiê posso isso?”, ou ainda, “Papaiê vamos fazer aquilo?” Então, apresso-me a lhes responder, saboreando o momento, porque meu grande receio é pela chegada quase inevitável do dia em que dirão apenas “pai”. Nesta ocasião, saberei que mais uma fase da vida foi transposta e me restará apenas aguardar que outro filho venha para me encantar novamente com “papai”, ou que surjam netos a pronunciar “vovô”.
É por isso que invejo os nordestinos de algumas localidades que tratam pai e mãe por “painho” e “mainha” respectivamente. Eles garantem aos genitores a possibilidade ímpar de viajar recorrentemente por um túnel do tempo, bebendo nas glórias do passado, revivendo alegrias, renovando emoções.
No próximo domingo, três gerações estarão à mesa. A de meus filhos, que já estão deixando de acreditar em Papai Noel; eu, que há muito defenestrei este mito; e meu pai, cujos cabelos brancos já lhe conferem autoridade para bancar o bom velhinho. De meus filhos, espero ouvir o mesmo que direi a meu pai: “Amo você, papai!”.
Tom Coelho
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A velha Bela Vista
Publicado em
07/08/2010
às
09:00
Bairro moderno e chique, como se dizia antigamente, da nossa Porto – e sempre – Alegre. Bairro organizado. Bairro interessante para se residir. Bairro onde muitos porto-alegrenses desejam adquirir seu imóvel.
Hoje, inclusive, um bairro completo. Servido por um bom transporte público. Todos os serviços estão de acordo com as necessidades da população e com excelente qualidade. Lojas com uma arquitetura atraente, supermercados, postos de abastecimento e restaurantes, inclusive com gastronomia internacional. Trânsito já apresentando aquele congestionamento nas principais artérias e em quase todas as horas do dia. Um bairro normal.
Praças importantes que, nos finais de semana, tornam-se point de relacionamentos. Centros comerciais movimentadíssimos. Muitas academias de ginástica. Resido na Avenida Coronel Lucas de Oliveira há mais de 20 anos.
Sempre foi uma rua muito movimentada, pois ela atravessa vários bairros, tem a lomba, onde muitos apagam o carro, perturbando o trânsito e por diversas vezes até causando acidentes. Local de aprendizado dos alunos de autoescola, em função do plano-inclinado. Eles necessitam dessa experiência.
Quando cheguei, essa rua, ao menos no meu trecho (entre Protásio Alves e Casemiro de Abreu), era totalmente residencial. Hoje, já tem loja de automóveis, restaurante, empresas de engenharia, ferragem, ótimo minimercado e agora, prestem atenção, surgiu uma usina de espetinho.
Todos estão satisfeitos, não só com a qualidade das iguarias apresentadas, mas também com o movimento de pessoas, principalmente à noite, pois com isso melhorou enormemente o tráfego de pessoas e diminuiu os assaltos que ali existiam. Com a nova iluminação e o novo negócio gastronômico, a Lucas ficou menos perigosa e com mais um local para se saborear petiscos.
É a Bela Vista se modificando e para melhor. São os novos tempos. Juntando a área residencial com a comercial. O que não diminui são as grades. De todas as cores e de acordo com a arquitetura dos prédios. Sempre elas. As grades! É a Porto Alegre das grades. É a Porto Alegre da insegurança urbana. Mas é a Porto Alegre, sempre alegre, e mais moderna...
Por David Iasnogrodski
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Se andar, quebra!
Publicado em
06/08/2010
às
09:00
Há uma estreita relação entre a morosidade do Poder Judiciário e a possível falência de nosso Brasil.
Vou explicar o motivo desta constatação: o Estado Brasileiro é o maior litigante e o maior devedor em ações nos tribunais do país. Se os processos tiverem seu curso acelerado, o país não tem como pagar a conta de seus débitos gerados por condenações definitivas em juízo.
Não há interesse por parte dos nossos governantes em manter uma justiça célere e eficiente garantindo ao cidadão, ao empresário ou ao investidor a mínima segurança jurídica.
A verdade é que o infindável número de recursos meramente procrastinatórios que vemos todos os dias na justiça, em sua maioria, são interpostos pela União Federal por conta inclusive, da aberração jurídica do chamado recurso de ofício. É uma vergonha, os processos não terminam nunca e quando terminam geram os famosos precatórios que demoram outra eternidade para serem honrados.
O Estado é um ótimo cobrador e um péssimo pagador!
É absolutamente impossível alguém levar este país a sério com a estrutura judiciária que o governo oferece ao povo. Juízes capazes, mas com quantidades absurdas de processos, poucos funcionários, carência de materiais, de equipamentos, de mínima estrutura e de investimentos.
Estão falando em intervenção no Distrito Federal? Eu gostaria de saber quem é que vai intervir em todos os outros governos que infringem os dispositivos de nossa Carta Magna, inclusive e principalmente o próprio Governo Federal.
Só para se ter uma idéia, o governo de São Paulo está pagando dívidas de precatórios gerados no ano de 1998. Tais débitos deveriam ter sido saudados já no ano de 1999, sob pena de intervenção no Estado.
Há também outro fator a ser considerado: a corrupção, o desvio de verbas públicas e outros crimes cometidos pelos políticos viraram epidemia e a impunidade é garantida pela morosidade do judiciário. Imagine se o inquérito do mesalão do PT andasse rápido? Será que figurões da atual política brasileira não estariam à espreita da administração pública e dos mandatos políticos por conta da inelegibilidade?
Quantos presidentes da república, governadores e prefeitos tem processos na justiça que jamais foram concluídos? As manobras processuais aliadas à falta de estrutura dos tribunais permitem que fiquem impunes.
E deputados, senadores e vereadores, quantos estão ai, cumprindo seus mandatos amparados pela presunção de inocência? É isso mesmo, embora cometam crimes veladamente, com provas irrefutáveis, são inocentes até a condenação definitiva.
Como operador do Direito não questiono a presunção de inocência, é um conceito fundamental numa democracia. O que coloco em pauta é a questão da ilibada reputação do agente público. Como pode um sujeito com mais de 50 processos assumir um cargo onde se exige o mínimo de moralidade?
Acabei me alongando no assunto, mas o que ocorre, é que com o posicionamento atual em relação a investimentos no Poder Judiciários e a manutenção dessa cultura de que “os processos não andam mesmo”, a população e os profissionais do Direito sofrem com as injustiças oriundas da endêmica morosidade do Poder Judiciário, pilar de sustentação maior de um regime democrático.
Por José Rodrigo de Almeida
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Mulheres são minoria não só nas Chefias das Empresas, mas Também na Política
Publicado em
05/08/2010
às
09:00
Mesmo sendo hoje maioria na população brasileira, as mulheres ainda são minoria em cargos de chefias nas empresas e continuam tendo seus salários inferiores ao dos homens na mesma posição, como atestam vários estudos e pesquisas. Eles ganham de “lavada” mesmo não tendo, em alguns casos, as qualificações e potenciais de muitas mulheres.
Quando se enfoca as postulantes a cargos eletivos às eleições de 2010, a situação fica ainda mais discrepante. Segundo pesquisa divulgada pelo INFOGRÁFICO/AE quanto ao sexo, dos 149 candidatos a governador, 18 são mulheres; dos 231 a senador, só 34 são do sexo feminino; e dos 15.353 postulantes a deputado estadual e federal, apenas 4.098 são mulheres.
Segundo José Roberto Toledo, em artigo publicado recentemente, ”o candidato típico é homem, tem 48 anos de idade, nível superior e é político profissional; já o eleitor típico é mulher, tem pouco mais de 40 anos, não foi além do ensino fundamental e é assalariada do setor privado”. O que também me chamou a atenção nesse texto foi a informação de que as chapas são dominadas por uma elite partidária tão ligada ao poder que, ao preencher sua ocupação no registro de candidatura, seus membros escrevem “deputados” ou “vereadores”, ou seja, já estão no poder há um certo tempo e nada fizeram para reverter essa situação tão discriminatória para as mulheres.
O que estou tentando alertar todas nós não é para que votem somente em mulheres, mas em quem tem melhores condições de exercer o poder, um passado ilibado e grande experiência administrativa. Recomendo ao tão segregado sexo feminino que pense bem e não reeleja ninguém — seja homem ou mulher —, pois os que lá estão nada fizeram por nós e têm como única preocupação se manterem na situação cômoda e confortável em que se encontram.
Para reverter essa vergonhosa realidade não vejo outra solução que não seja uma mudança total no panorama político brasileiro, no qual a competência e a ética venham pautar qualquer atuação no setor. Portanto, nas próximas eleições é muito prudente, principalmente para nós mulheres, não reelegermos ninguém!
Por Sylvia Romano
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Os novos Juizados Especiais nos aeroportos
Publicado em
04/08/2010
às
09:00
Provimento do Conselho Nacional de Justiça de 20 de julho recomenda a instalação de Juizados Especiais nos Aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, em razão do significativo aumento do número de reclamações especialmente em relação a overbooking; atrasos e cancelamentos de vôos; violação e furto de bagagens; falta de informação, dentre outras.
A medida vem após a edição pela ANAC da Resolução n° 141, de 9 de março de 2010, que ratifica inúmeros direitos dos passageiros, já previstos no Código de Defesa do Consumidor e no Código Brasileiro de Aeronáutica.
Essa não é a primeira experiência de criação dos Juizados Especiais em aeroportos, já que isso aconteceu também em 2007, em virtude do caos aéreo instalado em decorrência da queda de mais um avião, que provocou o contingenciamento dos vôos no aeroporto de Congonhas e gerou uma série de problemas.
De lá para cá a queda do avião foi esquecida, não foram adotadas as medidas anunciadas pelo Governo Federal como, por exemplo, a construção de mais um aeroporto e a ampliação daqueles já existentes e, em contrapartida, houve significativo incremento da demanda, a ponto de levar à necessidade de instalação de "puxadinhos" até que sejam concluídas as instalações definitivas que, se Deus quiser, ficarão prontas até a Copa de 2014. Entretanto, até agora nenhuma obra começou, muito embora os problemas sejam bem antigos.
Juizados Especiais existem para compor litígios, ou seja, para pacificar os conflitos sociais já existentes. O pronunciamento do CNJ no sentido da necessidade da sua criação atesta a absoluta ineficiência das políticas públicas no setor da aviação civil, que deveriam prevenir problemas para os passageiros. De nada adiantam leis e resoluções se as estruturas aeroportuárias são absolutamente precárias e inadequadas para bem acomodar os passageiros. De nada adiantam Juizados Especiais se nada está sendo feito para atender à crescente demanda de passageiros.
A experiência anterior com os Juizados nos aeroportos não foi das melhores. Ainda que os conflitos tenham sido solucionados, na maioria das vezes, de forma rápida, foram firmados acordos indenizatórios por cerca de cem reais o que, além de não punir a empresa, ainda coloca os consumidores em situação vexatória. Sem falar que, proporcionalmente ao número de infrações, foram poucas as reclamações de consumidores que chegaram à Justiça.
Sem falar que existem setores que ainda criam mais problemas do que o aéreo, como o da telefonia e o bancário que, inclusive, abrangem número muito maior de usuários. Por que privilegiar o setor aéreo, em detrimento de outros que contam com mais reclamações e problemas?
Enquanto não existirem eficientes políticas públicas, continuarão sendo buscadas soluções paliativas para os problemas que, mais uma vez, acontecem de forma insuportável.
Arthur Rollo
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Holding Patrimonial
Publicado em
03/08/2010
às
09:00
A estratégia de criação de holdings patrimoniais tem ganhado cada vez mais destaque no meio empresarial. Utiliza-se a expressão holding patrimonial para qualificar uma empresa que controla o patrimônio de uma ou mais pessoas físicas. Três são as principais vantagens decorrentes desse procedimento: a blindagem patrimonial, a possibilidade de realização de planejamento sucessório e redução de carga tributária incidente sobre os rendimentos da pessoa física.
A operação se dá mediante a transferência do patrimônio individual á empresa constituída, podendo ser ela na forma de sociedade limitada ou anônima. No cenário econômico atual, com a fragilidade do mercado face as adversidades e crises enfrentadas de modo geral a insegurança ronda as empresas constantemente, de forma que a soma de fatores adversos pode fazer com que os negócios - antes sólidos e prósperos – “naufraguem” repentinamente. Não raro diversos empresários tem seus bens pessoais confiscados para pagamento das dividas contraídas pelas sociedades das quais fazem parte.
Não obstante, os tribunais do País tem aplicado indiscriminadamente a chamada “teoria da desconsideração da personalidade jurídica”, em que uma divida da empresa é paga a partir da penhora de bens de seus sócios.
Com as sociedades patrimoniais, o interessado protegerá seu patrimônio por meio da pessoa jurídica constituída. A forma de blindagem a ser utilizada dependerá de diversos fatores, seja a quantidade de bens, seja o nível de proteção patrimonial de que o empresário necessita. Frisa-se que a proteção patrimonial não visa à perpetração de fraudes contra credores, mas sim a permissão para o fim precípuo das sociedades( limitadas ou por ações): que a responsabilidade dos sócios seja efetivamente limitada ao montante atribuído por ele ao capital social da empresa, não estando, portanto, o seu patrimônio pessoal sujeito aos riscos do negocio.
Alem da proteção patrimonial, as holdings tem caráter de sucessão patrimonial. Neste caso, empresários podem antecipar, em vida, a divisão dos bens e direitos particulares. Esse procedimento, alem de evitar os longos processos judiciais de inventario e partilha, traz alguns benefícios operacionais para o interessado e seus herdeiros, tais como redução de 5% a 10% nos custos gerados por um inventario judicial e a redução de desgastes nos relacionamentos entre cônjuges, filhos e parentes no momento da partilha. Em assim procedente, pode-se permitir um planejamento sucessório mais simples, objetivo e eficiente. Frisa-se, ainda que o interessado poderá continuar no controle incondicional e vitalício da sociedade administradora dos bens ( holding). A redução na carga tributaria é outro fator relevante para a constituição de uma sociedade patrimonial. Caso haja imóveis locados na pessoa física, por exemplo, a tributação pode alcançar os 27,5%. Já na pessoa jurídica, gera uma carga tributaria de 13% sobre a receita. Uma diferença de 14,5%. As empresas patrimoniais, desde que não se enquadrem em nenhum dos impedimentos enumerados pelo artigo 14 da Lei 9.718/98, podem ser tributadas pelo regime do lucro presumido.
Enfim, a opção pela constituição de uma pessoa jurídica que controle o patrimônio da pessoa física - holding patrimonial – implica verdadeiramente vantagens concretas, posto que os bens da pessoa física, que é apenas titular de quotas, passam para a pessoa jurídica, havendo, assim, vantagens para seus titulares, principalmente no que concerne a proteção patrimonial, impostos e planejamento sucessório.
Por Charles Luís Ferreira
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Valência
Publicado em
02/08/2010
às
09:00
No vale do Caí é uma espécie de Laranja. Na Espanha uma cidade costeira. Fundada pelos Romanos em 138 a.C. Hoje a terceira cidade em população da Espanha. Após duas repúblicas, duas monarquias, uma ditadura, de Franco que aliado a Hitler e Mussolini foi o pior de tudo, voltou à estabilidade e ao progresso econômico. Com a entrada para a Comunidade Européia através do Euro, mais progresso. Atualmente lutando para se afastar da crise, provocada pela crise financeira mundial provocada pelos americanos.
A cidade, um misto de ultra moderno com o antigo. Igrejas, museus, ruínas da época dos Romanos. A cidade de ciências e artes, que atrai pessoas do mundo todo, o mais moderno possível.
Por séculos, a cidade sofria periodicamente com enchentes por causa do rio que passava no meio da cidade, ou melhor, a cidade foi construída as margens do rio. O tribunal das águas, que ainda existe hoje e tem mais de mil anos, decidiu mudar o curso do rio e assim foi feito. Hoje, no leito do rio existe um enorme parque, ao longo de todo o antigo percurso.
O governo queria construir uma auto estrada. A população reagiu e durante a noite, em mutirão plantaram árvores. O governo cedeu e foi decidido que no local haveria um parque que hoje é atração e de muita utilidade para o público.
Mesmo sendo uma cidade grande, o comércio não funciona aos domingos e aos sábados, a grande maioria das lojas, somente pela manhã. Os trens são pontuais como os relógios. A limpeza da cidade impressiona. O prédio da prefeitura, dos correios, na praça central, é uma obra de arte.
Na virada do ano, nos últimos doze segundos, diz a tradição e assim o fazem, deve-se comer doze uvas, para ter sorte nos próximos doze meses.
Um provérbio persa para encerrar: Acredita se quiseres que as montanhas e os leitos dos rios mudam de lugar, mas não acredites que os homens possam mudar de caráter.
Tudo é uma questão de atitude.
Por Marcos Hans
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Os 12 Maiores Atributos da Liderança
Publicado em
01/08/2010
às
09:00
"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações. Aqui vão alguns resultados de pesquisa feitas na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de industria. Essa pesquisa é muito interessante. Ela mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhos úteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Espero que a leitura atenta destas descobertas e seus comentários possam trazer benefícios reais aos leitores.
DISPOSIÇÃO PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES
Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a
quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentadas anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.
AUTO MOTIVAÇÃO
O Gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros.
UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO QUE É JUSTO
Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.
PLANOS DEFINIDOS
O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma participação de seus subordinados.
PERSEVERANÇA NAS DECISÕES
O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.
Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.
O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO
Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança.
UMA PERSONALIDADE POSITIVA
As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém uma equipe com entusiasmo.
EMPATIA
O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista.
DOMÍNIO DOS DETALHES
O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua posição.
DISPOSIÇÃO PARA ASSUMIR PLENA RESPONSABILIDADE
Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade é minha".
DUPLICAÇÃO
O líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de "estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo".
Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver outros lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os seus talentos e fez evoluir.
UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS
A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua realização.
Minha sugestão é a de que você leia uma, duas ou três vezes cada um desses atributos e medite cada um deles à luz de sua própria realidade como um profissional que tem a função de gerenciar, comandar, liderar pessoas. Detenha-se sobre cada um dos atributos e dê a você mesmo uma nota de zero a 10 em cada um deles, fazendo um propósito de auto–aperfeiçoamento. Repita essa auto-avaliação semanalmente.
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Conselheiros
Publicado em
31/07/2010
às
09:00
Embora a ciência já tenha comprovado que alguns seres humanos sejam dotados de inteligência privilegiada e possuam quociente de inteligência em nível maior que a média, não existe em qualquer área de atuação alguém completamente capaz de desenvolver atividades sem a ajuda e o suporte das idéias, dos conselhos, das informações e outros subsídios prestados por outras pessoas.
A verdade é que ninguém é absoluto, sabe tudo ou pode realizar tudo sozinho.
No meio empresarial, a difusão do conceito da necessidade de se trabalhar em equipe é ampla e vem junto a estas constatações, ou seja, a soma dos talentos traz sempre resultados mais satisfatórios. Nós juntos sempre somos mais que o outro só!
Corporações contratam profissionais diferenciados a peso de ouro, oferecem diversas vantagens financeiras, mimos, bônus e gordos salários. São sem qualquer sombra de dúvida, executivos que fazem a diferença no meio em que atuam. Trazem grandes resultados e são capazes de fazer acontecer inclusive em tempos de crises ou condições de mercado desfavoráveis.
No entanto, no meio corporativo não há empresa que não tenha um Conselho formado por diversos profissionais além do principal gestor a fim de se estabelecer consensos e mediar as tomadas de decisões mais acertadas.
É uma questão de visão do negócio, do mercado, das pessoas e dos demais fatores que interessam para nortear os caminhos, as posições e decisões a serem tomadas.
Delegar a uma só pessoa toda a gestão de qualquer assunto ou qualquer área é um grande erro, é desperdiçar talentos e promover a desvalorização de uma equipe.
Na verdade, ouvir apenas a um conselheiro, deixar as decisões para apenas um executivo, delegar o planejamento a apenas um cérebro, ao longo da história provou-se ser um enorme erro.
Volto a dizer ninguém é absoluto, ninguém sabe tudo, quanto mais se esse alguém não se abre ao diálogo, ao aprendizado constante e à valorização do outro e impõe seus posicionamentos e sua capacidade.
Capacidade e competência são fatores que os outros devem reconhecer em nós e nós não devemos impor esse reconhecimento. Tudo advêm de uma série de fatores, sobretudo, dos resultados que conseguimos apresentar ao longo de nossa atuação, de nossa vida privada e de nossas relações.
Seres humanos são o tempo todo analisados na sociedade por sua integridade. Ética, bom caráter, valores, sucesso profissional e família estruturada devem integrar o conceito a ser firmado em relação àquela pessoa.
A receita é unir talentos, ouvir opiniões, filtrar aquilo que se ouve, buscar mais de uma fonte antes de formar convicções e decidir-se por qual caminho seguir.
Tal conduta serve para a vida e para os negócios, estejam certos disso.
Por José Rodrigo de Almeida
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A Insegurança nos Shoppings Centers
Publicado em
30/07/2010
às
09:00
Há algum tempo atrás, os consumidores foram surpreendidos pela ação de um atirador em cinema do Shopping Morumbi. Especialmente os paulistanos, que infelizmente não possuem muitas opções seguras de lazer, encontram refúgio
nos shoppings centers.
Ultimamente temos visto roubos cinematográficos nesses estabelecimentos, onde quadrilhas altamente especializadas atuam para levar pertences valiosos de joalherias, posteriormente colocados na mão de receptadores. Isso, em curtíssimo espaço de tempo, aconteceu em três oportunidades.
A primeira conclusão que se pode tirar é óbvia. A máquina estatal está falida e não consegue garantir aos cidadãos um mínimo de segurança, sequer em shopping centers. Os bandidos chegam em bando e fortemente armados, contando com o elemento surpresa. A polícia deve reagir recebendo parcos salários e armamento arcaico e insuficiente. Isso acontece mesmo diante dos altos impostos pagos.
A segunda conclusão é que houve a migração do crime. Quem antes assaltava banco agora assalta shopping centers. E a migração do crime é natural frente ao investimento em segurança realizado pelas agências bancárias. O consumidor que antes tinha medo de ir ao banco agora tem medo de ir ao shopping.
Não há dúvida de que o dever de segurança nesses estabelecimentos não é exclusivo do Estado. O consumidor busca o shopping pela segurança e pela comodidade. A segurança, portanto, é elemento fundamental nas expectativas do consumidor.
Todo o consumidor que tiver um dano decorrente da falta de segurança nos shoppings, pode promover ação no Judiciário a fim de ressarci-lo. Ainda que as administradoras desses estabelecimentos muito pouco possam fazer para eliminar por completo o risco desses incidentes, em caso de danos aos consumidores respondem, porque sua responsabilidade decorre da própria atividade que exercem.
Se o shopping gera lucro, quando houver prejuízo esse também deverá ser absorvido, porque o risco da atividade é integral do fornecedor.
É possível, após a indenização do consumidor, que a administradora do shopping busque ressarcimento junto ao Estado, já que é dever dele promover a segurança pública.
A tendência é que sejam adotadas medidas mais drásticas de segurança que vão, mais uma vez, prejudicar toda a sociedade. Possivelmente até venham a ser adotadas portas giratórias em shoppings, a exemplo do que ocorreu com as agências bancárias.
Enquanto o Estado não fizer sua lição de casa, a iniciativa privada e a população pagarão a conta.
Por Arthur Rollo
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A Escolha da Profissão
Publicado em
29/07/2010
às
09:00
Uma análise do Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita pelo Observatório Universitário indicou a correlação entre a profissão exercida e o curso superior realizado pelos profissionais. Enquanto 70% dos dentistas, 75% dos médicos e 84% dos enfermeiros trabalham na mesma área em que se formaram, apenas 10% dos economistas e biólogos e 1% dos geógrafos segue pelo mesmo caminho.
Exame atento de outras profissões ainda nos indicará que apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu.
É evidente que faltam vagas no mercado de trabalho. O emprego formal acabou. Nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma apontava como colocação dos sonhos um cargo no Banco do Brasil, na Petrobras ou em outra empresa pública. Nos anos de 1980 experimentamos o boom das multinacionais e empresas de consultoria e auditoria que recrutavam os universitários diretamente nos bancos escolares. Já na década de 1990 o domínio de um segundo idioma, da microinformática e a posse de um MBA eram garantia plena de uma posição de destaque. Contudo, nada disso se aplica hoje.
As grandes empresas têm diminuído o número de vagas disponíveis e são as pequenas companhias as provedoras do mercado de trabalho atual. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à demanda –e, paradoxalmente, muitas posições deixam de ser preenchidas devido à baixa qualificação dos candidatos.
Assim como todos os produtos e serviços concorrem pela preferência do consumidor, os profissionais também disputam as mesmas oportunidades. Engenheiros que gerenciam empresas, administradores que coordenam departamentos jurídicos, advogados que fazem estudos de viabilidade, economistas que se tornam gourmets. Uma autêntica dança das cadeiras que leva à insegurança os jovens em fase pré-vestibular.
Há quem defenda a tese de que adolescentes são muito imaturos para optar por uma determinada carreira. Isso me remete a reis e monarcas que com idade igual ou inferior ocupavam o trono de suas nações à frente de grandes responsabilidades, diante de uma expectativa de vida da ordem de apenas 30 anos...
O que falta aos nossos jovens é preparo. Um aparelhamento que deveria ser ministrado desde o ensino fundamental por meio de disciplinas e experiências alinhadas com a realidade, promovendo um aprendizado prazeroso e útil, despertando talentos e desenvolvendo competências. Um ensino capaz de inspirar e despertar vocações. Ensino possível, porém distante, graças à falta de infraestrutura das instituições, programas curriculares anacrônicos e, em especial, desqualificação dos professores.
Em vez disso, assistimos a estudantes com 17 anos de idade, 11 deles ou mais na escola, que às vésperas de ingressar no ensino superior sequer conseguem escolher entre psicologia e comunicação social, entre arquitetura e educação física, entre veterinária e direito.
A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o autoconhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influência possível. Muitos são os que direcionam suas carreiras para atender às expectativas dos pais, aos apelos da mídia e da moda, à busca do status e do sucesso financeiro, em detrimento da autorrealização pessoal e profissional. E acabam por investir tempo e grandes somas de dinheiro numa formação que não trará retorno para si ou para a sociedade.
Orientação vocacional não se resume aos testes de aptidão e questionários. Envolve conhecer as diversas profissões na teoria e na prática. Permitir aos estudantes visitarem ambientes de trabalho e ouvirem relatos de profissionais sobre os objetivos, riscos, desafios e recompensas das diversas carreiras. Tomar contato com acertos e erros, pessoas bem sucedidas e que fracassaram. Provocar o interesse e, depois, a paixão por um ofício.
Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?” A magia desta indagação é que dentro dela residem os sonhos e a capacidade de vislumbrar o futuro. Aliás, talvez também devamos colocar esta questão para nós mesmos, pais e educadores.
Por Tom Coelho
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Vacine sua empresa contra a crise A
Publicado em
28/07/2010
às
09:00
A gripe, a nossa velha e conhecida gripe, está cada vez mais forte e recebendo novos nomes, como a H1N1, conhecida como Gripe A. Assim como as gripes, as crises acontecem periodicamente, ocasionando uma quantidade incontável de “óbitos empresariais”. Diante destas ocorrências as empresas já deveriam estar preparadas para crises, mas o que vemos no mercado é que os empresários não percebem seus sintomas, as formas de contágio e as formas de lidar com seus efeitos colaterais, tomando apenas paliativos para não sentirem as dores deste mal. Então por que não buscamos vacinar nossas empresas contra os males ocasionados pelas crises? Quando o assunto é crise todos os portes de empresas acabam sofrendo algum efeito colateral. A diferença é que algumas organizações se “vacinam” contra estes males fazendo exames periódicos em seus controles financeiros, seus fluxos de caixa, demonstrativos de resultado, percentual de lucratividade, formação de preços etc.
Além disso, se informam sobre “as doenças” e “sintomas” do mercado, ou seja, realizam pesquisas formais ou informais, analisam o setor para diagnosticar seus comportamentos e principalmente fazem uma “radiografia” nos seus clientes para saber quais os índices de satisfação. O maior problema de algumas empresas são os remédios tomados que resolvem por pouco tempo e causam muitas sequelas. A busca por recursos financeiros externos caros, demissões que acabam com o capital intelectual das empresas, entre outras ações paliativas, são consequências de “organismos já debilitados” que acabam por realizar tratamentos de alto risco do tipo “ou cura ou morre”. Os empresários devem se preparar para as crises, implantando ferramentas de gestão, estando com a saúde em dia e vacinados, com planejamento e com capital de giro suficiente para aguentar os efeitos destes males. Porque se não se cuidar... Atchin.
Enio Valli.
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Minimizando os riscos
Publicado em
27/07/2010
às
09:00
Como podemos minimizar os riscos se ainda não entendemos os objetivos de compliance, controles internos e gestão de riscos? Alguns estudiosos acreditam que o profissional de compliance (ou conformidade) deve possuir formação em administração e conhecimento em governança corporativa. Mas será que é suficiente? Acredito que conhecimento de contabilidade e/ou controladoria seria um adicional fantástico para aprimorarmos os controles. Afinal, todos os fatos e registros operacionais de alguma forma se transformarão em números dentro da organização. E quem controla estes números é a controladoria.
Com a adoção das normas contábeis internacionais no Brasil, muito se tem falado sobre a busca pela conformidade com o IFRS (International Financial Report Standard) e com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), mas pouco se tem criado no que tange a minimizar os riscos e aprimorar os controles internos e contábeis. A norma internacional sempre evidenciou a exposição — em inglês disclosure. Portanto, a nota explicativa é fonte importante de informação contábil e financeira.
Haja visto que a nota explicativa assume um grau de importância tão evidente, como podemos apresentar quadros de informação sem controles internos e contábeis confiáveis e tempestivos? Para isso, o profissional de compliance deve se aproximar da controladoria e buscar esta conformidade.
Outro problema tão evidente na gestão contábil é a ausência de controles para a área fiscal/tributária das empresas, pois a informação está em uma planilha ou na cabeça de quem administra o departamento. Deve-se normatizar esta área e identificar os procedimentos existentes.
Entretanto, para que o planejamento tributário funcione adequadamente, deve-se começar entendendo quais os tributos envolvidos no negócio e, se possível, não pagar indevidamente ou com multas, afinal, os tributos já oneram muito as organizações.
Muitos profissionais de compliance se preocupam com a busca da conformidade com leis e regulamentos, mas não identificam a existência de áreas na organização que possuem muita legislação e ainda não estão inseridas nas normas e procedimentos internos.
Os riscos existem e estão a nossa volta o tempo todo. Dificilmente vamos eliminá-los. Podemos é minimizá-los, mas para isso, a busca por conformidade, confiabilidade, eficiência, eficácia, governança e qualquer outro adjetivo que suporte as informações e a manutenção das organizações será bem vindo, pois a busca pela continuidade dos negócios e pela boa prática de governança corporativa deve ser inserida em todas as atividades empresariais, sejam para as pequenas, médias e grandes companhias.
O bom senso e conhecimento de negócio auxiliam na busca por esta tão falada conformidade e devemos atentar que, em muitos os casos, as regras parecem impossíveis de serem aplicadas, mas devemos avaliar até que ponto devemos colocá-las em prática sem causar danos à organização.
Ninguém está obrigado a fazer nada desde que possa justificar a sua atitude. A busca pelos controles internos e contábeis e pela gestão de riscos vai de encontro ao apetite de risco da organização e como minimizar o risco corporativo.
Portanto, minimizar riscos é conhecer, prevenir e monitorá-lo sempre que possível, pois eles não são evidenciados somente nas fraudes. Os erros e negligencia também fazem parte. É bom avaliar sempre isso.
Marcos Assi
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São R$ 8 bilhões no lixo
Publicado em
26/07/2010
às
09:00
Cálculos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), publicados no seu relatório de maio, mostram que produtos jogados no lixo em todo o país, sem serem reaproveitados, representam um desperdício de 8 bilhões de reais por ano – em comparação com a hipótese de sua reciclagem. A jornalista Priscila de Martini chamou a atenção para este fato, ressaltando que “sabe aquele argumento de que preservar o ambiente prejudica a economia ? A cada dia, aparecem mais dados que indicam o contrário”.
A nova “revolução industrial” que o século XXI está pedindo e começando a promover (ainda que um pouco lenta e timidamente, para o ritmo das necessidades da sociedade e do planeta), é justamente a da industrialização que aproveite esses materiais que a sociedade ainda vê simplesmente como um problema, o “lixo”, mas que na verdade também é uma oportunidade de negócios. Como dizem os especialistas em economia sustentável, “lixo não é lixo, é matéria prima reaproveitável”. Os exemplos práticos são muitos e as possibilidades, quase inesgotáveis. Praticamente todas formas de materiais podem ser transformados em novos produtos, sem que isso represente uma qualidade inferior. Numa Feira de Tecnologia, tive oportunidade de ver móveis que chamam a atenção pela beleza e que, vim a saber depois, eram feitos de madeiras reaproveitadas. O lixo orgânico e até mesmo o esgoto são potencialmente adubo para fertilizar terras, mesmo as do deserto como ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes, onde se vê canteiros públicos de plantas “regadas” por esta canalização.
Outra matéria jornalística sobre economia sustentável, redigida por Luana Fuentefria, calcula em 2,6 milhões o montante de empregos formais (número significativo para esse segmento) que podem ser chamados de “empregos verdes”, quer dizer, comprometidos com o uso sustentável e o reaproveitamento de materiais. Os problemas ainda são muitos, é claro, inclusive o da mão de obra com formação qualificada para estas novas atividades. Aiinda desprezamos o que é “usado” e não vemos valor no “lixo”.
uma questão cultural, antes de econômica. Mas há claros indícios de mudança também nos nossos valores, como as empresas que publicam suas revistas em papel “reciclato” – que na verdade vem a ser estratégia de marketing, pois esse tipo não se trata de um papel verdadeiramente reciclado, apenas não clorado. Lembro de ter ficado indignado quando soube desse embuste – aparentar uma falsa reciclagem – mas depois me dei conta do outro lado da mesma questão, a da mudança de padrões estéticos, quando o que parece reciclado já se torna mais bonito aos nossos olhos.
Por Montserrat Martins
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Dos efeitos não-lineares da valorização estética na empresa
Publicado em
25/07/2010
às
09:00
Um dos mais importantes estudos da antropologia é o da "estética". Os valores estéticos são considerados de suma importância para o ser humano. Assim, uma guerra só tem início depois que todos os guerreiros da tribo fizeram todas as cerimônias e pinturas corporais e colocaram os adereços próprios da arte plumária. Sem a cerimônia estética da dança, da arte rupestre, da pintura corporal, da arte plumária a guerra não pode começar. Modernamente vimos também os chamados "caras-pintadas" – jovens protestando – com pinturas nos rostos simbolizando sua condição guerreira, tal qual os indígenas norte-americanos.
Transpondo esses estudos para o mundo empresarial temos uma realidade semelhante, com efeitos similares.
Uma empresa mal cuidada, suja, escura, com pessoas mal vestidas, terá baixa qualidade de produtos e serviços. As pessoas "respondem" ao meio-ambiente.
Da mesma forma, uma empresa limpa, bonita, clara, iluminada, com mobiliário adequado, ar condicionado, plantas, etc. produz colaboradores preocupados com qualidade.
O medíocre popular considera a valorização estética uma "perda de dinheiro", uma "perfumaria" desnecessária. A ignorância da magna caterva só consegue enxergar o "conteúdo" e não compreende o valor do "continente".
O metrô de São Paulo é um exemplo emblemático dos efeitos não-lineares da valorização estética. No metrô nada pode ficar quebrado por muito tempo. Qualquer aparelho ou equipamento danificado é consertado ou é retirado do local dentro do menor tempo possível. O resultado é que o mesmo povo que destrói os orelhões, quebra as praças e emporcalha as ruas de São Paulo, protege o metrô que é considerado um dos mais bem cuidados, limpos e eficientes do mundo. Como explicar? São milhares de usuários que diariamente "conservam" o metrô, porque dele sentem orgulho. Depredam os ônibus e protegem o metrô!
A valorização estética aumenta a auto-estima das pessoas. Trabalhar num ambiente bonito, limpo, climatizado, com pessoas bem vestidas, perfumadas, etc., faz o homem sentir-se mais humano. Todos estamos buscando desesperadamente melhor "qualidade de vida". E não há nenhuma dúvida de que a qualidade de vida para o ser humano passa necessariamente pela valorização estética.
Um dos maiores exemplos dos efeitos não-lineares da valorização estética em urbanismo é a cidade de Curitiba. A partir da valorização estética da cidade, o então prefeito Jaime Lerner conseguiu fazer de Curitiba uma outra cidade. Atraiu um novo pólo automobilístico, fez da cidade uma das mais belas e admiradas cidades da América Latina por sua "qualidade de vida" e equipamentos urbanos de qualidade. E tudo começou pela valorização estética.
O que está acontecendo, por exemplo, com Sorocaba, no interior de São Paulo?
Por que inúmeros novos investimentos estão sendo feitos naquela cidade?
Por que a cada dia pessoas ficam mais "encantadas" com a cidade – antes considerada uma cidade "triste", "feia", "pobre", "pra baixo"?
Desde que assumiu a Prefeitura, o atual prefeito Renato Amary demonstrou uma enorme preocupação estética com Sorocaba. Arrumou os canteiros das principais avenidas, restaurou monumentos históricos, iluminou prédios, pontes e viadutos, construiu praças com extremo bom gosto, construiu parques centrais onde as pessoas são incentivadas a caminhar, a praticar exercícios físicos de condicionamento saudável, etc. A própria forma de trajar-se do atual prefeito – sempre de terno escuro e gravatas de bom gosto – trouxe para Sorocaba efeitos não-lineares que o menos estudioso ou menos observador ou menos afeito às ciências sociais não consegue enxergar e menos ainda compreender.
Tenho encontrado empresários de São Paulo e outras cidades visivelmente impressionados com a Sorocaba atual. Perguntam-me a todo instante:
"- O que aconteceu com Sorocaba?".
Um grande empresário que está transferindo suas empresas para Sorocaba disse-me que estava para escolher entre várias cidades. E como sempre fazem as grandes empresas que necessitam mudar seus funcionários com familiares para um novo local, alugou ônibus em vários fins de semana e pediu aos diretores, gerentes e familiares que visitassem essas cidades e dessem suas opiniões.
"- Sorocaba ganhou disparado!" disse-me o empresário. As avenidas, os jardins, o shopping, os parques, as lojas iluminadas, os bares, a vida noturna – tudo simplesmente "encantou" o meu pessoal, emendou ele. E quando souberam que a cidade tem uma orquestra sinfônica, um belíssimo teatro, bons cinemas e restaurantes, a escolha ficou irreversível. "Embora o terreno que tínhamos em vista em Sorocaba fosse o mais caro e de mais difícil negociação, não tivemos como não optar por Sorocaba".
Amigos e clientes ficam curiosos em saber a razão de eu morar em uma chácara em Sorocaba sem ter clientes naquela cidade. Tenho convidado amigos empresários para que nos visitem em finais de semana e ficam todos simplesmente boquiabertos com a mudança estética que percebem. Até os jardins das casas estão mais bem cuidados porque a Prefeitura tem dado o exemplo em cuidar das áreas públicas. As lojas estão mais bonitas, pintadas, iluminadas, porque a Prefeitura vem dando o exemplo de cuidar melhor do patrimônio público e do meio-ambiente. E opiniões como essa vêm se repetindo dia após dia.
Assim, empresas, empresários e executivos de São Paulo estão pensando seriamente em mudar-se para o interior que vem sendo esteticamente valorizado pelas administrações municipais mais lúcidas e competentes como em Sorocaba.
Como nas cidades, a mesma realidade precisa ser compreendida para a empresa.
E a valorização estética na empresa ultrapassa os limites do ambiente físico e deve abranger a "ética" , as "boas maneiras" , a "polidez", atingindo aspectos de valorização da cultura, da educação, das artes, da música.
Um dos grandes exemplos mundiais da valorização estética e sua importância para o sucesso empresarial é a Disney. A atenção aos detalhes na valorização estética em tudo é um dos pontos fundamentais da fórmula do sucesso Disney.
É preciso compreender que a valorização estética não é dinheiro "jogado fora". É "investimento!" Ela traz – e somente ela poderá trazer de volta – a auto-estima necessária para nossos funcionários, nossos clientes e trazer até efeitos incrivelmente benéficos para a nossa "marca". E "belo" não significa necessariamente "caro". "Belo" não significa necessariamente "supérfluo". Pelo contrário, a valorização estética aumentando a nossa auto-estima, aumenta o nosso comprometimento com a empresa, aumenta o nosso prazer em trabalhar e viver e o nosso orgulho em representar uma marca e pertencer a uma empresa que compreende a importância da valorização estética, do belo, do bom e do que nos faz "seres humanos".
Você empresário, pense nos detalhes estéticos da sua empresa. Não estará a sua empresa "embrutecida" pelo descuido dos detalhes estéticos? Como estão os jardins? Como está a pintura? As cores são alegres, induzem limpeza? O ambiente interno é agradável? Os veículos são limpos e cuidados? Como é a iluminação interna e externa? Os ambientes são claros, bem iluminados? O café é bom? As xícaras são bonitas? Os móveis são confortáveis e de qualidade? Como é o refeitório dos funcionários? E como são os banheiros? Os luminosos da fachada estão com todas as lâmpadas acesas? Estão limpos?
Faça você mesmo o seu check list e lembre-se da importância dos efeitos não-lineares da valorização estética para sua empresa.
Por Luiz Marins
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O tempo da propaganda eleitoral
Publicado em
24/07/2010
às
09:00
A legislação em vigor nos fornece as regras para a contagem do tempo que cada partido terá para a realização da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Sendo o tempo, para o pleito majoritário, de 30 minutos em cada período há uma divisão entre candidatos e partidos políticos de acordo com a sua representação.
Assim, 1/3 desse tempo, ou 10 minutos no caso do exemplo, devem ser divididos igualitariamente pelos candidatos aos cargos executivos. Se forem 5 os candidatos a prefeito, cada um deles disporá de 2 minutos para usar no processo de convencimentos dos eleitores.
Os demais 20 minutos, ou 2/3 do tempo total serão divididos pelos partidos políticos, de acordo com suas bancadas respectivas, para ser utilizado pelo candidato majoritário a quem estiverem dando suporte. Se dois partidos com representação na Câmara dos Deputados dão suporte, em coligação, a um só candidato, somam-se os tempos desses dois partidos. Havendo partido com representação na Câmara dos Deputados que não tenha candidato majoritário, ou próprio ou em coligação, seu tempo será redividido pelos candidatos existentes, com as mesmas regras dedicadas aos 2/3 de tempo analisadas acima.
Aí aparece o grande mote deste nosso artigo de hoje. A pergunta é: como calcular as bancadas de cada partido? Pelo momento da eleição? Pela bancada atual? Pela bancada existente no dia em que foi feito o cálculo?
Um tempo para o nosso leitor-eleitor pensar o que é mais correto antes de darmos a resposta. Desde já podemos afirmar que o cálculo não se dá pela bancada atual dos deputados federais. Hoje, os partidos que dão sustentação ao governo, pelas óbvias razões do fisiologismo, seriam os beneficiados. Isso acontece agora como aconteceu no passado. Mudam os partidos, mas a fisiologia é a mesma.
Na lei 9.504 encontramos, no artigo 47, em seu parágrafo terceiro, a resposta para a nossa indagação; para efeito do disposto neste artigo, a representação de cada partido na Câmara dos Deputados será a existente na data do início da legislatura que estiver em curso. E, esse início de legislatura acontece no dia 15 de fevereiro do ano seguinte ao do pleito que deu causa aos mandatos.
Assim, entre o primeiro domingo do mês de outubro, dia em que o pleito é realizado, até o dia 15 de fevereiro do ano seguinte, temos um troca-troca de legenda, uma mercatura de mandatos, um fisiologismo desbragado de acomodação de vorazes apetites políticos ... e quejandos.
Isto é o que está na lei. Também o tamanho das bancadas no início da legislatura serve para decidir que partido tem a maior bancada para fazer o presidente da Câmara dos Deputados. Temos dito sempre que, o correto, o moral seria retroagir esse momento da contagem dos deputados para efeito das bancadas partidárias, para o instante em que são eleitos os senhores deputados. Com certeza, 50 % dos problemas de troca de legenda que tanto fazem crescer o desejo de uma fidelidade partidária mais rígida (sem radicalismos como os da legislação da época do regime militar, defendemos nós) seriam satisfeitos com essa simples medida.
Vem agora, o Tribunal Superior Eleitoral respondendo à consulta no. 1055 e estabelece, ao que consta, outro parâmetro. A informação que temos é verbal, de quem esteve presente à sessão do TSE de 8 de junho p.p. O material ainda não está disponível na Internet encontrando-se, a Resolução no. 21.806 em fase de digitação.
A primeira preocupação que temos é o fato de, ao que consta, mais uma vez, o TSE ter interpretado a lei alterando-a, praticando, como se vê, função legislativa para a qual não está qualificado constitucionalmente.
A segunda, em verdade, não é uma preocupação, mas um ato de regozijo. A ser correta a informação de que a contagem das bancadas para efeito de horário eleitoral gratuito vai ser feita com base na diplomação dos deputados, será respeitada a vontade do povo, a verdade das urnas, tudo afinal que se espera de uma verdadeira democracia.
Fazemos esse registro. Com a preocupação de estarmos lastreados em fatos. Indicando aos interessados o número da resolução e o número da consulta feita ao TSE.
E, enfim, desejando que a notícia esteja correta ... apesar de não encontrarmos no TSE o lastro constitucional para a atuação que teve.
Por Alberto Rollo
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Profissionalização, Ação e Resultados
Publicado em
23/07/2010
às
09:00
Pergunte em um auditório lotado de vendedores quem deseja se profissionalizar cada vez mais? Duvido que alguém diga não.
Apesar dessa vontade explícita de ser cada vez mais profissional são poucos que abraçam a causa e mergulham a fundo nesse processo.
Do Plano Real para cá tivemos conquistas importantes como recuperar a credibilidade da moeda, acabar com a hiperinflação, mais de 26 milhões de pessoas subiram para a classe C entre 2003 e 2008 e o país demonstra altos níveis de crescimento, mas o mais importante a meu ver é que a democracia está definitivamente instalada no país.
Apesar de todas essas conquistas e com a nítida mudança de comportamento do consumidor e das empresas, ainda existem em bom número, profissionais de vendas que insistem ou se recusam a aprender e utilizar novas técnicas e principalmente as tecnologias existentes. Com essa atitude estão se tornando personagens jurássicos e sendo literalmente engolidos pela nova geração que todo ano entra no mercado de trabalho.
Ser profissional é antes de tudo parar de acreditar que só carisma e amizade vendem. São atributos importantes, mas não são garantia de crescimento sustentável. Significa investir menos em eventos que se perdem sem objetivos definidos e acabam noite adentro com comida e bebida à vontade. Seja profissional com atitudes éticas. Não entre em esquemas escusos com compradores desonestos pelo simples motivo de ser ERRADO.
Mude sua postura e demonstre dedicação em conhecer efetivamente o negócio do seu cliente, tenha na ponta do lápis a solução e não faça parte do problema. Quem são os clientes do seu cliente? Quem são seus concorrentes? O que fazem, o que vendem e como vendem? Qual o valor do seu produto e esqueça definitivamente a palavra "preço" por que em mundo comoditizado como o de hoje é preciso vender o benefício. Seja capaz de mostrar em números o quanto o seu cliente pode ganhar em qualidade, produtividade e finalmente em rentabilidade ao comprar da sua empresa e de você.
Ser profissional é utilizar a tecnologia sem medo e desculpas de que não tem tempo para isso. Fazer o uso correto do CRM, ERP, enfim da ferramenta que a sua empresa utiliza. Notebook e celular de última geração são bacanas e eficientes só nas mãos de quem sabe usá-los.
Não ter medo de profissionalizar a gestão da empresa e assim escapar da maldição "avô rico, filho nobre e neto pobre".
Toda mudança começa no PENSAMENTO, por isso trate de reforçar crenças e valores positivos, tenha um atitude pró-ativa e permita-se EXPERIMENTAR o novo e assim com novos RESULTADOS comprovar que PENSAR sem AGIR e só vagar no mundo virtual do sucesso.
Em resumo pare de falar que é profissional se não age como tal, esqueça as desculpas de que a concorrência não é ética, que o cliente só quer comprar o mais barato e que bom mesmo era antigamente quando o cliente não era tão exigente. Bom mesmo é se adaptar aos novos tempos e parar de acreditar que a idade é barreira para o aprendizado, para viver novas posturas ou de fazer algo novo. Pare de reclamar e faça o que precisa ser feito.
O cemitério Panteão de Paris teve suas obras inciadas em 1764 e hoje conta em sua cripta cerca de setenta grandes personagens da história francesa, como escritores, cientistas, militares e políticos. Lá estão os restos mortais do filósofo iluminista François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (1694-1778) cuja inscrição em seu epitáfio diz: "quem não vive o espírito do seu tempo, vive sua mazelas."
A escolha ao final é sempre sua!
Por Paulo Araújo
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Falta cultura da contabilidade internacional
Publicado em
22/07/2010
às
09:00
Muito se tem falado sobre harmonização contábil, IFRS (International Financial Reporting Standard), Comitê de Pronunciamentos Contábeis, Lei 11.638/07. Mas qual é o problema desses temas? Acredito que seja a ausência de cultura para o assunto.
As empresas no Brasil que são filiais ou subsidiárias de companhias do exterior já realizam há muito tempo o balanço mensal em USGAAP ou em IASGAAP. Porém, todas as companhias que tem necessidade de apresentar balanço (sejam de fora ou não) devem preparar seus demonstrativos conforme a regra internacional.
O problema, no entanto, não são as normas internacionais, mais sim a ausência de cultura e de conhecimento aqui no Brasil das metodologias para adequar as informações contábeis conforme o IFRS.
O que mais impressiona é que com toda esta polêmica sobre a implementação da essência sobre a forma, muitos ainda têm dificuldade em aplicar as regras e olhar a contabilidade de uma forma diferente.
O presidente do FASB comentou em reportagem recente que o órgão (que é responsável pelo USGAAP) quer mudar a forma de apuração e apresentação do valor justo. Com isso, publicaram que os créditos hipotecários, empresariais e ao consumidor são calculados pelo custo amortizado – método de avaliação de longo prazo e mais estável. Porém, o novo plano dos Estados Unidos (criador do USGAAP) exigiria que esses empréstimos fossem contabilizados pelo valor justo.
Por outro lado, o órgão que determina as regras contábeis da maior parte do mundo (mas não dos Estados Unidos) propôs contabilizar pelo valor justo um número bem menor de instrumentos financeiros e um número maior pelo custo amortizado.
Assim, estabeleceu-se uma polêmica sobre tópicos da norma internacional. A nossa preocupação, no entanto, é a busca por adequação e/ou interpretação, sem envolver interesses políticos e econômicos e que podem boicotar a harmonização contábil esperada.
O debate sobre o assunto servirá para fortalecer o conhecimento e aprimorar a cultura dos profissionais de contabilidade. Portanto, para que possamos fortalecer as mudanças contábeis e que estejam acima de qualquer tipo de interesse, eles necessitam valorizar a profissão e atividades que vão além do débito, crédito e emissão de razões e balancetes — somos, na verdade, partes integrantes na gestão do negócio.
Aprimorar o conhecimento, tanto acadêmico quanto profissional, é o que se espera da classe contábil, pois somente assim os princípios da boa governança farão efeito no mundo corporativo atual.
O IASB e o FASB estão estudando a possibilidade de adiantamento da adoção das normas internacionais que seria para junho de 2011 e, mesmo assim, já sinalizam que não vão cumprir o prazo determinado pelo G20. No fundo, estes órgãos estão preocupados com a velocidade do processo de harmonização.
Vale salientar que a comissão européia contrariou o IASB no ano passado quando decidiu não apoiar uma regra sobre o valor justo para instrumentos financeiros. Este assunto sempre causou polêmica e, como a contabilidade trabalha na base da evidência do fato, a questão de marcação a mercado e valor justo sempre se confundiram muito.
Portanto, ainda necessitamos de mudanças no que tange a cultura contábil acadêmica que sempre dá o pontapé inicial para as alterações com base na teoria contábil. Por outro lado, os profissionais desta área deveriam reconhecer a deficiência e buscar melhores formas de aprimorar seus conhecimentos. Como diria Sergio de ludicíbus, “nós profissionais de contabilidade não sabemos demonstrar a importância de nosso trabalho, pois todos acham que somos somente elaboradores de razonetes e balancetes contábeis.”
Por Marcos Assi
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Preposto na Justiça do Trabalho
Publicado em
21/07/2010
às
09:00
Há muito se discute, nos fóruns trabalhistas, sobre o entendimento a respeito da condição do exercício da função de preposto na Justiça do Trabalho, ou seja, aquele que representa o empregador em audiência, na forma do § 1º, do art. 843, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Esse questionamento prende-se ao fato da obrigatoriedade de ser ou não o preposto, empregado da empresa.
Desde sua incorporação em nosso ordenamento jurídico, tal dispositivo legal vem gerando dúvidas com relação à necessidade de o preposto ser funcionário da companhia. Segundo alguns autores, o preposto não precisa, necessariamente, ser empregado.
O eminente professor e magistrado Amador Paes de Almeida, em sua obra CLT Comentada (ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 2.ed. [S.l.:s.n.], s.d. p. 420), assim se manifesta:
“Entendemos, todavia, de modo diverso. O preposto não há de ser, necessariamente, empregado. E a própria Consolidação das Leis do Trabalho, no art. 843, § 1º, deixa patente tal fato, quando declara: ‘qualquer outro preposto,’ nenhuma exigência fazendo no sentido de que este seja empregado. Ao revés, a única exigência estabelecida é no sentido de que ‘tenha conhecimento do fato’.”
E, mais adiante, arremata:
“Preposto é substituto e não sinônimo de empregado. A lei faculta ao empregador fazer-se substituir por preposto e só quem pode nomeá-lo é o empregador. Não mencionando a lei que o preposto deva ser empregado, tal exigência por parte do julgador é arbitrária, ilegal e até descabida. Preposto deve ser de confiança irrestrita do empregador, por cuja confissão está obrigado a responder, e, por isso, pode muito bem não possuir empregado no qual não deposite confiança de tal monta” (TRT – 1ª R, RO 199/80, Ac. 892/80).”
Wagner Giglio, Direito Processual do Trabalho, (GIGLIO, Wagner. Direito Processual do Trabalho. 13. ed. [Rio de Janeiro]: Saraiva, 2003. p. 173, 294.) também assevera:
“Além disso, impressiona-nos a exigência de que o representante do empregador deve ter conhecimento do fato, o que leva a concluir ser permitido ao empregador nomear preposto o gerente ou qualquer outra pessoa, pois exclusivamente seu é o risco de ser tido como confesso, caso essa pessoa declare ignorar os fatos.”
Portanto, desde 14 de dezembro de 2006, não há mais necessidade de o representante das microempresas e empresas de pequeno porte serem empregados, para efeito de comparecimento às audiências realizadas na Justiça do Trabalho.
Embora o texto legal se refira às microempresas e empresas de pequeno porte, entendemos que a matéria voltará a ser debatida perante o Judiciário Trabalhista, podendo ser alterado, por esta razão, o entendimento esposado na Súmula nº 377 do Colendo TST, com o propósito de se adequar à referida lei.
Todavia, enquanto não há adoção de entendimento uniforme sobre a matéria, deve-se ressaltar que o empregador que não se enquadrar dentro da respectiva Lei Complementar nº 123/2006 (que se refere a empregador de microempresa ou empresa de pequeno porte) e à Súmula nº 377, do Colendo TST (que excetua apenas o empregado doméstico), deverá fazer-se representar por preposto que seja empregado, pois, de outro modo, poderá sujeitar-se à revelia.
Sylvia Romano
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Onde está a inovação?
Publicado em
20/07/2010
às
09:00
As organizações se encontram diante de um dilema: a inovação. Nos produtos e em todos os processos ela precisa ser constante e constantemente divulgada, para que tenha credibilidade e aceitação por parte de consumidores, colaboradores e acionistas. O mais difícil de tudo não é encontrar a inovação nos discursos, pois lá ela está em abundância. Mas por onde ela anda no dia-a-dia? Nos produtos e serviços em geral, se encontram atributos que credenciam a dizer que o consumidor está sendo mais bem atendido ou servido do que antigamente? Ou que suas necessidades estão mesmo sendo antecipadas e atendidas de maneira diferenciada e inovadora? O primeiro erro do conceito de inovação está justamente onde ela mais está aparecendo: no discurso. Fica-se falando que a inovação é uma novidade. Ora, parece que está se esquecendo das inovações das ferramentas no período da pedra lascada ou então as inovações que existem há mais de 100 anos no automobilismo, na aviação, na medicina, enfim, fala-se de algo novo, mas como diria o poeta: “o que há de mais moderno ainda é um sonho muito antigo”.
Saindo no discurso e entrando na prática, ali está o segundo erro crucial. A inovação aparece, de vez em quando, nos produtos, mas as práticas de gestão das organizações ainda estão nos mesmos moldes, na mesma maneira de contratar, no mesmo modo de tratar os fornecedores, de lidar com os clientes e assim por diante. Claro que vez ou outra se percebe alguma prática de gestão inovadora. Ela aponta novos caminhos. Mas precisa ficar atendo a uma coisa: Apontar novos caminhos também é algo muito velho. As organizações necessitam incorporar o real sentido de inovação e trazer resultados reais para os consumidores ao invés de subestimar a inteligência dos mesmos com discursos infundados. Essa onda de inovação parece um jovem de 20 e poucos anos que chega ao mercado e acha que tudo começou agora. As relações pessoais no trabalho começaram agora, os processos começaram agora. Tudo é novo. Nada foi experimentado ainda e tudo que é antigo não serve como parâmetro. Afinal, a inovação vem para substituir ou agregar? Os carros perderam suas quatro rodas de 1900 pra cá? Para ficar mais simples, basta lembrar-se de uma máxima da lei da natureza: nada se perde, tudo se transforma.
Por, Rodrigo Hoffmann
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A NOTIFICAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR DA ANS
Publicado em
19/07/2010
às
09:00
Por incrível que pareça, as Agências Nacionais deveriam ser órgãos de proteção dos consumidores, já que, no exercício da função de regulares determinados setores do mercado, coíbem abusos e, dessa forma, previnem danos. Isso, entretanto, não vinha ocorrendo, já que algumas Agências Nacionais parecem estar mais do lado dos fornecedores do que dos consumidores, deixando acontecer toda a sorte de abusos.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar dá agora um passo importante para proteger os consumidores, ao instituir a notificação de investigação preliminar, cujo objetivo é mediar os conflitos de interesses entre consumidores e operadoras de planos de saúde e seguradoras, especialmente em relação à negativa de cobertura. A medida está em consulta pública, mas tudo indica que será definitivamente implantada, porquanto seu projeto piloto apresentou 56% de solução dos conflitos.
Muito embora, na maioria das vezes, os contratos sejam claros e, na dúvida, deva ser adotada a solução mais benéfica ao consumidor, as negativas indevidas de cobertura continuam existindo. Muito embora a ANS tenha baixado resolução dizendo o que deverá ser coberto pelos planos e seguros de saúde, recusas indevidas acontecem.
Isso tudo ocorre porque, infelizmente, diante da negativa de cobertura poucos consumidores recorrem ao Judiciário, o que acaba fazendo com que esse tipo de prática abusiva continue valendo a pena do ponto de vista econômico.
A partir da implantação definitiva da NIP, além do conhecido PROCON, os consumidores dos planos e seguros de saúde terão mais uma alternativa para recorrer antes do Judiciário. A reclamação poderá ser formulada perante ANS, que intermediará uma solução. Se a negativa de cobertura persistir e for abusiva, caberá à própria ANS punir a fornecedora, no exercício do poder de polícia.
Ou seja, além das reclamações dos consumidores possibilitarem a solução individual dos conflitos apresentados, subsidiarão a ANS nas suas ações de fiscalização, melhorando também o tratamento aos consumidores em geral.
A nova medida vem em boa hora e certamente diminuirá os abusos do setor. A ANS tem uma interpretação diferente do PROCON, entretanto, um pouco menos protetora dos consumidores, já que, por exemplo, permite aumentos de faixa etária para idosos, vedados pelo Estatuto do Idoso, como já pacificado na jurisprudência de nossos Tribunais.
Nem todos os conflitos, portanto, serão solucionados da forma mais conveniente para o consumidor. Quando a solução adequada não vier, entretanto, restará ao consumidor a opção de recorrer ao PROCON e também ao Judiciário.
Certamente a nova medida traz melhoras, embora não solucione todos os problemas dos consumidores desse setor.
Por Arthur Rollo
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Julgamento moral e cívico
Publicado em
18/07/2010
às
09:00
A frieza das letras manifestadas por alguns defensores na instância jurídica, data vênia, muitas vezes frustra a população que aguarda um judiciário firme e comprometido com o bem público. Mas é preciso obedecer e acatar, pois, segundo se sabe, é uma análise realizada com a arte e a ciência da razão e não da emoção. Esse viés argumentativo tem tirado muito ladrão da cadeia, absolvido muitos traficantes e amparado pedófilos que são liberados e continuam machucando crianças e famílias.
Essas possibilidades de contar com defensores deve e precisa continuar, pois a todos é permitido a ampla defesa e o contraditório. Lamentavelmente não se pode julgar com a emoção, razão pela qual, talvez, ainda existam muitos problemas sociais no país, pois os atos malditos coadunam com a perpetuação da impunidade.
Em outros países, quem comete um erro, morre duas vezes: primeiro de humilhação, depois retirando a própria vida pela falta de dignidade em continuar convivendo com pessoas de bem. Mas no nosso querido Brasil... muitos fazem e acreditam que “não vai dar em nada”. Todavia, como diz a própria Constituição Brasileira, “todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”, está na hora de uma reação popular para o exercício prático do bem: sem armas, sem violência e sem lágrimas.
Com a mesma frieza que o judiciário é peculiar em suas análises, a população, bem organizada, tem muito mais poder do que qualquer Juiz, data vênia. Basta querer e se organizar. Sem vaidades, sem trampolins, mas com ordenamento e inteligência. Especificamente sobre os parlamentares “escolhidos” pelo povo, é possível sim avançar e execrar esses bandidos que sempre são reeleitos e se dizem representantes do povo nas respectivas Assembléias. O povo pode legislar com muito mais sapiência, no momento em que mantiver viva a memória de todos, nutrindo a lembrança com a boa informação em jornais e mídia comprometidos, verdadeiramente, com a causa coletiva.
Chega dessa conversa fiada de “segredo de justiça” e “blindagem privativa”. Bandido é bandido. É preciso destacar, em grande escala, os nomes daqueles que usurpam o dinheiro público, roubam a esperança de muitos e perpetuam a falsa bondade de atender os munícipes, prometendo mirabolantes projetos e recursos.
Quem viaja pelo interior do Paraná pode constatar que as cidades estão empobrecidas, com poucos investimentos em infra-estrutura, muita gente desocupada e doente. Cabe-nos como cidadãos e cidadãs uma reação natural e pacífica. Analise, pense, estude a vida dos candidatos a qualquer cargo público e vote. Vote de acordo com sua inteligência e coerência.
Não se pode mais admitir que a população ainda se renda aos hipócritas, mentirosos e mentirosas. Só assim será possível um julgamento moral e cívico que, certamente, não encontrará habeas corpus em qualquer jurisprudência para liberar os pérfidos e os enganadores. Façamos cada um de nós a nossa parte. Vamos ensinar a pescar e parar de assistir algumas pessoas recebendo o peixe de graça.
Por Wilmar Marçal
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Inventores do Além
Publicado em
17/07/2010
às
09:00
Numa palestra sobre empreendedorismo um senhor na platéia ergue o braço e pergunta ao conferencista:
– Tenho um invento fantástico! Como consigo financiamento para produzi-lo?
– Qual é o produto? – pergunta o palestrante.
– Não posso contar. É segredo...
Resignado, o palestrante responde:
– Você pode procurar uma empresa de venture capital e apresentar seu projeto. Se for convincente, pode conseguir que invistam em sua empresa.
– Ah, mas que garantia tenho de que não roubarão minha idéia?
Você acaba de conhecer uma categoria singular de empreendedores. Eles não têm aparência de Professor Pardal, como nosso imaginário costuma postular, mas a presunção de que suas idéias são originais, seus inventos são exclusivos, e seus projetos serão capazes de mudar o mundo e o curso da história. Entretanto, como não dispõem de capital próprio para tocar adiante, buscam desordenadamente investidores – ou incautos – acreditando ser possível persuadi-los sem ao menos dizer do que se trata.
Vamos por partes. É preciso inicialmente compreender a diferença entre invenção e inovação. No primeiro caso, estamos diante de algo inédito, inusitado, seja um produto, um serviço ou um processo, decorrente de uma constatação, de mera observação ou empirismo, concebido com uma finalidade útil e percebido como tal. Já a inovação está associada à evolução de algo existente, que pode ser feito de maneira melhor, mais rápida ou mais barata.
Dentro deste contexto, é coerente notarmos que as inovações são muito mais freqüentes que as invenções, embora não menos importantes. E que inovações sucessivas podem conduzir a tal grau de desenvolvimento que, no limite, o paradigma vigente seja rompido dando espaço a um novo paradigma – e a uma possível invenção.
Olhe ao seu redor neste instante. Talvez você esteja diante de um teclado ergonômico sem fio, que sucedeu um teclado convencional com fio, cujo bisavô foi uma máquina de escrever – e cujos bisnetos serão um teclado virtual projetado sobre sua mesa ou um eficiente comando de voz.
Seu monitor de LCD widescreen com 19 polegadas já foi uma tela plana de 15 polegadas que sucedeu grandes e pesados monitores com visor em fósforo verde. E sua multifuncional, quase em desuso, já deixou sem emprego o fax, que mandou para a aposentadoria o telex.
Diante destas e tantas outras evidências há momentos em que chegamos a pensar que tudo já foi inventado. Este era o pensamento de Charles Duell, diretor do Departamento de Patentes dos Estados Unidos, em 1899, ao propor o fechamento da sessão de registro de novas patentes. Contudo, produtos são lançados todos os dias desafiando esta tese. Ora muda a capacidade de armazenamento, ora as funcionalidades, ora o design. E você pode participar deste admirável mundo novo, desde que se conscientize de algumas prerrogativas básicas.
1. Pesquise sobre sua idéia. Antes de acreditar piamente que está diante de algo incrível, consulte o “Deus Google”, e não apenas ele, no seu e em outros idiomas, para se certificar de que não haja nenhum similar.
2. Passe pela peneira do mercado. Supondo que você transpôs a etapa anterior é hora de saber se existe viabilidade comercial para seu invento. Para tanto, você terá que levar sua proposta ao mercado. E não adianta restringir-se aos amigos mais próximos e familiares. Sua mãe certamente achará a idéia maravilhosa, pois ela sempre soube que o filho era um gênio. Mas a prova de fogo passa por um bom coach ou um mentor – um empresário ou professor em quem você confie, por exemplo – e o consumidor final.
3. Analise a viabilidade econômica. Há pouco você pode ter descoberto a viabilidade comercial de seu futuro negócio, ou seja, se produzido, haverá demanda. Porém, é preciso investigar se há viabilidade econômica, isto é, se o custo de produção permite uma oferta constante e a preços competitivos. Lembre-se de que o mundo não tem mais fronteiras e que há países com vantagens comparativas decorrentes de legislação, acesso a crédito barato e abundante e menores custos com mão-de-obra e carga tributária.
4. Registre e/ou patenteie. Contrate uma empresa idônea para a tarefa jurídica de proteger seu invento no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Trata-se de uma autarquia séria, porém carente de estrutura, onde os processos demoram a ser julgados. Portanto, quanto antes você fizer isso, melhor. Ademais, se possível, faça o depósito do registro também no exterior. A verdade é que o desrespeito a direitos autorais e patentes em nosso país é crítico – vide o sucesso da pirataria. Assim, esteja preparado para brigar constantemente na justiça para fazer valer seus direitos, sem qualquer garantia de indenização. Mas é preferível ter a patente a não tê-la. Afinal, você não quer ser o próximo Kane Kramer, o britânico que concebeu a primeira versão do iPod há três décadas e não ganhou um centavo com isso porque deixou de renovar sua patente por falta de dinheiro.
5. Prepare um Plano de Negócios. Este será seu instrumento para vender seu projeto a fundos de investimentos, empresas de capital de risco ou mesmo instituições financeiras. Todo mundo sabe que um plano de negócios é apenas um guia que vale mais pelo treino de pensar o empreendimento do que pelos seus números em si. Aliás, digo que os planos são grandes exercícios de chutometria: gastam o dobro do tempo, o triplo de recursos e alcançam metade dos resultados esperados. Mas é assim que o jogo é jogado.
Neste processo, o maior erro que você pode cometer é pensar como o personagem real do início do texto com seu medo de falar sobre a idéia ou invento. Vai levar o projeto para o cemitério e ser enterrado com ele – um inventor do além-túmulo. Jamais verá o avião construído e nunca terá o privilégio da sensação suprema de voar.
Por Tom Coelho
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FAP - Fator Acidentário de Prevenção
Publicado em
16/07/2010
às
09:00
O que a sua empresa pode fazer em 2010 para tentar reduzir o peso do FAP nos próximos exercícios
O FAP é o novo pesadelo dos empresários. Em 2010 a maioria das empresas está pagando um alto preço pelas ocorrências de acidentes de trabalho, doença ocupacional, aposentadoria por invalidez e morte relacionada ao trabalho.
"Ônus da negligência!", é o que alegam alguns sindicatos dos empregados e a Previdência Social. Já as empresas, justificam a falta de informação, alto custo dos serviços de medicina e segurança do trabalho, indisciplina de alguns empregados e uma boa dose de despreparo dos peritos médicos do INSS.
Acompanhamos casos de empresas que tiveram que impugnar, em janeiro deste ano, o FAP 2010, pois tiveram imputadas aos seus CNPJ ocorrências de acidentes ou doenças laborais de pessoas que se quer tinham vínculo de trabalho - nº de PIS inexistente.
Esse exemplo demonstra que, se o sistema da Previdência, ao evidenciar dados individuais, é passível de falhas, imagine ao catalogar o universo de dados estatísticos que produziram a nova concepção das alíquotas do SAT - como exemplo,destacamos que até 12/2009, uma mineradora tinha SAT de 2,0% enquanto que uma emissora de televisão tinha SAT de 3%, a partir de janeiro de 2010, ambas as atividades são 3%.
Outro exemplo que foge da compreensão é o fato da atividade de manutenção de aeronaves em pista ter alíquota do SAT de 1%, igual à atividade de ensino superior. Falando em ensino, quem poderia explicar porque atividade de educação infantil - creche tem SAT de 2% e educação infantil - pré escola tem SAT de 1%?
Voltando ao tema, para saciar o leitor que foi atraído pelo título deste artigo, relacionamos abaixo algumas práticas que podem atenuar a possibilidade de outro aumento do FAP nos próximos anos ou no mínimo munir o empresário de elementos para compor uma futura defesa contra o aumento do seu SAT:
- Contratar profissionais e empresas para elaboração e execução do PCMSO e
PPRA - os profissionais dessas áreas devem se responsabilizar tecnicamente pela execução dos programas em seus clientes (empregador) na implementação de ações programadas, relatórios, metas e objetivos.
- Exames médicos - devem ser realizados com critério, evidenciando todas as circunstâncias de saúde do empregado que é admitido, promovido, transferido e demitido; informações sobre de doenças hereditárias, relato acerca de práticas esportivas e hobbies, são dados que podem contribuir para colocar em análise mais profunda, o nexo entre a enfermidade e atividade empresarial. Quantos empregados se afastam na segunda feira por um acidente que na verdade aconteceu no final de semana, praticando o esporte amador, numa reforma em casa etc?
- CIPA - a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes deve estar atuante em atividades periódicas, planejadas e incentivadas pela empresa. Acione a assistência social para promover campanhas de vacinas, prevenção a doenças de estação, práticas de higiene e outras demandas neste sentido etc.
- Investir em EPC, EPI e melhorias no ambiente laboral - não é só guardar as notas fiscais de aquisição dos equipamentos de proteção coletiva e individual, -documente os treinamentos e fiscalizações do uso adequado necessário à segurança do trabalhador. Registre os casos em que o empregado foi advertido pelo não uso do equipamento pós treinamento. Contratar profissionais da área de ginástica laboral também pode promover o bem estar.
- Eliminar o índice de autuações da DRT referente ao não cumprimento das Normas Regulamentadoras.
A participação dos representantes dos sindicatos patronal e dos empregados em todos as práticas de melhoria, principalmente aqueles que envolvem a comprovação da execução dos planos de ação definidos com o SESMT, é fundamental.
Vale ressaltar ainda, que tudo precisa estar documentado: planilhas, relatórios assinados, mapeamentos, cartilhas, gráficos, atas, circulares, e-mails, fotografias, registros de filmagens, panfletos, cartazes etc, tudo que possa legalmente munir a empresa em possíveis questionamentos futuros.
Lembrando que todo esse acervo deve ser guardado, por o mínimo, cinco anos.
Por: Verenna Melo
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EMOÇÕES
Publicado em
15/07/2010
às
09:00
Ir a um Salão de Atos é muito importante, em função da formalidade do local.
Ir ao Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é um prazer muito grande, em função da importância que este local tem para a cidade de Porto Alegre.
Ir ao Salão de Atos da UFRGS e ouvir a “nossa” OSPA ( Orquestra Sinfônica de Porto Alegre) é sensacional em todos os momentos pelo som magnífico que tem essa orquestra.
Ir ao Salão de Atos da UFRGS e ouvir a “nossa” OSPA, sendo conduzida na ocasião, pelo jovem maestro Tiago Flores e tendo como solista de contrabaixo Milton Masciadri é uma honra e uma grande satisfação.
Ir ao Salão de Atos da UFRGS e ouvir a "nossa” OSPA sendo conduzida pelo jovem maestro Tiago Flores Tiago Flores e tendo como solista de contrabaixo Milton Masciadri é uma honra e uma satisfação ainda mais que este Concerto Oficial foi realizado na noite de 29 de junho de 2010 e que estava sendo homenageado, na ocasião, os 40 anos dos Cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis das Faculdades Integradas São Judas Tadeu de Porto Alegre.
Tudo isso na mesma noite.
Tudo isso em função de que o Salão de Atos da UFRGS foi o cenário das minhas formaturas em Engenharia, Administração de Empresas e Administração Pública.
Tudo isso em função de que foi ouvindo os concertos da “nossa” OSPA que eu iniciei a gostar de música erudita.
Tudo isso em função de que milito como professor, desde 1º de março de 1980, nas Faculdades Integradas São Judas Tadeu, no curso de Administração de Empresas.
Foram emoções ( parafraseando Roberto Carlos) incalculáveis que passei nesta noite de 29 de junho. O clima estava frio fora do Salão de Atos, mas internamente estava muito quente. Tudo na mesma noite.
Porto Alegre, a capital de todos os gaúchos, está de parabéns por sediar três grandes instituições preocupadas integralmente com a formação cultural do porto alegrense: UFRGS, OSPA e Faculdades Integradas São Judas Tadeu.
Belo exemplo de comemoração. Um exemplo que pode ser seguido por muitos.
A música erudita faz bem a todos nós.
Por David Iasnogrodski
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Redução de valores na demissão
Publicado em
14/07/2010
às
09:00
O dinâmico mundo empresarial globalizado obriga as empresas, diariamente, a efetuarem reduções, alterações e mudanças de foco no negócio que acabam implicando demissões. O já pesado custo trabalhista está, desde o ano passado, para as empresas brasileiras, acrescido em 20%. Trata-se da incidência da contribuição previdenciária (cota patronal) sobre o aviso prévio indenizado que onera, como já afirmado, em 20% o custo das demissões para as pessoas jurídicas do País. Em outras palavras, toda a pessoa jurídica que demitir um empregado, atualmente, e indenizar o aviso prévio, terá que recolher aos já abarrotados cofres da Receita Federal do Brasil mais 20% sobre o valor adimplido a título de aviso prévio. Tal tributo, cuja incidência era expressamente afastada pela Lei 8.212/91, foi direcionado pelo Decreto 6.727/09 para o aviso prévio indenizado.
A exigência governamental é, sob a nossa ótica, absolutamente ilegal e inconstitucional, devendo ser assim declarada pelo Poder Judiciário. Tal conclusão emerge da leitura do artigo 195, I da Constituição Federal de 1988, que fixou como hipótese de incidência das contribuições previdenciárias a folha de salários e os demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados.
Com efeito, a redação do dispositivo constitucional é clara e fixa a folha de salários e os rendimentos decorrentes do trabalho como hipótese que enseja a incidência do tributo. O aviso prévio indenizado, a toda evidência, conforme já decidiram reiteradamente os tribunais do Trabalho no País, incluindo a mais alta corte em matéria trabalhista, o Tribunal Superior do Trabalho, não é verba decorrente do trabalho, mas sim verba cuja natureza jurídica é indenizatória.
Ademais, a criação do tributo por decreto fere, frontalmente, o artigo 150, I da Constituição Federal de 1988, que fixa o princípio da legalidade tributária. Assim, com esses argumentos, cabe aos interessados buscarem o Poder Judiciário, a fim de reestabelecerem a correta tributação do aviso prévio indenizado, reduzindo, por conseguinte, na hipótese de obterem êxito na ação, os custos das demissões em 20%.
Por Leonardo Lamachia
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Os jovens e o consumo
Publicado em
13/07/2010
às
09:00
Dia destes, em Porto Alegre, o Ministério Público Estadual promoveu um seminário sobre consumo. O foco dos promotores de Justiça eram os jovens. Também pudera: em lares com filhos, eles, os jovens, são responsáveis por até 80% das decisões de compras. É a influência desta nova geração. Mas, se objetivo do Ministério Público naquela ocasião era mostrar que obesidade, a erotização precoce e o estímulo à violência são alguns dos fatores negativos relacionados ao consumismo exagerado na infância, o nosso é alertar que existe espaço para explorar este mercado de forma saudável. E valorizar o consumo e não o consumismo.
Bem, não é nenhuma novidade que os jovens, a cada dia, ocupam mais espaço. E os exemplos estão aí: a televisão destina horas de sua programação a este público; os jornais dedicam suplementos específicos para crianças e também para adolescentes; nos noticiários, cada vez mais assuntos para adultos, mas com aquela pitada de tempero que também atraem os jovens.
Não estão satisfeitos. Pois olha que uma pesquisa de 2003, a mais recente que encontrei sobre o tema, mostrava, há sete anos, que os jovens brasileiros tinham renda própria de R$ 30 bilhões por ano. Acham pouco? O poder de influenciar compras dos pais, naquela época, já era de R$ 94 bilhões.
E nós, empresários, o que estamos fazendo para satisfazer esta parcela do mercado? Estamos preparando nossos negócios para atrair os jovens? Os lojistas estão preocupados em oferecer um ambiente que receba os pais, mais também tenha atrativos para seus filhos? Temos produtos? Não, não precisam responder de imediato. Apenas pensem que não podemos perder o trem desta história.
Se faz cada vez mais urgente a necessidade de voltarmos nossas atenções para este público. Afinal, o jovem de hoje é o consumidor de... hoje. Isto mesmo! Não é o consumidor de amanhã e sim o consumidor da atualidade. Precisa, este jovem, ser visto com um olhar diferenciado. Afinal, ele não é mais aquele acompanhante dos pais que, muitas vezes, atrapalhavam nas lojas, pegavam os pais pelas mãos e pediam para ir embora. Hoje, dá para dizer que são eles quem levam os pais às compras.
Portanto, não vamos perder esta oportunidade.
Por, Gerson Jacques Müller
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Substituição tributária
Publicado em
12/07/2010
às
09:00
A Fazenda estadual, justificada pela impossibilidade de fiscalizar, está tributando mais do que deveria em determinados setores. Dessa forma, na hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações subsequentes. Em vez de a Fazenda fiscalizar as três fases da atividade econômica tributável pelo ICMS, simplesmente quem fabrica recolhe o imposto até sua saída destinada ao consumidor ou usuário final, por um preço médio de mercado estipulado pelo Estado, para aquele tipo de mercadoria. Ocorre que contribuintes que não estão em situações equivalentes não podem ser tributados de forma igual, sob pena de ferir os princípios da isonomia e da livre concorrência. Importante salientar que a substituição tributária não é para que todos paguem mais, porque alguns deixam de cumprir suas obrigações, mas sim para que todos paguem de forma igual. Dessa forma, a substituição tributária deve ser exceção e não pode ser utilizada para qualquer tipo de mercadoria.
Apenas os produtos cujos preços são razoavelmente próximos e possuem um índice de oscilação muito baixo, bem como naqueles em que há grande possibilidade de sonegação, poderão estar sujeitos à substituição tributária. Destarte, admite-se o instituto da substituição quando o preço é padronizado, ou seja, sofre mínima alteração de valor, bem como quando haja sonegação pulverizada naquele determinado setor. Nesse sentido, para que a substituição tributária seja ponderadamente jurídica, deve haver um nexo causal de razoabilidade entre o preço padrão médio e o preço efetivamente praticado no mercado. Quando não existir, a substituição deverá ser declarada inconstitucional apenas para aquele caso, cujos valores estipulados são superiores aos usualmente comercializados. Sendo assim, é necessária a realização de perícia para verificar se o valor representa a maior parte das operações praticadas, tendo em vista que as presunções devem ser estatisticamente provadas. Por fim, deve haver um estudo eficiente para estabelecer quais os requisitos, mercadorias e tipo de mercado compatível com a substituição tributária, sob pena de ocorrer uma “inversão nos papéis”, qual seja, a tributação estará regrando a realidade econômica, ao passo que a tributação é que deve adaptar-se à realidade econômica.
Por, Mariana Porto Koch
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Imparidade e Falsidade nos Demonstrativos Contábeis
Publicado em
11/07/2010
às
09:00
O julgamento adequado sobre a situação de uma empresa depende das informações que a mesma presta através de demonstrações contábeis, essas responsáveis por espelhar a realidade objetiva do capital.
Ocorre, entretanto, que os valores evidenciados pelas contas sofrem variações ou desajustes em razão de circunstâncias diversas internas e externas.
O conflito entre o informado e o que efetivamente existe compromete o entendimento sobre a verdade.
O desigual cria “imparidade” e isso ocorre com freqüência em relação ao valor das coisas no tempo, especialmente em razão da oscilação do poder de compra da moeda em relação aos bens que formam a riqueza.
Tal fenômeno que a prática apresenta foi há mais um século matéria de estudo de cientistas da Contabilidade, esses que de forma racional cuidaram de analisar e estabelecer condições lógicas para o trato com a matéria referida.
Chegaram à singela, mas, real percepção de que o instrumento de mensuração dos acontecimentos relativos ao capital através da “moeda” era deveras vulnerável e o clássico Gino Zappa atribuiu à referida uma propriedade singular, ressaltando a relatividade pertinente como instrumento de medida.
Segmentou então dois aspectos básicos: “valor nominal de conta” (o escriturado) e “valor efetivo ou de troca” (o negociado) como realidades diferentes, considerando ainda que a moeda tivesse dois aspectos a considerar - o relativo à Economia e o relativo à Contabilidade.
Na realidade o valor sendo uma atribuição depende dos efeitos de “tempo” e “espaço”, esses que sendo “variáveis” resultam em “imparidades” entre momentos de determinações quantitativas.
Há cerca de dois séculos, portanto, as discrepâncias entre valores já eram destaques na literatura contábil, como matéria inquestionável e atribuir a isso “novidade” trazida pelas IFRS é comprovar débil formação cultural em Contabilidade.
A instabilidade da expressão monetária quer em razão da própria moeda, quer das variáveis que sobre a fixação quantitativa da mesma se estabelecem em relação aos bens que mensura, gera a necessidade de retificações, para que seja alcançável a “paridade” entre o valor liquidável ou conversível em dinheiro e o escriturado.
Tal falta de identidade na expressão do “valor de conta” atribuiu-se a denominação de “imparidade”, ou seja, a diferença entre o que está registrado na escrita oficial e um valor atribuível como sendo o de liquidação ou transformação em dinheiro de um componente patrimonial.
Tal causa provoca o efeito da adaptação de um saldo inadequado a uma realidade que no tempo ocorreu e isso motiva o “ajuste para obtenção de paridade”.
Quanto mais um bem permanece no ativo e tanto mais tende a desajustar o seu valor, gerando variação de valor entre o registrado contabilmente e a realidade de liquidação.
Embora nem todo ajuste contábil seja efeito de imparidade, toda imparidade, entretanto, enseja retificação.
O referido fenômeno, por natureza, alcança a “estrutura patrimonial”, pois, esta é causa onde a “estrutura do rédito” é efeito.
Podem, portanto, ocorrer “desajustes em face da realidade objetiva” nos valores das contas de Ativo, e, também, nas contas de “Passivo”.
Merece cuidado especial, todavia, o “ajuste por imparidade” quando afeta elementos do rédito, implicando variação no lucro ou na perda, com reflexo na expressão do grupo de contas do denominado “patrimônio líquido” ou “capital próprio”.
Tal variação, quando apenas “quantitativa” não promove por si só alteração de capacidade de utilização dos bens.
Quando, todavia, o ajuste de valor defluiu de variação de qualidade ou capacidade funcional dos elementos do patrimônio outra tende a ser a consideração.
Inequívoca, pois, é a responsabilidade de expressão sobre a avaliação no tangente ao que possa ser entendido apenas como prevalência do valor expresso em moeda sobre a matéria registrada em conta.
O ajuste para os fins de “paridade” não se confunde tecnicamente em Contabilidade com simples “correção de erro”.
Em sentido lógico o erro é um engano que resultou de registro equivocado, quase sempre involuntário (caso contrário seria fraude).
A retificação de expressão monetária por “imparidade”, todavia é a “equiparação voluntária” de um saldo de conta em um presente, em razão de estar desajustado em relação a um valor passado, não sendo fruto de engano, mas, sim, de algo ocorrido que o empreendimento passivamente suportou.
As normas internacionais nada inovaram no tangente a questão em foco, mas, atribuem uma espécie de valor a que denominaram de “recuperável” quando existe maior valia para a venda de um bem que está na escrita contábil por menor valor, podendo, também, o oposto ser verificado.
Como o cotejo entre a realidade de liquidação e a do valor de conta pode resultar em expressiva retificação, ao procedimento visando a constatar sobre o ajuste atribuível foi criada a designação “teste de imparidade”.
A flexibilidade do critério normativo, todavia, abre tanto as portas ao subjetivo que mesmo não existindo sequer a intenção ou possibilidade de “liquidar” ou “baixar” o bem, ainda permite o arbítrio nas determinações de valores.
A “subjetividade” pode ensejar sérios danos, através de resultados fictícios, motivando, inclusive, segundo o noticiado, indagações específicas realizadas pela Receita Federal; assim, por exemplo, tal metodologia normativa referida facilita a “lavagem de dinheiro”, a apresentação de “ativos falsos para motivar especulações”, “sonegação de impostos", em suma, pode ensejar a“flexibilidade arbitrária” nociva aos interesses de terceiros.
Não se trata de suposição, nem de preferir ou não as Normas, nem de esperar ou não os efeitos malignos no Brasil, mas, em tomar conhecimento e raciocinar sobre o que está o mundo está realmente a sofrer com os balanços manipulados amparados por normatizações.
Balanços falseados foram, sim, instrumentos da crise, como falsas as avaliações que segundo Ehrenberg, analista e macro investidor estadunidense, estiveram apoiadas em normas fantasiosas (assim também usou de semelhante imagem sobre o mesmo tema Krugman, premio Nobel de Economia de 2008).
O risco para a sociedade em razão da “flexibilidade” que apóia o “subjetivo” é vasto e ainda se confirma nas normas, como a IAS - 36 do IASB.
A aludida ao tratar dos ajustes em razão de “imparidade” refere-se ainda a “espaços” ou locais em que se situam os valores imateriais, lugares os quais curiosamente denomina “unidades geradoras de caixa” (denominação esdrúxula que faz crer que o objetivo das partes de um empreendimento é apenas o de gerar dinheiro, como se essa fosse a única função).
Até ai tudo parece tolerável, mas, como o alternativo é o método do não objetivo, este seguido pela norma, esta incluiu ao se referir ao critério de avaliação: “a não ser que a entidade possa demonstrar que algum outro método reflete melhor o goodwill associado à unidade operacional alienada”.
Ou ainda, volta a consagrar o “pode ser” e o “pode não ser”, lesando o preceito lógico básico da “não contradição”, ensejando a prática da arbitrariedade, essa da qual dimana grave risco.
Os denominados testes de “imparidade” possuem, pois, metodologia livre e franca, podendo resultar em ajustes que em muito influam sobre os resultados da empresa e como decorrência no valor do “patrimônio líquido”.
Os referidos testes “podem ser realizados em qualquer momento” segundo a norma mencionada, desde que assim se proceda em igual período de um ano, mas cada “unidade” “pode adotar critério específico” em um empreendimento, desde que diferentes entre si.
Em havendo, entretanto, “concentração de atividades” o procedimento deve ser efetuado antes do fim do exercício.
Sem dúvida uma forma complicada de expor fatos, com dificuldade didática, quando bastaria afirmar que ajustes visando paridade de valores devem ser realizados de acordo com critério de conveniência que se limite a expressar a realidade de liquidação do elemento patrimonial, considerado o espaço em que esse exerce a função pertinente.
Dessa forma consagraria o texto abertamente o “arbítrio”, esse que amparado por meandros de “pode ser” e “pode não ser”, “se essa” ou “se outra”, “aplica” e “não aplica”, tece um emaranhado de textos que pode favorecer o subjetivo, este que utilizado sem prudência enseja a fraude.
Sérias são as dúvidas sobre a condução das normas, segundo se infere do noticiado (Valor Econômico, reproduzido em 06 de abril na revista Contábil & Empresarial Fiscolegis), que Michel Barnier, novo comissário da União Européia, pedindo reformas, afirmou que o financiamento futuro ao Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) deverá depender de mudanças no órgão.
Tal afirmativa de Barnier coincide, plenamente, com a feita há pouco pela ministra das finanças Christine Lagarde quando afirmou que se o IASB não mudar sua conduta ela mesma tomará a iniciativa de alterar o processo na França.
Por Antônio Lopes de Sá
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Esses Alegres e Descolados Publicitários
Publicado em
10/07/2010
às
09:00
Imagine a cena. Feriado prolongado. Toda a cúpula da empresa reunida num hotel fazenda para decidir sobre o orçamento – o budget – como gostam de chamar aquela inútil peça obrigatória em quase todas as empresas. Inútil porque todos sabem que ninguém cumprirá o tal budget. Todos já até sabem as desculpas "técnicas"(sic) que darão no decorrer e no final do ano para justificar o seu não-cumprimento – o mercado mudou, a tecnologia evolui, o risco.... tudo o que não era possível ser previsto à época da elaboração do tal budget que começa a ser discutido em abril, revisado em junho, enviado à matriz em outubro e aprovado mundialmente em novembro. Pura perda de tempo! Mas deixa o budget pra lá. Sem budget nenhuma empresa consegue acreditar nas próprias mentiras. É preciso ter uma base sobre a qual as mentiras devem começar a ser inventadas. Essa base é o budget. Tem que ter.
Mas a cena é a seguinte. Todos irritados com a reunião. Sem família, feriado prolongado. Aquele "chato" do diretor financeiro comandando a reunião. Afinal chegou a hora dele. Dele e do pessoal de "planning" que também tem que ter o seu momento de glória na empresa. E esse momento é o do tal budget.
A única palavra que se ouvia era "corta"! Corta isto, corta aquilo. O EBTDI, o EVA, o OBZ exigem esses cortes todos. Os acionistas não perdoam. Tem que cortar! "Essa idéia é muito boa – mas os acionista não querem nada que demore mais do que seis meses para implementar e dar resultados no caixa....". E assim vai a reunião.
De repente chega a hora dos gastos/investimentos(sic) em publicidade e propaganda ou seja lá como denominam isso o pessoal financeiro. A verba é monstra. Tantos milhões!
O pessoal de Pesquisa & Desenvolvimento e da Diretoria Industrial pula e diz – "Pelo amor de Deus, precisamos de um novo equipamento de controle de qualidade há mais de três anos e nunca é aprovado! E custa menos de 5% dessa verba toda de publicidade!"
O pessoal de RH não acredita! "Já faz quatro anos que ninguém de nossa empresa participa de congressos internacionais importantes para o futuro de nossa empresa porque não temos verba. E tudo o que queremos é uma fração ínfima dessa verba toda de publicidade!"
O Diretor de Logística e Distribuição fica em pé e faz o seguinte discurso: "Gostaria de enfatizar pela nonagésima vez que nosso sistema logístico é furado. Se não investirmos nisso agora não teremos como fazer nossos produtos chegarem ao mercado. Temos que desenvolver Centros de Distribuição Integrada e dotar tudo de um software que nos traga pelos menos próximos(sic) de nossos competidores. Depois não digam que eu não avisei...".
Mas o todo poderoso pessoal do Marketing – que todos desconfiam que joga mais para o time das agências de publicidade do que da empresa – com um olhar de desdém para os pobres mortais das demais áreas pede licença e pede para chamar o pessoal da "agência" para que eles mostrem a "nossa nova "campanha".
Lá entra o pessoal da agência. Vestidos de griffe, brincos nas orelhas (nada contra os brincos – apenas uma descrição), roupa toda preta, cabelos repletos de gel e cara de sono. Como sempre um ar blasé de quem está super-irritado por perder o feriado em Angra, Búzios ou Trancoso.
A tal campanha previa páginas de páginas das mais caras revistas brasileiras. Comerciais de 30 segundos nos horários nobres das TV mais caras. E para dar um charme diferencial e mostrar o produto ao mercado de forma convincente, as tomadas todas – fotos, filmes, cast, etc. – deveriam ser feitas, parte na Europa – Paris e Londres e parte defronte às pirâmidos do Egito ou mesmo em algum lugar do Oriente Médio – o "tema do tempo" afirmava o publicitário com um sorriso de quem vê coisas que nenhum mortal consegue enxergar. Só de custos de viagem, estadia, alimentação, locação de equipamentos e sites de cena e que tais, lá ia mais da metade da verba de muitos milhões. E os artistas? Havia toda uma logística para levar tal e qual artista para essas tomadas. Só viajam de primeira classe, exigem suites de luxo, explicava o alegre e descolado publicitário, daí o custo ser "um pouco salgado" ao que emendava "mas muito abaixo das outras opções que nossos criativos(sic) propuseram". E ainda teve a petulância de dizer – "Estamos propondo uma coisa simples devido às restrições de verba que vocês dizem ter...".
Eu olhava para os olhos atônitos do Diretor Industrial, do Diretor de Logística, do Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento, do RH.... Eles simplesmente não acreditavam em tudo o que estavam ouvindo! Paris? Egito? Oriente Médio? Primeira Classe? Parece que eu via o Gerente de P&D imaginando o novo microscópio que precisava, o de Logística. E o pobre do RH sonhava apenas com um novo projetor multimídia de quatro mil dólares já que o atual da empresa projetava tudo com as cores fora de foco e já tinha uns 10 anos de idade. Pura ilusão!
O ingênuo Diretor de Vendas (e não de marketing) sugeriu maior investimento nos pontos-de-venda e utilizar parte da verba de publicidade para treinar vendedores dos clientes e fazer outras ações mais diretas no mercado. Quase foi crucificado pelo Diretor de Marketing e depois ridicularizado pelo pessoal da Agência. Passaram por cima dele como um trator!
A verdade é que o pessoal de marketing já tinha acertado tudo antes com a Presidência. Afinal eles passaram quase uma semana na casa do publicitário numa praia famosa e à beira da piscina, com uísque (ou melhor whisky) do mais caro, caviares, salmões, camarões (lula, não) e passeando na lancha de "n" pés já haviam decidido tudo. Até como apresentar a tal "campanha" para os demais mortais da empresa e fazê-los aprovar, sem muita discussão. Afinal a "marca" é tudo, dizia o Diretor de Marketing. Temos que ter maior visibilidade no mercado emendava o Presidente.
O comentário entre os demais mortais era que "a coisa já estava armada". Outro comentário era "aí tem coisa..." e ainda "é melhor a gente votar logo a favor, porque isso é coisa de cachorro grande...".
No intevalo de café, nos cantos da sala, os demais diretores me confidenciavam – "todo ano é assim, professor..." e diziam "Mas, um dia, essa farra vai acabar e vamos ser mais sérios nos nossos investimentos e pensar seriamente no futuro da empresa."
A verba de publicidade foi aprovada. Para fazer uma "média" com os demais, o Presidente cortou a verba em 1,5%(sic). Todos riram....
Todos as demandas de equipamentos, ampliação, treinaamentos, etc. dos demais departamentos foram cortadas – "é preciso ser "duro" no corte, disse o Presidente. É isso que os acionistas desejam."
Os alegres e descolados publicitários agradeceram a atenção e, como se não bastasse o que já haviam feito, ainda deram uma caneta Montblanc para cada um dos presentes e disseram: "Vamos comemorar em Angra. Alguém quer ir?"
Imagine você, leitor, a "alegria" dos participantes! Um deles, olhando para a cara caneta disse: "É isso que eles fazem com a minha verba de pesquisa...".
Ainda não acabou. À noite, durante o jantar, um dos participantes trouxe o último número de uma revista especializada e um jornal desses que circulam entre as Agências e publicitários. Mostrava o Festival de Cannes.
O jornal e a revista eram repletos de fotos desse pessoal alegre e descolado em Cannes. Todos sorrindo. Whisky na mão, abraçados, emocionados. Ganharam "leões" de ouro, prata, bronze e que tais. Moças bonitas emolduravam a reportagem. A reportagem afirmava – "A Agência 'tal' (a mesma da empresa deste artigo) este ano compareceu com menos representantes. Nem todos puderam ir. Houve contenção de despesas". Numa certa altura a matéria afirmava – "Cannes continua um festival de festas" e enumarava as dezenas de festas e recepções que as agências brasileiras davam aos seus descolados companheiros de alegria.
Uma das reportagens falava que uma agência havia perdido os seus prêmios por apresentar comerciais "falsos"(sic), isto é, de empresas ou de produtos que não existiam ou sem a aprovação ou rejeitados pelo cliente. E dizia que isso se repetia todos os anos e que os organizados estavam "pensando como resolver esse problema"(sic)
Imagine o leitor um engenheiro, um pesquisador, lendo essa matéria! Lendo e sabendo que sua verba foi cortada e foi "desviada" para... Cannes! E imagine o leitor quando esses mesmos diretores de outras áreas souberam que a tal Agência ainda convidou o Diretor de Marketing, o Gerente de Marketing e o próprio Presidente para "prestigiarem" a agência em Cannes, com tudo pago pela própria Agência – Primeira Classe, Hotel cinco estrelas, etc...".
"Eu quero a minha centrífuga!" – "Eu quero o meu projetor multimídia!" – "Eu quero o meu software de logística!" – "Eu quero o meu trabalho de promoçã no ponto-de-venda e treinamento de clientes!" gritavam o pesquisador, o RH, o homem de logística e distribuição e o de vendas. Em vão! Cortaram tudo!
"É isso que os acionistas desejam!" Será??
Esse "descolamento" – por isso os chamei de "descolados" – da realidade da empresa, do dia-a-dia real e concreto das dificuldades financeiras e convívio diário com os clientes ainda matará a profissão de publicitário e suas agências. Ao tempo em que as empresas (sem exceção) vêm cortando o que podem, maximizando tostões, não tem cabimento os alegres publicitários demonstraram tanto descolamento e desdém para a realidade.
Essa visão autofágica dos publicitários que trabalham pensando – primeiro no seu amigo(sic) publicitário concorrente; segundo na agência do seu publicitário concorrente; terceiro em como ganhar prêmios e sair nas colunas sociais; quarto na sua imagem como empresário-rico com barcos, mansões, cavalos, etc. e só por último no cliente está irritando profundamente as empresas clientes. Muito mais do que os publicitários podem imaginar em sua arrogante auto-visão de que sabem de tudo o que ocorre na empresa.
E saibam os que estão lendo este artigo que todos comentam nas empresas que "Os "modernos" publicitários que se dizem tão modernos, viram onça (ou leões) quando se fala em "livre concorrência", quando os clientes (que pagam a conta) querem saber dos custos reais do que fazem as agências, quando tomam para si a contratação da produção de filmes, trabalhos gráficos, etc., quando são a favor dos bureau de mídia e que tais. Tudo o que as empresas hoje fazem com qualquer fornecedor de produtos e serviços não vale para as Agências, nem para os publicitários – "Essa ingerência compromete a qualidade da criação..."(sic) afirmam eles sem a menor vergonha do descolamento da realidade que essa visão denota. A patrulha ideológica deles próprios sobre eles próprios é de tal ordem de grandeza que muitas agências – pasmem – podem até dar desconto e abrir mão da tal "bonificação de agência" que os veículos oferecem. Mas pedem que isso tudo fique em "absoluto sigilo". Conheço casos em que a agência fez até um contrato "fake" (falso) para mostrar às outras agências concorrentes – que é para quem realmente trabalham e vivem. Esse contrato falso (tal como os comerciais de Cannes), tinha como valor, simplesmente o dobro do valor real da contratação. E eles ainda diziam: "Sabe como é – o pessoal das outras agências não pode saber que estamos trabalhando por um valor tão baixo e que abrimos mão da bonificação."
Eles chamam isso de "defesa da classe em benefício da qualidade" e portanto em "benefício do cliente"(sic), etc. – ou seja usam os mesmos argumentos arcaicos dos anos 60-70. Eram os mesmos argumentos utilizados pelos revendedores de veículos quando por "Lei" um cidadão não podia comprar um carro fora de sua área de residência ou trabalho ou melhor, uma revenda não podia vender veículos para tais clientes. Eram os mesmos argumentos que proibiam a abertura de novas torrefações de café sem autorização do IBC ou de postos de gasolina a "x" metros de distância, farmácias, etc. sem autorização de "órgãos competentes". Tudo para "favorecer" o cliente – esse pobre infeliz que não sabe distingüir produtos de qualidade de não-qualidade, que pode ser ludibriado o tempo todo por maus prestadores de serviço e maus comerciantes.
Além disso a irritação cresce quando as pessoas da empresa vêem que os publicitários se acham na condição de "palpitar" em quase tudo da empresa cliente – do lay out das salas até design dos produtos. Mas ai do pobre mortal que der uma mera sugestão numa campanha ou num simples "anúncio"! Não é da área. Não entende. É pobre de espírito! "Não opine nem na cor do anúncio! Eles rodam a baiana e dizem que você é um pobre diabo que não entende de mercado..." disse um diretor de produtos.
E tudo vem irritando. As dezenas de outdoors que enchem a cidade no "Dia do Mídia" cumprimentando esses profissionais, por mais inocente que possa parecer, irrita o anunciante. Por que tanta badalação com os "mídia"? Por que as empresas não fazem o mesmo para um suposto "Dia do Gerente ou Diretor de Compras" das empresas? Isso sem falar da falta de fidelidade e ética no meio. "Os profissionais mudam de agência como as pessoas de roupa" disse-me um anunciante. "Pode ver que nas revistas deles só aperece assim: Fulano de Tal (ex-agência tal), Beltrana (ex-tal e qual), Cicrano (ex-.....)". Eles pedem "total sigilo" sobre a campanha que estão preparando – mas os nossos dados confidenciais vão para todos os concorrentes através desse troca-troca de pessoal das agências. "Não há lealdade alguma entre eles. Eles vivem se comendo uns aos outros", emendou um terceiro. "E quando mudam de agência vêm até nós, anunciantes, dizendo gatos e sapatos da agência da qual acabaram de sair e tentando levar a nossa conta para sua nova agência", falou um quarto sob o olhar concordante de todos os demais presentes.
Essa coisa de as agências, veículos, publicitários, viverem num mundo à parte, descolados da realidade concreta das dificuldades do dia-a-dia das empresas precisa ser urgentemente repensado. As empresas têm consciência que toda essa "festa" – e é assim que eles enxergam – é feita com o suado dinheiro da empresa, a custa de cortes essenciais em outras áreas.
Sei que serei execrado e crucificado pelos meus queridos amigos publicitários – se é que lerão este artigo – pois que não costumam ler, para não atrapalhar a sua "criatividade" original.
Sei que vão dizer que "engenheiros" pensam assim mesmo. São obtusos. Que o pessoal de RH então, é melhor nem comentar. E que o pessoal de vendas foi feito mesmo para comer poeira na rua e ir atrás do cliente e vender a "marca" já construída pelos publicitários – e que isso é "bico" e que vendedor que reclama é mesmo incompetente.
Mas não agüentei a tentação de fazer este artigo e dizer aos meus amigos publicitários – Wake Up Moçada! – pois que ouço e vivo isso diariamente nas empresas.
E, se as agências e publicitários não fizerem esse dever de repensar, saibam que os clientes (empresas) estão fazendo. E só agüentam essa coisa toda porque ainda não descobriram como substituir o todo. As mudanças já estão ocorrendo. As empresas já estão menos dóceis às descabidas exigências das Agências e sua descolada visão da realidade empresarial de um mundo globalizado, competitivo, de margens cada vez mais estreitas e de cortes.
E quando isso acontecer, as agências e publicitários verão atônitos a rápida união entre anunciantes e veículos. Nem um nem outro agüenta mais. Os anunciantes já estão criando coragem para falar alguma coisa. Os veículos são mais cautelosos porque sabem que publicitários são raivosos e vingativos. E aí, mais uma vez, os alegres e descolados publicitários fingirão não compreender o que está acontecendo. Fingirão não entender o porquê de tanta ira contra eles – pobres indefesos, que vararam madrugadas criativas e que tudo deram de si para "construir as marcas" – o maior patrimônio de seus clientes. E que ajudaram este ou aquele veículo que só existe "graças à nossa agência" que os prestigiou...
Por Luiz Marins
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ÉTICA NA AUDITORIA
Publicado em
09/07/2010
às
09:00
É de suma importância a apresentação da postura ética do profissional auditor da área contábil, pois, a independência na tomada de decisões, é extremamente relevante para a carreira do auditor independente. Tal matéria é fundamental, sendo que nos últimos anos ocorreram fatos importantes de falta de ética que envolveu essa profissão, de modo a fazer com que ocorresse um considerável aumento da responsabilidade do profissional de auditoria contábil. A ética profissional é um assunto de destaque na economia nacional.
Existe dificuldade dos profissionais de uma forma geral, em entender e detectar um ato ético ou antiético, haja vista as disparidades nas respostas à cerca de determinadas situações mesmo quando estes profissionais são unânimes quanto à importância da ética nos trabalhos de auditoria.
Ser ético está ligado diretamente aos princípios morais da sociedade e o indivíduo cresce aprendendo esses princípios. Através deles vai formando o seu caráter moral, religioso e social, pois o homem que possui caráter com certeza será um profissional ético. Como estou falando em ética contábil, posso afirmar que o contador ético é aquele que tem bom caráter, que acredita nos valores morais, na dignidade humana, na busca pela realização plena, tanto pessoal como profissional, pois é necessário estar feliz pessoalmente para conseguir ser feliz profissionalmente e vice e versa.
A auditoria juntamente com a ética, é uma ferramenta utilizada para transparecer as peças contábeis, positivamente ou negativamente o funcionamento de uma empresa. A auditoria contábil, também, é um instrumento fundamental na prevenção de erros e fraudes, pois através dela é possível identificar as falhas nas organizações e prevenir possíveis violações de sistemas.
O profissional auditor da área contábil tem que ter um comportamento ético-profissional inquestionável, ter conduta pessoal, dignidade, honra, competência e serenidade para que proporcione ao usuário uma informação com segurança e confiabilidade que ele merece, pois são fatores condicionantes do seu sucesso.
Sendo assim, cada vez fica mais claro que um profissional contador que busca ser um auditor da área contábil deve trabalhar com ética, honestidade, saber manter sigilo, se manter atualizado para que consiga um bom espaço no mercado de auditoria contábil. A ética na profissão contábil deve ser utilizada como instrumento em benefício à sociedade, mesmo sabendo que existem profissionais que a utilizam para benefícios próprios, não se importando com os prejuízos causados a uma classe de profissionais.
Enfim, nossa missão como profissionais da contabilidade é desempenhar nossas atividades executando o trabalho com muita honestidade, dignidade, nos posicionando de maneira justa para um bom relacionamento, com o objetivo de sermos reconhecidos perante a sociedade a qual estamos inseridos.
Por, Deysi Pinton
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A importância da DRE e DFC na tomada de decisão do tratamento da Dívida Tributária Federal
Publicado em
08/07/2010
às
09:00
As empresas sofrem com a alta carga tributária e com isto enfrentam situações de endividamento tributário e precisam planejar suas ações para manter seu negócio e melhorar o perfil de seu endividamento. As peças contábeis Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), são muito importantes como geradoras de informações para a tomada de decisões. Estas ferramentas podem ser utilizadas no processo de decisão quanto ao tratamento a ser dado ao endividamento tributário federal, buscado identificar o custo econômico, através da DRE, e o impacto financeiro, através da DFC quanto às alternativas: parcelamento destes tributos junto a Receita Federal do Brasil, no prazo máximo de sessenta parcelas por tributo, respeitando o limite mínimo de R$ 500,00 (quinhentos reais) por parcela, ou a captação de recursos (empréstimo de capital de giro) junto a instituições financeira para liquidação do passivo tributário. Buscando identificar o custo e o impacto no caixa dos juros a serem apropriados pelo regime de competência ao resultado (DRE) e os valores a serem desembolsados (principal mais juros) e que deverão ser suportados pelo caixa (DFC) ao longo do tempo.
Através da DRE pode-se observar o custo de cada operação no resultado econômico da empresa, na DFC pode-se verificar qual o impacto no caixa, o quanto a empresa vai desembolsar ao longo do período.
Independentemente dos resultados numéricos ou monetários, pode-se verificar a importância da DRE e da DFC como ferramentas a serem utilizadas na apresentação de dados, e informações para tomada de decisões com bases técnicas.
Destacando a importância do contador apresentar de forma clara e objetiva através das peças contábeis, qual a implicação da tomada de decisões para os gestores da empresa.
As ferramentas (DRE e DFC) podem ser utilizadas na tomada de decisões para inúmeras outras situações que se apresentarem, pois é possível verificar, através delas com informações precisas e técnicas, quais reflexos que cada ação vai representar para a empresa quanto aos seus custos e no quanto seu caixa.
Por Claudirene Santana Costa
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POR QUE? ( WHY?)
Publicado em
06/07/2010
às
09:00
Ouço muito que necessitamos nos utilizar da experiência.
Ouço que muitos só falam nesse assunto acima referido, mas na hora de agir “esquecem” ( como um descuido) desta “palavrinha”: experiência.
Esquecem o passado.
Esquecem, como num passe de mágica, a ajuda que tiveram em tempos “remotos” ou não tão remotos assim...
Será que não estão exercitando a memória, ou é um “descuido”...?
Não sei...
Ouço de muitos...
Acredito eu que ao falarmos ou discursarmos em público necessitamos ter “um pouquinho” de cuidado ao pronunciarmos a respeito, principalmente, de nomes de pessoas.
É muito simples falar no “hoje”. E o ontem? Foi apagado?
Passou, como tivéssemos utilizado uma borracha.
Pode ferir.
Pode ferir o passado.
Pode ferir o passado não muito distante.
Pode ferir aquele passado que ajudou tanto para chegarmos no “hoje”.
E só teremos o “amanhã” se tivermos tido o hoje” e o “ontem”.
A experiência é muito importante em tudo. Não adianta só falarmos. Necessitamos agir. E esta ação deverá ser colocada em prova na hora das “falas”.
Ferimento do sentimento em pessoas é pior que os ferimentos físicos, nestas mesmas pessoas. Para esses, em muitas ocasiões, mercúrio cromo e esparadrapo acompanhado de nebacetin podem ser a solução, mas para ferimentos de sentimentos, muitas vezes, nem o tempo pode apagar.
Necessitamos, ao realizarmos uma fala, pensarmos muito bem no que dizer, pois só nominarmos o “hoje” poderemos estar incorrendo num sério risco. Em muitas ocasiões é melhor não citarmos ninguém...
Em tudo corremos risco. Mas este pode ser minorado se utilizarmos nossas inteligências.
Não podemos agir somente na emoção e nem sermos ajudado por outras pessoas, que muitas vezes não conhecem o nosso passado e sim somente o nosso presente.
Muitos se socorrem de “copyrighter”. E um socorro muito válido para os dias de hoje, mas estes necessitam nos conhecer "in loco" para descrever nossas falas.
O sentimento das pessoas não são “brinquedinhos” de papel. Se formos o que “somos” hoje é porque tivemos, logo atrás, um “ontem”.
É o meu pensamento.
As minhas atitudes são sempre através desta tese.
Sei que muitos não concordam. Respeito.
Mas é o meu pensamento...
David Iasnogrodski
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A farofa no avião
Publicado em
05/07/2010
às
09:00
As empresas aéreas vêm há tempos buscando fórmulas para baratear o preço das passagens aéreas. Foi-se a época em que elas forneciam cafés da manhã suntuosos para os passageiros no aeroporto de Congonhas antes do embarque. Hoje, se o consumidor ganhar uma barra de cereais já deve se dar por satisfeito. E se ele chegar ao aeroporto sem comer passa fome.
Para reduzir custos, as empresas aéreas vêm tomando uma série de medidas. O espaço entre as poltronas foi sensivelmente diminuído, a ponto de tornar extremamente penosa a viagem dos passageiros de alta estatura e prejudicando o conforto de todos. Outras tendências surgiram nos Estados Unidos, como o não fornecimento de alimentação durante os vôos internos, a cobrança pela bagagem despachada e por maior espaço para as pernas. A primeira delas já está sendo adotada aqui no Brasil.
Nos Estados Unidos quem faz um vôo entre Chicago e Honolulu, que tem mais do que sete horas de duração, recebe da companhia aérea apenas duas rodadas de refrigerante. Se quiser mais, tem a opção de comprar pacote de "snacs", ou seja, salgadinhos diversos, que são absolutamente inadequados para alimentar os passageiros.
Não é por outra razão que essa cobrança pela comida acabou institucionalizando a farofa nos aviões. Cada passageiro leva para a aeronave a alimentação que bem entender. A maioria leva hambúrgueres e batatas fritas, vendidas no próprio aeroporto, mas há quem leve ovo cozido, frutas e diversos outros tipos de alimentos.
Como as empresas aéreas passaram a cobrar pela alimentação nos vôos internos, muito provavelmente os consumidores brasileiros passarão também a levar lanche para dentro das aeronaves, o que não pode ser proibido, já que o Código de Defesa do Consumidor veda, no seu art. 39, I, a prática da chamada "venda casada". Se a alimentação é vendida no interior da aeronave, o passageiro não pode ser impedido de levar sua própria alimentação.
Se a empresa aérea vende lanche no interior na aeronave, nada impede que o consumidor leve de casa o seu próprio lanche, ou mesmo algum produto por ele adquirido no próprio aeroporto antes do embarque. Obviamente que existem limites para esse comportamento, já que os demais consumidores não podem ser importunados, com o cheiro de comidas exóticas, por exemplo.
Dentro do bom senso, o consumidor pode levar sua própria alimentação e sucos, até. Não pode levar para o interior da aeronave bebidas alcoólicas, porque a ingestão exagerada de álcool pode comprometer a segurança do vôo.
A farofa no avião, portanto, está permitida.
Arthur Rollo
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Da Garagem ao Sucesso
Publicado em
04/07/2010
às
09:00
Tom Coelho
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A nova resolução da ANAC
Publicado em
03/07/2010
às
09:00
Entrou em vigor mais uma resolução que tenta prevenir danos aos consumidores. A Resolução ANAC n° 141 passou a vigorar no último dia 13 de junho. Assim como aconteceu com resoluções e regulamentos anteriores, mais uma vez dizem que todos os problemas dos consumidores serão resolvidos.
Entretanto, não é bem assim.
A resolução em questão repete disposições do Código de Defesa do Consumidor e do Código Brasileiro de Aeronáutica. Traz mais detalhes, é verdade. No entanto, se a fiscalização da ANAC fosse eficiente para exigir a rigorosa aplicação das leis existentes pelas empresas aéreas a resolução seria desnecessária.
Mais uma vez, o problema é de fiscalização e não de inexistência de norma legal.
O direito à informação é básico do consumidor. Se o vôo atrasa, é óbvio e a lei exige que o consumidor seja informado a respeito. Não obstante isso, a própria ANAC só tomava alguma providência quando o atraso passava de quatro horas. Se a ANAC, antes mesmo da resolução, adotasse postura diferente, não seria necessária essa nova normatização.
O direito de devolução imediata do dinheiro pago em caso de descumprimento do contrato também está no CDC. Era a própria ANAC quem não punia as empresas aéreas quando estas só devolviam o dinheiro do consumidor decorridos trinta dias do pedido de devolução.
O direito de assistência material também decorre da interpretação do CDC e do Código Brasileiro de Aeronáutica. Não obstante isso, em vários episódios de caos nos aeroportos, vimos consumidores idosos e enfermos dormindo em poltronas inadequadas de aeroportos, sem alimentação e sem qualquer assistência. E a ANAC muito pouco ou nada fez. Tanto é assim que foi necessária a criação de Juizados Especiais nos Aeroportos para minimizar os problemas.
A nova resolução fala em acomodações adequadas para os passageiros nos casos de atraso. No entanto, a inadequação das estruturas aeroportuárias é problema da Infraero e não das empresas aéreas.
Há muito tempo o Governo Federal promete a melhoria dos aeroportos, construção de um novo aeroporto para desafogar o de Congonhas e nada mudou. A empresa aérea não tem como deslocar o passageiro para um hotel durante o período de atraso e as instalações aeroportuárias são inadequadas diante da resolução. Vinculada que é ao Governo Federal, a ANAC não poderá contra ele tomar qualquer providência.
A real inovação da resolução, portanto, não terá eficácia prática.
A melhoria das condições do transporte aéreo depende muito mais da postura da ANAC do que de novas normas. Só haverá mudança diante de fiscalização eficiente e de punição rigorosa. Esperamos que a situação melhore.
Arthur Rollo
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LEIS QUE NÃO PEGAM
Publicado em
02/07/2010
às
09:00
O Brasil tem peculiaridades jurídicas que ninguém entende, nem os profissionais da área e muito menos a população.
A maioria dessas leis é criada pelos legislativos municipais, estaduais e federais e, no meu entender, muito mais para promover quem as apresenta e gerar alguns instantes de notoriedade para o proponente do que a sua real implantação e utilidade para a população.
O desrespeito a essas leis, em sua maioria inócua, se deve em grande parte à dificuldade de fiscalização que toda norma exige e que o Estado não está aparelhado para que as mesmas venham a ser cumpridas.
Só para exemplificar, com pouca fiscalização, mesmo com a ameaça de pesadas multas, algumas leis de trânsito não são aplicadas e com o decorrer do tempo caem no esquecimento, tais como as que proibiam o uso de películas escuras nos vidros dos automóveis, a do engate para reboque, a do cinto de segurança no banco traseiro, a de motoristas na direção de salto alto ou chinelo e sem camisa, a de dirigir com apenas uma mão no volante, e a que exigia o estojo de primeiros socorros em todos os veículos, que só serviu para enriquecer o fornecedor e que logo após a venda de milhares de kits acabou sendo revogada.
Por estarmos em ano eleitoral e com a proximidade das eleições, o desrespeito às leis do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acontecem diariamente graças a estratagemas jurídicos. Postulantes a cargos eletivos já eleitos nas últimas eleições aparecem na mídia, acintosamente e diariamente, visando às suas reeleições, o que é proibido por lei. Até o presidente da República incorreu nesse tipo de delito com o objetivo de defender a sua candidata. Ou seja, a maioria dessas leis não pega e é sempre afrontada. Neste momento, os que legislam começam a se preocupar com a internet, o novo canal de comunicação, porque felizmente não têm como censurar e dificilmente acarretará qualquer punição a quem a utiliza dessa mídia como instrumento de divulgação.
Essas normas que não pegam só servem mesmo para confundir, pois se fossem de real importância, como a lei antifumo, estariam sendo aplicadas e trazendo benefícios, que é a garantia de assimilação e aceitação de toda a sociedade.
Às vezes, há outros motivos para a lei não pegar. São razões políticas e que escondem um desafio estrutural muito maior. É o caso da Lei nº 9.958/2000, que é a da Comissão de Conciliação prévia, que alterou o artigo 625 da CLT. O Supremo Tribunal Federal tirou a eficácia de tal legislação, o que agilizava por demais as demandas trabalhistas que se resolviam fora do Foro Trabalhista em um escritório de advocacia.
Mas, os juízes deixaram?
Segundo a internauta Priscila Krieguer, é por pensamentos como estes que o Poder Judiciário encontra-se como está:
“Não se vislumbra que o ‘caos’ do Judiciário está pra acontecer, e as CCP's foram uma tentativa de evitar tal situação. Porém não se muda um hábito antigo de exigir do Estado solução pra tudo, não se consegue mudar uma sociedade de advogados que foi ensinada a combater ao invés de conciliar. Realmente será um retrocesso, ou pior, mais um retrocesso vendido como ‘justiça feita’.”
Esta lei não pegou, ou não a deixaram pegar porque foi contra o interesse do Poder Judiciário?
Por Sylvia Romano
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Vale a pena regulamentar a internet? Podemos opinar
Publicado em
01/07/2010
às
09:00
Já está praticamente pronta a minuta de Projeto de Lei do Marco Regulatório Civil da Internet do Brasil, com texto elaborado pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, em parceria com a Escola de Direito do Rio de Janeiro. O objetivo é estabelecer regras e responsabilidades de usuários e empresas com acesso à rede. É um projeto que divide opiniões. De um lado estão os que consideram que a internet, com sua característica de reunir várias mídias, deve ser um território livre, não regulamentado. Do outro lado, estão os que julgam ser a internet um instrumento poderoso demais, e como tal precisa de regras que garantam segurança e previsibilidade às iniciativas feitas na rede. Espera-se que a minuta seja encaminhada à Câmara dos Deputados, ainda este ano.
Primeiro, é preciso entender que o Marco Regulatório em questão nada tem a ver com o combate aos chamados "crimes cibernéticos", que motivaram uma Convenção Internacional de Cibercrimes, endossada por poucos países devido à complexidade do tema. O movimento contra esse tipo de crime vem ganhando corpo nos Estados Unidos e em especial na União Européia, onde, desde 2001, vem sendo respaldado pelo Conselho Europeu contra os Cibercrimes.
Em abril passado, o tema também foi objeto de discussões no 12° Congresso da ONU sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, realizado no Brasil, em Salvador, onde se tratou, entre outras coisas, da necessidade de cooperação jurídica internacional e de discussões mais avançadas sobre crimes praticados pela internet, como invasão de hackers em agências de segurança e instituições bancárias, crime de ofensa e calúnia, direitos autorais, uso indevido de imagens, pornografia infantil, racismo etc. Já tramita, no nosso Senado, um projeto de lei, em fase inicial, de autoria do senador Eduardo Azeredo, que tipifica esse tipo de crime. No momento, agressões e difamações pela internet continuam a ser julgadas com base na Constituição.
O Marco Regulatório brasileiro segue o exemplo de países ditos mais desenvolvidos, que primeiro adotaram o marco civil, para depois enfocar o aspecto criminal. Em princípio, a proposta, em 33 artigos trata de questões relacionadas ao direito de acesso à internet, provedores e qualidade das conexões, responsabilidade e guarda dos registros de acesso dos usuários, responsabilidade do conteúdo disponibilizado na rede, sigilo das comunicações, não degradação da qualidade contratada junto às operadoras, não divulgação dos acessos a serviços via internet.
Os maiores questionamentos dizem respeito à responsabilidade sobre o conteúdo disponibilizado, e a maior novidade é a adoção de um mecanismo denominado "notificação e retirada", destinado a proteger usuários vitimados por agressões via internet. Nesse caso, havendo conteúdo tido como falso, mentiroso, ofensivo, calunioso ou difamatório, em textos ou imagens, o interessado denuncia o fato ao provedor, que por sua vez será obrigado a agir, podendo tanto identificar e responsabilizar o autor, ou simplesmente suspender o conteúdo, até que o autor se pronuncie, caso em que este poderá excluí-lo ou assumir a responsabilidade jurídica sobre o mesmo, livrando o provedor de responsabilidade.
A Associação Brasileira dos Provedores de Acesso tem demonstrado preocupação com esse tipo de controle, antevendo que os provedores terão de abrir um canal específico só para receber as notificações de retirada de material suspeito.
O mais importante a destacar é que todos os interessados poderão enviar, via internet, sugestões e críticas à minuta, cujo texto está disponibilizado em htp://culturadigital.br/marcocivil, com explicações de como os interessados devem proceder para emitir suas opiniões. Opinando e propondo sugestões, os usuários estarão participando do fórum da cultura digital, através do qual ajudarão a montar a primeira legislação brasileira sobre o uso da internet, importantíssima porque vai definir qual o papel do Estado no desenvolvimento da web como ferramenta social.
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2010, E AGORA?
Publicado em
30/06/2010
às
09:00
2010 está sendo um grande ano...
Repleto de eventos.
Ruins e bons.
A tragédia de Alagoas e Pernambuco nos traz a visão de como devemos tratar o meio ambiente. Com “ele” não podemos brincar. Não é só mar que traz as “tsunamis”. Os rios também...
Que tragédia!!!
Que imagens terríveis !!!
E agora é tratarmos de reconstruir tudo, ou quase tudo. Menos as vidas que ali foram tragadas pelas águas.
2010 – ano de Copa do Mundo.
Várias horas à frente da TV e ouvindo o “radinho”. ( Eu sou assim...) Torcendo. Várias horas onde o trânsito ficou tranqüilo. Todos em casa ou nos “negócios” com portas fechadas e torcendo...
E depois?
Também neste 2010 teremos eleições. Eleições para escolhermos os Deputados, Senadores e a Presidência da República. É o valor da Democracia.
Tudo neste 2010.
Primeira parte do ano já passou. E os eventos estão aí. Alguns em andamento. Outros iniciando as campanhas de desenvolvimento.
Tudo neste 2010.
Alguns destes eventos citados são normais. Ocorrem a cada quatro anos, mas o acontecido nos Estados de Alagoas e Pernambuco é de se pensar bastante. Ninguém está livre daquelas tragédias.
É de se lamentar o ocorrido com aquelas famílias. Irmãs nossas. Muitos dizendo que a sorte (sorte?) esteve presente, pois o ocorrido foi durante o dia. Se fosse à noite seria pior... Ainda pensam no pior?
Cidades arrasadas!
Famílias desoladas pelas perdas materiais e humanas.
Tudo no “nosso” Brasil varonil.
E agora?
Pensar!
Ajudar!
Reconstruir!
E “bola” pra frente...
David Iasnogrodski
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Qualidade de dados como fator LUCRO para o Mercado de Crédito e de Cobrança. Eficiente? Sim... Mas,
Publicado em
29/06/2010
às
09:00
Certa vez li que ser eficiente não significa ser eficaz, uma vez que a eficiência está relacionada com a maneira que os recursos para consecução de resultados foram empregados e a eficácia é a própria qualidade dos resultados atingidos.
Com esta introdução, pretendo destacar a importância que a qualidade de dados - atualizados e higienizados, influi nos processos e nos resultados de empresas do segmento de Crédito e Cobrança.
Desmembrando as áreas, é possível distinguir, em resumidas palavras, que a área de Crédito utiliza-se de dados para validação das informações passadas pelo indivíduo, controlando riscos e minimizando prejuízos; enquanto a de Cobrança visa a localização do inadimplente, bem como a recuperação do crédito por meio destes dados. Contudo, em ambos os casos, o êxito de suas atividades está relacionado diretamente à qualidade das informações disponíveis a estas empresas.
Convivendo há três anos com este mercado, já observei muitas empresas dispondo de capital para investir em sistemas de gerenciamento de informações, infraestrutura com servidores parrudos, serviços de modelagem e estatísticas etc., negligenciando a qualidade das informações cadastrais que “abastecem” os processos vitais da operação.
Além de ser matéria-prima do funcionamento deste segmento, os dados, quando assertivos, apresentam-se como diferencial nestas empresas, uma vez que informações com qualidade permitem otimizar a produtividade com velocidade, inclusive sendo um importante fator motivacional da operação que consegue atingir metas, e ao final do processo, serem também consideradas um índice de lucratividade.
A qualidade dos dados como fator lucro pode ser compreendida de forma direta e indireta. Na primeira, há a relação dos objetivos alcançados com os recursos empregados, ou seja, o investimento em torno de todo o processo é consagrado ao final pela sua correta aplicabilidade (eficiência). Já quando digo que há a obtenção de lucro indiretamente, refiro-me a extensão que os resultados alcançados conseguem repercutir, como por exemplo, a redução de custos operacionais, já que foram atingidos os objetivos, não apenas de forma correta, mas da melhor forma (eficácia).
Explorando melhor este aspecto, podemos dizer que quando há qualidade na informação cedida para o Mercado de Crédito, a empresa consegue ter referenciais sólidos que minimizam o seu risco, evitando possíveis prejuízos (lucro direto) por meio da conferência. Este prejuízo evitado transforma-se em receita para investimento e ainda representa economia em processos que seriam acarretados pela cessão errada de linha de crédito (lucro indireto). E, para o Mercado de Cobrança, a empresa pode recuperar o crédito (lucro direto) alocando o menor investimento em recurso, já que os custos operacionais são rentabilizados pelo melhor resultado no menor tempo e com o emprego de suficientes processos (lucro indireto).
Assim, a confiabilidade das informações permite não apenas que as empresas executem de maneira eficiente suas atividades, obtendo o lucro direto pelo cumprimento de sua essência, mas garante a eficácia de seus processos gerando o lucro indireto.
Por Juliana Figueiredo Cantanhêde
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O Armador e o Agente Marítimo
Publicado em
28/06/2010
às
09:00
O presente artigo irá abordar dois dos principais atores no transporte marítimo de linha regular e as possíveis formas de relação entre eles. Inicialmente será mostrado o conceito de transporte marítimo de linha regular que é o contexto onde estas empresas estão inseridas. Após serão apresentadas os conceitos das duas atividades (do Armador e do agente marítimo) e, por fim, serão explicadas as diferentes formas de relação que podemos vigorar entre eles.
Segundo Vieira (2002, p. 37):
O transporte marítimo de linha regular apresenta uma série de características específicas. O itinerário é predeterminado e repetitivo, com portos e escalas fixas, cumpridas com grande aproximação. As cargas são heterogêneas, do grupo “carga geral”, conteinerizadas ou soltas, obtidas de numerosos embarcadores e expedidas a numerosos destinatários.
E continua (2002, p. 38):
Outras características pertencentes aos transportes de linha regular seriam a necessidade de uma extensa e complexa infra-estrutura terrestre, uma rede permanente de agentes para a comercialização dos serviços e grandes investimentos em contêineres e informática [...].
Considerando as características do transporte marítimo de linha regular, faz-se necessário elencar os dois principais atores que fazem parte desta modalidade de transporte, conforme seguem.
Armador
Rodrigues (2007, p. 92) define o armador como sendo:
Empresa mercantil que, a partir de um casco de navio comprado ou alugado, arma o navio, ou seja, coloca a tripulação e todas as demais coisas necessárias para que o navio possa ser operado comercialmente, assim, apresta o navio para viagem.
Já Keedi e Mendonça (2000, p. 71) afirmam que:
É uma pessoa jurídica, estabelecida e registrada, com a finalidade de realizar transporte marítimo, local ou internacional, através da operação de navios, explorando determinadas rotas, e que se oferece para transportar cargas de todos os tipos de um porto a outro.
Ainda segundo os autores (2000), o armador não necessita possuir uma frota completa, o que importa é que ele opere os navios e fazem referência a responsabilidade jurídica que o armador possui com as cargas que transporta a partir do embarque no navio.
Porto e Silva (2000, p. 94) destacam que “[...] todo o navio tem uma bandeira, uma nacionalidade, que depende do país de registro.”
E continuam (2000, p. 94): “O armador é responsável por equipar o navio, isto é, dotá-lo de tripulação, maquinário, etc.”
De acordo com Rodrigues (2007), poderá ainda existir o operador de navio, figura esta que se confunde com a do armador, pois é a empresa que explora o transporte marítimo, operando um navio armado, comprado ou alugado nas rotas comerciais. No entanto, o próprio armador poderá atuar na operação de seus navios.
Agente Marítimo
Vieira (2002, p. 24) fala que “o agente marítimo é o representante da companhia de navegação e presta assistência ao capitão nos portos em que o navio escala.”
Já Rodrigues (2007, p. 93) fala que o agente marítimo é o:
Procurador que age como mandatário mercantil de um Proprietário, Armador ou Operador, quem incumbe representar, mediante remuneração variável segundo a natureza das obrigações fixadas em contrato, podendo desempenhar grande variedade de serviços.
Já Keedi e Mendonça (2000, p. 72) mencionam:
[...] poderá ser uma empresa do próprio armador, ou uma empresa independente, contratada pelo mesmo para representá-lo e para prestação de serviço. O agente poderá ser único, isto é, realizar todos os trabalhos necessários ao atendimento do armador, ou ser apenas agente comercial ou agente operacional. Neste caso, o armador precisará de dois agentes, cujos trabalhos serão divididos e complementares.
Porto e Silva (2000, p. 94) destacam as atividades prestadas pelo agente marítimo ao armador:
As agências atendem aos armadores os quais representam em cada porto, fornecendo-lhe todo e qualquer apoio, seja de ordem financeira, operacional, técnica (inclusive jurídica), etc., em especial a contratação dos serviços portuários necessários a embarcação e a carga. Atuam junto ao cliente ou Autoridade Portuária e demais autoridades.
Ainda segundo os autores, a agência marítima possui o papel de aproximar e integrar os clientes com as demais empresas atuantes no transporte marítimo de linha regular.
Keedi e Mendonça (2000) também fazem referência às atribuições do agente marítimo:
· controle da operação do navio;
· vendas dos fretes e busca de novas cargas para preenchimento do espaço disponível em cada navio;
· representar o armador frente às autoridades portuárias;
· emitir e assinar, em nome do armador, o conhecimento de embarque;
· atendimento aos clientes.
Considerando os conceitos acima apresentados, podem-se considerar as possíveis formas de relação entre armadores e agentes marítimos:
I. Agências Próprias: O armador possui filiais próprias, como é o caso da MSC (Mediterranean Shipping Company) e da Hamburg Süd, em que todos os escritórios levam o nome do próprio armador, sem que haja a intervenção de agentes terceirizados para a operação dos navios e comercialização dos fretes. Nesta forma de atuação, todas as filiais são valorizadas e suas decisões são respeitadas, sendo analisadas apenas pela matriz no país de origem da companhia. Apresentam mais rigidez na estruturação interna, com posições hierárquicas bem definidas, alta exigência de conhecimento técnico de comércio exterior e fluência oral e escrita de idiomas, como o inglês e o espanhol, por parte dos funcionários;
I. Agências Terceirizadas: O armador designa um agente marítimo para atuar como seu representante legal, operacional e comercial nos portos onde opera. Avalia a capacidade de atendimento dos clientes em cada escritório montado e avalia os conhecimentos técnicos e de idiomas dos funcionários contratados pelos agentes. Neste caso, a atividade fim do armador é terceirizada para um agente de sua confiança e a estrutura deste agente poderá estar baseada de duas formas:
· Baseadas em infra-estrutura física: como é o caso da Maruba e da Mitsui que possuem diferentes agentes atuando em cada estado do país e, estes agentes, possuem escritórios separados situados nos portos e nas cidades com maior volume de cargas, para atuarem nas atividades operacionais e comerciais, respectivamente, e com diferentes pessoas dedicadas para cada função.
· Baseadas em tecnologia da informação: como é o caso da Maersk que trabalha com poucos agentes nos países aonde atua, tendo um volume enxuto de recursos humanos, em função de grande parte de suas atividades estarem sistematizadas, facilitando assim a emissão da documentação e o atendimento aos clientes, visto que estes podem acessar o andamento de suas cargas e fazer os bookings (reserva de espaços nos navios) através do próprio site do armador. Além disso, os clientes conseguem obter informações dos tráfegos oferecidos pelo armador, das tarifas cobradas para cada trecho, preencher os dados para emissão correta do conhecimento de embarque e também dos tempos de trânsito de cada viagem, através do site.
Com base nos conceitos acima apresentados e nas formas de relação existente entre Armador e Agente Marítimo, conclui-se que independente da forma como interagem, a relação traz benefícios para ambas as partes, visto que um complementa o trabalho do outro. Pode-se notar, também, que de acordo com modo que estão baseadas, elas poderão apresentar diferentes aspectos no que tange a vantagens competitivas ofertadas aos cliente e, sendo assim, cada cliente pode optar pela proposta de serviço e entrega de informação que lhe pareça mais vantajosa e coerente.
REFERÊNCIAS:
KEEDI, Samir; MENDONÇA, Paulo C. C. Transportes e Seguros no Comércio Exterior. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000.
PORTO, Marcos M.; SILVA, Claudio F. Transporte, Seguros e a Distribuição Física Internacional de Mercadorias. São Paulo: Aduaneiras, 2000.
RODRIGUES, Paulo R. A. Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
VIEIRA, Guilherme B. B. Transporte Internacional de Cargas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2002.
Gabriela Pires MITCZUCK
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Tudo depende da ação
Publicado em
27/06/2010
às
09:00
O iluminismo retornou ao homem, se é que ele tinha perdido isto, a criação de sua própria felicidade. Na antiguidade a felicidade dependia dos deuses. Eles proporcionavam alguém ser feliz ou não. Depois os deuses na terra. Os imperadores, reis, as igrejas organizadas. Eles que proporcionavam alguém ser feliz ou não. Após o iluminismo, o homem pegou esta responsabilidade para si: a felicidade, o sucesso, em minha vida depende de mim, de minhas ações e parou, teoricamente, de colocar a culpa nos outros, no tempo, nos governos. Parou , teoricamente, de esperar que o tempo o deixe feliz, que os governos lhe proporcionem felicidade ou parte dela.
Sendo assim, embora se dependa do status quo para uma regular tranqüilidade: segurança, por exemplo, que vem de uma boa educação, rede de saúde que muito depende dos governos instalados.
Tudo depende da ação de cada um para atingir o nível de felicidade, do happiness que você deseja. Do inglês, happen, acontecer. Então, não fazer acontecer, estar sem ação é sentar na frente da televisão todos os dias, por anos, porque você tem medo de estar vivo e de correr riscos expressando seu ser. Você pode ter muitas idéias em sua cabeça, porém o que faz a diferença é a ação.
Comprometa-se a fazer sempre o melhor. Não pelo salário, pelo reconhecimento dos outros. Faça o melhor porque você se sente bem com isto. Comprometendo-se em todas as circunstancias, fazer o melhor, dar o melhor de si, gera o sentimento de realização, satisfação, felicidade. Mesmo doente, com gripe, cansado, seu entusiasmo e vontade não será o mesmo, mas mesmo assim, comprometa-se a fazer o melhor.
Fazer o melhor deve tornar-se um hábito. Hoje vou fazer o melhor porque eu sempre faço e dou o melhor de mim. Deve ser um ritual. Faca a escolha de fazer este ritual, de fazer sempre o melhor.
Um provérbio japonês para encerrar: É fácil abrir uma loja, o mais difícil é mantê-la aberta.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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De Cima para Baixo
Publicado em
26/06/2010
às
09:00
- um olhar para a vida –
- Ângelo?
- Sim. Que desejas?
- Faz tanto tempo que nossa filha Tânia nasceu. Parece que foi ontem.
- Quanto tempo?
- Quase 91 anos.
- Tanto tempo assim?
- e ainda me recordo, como se fosse hoje. Senta aqui ao meu lado. Vamos tomar um chá quentinho como antigamente. Aqui também tem chá. Vou te recordar tudo, ou quase tudo...
- Lembras de tudo?
- Já disse, quase tudo...
- Vou sentar e estarei todo ouvido, ao lado do meu chá com bolachinhas. Como antigamente...
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14 de julho de 1919.
Data da França. “Queda da Bastilha”.
Tânia nasceu. Num pequeno hospital de nossa cidade. Não tínhamos muitos recursos. Nasceu pequena, com saúde e muito bonitinha. Muito sorridente...
Nossa vida continuava igual.
O tempo foi passando.
Cuidávamos das galinhas. Da horta. Dos filhos. Deram oito. Tânia foi a terceira.
Você alfaiate.
Eu cuidando das lides domésticas.
Tânia crescendo juntamente com seus irmãos. Tânia observando sempre o trabalho do pai.
Com cinco anos de idade já ajudava o “grande” alfaiate.
Ia ao colégio pela manhã e a tarde ajudava na casa e também pregar botões no seu trabalho.
O tempo continuava passar e Tânia deixou de estudar. Só teve condições de se dedicar ao trabalho. Concluiu somente o terceiro ano do curso primário. Sabia ler, escrever e fazer “as contas...”.
Assim como tudo, o tempo continuava a passar...
Foi trabalhar numa grande fábrica de casacos de couro. Lá pregava botões de couro... Da casa ia a pé até o serviço. Foi por esse motivo que alguns de seus dedos ficaram “tortinhos”.
E o tempo foi passando celeremente.
Eu adoeci e Tânia me cuidou todo o tempo.
Tânia cresceu. Gostava muito de bailes. Em todos os sábados tinha compromisso com a sociedade: ir aos bailes. Acredito que deste detalhe você não está lembrado...
Conheceu um rapaz. De olhos azuis, mas não gostava de bailes. Um “problemão” para Tânia.
Num 18 de maio casou.
Não houve a grande festa programada, pois meses antes falecia uma cunhada de Pedro.
Pedro foi o felizardo marido de Tânia.
Casaram.
Tiveram filhos.
Com muita dificuldade os filhos cursaram e se formaram na Universidade. Foi uma grande felicidade para todos.
Mais uma vez o tempo passou e hoje Tânia está prestes a comemorar os primeiros 91 anos.
Com alguns “pequenos” probleminhas normais de saúde.
Lembra de tudo e de todos. Até de nós...
Se sente feliz. Muito feliz juntamente com Pedro.
Os filhos casaram.
Tânia e Pedro possuem netos. Já concluíram curso superior. Estão trabalhando.
São avós “babões”.
Assim como nós...
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- Como você lembra de tudo? Eu já não me recordava de muitos desses detalhes.
- É a memória... Estou sempre pensando neles! Você está sempre com outras atividades e com os amigos... Tânia, atualmente, está muito parecida comigo.
- É verdade. Mas também penso neles. Estamos aqui “de cima” vendo Tânia e Pedro. Gostei da história. Gostei das recordações, pois somos parte dessas recordações.
- Já é uma história de vida. Estamos “cuidando” deles... Sempre!
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História de uma filha, mãe e avó, nascida na data nacional da França – “Queda da Bastilha”.
David Iasnogrodski
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O Sabor do Saber
Publicado em
25/06/2010
às
09:00
Tomei conhecimento a partir de um artigo do excelente Gilberto Dimenstein que 180 mil jovens com formação superior não foram suficientes e capazes para atender à demanda por 872 vagas de estágio e trainee em empresas brasileiras.
Reflexo da crise de nosso modelo educacional, estes números, tabulados no ano de 2002 pela pesquisadora Sofia Esteves do Amaral, indicam o abismo existente entre o que as escolas entregam e o que as empresas solicitam. A qualificação acadêmica está desalinhada da qualificação profissional.
É indiscutível que devemos promover uma “cruzada pela educação”. Vender a ideia da educação para o Brasil, colocando-a como prioridade, ao lado da saúde e da ciência e tecnologia, nas discussões orçamentárias e de planejamento estratégico nacional. Criar o conceito de responsabilidade educacional e infligir com a perda do mandato prefeitos que desviam recursos das salas de aulas para a construção de estradas e outras finalidades que lhes conferem capital político mais imediato. E investir no docente, sua formação e sua remuneração, pois a chave da boa escola é o professor.
Todavia, mesmo diante de toda esta breve argumentação, minha conclusão mais precisa é que o problema da educação está na escola que ficou chata, perdeu a graça, não acompanhou a evolução do mundo moderno. O aluno não vê aula, quando vê não presta atenção, não se aplica nos deveres de casa e vai mal nas provas. Lembra-me aquela máxima marxista: uns fingem que ensinam, outros fingem que aprendem. Esqueceram-se apenas de avisar ao mercado desta combinação.
São estes alunos que serão reprovados num simples processo seletivo. E serão eles que, gerenciando companhias ou decidindo empreender um negócio próprio, engordarão as já elevadas estatísticas de insucessos empresariais.
A educação perdeu o sabor. E é curioso constatar isso quando desvendamos pela etimologia que as palavras sabor e saber têm a mesma origem no verbo latino sapare. O conhecimento é para ser provado, degustado. É como se a cabeça (o estudar) estivesse em plena consonância com o coração (o gostar).
Cozinhando palavras
O que me faz avançar madrugada adentro postado diante de uma tela, digitando em um teclado, com música ao fundo e pensamento ao longe, produzindo artigos como este? A resposta está no desejo de escrever um texto que traga prazer ao leitor tal qual o banquete preparado por um cozinheiro a seus convidados.
Todo escritor tem duas fontes de inspiração: uma musa e outros escritores. Minha musa é o próprio mundo, uma obra de arte, um livro dos mais belos para quem o sabe ler. Já meus “padrinhos” são tantos que não posso colocar-me a relacioná-los. Acabariam as laudas, faltaria paciência ao leitor e eu incorreria invariavelmente no pecado capital da negligência, deixando de citar nomes por traição da memória.
Rubem Alves é um destes nomes. Vem dele a inspiração desta metáfora que envolve escritores e cozinheiros. Minha cozinha fica numa sala. Minha bancada é uma mesa. Meu fogão é um computador. Minhas panelas são minha cabeça. Meus ingredientes são as palavras. Vou selecionando-as, misturando-as e provando de seu resultado. Saboreio com os olhos e cuido para que temperos em excesso não comprometam outros sabores.
Há dias em que estou tomado pela culinária italiana. Então produzo textos encorpados que alimentam a consciência e que pedem uma taça de vinho tinto, cor de sangue, de contestação. Corpo e sangue. São os momentos de questionamento da ordem, este prazer da razão, banhado pela desordem, esta delícia da emoção.
Em outros dias, sinto-me inspirado pela cozinha francesa. É quando me torno econômico no uso dos ingredientes, mas extravagante no uso dos temperos. É quando surgem os textos mais leves na forma e mais profundos em seu conteúdo, convidando todos a uma demorada reflexão.
Assim sucedem as semanas, sucedem os artigos. A cada semana um prato novo. Alguns nascem naturalmente, demandam pouco tempo de cozimento. Outros, por sua vez, ficam dias no forno. Consomem uma quantidade incrível de palavras. Letras que vêm e que vão. Chegam mesmo a queimar os dedos, mas finalizá-los tem seu propósito ao imaginar a satisfação de quem os lerá, estampada no brilho dos olhos, no sorriso de canto de boca.
Assim entrego-me a este ofício, marchando pitagoricamente com o pé direito para as minhas obrigações e com o pé esquerdo para os meus prazeres, tendo a certeza de que o escrito com esforço será lido com apreciação.
Paul Valéry dizia que um homem feliz é aquele que, ao despertar, reencontra-se com prazer, reconhecendo-se como aquele que gosta de ser. Saber o que se é e o que se deseja ser: quanto sabor há nisso!
Tom Coelho.
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OS SOBREVIVENTES
Publicado em
24/06/2010
às
09:00
Cada dia que passa computo como mais um de sobrevivência. O nível de violência está chegando a um patamar insuportável para os cidadãos brasileiros.
Sempre acreditei que a base da política de uma nação deveria estar apoiada primeiramente na educação, depois na saúde e finalmente na segurança. Infelizmente, diante da nossa triste realidade, percebo que a segurança hoje tem de ser encarada como a primeira preocupação de nossos governantes.
O cidadão que pode está prisioneiro dentro da sua própria casa, e só se sente seguro com altos muros, grades, alarmes e tudo aquilo que lhe dá uma falsa sensação de proteção, o que sabemos que não é garantia de absolutamente nada. O sonho de consumo é o carro blindado, que oferece pelo menos uma chance de não ser roubado ou agredido nos faróis, bem como fornece a esperança da proteção das armas de fogo, que o indivíduo não pode possuir, mas os facínoras as têm. Isso sem falar nos crimes eletrônicos aos quais estamos sujeitos e que nos afligem a todo instante.
Sair de casa para o trabalho, para o lazer e para as necessidades do dia-a-dia se tornou uma aventura perigosa. Ir a um banco, então, nem se fala. Tornou-se uma atividade de alto risco! Também não podemos nos esquecer de andar sempre com o “dinheiro do ladrão”... O custo da nossa proteção está ficando cada dia mais alto e inclui, seguros, alarmes, seguranças, guardas de ruas, flanelinhas e outros profissionais, cujo preço já é compulsório.
Para os cidadãos de bem só sobram os impostos e o medo, já para os corruptos e assassinos permanecem leis frouxas e quase sempre burladas, fora a defesa dos “direitos humanos”, que só se preocupa em preservar os criminosos que, ao serem pegos pelos seus delitos, se tornam coitadinhos e protegidos, na esperança de um dia voltarem recuperados à sociedade, o que quase nunca acontece.
A cada dia que passa agradeço por ter sobrevivido, mas infelizmente o medo se faz cada vez mais presente e sei que é uma questão de tempo para que eu ou os meus venham a fazer parte das estatísticas criminais desta nossa terra sem lei.
Sylvia Romano
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CONTROLES INTERNOS
Publicado em
23/06/2010
às
09:00
A concorrência das grandes empresas é um dos fatores importantes para que o empresário busque soluções que lhe propicie uma melhor competitividade. Uma das soluções mais importantes se refere à gestão nos controles internos da organização. Isto evita entre outras tantas coisas, estoque elevado, avarias, movimentações desnecessárias, perdas, prazos de pagamentos e redução dos prazos de recebimentos, enfim custos elevados e investimentos desnecessários.
Sob esta perspectiva é possível afirmar que as empresas que não optarem por aprimorar seus controles internos de forma eficaz estão hoje desperdiçando seus recursos de investimento, perdendo margem de lucro, enfim sendo ineficazes e ineficientes.
Alem disso, os controles internos ainda propiciam aos gestores informações para que estes possam atuar de forma mais rápida e com segurança, principalmente tentando evitar fraudes e erros.
A Contabilidade também é beneficiada pelos controles internos, uma vez que os dados informados possuem uma maior clareza e confiabilidade. Aliás, tanto a Contabilidade como os controles internos se espelham um no outro para as principais tomadas de decisões sendo capaz de avaliar resultados obtidos em curto e longo prazo.
Os Controles Internos tem como objetivo principal possuir ação preventiva contra possíveis fraudes ou erros. O mapeamento das ações feitas por diversas pessoas e a identificação de possíveis perdas ou ganhos no desenvolvimento das atividades, são ferramentas fundamentais para assegurar a integridade dos registros e demonstrações contábeis.
Sua utilização torna-se indispensável para a segurança da empresa e também para resguardar o administrador na sua tomada de decisões, tornando os processos ágeis e de fácil entendimento para todos os usuários, tanto para que venha de fora ou para quem é de dentro da empresa.
O uso dos controles internos eficiente é primordial para a manutenção de uma empresa no mercado tão concorrido. De modo geral as empresas tentam reduzir seus custos controlando cada movimentação seja ela de pessoal ou de mercado e inovando com seus produtos e serviços.
Atualmente as empresas estão operando com uma pequena margem e às vezes acabam buscando dinheiro em bancos ou procurando novas parcerias, sendo assim é de extrema importância ter um controle interno que minimize os riscos, mantendo uma organização saudável financeira e operacionalmente com ampla transparência em suas atividades.
Dessa forma sabemos que bons controles internos servem para aumentar a credibilidade, a transparência, fazendo com que a empresa se torne saudável financeira e operacionalmente. Podendo assim trazer benefícios como créditos e financiamentos em outras instituições e maiores prazos de pagamentos, ou seja, benefícios que ajudam a empresa a investir sempre buscando novos desafios e crescimento, mas de maneira organizada e saudável.
Paulo Maximiliano Milost de Magalhães
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As Relações de Confiança e Dependência nos Relacionamentos Interorganizacionais
Publicado em
22/06/2010
às
09:00
O presente artigo irá abordar a importância dos conceitos de confiança e dependência nos relacionamentos comerciais entre organizações. Tais questões ganham ainda maior relevância em ambientes globalizados, onde os ecossistemas empresariais são grandes e complexos. A fim de melhorar a compreensão, foram analisados diversos artigos científicos focados especificamente neste tema.
Inicialmente, faz-se necessário a apresentação dos conceitos de dependência. Segundo Frazier (1983), dependência é um fator estrutural que se refere à necessidade de uma empresa de manter um relacionamento com outra visando atingir seus objetivos. Svensson (2004) fala que relacionamentos dependentes referem-se às atividades do negócio sendo dependentes durante o processo de interação entre as empresas. Já conforme Sezen e Yilmaz (2007), a dependência de uma empresa em relação à outra está baseada na percepção do valor recebido na presente parceria ou na capacidade de trocar essa parceria. Senzen e Yilmaz (2007) ainda falam que comportamentos estimulados pela dependência geralmente refletem uma colaboração forçada. A empresa menos dependente na relação comercial tem a capacidade de influenciar as crenças, as atitudes e os comportamentos da empresa mais dependente, ou seja, a primeira possui o poder de persuadir esta última. As empresas dependentes, por sua vez, acabam se submetendo a esta situação quando julgam tal parceria comercial um instrumento para um melhor posicionamento futuro no ecossistema a que pertencem.
Já a confiança, segundo Anderson e Narus (1990), é definida como sendo a crença de uma empresa de que a outra organização desenvolverá ações que irão resultar em retornos positivos e não irá ter comportamentos inesperados que gerem retornos negativos. Das e Teng (1998) acreditam que a confiança atua na promoção de relacionamentos de sucesso, reduzindo as incertezas e os comportamentos oportunistas, como, por exemplo, a quebra de contrato pela parte mais forte da relação visando pressionar a parte mais fraca da relação para obter medidas que beneficiem a primeira parte. De acordo com Vosselman e Meer-Kooistra (2006), a confiança é baseada nos valores morais da honestidade. Esta confiança faz com que uma parte acredite que a outra parte irá honrar o acordo feito (possivelmente escrito). Já Neu (1991) diz que a confiança deve existir antes mesmo da criação do contrato. Ainda segundo Vosselman e Meer-Kooistra (2006), a confiança é baseada na expectativa de que as partes têm comprometimento um com o outro, o que faz com que sejam geradas expectativas em relação ao parceiro de que este fará mais do que o que formalmente é esperado. Os mesmos autores falam que quanto mais a relação entre as empresas matura e o comprometimento começa a ficar mais intenso, a necessidade de confiança e informação também aumenta.
Sendo assim, a forma como os conceitos de confiança e dependências são encarados pelas partes de uma relação comercial poderão influenciar no sucesso ou insucesso da parceria. Visto que o extremo de cada uma destas situações (confiança e dependência), não trazem bom frutos. Cabe as empresas envolvidas na relação equilibrar estes fatores de forma que a parceria seja vantajosa para ambos os lados e que seja possível perceber a relação ganha-ganha na parceria.
Referências:
ANDERSON, J. C.; NARUS, J. A. A Model of Distributor Firm and Manufacturing Firm Working Partnership. Journal of Marketing, v. 54, p. 42-58, 1990.
FRAZIER, G. L. On the Measurement of Interfirm Power in Channels of Distribution. Journal of Marketing Research, vol. 20, p. 158-66, 1983.
NEU, D. Trust, contracting and the prospectus process. Accounting, Organizations and Society, v. 16, n. 3, p. 243-56, 1991.
SEZEN, Bulent; YILMAZ, Cengiz. Relative Effects of Dependence an Trust on Flexibility, Information Exchange, and Solidarity in Marketing Channels. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 22, n. 1, p. 41-51, 2007.
SVENSSON, Göran. Vulnerability in Business Relationships: the Gap Between dependence and Trust. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 19, n. 7, p. 469-483, 2004.
TIAN, Yu; LAI, Fujun; DANIEL, Francis. An Examination Of The Nature Of Trust In Logistics Outsourcing Relationship: Empirical Evidence From China. Industrial Management & Data Systems, v. 108, n. 3, p. 346-367, 2008.
VOSSELMAN, Ed; MEER-KOOISTRA, Jeltje V. D. Efficiency seeking behaviour in changing management control in interfirm transactional relationships: An extended transaction cost economics perspective. Journal of Accounting & Organizational Change, v. 2, n. 2, p. 123-143, 2006.
Gabriela Pires Mitczuck
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Um País que envelhece rapidamente
Publicado em
21/06/2010
às
09:00
Dentre 30 países selecionados em diversos continentes, o Brasil apresenta uma taxa de envelhecimento da população somente inferior à do Japão, onde o processo já ocorreu. A taxa de fecundidade caiu na atual década para níveis que só eram esperados para as décadas de 2020 ou 2030. Com isso, a previsão do começo do declínio da população, que era esperado para 2062, com um total de 263,7 milhões, foi antecipada para 2039, com 219,1 milhões de habitantes. Ao mesmo tempo, vem ocorrendo o envelhecimento da população, que deriva de dois motivos: da queda da taxa de fecundidade referida e do aumento da expectativa de vida. O primeiro caso, o envelhecimento pela base, leva à menor participação dos jovens em relação aos idosos. O segundo, o envelhecimento pelo topo, que além aumentar o número de idosos, provoca o aumento dos muito idosos, com mais de 80 anos. Isso gera também grande aumento nas despesas com saúde pública.
A taxa de fecundidade brasileira passou de 6,2 filhos por mulher em 1940 para apenas 1,95 em 2007, menor que a da França, que é de 2. E no caso brasileiro ainda há o agravante da desproporção desse índice, ainda alto, embora declinante, nas classes mais pobres. Entre os indicadores básicos do envelhecimento está a razão de dependência de idosos, que mede o número de pessoas com 60 anos ou mais em relação à população em idade ativa, de 16 a 59 anos. Em 2000, havia 7,1 pessoas em idade ativa para uma pessoa acima de 60 anos, relação essa que descerá para apenas 1,9 em 2050. Além disso, não basta existirem pessoas em idade ativa, é necessário que estejam no mercado de trabalho e contribuindo para o sistema. Diante dessa enorme disparidade entre beneficiários e contribuintes é esperada destes últimos alta produtividade, o que só é possível com uma melhora sensível da educação. Em função dessa transformação demográfica, são necessárias mudanças na Previdência Social para adequá-la gradativamente a esses novos paradigmas. Por isso, a eliminação do fator previdenciário sem oferecer alternativas que levem em conta esses fenômenos é agir na contramão da história.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
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Depois Da Crise Bancária Os Estados Unidos Continuarão A Comandar A Economia Mundial?
Publicado em
20/06/2010
às
09:00
A previsão da economista Maria Conceição Tavares, professora da UFRJ e da Unicamp em entrevista à Reuters, publicado na Folha de São Paulo de 25 de Setembro de 2008, disse que “O século 21 não será norte-americano”
Comenta também que o modelo neoliberal naufragou e que, os Estados Unidos não tem reservas só tem dívidas, e que todas as reservas em dólares estão basicamente na Ásia.
A crise financeira bancária dos EUA deixou o mundo preocupado, pois o presidente Bush falou a nação e ao mundo, que a situação é grave, mas; mas precisamos também levar em consideração que os Estados Unidos estão em época de eleição e também precisa pressionar o congresso na aprovação das medidas para salvar os bancos americanos de segunda linha, que se envolveram na especulação e no crédito fácil.
Temos também que levar em consideração que a China é um grande parceiro econômico dos Estados Unidos e os interesses mútuos maiores ainda.
A crise está circunscrita a esses bancos de segunda linha que abusaram do crédito fácil concedidos aos mutuários da casa própria norte americanos, e não preveram uma alta inadimplência, mas o povo americano irá pagar a conta, como nós também já pagamos muitas de bancos que quebraram e o governo brasileiro usando nosso dinheiro saiu em socorro dos mesmos.
Isto irá afetar outros países, sim, aqueles que se envolveram em operações com esses bancos americanos, como também a população norte-americana irá passar por uma queda no consumo, pois o governo americano incentiva o consumo e o turismo interno e o povo confia em seu governo e age de acordo com a orientação e o incentivo recebido.
Mesmo que haja uma queda no consumo interno hoje os americanos consomem 70% do PIB interno do pais e 21% do PIB mundial, mesmo que a previsão é de queda do consumo os americanos ainda são os que mais consomem, isso pela confiança e pela relativa solidez da economia americana.
A situação hoje é bem diferente de 1929 e 1930, lá os Estados Unidos estavam sozinhos no mercado, atualmente existem vários países com interesses econômicos, empréstimos e investimentos mútuos; irá afetar pouca coisa na economia mundial.
No caso específico do Brasil poderá ocorrer que empresas e bancos com matriz nos EUA irão remeter grandes somas de lucros e dividendos acumulados em seus balanços para ajudar a matriz superar ou minimizar a crise lá; isso vai alterar o Balanço de Pagamentos das contas brasileiras, pois haverá grandes somas de dólares saindo do país.
Outro fator que ocorrerá com certeza é que com a diminuição do consumo americano e queda dos preços das commodities, nossas exportações irão diminuir causando também uma perda no Balanço de Pagamentos. Algumas medidas poderão ser tomadas com relação à isenção temporária de taxas e imposto das exportações para compensar ou manter o equilíbrio entre as importações e exportações.
Vimos então que este processo de comando da economia mundial ainda irá permanecer com os Estados Unidos por um bom tempo, até que a China que é o país que irá ocupar esta importante posição de comando esteja realmente preparada para isso.
Claudio Raza
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O Bom senso e a sua Carreira
Publicado em
19/06/2010
às
09:00
O filósofo Ralph Waldo Emerson, certa vez escreveu que "o bom senso é tão raro quanto o gênio”.
O incrível é que quando algum erro acontece é muito comum o chefe se lamentar com a famosa expressão: - se "fulano" tivesse bom senso isso não teria acontecido!
O bom senso é tão raro quanto flores no deserto e, veja a ironia do destino, é no deserto do Chile em um lugar chamado La Serena, um dos raros lugares que tal fenômeno acontece.
Serenidade e bom senso são dois artigos raros de encontrar em um só profissional na atual selva corporativa.
Bom senso na carreira não é uma só uma questão de escolha entre o certo ou o errado, o ético o antiético. Bom senso tem a ver com a capacidade de perceber aquilo que realmente pode ajudar o seu cliente e a sua empresa.
É incrível, mas quando todos têm a mesma opinião é muito fácil falar que o colega agiu com bom senso. Já as opiniões contraditórias...
Perceber o seu cliente, o chefe ou ainda o colega de trabalho é uma questão de organizar e interpretar os dados emitidos é ter um interesse genuíno em resolver os problemas alheios, buscar informações com outras fontes, ser um agente de pesquisa, estar de olhos nos seus resultados e saber dizer em quê exatamente você pode ajudar.
Bom senso não é só fazer uso do óbvio, é se esforçar em compreender a visão do cliente interno ou externo, seus sentimentos e ansiedades, por mais que isso seja difícil, é preciso entender o ponto de vista do outro para aprimorar a sua opinião. É abrir mão de querer ganhar todas, de achar que tudo é uma grande competição, de ser o senhor da razão, é se fazer pequeno para se tornar grande.
Age com bom senso quem tem uma clara noção dos limites que pode alcançar, conhece as regras do jogo, usa dos meios corretos para promover as mudanças necessárias, tem entusiasmo pelas coisas certas e possíveis, acredita no ser humano como fonte de inovação.
Bom senso é saber usar a informação e o conhecimento que se tem da forma certa. Quem não tem uma receita prontinha de como levar uma vida saudável? Mas ainda assim a obesidade aumenta a cada ano, poucos fazem exercícios físicos regularmente ou fazem coisas simples como alimentar-se de forma correta. Saber e não fazer? Cadê o bom senso?
Mesmo quando sabemos como e por que fazer ainda assim o bom senso foge de nós, pelo simples fato de que o conceito de bom senso varia de um para o outro. Por isso é preciso não ter medo de interagir, se comunicar, de ouvir atentamente, de demonstrar interesse no próximo.
Já que comecei o artigo com uma citação de um filósofo, aproveito para fazer uso de outra frase, dessa vez do escritor e dramaturgo francês Pierre Marivaux que viveu entre os anos de 1688 e 1763 – "é preciso ter muito bom senso para sentir que não temos nenhum.”
Paulo Araujo
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Normas, pequenas empresas e notícias enganosas
Publicado em
18/06/2010
às
09:00
Informar enganosamente é ato que além de ferir a Ética é passível de enquadramento penal.
No presente momento, em relação à área contábil, estamos a viver um momento peculiar e notícias contraditórias criam um ambiente de insegurança, segundo estou podendo constatar pela volumosa informação que recebo.
Pelo mundo afora diversos relatos oficiais (como importante que acaba de nos Estados Unidos ser produzido) acusam duramente a falsidade de registros contábeis homologados por auditores transnacionais, inclusive amparados por “normas”.
A dura crise que assola muitos países foi respaldada por balanços falsos (não fossem dessa natureza e não teriam enganado tanta gente segundo denuncia relatório oficial entregue ao governo norte americano) amparados por “normas” que foram incompetentes para proteger os interesses sociais e econômicos de populações inteiras.
Tão questionáveis que em marchas e contra marchas o IASB que se apresenta como absoluto no assunto (embora não o seja) faz e desfaz regulamentações, como acabou de realizar em 11 de maio corrente quanto ao “Valor Justo” em Nota de sua imprensa na Internet.
Como se não bastassem os males referidos no momento procuram impor às empresas de menor dimensão o modelo denominado como “internacional”, esse que é alvo de tantas duras críticas e com tão funestos eventos dimanados da implantação do referido.
Carece, todavia, de respaldo legal a obrigatoriedade de implantar nas pequenas e médias empresas os padrões denominados “Internacionais de Contabilidade”.
Não existe, igualmente, obrigatoriedade legal de implantação desse padrão nas sociedades anônimas que não estejam com ações no mercado de capitais e que não possuam grande dimensão.
Tudo o que se tem veiculado sobre tal obrigatoriedade é informação enganosa posto que só a lei obrigue.
O padrão adotado por algumas entidades oficiais não tem qualquer força de lei.
Ademais, as sociedades menores, geralmente limitadas, não possuem obrigação de exibir suas escritas para serem fiscalizadas, a não ser pelos agentes fazendários ou por ordem judicial.
Portanto, ninguém pode fiscalizar (a não ser ao arrepio da lei) quem implanta as referidas normas e muito menos qualquer entidade pública possui poder para punir as empresas que não implantarem as referidas (não há nenhum dispositivo de lei que isso imponha às empresas de pequena e média dimensão).
Alegar que as tais normas são vantajosas para as empresas é outra questão a ponderar, pois, comprometem a realidade, além de abrirem portas a um subjetivismo que é absolutamente contrário ao interesse de uma gestão racional.
Acabei de produzir em livro o que isso bem esclarece: um já editado e lançado esta semana pela Juruá - NORMAS INTERNACIONAIS e FRAUDES EM CONTABILIDADE e outro que está no prelo: ANÁLISE CONTÁBIL GERENCIAL.
As duras críticas que mundialmente são feitas ao padrão do IASB, hoje em voga no Brasil sob forte pressão de interesses diversos de grupos, são egressas de autoridades de tal qualidade intelectual que não deixam dúvidas sobre os muitos defeitos das referidas normas.
Além da burocracia inútil que implantam, do vernáculo de deficiente forma e essência, contraditórias e erros em matéria científica as referidas geram custos inúteis para as pequenas e médias empresas, além de contrariarem a lei.
Sérios problemas poderão ter os que desobedecendo ao estabelecido no Código Civil Brasileiro (não revogado) adotarem as normas do IASB (entidade privada estrangeira).
A leitura do livro que acabo de editar e ao qual me referi fornece amplos argumentos ao profissional para que evite os aborrecimentos que poderá vir a ter em razão de aplicar as normas do IASB.
Às milhares de consultas que me são feitas, cumprindo minha responsabilidade ética profissional, respondo simplesmente aos colegas e universitários que “cumpram a lei”, no caso o Código Civil Brasileiro que regula a questão das escritas contábeis das sociedades de menor dimensão.
Como as notícias que têm sido difundidas quase sempre pelos mesmos veículos, sobre a implantação das normas nas pequenas e médias empresas, insinuando seja obrigatória a implantação, ao não citarem em que lei se basearam para isso afirmar, é fácil inferir que “não há mesmo uma só lei para citar”...
Antônio Lopes de Sá
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O Sexto Homem
Publicado em
17/06/2010
às
09:00
Leandro Barbosa, ou apenas Leandrinho, é um dos brasileiros a brilhar na liga norte-americana de basquetebol, a NBA. O armador foi eleito o melhor sexto jogador da temporada 2006/2007 e o segundo melhor na temporada 2007/2008. Eu disse “sexto jogador”. Isso significa que ele é um dos melhores reservas do mundo. Inicia os jogos no banco, sendo chamado a participar no decorrer das partidas quando entra e resolve: muitos pontos convertidos e ótimas assistências realizadas.
O arqueiro do São Paulo, Rogério Ceni, era apenas o terceiro goleiro do Sinop Futebol Clube nos idos de 1990. Durante o campeonato estadual, o goleiro titular e o primeiro reserva ficaram lesionados. Ceni assumiu a posição e já na partida inaugural defendeu um pênalti. Sua equipe sagrou-se campeã naquele ano e logo depois ele principiaria uma carreira vitoriosa em sua atual equipe.
Os dois exemplos relatados demonstram que não ser o primeiro pode ser uma condição apenas temporária. E a lição é perfeitamente aplicável ao mundo corporativo.
A maioria dos profissionais que inicia uma carreira almeja alcançar o topo da pirâmide com a maior velocidade possível. Subir na hierarquia, acumulando dinheiro, poder e realizações. Mas sendo este é o desejo de muitos é evidente que o funil de oportunidades é rigoroso. Poucos têm êxito. E mesmo os bem-sucedidos descobrem com rapidez que mais difícil do que chegar ao cume é permanecer por lá.
Se você está no banco de reservas, o que simbolicamente equivale a integrar o segundo ou terceiro escalão em sua empresa, aproveite o momento para preparar sua ascensão futura.
1. Aprenda. Enquanto subalterno, seguramente você está vinculado a atividades operacionais. Em lugar de reclamar desta condição, aproveite para aprender tudo sobre o seu trabalho –e sobre o trabalho dos outros. Lembre-se de que os fundamentos são essenciais. Não se pode calcular uma integral de uma função sem compreender as quatro operações matemáticas básicas.
2. Observe. Como você é pouco notado, pode transitar livremente pela companhia e compreender sua estrutura de poder. Pesquise e observe quem é quem, como funcionam as relações interpessoais. Olhos abertos e boca fechada. Não é por acaso que ascensoristas e office-boys são tão bem informados.
3. Melhore. Pratique o kaizen, ou seja, o aprimoramento contínuo. Exercite suas habilidades, eleve sua destreza no exercício das tarefas. Faça mais com menos. Gaste menos tempo executando para sobrar mais tempo para pensar e planejar. Assim você começará a se destacar.
4. Conheça. Procure estabelecer relações interpessoais verdadeiras. Neste estágio você será avaliado por seus pares pelo que você de fato é e não pela posição que ocupa. E poderá construir uma teia de amizades que lhe dará suporte quando estiver lá em cima. Seja solícito com todos, mas evite entrar em “panelas”!
5. Prepare-se. Se trabalhar com afinco, esteja certo: sua hora chegará. Por isso, aproveite o distanciamento que sua posição atual lhe confere para lapidar suas competências. Projete a “pessoa ideal”, aquela que vislumbra ser, e planeje sua escalada.
No decorrer deste processo, você poderá atirar no que viu e acertar no que não viu. Talvez opte por mudar de empresa. Talvez decida, por exemplo, redirecionar sua carreira para a forma consultiva ao invés de executiva. Alguns atletas descobrem que jamais serão craques, mas podem ser ótimos técnicos. Ou que podem ser apenas o sexto homem e ainda assim fazer toda a diferença.
Tom Coelho
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O time da sua empresa está pronto para vencer?
Publicado em
16/06/2010
às
09:00
É de conhecimento mundial, que o brasileiro dispõe de um fascínio inconfundível pelo futebol, gerado pela emoção de um país repleto de diversidade e por contar com talentosos ídolos que marcam e deixam registros na história. Mas o compromisso de fazer a rede balançar e contribuir para que o time da empresa ganhe mais um jogo, nem sempre é um consentimento comum. Há pessoas que torcem para a equipe levar gol contra! Há quem comemore quando a seleção da empresa perde uma negociação, ou quando, existem mais clientes realizando reclamações. Para que o time da sua empresa esteja pronto para vencer, observe os dois tópicos a seguir e analise a relação existente entre o esporte e seu ambiente profissional.
É preciso muito mais que suar a camisa - Na minha adolescência, quando jogava futebol, acreditava que transpirar a camiseta bastava. Corria de um lado para o outro do campo, com o objetivo de encontrar opções de jogada e ser a melhor alternativa de passe para meus colegas. Puro engano! Terminava o jogo esgotado fisicamente, sem conseguir marcar nenhum gol. Hoje, com maior maturidade, acredito que não basta apenas correr sem apresentar resultados eficazes. Ao direcionar esta minha experiência para o ambiente corporativo, quero refletir com você, que muitas vezes alguns profissionais querem somente correr, mas esquecem de planejar, estudar e identificar oportunidades reais no mercado de atuação. Na sua empresa, você conhece pessoas que somente correm de um lado para o outro e não apresentam resultados eficazes? Para fazer a rede balançar, será preciso avaliar as reais oportunidades e praticar três ações que considero essenciais. A primeira é a de vestir a camisa da empresa e mostrar que você acredita no seu time. A segunda ação consiste em transpirar essa camisa através do seu trabalho, indiferentemente do cargo de ocupação. E a terceira, requer o compromisso de defender seu time com gestos, atitudes, pontualidade, respeito e compromisso de fazer a diferença.
Sem atitude ninguém chega a lugar algum - Parece incrível, mas há pessoas que permanecem muito tempo, paradas no banco de reservas sem demonstrar atitude para agir. Entram em uma atmosfera de comodismo e não são capazes de perceber a velocidade da mudança e a necessidade de uma "mudança de velocidade". Profissionais que não buscam qualificação reclamam do que realizam e continuamente estão descontentes com qualquer oportunidade. Você conhece pessoas assim? Lembre que sem conhecimento não há inovação, sem qualificação não há evolução, sem aprendizagem não há desenvolvimento e, sem atitude, ninguém chega a lugar algum. Em alguns momentos da vida, você precisa acreditar que o jogo está no zero a zero. Aos 45 minutos do segundo tempo há um pênalti a favor do seu time e quem irá fazer a cobrança é você. Não há como cruzar os braços e passar a decisão para outro jogador. A atitude de acreditar que você consegue marcar o gol é sua. Não vá para o vestiário, sem antes, experimentar o gostinho mágico de uma merecida vitória.
Quando apresento palestras para atletas, enfatizo que a vida oferece duas opções. A primeira consiste em "perder" e a segunda em "vencer". Note, que ambas as palavras são formadas pela mesma quantidade de seis letras, entretanto, com resultados opostos. Se o time da sua empresa entrar em campo e "perder", a torcida ficará triste, decepcionada, irritada e talvez, não volte para o próximo jogo. Se o time da sua empresa "vencer", a torcida ficará feliz, emocionada, orgulhosa e com satisfação voltará para o próximo jogo. Sua equipe está em campo e como será sua atuação? Quando tempo ainda você deseja ficar parado no banco de reservas? Você deseja perder ou vencer? Agora, a decisão é sua: perder ou vencer.
Dalmir Sant’Anna
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Inovar é chutar a caixa!
Publicado em
15/06/2010
às
09:00
Quando o assunto é “Inovação” é comum escutar: “você tem de tirar a cabeça para fora da caixa”, ou pensar “fora da caixa”. Este pensamento não deixa de ser um limitador ao processo criativo, o que significa dizer que, em se tratando de inovação, o ideal é desconsiderar a existência de uma caixa - é chutar a caixa para longe!
Inovação deve ser entendida num contexto que vai muito além do esforço associado às iniciativas da área de Pesquisa & Desenvolvimento; tem de ser abrangente e envolver desde a estratégia empresarial e o modelo de gestão da empresa - processos, instrumentos de gestão, estruturas e a própria cultura organizacional – até a captura do valor proposto. Em outras palavras, a inovação deve gerar resultados mensuráveis, caso contrário não passará de uma boa idéia.
Inovar é estar atento a oportunidades diferenciadas onde quer que elas estejam e de onde quer que elas venham. Rápidas mudanças ocorrem no cenário competitivo e fazem com que as empresas se movimentem no mesmo ritmo em busca de novas práticas, capazes de levá-las ao sucesso nesse dinâmico ambiente. Elas são resultantes do acelerado avanço tecnológico que permite que sejam lançados novos produtos e serviços com grande agilidade, e de um mercado consumidor cada vez mais exigente, demandante de produtos “não massificados” e de alta qualidade, o qual tem cada vez mais o poder de influenciar nos preços.
Neste contexto, a inovação é o principal caminho para conduzir as organizações ao crescimento e para garantir a sustentabilidade do negócio ao longo dos anos. Uma pesquisa exploratória realizada entre 2007 e 2008 pela Turnpoint - atual Valuepoint – com executivos da alta gestão em grandes corporações no Brasil a respeito do valor da inovação, revelou que mais de 80% dos entrevistados a consideravam como uma importante questão estratégica para seus negócios. No entanto, essa mesma pesquisa revelou que, menos de 20% dos entrevistados afirmaram estarem satisfeitos com a forma como geriam a inovação e com os resultados obtidos a partir deste esforço.
Percebe-se então, que nem todas as empresas que declaram estabelecer a sua estratégia direcionada pela inovação, têm obtido êxito ou alcançado resultados surpreendentes, conforme planejaram. Dentre os principais obstáculos para a execução de sua estratégia, destacam-se: a resistência da organização à mudança, e por consequência, à inovação; a falta de um processo apropriado para gerir a implantação de inovações; e os instrumentos inadequados de gestão que bloqueiam o processo criativo, ou seja, questões mais relacionadas à gestão e a organização, em detrimento de questões técnicas relacionadas à pesquisa e desenvolvimento.
Assim, inovar não pode se resumir simplesmente a realização de eventos isolados, tais como, “reuniões animadas e lúdicas”, mas sim, ser encarada como um processo amplo e estruturado capaz de capturar valor de forma contínua, suportado por um modelo de gestão que favoreça o desenvolvimento de uma organização orientada à inovação. Em outras palavras, é transformar a organização em um ambiente onde os gestores sejam capazes de promover a inovação em todas as dimensões da empresa e assim, alavancar a competência e a criatividade de todos colaboradores de modo a capturar vantagens competitivas de forma sustentável para a organização como um todo.
Por Francisco Higa
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O ICMS na Entrada do Estado
Publicado em
14/06/2010
às
09:00
A divulgação recente da decisão do STJ no sentido da legalidade da cobrança antecipada de ICMS relativo à diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas aquisições de mercadorias de outros Estados fomenta uma discussão que se tem travado desde que, a exemplo do que se fazia há muito pelo país afora, passou-se aqui a impor tal exação.
Uma análise pertinente dessa questão parece ser a da comparação da fundamentação jurídica dos posicionamentos contrários e a favor da legalidade da cobrança. Nesse sentido, refere-se os argumentos contrários que vão desde a falta de previsão em Lei Complementar até a impossibilidade total pela inexistência de fato gerador. Em outro extremo, a fundamentação da mencionada decisão, que se desvincula da existência de prévio fato gerador na medida em que se está simplesmente a cobrar uma antecipação do imposto de evento que ocorrerá futuramente.
Ao nos colocarmos na posição do julgador que, para dizer o direito no caso concreto, necessita interpretar a norma para optar por uma ou outra posição, perceberemos, em relação a tal fato, a dificuldade em assumir a contrariedade à cobrança em razão de não podermos desconhecer o contexto em que inserida a norma. Ater-se à mera literalidade do texto legal é desconhecer a necessidade de se ler as regras também sob outros prismas, tais como o histórico, o finalístico, o sistemático e, principalmente, o lógico. E aqui parece residir o cerne dessa discussão. Em um sistema normativo que prevê a existência de contribuintes com tributação sobre o faturamento ou mesmo isentos de imposições, onde não seja permitido o aproveitamento de crédito relativo ao imposto pago nas etapas anteriores, não é possível se imaginar que não se possa impor regramento que equalize a tributação entre as aquisições de dentro e de fora de um mesmo Estado. Impedir que se cobre a diferença entre a alíquota interna, mais elevada, e a alíquota interestadual, mais baixa, é o mesmo que se dizer, para exemplificar, a um contribuinte optante pelo Simples Nacional, que é melhor adquirir suas mercadorias de um outro Estado do que de empresa gaúcha.
Dentro da lógica com que devemos ler todas as normas, temos de usar tal critério começando por nossa Lei Máxima. Assim, se a Constituição Federal nos impede, em seu art. 152, de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços em razão de sua procedência, como imaginar um sistema que discrimine as compras internas em favor das compras interestaduais?
Restringir-se, no caso em análise, a uma mera avaliação gramatical do que está escrito ou do que não está é deixar muito pobre o rico Direito pátrio. É dissociá-lo da realidade. É retirar-lhe a função precípua de disciplinar as relações sociais. É desconhecer que se a literalidade conduz a uma interpretação afastada da lógica é porque não se está depreendendo o seu real sentido. Do contrário, rasgue-se a norma, pois de nada serve, pois nada diz.
Leonardo Gaffrée Dias
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"Aqui, só melhores do que eu"
Publicado em
13/06/2010
às
09:00
Uma das principais razões do sucesso dos líderes é que eles contratam e chamam para trabalhar somente pessoas melhores que eles próprios. Não têm medo de pessoas competentes. Não vêem, em seu subordinados, um concorrente, mas um aliado que os ajudará a levar a empresa adiante e sempre para o sucesso.
A ilusão de contratar pessoas medíocres que serão sempre subservientes, submissas, obedientes, etc. faz com que muitas empresas experimentem o fracasso. O "chefe" (sempre todo poderoso) tem a falsa impressão de ser um líder autêntico. Mas de que adianta liderar um grupo com baixo desempenho? Qual o valor de ser um líder de pessoas pouco competentes, pouco comprometidas, pouco eficientes?
O verdadeiro líder é apoiado e suportado por um grupo de pessoas competentes e comprometidas. O verdadeiro líder faz questão de ter em seu grupo sempre pessoas melhores que ele próprio. Uma vez conheci um empresário de grande sucesso que me disse: "- Aqui, só melhores que eu !" E, analisando a razão do seu sucesso, todos concordavam que ela estava na qualidade da equipe que ele conseguira reunir sob sua liderança – um melhor que o outro!
Assim, você que está numa posição de liderança, perca totalmente o medo de contratar pessoas melhores que você. Com autoconfiança e espírito aberto, você será capaz de reunir pessoas que farão a diferença para você e sua empresa. Essas pessoas reconhecerão a sua liderança, apoiarão você e todos sairão ganhando.
Pense nisso. Contrate só os melhores! Melhores que você!
Sucesso!
Luiz Marins
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Entusiasmo e Otimismo
Publicado em
12/06/2010
às
09:00
Qual a diferença. O Otimista acredita que vai dar certo. Ele torce. O Entusiasta acredita na sua capacidade de realizar, de transformar, de fazer dar certo. Esta é a diferença. As duas habilidades juntas se completam.
Para ficar mais claro. O torcedor, em um jogo de futebol, torce, grita, esbraveja, levanta, dá incentivo verbal e com gestos. Ele acredita que seu time vai ganhar. Este mesmo torcedor, quando em campo, jogando por seu time, além de acreditar que vai ganhar, tem a oportunidade de acreditar em sua capacidade, em seu treino realizado, em sua habilidade de movimentação, articulação, visão e pode ainda usar seu tanque reserva para dar uma corrida espetacular e fazer muita diferença pra seu time, marcando um gol.
A pergunta óbvia que cabe aqui é se você é só otimista? Ou se você é otimista e também entusiasta? A resposta também deveria ser óbvia. Seja otimista e entusiasta. Torça por você, acredite em você. Levante você mais cedo e faz acontecer.Nao negligencie sua vontade. O poder está com você.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Inovação gaúcha e a receptividade freada
Publicado em
11/06/2010
às
09:00
Quem ainda não visitou o site Procel Info da Eletrobrás e gosta de ler sobre eficiência energética, informo que ali estão resumidas centenas de notícias sobre ações de combate ao desperdício de energia que estão ocorrendo pelo mundo, muitas entidades e governos investindo pesado em prol da sustentabilidade do planeta. Um espetáculo da vontade humana.
Retornem agora ao nosso chão e tenham paciência (...). Embora existindo avanços, nós, empreendedores, conhecemos as trilhas de como as coisas funcionam por aqui.
Há seis anos produzo um conector elétrico que evita fuga de energia. Tenho recebido inúmeros elogios e relatos de pessoas que tiveram suas contas de luz reduzidas. Tudo fundamentado na Física. O produto conquistou o Certificado de Conformidade nº 0001, homologação com base em norma internacional de eficiência energética.
Com o certificado em mãos, visitamos lojas de material elétrico, construtoras e concessionárias de energia. As visitas às concessionárias são importantes porque elas têm que investir 0,5% de sua receita operacional líquida em produtos e ações que visam combater o desperdício de energia. “Assim está escrito em regulamento da ANEEL”. Sinto que o freio está puxado nessas empresas quando se fala em aplicar recursos em inovações. Seus projetos, de milhões de reais, contemplam com boa parte desse volume financeiro, lâmpadas econômicas produzidas na China para serem doadas às comunidades de baixa renda. Reconheço a eficiência do produto e o alcance social dos projetos, mas onde está a aplicação de uma parcela desse dinheiro na pesquisa, no desenvolvimento ou na aquisição de inovações brasileiras? Geladeiras que consomem menos energia representam uma solução, mas não a única. Qual indústria gaúcha recebeu pedido de compra dessas concessionárias?
Espero que algum candidato do RS leia este artigo para, no mínimo, se eleito, questionar junto às concessionárias locais sobre a aplicação dessas verbas em inovações produzidas aqui, em solo rio-grandense.
João Carlos Sehn
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Persistência Objetiva
Publicado em
10/06/2010
às
09:00
Perseverança, insistência, constância, fixidez, obstinação, determinação, força, apego, revelia, obstinação, firmeza, prosseguimento, permanência, teimosia e até avareza são algumas das palavras relacionadas à atitude de persistir.
Mas longe de ser um artigo daqueles românticos que dizem que basta persistir para chegar ao topo o que proponho neste texto é um método que o ajude a atingir seus objetivos.
Todos concordam que persistência é uma qualidade imprescindível para quem quer vencer na vida. O que seria do presidente Lula, de Barack Obama, Felipe Massa, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, grandes personagens da história ou desconhecidos que venceram na vida sem a famosa persistência? Note o que tem em comum esses felizes ?teimosos?:
Plano de ação. Coloque no papel e defina o roteiro que pode te levar a conquistar o seu pote de ouro. O primeiro passo é descobrir o que realmente é sucesso para você. Sucesso é ter dinheiro e tempo livre para fazer o que se gosta? Ter poder político para mudar estruturas? Cada um tem o seu conceito de sucesso. Reflita e defina o seu!
Foco e melhorias contínuas. Definido o que se quer agora é hora de ter muita disciplina para manter o rumo e a coragem para mudar o que não está dando certo. O plano de ação é para ser mudado, melhorado e refinado. Não saia do foco enquanto você tiver convicção de que esse é o seu caminho e procure sempre a melhor estrada para chegar ao seu destino final, mesmo que precise pagar um pedágio de vez em quando.
Aprenda com os erros. Costumo dizer que um erro só é um erro quando cometemos pela segunda vez a mesma tolice. A primeira vez é aprendizado, é tentativa e não fique se lamentando por algo que não deu certo. Os persistentes aprendem com os erros e tiram lições valiosas que aperfeiçoam os seus métodos de vida e trabalho.
Defina prazo e itens de controle. Teimosia tem tudo a ver com persistência, mas não se iluda e confie nos dados e fatos que suas ações geram. Defina um prazo para ter determinados resultados e não só um prazo final. Muitas vezes a velocidade com que as coisas acontecem não é a desejada. Isso gera ansiedade, estresse, decepção e por isso é importante ter bem definido o que chamo de ?itens de controle da vida?. Até que ponto vale a pena persistir? Qual é o meu estágio de vida? A minha carreira está no rumo e no tempo certo? Evite comparações com outras pessoas e compare os seus períodos de vida. Ex: Estou melhor e mais realizado hoje do que há três anos atrás? Os prazos e os critérios de medição são quem ajudarão a descobrir a diferença entre ser teimoso ou persistente.
Não tenha medo de recomeçar ou mudar. Está atingindo suas metas? Parabéns! Agora procure dar novos saltos e não tenha medo das alturas. Está sentindo que o caminho não é por aí, então... recomece. Não fique preso a preconceitos como os de idade, estilo de vida ou opiniões alheias. Ouça somente as pessoas em que você confia, admira e não fique desmotivado devido a comentários alheios. O mundo está cheio de gente maldosa que só vive reclamando e pesquisando como tudo pode dar errado. A estatística sempre está a favor de quem desiste rápido, afinal quem nunca ouviu falar que 90% das empresas morrem com menos de cinco anos de idade, que depois dos quarenta anos é quase impossível recomeçar a carreira. Será? Estatística ajuda, porém não ganha jogo e como diz o jargão futebolístico: Tabus existem para serem quebrados!
Descansar é preciso. Corpo e mente descansados são fundamentais para ir adiante e a pleno vapor. Não abra mão das suas férias e procure ter uma rotina de descanso e exercícios para manter corpo e mente sãos. Persistir não significa fazer tudo ao mesmo tempo ou o mais rápido possível. A palavra persistência rima com inteligência e acredito que isso não é toa.
Seja persistente de forma objetiva e com um método definido. Faça aquilo em que acredita, não abra mão dos seus valores e seja um obstinado na conquista da sua felicidade.
Paulo Araújo
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Síndrome de Deus
Publicado em
09/06/2010
às
09:00
Tom Coelho.
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O "Velho" Bela vista
Publicado em
08/06/2010
às
09:00
Bairro moderno e “chique”, como se dizia antigamente, da “nossa” Porto – e sempre –Alegre.
Bairro organizado.
Bairro interessante para se residir.
Bairro onde muitos porto alegrenses desejam adquirir seu imóvel.
Hoje, inclusive, um bairro completo. Servido por um bom transporte público. Todos os serviços estão de acordo com as necessidades da população e com excelente qualidade. Lojas com uma arquitetura atraente, supermercados, postos de abastecimento, restaurantes, inclusive com gastronomia internacional. Trânsito já apresentando “aquele” congestionamento nas principais artérias e em quase todas as horas do dia. Um bairro normal!
Praças importantes onde nos finais de semana se tornam “point” de relacionamentos.
Centros comerciais movimentadíssimos. Muitas academias de ginástica.
Resido na Lucas de Oliveira a mais de vinte anos.
Sempre foi uma rua muito movimentada, pois ela atravessa vários bairros, mas possui a “lomba”, onde muitos “ficam”, perturbando o trânsito e por diversas vezes até causando acidentes. Local de aprendizado dos alunos de “auto-escola”, em função do “plano-inclinado”. “Eles necessitam dessa experiência...”
Quando cheguei, esta rua, ao menos no meu trecho (entre Protásio Alves e Casemiro de
Abreu), era totalmente residencial.
Hoje já possui loja de automóveis, restaurante, empresas de engenharia, ferragem, ótimo mini mercado e agora, prestem atenção, surgiu uma “usina de espetinho”.
Todos estão satisfeitos, não só com a qualidade das iguarias apresentadas, mas também com o movimento de pessoas, principalmente à noite, pois com isso melhorou enormemente o tráfego de pessoas e diminuiu os assaltos que ali existiam.
Com a nova iluminação e o novo negócio gastronômico, A Lucas ficou menos perigosa e com mais um local para se saborear petiscos.
É o Bela Vista se modificando e para melhor.
São os novos tempos.
Juntando a área residencial com a comercial.
O que não é diminuído são as grades. De todas as cores e de acordo com a arquitetura dos prédios. Sempre elas. As grades!
É a Porto Alegre das grades.
É a Porto Alegre da insegurança urbana.
Mas é a Porto Alegre, sempre alegre, e mais moderna...
David Iasnogrodski
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O consumidor e as empresas de vigilância.
Publicado em
07/06/2010
às
09:00
De uns tempos para cá, por razões de segurança, condomínios e residências estão preferindo contratar empresas de vigilância ao invés de contratar de funcionários. Muito embora essa mudança invariavelmente implique em custos mais elevados, a eficiência do serviço acaba compensando.
Mesmo quando o funcionário fica doente ou entra em férias, o serviço está preservado, porque a empresa promove a substituição. Se o funcionário indicado pela empresa é ruim, basta solicitar para que seja promovida a troca.
Nos últimos dias temos visto assaltos a condomínios que contrataram essas empresas de vigilância. Muito embora a segurança pública seja um dever do Estado, a contratação de empresas privadas de vigilância, em caso de roubos, acarreta para elas certas responsabilidades.
É inconcebível que assaltantes passem por todo o aparato de vigilância de um condomínio sem serem notados, notadamente quando esse condomínio conta com câmeras, cercas elétricas e inúmeros seguranças. A expectativa dos consumidores que contratam uma empresa de vigilância é de um serviço de qualidade, que fiscalize a entrada e a saída de pessoas e que reduza ao mínimo o risco de roubos.
Logo ao ser contratada, a empresa de vigilância deve promover todas as adaptações no local da prestação do serviço para dotá-lo de eficiência, eliminando os pontos vulneráveis e também orientando os moradores para prevenir incidentes.
Quando o serviço prestado pela empresa de vigilância não é eficiente a ponto de prevenir roubos deve haver a sua responsabilização, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, pelo fato do serviço.
Um roubo que acontece durante a prestação de serviço por empresa de vigilância configura defeito na prestação de serviço, já que o consumidor contrata tal empresa justamente para que esses dissabores decorrentes do descumprimento do dever de vigilância do Estado não ocorram.
A responsabilidade nesses casos é objetiva, ou seja, decorre simplesmente do roubo, cabendo à empresa contratada indenizar os moradores lesados no seu patrimônio em todos os prejuízos que tiveram.
Se o evento aconteceu em virtude da colaboração ou da desídia de funcionários da empresa contratada, a responsabilidade será ainda maior, já que esta responde pela conduta de seus funcionários.
Quem contrata empresa de vigilância espera ter paz, ressalvados os casos em que os bandidos ingressam no local acompanhados de moradores, entendemos que as empresas de vigilância particular devem indenizar todos os danos causados pelos roubos aos consumidores.
Arthur Rollo
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A Liderança Pelo Exemplo
Publicado em
06/06/2010
às
10:00
Não se iluda. Numa empresa, nada ocorre de baixo para cima. Ou os dirigentes dão o exemplo ou nada ou pouco ocorrerá. Não adianta falar. Não adianta fazer discursos. Não adianta colocar faixas. Não adianta pregar quadrinhos nas paredes com frases de efeito e exortações para a qualidade, para o atendimento ao cliente, para a cortesia, para a prestação de serviços. Se os dirigentes não tiverem um genuíno comportamento e atitudes "exemplares" tudo ficará no discurso, na intenção e pouco ocorrerá de concreto, de efetivo dentro da empresa no dia-a-dia. Essa é a verdade, nua e crua.
Temos feito várias pesquisas de antropologia corporativa e os resultados são surpreendentes. Se você chega num hotel e é friamente ou rispidamente atendido na recepção, pode ter certeza, o gerente do hotel trata as pessoas e seus funcionários, fria e rispidamente. Se você é tratado com descortesia no estacionamento de um supermercado, pode ter certeza de que o gerente desse supermercado trata as pessoas com descortesia. Se você é tratado secamente pelas enfermeiras e atendentes num hospital, pode ter certeza – a direção do hospital trata a todos da mesma maneira. Se você numa empresa tem dificuldades em ser atendido com uma reclamação ou pedido, pode ter certeza – a diretoria e as gerências têm uma atitude negativa em relação a pedidos de clientes. E assim por diante. Se um garçon atende você mal num restaurante, pode ter certeza de que o dono ou gerente do restaurante trata mal os seus funcionários. Os funcionários de uma empresa repetem as atitudes e comportamentos de suas chefias. Acredite!
Assim é através do exemplo e das pequenas atitudes e comportamentos que emitimos no dia-a-dia que passamos a visão e os valores de nossa empresa aos nosso funcionários. Não adiantam campanhas, faixas, cartazes, panfletos se não houver o exemplo da liderança, principalmente nas pequenas coisas.
Tenho visto empresas que gastam tempo e recursos em campanhas institucionais de qualidade, por exemplo. São dezenas de peças – folhetos, faixas, livretos, pôsteres e até palestras falando e disseminando o conceito e a importância da qualidade. Na prática, pouca eficácia têm essas campanhas. Por quê? Porque a liderança da empresa não está "de fato" comprometida com a qualidade. E isso é demonstrado a cada momento, a cada comportamento, a cada decisão da diretoria. Na hora de escolher os fornecedores de matéria prima, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de comprar equipamentos, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de escolher a embalagem, escolhe-se a mais barata e não a que melhor protegerá o produto. Na hora de escolher os operadores de logística, escolhe-se os mais precários porque mais baratos. E a qualidade?
A qualidade fica no "discurso".
Da mesma forma, vejo os famosos programas de "Encantamento do Cliente". Na maioria das empresas são verdadeiras peças de ficção. Novamente uma campanha é lançada com pompa e circunstância, discursos e coquetéis. Mas na prática, os comportamentos emitidos pelos dirigentes vão em direção totalmente oposta ao tal "encantamento dos clientes".
Na prática os clientes são considerados impertinentes quando solicitam alguma atenção especial. Na prática são mal atendidos pela diretoria. Na prática, os dirigentes são inacessíveis aos clientes. Na prática tudo o que puder ser "tirado" do cliente e não "dado" ao cliente é a regra do dia-a-dia.
E o "encantamento do cliente" fica, novamente, no discurso.
Enquanto os dirigentes e "líderes" não tiverem consciência de que se não derem o exemplo de atendimento, qualidade, comprometimento, atenção aos detalhes, follow up, educação, cortesia, limpeza, respeito, etc., nada disso ocorrerá na empresa, estaremos vivendo a mentira dos quadrinhos e das faixas de exortação. Continuaremos ouvindo a telefonista repetir, com aquela voz mecânica que nossa ligação é a coisa mais importante para a empresa e continuaremos a receber o tratamento frio, descortês, descomprometido e sem os resultados que esperamos, como clientes.
Luiz Marins.
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Atendimento ineficaz pode levar a sua empresa para o final da fila
Publicado em
05/06/2010
às
09:00
Houve um período na história comercial, onde para ser um bom vendedor bastava contar com boa lábia para empurrar a mercadoria ao cliente e, muitas vezes, ludibriar para obter uma venda momentânea, passando a acreditar ser o primeiro da fila na preferência do consumidor. Naquela época era muito tranqüilo destinar a culpa por um equívoco cometido para a empresa, do que propriamente assumir a falha, pois não havia necessidade de demonstrar preocupação com um atendimento diferenciado, com a satisfação do cliente e principalmente, com a fidelidade e fortalecimento da marca.
O vendedor se sentia poderoso ao extremo e sua posição como o primeiro da fila, permitia não investir na sua própria capacitação. No período contemporâneo, o profissional de vendas necessita de um perfil diferenciado para ser competitivo e permanecer no primeiro lugar da fila, apresentando um atendimento eficaz, dinâmico, com autenticidade e transparência. O consumidor constrói uma fila imaginária em sua mente de fornecedores e locais de compra, posicionando por ordem de preferência, ou seja, ocupa o primeiro lugar a empresa a qual o cliente tem maior satisfação. Desta maneira, fique atento aos dois fatores abaixo e perceba que um atendimento ineficaz pode levar sua empresa para o final da fila.
Atendimento é um elo de aproximação entre a empresa e o cliente - Recentemente estava em uma loja aguardando para ser atendido e observando o trabalho dos vendedores. Após alguns momentos, uma vendedora chamou minha atenção pela ausência de interesse e pela falta de comprometimento, ao falar para o cliente: "Este produto eu acho que não tem no estoque, mas na loja X (citando o nome do concorrente), você vai encontrar com absoluta certeza". E para finalizar o horrível atendimento, completou dizendo: "Fora isto, você não quer mais nada, não?". Mesmo considerando toda a tecnologia utilizada atualmente nos processos produtivos de bens e serviços, uma ação que está presente desde os primórdios das relações comerciais é o atendimento. Realizado por telefone, pela internet ou pessoalmente, qualquer negociação, independente da sua natureza, abrange no atendimento um elo de aproximação entre a empresa e o cliente, exigindo empatia, profissionalismo, comprometimento, seriedade, entusiasmo e satisfação em bem servir. Normalmente, a cordialidade como os colaboradores abordam os clientes espelha como são tratados na empresa, desta maneira, a qualidade do atendimento de uma empresa com seus clientes pode se constituir na principal vantagem competitiva para os diversos setores comerciais ou empresariais.
A cooperação para o fortalecimento de um atendimento diferenciando - A figura do "vendedor lobo solitário" ou do "vendedor superstar" vem diminuindo em muitas organizações, essencialmente quando o foco está em fortalecer o relacionamento com os clientes para agregar valor aos negócios por um longo período. Profissionais que acreditam que o individualismo eleva seu volume de vendas estão enganados, pois a cooperação é essencial em todos os setores da empresa quando o objetivo é gerar um atendimento diferenciado. Vendedores do tipo "superstar" adotam uma postura egocêntrica, de estrelismo e arrogância, e em muitas ocasiões, optam em falar continuamente de forma negativa dos produtos da concorrência, e indiretamente, exaltam os benefícios do concorrente. Há empresas que são colocadas no final da fila, pelo fato dos seus próprios vendedores não conhecerem as diretrizes da empresa (missão, visão, valores, campanhas), ou ainda, sendo surpreendidos com uma nova campanha publicitária veiculada pelo rádio ou pela televisão, quando no entanto, deveria ser vendedor o primeiro a receber a informação.
Acredito que quando uma empresa promete entregar uma mercadoria em uma data, anteriormente acordada, e por algum motivo isto não ocorre, a empresa passa imediatamente para o final da fila, pois o cliente acaba divulgando o nome da empresa de maneira negativa para sua rede de relacionamentos. Um hotel que não é capaz de surpreender o cliente com algum diferencial e acaba lamentavelmente deixando de oferecer cortesia, tranqüilidade e conforto, acaba sendo a última opção de hospedagem. Quando você entra em uma loja e, recebe um atendimento ineficaz ou incoerente com as suas expectativas, acaba direcionando este estabelecimento comercial para o final da fila, ou seja, acaba buscando outras alternativas de compra e de consumo. Observe que você como consumidor, inúmeras vezes é envolvido às boas iniciativas e a um atendimento prestativo, gerado através de conhecimento do produto, cortesia, educação, profissionalismo e empatia. Agora, pare, pense e responda: Se o seu cliente montar uma relação de fornecedores, em que local da fila você estará?
Dalmir Sant’Anna
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Metas, Realizações e Resultados
Publicado em
04/06/2010
às
09:00
Uma meta, qualquer que seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis: especificidade, mensurabilidade, exequibilidade, relevância e temporalidade.
No mundo empresarial as coisas nem sempre funcionam assim. Observamos o reinado do “autoengano”. Metas são estabelecidas para justificar investimentos, agradar acionistas. Objetivos são fixados com base em expectativas irreais, prevendo crescimento da ordem de dois dígitos independentemente de incertezas políticas e econômicas. Poderiam até ser alcançáveis dentro de um espaço de tempo adequado.
Contudo, como não se pretende mexer nas variáveis tempo e exequibilidade, alteram-se as variáveis mensurabilidade (daí os balanços maquiados, ou melhor, a “contabilidade criativa”) e relevância (daí qualquer meio ser justificável, inclusive rasgar a Carta de Valores, praticar downsizing a qualquer custo, desviar o foco do negócio, promover fusões e joint ventures desprovidas de fundamentação).
Por isso, estabeleça e mantenha o foco. Várias flechas não garantem o acerto do alvo, e vários alvos confundem o arqueiro. Esteja preparado para os tombos –um obstáculo é só uma das etapas do seu plano. Use a vaidade e o dinheiro como bons estímulos, mas jamais como objetivos. Redija suas metas de forma nítida, cuidando para que elas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Dê-lhes todo seu esforço e imaginação.
Finalmente, lembrando Richard Carlson, “Pense no que você tem, em vez do que gostaria de ter. A felicidade não pode ser atingida quando estamos o tempo todo desejando novas metas. Quando você focaliza não o que se deseja, mas o que tem, termina obtendo mais do que gostaria”.
Tom Coelho
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Pequenas e médias empresas e o risco de adotarem as normas de contabilidade
Publicado em
03/06/2010
às
09:00
Os empresários e os profissionais não estão obrigados a seguir as nominadas normas internacionais (IRFS) nas pequenas e médias empresas e se as aplicarem ambos correrão riscos.
Poderão ter sérios problemas empresas de menor dimensão que aplicarem o denominado “Valor Justo”, tal como definido pelos referidos procedimentos, assim como os conceitos neles contidos, frutos de mera tradução dos ditames do IASB - International Accounting Standards Board. Tal risco existirá inclusive nas grandes organizações, com o em vários outros artigos tenho feito referências.
Em diversos aspectos, notadamente os de avaliação, as normas levam a situações ilegais se forem seguidas.
As empresas pequenas e de médio porte devem seguir ao que determina o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02), até que uma lei possa vir a modificá-lo.
Ninguém pode obrigar o profissional da Contabilidade a seguir as IRFS a não ser a Lei.
Mesmo se um dia for o Contador compelido a aplicação das normas, dever ético do profissional é declarar sobre a verdade do que com a sua percepção, inteligência e cultura encontrar no que tange à realidade objetiva.
Seguissem as normas aos ditames da ciência, aos preceitos legais, nada contra elas poder-se-ia objetar, todavia, isso não ocorre, pois, além das transgressões notórias que existem elas ensejam o subjetivismo, esse que permite deformar a verdade, lesando a sinceridade obrigada pelo artigo 1.188 do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02).
Discordo do que se tem difundido, pois, sobre a obrigatoriedade ou vantagem de se adotar esse padrão importado de instituição particular sediada na Inglaterra (IASB).
Apregoar vantagens sem mostrar quais, dizer sobre a obrigatoriedade sem citar a lei que a isso compele, carece de qualidade intelectual e ética.
A desobediência ao Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02), especificamente aos artigos sobre a escrituração (artigo 1.179 e seguintes), assim como àqueles de natureza tributária implicará problemas que tanto atingirão ao empresário quanto ao profissional da Contabilidade.
Às perguntas que em quantidade têm-me feito colegas e empresários sobre a adoção das IRFS respondo sempre que sigam a lei o que implica não adotar as normas nominadas como internacionais.
Às indagações sobre as consequências de não adoção das referidas normas (IRFS) respondo aos inquiridores que nenhuma sanção poderá advir posto que não haja lei que a estabeleça.
No que tange a vantagens administrativas que possam advir em seguir as mencionadas normas estrangeiras simplesmente alego que uma coisa é adotar padrões para o mercado de capitais e outra para os interesses gerenciais ou internos das empresas.
Fato é que estamos a viver um momento onde a realidade precisa prevalecer, sob pena de lançar-se nosso País na mesma falácia técnica que conduziu à grande crise mundial, em razão dos calotes aplicados e que as ditas normas não tiveram capacidade para denunciar evitando que o desastre ocorresse.
Esclareço ainda, aos solicitantes de minhas opiniões que não sou um opositor ao estabelecimento de normas. Apenas discordo das eivadas de má qualidade, da imposição monocrática, dos critérios de implantação que sonegam a capacidade de raciocínio à comunidade submetendo a coletividade a um grupo de interesses econômicos, como se todos os profissionais fossem incompetentes e só um núcleo pequeno reunisse os gênios da Contabilidade mundial, mesmo sem que isso se tivesse comprovado como realidade.
Antônio Lopes de Sá.
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A Valorização do curso de Ciências Contábeis
Publicado em
02/06/2010
às
09:00
O Curso de Ciências Contábeis têm atraído o interesse cada vez maior de jovens interessados numa profissão dinâmica e completamente adaptada às mais recentes exigências do Mundo dos Negócios.
A Ciência Contábil caracteriza-se como uma área de conhecimento que utiliza metodologia própria para atender demandas das empresas na produção e divulgação de informações que facilitem a tomada de decisões por parte de gestores, empresários, investidores, acionistas, fornecedores, clientes, governos, instituições financeiras, empregados, concorrentes e comunidade.
A Contabilidade permite às empresas obter informações sobre a sua situação econômica, financeira e patrimonial por meio de demonstrações contábeis que seguem rígidos padrões técnicos e legais na sua elaboração e apresentação.
Desta forma, visualiza-se no universo da Contabilidade uma necessidade constante de profissionais preparados e qualificados para o atendimento das exigências técnicas, legais e mercadológicas que afetam o ambiente econômico Mundial.
O objetivo do Curso de Ciências Contábeis é o de preparar e oferecer ao mercado esse profissional com perfil técnico, dinâmico, ético e adaptável às mudanças constantes do ambiente dos negócios.
No momento atual a Contabilidade passa por profundas transformações em virtude do processo de convergência do padrão brasileiro aos padrões internacionais de contabilidade, o que tem motivado uma grande procura por Contadores para atuar em diversos segmentos da Profissão Contábil: Auditoria Independente, Auditoria Interna, Contabilidade Internacional, Consultoria Tributária, Gestão Financeira, Análise de Riscos, Relações com Investidores, Controladoria, Contabilidade Governamental, Perícia Contábil, Governança Corporativa, Contabilidade Ambiental, Análise de Custos, etc.
Nesse processo de formação profissional o potencial humano não pode ser deixando em segundo plano. Por esse motivo, a matriz curricular do Curso de Ciências Contábeis procura contemplar disciplinas e conteúdos que dêem aos alunos condições de desenvolverem suas habilidades sociais e políticas que lhes permitam assumir posições de liderança no mercado de trabalho e na sociedade. Habilidades de comunicação, cidadania corporativa, inteligência emocional, educação ambiental postura e ética profissional são competências constantemente estimuladas na formação acadêmica dos alunos de Ciências Contábeis e extremamente valorizadas no perfil do profissional moderno.
A profissão Contábil, por sua vez, evolui para um processo de valorização profissional sem precedentes, fruto das mudanças recentes na legislação contábil/societária, da criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e do processo de convergência aos padrões contábeis internacionais.
Ana Tércia Lopes Rodrigues - Contadora, mestre em Administração e Negócios, professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Ufrgs e conselheira do CFC.
Ana Tércia Lopes Rodrigues - Contadora, mestre em Administração e Negócios, professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Ufrgs e conselheira do CFC
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Noite
Publicado em
01/06/2010
às
09:00
Noites claras.
Noites frias.
Noites escuras.
Noites movimentadas.
Noites sem nenhum movimento...
Altas horas da noite.
Início da noite.
Tudo nas noites.
Quisera eu ser um poeta para escrever e descrever a respeito da palavra noite.
Lá vou eu caminhando.
Lá vou eu cantando.
Lá vou eu assobiando.
Lá vou eu chorando.
Lá vou eu na noite...
Prestando atenção nos semáforos.
Prestando atenção nos semáforos verdes.
Prestando atenção nos semáforos vermelhos.
Prestando atenção em tudo, pois nas noites “todo gato é pardo’ (diz o velho e sábio ditado)”.
Noite - lugar dos boêmios.
Noite - lugar dos artistas.
Noite - lugar da felicidade.
Noite - lugar da infelicidade.
Noite - lugar dos músicos, poetas e também dos escritores.
Paro a pensar: noite, momento dos medos. Ah! Os medos...
Momento do vandalismo – escondem-se nas noites...
Momento dos pichadores – fazem seu “trabalho” nesta hora do dia...
Momento das reflexões.
Momento das angústias.
Momento das conversas ao pé do ouvido...
Momento do amor.
Tudo nas noites.
Noites mal dormidas.
Noites bem dormidas.
Tudo nas noites claras, frias, escuras e longas.
Noites chuvosas, estreladas. Com lua cheia ou sem lua...
Noites dos passeios noturnos.
Noites dos problemas e a tentativa das soluções...
Noite dos pensamentos junto aos travesseiros.
Noites dos assaltos – relâmpagos ou não...
Noites das violências: domésticas ou urbanas.
Noites das poesias.
Noites dos bailes.
Noite!
Quanto mais tarde, mais medo.
Quanto mais tarde, maior é o silêncio.
Quanto mais tarde, menor é o movimento dos transeuntes.
Noite dos “pega” automobilísticos. Tudo contra a lei, mas é a lei da ilegalidade que aumenta a adrenalina.
Tudo nas noites.
Frias ou quentes.
Claras ou escuras.
As noites não são monótonas, ao contrário, muito movimentadas...
Tudo depende das observações.
Tudo depende dos indivíduos. Esse é o motivo de eu apreciar em demasia os poetas. Eles é que fazem das noites as grandes e entusiasmadas poesias.
Noite!
Não importa o local.
Não importa o tempo. Tempos de hoje. Tempos de ontem.
Sempre noite!
David Iasnogrodski
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Fidelidade partidária e ficha suja, excrescências da ditadura
Publicado em
31/05/2010
às
09:00
Entrado em anos, vivi outros tempos do direito eleitoral, quando ele era feito por autoridades militares auxiliadas por “juristas“ servis. E a Constituição, abrigando o braço político do regime militar, fazia incorporar ao ordenamento jurídico institutos como o da fidelidade partidária e a inelegibilidade dos ‘fichas sujas “.
Estamos retornando aos tempos da ditadura militar.
A fidelidade partidária foi instituída, naquela época, para que os partidos pudessem impor as vontades e desejos da cúpula militar a seus filiados. Em 31/10/84, o prof. Miguel Reale (pai), escreveu, para o Estadão, que o problema das candidaturas à presidência da República não se enquadra entre as diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos de direção partidária conforme se acha enunciado no art. 152, par. 5º. da CF vigente. E continuava, dizendo que, aceita essa inclusão, atos sucessivos de imposição de fidelidade partidária acabariam por tornar a eleição para presidente da República uma decisão das cúpulas partidárias, bem assim, digo eu, como qualquer legislação de interesse dos militares.
Passam os tempos e, apesar da previsão constitucional estar estabelecida somente para outros casos, introduz-se a cassação de mandato por infidelidade partidária em atenção ao dito princípio da moralidade, verdadeira panacéia a abrigar soluções desse jaez. Como decorrência da criação dessa desculpa jurídica estabeleceu-se o corolário de que “o mandato pertence ao partido“ como afirmado por determinados intérpretes do texto legal. Mas, para o governador Arruda, de Brasília, que renuncia à sua filiação partidária para não ser cassado, cassa-se o seu mandato, que não é entregue para o DEM – partido que o elegera – mas permite-se uma eleição aberta em que todos os interessados, de todos os partidos, puderam candidatar-se.
Agora, no caso dos “fichas sujas”, outra vez temos o retorno aos tempos da ditadura. Lá atrás, em 1970, foi editada uma Lei Complementar, a de número 5/70, época de vitória na Copa do Mundo e de vida regida pelo então ditador Emílio Médici. Naqueles tempos difíceis, bastava haver uma denúncia feita por membro do Ministério Público para que o cidadão se tornasse inelegível
Com a Constituição cidadã do Sr Ulisses instalaram-se novos tempos, e a “presunção de inocência“ foi erigida a princípio constitucional de defesa da cidadania, parte dos direitos humanos a proteger os cidadãos.
Num primeiro momento, movimentos sociais que lembram a “marcha da Família com Deus pela Liberdade” de 1964, tentaram reviver a simples denúncia como causa de inelegibilidade. Sensatamente o Congresso produziu alterações que mudaram o texto de cunho ditatorial e militarista, como afirmado em trechos do voto do Ministro Celso Mello, do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 144.
Nessa mesma ADPF e no julgamento de Eurico Miranda no TSE em 2.006, o Ministro Peluso reportou-se à Revolução Francesa para exigir a aplicação do princípio da “presunção de inocência“ no julgamento de inelegibilidades.
Aqui e ali, por solicitação da imprensa, tenho produzido manifestações que revelam, sem rebuços, minha posição a respeito do tema. Entretanto, com total falta de respeito, sou criticado pela elite que acessa a internet, e que ousa escrever em meu nome, acusando-me de beneficiário, através de clientes, dos erros praticados pelos fichas sujas.
Posso e vou afirmar que, nem alteração do pensamento sobre e fidelidade partidária, nem a decretação da inelegibilidade de fichas sujas, podem qualificar a moralidade de detentores de mandato. Querem mandar-nos de volta aos tempos da ditadura militar, retirando do povo o direito de escolher seus mandatários. Remetem-nos à Cuba, onde os detentores do comando da ilha são os que autorizam quem pode ou não ser candidato. Para mim, esse tipo de regime não serve. Que se dê ao povo o direito de escolher em quem votar. E, se o escolhido não servir, façamos como na Califórnia, e instauremos o “recall”, em que o povo decidirá quem deve tirar do poder e quem vai colocar no lugar. O povo, reafirmo eu, e não o mesmo privilegiado grupo de intelectuais moralistas e sem maior vivência.
Alberto Rollo
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Não ative o concorrente na memória do cliente
Publicado em
30/05/2010
às
09:00
Em um cenário cada vez mais competitivo, a flexibilidade, abordagem prática e customização nos resultados, passam a ser exigências do ambiente de trabalho. Mas, ao contrário de valorizar o próprio produto e os diferenciais da empresa, há profissionais que optam em falar mais sobre a concorrência. Existem apresentadores de televisão, que insistem em dizer que o início do seu programa, começa após o término de um programa da concorrência. Esse profissional, ao mencionar o nome da concorrência, acaba por ativar na memória do telespectador, a existência de um concorrente e oferece sem perceber, outra opção de escolha. Observe nos dois itens abaixo, como conquistar mais atenção do cliente no momento da negociação e fazer a constelação de estrelas da sua empresa brilhar mais intensamente.
Fale mais da sua empresa e evite falar da concorrência – Você percebeu que há profissionais de vendas, que optam em usar o tempo disponível para falar do concorrente? Qual o resultado? Acabam por ativar na memória do cliente, o nome, a marca, preços e os produtos do concorrente, além de oferecer mais uma opção de compra. Ao contrário disso, que tal valorizar seu marketing pessoal e os diferenciais da sua empresa? Parece incrível, mas há profissionais lojistas, que são capazes de enumerar detalhes da última campanha publicitária do concorrente, entretanto, desconhecem a missão, a visão e os valores da empresa em que atua. Certa vez, elogiei um gerente de uma rede lojas pelo belo comercial que estava sendo veiculado. Para minha surpresa, o gerente respondeu: “Tem comercial passando na televisão e no rádio sobre nós? Eu nem sabia! O senhor tem certeza de que é da nossa loja o comercial?”. Fale mais da sua empresa, valorize o seu negócio e pratique o exercício de “morder a língua” antes de pronunciar o nome do concorrente para não oferecer outra opção de compra ao cliente.
Jogue positivamente para o time da sua empresa – Estava realizando a compra de um determinado produto, em uma loja de materiais de construção, quando observei o proprietário desse estabelecimento comercial reclamar de maneira triste à um representante comercial que o fornecedor enviou o dobro da quantidade de mercadoria solicitada. Qual foi a atuação desse representante? Ao contrário de passar tranquilidade e uma solução ao cliente, esse vendedor passou a falar mal da própria empresa. Eu fiquei impressionado! O representante, em alta voz, alegou: “Naquela empresa somente trabalha gente desqualificada, despreparada, improdutiva e incompetente. Lá fazem tudo errado”. Perceba que ele afastou, toda responsabilidade do fato ocorrido e distanciou sua empresa ao demonstrar não fazer parte dela. Mostrou pelo uso das palavras que, joga nitidamente contra o time da própria empresa e não demonstrou nenhum grau de comprometimento pela empresa que representa. Reflita: Se na empresa em que esse representante atua, trabalham somente profissionais assim, quem é essa pessoa?
Há profissionais que falam de maneira negativa da concorrência com o objetivo de fechar uma venda, entretanto, depois de algum tempo, aceitam mudar de empresa para trabalhar onde antes falavam mal. Perceba que nem todas as empresas que atuam no mesmo segmento são seus concorrentes. Seriam se, adotassem a mesma política de gestão com pessoas que você realiza. Seriam seus concorrentes se, aplicassem a mesma regra comercial, o mesmo padrão de qualidade e o mesmo investimento que você desenvolve. Agora responda: Na sua organização, os profissionais valorizam e sentem-se pertencer a uma empresa campeã? Como seus colaboradores reconhecem os concorrentes?
Dalmir Sant’anna
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Amigos para sempre!!!
Publicado em
29/05/2010
às
09:00
Vontade eu tinha de falar a respeito da música que leva este título, mas não é esse o propósito. Mas falando da música: “Que música! Que interpretação!” Não acham?
Baseado, isso sim, na música citada é que me leva a desenvolver a respeito do tema “amizade”.
É difícil ter amigos?
É difícil sermos amigos?
É difícil formarmos amizades?
Acredito que a resposta para todas as indagações é a mesma: Sim, é difícil...
E, acredito eu, está cada vez mais difícil encontrarmos as amizades ideais. São tempos de muita dificuldade para tudo, até para as amizades.
Porque será?
Será que é em função das notícias a respeito das maldades realizadas pelos “nossos” colegas – seres humanos -?
Pode ser...
Eu possuo, graças a Deus, amigos.
Amigos para todas as horas.
Amigos para sempre!
Mas me pergunto: será que todos têm, ao menos, um amigo onde podemos conversar a respeito de “n” assuntos e que não vão pensar que estamos tratando de “negócios”?
Hoje em dia, em muitas ocasiões, a “gente” pensa que o “outro” é um “amigo” e, no entanto, esta pessoa está pensando “longe” – vendo como tirar vantagens da nossa “ingenuidade” ou insegurança “. É uma realidade – dura, mas real...”.
É isso que está acontecendo em diversas ocasiões com “pessoas” que se dizem “amigas”.
Não são amigos!
Infelizmente é uma dura e cruel realidade...
Porque?
Por que isso?
Com estes fatos se transformando numa realidade perdemos, em muitas ocasiões, a credibilidade nas pessoas. A credibilidade tão necessária. A credibilidade nos termos de amizade. A credibilidade nos termos de confiabilidade no ser humano...
Amizade – um termo puro!
Um termo importantíssimo para a vivência ou sobrevivência de qualquer ser humano. A amizade entre Adão e Eva...
O que estamos observando, como conseqüência dos fatos arrolados anteriormente, é a solidão das pessoas. E por conseqüência uma maior tristeza nos semblantes das pessoas...
É o aumento da solidão! As pessoas estão conversando pouco. Estão dialogando pouco.
O que fazer?
Realmente não sei.
Só sei dizer da infelicidade que está dominando as pessoas e pela diminuição da credibilidade e confiabilidade junto às amizades.
Como será o final da história?
A tendência, ao meu ver, é piorar. Não sou pessimista, mas realista. Tudo em função do que eu estou observando. As pessoas estão cada vez mais pensando em si próprio e também no pensamento mercantilista. Tudo é negócio... Mas somos seres humanos! Nosso sentimento não é só nos negócios, e nem tudo é negócio...
Estou observando que cada vez mais o ser humano está ficando sozinho. Sozinho junto às suas quatro paredes. Sozinho em tudo... Até pelo fato da insegurança urbana. Tudo corrobora para a solidão! E esta solidão é resolvida sem uma solução dialogada. Esta solidão está aumentando. Em ritmo muito acelerado.
Preocupo-me. E muito! Sei que é triste o que estou escrevendo, mas é uma realidade que estou observando.
O que resta fazer?
É ouvir música.
A boa música.
“Amigos para sempre...”
David Iasnogrodski
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Chega de Angústia
Publicado em
28/05/2010
às
09:00
Eu poderia desejar-lhe um tradicional “Feliz Natal”, mas isso garantiria não mais do que dois dias de felicidade. Já votos protocolares de “Boas Festas” se estenderiam por apenas uma semana. Por isso, quero desejar a você algo capaz de perdurar por todo um ano: chega de angústia!
Ansiedade e angústia tornaram-se companheiros indesejados. A ansiedade representa um estado de impaciência, de inquietação, um desejo recôndito de antecipar uma decisão, de abreviar uma resposta, de aplacar expectativas.
A angústia é uma sensação de desconforto, um mal-estar físico que oprime a garganta, comprime o diafragma, acelera o pulso, e um mal-estar psíquico que aflige, agoniza, atormenta.
A ansiedade é um tempo que não chega; a angústia, um tempo que não vai embora.
Amantes que aguardam pelo encontro é ansiedade; relacionamentos desgastados que não terminam é angústia. O prenúncio do final de semana para um pai divorciado é ansiedade; a despedida dos filhos no domingo é angústia. A espera pelo resultado de um concurso é ansiedade; ter seu nome classificado em uma lista de espera é angústia. A expectativa do primeiro dia de trabalho é ansiedade; o fim do expediente que demora é angústia.
Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrar a quem não gostamos uma pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. E angustiante.
Muitas são as pessoas que nos angustiam com suas argumentações, pleitos ou mera presença. O telefone toca e ao identificar o número você hesita em atender. Uma visita é anunciada e sua vontade é simplesmente mandar dizer que não está.
De tanto cultivar a ansiedade, de tanto se permitir a angústia, colhemos a depressão. Então lançamos mão de um comprimido de Prozac e fingimos estar tudo bem.
Por isso, meu convite é para que você dê um basta em sua angústia. Demita de sua vida quem e o que não lhe faz bem. Pode ser um cliente chato ou um fornecedor desatencioso; um amigo supostamente leal, mas na verdade um interesseiro contumaz ou um amor não correspondido.
Tome iniciativas que você tem protelado. Relacione tarefas pendentes e programe datas para conclusão. Limpe gavetas, elimine arquivos desnecessários. Revise sua agenda de contatos e sua coleção de cartões de visita, rejeitando quem você nem mais conhece – e que talvez nunca tenha conhecido.
Vá ao encontro de quem você gosta para demonstrar-lhe sua afeição. Peça perdão a quem se diz magoado com você, mesmo acreditando não tê-lo feito. Ofereça flores, uma canção, um abraço e aperto de mãos. Ofereça seus ouvidos e sua atenção.
A vida é breve e parece estar cada vez mais curta porque o tempo escorre-nos pelas mãos. Compromissos inadiáveis, reuniões intermináveis, trânsito insuportável. Refeições em fast food, decisões fast track, relacionamentos fast love. Cotidiano que sufoca, reprime, deprime.
Caminhar pelas ruas, admirar a lua, contar estrelas, observar o desenho que as nuvens formam no céu. Encontrar amigos, saborear os alimentos, apreciar os filhos. Escolha ficar mais leve, viver com serenidade. Libere o peso angustiante que carrega em suas costas. Viva, não apenas se deixe viver.
Tom Coelho.
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Os serviços de proteção ao crédito
Publicado em
27/05/2010
às
09:00
O Código do Consumidor regulamenta o que chama de “bancos de dados e cadastro”, que nada mais são do que os registros, feitos por fornecedores, consumidores ou órgãos públicos, de informações, que têm alguma utilidade no mercado.
O PROCON, por exemplo, tem o cadastro de reclamações fundamentadas, que visa prevenir os consumidores em relação àquelas empresas que não solucionam as reclamações dos consumidores adequadamente. Associações de consumidores também costumam fazer pesquisas de preços de produtos e disponibilizá-las a seus associados, a fim de orientar suas compras. Os fornecedores, por sua vez, fazem o cadastro dos consumidores para fins de emissão de malas diretas e, especialmente, para a concessão ou não de crédito.
A forma de banco de dados e cadastro mais conhecida diz respeito aos chamados serviços de proteção ao crédito, cujo objetivo é indicar aos fornecedores os consumidores inadimplentes. Esses bancos de dados, portanto, fazem constar informações negativas acerca do consumidor. Por isso costuma-se dizer que aquele que teve seu nome inscrito foi “negativado”.
Existem inúmeros serviços de proteção ao crédito. Associações de lojistas costumam disponibilizar esse tipo de serviço aos seus associados. O mercado brasileiro, no entanto, é dominado basicamente pelo SPC e pelo SERASA, que também são os serviços de proteção ao crédito, mais conhecidos.
Geram a negativação do consumidor, dentre outras situações, a emissão de cheques sem fundos, o protesto de título em cartório, a cobrança de dívida vencida, as ações judiciais de execução, de busca e apreensão de bens, de falência e concordata.
A rigor, o consumidor deve ser comunicado sempre antes do registro de qualquer informação a seu respeito no banco de dados, principalmente se esta for negativa. No entanto, segundo informações passadas pelos próprios serviços de proteção ao crédito, eles só tomam essa providência quando a situação é de dívida vencida. Nas demais situações, o consumidor acaba sendo comunicado pelo banco, pelo cartório de protestos ou pelo Judiciário.
Esses serviços de proteção ao crédito só podem fazer constar informações negativas dos consumidores referentes aos últimos cinco anos. Sendo assim, quem teve cheque devolvido há seis anos não pode ter seu nome negativado hoje, em decorrência dessa conduta.
A informação negativa lançada sobre o nome do consumidor deve ser desfeita por quem a lançou. Se o banco foi quem passou a informação do cheque devolvido, depois de quitada a dívida, deve desfazê-la. Para tanto, o consumidor deve obter o cheque de volta, que é a prova da existência da dívida, e comunicar a sua retomada à instituição financeira.
Sendo desfeito o protesto, junto ao cartório, mediante a comprovação do pagamento da dívida, deve ser retirado o nome do consumidor, imediatamente, dos serviços de proteção ao crédito.
Toda vez em que houver o abalo do crédito do consumidor, em decorrência de informações equivocadas, terá ele direito à indenização. Qualquer informação incorreta sobre o consumidor deverá ser corrigida imediatamente, sem prejuízo da ação de indenização.
Tirar o nome do consumidor dos serviços de proteção ao crédito é uma atividade burocrática, que demanda tempo e dinheiro. Evitar que o nome seja lançado nesses cadastros é a melhor saída.
Alberto Rollo.
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Empreendedor E Administrador: Diferenças, Similaridades E Dificuldades
Publicado em
26/05/2010
às
09:00
Administrar é uma arte e empreender é transformar idéias em oportunidades. Essas colocações ou definições são muito simplórias para qualificar dois profissionais ou dois talentos importantíssimos no processo das organizações e dos negócios.
Cada um tem seu perfil, seu valor e seu papel dentro das organizações e dos negócios e merecem estudos mais profundos e muita reflexão, mas darei a minha opinião no final do artigo.
Antes, porém, vou citar alguns aspectos que acho importantes. Henry Fayol deixou-nos os cinco princípios da arte de Administrar que são: Prever, que agora modernizado para Planejar, Organizar, Comandar, agora utilizado Dirigir, Coordenar e Controlar.
As características também influenciam que são:
1-) As demandas, isto é; o que tem de ser feito
2-) As restrições, que são os aspectos internos e externos que limitam
3-) As alternativas, o que, como, quando e quanto custa fazer
Também tem mais dois aspectos:
1-) O nível que o Administrador ocupa na Organização
2-) O conhecimento que detém do negócio ou sua experiência profissional
Outras três situações ainda bem diferentes:
1-) Na micro e pequena empresa
2-) Na média empresa
3-) Na grande empresa
Ainda com mais três agravantes:
1-) Nas empresas nacionais com a cultura familiar
2-) Nas empresas multinacionais
3-) Nas empresas estatais
No caso dos Empreendedores, aprendemos que são aqueles que assumem riscos, começam algo novo, criam empregos e prosperidades, são propulsores da economia, etc..
As características dos Empreendedores também são bem distintas, são visionários, tomadores de decisões, fazem a diferença, identificam e exploram as oportunidades, são determinados, dinâmicos, dedicados, otimistas, constroem seu próprio destino, são líderes, organizados, planejadores, tem conhecimento do que faz, são bem relacionados (networking) e assumem riscos calculados.
Existem algumas similaridades com o Administrador, mas também muitas diferenças, a saber:
1-) Quanto à orientação estratégica: o Empreendedor tem a percepção de oportunidade, já o Administrador guia-se pelos critérios de desempenho.
2-) Quanto à análise de oportunidades: o Empreendedor toma decisões rápidas, já o Administrador vê mais a redução dos riscos.
3-) Quanto à alocação dos recursos financeiros e de mão de obra: o Empreendedor prioriza a eficiência, o Empreendedor vai pelo planejamento formal.
4-) Quanto ao controle dos recursos: o Empreendedor é flexível, o Administrador valoriza o poder, o “status” e a recompensa.
5-) Quanto à estrutura gerencial: o Empreendedor é informal, o Administrador é formal e segue a cultura organizacional.
Essas são algumas diferenças citadas por José Carlos Dornelas em seu livro “Empreendedorismo” – transformando idéias em negócios, 2ª. edição – Campus/Elsevier.
Diversos autores colocam o Empreendedor como um Administrador mais completo.
Minha opinião diverge dos demais; entendo que o Administrador é formado e orientado para o planejamento e controle, é muito mais centrado em como melhorar processos, controles, informações, análises e qualidade.
O Empreendedor, em minha opinião, é focado no mercado, nas oportunidades, nos produtos, na inovação, na criatividade; ele é ligado no negócio presente e futuro.
São completamente diferentes, dificilmente um Empreendedor que é visionário e dinâmico, conseguiria ficar preso à hierarquia organizacionais, a submissão de chefias ou comandos, participar de reuniões enfadonhas, como também ficar trancado em sua sala, assinando, papéis, cheques, relatórios, etc..
Vimos que, não podemos mais ficar presos a conceitos antigos, pois o mundo globalizado, e competitivo já nos impõe, mudanças, adaptações e novos conceitos.
Claudio Raza.
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Como você enxerga o seu futuro?
Publicado em
25/05/2010
às
09:00
Ou como você encara as situações que surgem em sua vida, pessoal, familiar, corporativa? Ou ainda, para usar a palavra chave deste artigo, que atitudes você tem diante do seu futuro, das situações e desafios que são inerentes à existência?
O episódio é da Bíblia Sagrada, considerado o livro mais lido, digo, vendido no mundo, sob as diversas denominações religiosas. Moisés, que após conseguir a libertação do povo da escravidão do Egito, enviou doze espiões, pesquisadores de mercado, para relatar as condições da Terra Prometida.
Muito bem, dez retornaram após longa jornada com relatos negativos sobre a terra. Muitas montanhas, pouca água, animais ferozes, sem vizinhos e o seu veredicto final foi que não é possível levar a multidão para este local porque as dificuldades vão ser maiores ainda.
Os outros dois, também após verem as mesmas condições, relataram de forma diferente. Estamos de acordo das hostilidades, mas com a força braçal e a vontade de cada um deste povo vamos conseguir. É certo que venceremos. Vejamos: água podemos trazer do rio mais próximo que não fica tão distante e as terras se tornaram férteis, as montanhas não serviram de abrigo contra os ventos e serão barreiras naturais contra os possíveis inimigos e animais ferozes, e por ser um lugar sem outros habitantes, construiremos uma cidade nova, com nossa cultura, nossa religião, nossa política para servir de exemplo aos que quiserem nos copiar.
Muitas vezes, na maioria das vezes não são os problemas que enfrentamos que fazem a maior diferença. É a nossa ATITUDE para com eles. O pior para aquele povo não foi fracassar, o pior foi que ele nem ao menos tentaram vencer. O medo é natural na pessoa que tem a virtude da prudência, e sabê-lo vencer é uma atitude de pessoas valentes.É atitude de quem tem um plano e sabe onde quer chegar.
É fácil fazer uma relação com os dias atuais. Nas empresas existem muitos espiões negativos, murmuradores, desacreditados. É a crise, a falta de venda, é o dólar, é a bolsa de valores, é o governo, é o prefeito, é o vereador. Criam desculpas para justificar seus insucessos.
O que as empresas precisam, o que cada família precisa e o que cada indivíduo precisa, são de espiões que mesmo sabendo que existem obstáculos, achem um plano para suplantar a situação. Espiões que acreditam que podem vencer.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Coisas Ruins Acontecem com Bons Vendedores
Publicado em
24/05/2010
às
09:00
Por mais que você se esforce, por mais que siga regras universais que ditam o rumo para o sucesso, por mais que você faça tudo quase sempre da melhor maneira possível, ainda assim coisas ruins irão acontecer com você.
Sabe por quê? Na verdade ninguém sabe. O que sabemos é que coisas ruins acontecem com boas empresas, com boas pessoas e com... Excelentes profissionais de vendas.
Não há nada de errado nisso, errado seria se só acontecessem coisas boas na sua vida.
Este tópico é importante para que você entenda que não pode desistir no primeiro e nem no segundo obstáculo.
Mantenha uma atitude positiva. Deu tudo errado? Fique chateado no primeiro momento por que no segundo você já deve ter de volta aquela atitude positiva em relação aos fatos da vida. Pense que se não era para ser do jeito que você queria, é por que vai ser de um jeito melhor. O que não pode é se entregar e se deixar abater por vários dias e muito importante, nunca gaste aquilo que você ainda não recebeu. Esse é o problema maior quando tudo dá errado. Por vezes boa parte da possível, eu disse possível comissão, já está comprometida.
Dê a volta por cima. Nessas horas faça um esforço extra e gaste tempo e energia tentando bolar algo que possa te jogar para o alto. Que tal oferecer a mesma proposta para um outro cliente? Buscar novos mercados, abordando de forma diferente? O que sugiro aqui é que você não deixe a porta aberta para a tristeza se estabelecer, porque depois acaba vindo junto à prima-irmã baixa auto-estima e para se levantar novamente fica mais difícil. Procure valorizar o seu esforço e empenho.
Aprenda a aceitar e a mudar. Não fique moendo e remoendo o fato e fazendo disso uma novela mexicana sem fim. Procure descobrir o que deu errado e use isso como aprendizado. Mas aprenda pra valer! Que seja algo que não se repita mais e procure mudar o que tiver de ser mudado para que isso não ocorra novamente. Nada pior do que errar e não aprender nada com os próprios erros. Use esse fato negativo para alguma coisa boa em sua vida.
Tenha controle emocional. Nessas horas é que a gente percebe o quanto é bom saber se controlar. Por pior que seja a situação sempre poderia ter sido pior. Reconheça os sentimentos do momento e procure aceitá-los e deixar a coisa fluir de modo controlado. Por mais que sinta vontade, de nada adianta ofender o comprador, falar mal da empresa ou muito menos jogar uma praga na organização. O que adianta é ter controle para pensar em uma solução e recomeçar a escrever uma nova história no livro da sua vida.
Autodisciplina e foco. Perceba que todos nós sabemos o que se deve fazer para ser feliz e podemos criar como ninguém dicas e mais dicas de como vender melhor. Mas se é assim, por que a maioria das pessoas não estão felizes com sua condição atual? Por que falta foco, autodisciplina e direção na sua carreira de vendas. Não fique o tempo todo pulando de galho em galho. Tenha uma estratégia e siga o que foi determinado. Ter foco não é fácil. Não é da natureza humana seguir uma única direção, por isso é difícil ficar sempre no caminho certo. Veja como o foco é importante:
* as pessoas conseguem se concentrar com excelência apenas em uma coisa por vez, ou, em muito poucas.
* caso tenha 80% de chance de atingir um objetivo e acrescentar um segundo objetivo, as chances de ambos cairão para 64%.
* com cinco objetivos simultâneos as chances serão de 33%.
Sem autodisciplina e foco sua carreira de vendas tende a ser muito mais complicada. Mude essa história agora!
Paulo Araújo
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Mulher é ser anfitriã do amor
Publicado em
23/05/2010
às
09:00
O ser humano precisa observar com mais carinho e generosidade, toda doação, compreensão e tantos outros sentimentos de ternura que envolve o coração, ao reconhecer o poder mágico de uma mulher. Seu coração está repleto de lições de polivalência, bondade, superação e segredos unicamente maternais, que expressam a beleza de viver e assumir desafios, sem deixar jamais de abandonar os exercícios de amar e perdoar. A mulher sabe, de maneira generosa agradecer e com sabedoria, transforma erros em lições de vida.
Portadora do infinito amor - Indiferente da classe social, a mulher é uma batalhadora, que mesmo em situações de baixo astral, administra as emoções de modo a buscar liberá-las, quase sempre na hora correta e da forma mais adequada, para servir com solidariedade e dedicação. Chora escondida, para não revelar suas fraquezas, mas busca conhecer suas falhas, aprender como lidar e manter a harmonia aliada ao bem estar. Verdadeira heroína, diariamente é capaz de encarar o trabalho, não como uma obrigação, mas como uma opção de desenvolvimento humano e valorização da autoestima.
Valoriza a motivação para viver de bem com a própria vida - Conte quantas letras é preciso para escrever a palavra alegre. Agora conte quantas letras é preciso para escrever a palavra triste. Você percebeu, que ambas palavras são formadas pela mesma quantidade de letras? A mulher fortalece cada situação da vida e com sinergia procura encontrar o melhor caminho pra realizar o exercício de avaliar suas ações, atitudes e o próprio comportamento. Lembre que a vida apresenta duas opções com a mesma quantidade de letras (alegre ou triste), entretanto, a aplicabilidade das letras, oferece resultados opostos para a superação de metas e desafios.
Diante do destaque profissional e da expressiva competitividade apresentada pelo mercado de trabalho, a mulher apresenta determinação e polivalência para superar desafios, através da aceitação das rápidas transformações geradas pelo progresso tecnológico e com a expansão das atividades nos mais diversos segmentos profissionais. O estilo feminino de ser, demonstra que a mulher é sensível, cautelosa e persistente, bem como, utiliza de suas competências para superar desafios pessoais, profissionais e emocionais. Lembre que você, somente realiza esta leitura, porque uma mulher aceitou ser mãe e consequentemente, ser uma anfitriã do amor.
Dalmir Sant’Anna.
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O Líder, o Método e a Justiça
Publicado em
22/05/2010
às
09:00
Já não é mais segredo para ninguém que a atuação e o papel do líder em uma organização são fundamentais para o seu sucesso ou fracasso.
Mas, também não é nada raro, infelizmente, encontrar pessoas que acreditam que uma boa liderança pode ser exercida só por meio do carisma, política, conhecimento do processo de produção ou por ser um craque na venda do produto. Ouso dizer que muitas das promoções que vi deram-se muito mais por fatores como tempo de casa, bons resultados pessoais na função anterior ou alto nível de camaradagem entre seus pares.
Esse é o tipo exato de liderança que não se sustenta a longo prazo e não traz às mudanças necessárias para a organização. Alçar alguém a mais um alto degrau no organograma, uma pessoa igual as demais não trará mudanças profundas ou novos resultados, mesmo que, por seu destaque individual mereça tal promoção.
Até quando boa liderança será confundida com excelentes competências comportamentais?
É óbvio que excelentes competências comportamentais fazem parte do jogo para alcançar o sucesso, mas é preciso aliar outros fatores. Entre eles destaco:
Fidelidade a um método. Gestão sem técnica, sem metas, sem critérios claros de medição não passa de falácia corporativa. Um líder que não tem um método claro de trabalho vive de blá, blá, blá. O líder deve ser um apaixonado pelo método, deve educar seus liderados a usarem o método e ser o maior exemplo no seu uso diário. Na gestão do método todos devem estar envolvidos, o método ajuda na solução de problemas e é ele quem garante os dados e fatos para atingir novos resultados.
Visão sistêmica. O líder não pode sofrer de miopia organizacional e apenas se ater ao que fazia no passado. O líder deve olhar a empresa como um todo e não cair na tentação de querer manter o status quo nos departamentos pelos quais passou. Não deve focar somente uma área da empresa, mas promover a integração entre os setores, resolver conflitos, atender a todos e saber delegar. Não deve existir alguém com o cargo de Diretor Geral, mas que passa 90% do seu tempo na área de vendas, por exemplo. Treine, deixe claro as metas e o que espera dos seus liderados e deixe a coisa acontecer. Confie na sua equipe e cuidado com o autoritarismo!
Lidere pelo exemplo, com justiça e integridade. A adoção ou criação de um bom método de trabalho faz com que o líder ache menos e saiba mais. Gestão do achômetro só traz confusão e desrespeito as pessoas, especialmente para as que estão no mais baixo escalão. Não fuja do método, não quebre regras no meio do campeonato e faça o que precisa ser feito. Não pense duas vezes se for necessário demitir um talento que só pensa em si e cuja ganância acaba com o ambiente de trabalho, ou o funcionário legal, bacana, mas que não bate metas e que está sempre em cima do muro. Ajude essas pessoas a serem felizes e a encontrarem algo que gostem de fazer ou um local onde serão mais produtivas e realizadas. Nunca se afaste da verdade, dos seus valores e não caia na tentação de querer agradar a todos. Isso é caminho certo para o fracasso.
Líderes acima de tudo criam estratégias, percebem as mudanças do cenário, criam equipes de alto desempenho e motivam as pessoas. Líderes vendem a organização para o mercado, fornecedores, colaboradores e comunidade. Liderar não é fácil e requer grande responsabilidade. Liderar é educar, é gostar da excelência, apostar na meritocracia, não temer desafios, é acreditar na mudança como fonte de prosperidade.
Liderar é acreditar, principalmente, que a maior mudança começa dentro de si.
Paulo Araújo
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SPED, Escrituração Digital e Ética
Publicado em
21/05/2010
às
09:00
Pode parecer estranho relacionar o SPED - Sistema Público de Escrituração Digital com a Ética, mas, é isso que desperta atenção e reflexão o artigo escrito pelo professor Salézio Dagostim, presidente da Confederação Nacional dos Contadores, editado no Correio Brazilense de 11 de janeiro de 2010, sob o título “Escrituração Digital e a Intimidade do Contribuinte”.
Como a matéria implica modificações em decisões e procedimentos na área empresarial e contábil, nada de melhor adequação que ponderar sobre os aspectos favoráveis e os desfavoráveis da questão.
Que a informática vai dominando através do controle a vida das pessoas, das atividades, isso não há dúvida; importante, pois, é ponderar sobre até que limite tal intervenção poderia vir a ser benéfica aos seres, ou seja, até que ponto seria ética.
Cada dia mais o mundo inteiro vai sendo envolvido pelas interferências digitais.
Assim, por exemplo, o prestigioso jornal de assuntos econômicos, “La Tribune” de 12 de janeiro de 2010 comenta sobre um vultoso contrato realizado entre a Ferrovia Nacional Francesa (SNCF) e a IBM que vai sofisticadamente informatizar aquela importante organização em todo o País.
Gigantescos computadores estão desempenhando serviços até pouco tempo inimagináveis.
Quer o Estado, quer grandes empresas, estão assumindo o controle da informação de tudo o que vem acontecendo.
Tal macro sistema implica o micro e as empresas, profissionais, consumidores, contribuintes, em suma toda a sociedade vai perdendo inclusive a privacidade.
Nesse ponto, com propriedade, Dagostim adverte que “o sigilo empresarial evidenciado nos registros contábeis se constitui elemento essencial à existência da empresa”.
O tema levantado pelo ilustre Presidente da Confederação Nacional dos Contadores é pertinente e tanto faz parte do Código de Ética profissional do Contador como está relacionado com um risco expressivo e que é o de transmitir via Internet o que pode ser alcançado pela espionagem industrial e comercial.
Imprescindível, condição de sobrevivência é preservar os sigilos industriais e comerciais, campo em que existe em todo o mundo grande interesse de copiar e apropriar-se de intangíveis intelectuais de produção e comercialização.
Ainda recente é o levantamento de suspeita do proprietário da Mine Jeffrey, Bernard Coulombe, quanto a ter sido vítima de espionagem industrial por parte de investidores chineses; fazendo crer no interesse em deterem uma participação financeira de 40 milhões de dólares num projeto de mina subterrânea, devassaram a empresa dela extraindo segredos de exploração.
Esse é um caso ocorrido há pouco, mas, centenas deles existem.
Não menos rumorosa foi a espionagem chinesa no grupo anglo australiano da empresa Rio Tinto, envolvendo produtores de aço.
Sabemos, todos, que os sistemas na Internet ainda não podem ser considerados absolutamente indevassáveis.
Segundo denúncias divulgadas os chineses criaram até um vírus para extrair segredos de empresas norteamericanas.
Pelo menos um deles já foi identificado.
Trata-se do worm Myfip, que está circulando pela internet mundial.
Noticiou-se que Joe Stewart, pesquisador da empresa de segurança Lurhq, afirmou sobre indícios evidentes de que o Myfip foi disparado de um provedor chinês.
Stewart informou estar quase certo de que o vírus foi usado como instrumento de espionagem contra companhias de alta tecnologia dos Estados Unidos.
O Contador, portanto, não deve sonegar dados ao governo, mas, não pode cometer a leviandade de expor seus clientes em assunto tão delicado.
Existem formas de proteção que o bom profissional pode empregar e no caso do SPED, para a proteção da vida do empreendimento, é recomendável encontrar formas de tal procedimento adotar.
Antônio Lopes de Sá
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Cuba-Cayo Largo e Velha Havana.
Publicado em
20/05/2010
às
09:00
Um complexo de ilhas, a 30 minutos de Havana, com areias tão brancas que refletem o sol para ofuscar sua vista.Parece sal fino. Águas tão transparente como algumas do nosso nordeste. Os aviões que fazem esta rota, também estatal obviamente, são de fabricam russa, com hélice. Entra-se pelo avião pela parte de trás. Uma aventura, uma sensação de safári. O barulho do motor no ouvido o tempo todo, pois a aeronave é pequena.
Tudo preparado para turistas. Os locais, dificilmente tem acesso a estes programas por causa do valor, do tempo, pois precisam estar ocupados por sua sobrevivência.
Na antiga Havana, todos os prédios datam de antes da revolução, são todos muitos antigos, falta pintura, falta restauração. Parecem com os carros antigos de 1953. Um programa com verbas da Unesco esta em andamento e muitos prédios já foram restaurados e muitos em andamento, pois foram declarados patrimônio da humanidade.
Velha Havana, um lugar nostálgico, parece que se está em outra época. Para rodar um filme aqui retratando os anos 40, 50 e 60 ano é necessário mudar nada, é só não filmar algumas Mercedes das embaixadas que eventualmente circulam pelas ruas.
O serviço de transporte público funciona. Fui à praia Santa Maria, uma praia de locais. No retorno, havia uma fila grande de passageiros aguardando. Quando o ônibus estava lotado, digo, todos os assentos ocupados, o motorista anuncia que os demais deviam esperar o próximo. Ninguém viaja de pé, segurando-se em qualquer lugar, encostando um no outro. Pois assim funciona aqui, transporte civilizado em pais com regime socialista. Nada parecido com São Paulo, Porto Alegre, onde as pessoas se espremem para viajar, no ônibus, no trem. Só no avião que tem lugar para cada um.
Cuba. Uma experiência para comparar. Um dos últimos lugares, além da Coréia do Norte onde o socialismo esta muito presente. ( não se fala da Venezuela neste caso).
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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A Pneumonia Mental
Publicado em
19/05/2010
às
09:00
Ninguém, em sã consciência, vai a Campos do Jordão em julho, num frio de quatro graus negativos, toma um banho quente e sai imediatamente após, na chuva fria, de shorts ou bermudas e sem camisa. Todos sabemos que se fizermos essa "loucura" poderemos contrair uma gripe, uma pneumonia e até morrer. Ou seja – temos plena noção da necessidade de prevenção da saúde física. Assim como ninguém come uma feijoada imensa e em seguida se atira numa piscina. Sabemos do perigo de uma congestão.
O que me intriga, no entanto, é que não temos a mesma consciência da necessidade de prevenção da saúde mental. Estamos constantemente nos expondo a situações em que temos todas as chances de contrair uma pneumonia mental e não nos apercebemos disso.
Se não, vejamos:
Passamos o dia todo trabalhando, brigando no mercado, buscando um espaço para vencer os desafios da competitividade que nos assola; chegamos em casa cansados e ligamos a televisão para assistir programas que só nos trazem notícias ruins – crimes, situações incríveis de degradação humana, doenças incuráveis, estupros, violência de todos os tipos....
Sábado à noite escolhemos para sair justamente com aquele casal que só fala mal dos outros, que conhece todas os sintomas e doenças das pessoas, que diz que o filho do outro amigo é viciado em drogas e que a filha da vizinha ficou grávida e provocou aborto, etc, etc.
Domingo, vamos almoçar na casa daquele(a) parente invejoso(a) que fica perguntando o nosso salário, comparando nossos carros, dizendo que os filhos dele(a) são mais inteligentes que os nossos, etc, etc. Voltamos para casa domingo à noite e lá vai mais televisão com guerras, violência, desemprego, crise....
Com tudo isso, não há como ser "motivado". Com tudo isso, não há como ser "entusiasmado". Com tudo isso não há como acreditar nas pessoas. Com tudo isso não há como ser "criativo", etc, etc.
De repente, ficamos acreditando que o mundo é feito só de desgraças, de desemprego, de crise, de guerras, de estupros, de maníacos do parque, assassinos e seqüestradores. Pegamos "Pneumonia Mental" . Não conseguimos mais enxergar a metade do copo que ainda está cheia – só vemos a que já acabou! Tudo é ruim. Tudo é crise. Ninguém presta!
Para vivermos "motivados" é preciso que nutramos dentro de nós os "motivos" que nos farão ter a energia necessária para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. É preciso que tenhamos a preocupação de buscar esses "motivos" no mundo que nos rodeia. Se não tomarmos o cuidado "preventivo" que tomamos com a saúde física, podemos pegar uma verdadeira pneumonia mental que nos fará verdadeiros "doentes mentais" ainda que "fronteiriços" entre a sanidade e a insanidade mental.
Cuidado! Há muita coisa ruim no mundo, mas há muito coisa boa! Há muita gente que não vale nada, mas há muita gente espetacular, muito boa, honesta! Da mesma forma, há muita empresa "quebrando", mas há muita empresa tendo sucesso, crescendo, conquistando mercados novos. Há setores da economia em baixa, mas há setores da economia em grande expansão.
Ver só o lado negativo e ruim de tudo é ter contraído "Pneumonia Mental".
E assim como é nosso dever cuidar da saúde física com atitudes preventivas, é também, nosso inalienável dever, cuidar de nossa saúde mental.
Luiz Marins.
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Equilibristas
Publicado em
18/05/2010
às
09:00
Sempre gostei de circo.
Desde criança.
Dos palhaços. Dos malabaristas. Dos animais ( quando podiam se apresentar). E também dos equilibristas.
Gostava. Batia palmas como a maioria dos espectadores. Tudo me entusiasmava.
Hoje em dia o circo está moderno. Mais sofisticado, mas as grandes atividades destes artistas continuam a empolgar os espectadores e cativando as platéias. É o circo se modificando. É o circo também se inovando.
Mas não são destes artistas circenses que irei falar.
Escreverei sobre outros equilibristas. Os equilibristas urbanos.
Equilibristas estes que até nas estatísticas de morte aparecem, infelizmente, no topo.
Estou me referindo aos motociclistas ( e não disse motoqueiros, pois acho que é um pejorativo).
É de lastimar o que estes equilibristas realizam no já caótico trânsito urbano brasileiro. Em todas as cidades. Em todos os bairros.
Em todas as estradas. Eu lastimo muito...
Estão em todos os pequenos vãos entre os veículos.
Estão em tudo.
Agem rapidamente, pois estão sempre com pressa. Na pressa de nos entregar a pizza, os remédios ou outras encomendas. Estão sempre no trabalho contra o relógio. Nos semáforos devem sempre ser os primeiros a sair... É a regra principal destes condutores de motos. Em contra partida, muitas vezes, não chegam ao seu destino final .
Ficam estatelados junto às vias urbanas. Feridos ou mortos. Geralmente jovens. É o resultado do equilibrismo. É o resultado da pressa. É o resultado, muitas vezes, da imperícia junto à sua “máquina voadora”.
As “motos” são máquinas. E que máquinas!
Máquina mortífera. Máquinas que estão eliminando por dia, inúmeros jovens, inúmeros filhos, inúmeros chefes de família. Máquinas que estão eliminando, também, pessoas que não estão junto destes equilibristas, mas que sofrem com as quedas ou mesmo com as trombadas junto às esquinas ou pontos de ônibus. Muitas vezes estes equilibristas para ganharem alguns “segundos” na sua entrega entram em sentido contrário, invadindo espaços que não lhes pertencem e ali acontecem, muitas vezes alguns acidentes.
Não sou contra as motos e nem contra seus ocupantes.
O que necessitamos, de uma maneira ou outra, é resolver esta verdadeira mortandade destes equilibristas e seus caroneiros. Rapidamente deverá vir esta solução. Rapidamente estas vidas devem parar de ser chacinadas junto ao nosso já caótico trânsito brasileiro.
Os equilibristas e suas máquinas mortíferas estão somando para que nosso trânsito se torne cada vez mais perigoso.
Volto ao início.
Adoro o circo.
Adoro seus integrantes.
Adoro o globo da morte e suas motocicletas.
Adoro os equilibristas. Mas junto ao mundo circense, e não na vida urbana.
Chega de perdermos vidas junto ao nosso trânsito. Sei que não são só os equilibristas que somam para que nosso trânsito se torne insuportável.
A cada final de semana surgem às estatísticas das mortes.
A cada manhã, muitos pais não sabem se seus filhos vão voltar para casa. A cada manhã não sabemos se voltaremos para casa... Tudo em função dos carros, dos ônibus, das motos, do caótico trânsito que vamos enfrentar.
Volto ao início.
Adoro circo.
Continuo dizendo: o circo não pode e nem deve parar.
O que devemos é estagnar os equilibristas do dia-a-dia com suas máquinas voadoras ou mortíferas.
Atuam em todas as cidades.
Em todos os bairros.
Em todos os dias e em todas as horas.
Em todos os lugares...
Ah! Estes equilibristas...
David Iasnogrodski
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Reimagine!
Publicado em
17/05/2010
às
09:00
Você pode ler as 352 páginas de “Reimagine! Excelência nos negócios numa era de desordem” (Futura, 2004) ou assistir aos 77 minutos do filme com igual título, distribuído no Brasil pela Siamar, para entender o porquê de Tom Peters ser considerado um dos nomes mais influentes da administração moderna.
O fato é que Peters aborda temas que por vezes não chegam a ser inovadores, mas sua forma de apresentá-los é única e surpreendente. Ilustra, exemplifica e utiliza cases de empresas para demonstrar que é possível fazer diferente, fazer a diferença.
Algumas sugestões que podem ser extraídas de sua obra acompanhadas de breves reflexões pessoais:
1. Abrace uma grande visão. Você ou sua empresa alcançarão o grau de crescimento e de exposição que postularem em seus planos. Pense pequeno e pisará a grama, pense médio e caminhará por entre arbustos, pense grande e habitará uma floresta. Se desejar ser a maior empresa de seu setor parecer utópico, experimente imaginar ser a melhor. Isso é sempre possível. E compartilhe esta visão.
2. Contrate grandes pessoas. Num mundo de produtos comoditizados, são as pessoas o grande diferencial. Aprenda a selecionar gente com vontade de trabalhar, com eletricidade no corpo e brilho nos olhos. Gente com atitude, mais do que habilidades, que podem ser ensinadas a qualquer tempo. Gente melhor do que você! E contrate devagar, buscando qualidade a partir da quantidade. Mas demita rápido, tão logo seja preciso.
3. Promova o envolvimento. Faça as pessoas trabalharem com você e não para você. Elas devem se sentir não apenas parte do processo, mas protagonistas das soluções. O envolver é entrelaçar, compartilhar e comprometer-se. Empenho que decorre do entusiasmo, determinado menos por questões financeiras e mais pelo orgulho de pertencer e pelo respeito aos propósitos da companhia e à liderança.
4. Treine o tempo todo. Prepare sua equipe treinando-os continuamente. A tarefa é desenvolver competências técnicas, comportamentais, relacionais e até valorativas. Esqueça a mensuração baseada em horas de treinamento anual por pessoa. Isso é balela estatística. A verdadeira régua está na qualidade do treinamento. Ajude-os a conhecer tudo sobre seus produtos e serviços, mas contribua também para que se tornem também pessoas melhores e não somente profissionais melhores.
5. Comunique constantemente. Mantenha a todos informados: colaboradores, clientes, acionistas. Faça a informação – de qualidade – circular. Use da transparência, evite eufemismos, diga a verdade. A mentira tem pernas curtas, vida longa e seu legado é devastador. Compartilhar resultados favoráveis é prazeroso e fácil, mas poucos fazem o mesmo com as más notícias, perdendo a oportunidade de captar grandes aliados para superá-las.
6. Desenvolva idéias e soluções inovadoras. Pense fora da caixa, do plano bidimensional. Faça propostas absurdas ao mesmo tempo em que reflete sobre o óbvio – assim surgiu a jornada flexível de trabalho. Atente para as perguntas e formule outras perguntas quando tiver obtido uma provável resposta – assim nasceu o carro bicombustível. Fique de olho nas conseqüências, inclusive aquelas que parecerem totalmente desfavoráveis – assim foi criado o medicamento para disfunção erétil. Hospitais não precisam ser tristes, aulas não carecem de ser chatas, políticos não necessitam ser corruptos.
7. Design é fundamental. Em termos de design, o que menos conta é a beleza, ainda que ela possa e deva ser contemplada. O que está em jogo é a funcionalidade, a praticidade, o tipo de material empregado. Falamos de leveza, de manuseio, de alternativas com custo inferior – e valor agregado superior. Continuo sem entender por que aqueles sachês de mostarda, maionese e ketchup são tão irritantemente difíceis de serem abertos. Ou por que as embalagens de sanduíches não são formatadas para funcionarem como guardanapo, evitando o contato das mãos com o alimento. Alguém se habilita?
8. Tecnologia para facilitar. Tecnologia que se propõe exclusivamente a transparecer uma imagem futurista apenas intimida e afasta clientes, além do risco de representar um caminhão de dinheiro jogado no lixo. O que se espera são instrumentos para agilizar processos, promover a integração, ampliar a comunicação, reduzir custos diretos ou indiretos. A mudança tecnológica deve ser evolucionária, e não revolucionária. Pequenos avanços hoje, grandes inovações amanhã.
9. Ofereça um atendimento extraordinário. Duvido que ainda haja neste mundo uma pessoa qualquer que não tenha sido flagrantemente destratada, negligenciada e até desrespeitada enquanto consumidora. São profissionais de telemarketing ativo que invadem nossa privacidade na calada da noite, muitas vezes para oferecer um produto do qual já somos seus usuários. São profissionais de telemarketing passivo, dos ordinários serviços de atendimento ao cliente, desprovidos de treinamento, autonomia e bom senso, que raramente resolvem uma demanda com iniciativa, interesse e rapidez. São profissionais em pontos de venda, que não procuram identificar nossas necessidades, mas apenas sugerir o que lhes convém, e raramente solícitos por ocasião de uma troca ou substituição. Estou farto deste desatendimento! Gente que não entende que venda se processa antes, durante e depois da compra. Gente que não aprende que vender e servir andam de mãos dadas. Gente que ainda não descobriu que a única coisa que cativa um cliente é uma experiência de atendimento inesquecível e extraordinária. E que isso é fácil de proporcionar: basta dar atenção.
10. Divirta-se! Quer colher comprometimento dos funcionários, fidelidade dos clientes e retorno sobre o investimento? Construa um ambiente que seja prazeroso para trabalhar e agradável para visitar. Um local onde quem trabalha aguarde ansiosamente pela segunda-feira para iniciar uma nova e produtiva semana. Um espaço onde quem consome sinta-se estimulado a permanecer por horas desfrutando de sua atmosfera e infra-estrutura. Livrarias com confortáveis poltronas onde se pode degustar a leitura de qualquer obra sem restrições, por exemplo, já aprenderam esta lição.
Reflita sobre estas propostas, celebre as conquistas e gerencie com paixão. Tenha menos foco em coisas, mais cuidado com pessoas. Reinvente. E reimagine!
Tom Coelho
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O Marketing Do "Buxixo"
Publicado em
16/05/2010
às
09:00
Estamos vivendo uma verdadeira revolução no marketing. A verdade é que velhas fórmulas de comunicação com o mercado cansaram o consumidor de tal forma que os "marketeiros" precisam inventar coisas "novas" para sair desse impasse. As agências de publicidade estão perdendo recursos e clientes. Ninguém agüenta mais a mesmice de anúncios coloridos em páginas duplas na revista de maior circulação. Ou um comercial de 30 segundos no horário nobre da televisão. É tudo muito caro e a percepção do anunciante e do cliente é que a relação custo-benefício é muito baixa. Assim, os investimentos migram para os pontos-de-venda e mais ainda para o treinamento, desenvolvimento e motivação dos funcionários das empresas. Garantindo a sua empregabilidade, a empresa terá funcionários melhores, mais felizes, mais comprometidos com o sucesso de seus clientes e a empresa ganhará mais. Muito mais do que fazendo milionárias campanhas de mídia, afirmam muitos empresários e anunciantes. Daí a migração de recursos que está havendo nas empresas – da propaganda para a área de RH, endomarketing, incentivos, etc.
Na busca de uma saída, aparece como a grande "novidade" do momento o chamado "Marketing do ‘Boca-a-Boca’" ou em inglês "buzz" que em tradução livre para o português significa "buxixo" ou mesmo "tititi" como querem alguns. A ordem é criar buxixo fazendo com que nosso cliente – surpreso, encantado e satisfeito – saia propalando aos quatro ventos as maravilhas de nossa empresa, de nossa marca, de nossos produtos.
A bibliografia para quem quiser ter uma idéia do que existe só nesse tema e correlatos é imensa. O mais famoso é o The Anatomy of Buzz: How to Create Word-Of-Mouth Marketing de Emanuel Rosen. Outros são também importantes. Aqui vai uma pequena lista: The Secrets of Word-Of-Mouth Marketing de George Silverman; Unleashing the Ideavirus de Seth Godin e Malcolm Gladwell; The Tipping Point: How Little Things Can Make a Big Difference de Malcolm Gladwell; Emotional Branding: The New Paradigm for Connecting Brands to People de Marc Globo e outros autores; Simplicity Marketing: End Branding Complexity, Clutter, and Confusion de Steven M. Cristol e Peter Sealey. Todos esses livros, de uma forma ou de outra, falam das mudanças fundamentais no marketing de hoje. Um dos mais importantes, porém é o livro chamado Networdling de Edward Bernays e outros autores. É um excelente livro também.
Métodos, técnicas, estratégias para criar um "buxixo" não faltam. Não importa a origem do buxixo. O que vale é o "tititi" sobre minha empresa, minha marca. O que vale é o "boca-a-boca" dos clientes, do povo, do consumidor, falando de meu produto e marca o tempo todo, criando fatos novos. Será assim que a empresa venderá hoje. Será assim que a marca terá clientes fidelizados amanhã. É assim o "novo" marketing. Emanuel Rosen, autor do The Anatomy of Buzz define "buzz" (ou buxixo) como "a soma de todos os comentários trocados entre as pessoas, sobre um determinado produto, num dado momento". E é claro, você poderá ter o "bom buxixo" ("Esse produto é espetacular!") e o "mau buxixo" ("Jamais compre esse produto!"). Um dos exemplos mais fortes da importância do marketing do buxixo é na fila do cinema. As pessoas perguntam às que estão deixando a sessão anterior o que acharam do filme. São pessoas desconhecidas dando suas opiniões entre si.
O livro de Emanuel Rosen é dividido em três partes: a primeira parte discute como o "buxixo" se espalha. A segunda parte discute o que faz um "buxixo" de sucesso. A terceira ensina como construir um "buxixo" em sua empresa. O ponto básico do livro de Rosen é que o buxixo nasce de um produto ou idéia que seja interessante, excitante e descomplicada, simples.
A grande novidade é que esse "buxixo" pode ser criado hoje instantaneamente pela internet. Uma situação irreal e imaginária pode transformar-se num grande buxixo e instantaneamente ser comentado por milhões de pessoas no mundo inteiro. O buxixo pode ser criado por uma forma intrigante de comunicação que desperte a curiosidade, o inusitado, o segredo. Grandes ações podem ser criadas e fatos (não necessariamente verdadeiros) propalados para gerar nas pessoas esse apelo de comentar, de falar, de discutir um tema relativo a um produto ou uma marca.
Mas, sem dúvida, o maior buxixo, o melhor tititi é aquele verdadeiro. É o boca-a-boca que nosso cliente faz, transformando-se, espontaneamente, em nosso vendedor ativo. Mas lembre-se que ele só se transformará em nosso vendedor ativo se estiver surpreso, encantado e satisfeito com nossos produtos e serviços.
E a verdade é que para que o buxixo sempre ocorre sobre coisas que o cliente não esperava daquela empresa, produto ou serviço. Ninguém faz buxixo do trivial, do comum, do esperado.
E se isso é verdade, o que temos que perguntar não é o que cliente espera de nossa empresa. É o que ele não espera, dando a ele os chamados "momentos mágicos" que o surpreenderão, que o encantarão e farão dele nosso "fofoqueiro positivo". Assim, uma das mais importantes lições de casa que podemos sugerir às empresas é que reúnam seus funcionários para que discutam – o que podemos fazer em nossa empresa e o que nosso cliente não espera? Como podemos dar ao nosso cliente informações para que ele possa nos "vender" corretamente? Como podemos e quais técnicas poderemos usar para "treinar" nosso cliente para que se transforme em nosso "vendedor ativo" comentando no boca-a-boca nossos produtos ou serviços de forma positiva?
E é preciso que nos lembremos que no Brasil, mais do que em qualquer outro País, o marketing do buxixo é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Somos um povo oral e auditivo. O brasileiro fala e escuta. A oralidade do homem brasileiro é uma de suas maiores características. Assim, o testemunho do cliente encantado realmente é essencial para o meu sucesso empresarial.
E até o índio brasileiro faz e muito bem o marketing do buxixo a seu favor. Os krenhakakore ou chamados "índios gigantes" usaram do buxixo para serem temidos e respeitados durante muito tempo entre as demais tribos. O buxixo era que esses índios eram enormes, gigantes. E o que eles faziam para que esse buxixo acontecesse?
Os índios quando andam na floresta, marcam o caminho quebrando galhos de arbustos. Os krenhakakore quebravam esses galhos muito mais alto do que a maioria das demais tribos. Eles ficavam sobre os ombros do companheiro para quebrar o galho bem no alto. As demais tribos quando viam aquilo logo achavam tratar-se, é claro, de gigantes. Nos rios e igarapés, eles colocavam pedras grandes sob certos locais dentro da água e ficam sobre essas pedras. Os índios das outras tribos – que conheciam a profundidade daquele rio – viam os krenhakakore dentro d’água e com água para baixo dos joelhos e tinham certeza tratar-se de "gigantes" . O "boato" ou "buxixo" era grande. Com toda a certeza e evidência os krenhakakore eram índios gigantes. Os próprios irmãos Villas Boas quando tentaram o contato com essa tribo estavam preocupados.
Tudo não passava de um bem articulado e arquitetado "buzz marketing" descoberto pelos sertanistas assim que fizeram os primeiros contatos!
E, internamente, na nossa "tribo", dentro de nossa própria empresa, no chamado endomarketing ou marketing interno, esse "buxixo" é ainda mais importante. As chamadas "rádio-peão" que temos no refeitório, cafezinho e corredores de nossa empresa fazem grande diferença para a motivação de nossos funcionários e portanto influenciam pesadamente na sua produtividade, na disposição no bom atendimento aos clientes, etc. Também para o nosso público interno é preciso que trabalhemos bem, e muito bem, o marketing do buxixo. E são poucas as empresas que genuinamente se preocupam com isso.
O desafio de um mundo em mudança, com uma concorrência brutal de muitas marcas e produtos, com qualidade semelhante e preços similares, faz com que o marketing tenha também que mudar, ser revisto e revisitado. O Marketing do Buxixo é um exemplo da volta ao básico do ser humano. Da comunicação primária e direta boca-a-boca entre as pessoas. Assim, o desafio das agências de publicidade está muito além de criar anúncios que criem "buxixo". Mas criar "buxixos" que façam de nossos clientes os nossos verdadeiros anunciantes.
Luiz Marins.
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Vendedor precisa de super poderes?
Publicado em
15/05/2010
às
09:00
Quando iniciei a pesquisa e o planejamento para elaborar este artigo, lembrei dos super poderes que os profissionais de vendas contam neste período contemporâneo. Não são poderes imaginários, estigmas e estereótipos como capa para voar, teia de aranha lançada pelo pulso ou ainda visão de raio laser. Na prática, constatamos que os profissionais de vendas contam com outros tipos de super poderes: empatia, negociação, respeito e comprometimento com os objetivos da empresa onde atuam.
Desejo de superar desafios - Ao substituir da sua vida a motivação e o desejo de superar desafios pela pressão aleatória do desânimo, o profissional de vendas cria no seu interior um clima de trabalho apático, com uma atmosfera pessimista, alterando o desejo de vitórias por desculpas. Você conhece algum vendedor assim? Um profissional de vendas com super poderes, busca superar desafios, seguindo em direção a ações práticas para apresentar diferenciais frente aos concorrentes e acreditando com veemência no seu mix de produtos. Quando um cliente comenta que está recebendo uma proposta melhor do concorrente, ao contrário de fechar a pasta e sair da sala reclamando por não ter fechado mais uma venda, o vendedor com super poderes, busca encontrar alternativas de provar os diferenciais da empresa e do produto, através de argumentações relacionadas ao prazo de entrega, posicionamento da empresa no mercado, dos benefícios oferecidos, do conhecimento da atividade do cliente, do histórico de atendimentos realizados e das condições de pagamento. São super poderes, utilizados para converter uma objeção em uma oportunidade de novo negócio, demonstrando que em algumas ocasiões, o profissional de vendas pode até aceitar perder uma venda, mas jamais aceitará perder o cliente.
Utiliza argumentações variadas - O vendedor com super poderes, busca identificar o perfil do cliente, segmentação, área de atuação e utiliza argumentações variadas. Observe que há vendedores que cruzam os braços e ficam sentados, sempre aguardando que o seu superior imediato indique o que é preciso ser feito. Você conhece vendedores assim? Em caminho oposto a estes vendedores acomodados estão os profissionais de vendas com super poderes, que buscam constantemente, aprimorar as suas capacidades de atuação, criando novas argumentações, inovando no fortalecimento do relacionamento (networking) e gerando iniciativas para valorizar a empresa onde atua. Vendedores com baixo índice de desempenho nos negócios são aqueles egocêntricos e individualistas que parecem ter engolido um rádio de pilha e não param de falar. Para utilizar argumentações variadas é preciso ouvir atentamente o super poder da audição, obtendo o máximo de informações sobre o cliente e posteriormente, realizando perguntas significativas e pertinentes ao assunto que está sendo abordado. Os compradores podem tornar-se emotivos ao passarem por um problema real ou imaginário com um vendedor. Quase sempre essa reação emocional pode ser reduzida pelo fornecimento de uma oportunidade para que ele desabafe e exponha suas reclamações e opiniões.
Admite os erros cometidos - Um dos super poderes do vendedor contemporâneo está em admitir que ninguém é perfeito durante 365 dias do ano. Entretanto, ao admitir uma falha cometida, este profissional demonstra humildade, paciência e vontade de reverter uma situação negativa. Há vendedores que mesmo cientes da falha enviam a mercadoria e pacientemente aguardam que o cliente entre em contato para realizar a reclamação, cobrindo o sol com a peneira, para esconder um equívoco cometido. Você já presenciou algum fato como este? Um profissional comprometido com o cliente encara a situação de frente e na primeira oportunidade faz uma visita pessoalmente para expor a falha. Desta maneira, o profissional de vendas e o cliente, juntos, podem encontrar a melhor maneira de corrigir a situação. O profissional com super poderes, evita jogar a culpa de erro sobre a empresa onde trabalha, não direciona a responsabilidade para outros departamentos da organização e não fica de braços cruzados fugindo da responsabilidade de admitir os erros cometidos.
No passado, vendedores realizavam visitas externas com listas enormes de estoque e atualmente, contam com o poder de um computador de bolso. Homens e mulheres, que participavam no passado de reuniões cansativas na empresa, retornavam ao ambiente de trabalho sem perceber mudança alguma e atualmente, são convocados para participar de convenções de vendas e percebem na prática, que este momento desperta super poderes para fortalecer as experiências, competências, cooperação e integração, através do desejo de superar desafios. No cenário competitivo atual, o profissional de vendas desenvolve seus super poderes através do aperfeiçoamento das suas habilidades através de treinamentos em workshop, seminários, palestras e cursos com ênfase no fortalecimento das suas competências humanas e profissionais.
Dalmir Santana
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Os novos desafios da Contabilidade e do Contador
Publicado em
14/05/2010
às
09:00
O profissional da área contábil assume o papel de fonte geradora de informação, capaz de interpretar, orientar, dar suporte ao processo de tomada de decisões, gerando benefício às organizações.
O meio empresarial, cada vez mais competitivo, exige que seus dirigentes estejam bem orientados, momento em que entra o profissional da Contabilidade como consultor dos negócios das empresas, pois ninguém melhor que ele para executar essa tarefa porque é ele que entende a mecânica das contas e o que elas fornecem de informação competente para que se tomem decisões.
Durante muito tempo, o profissional Contábil atuou apenas oferecendo suporte técnico, sem participar efetivamente do processo de decisões de uma empresa. Atualmente, os profissionais da área contábil gastam mais tempo na atividade de consultor interno ou como analista de negócios nas organizações do que apenas atendendo as necessidades tributárias e fiscais.
O mercado tem exigido uma adequação cada vez maior do profissional contábil, frente às novas necessidades das empresas, fazendo com que o contador saia do seu escritório e vá a campo elaborar pesquisas e relatórios, desenvolvendo competências para atender a demanda, e assim contribuir para o sucesso das organizações.
O profissional após concluir a graduação, tinha a certeza de que já exerceria sua profissão. Atualmente não basta apenas concluir o curso superior, o profissional necessita ter características multidisciplinares e estar preparado para a quebra de paradigmas, mudando a forma de agir e também de interpretar as informações disponíveis.
A área contábil de uma empresa, através de seu contador, tem como uma de suas responsabilidades a geração da informação de todas as operações realizadas, bem como mostrar se as decisões tomadas foram adequadas ou não, necessitando estar preparado para atender as necessidades de uma economia globalizada.
Com a criação do projeto SPED da Receita Federal em 2006, e a informatização dos processos contábeis, as tarefas ficaram menos operacionais, possibilitando aos profissionais da área aumentar seu escopo de atuação; passando a ter uma função mais consultiva. Essas mudanças também tornaram o trabalho mais transparente, nos acertos e nos erros.
Através do sistema eletrônico, os dados são checados em tempo real. Uma nota que for preenchida incorretamente será repudiada pela SEFAZ antes de sua efetiva emissão, impossibilitando a venda e o transporte das mercadorias. Nesse contexto surge uma grande dicotomia: ao mesmo tempo em que os profissionais passam a analisar o comportamento do capital e a sugerir modelos para decisões administrativas, eles também são cobrados pela atualização de seus conhecimentos.
Mas há uma dificuldade em se manter atualizado, pois que, no Brasil existem 85 tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria). E ainda, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em média, 37 normas tributárias são editadas por dia no País.
A extorsiva carga tributária brasileira é sempre tida como um obstáculo ao crescimento das empresas, motivo pelo qual há a necessidade de se acentuar a importância de um planejamento tributário.
Com as frequentes mudanças na legislação se faz necessário administrar contingências no dia a dia, a posição do profissional contábil deve ser a de orientar empresários, empreendedores e organizações sobre as melhores alternativas de redução na base de cálculo ou alíquota e a melhor modalidade de tributação. Conclui-se, portanto, que o cenário atual nos apresenta o que talvez seja um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade, viver numa era tecnológica com constantes inovações e descobertas, que trazem mudanças sócio culturais, e o profissional contábil que não se modernizar, que não equipar seus escritórios com o que há de mais moderno em informática, ajudando a si e ao seu cliente, estará fadado ao fracasso.
Atualmente, o mercado exige que os profissionais tenham como condição imprescindível o aprimoramento do conhecimento técnico e cultural, para que possam conquistar seu espaço, sob pena de não sobreviver no mercado de trabalho. As mudanças determinadas pelas descobertas tecnológicas, a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade – International Financial Reporting Standard - (IFRS), inclusive para pequenas e médias empresas, emitidas em julho de 2009 pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade geram necessidade de ajuste, tanto sob o aspecto da elaboração de novas metodologias de trabalhos como na formação de futuros profissionais, que devem apresentar o novo perfil que venha atender os procedimentos no processo da contabilidade.
Os contadores são os profissionais responsáveis pelo processo de geração de informação, auxiliando os gestores à tomada das melhores decisões, munindo-se para tanto de recursos que possibilitem o atendimento desta missão. E, uma das mais poderosas ferramentas que o contador detém é um sistema de informação contábil.
A informação contábil eficaz, ou seja, comunicada de forma clara e objetiva, com credibilidade por quem a recebe e no momento oportuno, produz, indubitavelmente, uma decisão acertada.
As perspectivas para a profissão contábil são excelentes, considerando a importância que a informação contábil representa para a sociedade.
Marlene Célia Poselt
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Nosso Amigo nos Deixou
Publicado em
13/05/2010
às
09:00
Bom coração, solidário, culto e amigo. Escrevia várias páginas apenas mencionando suas qualidades.
Tive o prazer de nos últimos cinco anos, pelo menos três vezes por semana, ajudá-lo a abrir as portas do Café Rio Branco, pontualmente às seis e vinte da manhã.
Como era engraçado ver o Jorge todos os dias medir o consumo de energia. Ao final do mês ele já sabia exatamente quanto seria sua conta. Tinha suas manias, exercitava diariamente o cérebro, fazia palavras cruzadas, escrevia para jornais, não admitia envelhecer. Aliás, engraçado também era a forma como ele escrevia seus textos: pegava o papel dos pacotes de cigarros e escrevia no verso, acredito, para não gastar dinheiro com papel.
Dizem que os árabes são meio loucos. No caso do Jorge discordo, acho que ele era gênio.
Sábio e inteligentíssimo conversávamos sobre qualquer assunto, Jorge sabia muito sobre tudo, lia tudo e pesquisava sobre aquilo que não sabia.
Sarcástico, mal humorado às vezes, riamos muito quando ele desancava a criticar, expondo as mazelas do mundo ao seu ponto de vista, jamais haverá outro Jorge.
Um homem único que viveu momentos únicos. Recebia em seu Café políticos, artistas e personalidades, mas gostava mesmo era de ver os amigos de todos os dias, da companhia, de bater um bom papo.
Lembro-me que o café era cheio de badulaques, certa vez meu pai me consultou se poderia dar ao Jorge o capacete de meu avô que ele havia usado na revolução de 1932, eu disse que não, mas mesmo assim ele entregou ao Jorge.
Como retribuição, há alguns meses fui presenteado com a medalha da mesma revolução que meu avô havia lhe dado de presente.
Sinto-me feliz por ter ajudado seus projetos, sobretudo seu maior legado, a Patrulha Ecológica. Aliás, Bebedouro deve-lhe muito por tudo o que fazia pelo coletivo. Seu emprenho em tirar crianças das ruas oferecendo-lhes cidadania, educação e lazer era descomunal. Aos quase oitenta anos abraçou essa causa, ia aos sábados transmitir conhecimento aos meninos e meninas de forma abnegada. Lutava bravamente pelo projeto, conseguiu realizar e consolidar.
Também não descuidava do Hospital do Câncer, era o embaixador daquela instituição em Bebedouro.
Jorge era amoroso e carinhoso com minhas filhas, pegava a Bia no colo, brincava pacientemente com ela, levava-a para o lado de dentro do balcão e brincavam como avô e neta. Domingo era dia de irmos ao tio Jorge comer pão de queijo. Que saudades sentiremos!
Certa vez sabendo que a Bia estava doente, disponibilizou-se a sair de casa as dez da noite para ir ao Café assar os pães de queijo que ela adorava.
Tenho orgulho de tê-lo conhecido e com ele convivido, perdi meu amigo de todas as manhãs, faltará sempre alguma coisa nos meus dias, a visita ao meu velho mestre.
Deixou-me sem cumprir a promessa de passar um final de semana no rancho, dizia que em fevereiro estaríamos lá. Sei que agora poderá estar conosco sempre, em espírito e em pensamento.
Esteja em paz meu amigo, como foi bom estar com você por esses anos. Obrigado por ter sido tudo o que foi para nós todos.
O cafezinho da Esquina do Pecado não será mais tão saboroso.
Saudades!
José Rodrigo de Almeida
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Gênese da Corrupção
Publicado em
12/05/2010
às
09:00
“(...) que os criminosos fiquem em terra de meus senhorios e vivam e morram nela, especialmente na capitania do Brasil que ora fiz mercê a Vasco Fernandes Coutinho (...) e indo-se para morar e povoar a capitania do dito donatário, não possam lá ser presos, acusados, nem demandados por nenhuma via nem modo que seja pelos crimes que cá (em Portugal) tiverem cometido (...)”
(D. João III, 1534)
Somos fruto de um legado errático proporcionado por aqueles que aportaram nestas terras há pouco mais de cinco séculos. Fomos colonizados pelo que havia de pior, os chamados degredados. Assaltantes, ladrões, homicidas, vadios, heréticos, enfim, párias da sociedade portuguesa que receberam não como prêmio, mas como castigo, o indulto para habitar o Novo Mundo.
Indivíduos desta estirpe, miscigenados com o tempero do clima tropical, acabaram por fomentar uma raça de pessoas com valores e princípios desprovidos de moral e ética. Uma herança fenotípica que penetrou no DNA, tornando-se herança genética. Não se trata mais de questionar o que é bom ou ruim, onde reside o bem o e mal, mas apenas constatar o que é.
A barganha nos governa desde a mais tenra idade. O comportamento exemplar é laureado com sorvete e brinquedos. Boas notas valem uma viagem. O ingresso na faculdade é recompensado com um carro. Dedurar atos corporativos inadequados converte-se em promoção. Confessar os pecados e rezar uma dúzia de orações garante a salvação da alma.
Meias-verdades são mentiras inteiras. Tautologicamente, mentiras inteiras ditas persistentemente tornam-se verdades. E verdades absolutas. Assim desenvolveu-se Hitler, orientado por Joseph Goebbels.
Correios, IRB, Furnas, são versões atualizadas da Coroa-Brastel, do escândalo das jóias, da Operação Uruguai. São apenas notícias na pauta do dia. Estamos diante de um supermercado dotado de gôndolas com as mais diversas opções: prevaricação, nepotismo, peculato, jogatina, favorecimento, desvio, desfalque, subserviência. Escolha a que mais lhe agradar.
Os atos sórdidos invadem o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. São observados nas esferas federal, estadual e municipal. Nas pequenas, médias e grandes empresas. Podem ser encontrados na Educação, na Saúde, na Habitação, nos Transportes, na Cultura, nos Esportes. Escolha onde deseja procurar.
As concorrências públicas são direcionadas, jogos de cartas marcadas. Os recursos não viram salas de aula para educar, leitos em hospitais para assistir, medicamentos para curar, casas para morar, água para culturas irrigar.
Terras escriturais, pedras preciosas certificadas, títulos da dívida agrária, são todos vendidos com valor de face superfaturado para liquidação de débitos junto ao Fisco. Liminares, mandados de segurança, despachos, recursos, agravos alimentam a indústria da protelação – e da empulhação. Enquanto isso, o furto de uma fruta numa barraca de feira leva ao cárcere o réu, ainda que primário.
Qual a diferença entre o deputado que recebe o “mensalão” e o síndico que embolsa uma comissão sobre o valor de um serviço contratado? Qual a distinção entre o empresário dono de cervejaria que se utiliza de expedientes diversos para reduzir a carga tributária e os profissionais liberais, notadamente médicos, dentistas e advogados, que concedem desconto nos serviços prestados quando dispensados da emissão de um recibo ou nota fiscal? A medida é apenas sua magnitude.
A corrupção está presente no ambulante que, em barracas montadas nas vias de grande circulação ou nos semáforos, comercializa produtos adquiridos sem nota fiscal, com procedência discutível, vendendo-os igualmente sem documento fiscal, desprovidos de qualquer garantia. Está presente também na atitude de quem adquire tais produtos. Está estampada nas embalagens cujo peso aferido não corresponde ao declarado. Está institucionalizada nas repartições públicas nas quais se paga uma guia de arrecadação para dar maior celeridade a um processo burocrático qualquer.
A Lei é falha porque é complexa, porque são muitas, porque não são aplicadas – embora aplicáveis. Os impostos não são pagos em sua integralidade porque são muitos, porque são elevados, porque não conferem contrapartida social – embora a arrecadação cresça continuadamente. Somos todos pequenos ou grandes foras-da-lei, porque nos justificamos pela rebeldia, pela indulgência, pela sobrevivência, pela impunidade, exceto pela genética.
Construa-se um muro delimitando nossas divisas territoriais. E deixe que os antropólogos estudem o que acontece neste país.
Tom Coelho
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Polinésia
Publicado em
11/05/2010
às
09:00
Polinésia é um conjunto de ilhas do oceano Pacífico. Polynesian Cultural Center ou Centro Cultural da Polinésia, na Hawaii, é mantido pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, a Igreja dos Mórmons. Também uma universidade ao lado deste centro é mantida pela Igreja. Estudantes de todo mundo, muitos brasileiros, estão estudando aqui. O Objetivo da Igreja é formar lideres para atuar localmente, para promover a paz e mudanças que o mundo precisa.
O templo dos Mórmons no Hawaii foi o primeiro templo construído fora dos Estados Unidos e foi consagrado em 1915. Em Montenegro, recentemente foi inaugurada uma nova igreja.
Neste centro cultural são apresentados as culturas das Ilhas Fiji, Tonga, Samoa, Aotearoa, Tahiti e Hawaii. Observar a cultura destes povos, como era no passado e como vivem hoje, rodeadas de água, montanhas, vulcões é perceber a habilidade de adaptação do ser humano e também se sua influência para alterar o status quo. Antes dos missionários cristãos chegarem aqui, os nativos acreditavam em outras coisas, no sol, no mar, nas montanhas. Estes eram os deuses deles. Foram doutrinados para acreditar em um outro deus. Atualmente predomina o cristianismo, nas diversas formas.
Isto me leva a pensar na diversidade religiosa em que o ser humano se envolveu. Existem atualmente mais de 4200 religiões no mundo todo. Desde as mais numerosas, como Islamismo, Cristianismo, Budismo, Hinduísmo até as menores tribos ou grupo de pessoas que formam e mantém sua religião.
Quem está certo? Os mais numerosos, os mais conhecidos, os menores, os recém formados? Sou mais de dizer que o Deus do seu coração, de sua compreensão é a religião de cada um. Este sentimento que ajuda a fazer a ligação, a religar cada ser ao divino.
Pense sobre isto. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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APENAS UMA SUGESTÃO!
Publicado em
10/05/2010
às
09:00
Nada mais do que uma sugestão.
Acredito que todos nós freqüentamos alguma associação: religiosa, cultural, social ou mesmo esportiva.
Todas essas associações são regidas por estatutos.
Regras essas estudadas e devidamente votadas e aprovadas em assembléias. Votadas por maioria dos associados presentes, logicamente.
Estatutos esses devidamente registrados nos cartórios devidos.
Todas essas entidades associativas ou religiosas possuem suas lideranças.
Estas lideranças, com muito ardor e perseverança conseguem, na maioria das vezes, adquirir ou construir seus imóveis para a localização das respectivas sedes.
Tudo certo até aí?
Bem, acredito que sim. Acredito que todos se encontraram...
O tempo vai passando.
As entidades, muitas vezes, crescendo ou estagnadas no tempo, mas permanecem vivas para gáudio de todos os seus associados e freqüentadores. Em muitas oportunidades observa-se que algumas associações passam por dificuldades. Mesmo assim, suas lideranças vão “empurrando”. Tudo pelo bem dos seus associados e pela história da associação. Até que num ponto as diretorias chegam à conclusão que para a devida sobrevivência da associação devem se desfazer do seu patrimônio. Aquele mesmo que com grande dificuldade os diretores anteriores conseguiram dar à associação. Defendem a venda “in totum” ou em parte... Tudo em função da sobrevivência da instituição ou devido, em muitas ocasiões, de uma má gestão.
Minha sugestão – Volto a frisar: é apenas uma sugestão.
Acharia muito interessante, para manter a história e o turismo de uma cidade, de que o patrimônio de uma entidade associativa ou religiosa, devidamente constituída e com 50 anos ou mais de existência, que o patrimônio imóvel dessa instituição não possa ser vendida pelos seus associados. Gostaria que a partir do 50º ano de vida de uma entidade, seu patrimônio imóvel passasse automaticamente para o patrimônio histórico da cidade, passando antes por um estudo prévio das autoridades competentes a fim de avaliação e outros estudos.
Acredito que esta sugestão, que é polêmica, poderá, com o passar do tempo, melhorar a nossa história e melhorar, como conseqüência, o turismo de uma cidade e não ferir, também, o grandioso trabalho daqueles líderes e associados, que com um magistral esforço conseguiram dar à devida associação o patrimônio tão merecido.
Acredito que as entidades associativas e religiosas, desde a sua fundação, pertencem ao patrimônio de uma cidade em função de suas grandes atividades em prol da cidadania.
Mais uma vez afirmo: é uma sugestão muito polêmica.
Mas... Sou sempre a favor da história. Povo sem história não é povo...
Tenho certeza de que muitos de vocês não têm o mesmo meu pensamento. Eu respeito.
Mas também desejo ser respeitado.
David Iasnogrodski
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O consumidor e o dia das mães
Publicado em
09/05/2010
às
09:00
Vem chegando o dia das mães e, mais uma vez, o consumidor vai às compras. Quanto mais próxima a data, maiores são os problemas, já que os vendedores têm que atender vários consumidores de uma vez, os sistemas das administradoras de cartões de crédito e de consulta a cheques ficam congestionados, ou seja, cai a qualidade do atendimento. Sem falar que em todo e qualquer período de demanda intensa proliferam as ofertas enganosas e as estratégias de venda que procuram enganar os consumidores.
Justamente por isso, a primeira dica para os consumidores é comprar com antecedência e com calma. Essa recomendação vale para qualquer tipo de compra, especialmente para aquelas efetuadas através da internet, já que não é raro o descumprimento, por parte dos fornecedores, do prazo fixado para a entrega. Compras por impulso também devem ser evitadas, porque invariavelmente o consumidor acaba efetuando compras desnecessárias e comprando mais do que pode.
O impulso costuma ser maior nas compras com cartão de crédito. Justamente para evitá-lo é que o consumidor já deve sair de casa com o valor limite da compra definido. Muitos consumidores caem em dívidas em decorrência da sensação de onipotência que o cartão de crédito proporciona. A dívida com a administradora de cartão de crédito é a pior que se pode contrair, porque os juros são sempre excessivos e a possibilidade de negociação é praticamente nenhuma. Todo o cuidado com o cartão de crédito é pouco.
O consumidor também deve ficar atento para as condições de venda. O prazo de entrega da mercadoria, o prazo de troca, a data de depósito dos cheques pós-datados emitidos, as taxas de juros incidentes, ou seja, todas as informações relevantes têm que constar do pedido ou da nota fiscal.
A documentação é a maior arma do consumidor e permitirá, se for o caso, o ingresso posterior na via judicial. Nesse sentido, além dos panfletos contendo as ofertas, é indispensável que o consumidor obtenha uma via do pedido e da nota fiscal. Ainda que esta última seja de emissão obrigatória para os fornecedores, muitas vezes o consumidor acaba ficando sem esse importante documento.
Nas compras pela internet, é fundamental imprimir a conclusão da transação pelo site. Sem falar que nesse tipo de compra mais vale a opção por sites confiáveis, ainda que o preço seja um pouco superior, tendo em vista que, infelizmente, ainda existem por aí empresas de fachada e golpes sendo aplicados em consumidores.
A praxe do mercado consagrou as trocas de presentes, especialmente de peças de vestuário, sendo que os costumes incorporam-se ao direito do consumidor, nos termos do art. 7º, “caput” do CDC. Isso significa que a troca é a regra, sendo sua impossibilidade a exceção.
A loja pode impedir a troca, desde que tenha comunicado essa impossibilidade no momento da venda ao consumidor. Geralmente, produtos promocionais e de ponta de estoque não podem ser trocados. O consumidor que, mesmo informado da impossibilidade da troca, insiste na sua realização, só poderá reclamar posteriormente nos casos de problemas apresentados pelo produto.
O fundamental é a moderação na hora de comprar, já que nesses períodos de datas comemorativas campeia a compulsão, influenciada pela decoração das lojas, pela proliferação das ofertas enganosas e pelo frenesi dos consumidores. Presentear a mãe é bom, mas não dever nada para ninguém é ainda melhor.
Arthur Rollo.
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Questionável legalidade das normas internacionais de contabilidade
Publicado em
08/05/2010
às
09:00
Questionável é a legalidade da adoção obrigatória das denominadas como normas internacionais de Contabilidade, ou IFRS do IASB - International Accounting Standards Board, adotadas pela CVM - Comissão de Valore Mobiliários, se observada a conceituação contábil reconhecida tradicionalmente.
Isso por que as sociedades por ações, abertas ou não, são obrigadas a observar em seu regime de escrituração os “princípios de contabilidade geralmente aceitos”.
A expressão “princípios de contabilidade geralmente aceitos” a que se refere o caput do artigo 177 da lei 6404/76 deriva-se dos reconhecidos tradicional e consagradamente pela sigla GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) de origem estadunidense, domínios do FASB e não do IASB .
O conceito de “Princípios geralmente aceitos de Contabilidade” (GAAP), tal como entendido foi e ainda é nos Estados Unidos são normas e procedimentos que as empresas usam para compilar suas demonstrações contábeis e que pelo FASB se organizaram.
Trata-se, pois de uma combinação de regras e formas adaptadas e aceites de registro e comunicação de informação contábil que no caso é de origem estadunidense.
Desde 1938 a entidade de classe norteamericana AICPA emitiu pronunciamentos conhecidos como “Princípios Contábeis Geralmente Aceitos”, conservando tal denominação, razão que impede seja a mesma de outra forma vista e entendida quando se trata de “informação”.
O conceito referido já em 1952 estava consolidado no maior léxico contábil dos Estados Unidos o “Dictionary for Accountants” de Eric L. Kohler como sendo o de oficialização de padrões de Contabilidade egressos de entidade de classe norteamericana, na época o “American Institute of Accountants”; o “Financial Accounting Standards Board” (FASB) sucedeu o “Accounting Principles Board” (APB) em 1973 prosseguindo na política de defesa dos “Princípios Contábeis Geralmente Aceitos”, assim continuando a denominá-los e sem que qualquer alteração em tal expressão tivesse ocorrido até hoje.
Até o famoso léxico Wikipédia, de alcance público, mesmo não especializado, assim informava em março de 2010 (em inglês):
Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos (GAAP) é o termo nos Estados Unidos usado para se referir à estrutura padrão de orientações de contabilidade financeira, utilizado em qualquer jurisdição em razão de serem geralmente reconhecidos como normas de contabilidade. Incluem as normas, convenções e regras de contabilistas a serem seguidas nos registros e sumários de transações e na preparação das demonstrações financeiras
Mesmo ostensivo na lei que tais Princípios devem ser respeitados, mesmo sendo inequívoco o que significavam como conceito consagrado, a CVM, todavia, optou por uma “consonância” ligada ao IASB, entidade européia insular.
Ou seja, a opção da CVM - Comissão de Valores Mobiliários foi por normas que não são as identificadas tradicionalmente como “Princípios Geralmente Aceitos de Contabilidade” (estes os exigidos por lei), tal como de forma consagrada se conceituaram, nem em consonância com as do maior mercado de ações do mundo (cujo espírito da lei nos parece sugerir como pretensão de convergência).
A referida opção não se operou, portanto, dentro dos rigores literais, ou seja, contabilmente sugere questionamento em razão do determinado pelo caput do artigo 177 da lei 6404/76.
Seguindo o argumentado o que ocorreu com a adoção das IFRS foi algo questionável em face da lei e do imperativo econômico em relação ao maior mercado de títulos mobiliários que por tendência deveria ser modelo.
Havendo a lei 6404/76 adotado conceito norte americano ao se referir a “Princípios Geralmente Aceitos de Contabilidade” como algo obrigatório a ser seguido na escrita contábil e como nos Estados Unidos as normas do IFRS não estão adotadas, evidente está uma discordância em relação ao caput do artigo 177 e do próprio § 5º, ou seja, não se adotou o que dita o FASB e nem se ensejou “consonância”.
Como a matéria contida na lei é contábil, nesse particular é permissível admitir-se até como repetição no sentido de maior afirmação o que está literalmente expresso legalmente.
Não deixa de ser redundância, sob o ponto de vista técnico, o que consta do caput do artigo 177 da lei 6404/76 e o que veio a determinar a Lei 11.638 e que se transformou no § 5º do mesmo artigo na consolidação da lei.
Ou seja, o caput referido obrigou a seguir o padrão americano (reconhecido pela sigla GAAP e na lei referido como Princípios Geralmente Aceitos de Contabilidade) e o § 5º voltou a insistir na “consonância”.
Como o referido é um parágrafo, lógica é a prevalência do caput , ou seja, a consonância deveria fazer-se pelo padrão dos “Princípios geralmente aceitos de Contabilidade” (GAAP do FASB) e não pelo modelo do IASB.
Essa uma inferência lógica que naturalmente poderá encontrar justificativas várias para o caminho adotado, mas, que perante o rigor do texto da lei permite conclusão sobre a existência de algo questionável.
Antônio Lopes de Sá.
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O Imposto de Renda nas Reclamações Trabalhistas:
Publicado em
07/05/2010
às
09:00
Recentemente o STJ pacificou o entendimento de que é inexigível o Imposto de Renda incidente sobre os valores recebidos a título de Juros de Mora nas Reclamatórias Trabalhistas.
Para melhor entender:
Por ocasião dos cálculos de liquidação de sentença referentes à Reclamatórias Trabalhistas, o Imposto de Renda é indevidamente calculado sobre os Juros de Mora. Como conseqüência, há o recolhimento compulsório de Imposto de Renda em valores bem além do efetivamente devido, inclusive em razão da tabela progressiva do Imposto de Renda.
Ocorre que os juros de mora possuem caráter eminentemente indenizatório e, por tal razão, não podem ser tributados. Não é qualquer entrada de dinheiro, seja no âmbito da pessoa física ou jurídica, que poderá ter incidência do Imposto de Renda. Incide o imposto em questão tão somente sobre acréscimos patrimoniais, ou seja, ao que podemos chamar de “riqueza nova”, e as verbas indenizatórias configuram-se reparações em pecúnia por perda de direitos que não foram adimplidos à época em que deveriam. Assim, pois, os juros de mora não se enquadram na área traçada pelo art. 153, III da Constituição Federal de 1988, não sendo fatos geradores da tributação.
Admitir a tributação sobre os Juros Moratórios é permitir um ganho da União sobre o fato gerador: “lesão de direitos do contribuinte”. E mais ainda, admitir que o Fisco obtenha arrecadação tributária maior daquele que não teve os créditos trabalhistas adimplidos à época própria, é violar Princípios Constitucionais importantes como o Princípio da Igualdade e da Capacidade Contributiva, previstos respectivamente nos artigos 150, inciso II e 145, par. 1° da Constituição da República.
Por todo o exposto, indevida é a incidência de Imposto de Renda sobre os Juros decorrentes de Reclamatória Trabalhista, razão pela qual o demandante merece ser restituído dos valores pagos a maior, sob pena de prejuízo do contribuinte e enriquecimento indevido da União.
Estando a questão pacificada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, aqueles que tiveram descontado Imposto de Renda em Reclamatórias Trabalhistas, devem providenciar o ajuizamento de Ação Judicial individual específica para o fim de restituir os valores recolhidos indevidamente. A ação tramita perante a Justiça Federal e é movida contra a União/Fazenda Nacional.
CRISTIANE MARTINS & ADVOGADOS ASSOCIADOS
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Custeio ABC... um sistema complexo, com custo x benefício desfavorável.
Publicado em
06/05/2010
às
09:00
Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades teve impulso no Brasil na década de 90. Logo passou a ser difundido como uma revolução, na área de Custos, sendo apontado como uma verdadeira pana-
céia para solucionar problemas de distorções que, num primeiro julgamento, os Sistemas Tradicionais de Custos estariam sujeitos, quando da apuração dos custos unitários de produtos, mercadorias e serviços.
Considerando o caráter revolucionário atribuído ao ABC, pelas inovações propostas, aliado ao fato de ter surgido no Brasil fortemente apadrinhado por interesses econômicos e o aval de grandes empresas multina-
cionais de consultoria, naquela época, houve uma acentuada demanda por conhecimento e informações, visando a implantação do ABC, notadamente, por empresas de grandes portes.
Porém, com o passar dos anos, já conscientizadas da complexidade para implantação do ABC devido ao extenso volume de informações necessárias e o alto ônus financeiro decorrente de sua implantação, manu-
tenção e revisões periódicas, muitas empresas que o haviam implantado ou que pensavam nisso, para o futuro, desistiram desse intento...
Uma excelente estatística realizada junto às 500 maiores empresas brasileiras e apresentada no 11º. Congresso Brasileiro de Custos em Porto Seguro, Bahia, jul/2004, pelo IEPG – Instituto de Engenharia, Produção e Gestão da UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá, MG – vide, na íntegra, no seguinte ende-
reço: www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/ArtsurveyABCHenrMayaraCBC04.pdf - constatou que, um número significativo de empresas não mais se interessava pela implantação e utilização do ABC, pelos seguintes motivos principais:
1. Grande investimento para adequar os processos de coletas de dados e do sistema informatizado;
2. Desenvolvimento de treinamento do pessoal envolvido;
3. Custo-benefício desfavorável;
4. Alta complexidade de gerenciamento dos dados nas respectivas origens;
5. Decisão de abandoná-lo;
6. Atual sistema de custeio atendendo as necessidades de maneira suficiente;
7. Carência de recursos profissionais adequados para implantar e operacionalizar os procedimentos do
ABC.
No item 8 - “Conclusões” - da citada pesquisa, os autores referem: “...a maioria das empresas utiliza o Custeio ABC integrado a outros sistemas contábeis ou a outros sistemas da empresa...”
Considerando as conclusões, supra referidas, chega-se à suposição de que, muitas empresas, num primeiro momento elegeram o ABC como um sistema de custeio único, de forma isolada, mas que, hoje, estão utilizando apenas parcelas de seu ferramental como elementos coadjuvantes dos Sistemas Tradicionais.
É importante ressaltar, antes de outras considerações, que a partir do surgimento do Sistema de Custeio ABC, os Sistemas Tradicionais passaram a ser duramente criticados como sendo sistemas obsoletos, cujas funções estariam ultrapassadas, considerando-se a velocidade de transformação e evolução dos processos industriais, das novas exigências mercadológicas e dos efeitos de uma economia globalizada...
A Contabilidade de Custos, com o surgimento do ABC, passou a reconhecer quatro principais sistemas de custos, ou sejam:
. Sistema de Custeio por Absorção:
Também conhecido como Global, Pleno e Integral que considera todos os custos e despesas, fixos e variáveis, na apuração dos custos unitários. Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, fixos e variáveis, dos centros de custos de produção, aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;
. Sistema de Custeio Variável ou Direto:
Considera somente os custos diretos e demais custos variáveis, na apuração dos custos unitários.
Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, variáveis, dos centros de custos de produção,
aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;
. Sistema de Custeio Padrão ou Standard:
Os principais objetivos desse sistema são, a apuração e análise das variações ocorridas, entre os padrões de custos unitários, pré-estabelecidos, e sua posterior efetivação real em nível de produtos, mercadorias e serviços. Seu objetivo se concentra, portanto, no confronte “previsto x realizado”.
Este tipo de sistema se abastece, praticamente, das informações obtidas a partir dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável, acima mencionados, e do Custeio ABC, quando for o caso.
. Sistema de Custeio ABC:
Este sistema teve sua concepção fundamentada através dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável.
Seu diferencial, em relação aqueles sistemas, está na forma como os Custos Operacionais Indiretos de Produção, fixos e / ou variáveis, são agregados aos produtos, mercadorias e serviços.
Nos chamados Sistemas Tradicionais os custos indiretos são apropriados, aos itens, através do MLC – Mapa de Localização de Custos, a partir dos centros de custos, mediante rateios e pela utilização de unidades operacionais ou direcionadores, tais como: h, kg, pç, m, l, etc., enquanto que, no Custeio ABC , os custos unitários são primeiro identificados com as atividades operacionais dos centros de custos e, posteriormente, agregados aos produtos, mercadorias e serviços, através destas atividades e seus direcionadores.
O Sistema ABC, da mesma forma que os Sistemas Tradicionais, se utiliza de rateios quando não existir a possibilidade de se identificar, nos centros de custos, uma atividade que possa se adequar aos produtos, mercadorias e serviços.
Cumpre esclarecer, portanto, que nem sempre será possível evitar a utilização de critérios de rateios quando da utilização do Sistema ABC.
A Filosofia do Sistema de Custeio ABC tem por definição que, a agregação dos Custos Operacionais, deve se efetivar mediante critérios que evitem, ao máximo, a necessidade de utilização de rateios permitindo, assim, uma precisão maior nos resultados finais.
No entanto, no que concerne à estrutura dos custos unitários e formação dos preços de produtos, mercadorias e serviços, o ABC não difere, na essência, dos Sistemas Tradicionais uma vez que, a formação dos preços e a estrutura dos custos seguem parâmetros contábeis legais, aceitos como me todologias científicas, ao longo dos anos, e consagrados pela Ciência Contábil à qual estão vincula- dos os Sistemas de Custos.
Diante do exposto e, reportando-nos ao título desse artigo, poderiamos perguntar: Que alternativas de cus-
teio deveriam as empresas micro, pequenas e médias utilizar, considerando-se o alto investimento e o fato de que as próprias empresas grandes, já não serem unânimes no uso do Custeio ABC e, que, além disso, soma-se a existência de dúvidas quanto à precisão dos Sistemas Tradicionais, diante de constantes moções com criticas negativas, que surgiram depois da concepção do ABC, sob a falácia de que estariam ultrapassa-
dos?
Logicamente, a alternativa, só poderá ser aquela que, em sendo mais econômica, menos complexa e melhor elaborada possa ser uma ferramenta eficaz que possibilite, às empresas, de forma mais simples e econômica, uma eficiente gestão de seus custos, ou seja, a utilização ou o até retorno aos Sistemas Tradicionais que nunca foram, por concepção ineficientes e, tampouco, ultrapassados, mas sim, mal divulgados, mal eleborados e mal executados...
A seguir encontram-se relacionados os principais erros, os mais comuns, na utilização dos Sistemas Tradicionais que, ao longo dos anos, prejudicaram a imagem e lançaram, equivocadamente, suspeitas em relação à suas eficiências:
1. Definições de critérios de rateios, no MLC, mal elaboradas e incoerentes com a operacionalidade dos
centros de custos e dos tipos de custos a serem rateados entre os diversos centros devedores;
2. Inclusão de gastos indevidos, no MLC, onerando os Custos Operacionais unitários dos centros de
custos;
3. Desconsiderar na formação do Preço de Venda Calculado (interno), o fator “participação dos custos
fixos”, bem como, as variações nos volumes de produção, para mais ou para menos, nos centros de custos, tendo como decorrência uma formação de preços instáveis e, assim, tornando inviável uma a análise adequada entre Preço Calculado x Preço Praticado (mercado);
4. Agregar as Despesas Operacionais Fixas (Custos Administrativos), ao custo por itens, mediante critérios incoerentes, tais como: utilização da Receita Operacional ou do Custo Operacional, como bases de rateio ou, ainda, utilizar-se das Margens de Contribuição de Cobertura dos Custos Fixos para tal finalidade;
5. Contratação de pessoas inábeis, com pouca experiência ou insuficiência de conhecimento para assumir a responsabilidade profissional em Custos, diante da carência de especialistas plenamente habilitados no mercado.
6. Definir Preços de Venda, proceder análises de resultados, projeções de preços, quantidades e lucratividade ou outras análises semelhantes utilizando-se apenas do Sistema de Custeio por Absorção ao invés de, paralelamente, utilizar-se do Sistema de Custeio Variável;
7. Utilização de sistemas informatizados do tipo “enlatados”, não adequados às necessidades específicas e a realidade operacional da empresa, sob pretexto de que deram certo em outras organizações;
8. Utilização precária de programas informatizados para agilização e qualificação de procedimentos.
Quando os Sistemas de Custeio Tradicionais são conduzidos de forma adequada, criteriosa, e isentos, tanto quanto possível, das distorções acima referidas, tornam-se ferramentas eficientes para as empresas, indepen-
dente do porte que possuam...
É importante, também, enfatizar que, uma vez implantados e ajustados os Sistemas Tradicionais passam a fornecer um padrão de informações estáveis, contínuas, condizentes com as atividades operacionais, possibilitando vincular e manter a identidade custo x produto, dispensando a utilização de um sistema caro, complexo, de difícil controle, operacionalidade, e pouco resultado prático.
Considerando, para finalizar, que a maioria das empresas dependem de Sistemas de Custos que atendam às necessidades de custeio de produtos, mercadorias e serviços, com eficácia, porém de forma menos onerosa e, ainda, com relação ao que se refere o parágrafo anterior é importante ilustrar, mediante o oportuno comentário do Prof. Eliseu Martins, relatado no livro “Contabilidade de Custos”, 6ª. Edição, Editora Atlas, São Paulo onde refere na, página 103, o que segue:
“...Portanto, quando o objetivo principal do ABC é custear produtos, um bom sistema “tradicional” de cus-
tos, ou seja, bem departamentalizado e com boa separação dos centros de custos, já pode atender, adequada-
damente, a estas duas primeiras etapas: identificação e atribuição de custos às atividades relevantes. É possível, até, não haver diferenças significativas entre o ABC e o sistema tradicional até este ponto...”
Cláudio Fernando Ruschel
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AMIGOS PARA SEMPRE!!!
Publicado em
05/05/2010
às
09:00
Vontade eu tinha de falar a respeito da música que leva este título, mas não é esse o propósito. Mas falando da música: “Que música! Que interpretação!” Não acham?
Baseado, isso sim, na música citada é que me leva a desenvolver a respeito do tema “amizade”.
É difícil ter amigos?
É difícil sermos amigos?
É difícil formarmos amizades?
Acredito que a resposta para todas as indagações é a mesma: Sim, é difícil...
E, acredito eu, está cada vez mais difícil encontrarmos as amizades ideais. São tempos de muita dificuldade para tudo, até para as amizades.
Porque será?
Será que é em função das notícias a respeito das maldades realizadas pelos “nossos” colegas – seres humanos -?
Pode ser...
Eu possuo, graças a Deus, amigos.
Amigos para todas as horas.
Amigos para sempre!
Mas me pergunto: será que todos têm, ao menos, um amigo onde podemos conversar a respeito de “n” assuntos e que não vão pensar que estamos tratando de “negócios”?
Hoje em dia, em muitas ocasiões, a “gente” pensa que o “outro” é um “amigo” e, no entanto, esta pessoa está pensando “longe” – vendo como tirar vantagens da nossa “ingenuidade” ou insegurança “. É uma realidade – dura, mas real...”.
É isso que está acontecendo em diversas ocasiões com “pessoas” que se dizem “amigas”.
Não são amigos!
Infelizmente é uma dura e cruel realidade...
Porque?
Por que isso?
Com estes fatos se transformando numa realidade perdemos, em muitas ocasiões, a credibilidade nas pessoas. A credibilidade tão necessária. A credibilidade nos termos de amizade. A credibilidade nos termos de confiabilidade no ser humano...
Amizade – um termo puro!
Um termo importantíssimo para a vivência ou sobrevivência de qualquer ser humano. A amizade entre Adão e Eva...
O que estamos observando, como conseqüência dos fatos arrolados anteriormente, é a solidão das pessoas. E por conseqüência uma maior tristeza nos semblantes das pessoas...
É o aumento da solidão! As pessoas estão conversando pouco. Estão dialogando pouco.
O que fazer?
Realmente não sei.
Só sei dizer da infelicidade que está dominando as pessoas e pela diminuição da credibilidade e confiabilidade junto às amizades.
Como será o final da história?
A tendência, ao meu ver, é piorar. Não sou pessimista, mas realista. Tudo em função do que eu estou observando. As pessoas estão cada vez mais pensando em si próprio e também no pensamento mercantilista. Tudo é negócio... Mas somos seres humanos! Nosso sentimento não é só nos negócios, e nem tudo é negócio...
Estou observando que cada vez mais o ser humano está ficando sozinho. Sozinho junto às suas quatro paredes. Sozinho em tudo... Até pelo fato da insegurança urbana. Tudo corrobora para a solidão! E esta solidão é resolvida sem uma solução dialogada. Esta solidão está aumentando. Em ritmo muito acelerado.
Preocupo-me. E muito! Sei que é triste o que estou escrevendo, mas é uma realidade que estou observando.
O que resta fazer?
É ouvir música.
A boa música.
“Amigos para sempre...”
David Iasnogrodski
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Entenda E Tire Proveito Da Crise
Publicado em
04/05/2010
às
09:00
Com a crise financeira bancária dos Estados Unidos, tornou-se um pouco mais difícil fazer previsões ou empreender com relativa segurança, ou até mesmo investir sem riscos.
Os boatos de especialistas, não especialistas e especuladores fazem com que bolsas oscilem sem uma razão lógica, e automaticamente o dólar é o efeito contrário das bolsas, quando um cai o outro sobe.
Como há algum tempo estamos sentindo os efeitos da inflação em nossos bolsos, isto é; nas nossas contas e orçamentos domésticos, apesar dos indicadores oficiais mostrarem o contrário; os juros estão em alta, o crédito difícil e ficará ainda mais quando os efeitos da crise americana chegar afetar a economia brasileira.
Para os exportadores o cambio é insuficiente, pois só favorece as importações, aliado a alta carga tributária brasileira e ainda agravada pelas barreiras impostas pelos países importadores de nossos produtos, exemplo: calçados, etanol, açúcar, carnes, etc.
O crescimento do PIB mundial (Produto Interno Bruto) será bem menor para o próximo ano, pois alguns países que são grandes compradores e consumidores de produtos irão usar de equilíbrio quanto ao seu consumo interno.
A economia brasileira aparentemente está bem, o PIB cresceu um pouco neste semestre, 5,8% comparado com o mesmo período do ano anterior, mas devemos ficar alertas para não entrarmos na euforia governamental pré-eleição, pois o crescimento do PIB até o final do ano não passará de 4,5%.
A economia mundial está passando por mutações, em 20 ou 30 anos alguns países irão tomar a dianteira em alguns segmentos, enquanto que outros perderão sua importância.
Não podemos nos iludir com afirmações emotivas de que os Estados Unidos estão prestes a perder a importância e domínio econômico mundial. A China que é a economia que está despontando no mundo econômico, só chegou a esse ponto com a ajuda e acordos econômicos e industriais com os Estados Unidos.
Quando a China se desentendeu com a Rússia e cortaram os acordos, os EUA foram oferecer ajuda e desenvolvimento tecnológico a custos irrisórios, da mesma forma que ofereceu ao Japão no pós-guerra.
A China será a grande potência econômica do próximo século, mas com ajuda dos Estados Unidos e os EUA, manterá este domínio no mínimo até 2050, quando provavelmente outras crises surgirão.
Os Estados Unidos que é o todo poderoso está em busca de sua autonomia energética; se não tomarmos medidas sérias com nosso etanol, biodiesel e outros recursos e tecnologias que temos, em pouco tempo não conseguiremos exportar nossos produtos alternativos energéticos e teremos barreiras maiores do que temos hoje. Não temos políticas sérias e definidas com relação a esses produtos, parece tudo uma grande aventura dos “presidentes estagiários”, pois ficam em média quatro anos no poder, sendo que, um terço do tempo passam viajando, outro um terço fazendo política interna e o restante tentando aprender e conhecer o país para administrar, falam sem conhecimento de economia internacional, não só me refiro ao atual, mas a todos os anteriores; pois assisto a esse circo por mais de 60 anos
Voltando a inflação interna brasileira, os produtos que mais influenciaram foram: alimentos e bebidas aumentaram em 38%; o feijão por volta de 15%, os artigos de higiene pessoal e limpeza, o gás, os materiais de construção, subiram em média 6¨%.
Citando o caso das indústrias, o aço, o alumínio, o plástico, o acrílico, subiram em média 25%; os dissídios coletivos em média afetarão a mão de obra em 5%. A pergunta é: se não forem repassados todos esses aumentos no preço final do produto as empresas terão uma queda do lucro; também, como podemos acreditar nos índices oficiais que informam uma inflação negativa; será que os produtos que estão sendo usados como base para o calculo não deveriam ser substituídos ou ajustados?
Depois dessa análise rápida da economia mundial e brasileira podemos tomar algumas decisões aproveitando a atual crise:
Primeira: Dólar baixo, real em alta, importar máquinas, equipamentos, novas tecnologias e modernizar sua empresa aguardando a virada ou a melhora do mercado internacional tornando sua empresa mais competitiva e de qualidade para atender os exigentes mercados europeus, americanos e asiáticos.
Segunda: Aqueles que já exportam ou querem começar, não abandonar o mercado externo já consolidado ou a consolidar, principalmente o mercado americano e europeu, pois caso desista sua credibilidade ficará abalada; aquele que irão começar a exportar inicie pelos países menos exigentes e em crescimento e sem muitas barreiras, exemplo a África ou a Índia, que servirão de experiência para outros mercados.
Terceira: Fazer um melhor controle de seus estoques, mantendo-os o mais baixo possível sem prejudicar suas vendas, isso lhe dará um folga financeira para seu fluxo de caixa.
Quarta: O mercado interno estará mais favorável para compras de oportunidades, isto é; aproveitar preços baixos devido às sobras de exportações não efetuadas.
Quinta: Manter um estreito controle de lucratividade por produto e usar estratégias de oferecer ao mercado interno os produtos mais lucrativos.
Sexta: Aproveitar para reciclar seus fornecedores com melhores preços, condições de pagamentos e melhor qualidade.
Sétima: Enxugar o quadro funcional, aproveitando os talentos internos, dando-lhes oportunidades de lideranças e cargos de decisão, injetando sangue novo na sua gerência e diretoria, onde se concentram seus maiores gastos e às vezes sem muito retorno devido ao comodismo.
Oitava: Fazer uma análise dos clientes ativos e inativos para possíveis exclusões de alguns ativos e recuperação dos inativos investigando os motivos da inatividade.
Nona:: Montar um Planejamento Estratégico, mesmo que pequeno e simples para programar todas as estratégias possíveis na melhoria do negócio.
Décima: Saia da zona de conforto analise o mercado, recolha informações, participe de palestras na sua entidade de classe, converse com outros empresários do mesmo ramo ou não, verifique o que estão fazendo para vencer a crise e recicle-se.
Não podemos esquecer são nos momentos de turbulência econômica e financeira é que surgem grandes oportunidades.
Claudio Raza.
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Sou acessível ao trabalho em equipe?
Publicado em
03/05/2010
às
09:00
No atual cenário que caracteriza o mundo do trabalho contemporâneo, contar com a união, comprometimento, responsabilidade, dedicação e desempenho coletivo, é imprescindível para o sucesso de uma organização. Indiferente da sua localização, da área de atuação, produto que comercializa ou tamanho organizacional, uma equipe coesa e determinada será aquela formada por pessoas com brilho nos olhos e que encaram suas tarefas como uma missão. Ser acessível ao trabalho em equipe é compreender as diferenças humanas, contribuir com sugestões de inovação e melhoria contínua para o crescimento individual e também coletivo.
Uma coerente equipe de trabalho é formada por homens e mulheres que vêm de diferentes culturas, regiões e áreas de formação. Ser acessível a uma equipe é atuar em cooperação, fortalecendo a transferência de conhecimentos e aprendizagem entre os colegas de trabalho, compreendendo a diferença entre liberdade e libertinagem. Para contribuir com o desafio de fortalecer o trabalho em equipe, com que se deparam os líderes, gerentes, supervisores e gestores nas organizações, o palestrante mágico Dalmir Sant’Anna, enfatiza que profissionais entusiastas por seu trabalho, compreendem que qualquer atividade desempenhada com amor, possui maior qualidade, destacando duas características:
Bom humor - Mais do que um comportamento sério, ético e estável em seus propósitos, as organizações buscam profissionais que tenham iniciativa, sejam proativos e tenham facilidade de relacionamento com sua liderança e com os demais integrantes da equipe de trabalho. No entanto, não se pode confundir bom humor com manifestações de mau gosto, como por exemplo, brincadeiras que irritem uma pessoa que está concentrada e centrada em uma atividade, ou ainda, uma piada que possa ferir princípios éticos, religiosos ou familiares. Quando há na equipe de trabalho um clima saudável de bom humor e alto astral, o desenvolvimento do relacionamento entre as pessoas torna-se mais humano, contribuindo significativamente para a manutenção de um ambiente profissional agradável e acompanhado de entusiasmo.
Empatia - O profissional precisa usar de empatia, colocando-se no lugar do outro colega de trabalho e observar que cada pessoa possui comportamentos, ações e atitudes diferentes. Há pessoas que estão de bem com a vida todos os dias, há outros, entretanto, que merecem um tratamento diferente conforme o dia, o local e o momento. Usar de empatia para respeitar a opinião do seu colega é ser acessível ao trabalho em equipe, pois você está possibilitando a valorização de idéias, dicas e sugestões de melhoria contínua. Pode parecer simples, mas é magnificente contar com uma mão amiga quando estamos precisando concluir uma tarefa e a sua ajuda, pode ser através de palavras, atitudes positivas de reconhecimento e valorização pela conquista de uma meta alcançada.
Cientificamente comprovado, o bom humor estimula a liberação no corpo humano de substâncias químicas como a endorfina e a adrenalina, que oferecem uma sensação de mais energia positiva e o efeito de bem estar. Lembre que você passa grande parte do seu dia trabalhando e nada melhor do que realizar suas atividades contando com pessoas que queiram e sintam vontade de dialogar e remar com você para o lado correto. Aceitar ser acessível ao trabalho em equipe permite admitir as fraquezas, mas também possibilita conhecer as virtudes de um time de trabalho comprometido e vitorioso.
Dalmir Santana
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A controvertida questão do arrendamento mercantil
Publicado em
02/05/2010
às
09:00
As normas contábeis emitidas pelo IASB - International Accounting Standards Board, implantadas no Brasil por força da lei 11.638/07, criaram figuras no caso do Arrendamento Mercantil que não se acham definidas em lei.
Estabeleceram as referidas dois segmentos e tiveram a aprovação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários:
Arrendamento mercantil operacional
Arrendamento mercantil financeiro
A questão do Arrendamento, definida no Código Civil Brasileiro e em leis específicas que é extremamente simples, gerou um complexo de práticas normativas que ensejam controvérsias.
A lei 6.099/74, com as alterações da Lei 7.132/83 dispõe sobre o caso específico de arrendamento mercantil, mas a Deliberação 554/08 contraria textos legais.
Pela Lei 11.638/07, modificando o artigo 177 da Lei 6404/ 76 foram delegados à CVM - Comissão de Valores Mobiliários poderes para regular um processo de natureza contábil em consonância com os padrões internacionais de Contabilidade adotados nos maiores mercados, mas cumpre observar que:
1. A Lei não outorgou à Comissão de Valores Mobiliários o poder de reformar ou alterar leis, mas, sim de expedir normas;
2. Elaboração de normas e revogação de leis são coisas diferentes;
3. Não existe qualquer lei que reforme ou revogue a matéria relativa ao arrendamento mercantil;
4. Não existe ainda um padrão internacional de Contabilidade que esteja uniformemente aplicado no mundo inteiro;
5. Como o principal mercado de valor mobiliário do mundo adota as normas do FASB e os mais poderosos da Comunidade Européia não aceitaram ainda integralmente os do IASB, não havendo harmonização entre tais eventos a questão permanece indefinida;
6. A indefinição enseja duvida sobre a adequação de emitir normas apenas importadas do IASB.
Lei e deliberação não estão de acordo em pontos importantes.
Não existe legalmente estabelecida segmentação de espécies de arrendamentos mercantil, mas, um só gênero.
O artigo 3º da Lei 6099/74, não revogado, obriga expressamente que o arrendador registre o bem arrendado como Ativo Imobilizado e não como valor a receber na forma determinada pela Deliberação 554/08 da CVM.
Revogação de lei deve ser expressa.
Nenhuma lei revogou o disposto na 6099/74 e sua alteração pela 7.132/83.
Diante de tais fatos o discutível se enseja sobre a validade legal em se seguir a norma que a CVM consagra.
Mesmo a deliberação CVM 554/08 fixando que se devam executar tais ou quais procedimentos colocará quem os aplicar em sentido oposto ao das leis que ainda regulam o arrendamento mercantil.
Deveras surpreendente e preocupante é que de forma oficial se afirme e determine que a lei não seja relevante para fins contábeis.
Contabilmente, também, lesão ocorre, pois, só deve integrar o ativo um investimento sobre o qual se possui efetiva e livre disponibilidade de uso de qualquer gênero, inclusive o de liquidação, caso esse que não é o do arrendamento.
Como não enganar a terceiros, podendo causar prejuízo a imagem falsa projetada pela informação o fazer constar no imobilizado um bem que não é competente para solver dívidas com credores em caso de falência?
Isso seria criar “ativos podres” ou “virtuais”, esses que foram responsáveis pela falácia informativa que garantiu a aplicação do grande calote financeiro que resultou na magna crise que eclodiu em 2008.
Antônio Lopes de Sá.
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Havana-Cuba
Publicado em
01/05/2010
às
09:00
A primeira impressão, embora tenha chegado à noite, é de muita limpeza nas ruas e asfalto sem buracos. Os carros na maioria antigos. Um Chevrolet 53 em estado de novo cruza a frente do táxi que me leva ao hotel. Ladas, jeeps pintados pela centésima vez, pois parecem novos estão por todo lado. Também carros novos, franceses.
Aproximei-me à uma concentração de jovens, que estavam cantando e dançando em uma praça próxima ao hotel e comecei a entrevista com um jovem. Diga-me, todos vocês estão pensando em sair do país ou estão felizes aqui? De pronto: todos pensam e tem intenções de sair, mas é difícil. Através de casamento com estrangeiros, ou vistos raros para o exterior e então não retornam mais.
Estudei com um jovem no sul da Flórida que havia conseguido visto para Espanha, porque tinha parentes lá, e depois viajou para os Estados Unidos e, portanto fugiu do seu país para tentar uma vida em liberdade. O entrevistado confirmou este tipo de façanha.
Durante esta conversa, logo começaram os negócios. Ofereceu charutos cubanos ou qualquer outra mercadoria. Logo pediu para pagar uma cerveja. A impressão é que todos estão sedentos de contato com o exterior e quando se inicia uma conversa não querem se afastar.
Situada apenas a 90 milhas do sul da Flórida, A ilha de Cuba é hoje junto com a Coréia do Norte um dos últimos redutos comunistas. Por estar durando tanto, mais de 50 anos, deve ter seu lado positivo, o que ainda não vi, talvez ficando mais alguns dias perceba isto.
De qualquer sorte, percebi alegria nas pessoas. Ou é sua atitude normal, ou a musica ou o rum. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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UM "POINT" DE SUCESSO
Publicado em
30/04/2010
às
09:00
No encontro das ruas Bento Figueiredo e Felipe Camarão ( Bairro Bom Fim da cidade de Porto Alegre) existe até hoje um prédio que é um verdadeiro ícone de bons negócios.
Prédio que abrigou antigamente um armazém e hoje se localiza uma sorveteria.
Tanto ontem como hoje é um “point”.
Ontem era um armazém atendido pelos proprietários.
Hoje é uma sorveteria, com layout moderno, também atendida pelos proprietários.
Ontem a qualidade dos produtos era fundamental. Procurada, inclusive, por clientes de outros bairros.
Hoje a qualidade dos produtos ofertados prima pela qualidade e também atende clientes de outros bairros da capital dos gaúchos.
Ontem a comunidade do bairro encontrava iguarias a granel ao gosto dos habitantes do bairro.
Hoje ali encontramos um “festival” de sorvetes ao gosto de todos os freqüentadores.
Ontem a comunidade judaica da cidade de Porto Alegre, não só do bairro Bom Fim, encontrava ali, principalmente nas ocasiões festivas, todas as iguarias para estas celebrações religiosas.
Hoje a comunidade de Porto Alegre encontra ali um dos melhores sorvetes caseiros da cidade. Muito comentado por crianças, jovens e adultos.
Ontem se denominava Armazém Internacional, onde os produtos a granel eram a característica principal.
Hoje a denominação é Cronk’s, onde o sorvete “é o carro chefe”. Também ali são encontrados, durante todo o ano, mas, principalmente quando da realização da Páscoa judaica ( Pessach ), a “Matzá” – pão ázimo que se alimentavam os judeus durante a saída do Egito. Isto lembra a tradição do “point” antigo, que vendia todas as iguarias para a comunidade judaica.
É o hoje lembrando do ontem.
Hoje e ontem. No mesmo local.
Duas realidades procurando sempre o melhor para seus clientes.
Duas realidades num mercado diferente.
Duas realidades bem distintas.
Dois tempos num mesmo prédio. Dois tempos com sucesso. Sempre “point” dos clientes.
É à procura da fidelização dos clientes junto ao mercado consumidor, não importando a época,
Ontem: Armazém Internacional.
Hoje: Cronk’s.
Tudo no Bom Fim.
Tudo no encontro das ruas Bento Figueiredo e Felipe Camarão. No coração de um dos bairros mais tradicionais de Porto Alegre – Bom Fim. Um bairro onde tudo sempre acontece...
Agradeço a todos que, de uma maneira ou outra, tem me acompanhado – falando, escrevendo - no levantamento da memória do Bom Fim e no exercício da minha memória.
Daivid Iasnogrodski
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Você é comprometido com suas decisões?
Publicado em
29/04/2010
às
09:00
Atualmente, profissionais comprometidos passam a ser destaque, diante de pessoas que não valorizam o planejamento, o processo de aprendizagem e a determinação nas decisões. Nesse sentido, o comprometimento é um desafio que representa expressivo diferencial competitivo, na busca por melhores resultados para a superação de metas e valorização do conhecimento humano. E como está o grau de seu comprometimento? Como ser comprometido com as decisões, se há insegurança em aceitar as mudanças? Como ser comprometido, se o medo é maior que a ação? Observe a seguir, que o comprometimento não acontece em um passe de mágica, mas exige de você, a vontade de acreditar no seu potencial.
Você aceita as mudanças como uma oportunidade? Em decorrência do comodismo, estabilidade ou insegurança, o desafio de aceitar uma mudança gera conflitos e uma sensação de desconforto. Quantas pessoas você conhece que reclamam constantemente da empresa que trabalham? Você conhece pessoas que reclamam diariamente que são infelizes no casamento? Quantas pessoas você conhece que abandonam as decisões, por insegurança de aceitar uma mudança como oportunidade? O que essas pessoas fazem na prática? Simplesmente reclamam e não praticam nenhuma mudança. Há pessoas que reclamam da empresa, mas não são capazes de ficar uma hora a mais para concluir uma atividade. Também existem aquelas que querem ser as primeiras colocadas, mas quando a empresa convida para um treinamento, dizem que no dia a dia, o ensinamento não funciona. Uma pessoa que somente reclama e não coloca em prática uma mudança, está contaminada com um vírus, chamado comodismo.
Você acredita que toda ação tem uma reação? Cheguei a um posto de combustível. Ao descer do veículo, observei o frentista com uma aparência triste e com uma fisionomia de desânimo. Em uma rápida abordagem, constatei total despreparo e desqualificação. Quando perguntei sobre o preço da gasolina, esse funcionário do posto respondeu que ali era o preço mais caro da cidade. E qual o propósito desse funcionário? A resposta é levar, em um curto espaço de tempo, a empresa à falência. Você concorda comigo? Imagine se a ação desse funcionário é praticada diariamente, durante o expediente de trabalho com outros clientes? Quero que você faça uma reflexão sobre a história que acabo de relatar. Note que, para esse posto de combustível, passo a ser um consumidor que não voltará mais. E quantos clientes vão fazer o mesmo? Na sua empresa, como está o comprometimento de seus funcionários com sua decisão de encantar os clientes? As pessoas que fazem parte da sua equipe acreditam que toda ação oferece uma reação?
Quando sou convidado para apresentar palestra sobre o tema comprometimento, gosto de realizar a reflexão de que um colaborador, indiferente da sua área de atuação, precisa vestir, transpirar e defender a camisa da organização. Acima de tudo, ele precisa acreditar que suas determinações vão resultar no encontro da satisfação com o fazer bem feito. Estar comprometido com suas decisões, exige esforço para sair do comodismo e aceitar cada mudança como uma oportunidade. Significa entender, que toda ação tem uma reação, que pode contribuir para a contínua construção da sua trajetória de sucesso profissional. Agora responda: Você está comprometido com suas decisões?
Dalmir Santana
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O Empreendedor vai pagar a conta?
Publicado em
28/04/2010
às
09:00
É notória a elevada carga tributária que o empreendedor brasileiro suporta.
Estudo realizado pelo Banco Mundial e pela Price Waterhouse & Coopers coloca o Brasil como campeão absoluto em custos por exigências tributárias.
De acordo com esse levantamento, são cerca de 2.600 horas por ano para atender toda a demanda do Fisco.
E a cada dia é imposta ao empresário uma nova obrigação, exigência ou determinação criada pela volúpia controladora da burocracia governamental.
A criatividade do governo neste particular é inesgotável.
A última novidade é a complexa Portaria n. 1.510/09, do Ministério do Trabalho e Emprego, que cria o Registrador Eletrônico de Ponto e traz novidades sobre os programas e a manutenção dos sistemas eletrônicos de ponto de empresas que tenham mais de dez funcionários.Como sempre, e mais uma vez, caberá ao empreendedor brasileiro o ônus do processo, pois ele terá até o dia 25 de agosto de 2010 para atender a todas as exigências da Portaria.
Caso não arque com os expressivos custos para implantação e manutenção do sistema, estará sujeito a astronômicas multas administrativas.
Para se ter ideia do grau de exigência da nova determinação da burocracia governamental, as empresas serão obrigadas a manter equipamento com capacidade de funcionamento de 1.440 horas ininterruptas em casos de ausência de energia.
O ponto deverá ter também impressora de uso exclusivo e de excelente qualidade para imprimir material com durabilidade mínima de cinco anos.
Além de ser utilizada para marcação de ponto dos funcionários, o que impedirá o seu uso para outras funcionalidades, a ferramenta também deverá ter uma porta de saída padrão USB (Universal Serial Bus), visando a facilitar a captação de informações de agentes fiscais, demonstrando mais uma vez a intenção controladora do governo para com as empresas instaladas no País.
Diante disso, não será surpresa alguma se as empresas optarem por abandonar o processo eletrônico e retornar à anotação manual ou mecânica da jornada, que não sofreram alterações.
É um verdadeiro retrocesso diante de um mundo cada vez mais moderno e informatizado, mas estas podem se tornar opções mais viáveis.
O crescente número de obrigações e de exigências de cunho fiscalizador vem aumentando expressivamente os gastos das organizações para o cumprimento de todas elas, o que certamente é hoje um dos grandes influenciadores do alto índice de mortalidade empresarial.
Além de vigiados e investigados por todos os poros como se fossem sonegadores a priori, os empresários terão de arcar com a implantação e a manutenção dessa parafernália e seus processos de controle.
Vale dizer, todos pagam a conta em razão da má conduta de uma parcela reduzida.
A totalidade não pode e não deve pagar pela exceção como se todos fossem culpados, até prova em contrário.
Apoiamos incondicionalmente medidas contra fraude, sonegação ou qualquer outra atividade ilícita.
No entanto, não podemos concordar com que o ônus dessas medidas recaia unilateralmente apenas sobre aqueles que geram empregos e renda, vitais para o desenvolvimento do País.
O Brasil precisa urgentemente seguir o caminho da desburocratização, da simplificação e da redução da carga tributária.
Ao sufocar o empreendedor com tantas exigências e obrigações que demandam tempo e dinheiro, o governo tira desse empreendedor a possibilidade de crescer, de investir, de criar novos postos de trabalho, e, dessa forma, ajudar a construir uma nação mais justa e próspera.
José Maria Chapina Alcazar
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A Bélgica, o comércio e o Brasil
Publicado em
27/04/2010
às
09:00
Bélgica é um país que parece ser formado por uma mistura de outros países e culturas, principalmente da Holanda, França e Alemanha. Não existe um idioma belga. As pessoas falam dois idiomas: na metade norte do país, o holandês (mais puro que o da Holanda, sem misturas com o inglês); e na metade sul, o francês. A explicação está em que o país abriga duas comunidades de origens diferentes, a flamenga (ao norte) e a vala (ao sul).
É esse país que a Revista Conexão Marítima conheceu a convite da Flanders Investment& Trade, juntamente com mais três jornalistas do centro do país. Ao chegar na bonita cidade de Ghent, nossa base, uma pergunta: o que pode haver em comum entre dois países tão diferentes como a Bélgica e o Brasil? O Brasil tem nada mais, nada menos que 279 vezes o tamanho da Bélgica.
A Bélgica é do tamanho do Estado de Alagoas. Sua população é de 10,6 milhões de habitantes. O Brasil tem cerca de 193 milhões de habitantes. Por outro lado, a Bélgica é um pequeno país com uma grande tradição em comércio exterior. O Brasil é apenas o 27º no ranking dos principais clientes da Bélgica (atrás dos Emirados Árabes Unidos). As exportações representam 70% do PIB do país.
E é o comércio que pode estreitar as relações entre o Brasil e a Bélgica. A região de Flandres é notável, uma verdadeira indústria da logística que já atrai grandes empresas brasileiras. Flandres oferece a oportunidade às empresas de atingir 500 milhões de consumidores em 27 países que fazem parte da UE. Está no coração da Europa. É o centro do consumo e da produção na Europa. 60% do poder de compra da Europa está situado em um raio de 500km de Flandres. Os seus principais portos (Antuérpia, Ghent e Zeebrugee), que visitamos durante cinco dias, movimentam anualmente, com importações e exportações, 200 bilhões de euros. Números que impressionam e atraem investidores de todo o mundo.
Há 30 mil pessoas trabalhando em 700 centros de distribuição na Europa. Nesses centros são realizadas atividades de montagem e de agregação de valor.
A Nike tem na Bélgica o maior centro de serviços, centro de distribuição, fora dos EUA. Está localizado a uma hora de Antuérpia. É trimodal (hidro, rodo e ferroviário). E tem energia eólica e solar. É CO2 neutro. Isso é a logística verde que cresce cada vez mais.
Em maio, uma missão econômica e comercial belga, presidida pelo Príncipe herdeiro Philippe estará no Brasil para tentar ampliar e diversificar os laços comerciais entre os dois países. A missão visitará São Paulo, Rio e Belo Horizonte. O Príncipe Philippe terá encontro, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta, um acordo de cooperação no setor portuário.
Diniz Júnior.
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Alterações impostas pela IN 981/09 ao PIS e a Cofins
Publicado em
26/04/2010
às
09:00
A Instrução Normativa RFB 981, de 18 de dezembro de 2009, trouxe algumas novidades quanto aos procedimentos a serem adotados nos processos de ressarcimento e compensação de créditos tributários federais apurados sobre as contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins. Essas novidades visam uma maior segurança e mais agilidade por parte do fisco quanto à apuração da legitimidade desses créditos informados.
Assim, basicamente tivemos duas alterações com relação ao procedimento adotado no ressarcimento ou na compensação desses créditos, e uma alteração com relação a uma maior punição no caso de se prestar informações de forma incorreta ou falsa.
A primeira novidade passou a vigorar a partir de 1º de fevereiro de 2010, afetando os pedidos de ressarcimento e as declarações de compensação, referentes aos créditos decorrentes das contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins – não cumulativos. Pedidos estes, realizados através do preenchimento do PER/DCOMP (programa da Receita Federal utilizado para informar e reaver créditos tributários federais e previdenciários).
Com essa alteração o contribuinte deverá primeiro apresentar, na Secretaria da Receita Federal do Brasil, um arquivo digital de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica, contendo as informações dos documentos fiscais de entradas e saídas relativos ao período gerador desses créditos. Devemos lembrar que estão dispensadas dessa exigência as empresas que no período pleiteado estejam obrigadas à EFD (Escrituração Fiscal Digital).
Esse arquivo deverá seguir a orientação e regulamentação da IN SRF 86/2001, sendo que seguirá o mesmo padrão de conteúdo do SPED Fiscal. Assim, esse mesmo arquivo deverá ser transmitido mediante o SVA (Sistema Validador e Autenticador) de arquivos digitais da Receita Federal, e com a utilização de certificado digital válido.
Portanto, ao preencher o pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação o contribuinte já deverá ter apresentado o arquivo digital, pois terá que informar o número de recebimento desse arquivo no preenchimento do PER/DCOMP.
Também em fevereiro, foi introduzida a segunda novidade, onde a pessoa jurídica passou a ser obrigada a apresentar o PER/DCOMP com a assinatura digital mediante certificado digital válido. Com exceção para os créditos decorrentes de pagamentos indevidos ou contribuições previdenciárias.
E por último, a Instrução Normativa prevê, no que tange à aplicação de penalidades, uma multa de 75% a 112,5% sobre os valores indevidamente compensados, quando não for confirmada a legitimidade ou a suficiência de crédito informado na declaração de compensação, e de 150% a 225% quando se comprove falsidade da declaração apresentada.
Portanto, o contribuinte deve tomar cuidado ao preencher o PER/DCOMP, uma vez que em caso de erro no preenchimento, o mesmo poderá ser penalizado com multa de 75%, sendo que se a Receita Federal constatar que não houve erro, mas informação falsa, a multa será de 150%, e no caso de não atendimento por parte do contribuinte para prestar esclarecimentos no prazo da intimação, podem as multas dobrar de valor até o limite de 225%.
Assim, quando da utilização do PER/DCOMP para fazer algum processo de ressarcimento ou compensação do PIS/Pasep e da Cofins, a orientação é a de armazenar os dados de forma correta, pois, durante a análise dos dados referentes aos créditos informados, o contribuinte estará diante da interpretação por parte do fisco. Por isso, é importante arquivar todos os documentos utilizados na formação do crédito pleiteado, e ter bastante atenção em relação ao prazo estipulado em caso de recebimento de intimação para fornecer algum tipo de esclarecimento ou documento.
Ressaltando ainda que, em casos de autuações onde há aplicação de multas que podem chegar a até 225% do valor pleiteado, existe a possibilidade de se confrontar os vários princípios tributários constitucionais, sendo assim, plenamente defensável na esfera administrativa e jurídica.
Leonel Dias Espírito Santo
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Não tem, não dá, não pode
Publicado em
25/04/2010
às
09:00
Pergunto à balconista se na loja tem tal produto. Ela diz: “não tem”. Pergunto ao eletricista se dá para colocar uma tomada extra junto à geladeira. Ele diz: “não dá”. Pergunto ao advogado se tal coisa pode ser feita. Ele diz: “não pode”.
Já recebi muitos “não tem, não dá e não pode” que tinham, davam e podiam. De preguiça de procurar o produto no estoque, o balconista diz que não tem. De preguiça de arrastar a geladeira, subir no forro e puxar a dita tomada, o eletricista diz que não dá, que a rede não suporta a carga. De preguiça de consultar a jurisprudência, o advogado diz que não pode. Se batermos o pé e ficarmos firmes em nossa decisão, vemos que não era bem assim. “Ter, tem”, me disse o balconista, “mas está lá no alto...”. “Que dá, dá”, me disse o eletricista, “mas o seu forro é baixo demais”. “Poder, pode”, me disse o advogado, “mas eu não conheço bem a legislação trabalhista”.
Todas as vezes que alguém lhe disser não tem, não dá e não pode, desconfie e confira. Pergunte novamente e insista e você verá que muitas vezes tem, dá e pode.
A maneira mais fácil de fugir de uma responsabilidade ou de um serviço é dizer não. E você conhece as dezenas de variantes destes não tem, não dá e não pode. É a secretária que diz que já ligou centenas de vezes e não encontrou a pessoa. É o motorista que diz que não dá tempo de fazer a entrega naquele dia. É a costureira que diz que é impossível fazer aquela barra de saia. É o dentista que diz que aquele seu dente, só extraindo mesmo. É o médico que afirma que isso é caso de cirurgia e não tem outro jeito.
É o mecânico que diz que o motor de seu carro está fundindo e que não pode fazer nada e o auto-elétrico que diz que aquela lâmpada queimada de seu carro não existe mais. Será??
É sempre mais fácil dizer não tem, não dá, não pode, assim como os famosos não sei, não vi, não conheço, não estava lá, não é da minha alçada, não é da minha área ou do meu departamento.
Será que não estamos sendo vítimas de pessoas pouco comprometidas em solucionar nossos problemas, simplesmente dizendo não tem, não dá, não pode? Será que em nossa própria empresa isso acontece? Será que nós próprios não dizemos não tem, não dá, não pode, quando o tem, o dá e o pode exigem muito trabalho e um comprometimento extra?
Pense nisso. Sucesso
Luiz Marins.
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25 de Abril - Dia do Contabilista
Publicado em
24/04/2010
às
10:00
No próximo domingo, 25 de abril comemoramos o Dia do Contabilista.
O Dia do Contabilista foi instituído em 1926, pelo Senador e Professor de Contabilidade João Lira, no Hotel Terminus, em São Paulo, como forma de agradecimento às homenagens que lhes prestavam os profissionais da contabilidade de São Paulo. Naquele memorável almoço, de 25/04/1926, num certo momento o Senador João Lira afirmou: "Trabalhemos, pois, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril, o Dia dos Contabilistas Brasileiros". Portanto, essa comemoração, inicialmente, não foi criada por Lei ou Decreto, mas pelo ato de um homem respeitado.
Hoje, no Brasil, somos 411.126 contabilistas e dentre estes temos 31.438 profissionais no Rio Grande do Sul.
Grandes nomes da nossa história foram contabilistas, como: Dr. Getúlio Dornelles Vargas, Frederico Hermann Júnior, Major Alberto Bins, Dr. Antônio Borges de Medeiros, Francisco de Leonardo Truda, Gen. Antônio Flores da Cunha e Francisco D’aria, entre outros.
O termo contabilista agrega os profissionais de nível médio (antigo 2º grau) e de cursos profissionalizantes, os Técnicos em Contabilidade e os profissionais de nível superior, os Contadores (com faculdade). Portanto, independente de cada categoria ter sua própria data (Técnicos em Contabilidade em 20 de novembro e Contador em 22 de setembro), 25 de abril é a data de homenagem a todos os Contabilistas, sejam Técnicos ou Contadores.
Os Contabilistas são considerados profissionais de suma importância para a transparência no mundo dos negócios, com atuação que vai desde a escrituração contábil e fiscal, análise de custos e balanços, até auditoria, perícias, fiscalização tributária, assistência à Conselhos Fiscais, entre outros serviços.
Marcone Hahan de Souza
Contabilista, sócio da M & M Assessoria Contábil Ltda e
Vice-Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre.
E-mail: Marcone@MMcontabilidade.com.br
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Etapas da Venda: Follow-up
Publicado em
24/04/2010
às
09:00
Follow-up nada mais é do que dar prosseguimento, continuidade a um relacionamento seja ele comercial, profissional ou pessoal.
Mas a verdadeira tradução de follow-up no dicionário de vendas é PERSISTÊNCIA! Não existe bola perdida e as oportunidades muito mais do que serem aproveitadas devem ser criadas.
O objetivo maior em qualquer processo de follow-up é gerar FIDELIZAÇÃO por parte do cliente. Lembre-se que 98% das vendas NÃO são feitas na primeira visita ou contato e que a maioria das vendas é feita após o sétimo "NÃO".
Daí vem à importância de organizar o seu follow-up e, principalmente, criar um método que com o tempo irá se aperfeiçoando e lhe trazendo novos e melhores resultados. Vamos ver agora como fazer isso.
Faça o follow-up sempre citando o que é importante para o cliente. Nunca é demais repetir que o cliente compra pelas razões dele. No follow-up sempre comente as qualidades que o cliente citou na abordagem. Reforce positivamente a compra e a escolha do cliente.
Não entregue o ouro no primeiro contato. Não use todas as suas cartas logo no primeiro contato. Existem vendedores que tem a terrível mania de conceder todos os descontos possíveis e imagináveis em 5 minutos de conversa. Sempre deixe uma carta na manga. No follow-up você terá assunto e uma oferta irrecusável como, por exemplo: - Consegui aquele frete para o senhor!
Use o alto astral e bom humor. Sempre que entrar em contato com o cliente faça isso de maneira positiva e ilumine o ambiente. As coisas já não são fáceis e de gente mal-humorada o mundo está cheio. Aprenda a rir de si mesmo, não leve tudo tão a sério e faça com que o cliente sinta prazer e alegria em entrar em contato com você.
Demonstre disposição em ajudar e venda sempre os benefícios. Follow-up tem como objetivo fechar a venda? Sim, tem! Mas desde que isso ajude seu cliente em algo. Sua maior missão é contribuir para que o cliente fique feliz e satisfeito em comprar da sua empresa. O sucesso do cliente é o seu sucesso!
Evite promessas. Follow-up não foi feito para enganar ninguém e nada de prometer o que não se pode cumprir. O cliente perdoa erros, mas não perdoa mentiras e odeia ser enganado. Por pior que seja é melhor sempre falar a verdade do que criar situações constrangedoras.
Veja algumas dicas de como fazer um follow-up na prática:
* Logo após a prospecção envie uma carta de apresentação.
* Envie um e-mail de agradecimento quando fizer a venda.
* Marque na agenda as datas de retorno em caso de cotação.
* Responda a qualquer solicitação do cliente em menos de 24 hs.
* Ligue para ver se o produto chegou e como foi o seu desempenho no caso da primeira compra ou venda importante.
Ideias são muitas! O que é preciso é fazer, testar e ter o seu próprio método sempre respeitando a privacidade do cliente, os costumes da região, usando do bom senso e da boa educação. Não transforme o seu follow-up em algo desagradável e cuidado para não pegar a fama de vendedor chato que de tanto insistir perde o cliente. Ser persistente é diferente de ser teimoso, portanto, cuidado com os excessos e não perca as chances de fazer bons contatos com seus futuros e atuais clientes.
Paulo Araújo.
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BOA TARDE, SANTIAGO...
Publicado em
23/04/2010
às
09:00
Início da tarde.
Santiago me espera. Santiago do Chile, logicamente...
Ao chegarmos o avião sobrevoa a Cordilheira dos Andes. Céu lindo de uma tarde quente. Paisagem espetacular...
Chegada no aeroporto. Ao pegarmos as malas passamos por uma nova “revista”. É o normal com todos os passageiros.
Do aeroporto ao Hotel (bairro Providencia) já notamos algo: cidade limpa, arborizada e o piso para o transporte totalmente regular ( acredito até que não há oficinas mecânicas de suspensão de veículos...)
Chegamos ao Hotel Diego de Velazques. Hotel pequeno, mas muito aconchegante, com localização ótima para tudo: restaurantes, super mercado, comércio, enfim muito bem localizado.
Saímos diretamente para conhecermos a cidade, pois, realmente nossa programação iniciaria na manhã seguinte após o café. Recebemos na portaria do hotel toda a programação local organizada pela CTS com os respectivos horários, mas com um detalhe bem frisado: “ sempre na noite anterior comunicaremos o horário definitivo” ( isto é organização, e assim foi realizado sempre).
Fomos ter contato com a cidade. Limpa! Arborizada! Estivemos junto ao Rio Mapouche, onde as águas são provenientes das geleiras – nesta época do ano há pouca água, mas muito caudaloso – nas suas margens há belíssimos parques. Um deles nos chamou muita atenção: Parque das esculturas. Local de muitas atrações aos visitantes. Era domingo. As pessoas usufruindo o local, mas sem colocar nenhum detrito no chão. É cultura!
O calor é muito seco. É necessário estar sempre com uma garrafa de água. Era fevereiro. Era verão, mas um calor suportável!
Nos outros dias realizamos o tradicional “city-tour”, ida às cidades de Valparaiso e Viña Del Mar e uma subida até Portillo ( mais ou menos 3100 m acida do nível do mar) através de uma estrada pedageada (eletronicamente ou manualmente), com túneis e bem sinalizada. Estrada internacional com uma paisagem onde se destacam as parreiras ( diferentes das nossas, pois são verticais). Subimos 29 curvas bem acentuadas. São numeradas estas curvas. Ali encontramos inúmeros caminhões com placas de toda a América do Sul, inclusive do Brasil, levando as mercadorias. Portillo fica na Cordilheira dos Andes a um km. da fronteira com a Argentina ( Mendoza). Em Portillo os esquiadores profissionais realizam suas proezas. No local há somente um hotel e um lago, além das montanhas. No verão o lago é azul – muito azul e gelado. No inverno ele fica gelado. Passeio espetacular!
No city tour pudemos apreciar a cidade como um todo. Suas belezas arquitetônicas, pois Santiago é uma cidade muito moderna. Seu Mercado e o Restaurante D. Augusto e as camisetas de diversos clubes mundiais, inclusive os brasileiros e gaúchos. Suas igrejas, seu centro comercial. Seu povo – muito honesto e hospitaleiro. Que cidade!
Valparaiso e Viña Del Mar vale a pena visitar. A primeira um porto internacional onde a população ( 80%) vive nos morros. O Senado da República Chilena fica em Valparaiso, e não em Santiago. Encostado está Viña Del Mar. Balneário Internacional com suas praias, onde se destacam Reñaca e Acapulco. Águas geladas do Pacífico. Muito gelada!
Curiosidade: A 2 horas de Santiago encontramos os Andes e a 1 hora da capital chilena encontramos o litoral.Águas do Pacífico Sul.
Santiago, cidade maravilhosa!
Gaúchos e brasileiros são freqüentadores assíduos. Em todas as épocas do ano.
O metrô é limpíssimo. Suas estações, que são verdadeiros centros comerciais a limpeza impera... É um metrô com pneus – sem barulho. Os shopping center são muito interessantes, destacando-se o Parque Arauto.
Ruas limpas.
Arborizadas.
População honesta e hospitaleira.
Ruas com bancos nas calçadas para podermos apreciar melhor a paisagem ou mesmo para descansar. Assistimos a um jogo de futebol no estádio do Universidade Católica. Povo ordeiro em tudo!
Tudo isso aconteceu em 6 noites antes do terremoto de 8,9 graus da escala richter, pois nós “assistimos” um terremoto com 5,9 desta mesma escala. Alguns integrantes de nosso hotel tontearam. Outros, como eu, não sentiram nada. Mas ele aconteceu. Estão preparados para estes acontecimentos, não na escala de 8,9.
Santiago! Capital do Chile
Boa tarde, Santiago!
Tudo organizado aqui em Porto Alegre pela Kiaitur.
Os vôos foram realizados pela TAM, e a operadora foi a Mak tour.
David Iasnogrodski
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Liderança e Poder
Publicado em
22/04/2010
às
09:00
3. Poder por competência. Baseia-se no respeito. O líder demonstra possuir conhecimentos e habilidades adequados ao cargo que ocupa, além de atitudes dignas e assertivas. Os subordinados reconhecem esta competência e a respeitam veladamente. Um exemplo fora do mundo corporativo é a aceitação de uma prescrição médica, porque respeitamos o título do médico e seguimos seu receituário mesmo sem conhecer o profissional previamente ou o princípio ativo do medicamento.
4. Poder por legitimidade. Baseia-se na hierarquia. A posição organizacional confere ao líder maior poder quanto mais elevada sua colocação no organograma. É uma autoridade legal e tradicionalmente aceita, porém não necessariamente respeitada. Um exemplo típico é o poder que emana do “filho do dono” que pode ser questionado, embora raramente contestado, se sua inexperiência for evidenciada.
5. Poder por informação. Baseia-se no conhecimento. O líder, por deter a posse ou o acesso a dados e informações privilegiadas, exerce poder sobre pessoas que necessitam destas informações para realizar seus trabalhos. Note-se que o mero acesso a informações valiosas é suficiente para conferir poder a estas pessoas. É o caso das secretárias de altos executivos.
6. Poder por persuasão. Baseia-se na capacidade de sedução. O líder usa de argumentos racionais e/ou emocionais para envolver e convencer seus interlocutores da necessidade ou conveniência de realizarem certas tarefas, aceitarem decisões ou acreditarem em determinados projetos. Trabalha com base em aspectos comportamentais buscando ora inspirar, ora dissuadir os subordinados, de acordo com os objetivos pretendidos.
7. Poder por ligação. Baseia-se em relações. O líder apropria-se de sua rede de relacionamentos para alcançar favores ou evitar desfavores de pessoas influentes. Em tempos de desenvolvimento das chamadas redes sociais, ampliar e usar relações interpessoais constitui vantagem comparativa significativa.
8. Poder por carisma. Baseia-se na exploração da admiração. O líder adota um estilo envolvente, enérgico e positivo e alcança a obediência porque seus liderados simplesmente gostariam de ser como ele. As pessoas imitam-no, copiam-no, admiram-no com a finalidade de identificação.
Tom Coelho.
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A Evolução da Administração
Publicado em
21/04/2010
às
09:00
O estudo da Administração é um desdobramento da história das transformações econômicas, sociais e políticas de várias culturas, necessidades que o homem tem em sua natureza que precisam ser satisfeitas através de esforços organizados.
Historicamente, o fenômeno da industrialização é relativamente recente. Antes da industrialização as organizações humanas eram fundamentalmente a família, a tribo, a igreja, o exército e o Estado. Desde o princípio o homem sentiu necessidade de organizar-se para as campanhas militares, para os problemas familiares, para a administração governamental e para a operação de sua religião, decorrendo da as primeiras noções de organização. Examinando-se a administração pré-industrial, dois temas aparecem constantemente: 1. Noção relativamente limitada das funções administrativas; 2. Pouca consideração pela atividade comercial.
Vários indícios na história antiga mostram-nos que devem ter existido planos formais, organizações de trabalho, liderança, e sistemas de avaliação, ou seja, as grandes construções épicas, como as pirâmides, pôr exemplo, indicam uma prática eficiente das funções administrativas. Quando lemos a Bíblia com uma ótica de administrador, encontramos citações, como as referentes ao êxodo, que explicam a forma piramidal dos organogramas organizacionais.
Orientando-nos pela evolução da história antiga, podemos situar acontecimentos que permitiram a evolução das antigas civilizações com base em princípios administrativos que são até hoje defendidos e utilizados por grandes teóricos da administração.
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e miníster (subordinação ou obediência).
Vários autores definem de diversas maneiras a administração. Uma definição bem moderna:
Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros.
Existem três aspectos chaves que devem ser apontados nesta definição:
Dá maior ênfase ao elemento humano na organização.
Focaliza a atenção nos resultados a serem alcançados, isto é, nos objetivos em vez de nas atividades.
Incluiu o conceito de que a realização dos objetivos pessoais de seus membros deve ser integrada à realização dos objetivos organizacionais. Ou ainda:
Administração é administrar a ação através das pessoas com objetivo bem definido.
Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos.
A Administração é praticada desde que existem os primeiros grupamentos humanos.
Vários foram os povos que contribuíram para o aperfeiçoamento das técnicas administrativas ao longo dos tempos
Tudo começou a mais de 6 mil anos, na região onde fica o Oriente Médio, durante o período chamado Revolução Urbana.
Foi nesta época que surgiram as cidades, que precisavam de administradores e obras públicas.
Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula, mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.
Por volta de 4000 A. C. (Antes de Cristo) a Revolução Agrícola evoluiu para Revolução Urbana numa parte do que viria a ser o Oriente Médio, enquanto a Ásia e a América estavam na pré-história. No mesmo período, a Europa avançava da pré-história para a Revolução Agrícola. Com a Revolução Urbana, surgiram as cidades e os Estados. Essas primeiras organizações formais demandaram a criação de práticas administrativas que se estabilizariam e evoluiriam nos séculos seguintes.
As Primeiras Organizações
Por volta 3000 AC, no que viria a ser o Iraque, desenvolveram-se as cidades da civilização suméria. Grande parte do legado arqueológico dos sumérios contém informações que permitem estuda-los sob o ângulo de suas práticas de administração.
A abundância de água levou os primeiros colonizadores da Mesopotâmia á formar uma “sociedade de irrigação”, constituída de pequenas comunidades. Os sacerdotes tiveram grande influência, pois construíram, templos que se transformaram em centros de administração, onde trabalhavam funcionários com várias atividades, inclusive as das placas ou taboas de argilas, onde deixaram muitas informações para a atualidade.
Os romanos conheceram três sistemas diferentes de governo (Realeza, República e Império). Em seu auge, Roma controlava uma população de 50 milhões de pessoas. Princípios e técnicas de administração construíram e mantiveram a Civilização Romana durante seus 12 séculos de existência. Também é importante lembrar que a má administração ajudou a destruir Roma no final de seu longo período de glória
O exército romano foi o primeiro a apresentar comando em campanha, motivação dos soldados e transmissão de um código de disciplina.
Construção e Administração do Império
Roma apresenta o primeiro caso no mundo de organização e administração de um império multinacional. A extensão do território criou grandes problemas para os administradores romanos, tais como: controle das províncias, recolhimento dos impostos, manutenção de funcionários civis e militares, construção de uma rede de estradas e serviços públicos, e muitos outros.
Para cuidar desses problemas, os romanos criaram diferentes tipos de executivos, tais como: reis, imperadores, césares, cônsules, magistrados e outros. Muitas das concepções dos romanos ainda sobrevivem na administração pública.
Roma inspirou-se em três princípios na administração do império: dividir para governar, fundar colônias e construir estradas.
Administração Financeira
A administração financeira é um dos principais aspectos das instituições romanas que é interessante estudar sob a perspectiva da história da administração. “Tributum” era a contribuição que cada cidadão oferecia para a sustentação do Estado Romano. Em certa época, os cidadãos romanos ficaram isentos da tributação, quando outras receitas possibilitaram essa medida.
A tributação das cidades conquistadas era uma das principais fontes da receita do Estado.
Forças Armadas
As idéias dos gregos permaneceram por causa de sua força intrínseca, mas, como disse Bertrand Russell, as estradas e instituições romanas foram eternizadas pelo exército romano. No século III AC, o exército romano havia avançado muito em termos de organização e já apresentava características que pouco se modificariam nos séculos seguintes, como alistamento de profissionais, regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização.
O que faria do exército romano o modelo para os próximos milênios, no entanto era o centuriado. Os centuriões formaram a primeira corporação de oficiais profissionais da história. Comando em campanha, motivação dos soldados e transmissão do código de disciplina eram suas principais responsabilidades. Provavelmente, a estrutura dessa oficialidade também se tornou a matriz das disfunções que as organizações militares apresentam, com suas hierarquias pesadas e ineficientes.
Período Medieval
À medida que o Império Romano desaparecia, outra organização de grande porte começava a escrever sua história. A Igreja Católica herdou muitas tradições administrativas dos romanos, a começar pela administração do território. Com suas dioceses, províncias e vigários, a Igreja copiou não apenas o tipo de organização geográfica, mas também a linguagem que os romanos usavam para designar os administradores locais. À estrutura geográfica, a Igreja acrescentou uma poderosa administração central com diversas assessorias criadas ao longo dos séculos, responsáveis pela propagação da fé, preservação da doutrina e formação de sacerdotes.
Essa estrutura preservou e fortaleceu as tradições administrativas desenvolvidas pelos romanos como hierarquia, disciplina, descentralização de atividades e centralização do comando.
No terreno político, a administração geográfica dos romanos transformou-se no sistema feudal, que persistiu pelos quatro séculos do período medieval. A auto-suficiência e a proteção contra as dificuldades da época fortaleceram um sistema em que as pessoas se agregavam ao redor dos senhores feudais, que, por sua vez, agregavam-se ao redor dos soberanos.
A principal lição que esse período ensina aos estudiosos da administração é a importância do interesse comum. Justamente pela falta do interesse comum, o sistema feudal alimentou os mesmos conflitos enfrentados pelos gregos e romanos e que perduram até os dias atuais.
Claudio Raza.
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Começo ideal às empresas
Publicado em
20/04/2010
às
14:00
Um bom planejamento torna-se fundamental para um ótimo começo de uma empresa. É nessa hora que o alicerce de uma organização será construído. A prática se mistura ao realismo, intuição, ideias inovadoras, leis e normas – tudo isso apoiado em expertise e competência.
Nesse âmbito, uma série de ações deve ser estabelecida para a execução de um projeto. E isso inclui desde o desenvolvimento do chamado start up até a implementação das atividades-meios. Mas como o empresário pode, ao mesmo tempo, planejar as suas atividades operacionais e fazer todo o back office para o adequado funcionamento da empresa?
Resposta: buscar o apoio de empresas competentes de serviços de BPO (Business Process Outsourcing; terceirização de processos de negócios). Elas são capazes de resolver questões legais, contábeis e fiscais de forma mais acertada, além de realizar registros societários confiáveis.
No aspecto financeiro, por exemplo, a definição da base tributária a ser demonstrada aos órgãos competentes é um item importante. Expõe-se o cálculo tributário do ganho auferido nas operações comerciais ou atividade econômica de um determinado período de tempo de duas formas: lucro real – consideram-se as receitas e não os custos e despesas, de acordo com as regras da Receita Federal; e lucro presumido – se estabelece um percentual a ser alcançado sobre as vendas dos serviços e/ou produtos da organização oferecidos ao mercado.
A melhor base a ser utilizada para cálculo de Imposto de Renda depende de variáveis da empresa apuradas no faturamento. Porém, não se trata de uma receita de bolo. É necessária a análise aprofundada das características da organização antes da mesma entrar em operação plena.
São itens de importante observação no caminhar de um empreendimento. O cuidado antecipado no que tange as áreas administrativo-financeiras pode ser decisivo para a perenidade de uma empresa.
O negócio principal tem motivação considerável, mas não vive sem uma boa estrutura de apoio. Nos dias de hoje, competitivo como nunca e de pouca margem para erros, sai na frente à empresa que sabe equilibrar muito bem esses dois pesos na estrutura empresarial. E um parceiro nessa hora pode ser decisivo.
Adão de Matos Junior.
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Cadastros fiscais na era do SPED
Publicado em
19/04/2010
às
09:00
Na década passada e na maioria das empresas, a responsabilidade principal do preenchimento e manutenção dos cadastros dos clientes e fornecedores era do departamento comercial e compras, respectivamente.
A partir desse cadastro, a área fiscal e contábil no momento do faturamento e emissão dos documentos fiscais preocupava-se em checar se o preenchimento dos números como o CNPJ ou CPF (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica/Cadastro Pessoa Física) e IE (Inscrição Estadual) estavam corretos.
Por exemplo, se o nome da empresa (Razão Social) fosse impresso com diferenças de grafia, desde que o nome principal fosse respeitado ou identificável, não havia um impacto significativo na área contábil ou fiscal. Se o erro de preenchimento fosse referente aos dados de endereço da empresa (Logradouro, Número, Complemento, Bairro, CEP, Cidade, Estado), causaria transtornos na área de Logística, podendo aumentar os custos de transporte, perda de produtos perecíveis e atrasos desnecessários dependendo da informação incorreta.
Porém, naquela época, o mesmo “erro de cadastro” na área fiscal poderia ser corrigido com ações internas, por exemplo, de cancelamento, re-emissão ou correção, conforme o que a legislação ou regra determinasse para aquele evento, sem que essas operações resultassem em despesas adicionais significativas e nem sempre eram transparentes à organização.
Algum tempo depois, com a evolução da comunicação pela internet, a Receita Federal do Brasil passou a disponibilizar os serviços públicos de consulta dos cadastros PJ e PF através do seu portal e publicou instruções normativas estabelecendo nomenclaturas, padrões, layouts e a exigência na frequência da validação do status desses cadastros em seu ambiente, tanto quanto a freqüência das operações comerciais entre essas entidades jurídicas ou físicas fossem realizadas.
Em seguida, as Secretarias de Fazenda Estaduais seguiram o mesmo modelo, publicando as informações de cadastro das empresas atuantes em seu território e pertinentes as suas próprias características tributárias. É bom lembrar que, atualmente, essas informações são atualizadas, periodicamente, e que uma empresa consultada com status ativo e habilitado HOJE, pode não estar na mesma situação AMANHÃ, razão da exigência da consulta periódica.
Dessa época, lembro de um departamento comercial de uma multinacional que, para conseguir a liberação dos pedidos de vendas junto à área responsável pelo faturamento, eram exigidos que fossem acompanhadas por uma cópia da certidão online da Receita Federal anexada no corpo do e-mail. Por ser um processo manual, a atualização e validação dos cadastros dentro do sistema de gestão eram de baixa confiabilidade e, caso o faturamento não ocorresse na mesma data do recebimento da cópia da certidão, deixava a empresa exposta a irregularidades.
Ainda assim, se a empresa conseguisse detectar lançamentos incorretos após o faturamento ou entrega dos produtos, poderia lançar mão de ações corretivas sem mesmo que o Fisco percebesse. Acredite, mas até pouco tempo atrás esse era um processo considerado normal na maioria das empresas.
A partir de 2007, com a iniciativa da criação do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), as empresas perceberam que não podiam deixar os cadastros fiscais serem tratados num segundo plano. Os cadastros são a matéria-prima que alimentam o sistema e devem ser saneados e tratados respeitando os novos padrões de layout e inclusão de variáveis antes não exigidas, como por exemplo, código do município. A facilidade de detecção em tempo real de informações incorretas ou incompletas na emissão da NF-e pode causar desde o impedimento do faturamento até penalidades já previstas na legislação.
No final de Outubro/09 foram aprovadas mudanças significativas para 2010, no que os especialistas estão chamando de “a segunda geração digital”. Entre elas, a inclusão de novas informações e uma exigência que envolve, diretamente, o controle sobre o cadastro de clientes e fornecedores - antes um cliente com a inscrição estadual não-habilitada poderia ter a situação da emissão da sua NF-e não autorizada pelo sistema. A partir do próximo ano, a emissão será permitida, porém tanto o cliente quanto o fornecedor estarão sujeitos a penalidades.
Quanto maior o volume de operações comerciais de uma empresa, maior será a sua exposição nas operações fiscais. Ou seja, a área fiscal passou a ser estratégica: não é prudente passar a responsabilidade principal de atualização das informações cadastrais para a área comercial, compras ou um staff secundário, nem confiar em processos manuais.
O ideal é delegar a missão a profissionais especializados e cercar-se de soluções informatizadas que minimizem qualquer possibilidade de erro. A empresa não vai querer ver seus lucros sendo impactados por riscos de autuações do Fisco a cada emissão ou recebimento das notas fiscais devido a descuidos com os cadastros dos clientes e fornecedores.
*Luiz Paulo Ferreira presta serviços de Consultoria em Desenvolvimento de Sistemas e Gestão de Negócios para a ZipCode, empresa especializada em ferramentas para ações de marketing direto. O profissional é pós-graduado em Administração de Negócios e Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Mackenzie. Atuou em empresas multinacionais e nacionais de tecnologia como Ericsson, IBM e Crivo.
Luiz Paulo Ferreira.
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É da natureza
Publicado em
18/04/2010
às
09:00
O escorpião pede carona ao elefante para atravessar o rio. Afirmou que não o machucaria. Ao chegar ao outro lado, deu a ferroada. O elefante perguntou por quê? Resposta. É da minha natureza, disse o escorpião. Todos sabemos desta analogia.
Já os filósofos antigos afirmavam: Ainda que você a expulse, ela volta com força. Ao mudarmos um hábito negativo, corremos sempre o risco eminente de o velho voltar. Basta nos distrairmos e voltamos a agir da forma anterior. Por quê? Porque é da nossa natureza.
Isto explica a dificuldade que se tem em mudar comportamentos. Afirma-se que as pessoas não mudam. Elas são na essência o que se formaram na tenra idade. Será que isto significa que não podemos mudar comportamentos?
Qual a maneira para provocar alguma mudança, considerando que todos temos comportamentos que desejamos mudar para melhor? Resposta: Trabalho árduo. Muita vontade de querer. Assumir compromissos consigo mesmo, mentalmente e de preferência por escrito, estabelecendo prazo para obter resultados e aos poucos ir incorporando o novo hábito.
Exemplo: Você tem a mania, o hábito de criticar outras pessoas tempestivamente. Escreve e responda algumas perguntas.
• Nome da pessoa (escolha uma por vez) que quero parar de criticar.
• Quando vou começar. Seja especifico. No próximo encontro, na reunião.
• Até quando vou ver o resultado (estabeleça no máximo 3 semanas) e cobre de si mesmo a mudança de atitude.
• Estabeleça um prêmio para você, no caso de êxito. Uma roupa, um sorvete, um passeio, uma folga. Em caso negativo, não desista, recomece, afinal você está trabalhando na pessoa mais difícil deste mundo, que é você mesmo.
Marcos Hans.
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A Antropologia Empresarial e os desafios do século XXI
Publicado em
17/04/2010
às
09:00
Estes últimos anos têm sido para as empresas, empresários e mesmo executivos e funcionários do Brasil tempos de aprendizagem do empresariar numa economia estável. Acostumadas à selvagem inflação que nos assolava há décadas as empresas e os consumidores haviam desenvolvido mecanismos de proteção que, se não eram totalmente eficazes, pelo menos faziam com que a empresa sobrevivesse.
Veio o Plano Real e com ele a estabilidade que desconhecíamos. As empresas tiveram que, novamente, se ajustar a processos novos como uma nova visão dos preços relativos, agora conhecidos pela população. Começamos a saber o que é "caro" e o que é "barato" e o povo começou a ser mais exigente, mais seletivo em suas compras, a descobrir o conceito de "valor" agregado às compras que faz.
E os prognósticos continuam bons para os próximos anos. Não há no horizonte nenhuma previsão de que a inflação volte aos níveis anteriores ou mesmo chegue aos dois dígitos mensais. O ciclo inflacionário do mundo acabou.
Um novo governo é eleito. Sem desejar a volta da inflação e da instabilidade, o povo votou num Lula que prometeu antes de tudo o diálogo, a reconquista da auto-estima do brasileiro, a volta ao crescimento econômico penalizado pelo duro remédio da estabilização. Agora é a hora de acreditar num novo Brasil que está surgindo. É preciso compreender que os caminhos da estabilidade não são fáceis, mas que estamos conseguindo coisas que não poderiam ser sequer imaginadas há alguns anos. O setor siderúrgico está totalmente privatizado. Os monopólios estatais estão caindo. A economia brasileira é grande e complexa e, portanto, essas medidas demoram mais para serem implementadas no Brasil do que nos outros países da América Latina. É bom que saibamos que todo o PIB da Argentina é equivalente ao PIB do interior do Estado de São Paulo. Todo o PIB do Chile é equivalente ao PIB do Grande Campinas e todo o PIB do Uruguai é equivalente ao PIB do bairro de Santo Amaro em São Paulo. Assim, a diferença de magnitude precisa ser compreendida para que entendamos a razão da complexidade de nossas reformas.
Os próximos anos serão ainda mais competitivos. A globalização se fará sentir ainda mais e a concorrência será cada vez mais mundial. Não estaremos mais competindo com nossas empresas da cidade, nem do Estado, nem do Brasil. Estaremos competindo globalmente. A ALCA e a integração do Brasil com o Mercosul e com a União Européia e mesmo com o ASEAN são inexoráveis.
Neste contexto, sobreviverá a empresa que tiver competência, estrutura de custos, caixa forte e pessoal altamente qualificado para produzir com qualidade e prestar o melhor serviço aos clientes e além disso, reinventar o seu setor, surpreendendo o mercado e os clientes com produtos e serviços fundamentalmente novos e diferentes.
Terá medo da concorrência a empresa que não compreender que é preciso construir hoje a empresa do amanhã. O sucesso hoje, não garante o sucesso amanhã. É preciso criar o amanhã. É preciso perguntar-se: Como será um dia típico de meu trabalho daqui a 5-10 anos? Quem serão meus concorrentes daqui a 5-10 anos? De onde virão os meus lucros daqui há 5-10 anos? O que a tecnologia estará oferecendo daqui a 5-10 anos e que poderá afetar o meu trabalho? Etc., Etc..
Estamos vendo que as empresas estão, em sua maioria, olhando para o próprio umbigo ou através de um espelho retrovisor. Poucas são as que estão construindo o seu futuro, pesquisando oportunidades de novas tecnologias e novos mercados.
É preciso que entendamos que as empresas vencedoras hoje não foram aquelas que perguntaram o que o cliente queria. São vencedoras as empresas que surpreenderam o mercado com produtos e serviços fundamentalmente novos que nem os clientes imaginavam como possíveis. Assim, a Microsoft reinventa o computador pessoal com o sistema windows. A 3-M reinventa o "recado" com o "Post-it", a TAM reinventa a aviação regional no Brasil. A McDonald's reinventa o "fast-food" e assim, veremos que as empresas que têm sucesso hoje foram aquelas que literalmente reinventaram o seu setor. Não foram empresas que apenas fizeram melhor, mais rapidamente, com menos custo, aquilo que já faziam. Elas fizeram coisas fundamentalmente diferentes.
Vencerá a concorrência neste processo de galopante globalização as empresas que forem capazes de se reinventar, de regenerar suas estratégias e de surpreender o mercado.
Acredito, com muita certeza até, que o Brasil será nos próximos anos, uma das maiores plataformas exportadoras de produtos populares para grandes mercados como a China e Índia. Essa me parece ser a real vocação do Brasil no comércio internacional.
Assim, o que de fato muda é que não será o maior que vencerá o menor, mas sim o mais ágil é que vencerá o mais lento. É preciso ser ágil, pensar rápido e agir mais rapidamente ainda. É preciso criar mecanismos eficazes para que nossos funcionários participem ativamente dos processos de decisão, planejamento e implementação de forma positiva e proativa. É preciso criar na empresa a necessária "inteligência" para analisar dados demográficos, psicográficos e tendências futuras. É preciso conhecer cada vez melhor os mercados em que atuamos. É preciso, enfim, mudar, antes que seja tarde e mudar constantemente, pois a única certeza estável deste século XXI é a certeza de que tudo vai mudar a cada dia mais aceleradamente.
E o que a Antropologia Corporativa tem a ver com tudo isso?
Desde o australopitecus passaram-se três milhões de anos. Não houve nenhum período da história do homem em que tivéssemos tido tantas mudanças ocorrendo ao mesmo tempo. Viver, empresariar, trabalhar hoje é um desafio muito maior, muito mais complexo do que viver, empresariar, trabalhar a décadas atrás. Se esses 3 milhões de anos fossem apenas um ano, essas mudanças radicais na ciência e na tecnologia seriam os últimos 15 segundos apenas. O ser humano não é "preparado" para esse "passo" de mudança. Não há ser humano "modelo novo" para enfrentar os desafios da globalização e do ciclo de vida curta dos produtos e do próprio conhecimento. O homem hoje tem que ser um "novo homem" para poder sobreviver e vencer.
O que a antropologia corporativa faz é justamente analisar essas mudanças na vida corporativa e estabelecer, por pesquisas de observação participante, quais os "motivos" que as empresas em geral podem ter e a empresa pesquisada e cliente pode encontrar no seu conjunto de pessoas para levá-la ao sucesso. Isso é "motivação". Motivação é encontrar os "motivos" muitas vezes escondidos dentro da cultura empresarial para fazer daquela organização um grupo harmônico, coeso, competitivo, aguerrido, inovador e comprometido. E fazer com que esses "motivos" sejam transformados em "ação" ou seja, produtos e serviços que façam da empresa, uma empresa vencedora e das pessoas que nela trabalham, pessoas realizadas, felizes.
Análises e ferramentas tradicionais não funcionam mais. Modismos em modelos de gestão acabam sendo passageiros e não trazem resultados duradouros. Sem deixar de usar todos os recursos da mais alta tecnologia e ciência disponíveis, a sensação geral é de é preciso voltar ao "básico" da simplicidade e da compreensão dos "motivos" humanos para fazer, empreender, vencer.
Luiz Marins.
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A pessoa empreendedora é apaixonada pelo que faz?
Publicado em
16/04/2010
às
09:00
Estudos sobre a atividade empresarial na década de 40, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, estabeleceram o conceito de "motivação para a realização" e a identificação de um elemento psicológico crítico no empreendedor, direcionado para o "impulso de melhorar". Gradativamente, o perfil empreendedor passou a acumular outros elementos com a sensibilidade de praticar o exercício de saber ouvir, o desejo de inovar e a capacidade de identificar oportunidades através da paixão pelo trabalho realizado. Ao contrário de sempre reclamar de algum problema, da ausência de oportunidades e de constantes desculpas, o empreendedor busca superar desafios e procura aproveitar cada oportunidade como um momento único para surpreender. Você conhece alguém com estas características?
Observe que diante destas atitudes de ouvir, treinar, inovar e ser uma pessoa apaixonada pelo que realiza, o empreendedor passou por inúmeras transformações e neste período contemporâneo pode ser presença nos diversos setores da economia e, nos mais diversificados ambientes do mercado de trabalho. Com brilho nos olhos, o empreendedor é capaz de relatar seu processo de mudança e desejo contínuo de encantar através da ruptura do comodismo, alternativas para inovar e superar expectativas. Observe que ao procurar um empreendedor, os dois fatores a seguir são presença nos traços de comportamentos e personalidade.
Empreendedor não limita seus conhecimentos
O que levou as panificadoras a funcionarem por 24 horas? O que levou postos de combustíveis a oferecerem serviços de conveniências? O que levou uma empresa a criar pizzas refrigeradas para serem aquecidas no aparelho de microondas? O que será que levou uma empresa de chocolate a colocar um brinquedo dentro do doce e em formato de um ovo? Sem dúvida foi o empreendedorismo presente em mulheres e homens, que não limitaram seus conhecimentos, mas somaram suas idéias com estudos realizados pelas mais diversas ciências para comprovar que o empreendedor precisa conhecer ao máximo o negócio onde está inserido. Após o Brasil conquistar a estabilidade monetária, o empreendedor desenvolveu maiores possibilidades de acertos, compromissos, planos e metas. Foi através da estabilização da moeda que o mercado para as inovações passou a ser favorável ao empreendedor, que intensificou mudanças em alavancar novos negócios e gerir idéias para a otimização das margens de lucro. Neste sentido, o empreendedor passa a ser uma pessoa inquieta com seus próprios conhecimentos e não limita o esforço de aprender continuamente. Você conhece pessoas que com frequência respondem "não sei"? Pois, para uma pessoa empreendedora esta resposta dificilmente será proferida, pois ao perceber que desconhece algo sobre o seu próprio negócio realiza alguma pesquisa sobre o assunto. Note que uma pessoa empreendedora que é apaixonada pelo que faz, além de trabalhar mais horas, participa de constantes treinamentos, mas busca aprimorar seu próprio desenvolvimento pessoal.
Empreendedor procura encontrar felicidade
Conversei com uma pessoa que trabalha em uma empresa há dez anos. Depois de ouvir o relato de suas experiências, esta pessoa não parava de reclamar da empresa, das ações do seu líder, do clima organizacional e de maneira negativa não demonstrava satisfação com o seu trabalho. Depois de ouvir toda sua experiência, realizei duas perguntas: Você tem felicidade no trabalho que realiza? Você realmente é feliz? Quero que você leitor observe que para algumas pessoas a felicidade não existe! Em outra perspectiva, há pessoas que acreditam que a felicidade é resultado de uma construção e conquistada a cada novo dia. Interessante observar que para este segundo perfil de pessoa, a felicidade compreende não um estado constante, mas uma busca permanente. Mas o que é felicidade? É um estado afetivo ou emocional de sentir-se bem ou ainda, de sentir prazer pelo que está desenvolvendo. Procure demonstrar felicidade através de pequenos gestos no seu cotidiano, como um sorriso, por exemplo, um saudoso bom dia, um convite para almoço a uma pessoa que há muito tempo você não conversa, ou mesmo, praticar o exercício de reconhecer o esforço de um colega de trabalho. Que tal colocar em prática alguns destes desafios? Que tal terminar a leitura deste texto e buscar encontrar a felicidade em algo que está a sua volta? Ao procurar uma pessoa empreendedora, você deve lembrar que a característica de ser apaixonada pelo que faz estará em evidência, principalmente pelo aspecto de demonstrar felicidade do trabalho que desenvolve, no brilho dos olhos ao contar sobre o que faz e a relação emocional de fazer bem feito.
Embora algumas pessoas acreditem que o termo empreendedorismo é algo recente à literatura e ao atual cenário empresarial, passa a ser relevante enfatizar que os primórdios estudos e pesquisas foram realizados em 1950, por um importante estudioso da área da economia, Joseph Alois Schumpeter (1883/1950). O interessante é notar que desde os inícios dos estudos do empreendedorismo, sempre esteve constituído algumas fases que começam pela geração de idéias ou pela busca de oportunidades, seguidas do desenvolvimento de um plano de negócios ou de um planejamento estratégico, da busca de recursos financeiros e a ação de monitorar os resultados. Ao procurar um empreendedor lembre-se de constatar a seguinte equação: uma pessoa empreendedora é aquela que sabe realizar a junção da responsabilidade com o comprometimento, multiplicando o resultado desta soma com o talento pessoal e conquistando como resultado final, êxito na ação de empreender.
dDalmir Santana.
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Ética na Política
Publicado em
15/04/2010
às
09:00
A OAB-SP acaba de lançar uma campanha para valorizar a ética na política destinada a referendar valores morais que se pretende venham a imperar no próximo e importante pleito municipal.
O problema está em conceituar o que são valores éticos aplicáveis à política. Segundo Luiza Erundina, uma das candidatas à prefeitura de São Paulo e que esteve presente ao lançamento, ética na política é a prefeita Marta Suplicy afastar-se da gestão dos destinos da prefeitura nos meses que antecedem o pleito. Não está errada a Deputada Erundina, visto que, um dos maiores problemas da reeleição é o uso da máquina governamental para alavancar campanhas.
Sobre o tema já se pronunciou o TSE. Nem a prefeita Marta está obrigada a desincompatibilizar-se do cargo que ocupa para levar adiante sua candidatura, nem está impedida de governar, inclusive no que diz respeito aos programas sociais que devem ter sua normal continuidade. Entretanto, outros já o fizeram, seria desejável o afastamento do detentor de mandato que buscasse sua reeleição, até em homenagem a princípios éticos que devem reger os pleitos eleitorais.
Já o Deputado Arnaldo Jardim acha que ética na política é a não assinatura dos contratos de 20 anos com as empresas de lixo que estão sendo licitados na capital do estado. Não está incorreto o deputado. Sabemos todos, e os registros das campanhas anteriores provam isso, que as empresas de lixo são as principais doadoras de valores para as campanhas municipais. Assim, a não assinatura dos tais contratos não geraria a necessidade de retribuição na forma de doações para a campanha da atual prefeita. Entretanto, fique claro, que essas doações são legais e que o conceito do que é ético, neste caso, fica por conta do Deputado que o formulou.
Teria sido ética a campanha de Joaquim Roriz ao governo do Distrito Federal ? O TSE disse nada ter encontrado de ilegal na aludida campanha, mas, como o que é legal nem sempre é ético não se pode afirmar com convicção o caráter ético da campanha do atual governador do Distrito Federal. Aliás, quanto à disputa ocorrida em Brasília, o que se sabe, e é o agora famoso Valdomiro quem o diz, é que a campanha do adversário do atual governador, o ex-candidato Geraldo Magela do PT foi brindada com o aporte de R$ 100.000,00, em cinco cheques de R$ 20.000,00. Valores, por sinal, não declarados pelos gestores da campanha do referido candidato. Afirmações feitas por Valdomiro neste último dia 21 de junho, perante autoridade judiciária em acareação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O exemplo do Distrito Federal cai como uma luva para que expliquemos o que não desejamos advenha dessa campanha da OAB. Não concordamos que, as várias interpretações do que é ética na política gerem uma caça às bruxas com repercussão sobre o resultado das eleições.
Hoje, com a urna eletrônica, podemos afirmar que os pleitos, no tocante à captação de votos atingiram altos índices de higidez. Até aonde a vista alcança, as acusações feitas sobre a urna eletrônica não foram provadas, mantida a elevada qualidade desse tipo de urna. Assim, hoje, como nunca antes, a vontade do povo expressa em votos está corretamente captada, tendo terminado os incontáveis processos sobre fraude eleitoral decorrentes do “mapismo” e de outras formas de distorção de resultados.
Entendemos que, o que a OAB deve defender, além da defesa dos princípios morais e éticos que devem reger a política, é o atendimento da vontade do povo expressa nas urnas eletrônicas. Deve continuar o pleito que fizemos, no passado, de maior controle da votação nas urnas eletrônica feito por maior amostragem. Deve determinar à suas subsecções que faça comparecerem, representantes da OAB, em cada lugar onde o Juiz Eleitoral estiver para realizar o trabalho de implantação do software na urna eletrônica, reivindicando seja atribuída também à OAB o direito de fiscalizar. Deve exigir que os pleitos, por todo o país, não venham a terminar no “tapetão”, num indesejável terceiro turno que terá o condão de fazer substituir a vontade do eleitor, a verdade das urnas, pela decisão de um único juiz singular ou de Cortes Eleitorais com sete julgadores.
Quem julga os candidatos, não esqueçamos, é o povo, insubstituível para esse fim em regime que se propõe seja democrático. Afinal, é da Constituição o princípio de que Todo Poder emana do Povo e em seu nome será exercido.
Alberto Rollo.
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Presente e futuro - onde estará o balanço patrimonial?
Publicado em
14/04/2010
às
09:00
O que realmente deve mostrar um balanço?
A realidade ou a “probabilidade”?
O futuro pode ser apresentado como presente e este também como passado em matéria patrimonial?
Tais interrogações são justas quando se lê norma copiada do nominado regime “internacional”, agora com pretensões de se tornar obrigatório em todas as escritas contábeis (para isso exercendo forte pressão na mídia).
Podemos dizer “nominadas como internacionais” por que ainda não o são, por não estarem implantadas nos maiores mercados de ações do mundo e “copiadas” por que jamais em nosso idioma português diríamos as coisas como estão postas nos textos, ou seja, adotando expressões que em nossa linguagem não utilizamos, em face da imprecisão das mesmas e das inadequações conceituais.
Tomemos o seguinte exemplo de redação de uma dessas normas de inspiração alienígena:
Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento.
Entretanto, em determinadas circunstâncias, saldos bancários adescoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos, como cheques especiais ou contas-correntes garantidas, são liquidados automaticamente de forma a integrarem a gestão das disponibilidades da entidade.
Uma característica de tais contas correntes é que frequentemente os saldos flutuam de devedor para credor.
Nessas circunstâncias, esses saldos bancários a descoberto devem ser incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa.
Isso significa em linguagem nacional (cuja soberania a Constituição garante) que aquilo que o Banco deixar à nossa disposição para usar quando desejarmos, mas, que ainda não está sequer sendo utilizado, já devemos ter como dinheiro vivo, colocando tal valor como disponível.
Logo, a que iremos ter como dívida (futuro) já é considerada como disponível (presente); a dívida que ainda pretendemos fazer será registrada como já feita e o dinheiro que pretendemos sacar já é considerado como em Caixa.
Na prática é isso que se está desejando impor (só desejando, por que, não há lei que a isso obrigue - pelo contrário, o Código Civil exige a realidade presente).
Foi a metodologia de considerar o futuro na base de esperança que fez estourar a bolha da grande crise financeira mundial (derivativos, hedges etc.).
O “poderá vir a ser”, a “probabilidade” substituindo a “efetividade” sustentou um mundo de “ilusões” de “miragens” financeiras e o resultado todos conhecemos.
Completa a norma, para dar-lhe “aparência de seriedade” o seguinte texto:
A parcela não utilizada do limite dessas linhas de crédito não deve compor os equivalentes de caixa.
Acredito pretendessem dizer a “parcela não utilizável” (que não se vai utilizar), pois, não tem qualquer sentido em português e muito menos em Contabilidade admitir um fato futuro que a norma transforma em presente seja também um fato passado (que se deixou de utilizar).
Consagra o normativo referido o “subjetivo”, ou seja, a vontade do indivíduo; nessa base do “pretender ser” é que se determina venha a ser construído o balanço.
Será que é realmente isso o desejável para retratar a realidade, aquela que se vai informar a terceiros?
Tenho dialogado com muitos colegas, inclusive alguns cujos escritórios são responsáveis por expressivo número de escritas.
A maioria de meus interlocutores me afirmou que não adotará as IRFS por que:
1. Não há lei que obrigue aos pequenos e médios empresários adotar normas de influência estrangeira;
2. Se houvesse, entre a opção do plano do SPED e o normativo eles ficariam com o fiscal;
3. As ditas normas estabeleceram um regime demasiadamente confuso, burocrático e sem sentido prático, além de estarem muito mal redigidas;
4. O que os clientes pedem sempre são menores custos burocráticos e esses as normas exageram em exigir;
5. Ninguém, pela lei, pode fiscalizar se a empresa adotou ou não as normas e nem sanção existe para quem não empregar o critério estrangeiro;
6. Não vê o cliente nenhuma vantagem em aumentar custos sem benefícios concretos e a maioria não se interessa por opinião proveniente de outros países.
Isso, quanto ao propósito de adoção, coincide com a pesquisa da Grant Thornton dos Estados Unidos que acusou ser apenas de 7% o quantitativo das empresas que afirmaram estar dispostas a implantar os IRFS.
Antônio Lopes de Sá
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LONGEVIDADE
Publicado em
13/04/2010
às
09:00
No dialeto “idisch” é costume se dizer às pessoas: “Viva ATÉ OS 120 ANOS”. Mas isso antigamente, onde as pessoas, normalmente, iam até os 75 anos ou no máximo 80 anos de vida.
Hoje a longevidade aumentou.
Muitas, graças a Deus, são as pessoas que ultrapassam, com facilidade, os 85, 90 ou mais anos de sua existência.
Está se observando isso com uma maior freqüência.
Pergunto eu: “Estamos acostumados a viver com essa idade?”
Dizem os médicos que estão ocorrendo muitos estudos em função dessa indagação.
Dizem os administradores da “coisa pública” que este fato deverá, ou já está tendo, estudos aprofundados em função da Previdência.
Dizem muitos outros que este fato se deve em razão dos remédios, das pesquisas farmacológicas, das pesquisas médicas.
Enfim, são estudos de uma realidade.
E novamente me pergunto: “Nós, seres humanos, estamos acostumados a viver tanto?”
Não desejo que vocês me chamem de maníaco, mas é uma realidade.
Muitos, com a idade já avançada devem estar dizendo que “foram esquecidos”, “já deviam ter me buscado” e assim por diante.
É uma nova realidade que estamos vivenciando e enfrentando.
Eu acredito que o ditado do dialeto “idisch” já deve ter sido modificado, agora é “viver até os 240 anos...”, quase dois séculos e meio!
É loucura?
Bem, tudo é bom quando a qualidade de vida permaneça boa.
Não podemos é sofrer...
É o valor das pesquisas!
Que acham?
David Iasnogrodski
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Conectando Pessoas
Publicado em
12/04/2010
às
09:00
No decorrer dos últimos meses seguramente você vivenciou ou leu sobre o chamado “apagão aéreo”. Vôos cancelados, atrasos de várias horas, passageiros dormindo no chão dos saguões dos aeroportos. Sem falar nos acidentes e na falência de mais uma companhia, a BRA.
Tecnicamente, estes problemas decorrem de uma conjunção de fatores. Da falta de planejamento dos órgãos públicos responsáveis pela regulação da atividade, ao duopólio comandado pela TAM e a GOL, passando pelo aumento da demanda. Mas o que mais chamou a atenção neste período foi a negligência no atendimento aos consumidores.
É curioso notar como as empresas investem maciçamente em programas de capacitação e desenvolvimento de seus profissionais, baseadas no preceito de que em tempos de globalização e concorrência acirrada o cliente tornou-se rei. Organizam seminários, treinamentos e palestras motivacionais a fim de promover uma cultura de excelência no atendimento ao cliente. Mas, na prática, o que se observa é o oposto.
Tomemos novamente a crise aérea. É evidente que as mudanças necessárias são de caráter estrutural. Envolvem contratação e formação de novos controladores de vôo, ampliação e construção de aeroportos, abertura do mercado a novas companhias, estimulando a concorrência. Porém, pergunto-me a cada novo embarque: Por que as poltronas de espera são tão desconfortáveis? Quando haverá tomadas elétricas em quantidade suficiente para atender aos usuários de computadores portáteis? Por que não colocam músicos e animadores para entreter as pessoas, em especial as crianças, a fim de mitigar os efeitos dos atrasos? E, fundamentalmente, qual o motivo de tanta dificuldade para prestar esclarecimentos e fornecer um bem precioso e que nada custa: informação honesta e transparente aos usuários?
O problema das companhias aéreas é o mesmo da maioria das empresas em todos os setores. Não sabem identificar seus próprios propósitos. A pergunta fundamental e primeira que deveria ser feita por qualquer corporação é: “Qual é o meu negócio?”.
Se resolvessem responder a esta questão, TAM, GOL, Oceanair e todas as demais compreenderiam que não vendem passagens aéreas, transporte ou segurança. Elas vendem economia de tempo. Usamos aviões apenas para chegar com mais rapidez ao nosso destino. Por isso declinamos de carros, ônibus ou trens. Aliás, quando disponibilizarem um trem expresso entre São Paulo e Rio de Janeiro, certamente a demanda por vôos na Ponte-Aérea sofrerá grande retração – com conseqüente queda nos preços. E quando em alguns séculos (ou décadas) o teletransporte for viabilizado, todos os sistemas convencionais de transporte perderão sua razão de existência.
A baixa qualidade no atendimento ao público, ao que eu chamo de “desatendimento”, é o maior câncer do mundo corporativo nos dias atuais. E isso acontece porque as pessoas trabalham sem paixão e de forma desagregada em suas organizações.
Falta paixão porque estamos sempre projetando nossas expectativas e ideal de felicidade no futuro. É um estado de impermanência latente que nos impede de aproveitar o momento presente e viver com plenitude. Você diz: “Quando eu tiver um carro, quando eu morar em uma casa maior, quando eu for promovido, serei finalmente feliz”. Então você compra um carro, muda de residência e sobe na hierarquia. E, meses depois, sente-se novamente insatisfeito e descontente.
Falta sinergia no ambiente de trabalho, porque acreditamos que nossa atividade independe dos demais. Enxergamos a empresa através de departamentos. O objetivo maior consiste em “cada um que faça a sua parte”. Assim, esquecemos que uma empresa é um organismo vivo e interdependente. Precisamos cultivar a empatia.
Assisti a um filme instigante intitulado “O Empacotador”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar. Trata-se da história real de um jovem portador de Síndrome de Down que trabalhando como empacotador em um supermercado altera a rotina de todos no estabelecimento ao adotar um padrão superior de atendimento aos clientes.
No filme, o jovem toma consciência de que suas ações podem influenciar favoravelmente o dia das pessoas que visitam sua loja. Ele passa a entregar a cada cliente uma frase motivadora impressa em papel, sensibilizando a todos e incentivando uma reação em cadeia de pequenas ações praticadas pelos demais colegas.
A essência do bom atendimento está lastreada na simplicidade. Trata-se de olhar nos olhos, sorrir, estender a mão, perguntar e ouvir. Trata-se de substituir a indiferença por fazer a diferença, mas a diferença positiva, porque há grande distinção entre mudar e mudar para melhor.
Trata-se de conduzir as pessoas a uma experiência memorável, fazendo-as sentirem-se únicas e especiais. Chamá-las pelo nome, cuidar, convidá-las a voltar, liderar pelo exemplo.
Trata-se de conectar pessoas, não interesses. Telefonar para um amigo no dia de seu aniversário, mas também em dias fortuitos. Levar flores à namorada despretensiosamente. Conquistar e reconquistar, dia a dia, imprimindo uma assinatura pessoal em cada gesto, em cada ação, em cada oportunidade que a vida permitir.
Tom Coelho
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A armadilha do seguro perfil
Publicado em
11/04/2010
às
09:00
Já tivemos oportunidade de manifestar anteriormente nossa posição quanto à inconstitucionalidade do seguro perfil de automóveis, que estabelece distinção entre os contratantes de acordo com o sexo, a idade e outros critérios discriminatórios indevidos. O objetivo deste artigo é demonstrar outras tantas inconveniências do seguro perfil.
Para tanto, partiremos do seguinte caso concreto. A Sra. Janete, estudante universitária, declinou como o seguinte o seu perfil hipotético: residência com os pais em imóvel próprio; 21 anos; utilização do veículo para trabalho e para passeio, predominantemente na região metropolitana de São Paulo; utilização de garagem na residência, no trabalho e na faculdade; utilização do veículo apenas pela segurada.
Certo dia, tendo chegado mais tarde na faculdade, Janete não conseguiu deixar seu veículo no estacionamento de sempre e, diante da lotação dos demais estacionamentos, acabou deixando o veículo na rua. Infelizmente, justamente naquele dia, seu veículo foi furtado.
Ainda que a segurada tenha deixado seu veículo no estacionamento em todos os outros dias, o fato do carro estar na rua naquele dia, segundo as seguradoras, configura falsidade na declaração do perfil, fazendo atuar cláusula contratual padrão, que exime a seguradora do pagamento da indenização correspondente.
Casos como esse vêm ocorrendo dia a dia. Inúmeras vêm sendo as desculpas (o motorista que colidiu o veículo não havia sido mencionado no perfil; o local de pernoite esporádico do veículo não possuía garagem; o veículo foi utilizado em região não correspondente ao perfil; etc.) das seguradoras para o não pagamento das indenizações. Tais desculpas fazem com que o segurado tenha que ingressar com ações judiciais e esperar por anos o pagamento da indenização.
Tudo isso não aconteceria não fosse o extremado detalhamento dos perfis traçados pelas seguradoras. Tais perfis redundam, muitas vezes, no cerceamento do direito de propriedade do consumidor sobre o veículo segurado, uma vez que o mero empréstimo ocasional do veículo pode representar para a seguradora desvio do perfil e motivo para o não pagamento das indenizações.
A pretexto de investigarem fraudes dos consumidores, as seguradoras realizam minuciosa investigação na vida dos segurados, lançando mão de empresas especializadas nesse setor e, diante de fatos muitas vezes corriqueiros, deixam de pagar as indenizações sob a alegação de fraude.
Sem falar que as alterações do perfil, quando ocorrem, só servem para prejudicar o segurado. Exemplifica-se: se o segurado altera a sua residência do Ipiranga para Moema terá que pagar um prêmio complementar de, por exemplo, R$300,00. O caminho inverso, de seu turno, não representará o abatimento no prêmio do mesmo montante. Quando muito, o segurado terá direito a pequeno abatimento.
Não há como negar que o Brasil é um dos campeões em crimes de fraudes em seguros, que acabam elevando o risco da atividade das seguradoras e, conseqüentemente, o prêmio dos seguros. Não há como negar também que quem paga essa conta é o consumidor, na medida em que essas inúmeras fraudes são embutidas no preço dos seguros.
Por tais razões, frisamos, mais uma vez, que o seguro perfil representa sérios inconvenientes para os consumidores. Melhor seria que o risco da atividade das seguradoras fosse dividido igualmente entre os segurados ou, ao menos, fosse dividido segundo critérios objetivos, que não colocassem os consumidores como reféns dos desmandos dos fornecedores, como ocorre atualmente.
Alberto Rollo
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Corporativismo sem sentido
Publicado em
10/04/2010
às
09:00
Dia desses estávamos na companhia de colegas juízes quando nos perguntaram sobre a não intervenção firme da OAB nos recentes ataques do Executivo Federal contra o Judiciário.
Realmente, ainda que tenha se manifestado sobre as críticas feitas ao Judiciário, a OAB teve uma manifestação tímida, perto da importância do Judiciário para a classe dos advogados.
Constatando isso, começamos a perquirir dos reais motivos dessa conduta.
Seriam as diversas ações diretas de inconstitucionalidade propostas por entidades ligadas à Magistratura, que limitaram os direitos dos advogados consagrados pelo Estatuto da OAB?
De fato, a Associação dos Magistrados Brasileiros, por exemplo, propôs a ADI nº 1.127-8 para que as salas de Estado Maior, em que seriam recolhidos os advogados, não tivessem que ser reconhecidas pela OAB. Resultou daí que os advogados presos vêm sendo amontoados em distritos policiais, em celas comuns, sem condições mínimas de dignidade.
Seriam os inúmeros constrangimentos impostos aos advogados ultimamente, tais como a denominada “ficha de controle processual” ou mesmo as revistas em fóruns, das quais são dispensados muitas vezes até serventuários da Justiça?
O preenchimento da ficha de controle processual foi imposto aos advogados, assim como ao público em geral, sob a alegação de que pessoas estavam fazendo desaparecer processos dos cartórios. Por força do nosso trabalho desenvolvido à frente da Comissão de Prerrogativas da OAB/SP, o C. STJ considerou que, se a ficha de controle é indispensável ao bom serviço dos cartórios, devem ser preenchidas pelos próprios serventuários.
Quanto às revistas em fóruns, também são elas consideradas um mal necessário. No entanto, se o real motivo da medida fosse a segurança, as revistas recairiam também em Juízes e Promotores de Justiça e, principalmente, nos serventuários da Justiça, porque, em tese, condutas criminosas podem ser praticadas por qualquer um e não só por advogados.
Seria motivo o fato de que parcela significativa dos Juízes entende os advogados dispensáveis à administração da Justiça?
Apesar do trabalho dos advogados contribuir significativamente para a administração da Justiça, existem ainda Juízes que vêem no advogado pessoa que quer tumultuar o trabalho judicial. Em entrevista concedida à revista “Veja”, há tempos, mais de 60% dos Juízes entendeu que o trabalho do advogado era dispensável.
Houve a dispensa do advogado nos Juizados Especiais Cíveis, a pretexto de facilitar o acesso à Justiça, o que acabou acarretando sensível demora nesses processos, desnaturando essa via judicial como solução rápida para as questões de pequena monta dos jurisdicionados.
Razões diversas, como se percebe, existem para justificar a falta de uma ação mais efetiva da OAB nas questões envolvendo o Judiciário. Existem, ainda, infelizmente, Juízes que repreendem o advogado que sobe no tablado da sala de audiência, para despachar uma petição, bem como aqueles que, por vezes, deixam de olhar para o advogado e de responder a uma saudação que lhes é dirigida.
Isso sem falar nos Juízes que negam ao advogado a liberdade no seu exercício profissional e chegam, por vezes, a dar voz de prisão ao advogado combativo.
Todos esses fatos, inclusive outros que partem dos advogados com relação aos Juízes, acabam tornando o ambiente Judiciário um ambiente frio, insalubre até. Os profissionais do direito acabam esquecendo-se da sua formação comum nos bancos acadêmicos e dando azo a toda a sorte de rixas e de maus tratos recíprocos, tornando muito mais difícil o dia a dia forense.
Não olvidamos do outro lado, dos advogados que demonstram no dia a dia forense falta de educação, que querem ver despachada petição que poderia muito bem ser apenas protocolada, e também daqueles profissionais que não sabem exercer a profissão, a despeito do fato do exame de ordem, dia a dia, estar exigindo mais dos bacharéis em direito.
As más condutas adotadas de um e outro lado, acabam desbordando em corporativismos sem sentido, defendendo a Advocacia os maus advogados, que mereciam punição enérgica, e defendendo a Magistratura os maus Juízes, que estão a merecer esse mesmo tratamento.
Isso faz com que beca e toga se distanciem levando o Judiciário e a Advocacia, juntos, para o buraco do desprestígio, da descrença e da ineficiência.
Advogados e Juízes devem perceber que o dia a dia forense será melhor se houver, no mínimo, cordialidade entre seus integrantes, sem falar na união de forças que deve haver para melhorar o futuro de ambas as profissões.
Arthur Rollo
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Alisamento de Resultados e Normas Internacionais de Contabilidade
Publicado em
09/04/2010
às
09:00
Sob a denominação “Alisamento de Resultados”, por cópia de terminologia estadunidense, adotou-se um conceito relativo ao fato de se “acomodar valores dos lucros ou perdas para que evidenciados em demonstrações contábeis não causem expectativas desfavoráveis às empresas”.
Mesmo tendo sido o assunto objeto de literatura escassa e empírica conseguiu aplicação; todavia, a expressão em vernáculo não representa com fidelidade necessária o evento, tal como acontece em relação a tantas outras copiadas, frutos de simples traduções literais.
Procurou-se justificar sob a denominação referida uma estratégia de natureza administrativa em relação à oscilação reditual no tempo, mas, apresentando uma insincera evidência em face da necessária fidelidade informativa requerida ética e contabilmente.
O denominado “alisamento de resultados” foi justificado como um critério de conveniência no sentido de regularização de apresentação de resultados não uniformes, irregulares no tempo, ou seja, uma adaptação visando a evitar a informação sobre disparidades chocantes em uma seqüência reditual.
O fato de entender como necessário evitar o risco em relação à imagem da empresa, causado por variações bruscas ou desiguais dos resultados é atribuído como razão da adoção da medida de “alisamento” (em nosso idioma termo deveras inadequado para expressar o fato).
Por mais que tenha sido justificada a medida ela na realidade é da natureza do que de forma pejorativa já na década de 70 o Senado dos Estados Unidos denominava como “Contabilidade Criativa”, ou seja, o falseamento de informações no sentido de mostrar algo que na realidade não sucedeu, resultante de medidas da gestão, espelhado em contas redituais.
Atualmente a fiel informação contábil, aquela exigível para espelhar a verdade, para servir de base à construção de modelos de ação administrativa, já não é mais a que se cumpre para fins ditos “legais” e normativos.
O Contador é dos poucos profissionais na atualidade aos quais se obriga a evidenciar como certo o que eles mesmos reconhecem como errado.
Normas e leis discrepam algumas vezes da realidade objetiva patrimonial.
Tais distorções, entretanto, se operam em todo o mundo e no Brasil com maior destaque ainda, tanto pelas deformações impostas por legislação fiscal e comercial falhas contabilmente, quanto por deliberações normativas copiadas de um criticado modelo alienígena.
Dados oficiais, aqueles da escrita dita legal, não servem mais para que a empresa negocie os seus ativos, faça uma associação com terceiros, ceda o controle de seu capital, administre a empresa.
Poucos empresários venderiam ou conseguiriam liquidar as suas empresas pelo que demonstram em suas escritas oficiais.
Ainda não se conseguiu alcançar uma forma que possibilite a imagem fiel da riqueza patrimonial e nem aquela dos resultados, através de normas expedidas por entidades, pois, nessas a política implica distorções da realidade.
Até que ponto possa existir mesmo um interesse de evidência fiel não é difícil ainda determinar, pois, forças financeiras atuam no sentido de deixar alternativas as maneiras de informar contabilmente, ou, pelo menos, bastante flexíveis (o que facilita acomodar demonstrações ao feitio dos controladores das empresas).
Antônio Lopes de Sá
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O mundo está aí para ser descoberto.
Publicado em
08/04/2010
às
09:00
Descobri cedo que a melhor maneira, para mim, de aprender é viajar. Algumas das experiências podem ser de utilidades por outros peregrinos.
• Evite seguir o fluxo da maioria dos turistas. Evite museus. Talvez até seja absurdo, mas quando se viaja se quer conhecer a vida daquele lugar e não do seu passado. Se for visitar museus, saiba o que você quer olhar e caia fora. Se não você vai ter a sensação de ter visto um monte de coisas sem saber do que se trata.
• Faça contato com os locais. É ali que a cidade acontece e não nos museus. Nos bares, sente e veja as pessoas chegando e saindo e se alguém iniciar uma conversa, entre nela, por mais diferente que seja. Compre um jornal para os shows e passeiso.
• Compre, compre muitas coisas que você não precisa carregar. Boa comida, espetáculos, shows, passeios. Com a internet você pode mandar vir qualquer coisa, sem pagar excesso de bagagem e sem ter que carregar as coisas para lá e para cá.
• Se possível viaje sozinho ou se estiver casado com sua companheira, as vezes. Viajar assim, necessita de mais esforço, porque não tem ninguém olhando por você. Mas é a única maneira de deixar o seu país para trás, por um tempo. Viajar em grupo é ir disfarçado para falar sua própria língua e ouvir mais notícias do seu país do que do país que você vai visitar. Os filhos? Ensine isto a eles.
• Não faça comparações de nada. De preço, limpeza, qualidade de vida ou transporte. Você não estava viajando para provar que você vive em condições melhores que outros. Você esta alí para descobrir como os outros vivem e o que você pode aprender com isto.
• Não tente ver o mundo em uma semana. É preferível ver uma cidade em quatro ou cinco dias do que cinco cidades é uma semana. As cidades são como mulheres sensuais, só se revelam aos poucos e com tempo.
• Aprenda a viajar de mochila. Já voltei de viagens e guardei roupas que não usei.. Viaje leve, já chega seu peso.Nao volte mais gordo, só porque esta viajando. Ou vai ter que voltar correndo para academia. Aí perde a graça.
Finalmente. Viajar é uma aventura. A vida é uma aventura. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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Empreendedorismo nas atitudes diárias
Publicado em
07/04/2010
às
09:00
No início do século XVIII era possível identificar um empreendedor, como sendo uma pessoa que assumia riscos em uma negociação de compra de serviços ou de mercadorias por um determinado preço, com a intenção de posteriormente, revender por um preço incerto.
Gradativamente, o empreendedorismo estimulou a capacidade de aprendizagem, ampliou seu conceito compreendendo a ótica organizacional e se tornou essencial diante das complexidades e das dinâmicas do cenário empresarial.
O empreendedorismo além de pesquisado, reconhecido e desejado, está cada vez mais se tornando essencial nas atitudes diárias. Perceber que em um período, onde a duração dos empregos formais está menor e, os mais diversos setores industriais e comerciais são caracterizados por expressiva volatilidade, o empreendedorismo ao ser aplicado diariamente, passa a ser um importante diferencial para fortalecer a capacidade de superar desafios. Aplique os dois fatores abaixo e perceba que o empreendedorismo, pode sim, ser um relevante ingrediente e um diferencial nas atitudes diárias.
Valorizar cada oportunidade como um momento único – Certa vez, fui convidado para apresentar palestra durante a realização de uma convenção de vendas. Enquanto aguardava o momento de subir ao palco, ouvia atentamente o gerente falar de maneira negativa sobre determinado concorrente. Algum tempo depois, para minha surpresa, recebo a notícia do desligamento do gerente desta empresa e adivinhe onde ele foi trabalhar?
Você acertou! Justamente na empresa que anteriormente ele falou negativamente. Acredito que alguns profissionais, jogam pela janela, o momento de valorizar o trabalho e a empresa onde atuam. Reclamam dos benefícios oferecidos e deixam de observar as oportunidades que surgem diariamente.
São profissionais que trazem consigo experiências negativas que dificultam sua adaptação de entendimento e aceitação aos processos de transformação da cultura organizacional e com base na experiência profissional em outras empresas, demonstram expressiva dificuldade em acolher as mudanças que lhe são impostas. E qual o resultado? Sem se preocupar com o clima organizacional, aplicam comportamentos de arrogância, ausência de empreendedorismo e atitudes que dificultam o relacionamento e sua coerente relação com os demais colaboradores da empresa.
O treinamento é um investimento para o empreendedor – Além de cultivar o hábito de participar de maneira expressiva de cursos de especialização, palestras e treinamentos para fortalecer suas aptidões, habilidades e olhar de maneira sincera sua atuação, o empreendedor realiza a leitura de livros, revistas, sites e jornais.
Está presente em reuniões em núcleos setoriais, encontros em entidades de classe para fortalecer sua rede de relacionamentos e busca abandonar qualquer situação que limite sua capacidade de reconhecer seu crescimento pessoal e profissional.
O empreendedor sabe que grandes realizações ocorrem, quando rompe a inércia do comodismo e acredita que todo resultado é gerado por mudanças diárias em observar o ambiente que está a sua volta. Pode parecer óbvio, mas o empreendedor demonstra motivação, caráter, compromisso, energia positiva para superar desafios e compreende que o trabalho duro por si só, é mais um ingrediente para alcançar o sucesso.
O interessante é que o empreendedor além de trabalhar intensas horas, compreende que há algo a mais do que a quantidade de horas, há o comprometimento com a intensidade das horas de trabalho. Para um empreendedor, o treinamento não é perda de tempo, mas a oportunidade de expandir seus conhecimentos, demonstrando interesse mais chances de traduzir sua estratégia em resultados, realizando a seguinte reflexão: Como posso fazer do meu trabalho um sucesso?
Como empreendedor, que tipo de comportamento e características diferenciais você planeja trazer a bordo nas suas atitudes diárias? Será que você conta com uma estratégia correta para alcançar seus objetivos como empreendedor?
Observe que não existe um estilo comum a todos os empreendedores e desta forma, relevante contar com um estilo que direcione as energias para as atividades corretas, acreditando que o empreendedorismo apresenta resultados concretos. Para a aplicação do empreendedorismo é imprescindível atentar que antes de definir os objetivos de um negócio é necessário articular os objetivos pessoais, e assim aplicar diferenciais nas atitudes diárias.
Dalmir Santana
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Dos perigos da guerra de mercado
Publicado em
06/04/2010
às
09:00
Estamos novamente numa fase de guerra de preços. O desespero bate à porta de nossas empresas e ai reside o perigo. Na ânsia de vendermos, de desovarmos o nosso estoque, cometemos verdadeiras ações suicidas no mercado, através de duas armas mortais para a empresa: desconto e prazo.
Tenho visto com grave preocupação, empresas de um mesmo setor encontrarem mercados absolutamente prostituídos através de seus próprios concorrentes. Há uma verdadeira selvageria no mercado que não deve e não pode continuar sob pena de todos sairmos perdendo e perdendo muito.
Vale aqui ressaltar que se o momento é de muitos concorrentes, com qualidade semelhante e preços similares, é justamente nesses momentos que conhecemos a verdadeira competência do empresário. No auge da competição temos que usar todos os meios disponíveis de diferenciação de nossa empresa, de criatividade e inteligência, antes de irmos destruindo o mercado, viciando o consumidor, acabando com nossa rentabilidade empresarial, comprometendo o nosso negócio.
Há três tipos de empresa numa evolução empresarial moderna:
a) EMPRESAS QUE MAXIMIZAM VENDAS:
Essas são as empresas que estão no primeiro estagio da evolução empresarial. O negócio delas é “vender” não importando outras considerações. Pensam somente em “participação de mercado” e de fato, vendem muito.
b) EMPRESAS QUE MAXIMIZAM LUCRO:
Essas são um pouco mais evoluídas . Já pensam em “lucro”. Querem vender, mas com lucro. Já fazem conta de resultado operacional. Desejam ter lucro e obtém realmente esse desejado lucro.
c) EMPRESAS QUE PENSAM EM “CASH-FLOW” OU “CAIXA”
Essas são as empresas que chegaram à real evolução empresarial. São as que pensam em “Caixa” pois sabem que o que uma empresa realmente precisa ter é “Caixa”. O resto é filosofia!
É importante ressaltar que pouquíssimas empresas chegam a este estágio evoluído da vida empresarial. A maioria fica no estágio n.º 1 (Vendas). As que defendem o segundo estágio (Lucro) tem que se lembrar que não pagamos nossa folha de pagamento com “lucro”. Pagamos com “Caixa”. O lucro, na maioria das vezes é puramente ilusório e extremamente massageador do ego de empresários que não querem encarar a verdade dos fatos e da realidade empresarial. “Lucro” é, na verdade, uma “ficção contábil”.
Carteiras de Duplicatas imensas. Estoques com giros elevados. Dependência de capital de terceiros. Lentidão no encaixe de ativos. Sistemas de cobrança obsoletos e vagarosos. Tudo isto faz com que a empresa, embora possa apresentar “lucro”, seja inviabilizada nos dias atuais, mesmo com baixa inflação.
O mercado é um “dado” e nem sempre podemos modificá-lo com ações externas. É um complexo de componentes econômicos que formam a estrutura do mercado mais recessivo ou mais comprador. Nós podemos, entretanto, trabalhar nas políticas e nas estruturas de nossa empresa para enfrentarmos adequadamente situações diferentes de mercado. E essa é nossa obrigação como empresários.
A verdade verdadeira é que quanto mais enfrentarmos erradamente o mercado dando descontos excessivos e prazos inadmissíveis, mais estaremos levando o nosso negócio para a bancarrota ao invés de o estarmos salvando como ingenuamente pensam alguns maus empresários.
E a importância de se chegar ao terceiro estágio da evolução empresarial é que somente as empresas que chegarem ao 3º estágio, poderão chegar ao 4º estágio. O 4º estágio é: COMPRAR AS EMPRESAS DO PRIMEIRO ESTÁGIO, que só pensaram em VENDAS e não tiveram preocupação séria com o Caixa e estão em profunda dificuldade financeira. Analisem os leitores e vejam se isso é ou não pura verdade!
A “Guerra de Mercado” não poupa ninguém. Todos saímos feridos e muito. Alguns poderão até morrer. Outros poderão ter a ingênua ilusão de vencedores, porém o tempo lhes mostrará que no mercado, só vencerão os que compreenderem totalmente o valor de termos na empresa uma rígida “política de caixa”.
Sente em cima do seu caixa!
Luiz Marins
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Ser e Estar
Publicado em
05/04/2010
às
09:00
Tenho observado com cautela o comportamento das pessoas e suas atitudes na vida em sociedade. E seja no ambiente corporativo, familiar, político, social, enfim, qualquer que seja o meio no qual estejam inseridas, preocupa-me a instabilidade, a ausência de propósitos, a fragilidade das personalidades, ante questões diversas que lhes são impostas.
As pessoas parecem tomadas por um senso de urgência, um imediatismo subserviente, através dos quais manifestam-se em defesa de interesses de curto prazo, pontuados isoladamente e localmente, como se estivessem desconectadas do organismo social.
Políticos fazem alianças historicamente incongruentes em troca de alguns minutos adicionais no horário eleitoral gratuito, independentemente da dissonância ideológica e pragmática futura em caso de êxito no pleito. Profissionais travam um verdadeiro jogo de xadrez em suas companhias prejudicando o colega da mesa ao lado em lances ardilosos engendrados nos corredores e nas pausas para o café, em busca de uma notoriedade que pretensamente lhes venha conferir uma maior remuneração. Amigos cultivados ao decorrer de anos capitulam nos momentos mais críticos, negligenciando ajuda e apoio. Familiares desagregam-se ao primeiro sinal de dificuldade econômica. Pais apregoam a ética a seus filhos, enquanto ultrapassam veículos pelo acostamento no final de semana, tendo-os por testemunhas.
Há uma inversão recorrente dos valores, da ética, da moral, do caráter. As pessoas deixam de ser o que sempre foram e passam a estar o que lhes convém.
Valores
Valores são definidos como normas, princípios, padrões socialmente aceitos. São-nos incutidos desde cedo, fruto do meio social, e quando chancelados pela conduta humana, considerados eticamente adequados. Somos orientados a aceitá-los, evitar questioná-los. E acabamos cerceados da possibilidade de exercer nossa criatividade, nossa imaginação, nosso livre arbítrio. Como diria Rousseau, "o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros". Se tais parâmetros carecem de concordância, optamos não por alterá-los, mas por desrespeitá-los. Daí advém uma primeira cisão: regras são feitas para serem quebradas; contratos, para serem rompidos.
A moral de um lobo é comer carneiros, como a moral dos carneiros é comer a grama. Este instinto animal tem inconscientemente caracterizado o comportamento humano o qual tem denotado uma moral dupla: uma que prega mas não pratica, outra que pratica mas não prega.
Não são os princípios que dão grandeza ao homem. é o homem que dá grandeza aos princípios. Curiosamente é mais fácil lutar por princípios do que aplicá-los. Mas esta é uma luta que deve ser travada diariamente com paciência e sabedoria, ajustando a palavra à ação, a ação à palavra.
Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo. Por isso, esta luta trata-se de litigar paradigmas. Criar e difundir novos. Não esmorecer, mesmo sentindo a mente turva. Todos vivemos sob o mesmo céu, mas nem todos vemos o mesmo horizonte. E quando se tem o horizonte enevoado, é preciso olhar para trás para manter o rumo. A vida, disse Kierkegaard, só pode ser compreendida olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
Caráter
Caráter é destino, disse Heráclito de éfeso. é aquilo que fazemos quando ninguém está olhando. é nossa particularidade, nossa maior intimidade, nosso segredo mais bem guardado. é nosso maior companheiro, nossa maior paixão - e, às vezes, nosso maior fantasma. é construído desde a mais tenra idade, simbolizando nossa maior herança - e nosso maior legado.
Um homem de caráter firme mostra igual semblante em face do bem ou do mal. Preocupa-se mais com seu caráter do que com sua reputação, pois sabe que seu caráter representa aquilo que ele é, enquanto sua reputação, apenas aquilo que os outros pensam. E sua firmeza de propósitos o faz com que opte pela singularidade de seu próprio julgamento.
O caráter testa-se em pequenas coisas. Num olhar, num gesto, numa palavra. Quando queremos saber de que lado sopra o vento atiramos ao ar não uma pedra, mas uma pluma. Há um provérbio dos índios norte-americanos que diz: "Dentro de mim há dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando. O que ganha a briga é aquele que alimento mais freqüentemente".
Acredito que as adversidades além de fortalecerem o caráter, revelam-no. Tornam-no mais tenaz, purificam-no.
Caráter é destino. E o destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha. Não é uma coisa que se espera, mas que se busca. O futuro de um homem está decididamente escrito em seu passado.
Mudança
Não existe nada permanente, exceto a mudança. Porém, mudar e mudar para melhor são coisas diferentes. As pessoas não resistem às mudanças, resistem a ser mudadas. é um mecanismo legítimo e natural de defesa. Insistimos em tentar impor mudanças, quando o que precisamos é cultivar mudanças.
O dinheiro, por exemplo, muda as pessoas com a mesma freqüência com que muda de mãos. Mas, na verdade, ele não muda o homem: apenas o desmascara. Esta é uma das mais importantes constatações já realizadas, pois auxilia-nos a identificar quem nos cerca: se um amigo, um colega ou um adversário. Infelizmente, esta observação, não raro, dá-se tardiamente, quando danos foram causados, frustrações foram contabilizadas, amizades foram combalidas. Mas antes tarde, do que mais tarde.
Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais. Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos: nos outros apenas duramos.
Segundo William James, a maior descoberta da humanidade é que qualquer pessoa pode mudar de vida, mudando de atitude. Talvez por isso a famosa Prece da Serenidade seja tão dogmática: mudar as coisas que podem ser mudadas, aceitar as que não podem, e ter a sabedoria para perceber a diferença entre as duas.
Tolerância
Cada vida são muitos dias, dias após dias. Caminhamos pela vida cruzando com ladrões, fantasmas, gigantes, velhos e moços, mestres e aprendizes. Mas sempre encontrando nós mesmos. Na medida em que os anos passam tenho aprendido a me tornar um pouco pluma: ofereço menos resistência aos sacrifícios que a vida impõe e suporto melhor as dificuldades. Aprendi a descansar em lugares tranqüilos e a deixar para trás as coisas que não preciso carregar, como ressentimentos, mágoas e decepções. Aprendi a valorizar não o olhar, mas a coisa olhada; não o pensar, mas o sentir. Aprendi que as pessoas, via de regra, não estão contra mim, mas a favor delas.
Por isso, deixei de nutrir expectativas de qualquer ordem a respeito das pessoas. Atitudes insensatas não mais me surpreendem. Seria desejável que todos agissem com bom senso, vendo as coisas como são e fazendo-as como deveriam ser feitas. Mas no mundo real, o bom senso é a única coisa bem distribuída: todos garantem possuir o suficiente...
Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer. Nós não aprendemos nada com nossa experiência. Nós só aprendemos refletindo sobre nossa experiência. Todos temos nossas fraquezas e necessidades, impostas ou auto-impostas. "Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam", disse François Rabelais.
Por tudo isso, é preciso tolerância. é preciso também flexibilidade. Mas é preciso fundamentalmente policiar-se. Num mundo dinâmico, é plausível rever valores, adequar comportamentos, ajustar atitudes. Mantendo-se a integridade.
Tom Coelho
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Desejo de Status
Publicado em
04/04/2010
às
09:00
Outro dia fui repreendido por uma advogada porque não a chamei de “Doutora”. Um amigo me contou que ficou esperando duas horas para que lhe fosse entregue um cheque que estava pronto sobre a mesa de um diretor. Ao entregá-lo a secretária lhe disse: “O cheque está pronto há muito tempo. É que o meu diretor gosta de deixar as pessoas esperando para se fazer de importante”. Um agente de viagens me contou que há clientes que fazem absoluta questão de sentar no primeiro assento do avião, pois acham que sentar no primeiro assento é questão de status. Numa oficina, um mecânico me disse que o “Dr. Fulano” não aceita esperar um minuto sequer. A mesma coisa ouvi de um frentista de posto de gasolina: “Aquela mulher não suporta esperar que atendamos outra pessoa em sua frente. Ela quer que a gente pare de atender a outra pessoa para atendê-la”. Maitres e garçons ficam abismados de ver que há clientes que não vão ao restaurante se a “sua” mesa estiver ocupada. Uns assistem uma palestra sobre vinhos e se acham os maiores especialistas em enologia, ensinando o sommelier. Outros fazem questão absoluta de serem atendidos pelo dono do restaurante e não por garçons. Alguns não admitem que seu “carrão” vá para o estacionamento. Exigem que ele fique estacionado defronte ao restaurante - mesmo que não haja vagas. Tal hóspede só fica na suíte 206. “Se ela estiver ocupada ele fica uma fera”, disse-me o gerente do hotel...”O presidente só toma café nesta xícara”, confidenciou-me a copeira da empresa. “Quando a anterior quebrou não encontramos no Brasil. Daí um diretor trouxe outra igual da França...”.
Esta lista de exigências não teria fim se quiséssemos esgotá-la. Por que certas pessoas sentem tanto desejo e mesmo necessidade de status?
Alain de Botton, um filósofo contemporâneo, estuda esse desejo tão exacerbado nos dias atuais em seu livro que leva o nome desta mensagem: “Desejo de Status” (Editora Rocco, 2004). O autor analisa o “esnobismo” contemporâneo como forma de vencer o anonimato e a falta de conteúdo das pessoas neste mundo de aparências em que vivemos. Vale a pena ler.
O mundo já está complicado demais para que as pessoas ainda vivam buscando status. Pessoas esnobes, desejosas de deferências e rapa-pés parecem não compreender que estamos no século XXI e não no XIX. Fico impressionado ao ouvir relatos de pessoas que fazem exigências absurdas, atendimentos especiais, mesas únicas. Geralmente são pessoas de origem humilde que necessitam dessas exigências e até da arrogância, para mostrar a sua importância, já que elas próprias, pouca importância se dão, dizem os psicólogos e filósofos que tratam do assunto.
Veja se você não está sendo vítima de um desejo exagerado de status e fazendo exigências descabidas de serviços e atenções, tornando-se arrogante e esnobe. Faça uma auto-análise antes de cair no ridículo e ser motivo de chacota das pessoas que lhe atendem e servem, mas riem de sua insegurança assim que você deixa o ambiente, crente que está abafando.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins
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INFORMAÇÃO NÃO É PODER!
Publicado em
03/04/2010
às
09:00
Dificilmente você nunca ouviu a frase: Informação é poder!
Falsa ou verdadeira? Só a informação basta?
Há alguns meses atrás o aquecedor de gás da minha casa parou de funcionar. Chamei um técnico que fez seu diagnóstico e concluiu que precisava trocar os filtros e que essa troca e a revisão devem ser feitas a cada seis meses. Depois me mostrou uma etiqueta posicionada no canto do aparelho com a data da última revisão e da próxima. A revisão estava em quase dois anos atrasada. Aí não há aquecedor que resista!
Falhei em não anotar na minha agenda a data da próxima revisão, mas confesso que não visito com freqüência os aparelhos que ficam na lavanderia da minha casa.
Sugeri ao técnico-vendedor que criasse uma planilha no Excel ou anotasse em sua agenda logo que terminasse o serviço a data da próxima revisão e que entrasse em contato com o cliente, no futuro, para lembrar e oferecer seus serviços.
Com cara de espanto ele me diz: - Mas isso não é minha obrigação!
Agradeci o conserto e anotei em meu palm a data da próxima troca.
Imagine quantos serviços de manutenção essa empresa perde, abre espaço para o cliente pesquisar e procurar um concorrente e ainda pior é o dinheiro que deixa de ganhar.
Neste caso o técnico tem a informação, mas não gera uma ação.
Que tal mudar a frase para: Transformar a informação em AÇÃO é poder!
Fique atento a qualidade da informação. Hoje temos tudo on line. Pesquisas, dados, fofocas, o que você quiser encontra na rede, nos livros, revistas, entre outras fontes. Nem toda informação é confiável e o seu excesso mais prejudica do que ajuda uma boa análise. Separe o joio do trigo, use informação que agregue valor e nada de adiar uma decisão por procurar justificar o que já está justificado com as informações que dispõe.
Informação todo mundo tem. Disciplina para transformá-la em conhecimento ou em ação planejada e que gere resultado, são poucos. Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles descreve a disciplina como uma das maiores qualidades do Homem. A indisciplina gera desordem física e mental, tira o foco, evita o planejamento, gera esforço desnecessário. É a mãe da bagunça. A disciplina modela o caráter. Informação sem disciplina para gerar ação é meio caminho para o fracasso.
Só a ação gera resultado. Que atire a primeira pedra o vendedor que nunca recebeu uma indicação para prospectar e posterga o contato até cair no esquecimento, ou então a quantidade de técnicas de vendas que aprendemos, mas que nos recusamos a usá-las apenas porque dá certo trabalho a sua implantação.
Informação sem ação é só papo furado! E isso a sua carreira já não tolera mais!
Paulo Araujo
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Marketing Sensorial
Publicado em
01/04/2010
às
09:00
São Paulo é uma cidade pródiga em pizzarias. Dentre as opções tenho grande estima por uma casa chamada “1900”, assim nomeada por ter se estabelecido em um galpão do início do século passado, preservando sua arquitetura original. Mais do que o ambiente acolhedor, a excelente comida e o chopp bem tirado, o que a notabiliza é a qualidade do atendimento.
Por cultivar a mudança, resolvi conhecer “A Tal da Pizza”, elogiada pelos críticos como uma das melhores pizzarias do país. Considerada um case de marketing, promoveu uma inovação no serviço. Não há garçons. O próprio consumidor se encarrega de buscar sua bebida, registrando-a num cartão de consumo. Os pratos são solicitados no caixa e levados até a mesa onde, dada a ausência proposital de talheres, come-se com as mãos. O menu é belíssimo, desfilando alguns recheios inusitados e de admirável paladar.
Mas ao lado destes diferenciais, há muitos pontos de discórdia. O primeiro deles, a localização. Além da falta de sinalização no trajeto e de uma informação equivocada no mapa no site, a casa não apresenta letreiro visível em sua fachada. Depois, o atendimento. Embora teoricamente seja possível reunir até quatro diferentes sabores numa mesma pizza, muitas combinações são simplesmente proibidas. Não se mistura doce com salgado, ou ainda duas variações doces num mesmo prato, entre outras sucessivas exceções – que se tornam regras.
Porém, nada é mais questionável do que o fato de os preços não serem claramente disponibilizados no cardápio, o que contraria as normas do Código de Defesa do Consumidor. Pior, os valores praticados de fato foram 50% superiores aos informados por telefone.
Marketing Sensorial, também batizado como Marketing de Experiência, é uma estratégia de buscar a fidelização do consumidor através de um processo de diferenciação na prestação do serviço que vai além de ações como cores que cativem a atenção, aromas que proporcionem a tranqüilidade, sons que estimulem a permanência num ambiente, sabores que surpreendam o paladar. Trata-se de remeter o cliente a uma percepção de valor única e inequívoca, proporcionando-lhe uma vivência memorável que o estimulará a repetir e difundir a experiência de consumo, independentemente do preço.
No composto mercadológico da Madia Marketing School, este aspecto está representado pelo que Francisco Alberto Madia de Souza cunhou como “Percognitiom”, ou seja, uma soma seqüencial de percepção, reconhecimento, reputação, experimentação, convivência, imagem e marca.
Retomando o início do texto, o que marcou minha experiência em “A Tal da Pizza” não foi o fantástico sabor das massas, a decoração aconchegante ou o som da música ao vivo. Estas virtudes foram obscurecidas pelo descuido no atendimento e pela forma desleal como os preços foram praticados.
A impressão que tive é de ter sido apenas “mais um” consumidor, como se o propósito do estabelecimento – bem sucedido, por sinal, com filial até no exterior – fosse gerar tráfego a partir da curiosidade. Afinal, há muitos aspirantes a uma visita para conhecê-los, ainda que não mais retornem...
Enquanto isso, continuarei assíduo freqüentador da “1900”!
tTom Coelho.
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A atitude de fazer mais
Publicado em
31/03/2010
às
09:00
Durante o Império Romano, um oficial poderia obrigar qualquer cidadão a carregar um fardo, seja para distribuição de alimentos, material de construção, por um quilômetro. Era um direito do oficial e um dever, obrigação cada pessoa e quem se recusasse corria perigo. Assim sendo, caminhar o quilometro era fazer aquilo que era exigido.
Viajando para o presente e correlacionando com a atualidade, se percebe que a maioria dos funcionários, colaboradores, ainda com mentalidade da relação de emprego rígida, executa somente as funções para que foram contratados. Pouco esforço, pouca criatividade, pouca mudança, pouco satisfação, pouco rendimento, tudo pouco. Aparentemente tudo certo até ai, afinal foi o combinado.
Porém, todavia, contudo caminhar somente o quilometro contrato é atitude passiva. Que tal adotar uma atitude de fazer mais e ver o que acontece. Você poderá ser notado, uma promoção, outra função e você ficará surpreso. Quem caminha mais, como analogia, sonha mais que os outros, arrisca-se mais que os outros, também trabalha mais que outros, conquista mais que os outros, se sente mais realizado, mais feliz. Certamente você concorda com isto.
Um estudo apontou que nosso país, existe dificuldade de encontrar talentos. Existem milhares de vagas para supervisores, gerente, diretores que não são preenchidas por falta de profissionais capacitados. Na região metropolitana onde se inclui Montenegro, a situação não é diferente. Empresas estão se instalando e faltam profissionais capacitados. A oportunidade está aí. Ande um quilometro a mais, prepare-se.
Não há engarrafamento no quilometro extra. Se não vejamos. Se você sair uma hora antes do horário de maior movimento em uma rodovia você não vai encontrar tanto movimento, portanto você chega antes, sem stress. Você se destaca da multidão. Ou ainda, boi que chega por último toma água turva e suja. Todas estas analogias para dizer, melhor, escrever, que está na hora de encarar o quilometro extra como oportunidade e não com um fardo.
A atitude de fazer mais que o solicitado é atitude vencedora. Não inverta os valores, primeiro experiência, remuneração é uma conseqüência. A empresa anunciou uma palestra motivacional para um dia à noite, depois de expediente. A primeira pergunta que um colaborar fez foi: e será pago hora extra?
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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Pensando? ou Agindo?
Publicado em
30/03/2010
às
09:00
Naquela esquina está a menina...
Solitária.
Caminhando.
Entregando os folders de publicidade.
Muitos aceitam.
Outros só fazem o sinal com o dedo. “Negativo”. Ela agradece...
Lá segue ela novamente até o sinal a procura dos carros.
Precisa ela no final do dia estar de mãos “abanando” mostrando o resultado do seu trabalho. Precisa levar para casa o resultado do seu trabalho.
O trabalho de ter entregue a informação do seu cliente aos motoristas.
Uns lêem. Outros rasgam. Outros guardam, mas ela cumpriu com o seu dever.
É o trabalho de cada um...
Com chuva.
Com sol.
De dia.
De noite.
Lá está ela a distribuir a publicidade.
Muitas bem feita. Outras de um mau gosto... Mas lá está ela a distribuir... Ela não escolheu!
Todos os dias a cumprir com seu dever.
Muitas vezes solitária.
Solitária como um artista.
Solitária como um escritor.
Solitária a percorrer os veículos que estacionam nos sinais de maior movimento.
Outros dias o que se nota: menininhos que mal sabem dar os primeiros passos já estão ali nos cruzamentos pedindo “o trocadinho” ou “ajudando” a menininha a distribuir os folders. Junto aos “pezinhos” recém formados um “chinelinho” de dedo. Sorrindo e correndo. Feliz quando é fornecido a ele o trocadinho...
Isso é uma realidade. Dura realidade!
Não é uma realidade de trabalho.
É a realidade social...
O que fazer?
Dar o trocadinho? Ou entregar uma bala? Ou ainda entregar a ele um “pedacinho” de pão...
Fico a pensar...
Trocadinho? É didático entregar trocadinho a um menininho? O que irá fazer com o dinheirinho?
E com o pãozinho? Será que irá comer ou dividir com o irmãozinho que ainda não tem o “chinelinho” de dedo para estar ali no cruzamento e realizar o seu “trabalhinho”?
Realidade!
Realidade solitária
Solidão do artista.
Solidão do escritor.
Solidão do “menininho” triste com o sorriso lindo... Será que não está atrás de uma bola de futebol? Será que não está pensando em ser um Ronaldinho Gaúcho?
Realidade!
Realidade de um século. Realidade de um século XXI, em pleno sul da América do Sul. Num país continental. Num país em desenvolvimento. Num país em crescimento. Num país onde as noites, em muitos lugares, são passadas em baixo de marquises a espera do cobertor de jornal ou da sopa do passante.
É a solidão.
Solidão do artista.
Solidão do escritor.
É a solidão da noite. Que custa a passar... Que custa a passar.
É a chuva com seu barulho tradicional.
É frio que bate no cobertor de jornal... É o frio que custa a passar... É o cansaço da espera de tudo...
E o que fazer?
Fico a pensar...
Só pensar?
E o que fazer?
Não sei...
Você tem idéia?
Talvez alguns tenham...
Talvez até alguns já colocaram em prática suas idéias...
Adiantou?
Não sei...
Porque pararam?
Não sentiram respostas?
É a solidão em tudo...
Até no que fazer...
A menininha está ali a distribuir seus folders...
O menininho correndo com seu “chinelinho” de dedo...
E eu?
Eu vou parar por aí... pensando ou agindo?
Vou parar por aí...
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
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Conceito quantitativo de lucro e problemas com o valor monetário
Publicado em
29/03/2010
às
09:00
O aumento de valor do capital próprio (dito, também, patrimônio líquido) derivado de um lucro produzido por reavaliações, correções monetárias, doações, aportes de capital de sócios, subvenções e afins por natureza não representa um crescimento por efeito de “rédito” efetivo.
Também o lucro que se tenha derivado de ajustes de valores, só de efeito quantitativo, sem acréscimo de utilidade do capital, não pode ser considerado como real.
Ajuste de valor por si só não significa realidade patrimonial quanto ao crescimento de “poder funcional” de uma riqueza, embora sobre esta possa vir a influenciar quanto à evidência de resultados.
A expressão monetária dos fatos patrimoniais é apenas uma medida convencional.
A questão quantitativa, do valor monetário, ainda não alcançou maturidade suficiente, especialmente no que tange a uma verdadeira expressão do lucro.
O II Congresso dos Técnicos Oficiais de Contas de Portugal, em 2006, reunindo profissionais de muitas outras nações de vários continentes, com a presença de cerca de 4.000 participantes, confirmou, dentre outras manifestações havidas, a preocupação existente quanto às expressões de valor monetário dos fatos contábeis; tais manifestações se repetiram no IX Congresso Internacional de Contabilidade do Mundo Latino, em Maio de 2008.
O denominado “valor justo” sofreu pesadas críticas pela imprecisão que lança e subjetividade de julgamento, fato que tende a abrir portas para manipulações de balanços.
Milhares de profissionais presenciam as censuras aos aspectos dos “ajustes” baseados em possíveis “valores de mercado” ou de “realização”, estes que se podem ser manipulados e que se sujeitam muitas vezes a imprecisões de diferentes naturezas, inclusive as emocionais e as “motivadas”.
Voltou-se ao tema da incapacidade da precisão estabelecida por uma medida que já é por sua própria natureza imprecisa e que é a moeda.
Os defensores do valor histórico apelam para as razões de “provas”, de efeito jurídico, e, os do “valor atualizado” para uma “atualização”, face às instabilidades monetárias e mutações que o próprio mercado a cada momento apresenta em sua dinâmica, alegando que o “passado” não pode representar o que se deseja conhecer como “presente”.
Isso, mesmo sem que se tenha evocado freqüentemente sobre a “qualidade” do “presente” e do “passado”.
Se considerarmos as preocupações dos profissionais em oposição é aceitável entender sobre os riscos considerados e que envolvem a questão da valorimetria, mas se apelarmos para a Teoria do Valor é possível nesta encontrar explicações que já de há muito são sustentadas por autoridades de grande crédito intelectual.
Refiro-me, naturalmente, não a doutrina que em Economia se desenvolve, mas, sim, aquela da Contabilidade e que tão bem foi construída por luminares como Alberto Ceccherelli, Vincenzo Masi, Gino Zappa, Jaime Lopes Amorim, Francisco D`Áuria e outros.
Vale sempre lembrar a advertência de Gino Zappa, ou seja, a de que uma coisa é o método econômico e outra é o contábil.
Assim, por exemplo, para a Economia é o rédito que faz o capital e em Contabilidade é o Capital que faz o rédito.
A vocação, todavia, é a de que a pressão dos que se interessam pelas Normas, para efeitos de Bolsas de Valores e negócios internacionais, venha a conseguir concessões e alternativas como até agora tem ocorrido.
Nesta questão tem faltado maior respeito aos preceitos científicos (pelo que foi evidenciado nos aludidos Congressos) porque ainda não foram adequadamente considerados em expressivo número de “Normas”.
Se os balanços devem mostrar a realidade, se os valores que neles se inserem são provenientes de registros de fatos medidos pelo valor monetário, como situar-se diante de tal evento se recursos científicos não sustentarem o campo normativo?
O normativo, ao sabor do pragmático não é ciência.
A polêmica, pois, sobre a fiabilidade dos demonstrativos contábeis (que por subserviência cultural foram denominados Financeiros), está, em primeiro lugar, em garantir a sinceridade.
Ou ainda, tudo defluiu nesse ambiente de discordâncias do lapso em acreditar-se que um instrumento de efeito tão relativo possa ser considerado em caráter tão absoluto
Uma coisa não pode ser e deixar de ser ao mesmo tempo, segundo a Lógica.
Se a moeda se move a cada instante quanto à expressão de seu poder, como é possível pretender que não se mova a expressão do que por ela se mediu?
A metodologia da relatividade que os físicos, desde Galileu Galilei admitiram como consideração para a medida do movimento é igualmente aplicável ao campo contábil.
Ou ainda, para que se possa calcular a dinâmica de uma outra coisa é preciso que se conheça a dinâmica daquela onde nos situamos (este o princípio da lógica da relatividade).
Como a “precisão” em muitas ciências de há muito foi abandonada pela “probabilidade”, discriminatório seria dizer que os valores contábeis são totalmente imprecisos, pois, o máximo que se pode conceber é que o julgamento da qualidade deles dependa do tempo em que o instrumento de medida for tomado como base ou parâmetro.
Especificamente, no caso relativo à expressão quantitativa do lucro é preciso que se tenha em mente que muitas imperfeições podem atingir tal tradução monetária, especialmente por efeito da inflação ou em razão dos sofisticados processos de ajustes apenas monetários.
Antonio Lopes de Sá.
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O Talento e a Crise
Publicado em
29/03/2010
às
09:00
Conta a história que no ápice da crise de 1929, a quinta pessoa mais rica da Alemanha cometeu suicídio ao se jogar na frente de um trem porque perdeu mais de 1 bilhão de dólares com o crash. O fato que interessa é que o suicida alemão tinha uma fortuna avaliada em mais de 9 bilhões de dólares.
Na verdade em toda e qualquer tipo de crise existem os alarmistas que se gabam por ter previsto que uma hora a bolha iria estourar, os otimistas que dizem: - calma, que logo tudo passará!, os prático-realistas que se preocupam em como sobreviver e quem sabe tirar uma casquinha dessa confusão toda e os loucos por notícias que ficam desesperados e perdem a noção da realidade tamanha a enchente de péssimas informações. Esses são os primeiros a sucumbir.
O talento sabe que em toda crise há a oportunidade, mas não estou só falando da oportunidade de novos negócios ou geração de receita, quero discutir com você a oportunidade de se transformar e amadurecer como pessoa, de ter uma visão mais sistêmica do seu negócio e do mundo. Oportunidade para fortalecer parcerias e relacionamentos com clientes, fornecedores e principalmente com os seus funcionários. Agora, mais do que nunca, essa história de "nossa empresa é uma grande família" irá ser testada.
Em caso dos negócios diminuírem fica a oportunidade para rever processos, fazer mais com menos, reviver e fortalecer os grupos de melhorias que estavam lá escondidinhos durante a bonança, de ouvir mais e melhor o cliente ou quem sabe criar algo inesperado que encante o mercado. E não perder a maior de todas as oportunidades: a de reflexão e ação para mudança de postura profissional, de aprender e reaprender com o que foi feito de errado e quem sabe uma forte mudança no modelo de negócios da empresa.
Foi no ano da crise de 1929 que a Unilever chegou ao Brasil e começou sua tão bonita história e que dia após dia continua a fabricar produtos como o Omo, Rexona, Maizena, ou ainda, produtos da marca Knorr e Kibon, entre tantas outras. Outro exemplo? Nesse ano a Lojas Americanas completam 80 anos de história. E que história! De quase falida para um dos ícones do comércio eletrônico brasileiro. Para finalizar temos a fábrica de tecidos Tatuapé que hoje é conhecida como Santista Têxtil. Todas viveram suas crises, todas se transformaram e todas saíram mais fortes.
Mas o que espero de verdade é que o Mundo e seus grandes líderes não percam a oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, que cooperem entre si, que evitem um protecionismo infundado, que deixem de acreditar que existe prosperidade ad eternum e que entendam de uma vez por todas que será só unindo forças que tudo irá melhorar.
É exatamente assim que a sua empresa deve fazer para sofrer menos em épocas de crise.
Paulo Araújo.
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Ponderações sobre uma Nova Contabilidade
Publicado em
28/03/2010
às
09:00
Merece ponderações o que vem sendo apresentado como se fosse uma “nova Contabilidade” trazida do hemisfério norte, através de Normas ditas “Internacionais”.
A simples leitura das referidas por quem possui cultura técnica de nível médio evidenciará que nenhuma coisa de “essencial” se acrescentou ao que existia; ocorreu, sim, alguma confusão conceptual, a produção de textos que resultaram em exposições de contestável clareza, uma apresentação ao feitio da visão dos que as produziram.
Facultado ficou o “subjetivismo”, ostensivamente pregou-se o desrespeito à lei, lesionaram-se alguns preceitos fundamentais de natureza científica.
Intensa publicidade, entretanto, prossegue sendo feita sobre a matéria como se “inovação salvadora” estivesse a suceder e uma “nova Contabilidade” a surgir.
Como “ser atualizado” é imagem que muitos seres apreciam ostentar, impressionados com as motivações publicitárias, mesmo sem refletir e examinar a realidade e os efeitos do que lhes é repassado, a opção eleita é quase sempre a de não questionar, nem indagar.
Essa uma das razões pelas quais, por paradoxal que possa parecer, existem coisas apresentadas como “novidades” e que são, em realidade, roupagens da moda em corpos antigos.
Como se pinta uma parede velha para dar-lhe o aspecto de nova, assim, também, idéias vetustas, conceitos já amarelejados no tempo, recebem intitulações diferentes, surgindo como “inovação” progressista.
Também, com intenções similares, outras vezes, mascaram-se processos inadequados e se apresentam os mesmos como algo excelente.
Ignorância a respeito da História, débil cultura doutrinária científica, fraca memória, renúncia a reflexão, são responsáveis, em grande parte, por tais situações.
Séculos às vezes se passam ocultando verdadeiras conquistas da mente humana; mais tarde, surge o “ignorado” como “grande descoberta”; assim ocorreu, por exemplo, com a utilização da força do vapor, esta que já era empregada no Egito Antigo, mas que só milênios depois seria tida como uma conquista do século XVIII de nossa era; também os robôs que são tidos como conquistas da modernidade já existiam no tempo de Cristo, inventados há cerca de 2.000 anos por Heron, também no Egito; novas roupagens vestiram tais matérias, mas as bases, as “essências” continuam sendo as mesmas.
A expressão “superado”, usada para desqualificar obras expressivas, traduz falta de responsabilidade perante a cultura, além de manifestação aética.
Todas as épocas abrigaram seres de mentalidade superior, acima da média cultural de seus tempos e foram eles os que edificaram a civilização, merecendo respeito e gratidão.
Muita coisa do passado é digna de apreço e o presente, o hoje, é apenas um efeito do já vivido.
A cultura se constrói de ocorrências sedimentadas ao longo dos anos.
Não se despreza um bem conquistado com valor; o máximo que se deve fazer é acrescentar-lhe utilidade.
Estudo recente, profundo, realizado sobre a vida de empresas que possuem mais de 100 anos, chegou à conclusão que foi o respeito às tradições, em cada uma delas, que lhes permitiu sobreviver, enquanto a quase totalidade faleceu precocemente.
As coisas deveras eficazes, verdadeiras, sensíveis, basta que as adaptemos, respeitando as qualidades.
Porque algo foi pensado, praticado ou feito há muito tempo não significa que é inútil, nem que está “ultrapassado”.
Não são poucas as obras antigas que jamais foram superadas, quer no campo da filosofia, da ciência e da arte.
A inteligência do homem está em saber tirar proveito do bom, tenha este que idade tiver.
Nunca podemos nos esquecer que o movimento de renovação da humanidade, o grande passo do medieval ao moderno, estruturou-se no “velho”, ou seja, no apelo à filosofia de Platão e às formas gregas da antiguidade clássica, ou seja: “na apresentação de um novo antigo”, por paradoxal que possa parecer.
O famoso autor do primeiro livro impresso sobre partidas dobradas, Luca Pacioli, estribou-se na milenar filosofia platônica para escrever a sua obra “Das Divinas Proporções”, estas que consta foram ensinadas pelo frei a Leonardo da Vinci.
Admitir, pois, ser necessário “esquecer” tudo que havia em Contabilidade para aprender de novo com as ditas Normas
Internacionais é algo insensato, como o é imaginar que estas sejam a própria ciência contábil.
Jamais através do normativo referido será possível estabelecer modelos de comportamento da riqueza ou oferecer fórmulas para a prosperidade das empresas, pois, tais coisas são prerrogativas da cultura científica.
As normas estão limitadas ao campo dos registros, das demonstrações, visando a informar, sendo apenas uma técnica, não o conhecimento superior da Contabilidade.
Antonio Lopes de Sá
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O Vendedor em Tempos de Mudança
Publicado em
27/03/2010
às
09:00
Sem dúvida alguma estamos vivendo a era de maiores transformações da história da humanidade. Em nenhum outro tempo, nenhuma outra época, experimentamos tantas mudanças ao mesmo tempo. A única certeza estável que temos hoje em dia é a certeza de que tudo vai mudar ! Quem nasceu nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX começou o século e terminou o século usando os mesmos atributos da tecnologia. Quem nasceu no século XX iniciou o século de uma forma absolutamente diferente de como irá terminá-lo. Faltam apenas alguns poucos anos para o final deste século e ainda não sabemos os "sustos" tecnológicos que iremos tomar até o seu final. Essa consciência de um mundo em extrema e rápida mudança é que poucas pessoas têm. Daí sentirmos uma certa inquietude dentro de nós, produto de nossa rápida obsolescência tecnológica e mesmo de valores.
As empresas nunca tiveram que mudar tanto e tão rapidamente. O mercado nunca mudou tanto e tão rapidamente. O comportamento do consumidor nunca mudou tanto e tão rapidamente. O ciclo de vida dos produtos é cada vez mais curto. Graças a esse processo de aceleração da historia, a própria figura do vendedor mudou. Suas habilidades do passado nem sempre são fatores de sucesso no mercado de hoje. Vender, hoje, é muito mais cérebro do que músculos!
Vender hoje é conhecer, exatamente que é o cliente, o que ele quer, como ele quer a entrega, como deseja e pode pagar, quem exerce influência sobre ele, o que a concorrência vem fazendo e oferecendo, etc. etc. vender, hoje, é administrar eficazmente as contingências de compra. Administrar é ter controle, é exercer poder, é controlar. Contingências são o ambiente, a razão que faz com que alguém tome determinada atitude de comprar. Assim, prestar serviço é o novo nome do jogo. Venderá mais aquele vendedor que tornar-se um verdadeiro profissional do setor de prestação de serviços aos seus clientes. Prometer só o que pode cumprir e cumprir com o que promete. Cumprir o horário estabelecido para a visita e principalmente "fazer a lição de casa", isto é, estudar o cliente antes da visita fazendo um verdadeiro e completo exercício de "pré-venda" e esmerando-se no atendimento "pós-venda".
Vendedores à moda antiga, que somente se preocupavam com a "entrevista de venda" sem prepará-la, sem conhecer, profunda e totalmente seu cliente, estão fadados ao fracasso. É preciso saber quem freqüenta o estabelecimento do cliente, qual a "demografia" e a "psicografia" de seus pontos-de-venda para que possa oferecer os produtos certos na hora certa, da maneira certa.
O vendedor moderno é aquele que decidida e seriamente "comprometer-se com o sucesso de seu cliente" e isso significa usar de todos os recursos do conhecimento, todos os recursos da tecnologia da informação para poder transformar esse comprometimento em realidade concretamente "sentida e percebida" pelo cliente. De nada adiantam visitas constantes e mal preparadas. De nada adianta a presença desinformada do vendedor, que não sabe o giro de seus produtos nas gôndolas e das preferências de seu produto naquela área, para determinados tipos de clientes.
O vendedor tem que transformar-se num verdadeiro "profissional de vendas" e só assim sobreviverá aos desafios da competitividade deste final de século. Pense nisso.
Luiz Almeida Marins Filho
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O segundo colocado e a reconvenção
Publicado em
26/03/2010
às
09:00
Está causando certa perplexidade no meio político e, porque não dizer, também no seio da sociedade, a figura cada vez mais frequente do segundo colocado (pessoa que, para ocupar tal posição perdeu a eleição na urna), que acaba sendo levado ao Poder por decisão da Justiça Eleitoral. Um dos exemplos recentes disso ocorreu no Estado do Maranhão, onde o então Governador Jackson Lago foi substituído pela hoje Governadora Roseana Sarney. Essa perplexidade aumenta quando se verifica que em certos casos a própria Justiça Eleitoral, ao invés de convocar o segundo colocado, determina a realização de novo pleito. Para o leigo fica a dúvida: por que aqui o segundo colocado tomou posse (como no caso do Maranhão), e acolá determinou-se a realização de nova eleição? Existe explicação jurídica para essa diferença de tratamento, explicação essa que não cabe ao propósito do presente artigo. Seja como for, para uniformizar isso debateu-se no Congresso Nacional uma proposta que estabelecia a necessidade de realização de novo pleito sempre que viesse a ocorrer a cassação do Presidente, do Governador ou do Prefeito. Por essa proposta o segundo colocado, que em determinada eleição foi reprovado pelo povo (daí ter ficado em segundo), nunca seria convocado para assumir o Poder, sendo obrigado, em persistindo sua vontade de ocupar tal cargo, a participar de novo pleito. Não tendo havido entendimento no Congresso, tal proposta foi derrubada, persistindo tudo como era antes. Dito isso, lembra-se que os articulistas, há algum tempo, defendem a tese de que nas eleições, um erro pode justificar o outro.O raciocínio seria mais ou menos o seguinte: por que, por exemplo, cassar Jackson Lago e colocar em seu lugar Roseana Sarney que, em tese, praticou os mesmos atos que levaram à cassação do primeiro colocado? Se ambos são acusados, na própria Justiça Eleitoral, de terem cometido as mesmas ilegalidades, como cassar um e colocar o outro no lugar do cassado? (fala-se aqui em tese, somente a título de exemplo, sendo certo que o dois Governadores aqui mencionados negam a prática de quaisquer ilícitos). Em situação como essa não haveria infração ao princípio da igualdade, já que ambos os concorrentes, voltando ao exemplo, teriam agido “fora da lei”, um não podendo reclamar do outro. Entretanto, não é assim que pensa a Justiça Eleitoral. Para as regras atuais, julga-se o processo ajuizado contra Jackson Lago para condená-lo ou absolvê-lo das acusações contra ele oferecidas, fazendo-se o mesmo com o processo contra Roseana Sarney. Se ambos são cassados em processos distintos e independentes, convoca-se o terceiro colocado ou realizam-se novas eleições. Se um é cassado e o outro não, o não cassado (caso da atual Governadora Sarney), fica no Poder. Talvez uma forma jurídico/processual para melhorar a situação atual, seria a inclusão, no ordenamento jurídico eleitoral e de forma expressa, da figura da reconvenção. Conforme se extrai do dicionário, a reconvenção é a ação pela qual o réu, simultaneamente à sua defesa e, portanto, no mesmo processo, propõe uma ação contra o autor. Ou ainda, conforme Houaiss: “ato de argüir de volta quem está argüindo, expondo-lhe as culpas e defeitos para minimizar a própria acusação; recriminação, redargüição”. Em exemplo didático, se o segundo colocado oferece representação contra o primeiro, acusando-o de alguma prática ilegal, esse réu (primeiro colocado), poderia se defender das acusações contra si lançadas e, ao mesmo tempo, oferecer reconvenção, acusando seu detrator de ter cometido os mesmos erros, o que evitaria sua cassação por ausência da chamada potencialidade (potencial de alteração do resultado do pleito). Tomada essa providência, ainda que não se tenha como solução uma compensação de culpas (algo que é abominado, por exemplo, pelo Ministério Público), pelo menos a Justiça Eleitoral seria obrigada a, no mesmo processo e de forma simultânea, julgar as acusações do segundo contra o primeiro e também as acusações do primeiro contra o segundo. Seria uma espécie de chumbo trocado que evitaria o que está acontecendo atualmente no Maranhão, onde Jackson Lago foi cassado e o processo movido contra Roseana Sarney acabou sendo suspendo por decisão do Min. Eros Grau. Pensemos.
Alberto Rollo, 64, é Advogado e Presidente do Instituto de Direito Político Eleitoral e Administrativo - IDIPEA.
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A Armadilha do Crédito Consignado
Publicado em
25/03/2010
às
09:00
O chamado crédito consignado é uma modalidade de empréstimo relativamente recente em nosso país.
Consiste na autorização de débito diretamente na folha de pagamento (holerite) de profissionais empregados ou subtração dos benefícios a receber, no caso de aposentados, da prestação mensal decorrente de um empréstimo feito.
Como a instituição credora tem uma garantia real de recebimento, posto que o tomador terá o valor deduzido de seu salário ou aposentadoria, as taxas de juros praticadas são menores do que as de um CDC (Crédito Direto ao Consumidor).
Criado em 2003, o crédito consignado representa atualmente a modalidade de empréstimo pessoal mais pujante do país. Devido à sua facilidade de contratação e taxas menores aplicadas, poderia ser entendido como a melhor alternativa financeira possível. Contudo, vejo com preocupação esta tese.
A armadilha reside na falta de educação financeira. Fazer a antecipação de uma renda futura, seja para consumir no presente, seja para liquidar uma dívida de maior ônus, pode significar o comprometimento da estabilidade num horizonte próximo.
Muitos são os casos de pessoas que entram no crédito consignado para quitar, por exemplo, o cheque especial. Porém, como não há um planejamento orçamentário adequado e a renda disponível passa a ser menor em virtude do desconto mensal da prestação do crédito consignado, imediatamente o ciclo de endividamento se reinicia.
A intranqüilidade financeira gera conflitos no lar e no trabalho, problemas físicos e emocionais, queda de produtividade no trabalho e, até mesmo, risco de acidentes laborais. Por isso, enquanto não tivermos uma disciplina regular de educação financeira, caberá às empresas oferecerem aos seus colaboradores, antes mesmo do crédito consignado, aulas práticas sobre consumo consciente, noções de matemática financeira e instrução sobre orçamento doméstico.
Tom Coelho.
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Tudo parado!!!
Publicado em
24/03/2010
às
14:00
Congestionamento aqui.
Congestionamento ali.
Congestionamento às 7:00, 9:00,... 15:00, 18:00 horas. Em todas as horas, e
até nas "meias horas..."
Em todos os lugares. E continuam a vender automóveis. Em promoção...
Não dá mais para agüentar.
Acredito até que é função deste problema e outros como "stresse", que muitos
estão transferindo suas
residências para as praias. Mesmo exercendo suas atividades laborais junto
às grandes cidades.
Está na hora - e urgentemente - talvez até tardiamente - pensarmos na
melhoria do transporte público.
Trem ( regional, nacional e até internacional), trem bala, metrô -
aumentando suas linhas -, bonde. São
alternativas que melhorariam em muito, a exemplo da Europa, onde estes tipos
de transporte público são o normal
para toda a população.
Vem as indagações: e para realizar tudo isso já não é tarde? São necessárias
obras de grande vulto? São
necessários investimentos enormes? Sim, para todas as indagações, mas
precisaremos tomar decisões. E com urgência!
Transtornos mil... até que estas obras fiquem concluídas. E onde vamos parar
enquanto estivermos realizando o
planejado?
Será que vamos realizar?
Tudo isso...
Enquanto isso:
Congestionamento aqui.
Congestionamento ali... e tudo parado.
Todos se atrasando.
Todos acordando mais cedo.
Todos dormindo mais tarde
Todos com "stresse" bem avantajado...
E todos gastando mais combustível.
Quem está gostando?
Os proprietários dos postos de combustível... Mas eles também estão
sofrendo.
Sabem porque?
Congestionamento aqui.
Congestionamento ali... e tudo parado.
David Iasnogrodski - escritor, engenheiro, administrador -
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Três Aspectos Importantes
Publicado em
23/03/2010
às
09:00
Os números nos acompanham desde o nascimento e para sempre. Desde os Sumérios e os Egípcios a 4000 a.C. os números fazem parte da vida do ser humano. Atualmente, todos somos números. Carteira de identidade, cpf, telefone, salário, cadastro, poltrona no cinema, no ônibus, avião, senhas e muito mais.
Por exemplo, um número de coisas fácil de memorizar e guardar é o numero dez. Temos dez dedos nas mãos. Porque dez mandamentos e não onze ou nove? Porque na contagem e repetição se acaba nos dez dedos das mãos.
Esta introdução para mencionar três aspectos importantes que acompanham o ser humano relativo ao comportamento. Três coisas que passam e não voltam: O tempo, as palavras e as oportunidades. Três coisas que podem destruir uma pessoa: O Orgulho, não saber perdoar e a prepotência. Três coisas que nunca se deve perder: A esperança, a paz interior, a honestidade. Três coisas de grande valor: o Amor pela vida, pelas pessoas. A bondade e a família, os amigos.
Três coisas que não são seguras: A fortuna, o êxito, a saúde. A fortuna vai e vem. Basta descuidar, ela some ou diminui. O êxito ora o temos, ora somos derrotados. A saúde é frágil. Alguns exageros e descuidos e ficamos doentes. Três coisas que foram uma pessoa. O comprometimento, sinceridade e um trabalho constante.
Três coisas, que resumem o resultado de várias outras. A SAÚDE, DINHEIRO, boas e corretas INFORMAÇÕES. Vejamos. Sem saúde, ou debilitada, as perspectivas mudam e normalmente são menores. Dinheiro, conseqüência, do trabalho, do aproveitamento do templo e oportunidades. Conseqüência também do comportamento humilde, não prepotente, sabendo perdoar os outros e a si mesmo. Conseqüência também da esperança que sempre existe algo para fazer para melhorar, com honestidade, mantendo a paz interior. Paz interior significa, em uma definição simples, poder ir dormir sem peso na consciência.
Boas informações. Sobre emprego, negócios, tendências, economia local, macro economia onde nossa inteligência e trabalho serão aplicados para gerar a riqueza que precisamos. É um círculo vicioso.
Quais são para você, os três aspectos importantes em sua vida? Cada ser humano, dentro dos seus objetivos forjados por sua família, seus estudos, o ambiente no qual esta inserido prioriza e considera relevantes aspectos diferentes de outro ser humano. Quais são os seus? Já mudaram no decorrer de sua viagem?
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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PETRA
Publicado em
21/03/2010
às
14:00
Na Jordânia a 3 horas de carro da capital Amman. Eleito recentemente, junto com a Estátua do Cristo Redentor do Rio de Janeiro, uma das maravilhas do mundo moderno, consta de um enorme sitio arqueológico, onde casas foram esculpidas nas rochas e o interessante é que foi descoberto, que eram ao mesmo tempo tumbas. Sim, as famílias viviam e no mesmo aposento mantinham ou os ossos ou as cinzas de seus familiares por perto. Degraus esculpidos, descendo e subindo, em cima das tumbas representa a reencarnação, descer e subir.
Não é tão estranho, considerando que atualmente na Índia, este costume ainda é praticado. Deixar em um jarro as cinzas de seus mortos. Sou mais de transformar as cinzas em um diamante, o que é possível, e vender, talvez para pagar as contas ou simplesmente gastar enquanto não se passar pelo mesmo processo.
Os gregos invadiram a área e deixaram suas marcas. Colunas em estilo coríntio. Os egípcios influenciaram alguns obeliscos. A vista do principal monumento e melhor preservado, a escultura na parede que se vê freqüentemente em reportagens e nos filmes, é impressionante. O primeiro filme Indiana Jones teve parte filmada aqui. Também Ali baba e seus quarenta ladrões ou mais.
Os sulcos gigantes que foram provocados pela erosão, durante séculos, são uma beleza natural linda. Muçulmanos com suas vestimentas típicas, cavalos, burros, carroças, todos para transportar os turistas mais cômodos, dão um ar de antiguidade e de aventura.
Visitar lugares da antiguidade sempre me remete ao presente. O que cada um deve e pode fazer para deixar algum tipo de rastro. Que rastro você e eu queremos deixar para depois de virarmos cinza ou ossos ou um diamante? Pense nisto. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Portas Abertas
Publicado em
20/03/2010
às
09:00
Diante do dinamismo do mercado de trabalho atual que estimula a mobilidade em todos os níveis hierárquicos, é muito provável que você passe pela experiência de trocar de emprego. Ao fazê-lo, é altamente recomendável adotar uma postura que mantenha abertas as portas da companhia da qual está se retirando.
Os motivos são muitos. Primeiro por uma questão de marketing pessoal, valorizando sua própria imagem como profissional dentro da empresa e perante o mercado. Segundo porque o mundo é pequeno e dá voltas, como se diz por aí. Empresas estão constantemente passando por fusões e incorporações e os executivos estão sempre migrando de uma corporação para outra. Assim, é grande a probabilidade de você voltar a atuar sob a tutela de um mesmo chefe ou conglomerado. E terceiro porque você pode não ser bem sucedido no novo emprego e tentar o retorno ao antigo posto.
Compreendido isso, reflita sobre as sugestões a seguir num eventual processo de transição de emprego.
1. Seja transparente. Ao surgir uma nova oportunidade e após analisá-la, na medida em que as negociações avançarem de forma consistente, reúna-se com o empregador para informá-lo de sua decisão. Jogue aberto e não deixe para comunicar seus passos na última hora – a informação pode chegar por outras fontes e comprometer sua imagem e credibilidade. Lembre-se também de avisar sua equipe de sua saída, procurando tranqüilizá-los.
2. Apresente seus motivos. Se a mudança estiver vinculada a uma grande oportunidade de crescimento pessoal, explique que deseja aproveitá-la, mesmo ciente dos riscos. Se o motivo for um melhor pacote de remuneração, comunique isso com clareza, mas esteja preparado para receber uma eventual contraproposta, podendo aceitá-la ou recusá-la, porém sem jamais entrar em um leilão com os empregadores atuais e potenciais sob o risco de ficar sem nenhum dos dois empregos. Agora, se a mudança deve-se a uma insatisfação com a estrutura da empresa ou com a liderança a que está submetido, prefira argumentar que há uma “incompatibilidade de idéias”, ou seja, use de eufemismos para cair fora com elegância.
3. Prepare a transição. Em verdade, o trabalho de preparar um sucessor é atribuição de todo bom profissional e deve ser iniciado logo ao ingressar na empresa. Afinal, você se torna insubstituível quando se torna substituível. Todavia, se conduziu seu cargo com mão de ferro, num estilo centralizador, deverá se desdobrar para selecionar em sua equipe a pessoa que julgar mais qualificada e instruí-la para assumir suas responsabilidades. É uma questão primordial e de respeito para com a companhia sair deixando-a em condições de prosseguir com sua rotina.
4. Elabore um manual. Faça um manual de procedimentos gerenciais contemplando aspectos tidos como fundamentais à luz de sua experiência diante da organização. Encare o documento, de algumas páginas, como um último relatório de suas atividades, procurando orientar seu substituto e aproveitando para registrar as conquistas auferidas durante sua gestão.
5. Dê assistência. A rigor, a legislação brasileira pede um aviso prévio de 30 dias. Se for possível, permaneça à frente dos negócios por este período ou, no mínimo, por 15 dias, a fim de contribuir com o processo de transição. Porém, se o início na outra empresa for imediato, coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas por telefone ou e-mail dentro do mesmo prazo em que cumpriria o aviso prévio. Evidentemente, esta colaboração deve ser feita sem interferir em sua nova atividade.
6. Negocie a rescisão. Suas verbas rescisórias são direitos adquiridos. Faça uma negociação justa, evitando cair na armadilha de empresas que procuram se esquivar de suas obrigações sob o pretexto de deixarem as portas abertas. Considere até mesmo nomear um procurador para representá-lo.
As dicas acima foram postuladas sob a ótica do profissional que pede seu desligamento da empresa. É óbvio que no caso de uma demissão sumária, inclusive aquelas com aviso prévio indenizado, o quadro é outro. Entretanto, mesmo nesta situação, vale o alerta de que demonstrar amargura ou reclamar não ajudará em nada. Sempre, sempre demonstre apreço por ter trabalhado na companhia, mesmo que tenha abominado a experiência. Inclusive esta deve ser sua conduta quando entrevistado por outra organização.
No caso de a transição em curso ser para uma empresa concorrente, é evidente que não haverá a possibilidade de cumprir aviso ou dar assistência nos moldes propostos. Nesta circunstância, a transparência ganha relevância suprema, estando associada à ética e ao profissionalismo no que tange ao respeito ao sigilo dos dados estratégicos da companhia demissionária.
Por fim, lembre-se de que seu antigo empregador será uma referência permanente em seu currículo, acompanhando-o por toda a vida. Cultive uma boa imagem. É um patrimônio que vale preservar.
Tom Coelho.
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Normas nominadas como internacionais recebem condenação nos Estados Unidos
Publicado em
19/03/2010
às
14:00
A revista “Michigan Law”, de Dezembro de 2009 (vol. 108, nº. 03) edita a opinião do Dr. Lance J. Phillips sobre a implantação das normas nominadas como “internacionais” ou IFRS.
Depois de evidenciar sobre a importância de um seguro sistema de controle sobre o mercado financeiro o autor afirma que será muito difícil localizar as fraudes se os Estados Unidos vierem a implantar as normas do IASB.
Textualmente afirma o Dr. Lance que: “Por causa da flexibilidade dos relatórios financeiros inerente aos princípios baseados no enfoque das IFRS, investidores e a SEC terão enorme dificuldade para estabelecer os elementos de segurança confiáveis na prevenção contra fraudes nas violações na contabilidade, se as IRFS forem adotadas.”
Com isso ficam implícitas duas coisas: que as IFRS (normas nominadas como internacionais de Contabilidade) podem agasalhar a fraude e que elas não oferecem segurança a investidores e nem a CVM dos americanos do norte, sendo desvantagem para os estadunidenses trocar o sistema deles pelo importado da Inglaterra (onde se sedia o IASB - International Accounting Standards Board que produz as IFRS).
Uma pesquisa da Grant Thornton feita nos Estados Unidos em 2009 já denunciava que apenas 7% das empresas norte americanas querem usar imediatamente os nominados como “padrões internacionais”.
O maior mercado de capitais acionário do mundo, pois, mostra-se infenso a aceitar o que provém do IASB (órgão que emite as normas).
O momento nos Estados Unidos é de cautelas e o próprio FED (Banco Central) enfrentou dificuldades quando da recondução do presidente do estabelecimento, essa que se deu por número pouco convincente de votos no parlamento, como comenta a imprensa internacional.
Similar falta de crédito das normas também se pode inferir em razão do veiculado na Europa (em relação ao IASB) através de várias manifestações públicas como a do famoso administrador De Castris, e, especialmente, as da Ministra das Finanças da França Christine Lagarde, noticiadas no “Financial Times” de Paris e Londres em 30 de setembro último.
Tais notícias aqui no Brasil, entretanto, não são veiculadas inclusive nos veículos que costumeiramente alardeiam as vantagens das nominadas como normas internacionais de Contabilidade.
Sequer se lê depoimentos sobre a ilegalidade que poderá haver se as pequenas e médias empresas adotarem o criticado padrão que em verdade irá contrariar o Código Civil Brasileiro (que rege a totalidade das menores).
A possibilidade das fraudes que Lance J. Phillips permite induzir em seu depoimento é a de que uma oportunidade por si só não produz a falsidade, mas, ensejando-a, assume conivência.
Ninguém entra livremente por uma porta se ela não estiver aberta.
São pelas frestas que se escoam as águas represadas.
As normas não são a própria fraude, mas, ao permiti-las assumem a cumplicidade.
O ensejo da fraude é da natureza da mesma.
Deixar livre, pelo subjetivismo, as oportunidades do falso é tão censurável quanto a utilização dessas para a prática do ato vicioso.
O identificar-se com tais concessões é assumir a natureza delas.
Segundo as leis tão culpado é quem permite o erro quanto quem o difunde, sugere ou pratica.
Essas as inferências que permitem as afirmações editadas na “Michigan Law” de dezembro último.
É de duvidar-se, pois, das verdadeiras intenções normativas quando se lê matérias dessa natureza; perdem fiabilidade regras que sob a égide de técnicas se manifestam políticas.
Igualmente deixam de merecer fé procedimentos que foram incompetentes para denunciarem males sociais e econômicos como os da crise maiúscula de 2008 que infelicitou muitas nações e causou prejuízos de trilhões de euros e dólares.
O que Phillip expõe na “Michigan Law” de dezembro ultimo soa como uma séria acusação por que denuncia um processo não fiável.
Isso por que não há falsidade quando falta a intenção fraudulenta, como mencionava há quase um século Dearnley em seu livro sobre fraudes editado em Londres (Fraud and Embezzlement), mas, quando premeditadamente, sob o manto de sofisticações, se esconde o vício não há como se negar a intenção do dano, sendo esse o temor denunciado na credenciada revista referida.
Antônio Lopes de Sá.
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É proibido vender
Publicado em
18/03/2010
às
14:00
O título deste artigo pode parecer absurdo. Mas, a verdade é que, nos estudos que tenho tido a oportunidade de fazer, vários têm sido os exemplos e os casos em que a empresa, pelas medidas que toma, pela maneira como trata vendedores e o próprio Departamento de Vendas, pela maneira como trata os clientes, antes e depois da venda, pela falta de cuidado na formação dos homens de venda, pelo pouco apoio que dá ao Gerente de Vendas, pela maneira ausente como administram o setor mais importante da empresa que é quem traz os lucros da companhia, parece realmente ter como lema o título deste artigo "É PROIBIDO VENDER"!
É sabido que o homem só produz quando está motivado para o trabalho. É sabido que o homem só produz quando há um ambiente propício de estímulo e de encorajamento. É sabido que o homem só produz quando sua vida particular, familiar está pelo menos "sob controle" como se diz na gíria. É sabido que o homem só produz quando tem uma chefia que acredita nele e que acima de tudo, demonstra confiança em seu trabalho e lhe apresenta desafios profissionais que valham a pena. É sabido que o homem para produzir, precisa de um mínimo de condições ambientais, isto é, físicas, de instalação decente, mesmo que seja apenas para "mostrar a seus amigos" que é um profissional de classe e merece o respeito de sua chefia.
É sabido que o homem, para produzir, precisa que a empresa corresponda à imagem que ele faz dela ao cliente. Com vendas, isto é muito importante, pois todo vendedor, de uma forma ou de outra, se compromete com seu cliente e precisa que todos da sua empresa cumpram bem a sua obrigação para que o cliente do vendedor seja sempre satisfeito e o vendedor não passe por "mentiroso".
Na verdade, muitas empresas não conseguem vender mais, simplesmente porque fazem tudo para que seja "Proibido Vender". Fazem tudo ao contrário do que leva o homem a produzir.
O vendedor, carente, encontra em seu gerente alguém que somente o critica e o censura ao invés de alguém que o ajuda a vencer as dificuldades. Um verdadeiro clima de "guerra surda" existe na empresa, um querendo o fracasso de seu companheiro, ao invés de desejar o crescimento de todos, inclusive de si próprio. A Diretoria muitas vezes não se sensibiliza para as reais necessidades do Departamento de Vendas, diminuindo a cada dia o investimento em vendas e tratando o problema da concorrência e das dificuldades como simples "incompetência" do Gerente de Vendas. O recepcionista ou a recepcionista, atendendo mal aos clientes, prestando informações erradas, não se interessando, ao invés de buscar melhorar a imagem da empresa e por conseqüência as vendas, através de um atendimento primoroso ao cliente novo ou antigo. A oficina criando problemas com clientes, cobrando desnecessariamente pequenos serviços que poderiam ser computados como mera "cortesia" o que traria profunda simpatia no cliente.
E assim, todo um conjunto de pessoas que parecem trabalhar sob o lema do "E PROIBIDO VENDER" ao invés de formarem um grupo de homens e mulheres dispostos a Vencer o desafio da profissionalização.
Se a realidade é essa, e infelizmente, muitas vezes é, o trabalho de Gerente de Vendas que deve ser redobrado. Não há motivo para desânimo! Quando maior a batalha, mais gratificante é a vitória!
O papel do Gerente de Vendas é fundamental para refazer o clima de produtividade de sua empresa e de profissionalização de seus vendedores. O Gerente vai ter que "tocar" muitos instrumentos. Vai ter que motivar ainda mais e muito mais os seus homens. Vai ter que instrumentá-los a fazer vendas cada vez melhores, cada vez mais honestas, cada vez profissionais. Vai ter que ser um verdadeiro "Pai" para eles, ensinando-lhes desde comportamentos os mais simples, até argumentações mais complexas. Vai ter que conhecer a família de cada um deles e ajudá-las no que puder. Vai ter que lembrar-se dos aniversários deles, de suas esposas e de seus filhos.
Vai ter que gastar horas e horas, muitas horas mesmo, conversando com eles, fazendo-os ver o lado positivo das coisas, quando eles estiverem desanimados com a empresa, com os clientes, com o mercado, e até com a própria vida.
Ser Gerente é ser "GENTE"! Essa é a primeira Lei da Gerência. E ser "gente" é, antes de tudo, formar seus homens e ser-lhe o guia, o exemplo, o companheiro, o amigo, o conselheiro, o Pai e o irmão ao mesmo tempo e às vezes, por que não, até fazer papel de "mãe", tirando-os da depressão e da "fossa" .
Na realidade, o Gerente de Vendas, mais do que qualquer outra pessoa em sua empresa, tem a capacidade, os meios e condições de salvá-la. Tem que tomar isso como sua Missão.
Mude o lema para "É PERMITIDO VENDER!!" . Acabe com o desânimo, com as intrigas, com os desgastes, com os negativismos. Assuma a liderança real de seu Departamento e mostre do que Você é capaz, lembre-se que muito mais do que permitido, "É PRECISO VENDER".
Vá em frente!
Luiz Marins.
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A Perda da Capacidade de Indignação
Publicado em
17/03/2010
às
09:00
A falta de referencial de governo, de cidadania, de credibilidade, de honestidade, de ética, de escrúpulo e de bons princípios nestes últimos 42 anos fez com que nossos filhos e netos perdessem a capacidade de indignação.
Foram 20 anos de ditadura com informações truncadas sobre o crescimento da economia e da real inflação, censura e outras limitações de liberdade, só se sabia o que era de interesse do regime.
Depois mais 22 anos até hoje com governos inexperientes fazendo do povo cobaia para suas teorias e planos econômicos fracassados e nefastos, para autopromoção, usando o dinheiro da população através dos impostos e seqüestro de poupanças de uma vida inteira de trabalho para satisfação do ego dos governantes, parlamentares e pessoas de “confiança” dos governantes.
Nos últimos anos o país sofreu e ainda persiste uma avalanche de coisas ruins, com propagandas sofre feitos que nos deixam sem entendimento do que é real ou se é puro marketing político, Congresso Nacional está na UTI, este esteio da nação precisa ser preservado.
Conforme pesquisa já citada em outro artigo, 75% da população brasileira não consegue interpretar o que lê, isto facilita e torna-se um campo fértil para propagar informações faladas com a finalidade de influenciar pessoas ignorantes de leitura.
Também a banalização da violência, corrupção, impunidade, injustiça, cria em nossos filhos e netos um outro conceito diferente daquele que aprendemos de nossos pais e dos mestres escolares.
A falta de políticas públicas e investimentos na educação e o neoliberalismo que distancia o Estado da responsabilidade da educação tem causado um flagelo para nossos jovens que estão despreparados para o mercado de trabalho.
As escolas profissionalizantes eram um referencial de preparação para a juventude, hoje nem as empresas privadas querem esta responsabilidade, pois a legislação é confusa e duvidosa e os empresários não querem ariscar.
Os projetos e medidas para melhoria do ensino ficam parados por anos, pois os parlamentares, governantes e ministros da educação que são cargos políticos e não técnicos, com interesses do partido ou dos candidatos que não visam o futuro da nação, mas apenas o benefício que terão nos seus mandatos.
È difícil entender esta postura, porque esses foram instruídos ainda no conceito antigo de moral, lisura, honestidade e princípios, mas, o que aconteceu então? Se você não participa da “política” que está levando o país ao caos ficará fora do esquema ou será considerado bobo.
Consultando o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa de Francisco da Silveira Bueno, política: são princípios políticos; astúcia; artifício; civilidade; maneira hábil de agir e politicagem ou politicalheiro: política mesquinha de interesses pessoais; a súcia dos políticos desavergonhados.
Aquela propaganda de uma marca de cigarro feita pelo ex-jogador da seleção brasileira Gerson, de levar vantagem em tudo foi a pior coisa que poderia acontecer para a Nação.
Mas parece-me que com todo esse passado negro e com 20 anos de ditadura e 22 de maus governos, ainda não aprendemos, só pensamos em futebol, samba e cerveja. Tudo isso é falta de educação, cultura e laser, precisamos reinventar uma maneira de governo e de perfil de governantes que tenham condições de mudar este país com um “Planejamento a longo prazo” que não poderá ser mudado a não ser para melhor.
A referencia que nossos filhos e netos conseguem enxergar é que para ficar rico ou crescer profissionalmente não precisa estudar nem trabalhar, é só ganhar na loteria, ser jogador de futebol ou entrar na política. Acorda Brasil!! Gigante rico e sonolento o primeiro mundo está 100 anos na nossa frente!!
Claudio Raza.
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IGUARIAS DE ONTEM - IGUARIAS DE HOJE
Publicado em
16/03/2010
às
09:00
O tempo passa.
A memória, quando exercitada, fica.
E eu me lembro, como se fosse hoje.
Novamente o Bom Fim de ontem.
Novamente? Vocês devem estar se indagando.
E eu digo: novamente.
Vou lhes falar de gastronomia.
Agora gostaram?
Sim de gastronomia.
Doces, sorvetes, churrasco, sanduíche, café.
Todos de ontem.
Mas parecem que estão ali...
Acredito que muitos de vocês irão recordar, ou talvez tenham ouvido falar.
O bairro Bom Fim de ontem, não era tão boêmio como o Bom Fim de hoje, mas também tinha lugares onde poderíamos nos deliciar com iguarias famosas. Hoje o bairro tem uma característica toda própria. É um bairro freqüentado muito por jovens artistas. E isso é muito interessante. É um bairro freqüentado por muitos jovens. Também interessante. Outrora era um bairro tipicamente residencial de classe média e de muitas famílias de imigrantes.
Inicio recordando a Sorveteria Carlos. Um “point” do Bom Fim. Ali onde se encontram a Felipe Camarão e a Henrique Dias, Isac e Liza Nelstein realizavam “aquele” delicioso sorvete. Apreciado por todos. Jovens e adultos. Atendidos sempre com “aquele” sorriso. Recebiam clientes de inúmeros bairros. Vinham todos para a fila saborear o sorvete caseiro da Sorveteria Carlos. E como era bom!!!
Na Oswaldo Aranha, nas cercanias do Banrisul de hoje e de uma loja de colchões ( mais ou menos é esta a “planta” de situação) estava localizada a Confeitaria Flórida, cujos proprietários e também atendentes eram judeus alemães. Realizavam doces e outros confeitos que até hoje, ao lembrar, dá água na boca. Uma maravilha! Um deles é o que eu comia todos os sábados pela manhã: doce de rum. Até hoje não comi doce com o mesmo sabor.
Ainda na Oswaldo, entre a Fernandes Vieira e General João Teles existia uma churrascaria cujo nome era: A Estância. Serviam um delicioso churrasco. Estava situada num terreno muito comprido e tinha lugares ao ar livre.
Junto ao então Cinema Baltimore, hoje, infelizmente, é um estacionamento ( sinal dos tempos...) localizava-se o Bar do Aurélio. Servia um excelente sanduíche. Muitos dos freqüentadores do “Bonfa” não deixavam de passar no Aurélio para se deliciar com o seu sanduíche.
E as cafeterias?
João e Bom Fim (Serafim) eram as mais famosas. Junto a elas, além do cafezinho ( “cavale” em idich) nos fundos existiam as mesas de bilhar ou sinuca. Sempre muito freqüentadas...
Não podemos esquecer que desde 1959 existia o “famosão” cachorro quente do Zé do Passaporte. Hoje ele está situado junto ao Mercado Público do Bom Fim. Também era um “point” de muitos porto-alegrenses. Junto ao Bom Fim...
Todos estes lugares formavam a gastronomia do Bom Fim. Sorvete, doces, sanduíches, churrasco, cachorro quente e café.
Perguntamos?
E agora, quem fará o sorvete da Sorveteria Carlos?
E os doces da Confeitaria Florida?
E o sanduíche do Aurélio?
E o churrasco da A Estância?
Bem, hoje, os tempos mudaram. Estes lugares não mais existem. Hoje existem os “buffet”. Deliciosos! Existem inúmeros restaurantes no Bom Fim com estas iguarias e com excelente qualidade. Servindo também “a quilo”...
Hoje temos a Confeitaria Barcelona na Henrique Dias.
Hoje temos o café localizado no andar de cima do Zaffari da Fernandes Vieira.
Também são considerados “point” para o público.
É a nova realidade do Bom Fim deste, ainda, iniciante século.
Dá saudade dos dias e atividades de ontem?
Creio que sim...
Para todos?
Acredito que não.
Temos que viver e apreciar as mudanças.
Tudo passa!!!
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador.
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O Dia Mundial do Consumidor
Publicado em
15/03/2010
às
09:00
No dia 15 de março comemora-se o dia mundial do consumidor. Essa data foi escolhida em razão de uma mensagem remetida pelo Presidente Kennedy ao Congresso americano, reconhecendo diversos direitos dos consumidores, especialmente quanto à segurança; à informação; bem como à livre escolha dos produtos e serviços.
Trata-se, sem dúvida, de um documento importante na proteção dos direitos dos consumidores, que até então só eram tutelados por legislações rudimentares.
O dia 10 de março também marca, no Brasil, o aniversário da vigência do Código de Defesa do Consumidor. Ele já está há 19 anos em vigor, sendo que esse período introduziu significativas modificações no mercado de consumo.
A grande virtude do nosso Código foi a adaptação de institutos de sucesso do direito estrangeiro, principalmente europeu, para a realidade brasileira. A comissão de notáveis que o elaborou foi muito feliz e a prova maior disso é a sua ampla aplicação prática. Sem dúvida alguma, estamos diante de uma lei que pegou.
O balanço do último ano nos faz lembrar inúmeros episódios, de repercussão nacional, que atentaram contra os direitos dos consumidores: os problemas com a portabilidade, que deixaram sem telefone inúmeros consumidores; os atrasos e o descaso das empresas aéreas; a lei da entrega com hora marcada, no Estado de São Paulo, que não é cumprida; o ponto extra que, mesmo proibido, continua sendo cobrado pelas empresas de TV por assinatura.
As multas administrativas aplicadas pelos órgãos de defesa do consumidor não são pagas, porque ficam sendo discutidas por anos e anos no Judiciário. Aqueles consumidores que decidem brigar judicialmente sozinhos também sofrem com a lentidão desse poder.
Esses aspectos ruins podem dar a impressão de que não temos o que comemorar. Mas é justamente o contrário na medida em que, antes do Código de Defesa do Consumidor, a fiscalização dos fornecedores era muito mais restrita e os consumidores, porque desinformados, não reclamavam uma vez que, se o fizessem, não surtiria qualquer efeito.
Antes do Código, o número de violações aos direitos dos consumidores era ainda maior, só que os problemas sequer chegavam ao seu conhecimento.
Hoje, não só as irregularidades chegam ao conhecimento dos consumidores como eles têm meios de reclamar, em virtude da atuação, cada vez mais marcante, dos órgãos de defesa dos consumidores, das Promotorias de Justiça especializadas, das Defensorias Públicas, dos Juizados Especiais e de inúmeras associações de defesa dos consumidores, que proliferam-se por todo o país.
Hoje é difícil encontrar um consumidor, por mais iletrado que seja, que desconheça a existência do Código de Defesa do Consumidor. A idéia da tutela do consumidor é tão presente que existem até aqueles que se dirigem aos órgãos de proteção, como os PROCONs por exemplo, em busca da solução de problemas referentes a questões que não correspondem ao mercado de consumo.
Cada vez mais, o dia a dia do consumidor está melhor, seja porque os consumidores estão mais informados ou porque os fornecedores estão mais conscientes da sua função no mercado de consumo. Quem maltrata o consumidor acaba sofrendo reclamações e ações judiciais, o que pode comprometer o lucro.
As companhias telefônicas, os bancos e os planos e seguros de saúde continuam liderando o ranking de reclamações, o que ocorre há anos, sem perspectiva de melhora. Enquanto os órgãos incumbidos da sua fiscalização não agirem adequadamente tudo continuará como está.
A oferta indiscriminada de crédito aos consumidores e o seu conseqüente endividamento continuam acontecendo, assim como as negativas indevidas de cobertura pelos planos e seguros de saúde, os problemas nas compras via internet e com os bancos de dados e cadastros de consumidores, a adulteração de produtos, como combustíveis e a cobrança indiscriminada de juros bancários.
Sem sombra de dúvida, a melhora das condições dos consumidores no mercado de consumo também está atrelada à eficiência do Judiciário. Os fornecedores acabam deixando, muitas vezes, de atender às reclamações porque sabem que um processo pode levar anos. Isso provoca uma avalanche de processos porque a tendência é a recusa do atendimento extrajudicial das reclamações.
Os Juizados Especiais, que recebem o maior número de lides de consumo em virtude do pequeno valor financeiro em discussão, devem funcionar melhor, de nada adiantando, a nosso ver, a sua localização em aeroportos, porque privilegia a solução dos problemas de um dado setor da economia, quando as dificuldades estão em todas as searas.
O balanço do último ano é positivo, mas muito ainda há que ser feito para proteger os consumidores.
Arthur Rollo.
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Jordânia
Publicado em
13/03/2010
às
09:00
No oriente médio. Amman é a capital. No aeroporto, ao conseguir o visto, fui entrevistado por ser da América Latina. Motivo, depois explicado pelo agente: existe um tráfico de drogas dos países da América Latina e por isto entrevistamos todos os brasileiros e revistamos as bagagens. Como nós, eu e minha filha, só carregamos mochilas e não mala, não nos revistou e nos deu permissão para visitar o país.
Ao chegar ao hotel, o táxi, foi revistado, tendo que abrir o bagageiro e após o guarda liberou a entrada, baixando a barra de dentes no chão que impedem a entrada. Isto significa que medidas de segurança são necessárias para manter a tranqüilidade. E tem mais, ao entrar no hotel, a bagagem, toda ela é escaneada, como em um aeroporto. Isto a cada vez que você entrar. E também se passa pelos detectores de metais. Pelo menos se dorme tranqüilo, ninguém consegue entrar com uma arma no hotel. Tudo porque há três anos atrás houve uma explosão simultânea em três hotéis. Em um havia uma festa de casamento.
As construções são todas com as pedras cor bege típicas da região, ou revestidas com esta cor, isto significa que não tem colorido. Algumas fachadas de prédios novos se destacam com algum colorido. Esta cor reflete o calor, o sol, porque no verão facilmente fazem 38 graus Celsius.
O rei Hussein governou o país por 46 anos. Faleceu em 1999 e seu filho o Rei Abdullah II assumiu o trono. Fotos dele, vestido de militar, de árabe, de presidente, terno e gravata, estão por todo lado.
Porque Jordânia? Por causa de uma das maravilhas modernas do mundo recentemente eleitas. A cidade de Petra. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Muita iniciativa e pouca acabativa
Publicado em
12/03/2010
às
09:00
Por que somos tão criativos, inovadores, cheios de idéias e tão ruins em execução? Por que a rotina de cuidar dos detalhes, fazer a manutenção do que já existe, dar continuidade às coisas começadas, nos deixa tão entediados?
Sentimos um grande prazer em dar idéias novas e planejar e um enorme tédio em fazer, cuidar das coisas do hoje, do aqui e do agora. Estamos sempre olhando para o futuro e parece nos esquecermos de que o amanhã depende do hoje. Com o descaso pelo hoje, pelo detalhe, pela cuidadosa execução e manutenção do que existe, nunca construiremos o amanhã e seremos sempre o “País do futuro”.
Achamos que executar é uma coisa subalterna, para pessoas sem muita inteligência, puros obreiros. O bonito é criar, inovar, propor, discutir. Depois, nada acontece. As coisas simplesmente não são feitas, não têm continuidade, não têm manutenção, não vingam. Faltam pessoas dispostas a cuidar da rotina, do manter, do fazer todos os dias com dedicação e perseverança.
Nas empresas, vejo pessoas discutindo planos, projetos e idéias maravilhosas. Mas ninguém atende o cliente que está esperando ao telefone. Ninguém conserta o banheiro quebrado. Ninguém responde ao fornecedor que está precisando de melhores especificações para poder entregar o pedido da próxima semana. Ninguém faz a manutenção correta das máquinas que estão em uso há anos e ameaçam parar.
Daí, quando as coisas dão errado e o problema se torna insustentável, todos parecem tomar um susto. Comportam-se como se não soubessem que o problema iria ocorrer, mais cedo ou mais tarde. Fingem não saber que as coisas só acontecem, de fato, quando alguém arregaça as mangas e faz acontecer, cuida dos detalhes, enfim, executa. Vejo também que essas pessoas que fazem e querem que as coisas sejam feitas, mantidas, concluídas são, muitas vezes, taxadas de intolerantes, exigentes demais, detalhistas, chatas.
Minha sugestão é que você, em suas atividades pessoais e empresariais, comece a valorizar as pessoas que executam, que cuidam da manutenção do que existe, que dão atenção aos detalhes, que atendem bem os clientes, que começam e terminam suas tarefas dentro do prazo, enfim, os que fazem o dia-a-dia acontecer com qualidade. Valorize, enfim, aquelas que antes de pensar grande, fazem grande, fazem certo, fazem agora. As que além de criatividade e iniciativa, têm “acabativa”.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Presente Futuro e Futuro - Onde estará o balanço patrimonial?
Publicado em
11/03/2010
às
09:00
O que realmente deve mostrar um balanço?
A realidade ou a “probabilidade”?
O futuro pode ser apresentado como presente e este também como passado em matéria patrimonial?
Tais interrogações são justas quando se lê norma copiada do nominado regime “internacional”, agora com pretensões de se tornar obrigatório em todas as escritas contábeis (para isso exercendo forte pressão na mídia).
Podemos dizer “nominadas como internacionais” por que ainda não o são, por não estarem implantadas nos maiores mercados de ações do mundo e “copiadas” por que jamais em nosso idioma português diríamos as coisas como estão postas nos textos, ou seja, adotando expressões que em nossa linguagem não utilizamos, em face da imprecisão das mesmas e das inadequações conceituais.
Tomemos o seguinte exemplo de redação de uma dessas normas de inspiração alienígena:
Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento.
Entretanto, em determinadas circunstâncias, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos, como cheques especiais ou contas-correntes garantidas, são liquidados automaticamente de forma a integrarem a gestão das disponibilidades da entidade.
Uma característica de tais contas correntes é que frequentemente os saldos flutuam de devedor para credor.
Nessas circunstâncias, esses saldos bancários a descoberto devem ser incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa.
Isso significa em linguagem brasileira que aquilo que o Banco deixar à nossa disposição para usar quando desejarmos, mas, que ainda não está sequer sendo utilizado, já devemos ter como dinheiro vivo, colocando tal valor como disponível.
Logo, a que iremos ter como dívida (futuro) já é considerada como disponível (presente); a dívida que ainda pretendemos fazer será registrada como já feita e o dinheiro que pretendemos sacar já é considerado como em Caixa.
Na prática é isso que se está desejando impor (só desejando, por que, não há lei que a isso obrigue - pelo contrário, o Código Civil exige a realidade presente).
Foi a metodologia de considerar o futuro na base de esperança que fez estourar a bolha da grande crise financeira mundial (derivativos, hedges etc.).
O “poderá vir a ser”, a “probabilidade” substituindo a “efetividade” sustentou um mundo de “ilusões” de “miragens” financeiras e o resultado todos conhecemos.
Completa a norma, para dar-lhe “aparência de seriedade” o seguinte texto:
A parcela não utilizada do limite dessas linhas de crédito não deve compor os equivalentes de caixa.
Acredito pretendessem dizer a “parcela não utilizável” (que não se vai utilizar), pois, não tem qualquer sentido em português e muito menos em Contabilidade admitir um fato futuro que a norma transforma em presente seja também um fato passado (que se deixou de utilizar).
Consagra o normativo referido o “subjetivo”, ou seja, a vontade do indivíduo; nessa base do “pretender ser” é que se determina venha a ser construído o balanço.
Será que é realmente isso o desejável para retratar a realidade, aquela que se vai informar a terceiros?
Tenho dialogado com muitos colegas, inclusive alguns cujos escritórios são responsáveis por expressivo número de escritas.
A maioria de meus interlocutores me afirmou que não adotará as IRFS por que:
1. Não há lei que obrigue aos pequenos e médios empresários adotar normas de influência estrangeira;
2. Se houvesse, entre a opção do plano do SPED e o normativo eles ficariam com o fiscal;
3. As ditas normas estabeleceram um regime demasiadamente confuso, burocrático e sem sentido prático, além de estarem muito mal redigidas;
4. O que os clientes pedem sempre são menores custos burocráticos e esses as normas exageram em exigir;
5. Ninguém, pela lei, pode fiscalizar se a empresa adotou ou não as normas e nem sanção existe para quem não empregar o critério estrangeiro;
6. Não vê o cliente nenhuma vantagem em aumentar custos sem benefícios concretos e a maioria não se interessa por opinião proveniente de outros países.
Isso, quanto ao propósito de adoção, coincide com a pesquisa da Grant Thornton dos Estados Unidos que acusou ser apenas de 7% o quantitativo das empresas que afirmaram estar dispostas a implantar os IRFS.
Antônio Lopes de Sá.
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No Mundo da Fantasia
Publicado em
10/03/2010
às
09:00
“As ilusões perdidas são verdades encontradas.”
(Multatuli)
A notícia chega por e-mail e com caráter de comunicado. Uma entidade supostamente sem fins lucrativos, da qual você nunca ouviu falar, informa que sua empresa foi laureada com um prêmio de excelência.
Fruto de pesquisa realizada junto a pessoas desconhecidas, com critérios igualmente ignorados, sua companhia recebe o título de “Destaque do Ano”, ou algo parecido, o que lhe conferirá um interessante diferencial competitivo.
Todavia, para receber as honras, será necessário contribuir “com uma pequena quantia em dinheiro” destinada à organização da festa de premiação, na qual representantes de empresas de todo o país, dos mais variados segmentos da Economia, receberão uma placa comemorativa, alguns flashs, matéria paga em uma revista de qualidade editorial duvidosa e um belo coquetel. Sem o pagamento da cota determinada, a distinção é transferida para seu concorrente direto.
Prêmios e pesquisas de fachada são comuns. Há empresas constituídas apenas com o propósito de auferir lucro mediante a realização de investigações que proporcionam resultados superficiais a partir de metodologia discutível, criando prêmios e editando revistas para tornar público uma sucessão de mentiras. E, não raro, são patrocinadas por empresários inescrupulosos, dispostos a satisfazerem suas vaidades pessoais e corporativas.
Neste contexto, o executivo desavisado é alvo fácil, enaltecido pela força da comunicação, do marketing eficiente que respalda estas ações, estimulando-o a alimentar este sistema na expectativa de elevar a marca da companhia que representa. Não percebe que ao fazer isso age como corruptível, legitimando a ação do corruptor. E coloca em risco sua imagem e sua marca, associada que fica à ilicitude do processo. O véu pode, quando menos se espera, cair, deixando nu o rei. Diga-me com quem andas e eu te direi quem és.
Decerto que temos instituições que realizam pesquisas idôneas, pautadas por métodos estatisticamente adequados, e empresas que promovem concursos reconhecidos como dignos e respeitáveis. Mas aos olhos do consumidor, é tarefa árdua separar o joio do trigo, distinguindo fato de ilusão.
Analogamente, vejo pessoas que investem tempo e recursos em busca de exposição na mídia impressa ou na televisão apenas para aplacar suas vaidades. Uma batalha por uma fração de segundos na telinha ou uma imagem de poucos centímetros, perdida em meio a uma única página de centenas de publicações do mercado. Buscam os famigerados quinze minutos de notoriedade alardeados por Andy Warhol, mas costumam nem chegar perto disso.
Salustiano dizia que “todo homem é o arquiteto de sua própria fortuna”. As ilusões vêm da imaginação, as verdades dos fatos e os erros de nós mesmos.
Tom Coelho.
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Para lá, para cá...!
Publicado em
07/03/2010
às
09:00
Balanço das praças.
Balanço das enchentes.
Balanço do ano.
Balanço das empresas.
Balanço...
O mesmo termo. Diversos sentidos. Diversos significados. Mesma maneira de grafia. É o valor da nossa língua.
Tudo é balanço.
Muitos dos quais realizado nesta época do ano.
Infelizmente o balanço das recentes enchentes não é sempre que realizamos, mas infelizmente as chuvas torrenciais aconteceram recentemente e ainda estamos “contando” os estragos: realizando o balanço daquelas vítimas onde a chuva levou tudo ou quase todo o patrimônio, muitas vezes adquirido com inúmeros sacrifícios e por longos anos de espera e angústia para conseguí-los. Vai fazer parte do balanço do ano.
Muita das crianças destas famílias somente restará o balanço das praças, pois o restante foi levado pelas águas.
Tudo é balanço.
Época onde todos nós realizamos nosso balanço: é o balanço anual de nossas atividades.
A “folhinha” vai ser “virada”. Tudo será iniciado novamente.
Outros balanços virão, mas sempre restará o “balanço da praça”. Este está e estará sempre a espera dos seus ocupantes.
Para lá, para cá!
Para lá , para cá!
É o balanço do “balanço” da praça.
Todos nós, adultos, já nos embalamos ou fomos embalados por este “balanço”.
Para lá, pára cá!
Para lá, para cá!
- Mãe, diminui um pouquinho o movimento com o balanço! Estou ficando tonto... De tanto balançar “o balanço”...
Para lá, para cá...!
David Iasnogrodski.
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A Terceira maior Mesquita
Publicado em
06/03/2010
às
09:00
Em Abu Dhabi, Capital dos UAE, United Arab Emirates está sendo concluído a mais cara mesquita do mundo, não é a maior por respeito à Arábia Saudita onde estão as maiores e por ser ali, em Meca o centro da religião muçulmana revelada há cerca de 1430 anos atrás.
Sendo construída e paga pelo Sheikh Zayed, fundador e visionário dos Estados Unidos Árabes, pode ser considerada uma das maravilhas do mundo moderno. Ele já faleceu e sua família está terminando a obra.
O mármore branco da Grécia, o verde da China, os painéis da Turquia, as pedras preciosas entalhadas nas colunas e no chão, os lustres de 10 toneladas feitos na Alemanha, o tapete feito a mão. Tudo em tamanho família.
O ponto é. Tenho visto monumentos, cidades, prédios, obeliscos, construídos no passado e revelados pela arqueologia moderna. Esta mesquita é a história se repetindo, pois seres humanos da atualidade estão construindo algo que vai ficar para a posteridade, como as pirâmides do Egito, o Taj Mahal na índia, a cidade de Ephesus na Turquia.
Outro ponto é. Atualmente a religião Muçulmana é a primeira em números do mundo, ultrapassando recentemente o número de Católicos. Não conheço nenhum projeto individual, de nenhuma religião, de alguém estar construindo e, portanto externando sua fé através de um monumento espetacular, como acontecia com freqüência no passado. Está acontecendo em Abu Dhabi.
Pense sobre isto. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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É ético ter ética?
Publicado em
05/03/2010
às
09:00
A maioria das pessoas está colocando debaixo do tapete as normas de moral, os bons costumes, a ética e aceitando como vantagens os maus exemplos, o individualismo, a mentira, o engodo, a trapaça e outros interesses, em benefícios próprios.
Por outro lado vemos crescer a religiosidade baseada em bons princípios governada pelas regras bíblicas, isto significa que nem tudo está perdido; mas por que, apesar da índole cristã do povo brasileiro não se consegue separar o joio do trigo; por que, apesar de nossa formação voltada ao que é bom, à ajuda ao próximo, a nos condoermos pelo sofrimento alheio, temos a tendência de fazer o que é errado e tirar proveito próprio de tudo que for possível sem medir as conseqüências.
As instituições religiosas falham em transmitir normas morais às famílias e estas aos seus filhos, pois em alguns casos os próprios instrutores religiosos não dão exemplos dignos de serem seguidos.
As comunidades de base da sociedade formam seus “guetos” defendendo-se da exclusão social, criando para seus membros, normas e governos paralelos visando interesses de uma minoria.
As instituições de ensino básico fundamental e médio na sua grande maioria, não conseguem mais transmitir algo atraente e motivador que faça com que os alunos reflitam ou coloquem em prática, pois são frutos, tantos os alunos como os professores de uma sociedade sem base, sem vontade, desmotivada e sem referências.
As instituições de ensino superior, não conseguem da mesma forma, preparar profissionais éticos para o mercado de trabalho, pois estão despreparados, pagam pouco e só visam lucro.
Muitas empresas de auditoria e consultoria que deveriam ser estruturadas em ética, num passado recente e largamente divulgado pela imprensa, cometeram “erros” nas suas avaliações e laudos emitidos. Em um dos seus artigos, Antonio Roque Citadini, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, cita: “Em relação às empresas de auditoria e consultoria privadas, o que se vê são elogios......, desconsiderando-se o resultado tão desastroso que vem marcando seus trabalhos nos últimos tempos” e continua Citadini, “Só assim se explica à razão dos muitos casos em que lucros maravilhosos são transformados em prejuízos escandalosos”.
A quebra da Enron Corp, gigante do setor de energia, repercutiu no mercado de modo geral, especialmente nos poupadores que confiaram na gestão do fundo de pensão por ela gerenciado; a empresa de auditoria provavelmente não detectou problemas existentes nas demonstrações financeiras da Enron.
Muitas empresas privadas com ações na bolsa de valores ou mesmo sem abertura do capital, usam artifícios contábeis, feitos por profissionais não preocupados com a ética, para pagar menos impostos, ou tornar não transparente seus lucros, prejudicando os investidores.
Nossos representantes políticos, em quem confiamos para tomar decisões importantes por nós, agem de maneira traiçoeira e inescrupulosa tornando-nos cúmplices de seus atos que desonram a nação.
Mas o que significa ética? Conforme “Collins Dictionary” “é o estudo das questões relacionadas ao que é moralmente certo ou errado”, “compromisso com valores duradouros”. Conforme dicionários da língua portuguesa, “parte da filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana, ou conjuntos de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão”.
A palavra “moral” de acordo com a Encyclopeia Universalis Francesa é: “um sistema de regras que o homem segue (ou deveria seguir) em sua vida pessoal e em sua vida social” e dicionários da língua portuguesa, “tudo que é decente, educativo e instrutivo”.
O pesquisador Robert Coles da Universidade de Harvard descobriu que não existe nenhum conjunto de preceitos básicos que guie a vida moral das crianças americanas, 60% de um grupo de jovens dissera que se guiava por aquilo que os promove ou que os faz sentir bem.
Está você leitor disposto a reverter este quadro, ou continuar jogando debaixo do tapete, conivente e omisso; não deixe a educação total dos seus filhos aos professores e aos religiosos, talvez a sua conduta ética e moral não seja a mesma deles; não deixe que outros decidam por você; não coloque mais, pessoas desonestas e antiéticas para representá-lo, da mesma forma que você não os colocaria para trabalhar em sua empresa.
Claudio Raza.
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Como Vencer a Concorrência
Publicado em
04/03/2010
às
09:00
"Contaram-me que os peixes não se importam de serem pescados,
pois têm o sangue frio e não sentem dor.
Mas não foi um peixe que me contou isso."
(Heywood Broun)
Não sejamos hipócritas. Esta estória de que concorrência é saudável porque estimula o desenvolvimento e combate o imobilismo é filosoficamente bela, mas não retrata a realidade.
Frédéric Bastiat, economista francês do século XIX e grande defensor do livre comércio, dizia: “Destruir a concorrência é matar a inteligência”. Pois então que morra, neste caso, a inteligência! Qualquer empresário ou gestor há de concordar que concorrência boa, é concorrência morta.
É por isso que o mundo corporativo tem sido marcado por fusões e aquisições, com a formação de grandes grupos econômicos. Tome-se como exemplo o setor bancário. Chama menos atenção a redução do número de instituições financeiras, o que não seria uma medida estatisticamente adequada, mas a concentração do patrimônio líquido, dos depósitos e do crédito entre os quinze maiores bancos do país.
As grandes companhias buscam o caminho dos ganhos de escala e da redução de custos operacionais, princípios econômicos legados da Era Industrial. É uma forma de debelar a concorrência absorvendo-a (aquisição) ou aliando-se a ela (fusão). Mas fica a pergunta: e quanto às pequenas empresas?
Firmas de pequeno e médio porte têm uma natural vocação autofágica. Em outras palavras, digladiam-se por um pedaço de osso como se fosse carne de primeira. Chegam até mesmo a praticar dumping (vender abaixo do preço de custo) para evitar que o vizinho ganhe o pedido. Cooperativismo e associativismo são palavras ausentes do vocabulário – e do dicionário – da maioria dos empresários. É uma questão cultural alicerçada num modelo mental ultrapassado: cada um que cuide de seu terreiro.
Houve uma época em que bastava produzir o que fosse para surgir um comprador. Outro economista francês, este no final do século XVIII, Jean-Baptiste Say, cunhou uma lei de mercado que dizia: “Toda oferta cria sua própria demanda”. Sua assertiva teve vida longa, a ponto de Henry Ford declarar no auge da produção de seu veículo Modelo T: "Você pode ter o carro da cor que quiser, contanto que ele seja preto".
Mas os tempos áureos sucumbiram em 1929 com a Grande Depressão. O impacto econômico foi tamanho que, nos Estados Unidos, a taxa de desemprego saltou de 9% para 25% em apenas três anos.
Hoje vivemos um período de comoditização ampla, geral e irrestrita. Os produtos são todos muito parecidos em funcionalidade. E os consumidores dão as cartas, reinando no trono da infidelidade e com elevado poder de barganha.
O sofrimento é ainda maior no comércio que na indústria. Basta caminhar em São Paulo, por exemplo, pela Teodoro Sampaio dos instrumentos musicais, a Consolação dos lustres, a Santa Ifigênia dos eletrônicos ou simplesmente as praças de alimentação de qualquer shopping center para sentir na pele e na veia a ferocidade da concorrência. O que fazer?
1. Cuide do visual. O jogo começa na aparência que conduz à sedução. É o marketing de percepção. Você precisa captar a atenção do cliente para que ele escolha, entre as inúmeras alternativas, o seu ponto. Isso envolve a fachada, o letreiro e até mesmo o nome do estabelecimento. Os trajes dos atendentes, a pintura das paredes, a limpeza do piso, o índice de luminosidade, a organização dos produtos expostos e a facilidade de acesso a eles. Perceba que as mesmas regras aplicam-se a uma loja virtual. Neste caso, falamos de um site de fácil navegação, com diagramação e cores agradáveis, ágil na transição de páginas, amigável na busca por produtos.
2. Treine seu pessoal. Considerando-se que os produtos são similares e, portanto, facilmente comparáveis, o único canal possível de diferenciação é o da prestação de serviços. A palavra de ordem agora é “atendimento”. Não apenas um atendimento bom, mas sim um excepcional, prestado por uma força de vendas que antes de tudo conhece em profundidade o que está ofertando. É a chamada “venda consultiva” que compreende necessidades, orienta sobre tipos e modelos, instrui com foco na adequação e assiste através do pós-venda promovendo a fidelização.
3. Tenha o produto disponível. Parece óbvio, mas esta é uma das grandes falhas de gerenciamento no ponto de venda. Imagine ter atraído o consumidor para sua loja e tê-lo presenteado com um atendimento exemplar. Após analisar todas as possibilidades ele escolhe um produto que está esgotado. Era o modelo perfeito de calçado, mas não na cor desejada. Era o prato ideal para o almoço, mas sem o molho preferido. Você terá o desprazer de ver seu cliente, igualmente frustrado, sair pela porta afora de mãos vazias – mas agora seguro do que pretende comprar, evidentemente em seu concorrente. Portanto, mantenha um estoque de segurança. E se você não dispõe de espaço ou capital para tê-lo, é preferível reduzir a gama de produtos oferecidos ou especializar-se em um grupo específico. Se você não é o primeiro e nem o maior, seja o melhor no que se propõe a fazer.
4. Crie diferenciais. Além do excelente atendimento, seja criativo nos detalhes e tenha a inovação como lema. Promova campanhas e concursos, crie bônus por fidelidade, escute e surpreenda seus clientes com novas soluções integradas. Propicie condições variadas de pagamento estabelecendo, por exemplo, parceria com instituições financeiras. Vivemos uma onda de crédito abundante e facilitado, ainda que caro, mas que permite adquirir bens para pagamento em longo prazo mediante suaves prestações mensais. Você não precisa assumir o ônus dos riscos do financiamento. Não é este o seu negócio. Mas uma financeira fará este papel com todo prazer.
5. Diga não à guerra de preços. Venda benefícios associados aos produtos, desviando o foco do preço. A regra é vender valor e não preço. Por isso a importância do atendimento, inclusive no pós-venda, além da oferta de acessórios, de assistência técnica permanente e de condições diferenciadas de pagamento, conforme já mencionado.
6. Em guerra deflagrada, lute para ganhar. Jamais se esqueça de que você está em guerra permanente com seus concorrentes. Esteja, pois, preparado. Conheça bem, e de perto, seus concorrentes. Visite-os ou coloque alguém para visitá-los. Telefone para monitorar a qualidade do atendimento. Pesquise preços. Descubra seus pontos fortes e os copie. Descubra seus pontos fracos e guarde as cartas na manga. Contrate seus melhores funcionários. E, fundamentalmente, inove. Torne-se único a ponto de tornar a concorrência irrelevante. Mas lembre-se: eles podem estar fazendo exatamente o mesmo em relação a você.
Tom Coelho.
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O talento e a sua carreira
Publicado em
03/03/2010
às
09:00
É quase uma unanimidade a tese de que vivemos a Era dos Talentos, mas Nélson Rodrigues dizia sem muitas delongas que "toda unanimidade é burra!"
De origem latina, a palavra talentu em sua essência significa balança, peso. Era moeda na Roma e Grécia Antiga e citada nas parábolas de Cristo. No atual dicionário corporativo a palavra talento logo nos lembra alguém com grande inteligência, extremamente hábil ou com alguma aptidão notável.
Mas a pergunta que não quer calar é: Só talento basta?
Não. É um grande erro acreditar que uma pessoa será a solução para todos os problemas. Descobrir e saber usar o seu talento é o que realmente faz a diferença. É preciso fazer bom uso dos seguintes pontos.
Talento é diferente de dom. Dom é uma aptidão natural, genuína e que o distingue das demais pessoas sem muito esforço. Dom é um talento nato, mas nem todo talento é um dom. É bom deixar claro que todos têm talentos, mas que precisam ser descobertos e, principalmente, desenvolvidos.
Iniciativa e criatividade. A iniciativa é um dos ingredientes que não pode faltar na receita dos vencedores. O verdadeiro talento cria soluções, agrega valor ao ambiente e sabe que velhas soluções não são mais a garantia de sucesso. A ação é o que realmente importa!
Foco e execução. Foco é lidar com o que mais importa e execução é descobrir maneiras para fazer acontecer. O talento se entrega de corpo e alma na execução das suas tarefas, busca a excelência em tudo o que faz.
Relacionamento e equipe. O talento pode ganhar um jogo, mas não ganha o campeonato. O talento coopera, compartilha, ensina e aprende. Sente prazer em se relacionar com outras pessoas e sabe que ninguém fez algo sem uma grande equipe do lado.
Integridade e responsabilidade. Talento sem honestidade e caráter de nada vale. A irresponsabilidade e falta de integridade afundam empresas, acaba com qualquer carreira e não sustenta o sucesso a longo prazo.
O talento é dono da sua carreira. Você é o profissional dos seus sonhos? Dentro do meu contexto atual quais os talentos que eu posso despertar que podem tornar minha carreira mais excitante e promissora? A sua carreira e o seu desenvolvimento são de sua responsabilidade, o aprendizado contínuo é uma das características das pessoas talentosas.
A chave de tudo é saber que o presente é sempre o momento certo para aliar talento e ação, teoria e prática e assim ser o grande criador do enredo da sua própria vida.
Paulo Araújo.
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A Justiça e o Marketing Político
Publicado em
02/03/2010
às
09:00
Como advogada, fico indignada com o que vem ocorrendo com a Justiça Eleitoral que, pelo que tenho visto, neste momento acabou se tornando um instrumento de marketing eleitoral.
É um tal de denúncia, CPIs, compra de votos, abuso do poder econômico, apoios proibidos e por aí afora. Outro dia, li as regras das últimas eleições do que pode e do que não pode se fazer em termos de divulgação e cheguei à conclusão de que não se pode praticamente nada, ou melhor, pode se fazer muito subliminarmente e, em alguns casos, até explicitamente como vem fazendo o nosso presidente em sua vergonhosa e clara campanha eleitoreira voltada à sua candidata do coração.
As regras do último pleito beiram as raias do absurdo e se fossem levadas a sério, duvido que algum eleito se manteria no poder, pois todos de alguma forma quebraram tais normas acintosamente, indo contra tudo o que a lei prevê. Outra coisa que me preocupa nesta lei eleitoreira é que da maneira que ela está, é uma grande oportunidade para os que já estão eleitos possam se manter nele para sempre, impedindo que novos nomes surjam na política e que venham a se eleger tomando o lugar dos muito corruptos que estão há longa data encastelados no poder.
Neste momento a bola da vez dos escândalos parece que é a do Partido Democrata (DEM) com a prisão do governador do Distrito Federal e, agora, com a cassação do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab pelo recebimento de doações de campanha de várias empresas, que depois foram beneficiadas por grandes contratos com a cidade.
Tenho certeza que este partido incorreu em contravenção, mas não só ele, pois se houver interesse e vontade de quem deve fiscalizar — e se o fizer bem —, descobrirá que todos os outros partidos também fazem parte do mesmo esquema extorsivo de doações para campanhas políticas.
No meu entender só nos restam duas esperanças: uma é que a imprensa, ainda livre neste país, continue batendo forte, não se deixando enganar por ações jurídicas cujos intuitos são unicamente denegrir candidatos e partidos opositores. Já a segunda esperança é o voto consciente em outubro de todos os brasileiros, alijando do poder todos os que aí estão se locupletando do erário em benefício próprio.
É chegada a hora da renovação, não vamos reeleger ninguém, pois os que já elegemos muito pouco fizeram por todos nós.
Sylvia Romano.
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CAIXA confessa falha nos bolões
Publicado em
01/03/2010
às
09:00
Após o problema verificado em Novo Hamburgo, em que quarenta pessoas compraram quotas de um bolão premiado, mas não receberam o prêmio porque a lotérica deixou de emitir o bilhete, a Caixa Econômica Federal proibiu os bolões. Isso configura verdadeira confissão de falha no sistema até então adotado.
Seus representantes já disseram também que esses bolões nunca foram permitidos, mas o fato é que nunca houve fiscalização efetiva ou mesmo punição de lotéricas que realizam bolões.
Esse tipo de aposta coletiva é praticado há muito tempo e inúmeros consumidores adquirem essa modalidade de jogo. Se os prepostos da Caixa Econômica Federal, por ela autorizados para a emissão dos boletos dos jogos, fazem isso por anos impunemente, existe uma aparência de regularidade da atividade aos olhos do consumidor.
Se todo mundo que aposta sabe que é comum a comercialização de bolões por casas lotéricas, não é possível que a Caixa, que está obrigada a fiscalizar os seus representantes, não soubesse.
A não emissão do jogo é fato grave, que pode indicar, em tese, o cometimento de crime de estelionato, que já está sendo apurado. Afora isso, aqueles que adquiriam as cotas do bolão premiado têm legítima expectativa ao recebimento do prêmio, porque adquiriram o jogo no local correto que é a casa lotérica.
Existe também a possibilidade de que lotéricas estejam comercializando bolões sem a emissão dos bilhetes de loterias, enganando dessa forma os consumidores.
A Caixa Econômica Federal responde pelos atos dos seus prepostos, nos termos do 34 do CDC. Se uma lotérica, autorizada para a emissão de jogos, comete uma falha, a Caixa, que é quem lucra diretamente com essa atividade, deve responder.
A nosso ver os consumidores que adquiriam o bolão têm direito ao recebimento do prêmio.
Arthur Rollo.
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Eu vi!
Publicado em
28/02/2010
às
09:00
Eu vi!
Sim, eu vi!
Fiquei abismado, mas vi...
Observei ontem à tarde, num das ruas de Porto Alegre, em um dos bairros mais tradicionais da cidade. O que eu vi? Respondo: um verdureiro.
Não sabem o que é um verdureiro?
Não lembram de um verdureiro?
Bem, um verdureiro é um ambulante que circula (ou circulava) pelas com sua carroça chamando os “fregueses” para adquirirem seus produtos.
Este verdureiro que eu vi – em pleno século XXI – tem até clientela fixa. Já sabem os seus horários de circulação. Sabem da qualidade de seus produtos: frutas e verduras. Todos a granel. Ele circula com uma balança junto à sua carroça.
Ele, o verdureiro, com toda a delicadeza atende seus “clientes”. O troco é certinho... Alguns “compram” com caderno... (fiado...). Pagam no final da semana...
E lá ele, o verdureiro.
Andando.
Falando.
Vendendo.
Chamando.
Lá vai ele.
Lá vai ele junto da sua carroça. Das suas frutas. Das suas verduras. Até mel ele vende...
Lembra muito as nossas cidades de “ontem”.
Eles, “os verdureiros”, faziam o papel dos “mercadinhos”. O papel dos Supermercados de hoje. Não é verdade? Só que os supermercados não vendem no caderno. Somente com cartão. É o cartão de crédito...
Os verdureiros sempre foram muito bem aceitos junto à sociedade.
E hoje?
Hoje eu vi!
Uma relíquia.
Mas eu vi...
Vi o verdureiro...
Será que estão voltando, ou este é o último “dos moicanos?”
Acredito que ainda têm alguns outros circulando por aí. Ainda têm mercado para eles...
Eu vi.
Hoje!
Em pleno século XXI
“Um verdureiro nas ruas de Porto Alegre”.
Acredito que seria a mesma forma abismada se visse um ET junto às nossas ruas.
Por enquanto só foi um verdureiro.
E amanhã?
Poderá ser um ET?
Quem sabe!!!
David Iasnogrodski.
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Oitocentos metros de altura
Publicado em
27/02/2010
às
09:00
Burj Khalifa, o nome do maior edifício do mundo, em Dubai nos Emirados Árabes. É o reflexo de planejamento, de marketing agressivo que compõem lista dos projetos megalomaníacos da cidade mais moderna do mundo está apresentado.
Tudo aqui acontece rápido, pois não falta dinheiro nem materiais. Tudo é trazido de outros países. O maior número de quindastes de construção estão nos Emirados Árabes.
Para rir um pouco. Um Francês, um Americano e um Sheikh estavam passeando por Dubai e falando sobre construções. O Francês esnobando que torre Eiffel foi construída em trinta dias. O Americano acrescentou que a Estátua da Liberdade foi um presente da França e montado em uma semana. Ai, passando pelo mais alto edifício do mundo, perguntaram ao Sheikh o que era aquilo. E ele surpreso disse.: Ah, não sei, passei de manhã aqui e não tinha nada. A piada é antiga, mas reflete o que acontece aqui.
E exemplo pode facilmente ser transportado para a vida de cada um. Se você não tem projetos bem elaborados, com detalhes, pouco vai acontecer em sua vida. Dificilmente, ou nunca, alguém vai bater às 6 horas da manha em sua porta do quarto ou da casa e lhe contar uma novidade, uma oportunidade ou lhe motivar para tomar alguma atitude que vai mudar, alterar ou manter seu curso atual da vida rumo a mais sucesso ainda em todos os setores de sua vida, negócios, relacionamentos? Certo.
Então, concluímos que tudo depende de você, de cada um que está lendo estas linhas neste momento e de mais ninguém. Tenha fé, em si, no deus do seu coração e construa o melhor, o mais alto edifício em sua vida. Comece agora.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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O diferencial competitivo de um Hotel Fazenda
Publicado em
26/02/2010
às
09:00
Diferencial competitivo é tudo aquilo que torna a sua empresa “ÚNICA” aos olhos do cliente.
Nos meses de férias escolares, os pais procuram locais para que seus filhos possam ter lazer, segurança e monitores para cuidar dos filhos enquanto os pais também possam ter momentos de descontração.
Aí começa a difícil tarefa de garimpar locais onde o preço, as acomodações e o ambiente sejam compatíveis ao bolso de cada família, muitos são enganados pelas fotos na internet e se decepcionam ao chegar, pois não era nada daquilo que imaginava e já pagou os 30% da reserva, que não terá de volta.
Nestes casos o Hotel tem uma propaganda enganosa e esse cliente jamais voltará; a propaganda boca a boca que o cliente enganado fará será irá destruir a imagem do Hotel Fazenda, eu já tive essa experiência, mas para não estragar as férias perdi o dinheiro da reserva e fui para outro local.
Na relação dos bons e recomendados Hotéis Fazenda, mencionados pelos: Guia Quatro Rodas, Turismo, etc. todos destacam as acomodações, TV nos apartamentos, comida, piscinas, frigobar, etc., etc. etc., mas isso todos oferecem, uns com qualidade um pouco melhor ou um pouco pior; e isso não é diferencial, pois todos oferecem, é um padrão, se é um padrão não é diferencial competitivo.
O seria um diferencial competitivo em um Hotel Fazenda? Esse tipo de serviço está voltado especialmente para crianças e jovens, e esses têm que estar ocupados com atividades por idade, todos os dias, caso contrário ficarão isolados nos seus computadores, jogos eletrônicos (nintendos ds e dsp) e não farão a integração com outros da mesma idade.
Os pais também precisam de atividades, caso contrário, ficarão também trancados nos apartamentos assistindo TV ou dormindo; é aí que entra a equipe que faz a diferença, os monitores, pois esses manterão todos os hóspedes desde a criança até o idoso com atividades sadias desde ás 9 horas após o café da manhã até ás 11 horas da noite.
Todas as manhãs cada monitor,(em média 06) bem humorados e dispostos, ocupam-se das atividades; alongamentos, hidroginástica, caminhadas, cavalgadas, gincanas por idade, jogos, tirolesas nas piscinas, brincadeiras com a participação dos pais, almoços temáticos com esses mesmos monitores animando e se vestindo á caráter, noites temáticas, também com esses monitores trazendo cantores da cidade, roda de viola, bandas, bingo, etc. etc. etc.
Esta equipe de trabalho, que são jovens e estudantes é que abrilhantam o Hotel Fazenda, fazendo a diferença competitiva.
Acham que é impossível reunir 6 monitores jovens com as mesmas características, versatilidade, criatividade, humor e veia artística? Pois encontrei no Hotel Fazenda Recanto Paraíso em Águas de Lindóia, são eles: Pica-Pau, Paçoca, Tia Biju, Panqueca, Sardinha e Polly. Estes jovens geniais fazem o diferencial competitivo do Hotel Fazenda, só conhecendo para avaliar.
Claudio Raza.
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A importância de medir
Publicado em
25/02/2010
às
09:00
Aprender a medir; acostumar-se a medir é fundamental para o sucesso. Quando um fenômeno qualquer é corretamente medido é sempre mais fácil tomar decisões a respeito dele.
Nós, no Brasil, somos muito carentes de dados. Não temos o hábito, muito comum nos países europeus e mesmo nos EUA de medir quase tudo. Sem termos a exata medida de um problema, dificilmente desenvolveremos ações eficazes para a sua solução. Medir é, pois, um grande facilitador da ação.
Todas as ciências têm como base o medir. Um médico antes de receitar, pede exames laboratoriais que dirão a ele exatamente qual a carência do paciente. Um engenheiro agrônomo faz a análise laboratorial do solo para definir quais corretivos deverá aplicar para que a colheita seja maior. Se eu souber exatamente quantas pessoas irão a um casamento, poderei preparar uma festa adequada ao número de convivas. Se eu não souber, terei que ficar na expectativa de que os doces sejam suficientes para todos. E o resultado será sempre “sobrar muito” ou “faltar muito”. É sempre alto o preço de não se ter o hábito de medir. Quando trabalho sem dados, tenho que tomar decisões empíricas. “Vou fazer isso porque ‘acho’ que esse é o problema”, dizem os que não se baseiam em medidas certas para tomar decisões. Esse “achismo” é um grande mal.
Não raramente ficamos surpresos quando o IBGE, por exemplo, nos mostra os dados mais analíticos do CENSO. Quase sempre os dados derrubam nossa percepção que era, muitas vezes, oposta à realidade. Sem medir ficamos à mercê de nossos preconceitos e modelos mentais que podem estar ultrapassados. Sem medir confiamos numa presumível intuição em coisas que são mensuráveis e quase sempre erramos.
Assim, uma das coisas que precisamos fazer é adquirir o hábito de medir. Quando alguém disser “muitos” pergunte “exatamente quantos”. Quando disser “grande”, pergunte exatamente o tamanho. Quando disser “todo mundo disse”, pergunte exatamente “quantos falaram”. Trabalhando com dados e medidas, você passará a ter maior domínio sobre a realidade. Adquirindo o hábito de medir, a pessoa também passará a exigir dados e medidas das coisas que lhe são ditas e aumentará assim a sua consciência cidadã e será menos iludida pelos que falam sem apresentar dados, sem medir.
Faça isso na sua empresa. Acostume-se a medir e a exigir dados exatos sobre os problemas e verá que a solução ficará sempre mais fácil.
Luiz Marins.
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O consumidor e os cartões de lojas
Publicado em
24/02/2010
às
09:00
As carteiras ficaram pequenas para tantos cartões. Além do cartão do seguro do carro, do plano de saúde, do cartão de crédito, muitos consumidores estão aderindo a cartões de lojas.
Promessas de vantagens não faltam e esses cartões sempre são oferecidos de forma reiterada. O primeiro cuidado que o consumidor tem que ter é distinguir o cartão de desconto da loja do cartão de crédito, visto que alguns fornecedores estabelecem parcerias com administradoras para oferecer cartão de crédito com o nome do fornecedor. Isso acontece com postos de gasolina, companhias aéreas, etc.. A diferença prática entre um e outro é que no cartão de crédito é cobrada a anuidade, sendo que os cartões de descontos costumam ser gratuitos.
Há quem pense que os cartões de descontos só trazem vantagens, mas não é bem assim. Sem dúvida, as vantagens existem já que quem tem esses cartões paga menos nas suas compras. Já vimos casos de drogarias que concedem 50% de desconto para os consumidores que possuem seu cartão.
Pouca gente sabe mas quando o consumidor solicita um cartão desses está autorizando a abertura de um cadastro. Isso porque preenche uma fichinha autorizando expressamente o armazenamento de seus dados e sua utilização pelo estabelecimento. Infelizmente a fiscalização desses bancos de dados criados pelos fornecedores é praticamente inexistente no Brasil e dificílima de ser feita.
A falta de fiscalização permite que maus fornecedores cometam toda a sorte de abusos. A relação dos produtos adquiridos pelos consumidores ingressa no sistema traçando perfis de consumo. A partir desses perfis é possível a negociação dessas informações preciosas entre as empresas, que farão marketing diretamente com consumidores que têm o perfil dos seus produtos.
Não é por acaso que após solicitar o cartão de um fornecedor o consumidor passa a receber inúmeras cartas e inúmeras ofertas de produtos de outros fornecedores. Os cartões de descontos das lojas servem para alimentar bancos de dados que são negociados, posteriormente, a preço de ouro entre as empresas.
Sem dúvida, quando solicita um desses cartões o consumidor abre mão da sua intimidade, visto que é possível saber o que ele consome durante o mês e, ao longo dos anos de utilização, tudo o que ele adquiriu.
O oferecimento e a utilização desse tipo de cartão aumenta a cada dia, estimulada pela concorrência entre as empresas. Ainda que o consumidor na maioria dos produtos adquiridos não tenha vantagem, acaba optando por comprar nos estabelecimentos em que já possui o cartão.
É discutível a possibilidade de concessão de descontos para clientes cadastrados, sendo que a informação ao solicitar esses cartões é falha e a fiscalização sobre esse serviço insuficiente.
Arthur Rollo.
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A Venda Nasce do Planejamento
Publicado em
22/02/2010
às
09:00
Ouso dizer que a capacidade de planejar, é sem dúvida alguma, uma das maiores, senão a maior dificuldade do profissional de vendas.
Não por que faltam ferramentas que auxiliem nessa questão, mas por pura falta de conhecimento para fazer um simples plano ou de acreditar que isso dará certo.
Neste artigo desejo apenas ajudar ao vendedor, aquele que está diariamente no campo, a planejar melhor cada visita e assim melhorar seu desempenho junto aos seus clientes.
Perceba que seguindo o exemplo abaixo o vendedor tende a estar melhor preparado e muito mais focado no que oferecer ao cliente e assim fazer o que realmente importa.
Coloque a sua análise em uma simples planilha ou se preferir até no papel levando em conta os seguintes aspectos:
Data e nome do cliente – neste campo indique a data do planejamento e nome do cliente para futuras análises comparativas.
Concorrentes – coloque todos os concorrentes dos quais seus clientes já compra ou que pode vir a comprar. Assim você sabe com quem está competindo e quais são os pontos fortes e fracos de cada um.
Produtos que compra ou já comprou – liste todos os produtos que o cliente compra ou comprou de você por um determinado período e a sua quantidade. No mínimo liste as últimas três compras realizadas. A facilidade de acesso a esse tipo de dados depende do sistema de cada empresa, mas hoje é comum, no mínimo, o vendedor receber um relatório do que e para quem vendeu ao final de cada mês.
Preço – coloque ao lado de cada produto o valor pago por unidade ou o total do lote.
Potencial de compra mensal – agora aliado a fatos e números estime o valor que o cliente pode comprar mensalmente. Tome como referência o valor que ele já comprou e faça uma previsão realista e que possa ser atingida em um prazo máximo de seis meses.
Potencial de compra anual – essa conta é bem simples. Multiplique por doze o número que você definiu e assim você terá a estimativa de valor que o cliente, segundo seu estudo, pode vir a comprar de você.
Vendas reais acumuladas no ano – basta colocar o quanto o cliente já comprou de você neste ano no campo "Potencial de compra anual". Esse número é o total de vendas e não vendas por produto. Assim é mais simples, mas caso desejar você pode fazer por produto.
Gap em $ - nesta coluna você simplesmente diminui o valor da coluna "Potencial de compra anual" da coluna "Vendas reais acumulada no ano". Assim você visualizará a diferença de valores entre o potencial que o cliente tem de compra frente ao que você efetivamente vendeu. Nessa hora a gente leva cada susto!
Produtos do mix que não vendo – agora é hora de listar todos os produtos que o meu cliente não compra, mas que pode vir a comprar em um curto prazo de tempo. Muitos vendedores não trabalham o seu mix da forma adequada, porque foca o que vende mais, o que dá mais comissão, aquilo em que é expert ou porque esquece mesmo.
"Quem tem a informação tem poder!" Eu discordo deste pensamento. Na verdade "quem sabe usar a informação é quem tem o poder!"
Planeje suas vendas, prepare-se, foque sua execução e boas comissões!
Paulo Araújo.
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Urinar na via pública dá cadeia
Publicado em
21/02/2010
às
09:00
A Prefeitura do Rio resolveu inovar neste carnaval. Colocou inúmeros fiscais para prender em flagrante quem estivesse urinando na via pública, durante a passagens dos blocos de carnaval.
Banheiro que é bom nada.Segundo os números que foram passados, existia a média de um banheiro para cada seiscentas pessoas, sem falar os que vieram a ser interditados no curso da folia.
Não há dúvida de que urinar na via pública é uma grande falta de educação e uma conduta que merece punição. Nem de longe, entretanto, configura o crime de ato obsceno, como falaram as autoridades municipais entrevistadas, previsto no art. 233, "caput"do Código Penal.
O crime mencionado exige para sua configuração apelo sexual, sendo que as pessoas presas, ao menos aquelas exibidas pelas câmeras de televisão, estavam urinando, de forma discreta até, sem mostrar qualquer conotação sexual.
O padrão de comportamento das pessoas durante o carnaval é completamente diferente das demais épocas do ano, ainda mais em cidades notadamente carnavalescas como Rio, Salvador, Recife, dentre outras. A insuficiente quantidade de banheiros, aliada ao consumo exagerado de bebidas, obriga o folião a urinar na via pública.
A nosso ver a Prefeitura do Rio de Janeiro só poderia exigir conduta diversa se disponibilizasse um número adequado de banheiros. As mesmas reportagens que informaram as prisões exibiram filas intermináveis nos banheiros, inclusive particulares.
O que percebemos é que,mais uma vez, o poder público deixa de cumprir o seu dever, que é o de proporcionar condições adequadas para os foliões, passando para estes a obrigação de controlar suas necessidades fisiológicas, sob pena de prisão.
Enquanto pessoas que urinavam na via pública eram presas, certamente crimes graves eram pratica dos pelos quatro cantos da cidade. Os turistas e os locais que gastam dinheiro no carnaval, e incrementam a arrecadação de impostos com isso, merecem um tratamento digno.
O Poder Judiciário tem mais o que fazer, sobretudo no Rio de Janeiro onde o índice de criminalidade é alto, do que ficar analisando processos de pessoas incorretamente presas por urinar na via pública.
Bastava a criação de uma lei municipal para multar quem pratica essa conduta. Antes, porém, deve a Prefeitura fazer o seu papel, o que não aconteceu neste ano.
Arthur Rollo.
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Dubai e o deserto
Publicado em
20/02/2010
às
09:00
Esta deve ser a última cidade do mundo. Como assim, perguntei à minha filha. Bem, deve ser a última cidade construída, pois tudo aqui é novo e limpinho.
Esta é a impressão que se tem ao chegar aqui. Parece que terminaram a cidade ontem. Estão sempre inaugurando alguma coisa. É uma cidade onde o mapa esta mudando com freqüência, portanto não adiante guardar um mapa da cidade.
Literalmente a cidade foi construída no deserto. Tudo o que é plantado aqui, inclusive o inço que nasce por si, tem irrigação controlada por computador. Cada planta tem um sistema de irrigação. Tem canos por toda parte. Setenta e cinco por cento ou mais da água utilizada na irrigação é desalinizada. É um dos maiores consumos de água do mundo, tudo para manter a cidade verde. Para onde se olha tem irrigação funcionando, e parece que o jardim foi terminado ontem.
Fundado em 1971, os Estados Unidos Árabes, é formada por sete Estados. A capital é Abu Dhabi, que detém a maior reserva do ouro negro.
Participamos de um tour pelo deserto, sobre as dunas. O passeio termina em um oásis onde é recriado a vida dos beduínos, com camelos, falcões de caça, comida árabe e dança típicas. E por ser no deserto, mesmo no calor do dia, quando o sol vai para o outro lado do planeta, o frio chega.
Se muitas vezes você não consegue atingir ou concluir suas metas de vida, aqui você carrega suas pilhas, pois aqui tudo parece e é possível. Na vida de cada um tudo também é possível, basta planejar, querer, visualizar e executar. Para isto é preciso levantar cedo e olhar menos televisão.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Terceirização em Vendas
Publicado em
17/02/2010
às
09:00
Nos últimos anos terceirizar foi uma das técnicas mais utilizadas pelas empresas do país e do mundo. Alguns usam o termo outsourcing – a palavra traduzida do inglês significa terceirização –, mas para evitar acaloradas discussões sobre o assunto vamos entender neste texto que terceirizar significa transferir para outros algumas atividades, visando diminuir custos e aumentar a eficiência. Já a atividade de outsourcing entendo como terceirizar mão-de-obra no exterior, estratégia que os americanos em especial fazem com excelência.
Terceirizar tem sido a saída encontrada nas mais variadas áreas e atividades; e não há nada errado em contratar uma prestadora de serviço para fazer algo que não seja o seu foco. Mas em especial a pergunta que faço é: Vale a pena terceirizar a sua equipe de vendas?
É claro que cada caso é um caso e não existe uma resposta definitiva sobre o assunto, mas quero compartilhar algumas experiências sobre o assunto. Nos casos que vou relatar não irei revelar a identidade das empresas para preservar as suas estratégias.
Recentemente fui chamado para realizar um evento para uma grande empresa da área financeira e todos os vendedores eram terceirizados, trabalhavam no mesmo local e como não tinham os salários e benefícios, nem de longe, parecidos com seus pares que eram ligados diretos a empresa o clima de desmotivação era geral. Os gestores não conseguiam cobrar as metas da equipe terceirizada porque não tinham uma relação chefia-subordinado bem definida e quase tudo acontecia só na boa vontade de um ou outro funcionário terceirizado que na verdade fazia de tudo para ser efetivado. A rotatividade era altíssima e mês a mês a participação no mercado diminuía. Como a decisão de terceirizar havia sido tomada pela matriz que fica no exterior a direção nacional não tinha como romper o contrato de uma hora para outra e contratar uma equipe própria.
Em outro caso uma empresa de serviços rompeu o contrato com a terceirizada e contratou todos os ex-funcionários terceirizados o que gerou uma enorme satisfação. O impressionante foi que o atendimento melhorou significativamente em poucos dias, os processos foram melhorados, mas o maior diferencial foi o novo canal de comunicação que se abriu entre os gestores e os novos funcionários. Neste caso ficou claro que a empresa tinha de optar entre a redução de custos com a folha de pagamento ou a satisfação do cliente. Acertou em ficar com o cliente.
Em resumo, o que sua empresa não deve deixar de pensar, caso pense em terceirizar suas vendas, é realmente detectar se o grau de comprometimento será tão grande quando o de uma equipe própria. Determinar o poder de cobrança que você terá sobre a equipe terceirizada, a capacidade e responsabilidade de treinar e desenvolver deve estar bem definida e o principal: não caia na ilusão de que qualquer um pode vender o seu produto tão bem quanto você. Caso sua vocação seja industrial encontre um parceiro de negócios onde possam juntos desenvolver uma cultura própria e um eficiente método de vendas.
Terceirizar pode ser um tiro no próprio pé no caso do processo de vendas e atendimento não ser dos melhores. Reconquistar o cliente e pedir uma segunda chance ao mercado é sempre mais caro e também um dilema que sua empresa não precisa em tempos turbulentos.
Paulo Araújo.
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Em terra de cego quem tem olhos é perseguido e eliminado
Publicado em
16/02/2010
às
09:00
Refletindo sobre nossa terra (país), onde tudo é motivo para rir, pular, agredir, matar, roubar, enganar, ser enganado, etc. etc. etc.; pensei no artigo de Stephen Kanitz, administrador, brasileiro apesar do nome, que também não se conforma com a nossa cegueira.
No artigo de Kanitz, ele cita algumas verdades abaixo:
“Se seu chefe tem um olho só, mude de emprego e procure companhias que valorizem o talento, que tenham critérios de avaliação claros e baseados em meritocracia. São poucas, mas elas existem e precisam ser prestigiadas.”
“Ou, então, procure um chefe que tenha dois olhos e grude nele. Ele é o único que irá entendê-lo. Ajude-o a formar uma grande equipe. Se ele mudar de empresa, mude com ele. Seja diferente, procure os melhores chefes para trabalhar, não as melhores companhias. Normalmente as grandes empresas, já são dominadas por reizinhos de um olho só.”
“Nosso erro como nação é justamente não identificar aqueles que enxergam com dois olhos, para poder segui-los pelos caminhos que trilham. Eles deveriam ser valorizados, e não perseguidos, como o são. O Brasil precisa, desesperadamente de gente que pense de forma clara e coerente, gente que observe com os próprios olhos aquilo que está a sua volta em vez de ler em livros que nem foram escritos neste país.”
Vou acrescentar outras que ao meu “ver”, pois não sou cego, nem fui cegado pelo canto das Sereias dos obstinados pelo poder, mas, são cegos quanto a sua própria educação e a cultura e perseguem e eliminam aqueles que buscam esses objetivos.
Nossos jovens estudantes que buscam avidamente o saber, o conhecimento, a oportunidade, a Universidade e o emprego, são eliminados deste direito e são jogados aos leões e “tubarões” das drogas, do tráfico, da violência e da morte; pois não tem incentivo, vagas e salas de aulas suficientes, nem programas ou políticas públicas e verbas para a Educação e Cultura, pois os “Líderes Cegos” tem outras prioridades, seu próprio colírio, pois cuidar de crianças e jovens não dá voto.
As pessoas honestas, qualificadas, com curso superior e bem intencionadas que gostariam de participar do processo eleitoral para melhorar o país, nas Prefeituras, nos governos Estaduais, no governo Federal, nas Assembléias e no Senado, são desestimulados e eliminados pelos “Lideres Cegos”, pois irão poluir com sua honestidade, sabedoria, experiência e vontade de trabalhar em benefício de mais de 200 milhões de enganados pelo discurso.
Em outro artigo meu escrevi sobre “A Perda da Capacidade de Indignação” que cito abaixo alguns trechos que também pode nos ajudar a voltar á realidade e entender nossa cegueira e fazermos uma operação de catarata e voltar a enxergar.
“”A falta de referencial de governo, de cidadania, de credibilidade, de honestidade, de ética, de escrúpulo e de bons princípios nestes últimos 42 anos fez com que nossos filhos e netos perdessem a capacidade de indignação.
Foram 20 anos de ditadura com informações truncadas sobre o crescimento da economia e da real inflação, censura e outras limitações de liberdade, só se sabia o que era de interesse do regime.
Depois mais 22 anos até hoje com governos inexperientes fazendo do povo cobaia para suas teorias e planos econômicos fracassados e nefastos, para autopromoção, usando o dinheiro da população através dos impostos e seqüestro de poupanças de uma vida inteira de trabalho para satisfação do ego dos governantes, parlamentares e pessoas de “confiança” dos governantes.
Nos últimos 7 anos o país sofreu uma avalanche de coisas ruins, com propagandas sofre feitos que nos deixam sem entendimento do que é real ou se é puro marketing político.
Conforme pesquisa já citada em outro artigo, 75% da população brasileira não consegue interpretar o que lê, isto facilita e torna-se um campo fértil para propagar informações faladas com a finalidade de influenciar pessoas ignorantes de leitura.
Também a banalização da violência, corrupção, impunidade, injustiça, cria em nossos filhos e netos outro conceito diferente daquele que aprendemos de nossos pais e dos mestres escolares.
A falta de políticas públicas e investimentos na educação e o neoliberalismo que distancia o Estado da responsabilidade da educação tem causado um flagelo para nossos jovens que estão despreparados para o mercado de trabalho.
As escolas profissionalizantes eram um referencial de preparação para a juventude, hoje nem as empresas privadas querem esta responsabilidade, pois a legislação é confusa e duvidosa e os empresários não querem arriscar.
Os projetos e medidas para melhoria do ensino ficam parados por anos, pois os parlamentares, governantes e ministros da educação que são cargos políticos e não técnicos, com interesses do partido ou dos candidatos que não visam o futuro da nação, mas apenas o benefício que terão nos seus mandatos.
È difícil entender esta postura, porque esses foram instruídos ainda no conceito antigo de moral, lisura, honestidade e princípios, mas, o que aconteceu então? Se você não participa da “política” que está levando o país ao caos ficará fora do esquema ou será considerado bobo.
Consultando o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa de Francisco da Silveira Bueno, política: são princípios políticos; astúcia; artifício; civilidade; maneira hábil de agir e politicagem ou politicalheiro: política mesquinha de interesses pessoais; astúcia dos políticos desavergonhados.
Aquela propaganda de uma marca de cigarro feita pelo ex-jogador da seleção brasileira Gerson, de levar vantagem em tudo foi a pior coisa que poderia acontecer para a Nação.
Mas parece-me que com todo esse passado negro e com 20 anos de ditadura e 22 de maus governos, ainda não aprendemos, só pensamos em futebol, samba e cerveja. Tudo isso é falta de educação, cultura e laser, precisamos reinventar uma maneira de governo e de perfil de governantes que tenham condições de mudar este país com um “Planejamento á Longo Prazo” que não poderá ser mudado a não ser para melhor.
A referência que nossos filhos e netos conseguem enxergar é que para ficar rico ou crescer profissionalmente não precisa estudar nem trabalhar, é só ganhar na loteria, ser jogador de futebol ou entrar na política. Acorda Brasil!! Gigante rico e sonolento o primeiro mundo está 100 anos na nossa frente!!
Claudio Raza.
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Pequenos Grandes Estoques
Publicado em
15/02/2010
às
15:00
“Um Se você não conseguir controlar suas emoções,
não será capaz de controlar o seu dinheiro."
(Warren Buffet)
Minha experiência como consultor ensinou-me que os problemas corporativos e suas soluções são relativamente semelhantes seja em empresas de pequeno, médio ou grande porte. A única diferença está na proporção.
Uma boa demonstração deste fato reside na crença de empresários e educadores de que os sistemas de gestão podem e devem ser replicados independentemente do perfil da empresa. É por isso que os cursos de graduação e pós-graduação insistem em utilizar os chamados “cases” de empresas como objetos de estudo. E normalmente o fazem a partir de companhias multinacionais de grande porte.
Tais modelos, quando direcionados a pequenas empresas, mostram-se inadequados. Primeiro, porque não espelham a realidade sócio-econômica destas corporações. Segundo, porque apresentam baixa aplicabilidade em termos relativos.
Assim surge, por exemplo, a adesão a produtos, serviços e conceitos apenas porque estão na moda. Equipamentos que ficarão ociosos na linha de produção, softwares que não serão utilizados dentro de suas potencialidades, conselhos de gurus que se revelarão equivocados em curto espaço de tempo.
Os chamados ERP, sigla para Enterprise Resource Planning, ilustram bem esta assertiva. São softwares multimodulares com a função de integrar todas as atividades da empresa através do fluxo interligado de informações. A proposta é sincronizar dados sobre compras, vendas, finanças, estoques, produção, enfim, toda a cadeia de valor, permitindo a tomada consistente de decisão e a otimização dos resultados.
Teoricamente, perfeito! Mas, na prática da maioria das pequenas empresas, convenhamos, chega a ser utópico. Afinal, como conferir fidedignidade aos dados compilados quando sequer há distinção entre o que é da empresa e o que é do sócio? Contas correntes que se misturam, compras realizadas sem nota fiscal de entrada, vendas efetuadas por valores subfaturados...
Diante deste contexto, se você pretende controlar seus estoques de forma eficaz, reflita sobre as considerações a seguir:
1. Utilize o Princípio de Pareto. O economista italiano Vilfredo Pareto nos legou um importante axioma segundo o qual 80% dos resultados decorrem de 20% das ações. Isso significa que 20% de seus insumos representam 80% do valor financeiro de seu estoque, ou seja, se você tem uma confecção, preocupe-se com o tecido, em vez dos botões; se tem uma metalúrgica, prefira controlar o aço aos parafusos e arruelas.
2. Construa uma curva ABC. É uma aplicação prática do Princípio de Pareto. Relacione todos os insumos utilizados em sua atividade profissional. Depois, verifique o valor de consumo (preço multiplicado pela quantidade) de cada um deles. Então, classifique-os em três níveis distintos. O nível A será representado pelos materiais de maior valor de consumo, e possivelmente totalizará 20% dos itens (e 60 a 80% do valor). O nível B apresentará valor de consumo intermediário, abrangendo até 30% dos itens. Finalmente, o nível C será responsável por cerca de 50% dos itens (e apenas 10 a 20% do valor). Fazendo uma análise simplificada, os produtos da classe A devem ter controle de estoque rigoroso, os de classe B, controle mediano, e os de classe C podem até ter seu controle negligenciado.
3. Encontre o ponto de equilíbrio. Estoques elevados significam capital imobilizado, mas também a garantia de disponibilidade de produto para venda – ou de matéria-prima para fabricação. Assim, o segredo está no gerenciamento da informação que possibilite o rápido giro do estoque, conciliando lote mínimo de segurança com reposições freqüentes.
4. Atenção para a impulsividade. Superamos as crises inflacionárias que assolaram nosso país por mais de duas décadas. E não vivemos numa geografia glacial capaz de distinguir cigarras de formigas. Por isso, evite a tentação de formar grandes estoques apenas para satisfazer seu ego ou para aproveitar uma determinada promoção. Estoque é dinheiro, tem um custo de carregamento e pode levar uma empresa à bancarrota quando mal administrado.
5. Cuide de seu estoque. Aqui, as regras consistem em armazenar (bom acondicionamento, etiquetagem e organização), proteger (contra intempéries, riscos diversos) e segurar (proteção patrimonial).
São breves sugestões que demandam pouco investimento e muita força de vontade. Podem não lhe proporcionar a certeza do sucesso, mas poderá garantir-lhe uma sobrevida. E mais adiante, quando sua companhia tiver expandido seus horizontes, aí sim valerá a pena controlar insumos de nível C e adotar um potente ERP. Não antes.
Tom Coelho.
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Ninguém está livre...
Publicado em
14/02/2010
às
09:00
Terremoto.
Escombros.
Doenças.
Epidemias.
Cirurgias em hospitais de campanha.
Pobreza e mais pobreza...
Falta de comida.
Falta de água.
Tudo no Haiti.
No Haiti deste 2010.
No Haiti do século XXI
No Haiti da América Central.
No Haiti deste mundo globalizado...
Agora vamos imaginar o seguinte: como será que os voluntários viverão após a volta do trabalho realizado no Haiti?
Não terão problemas de saúde?
Não sentirão problemas com o que eles observaram “in loco?”
Será que estes voluntários “serão” as mesmas pessoas? Não terão problemas psicológicos? Não precisarão, também, de ajuda de “outros voluntários”?
Por outro lado, como se sentirão os haitianos que sobreviveram? Poderão trabalhar? Poderão sobreviver? Terão trabalho? Terão estímulo para sobreviver? Quase todos perderam quase tudo. Como estará o “ego” deles a partir da data do terremoto?
Já eram uma população paupérrima. E agora? E as crianças que sobreviveram? Muitos órfãos... E agora?
Bem, agora, é pensar no dia de amanhã...
Agora é construir um país novo.
Uma sociedade nova com o apoio “integral” deste mundo globalizado.
Parece o acontecido junto aos escombros da Segunda Mundial.
Hoje a Europa está reconstruída, mas ainda chora a morte de sua população duramente castigada pelo nazismo.
Século XXI. Janeiro de 2010. América Central. Haiti. Terremoto.
Quando será reconstruído?
Sei que para isso ser iniciado ainda necessitaremos ultrapassar algumas etapas, principalmente que ainda estamos a procura mais importante: encontrar os sobreviventes junto aos escombros. Dar comida e água aos sobreviventes. Remédios e cirurgias emergenciais aos que sobreviveram.
Depois sim! Depois é pensar na reconstrução. Reconstrução de um país. De uma sociedade.
Por enquanto... Bem, por enquanto é trabalhar rapidamente a fim de que não morra mais gente daquela população tão alegre.
Será que é cedo para pensar na reconstrução, fico a me indagar?
Necessitamos pensar.
Acredito que será uma lição para todos nós. Nas crises se aprende...
Será uma lição: Necessitamos sempre, em todos os momentos pensar também no “caos”.
Ninguém está livre!!!
Nunca!
David Iasnogrodski.
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Cuba
Publicado em
13/02/2010
às
09:00
Quando se fala de Cuba, imediatamente se diz que a medicina e o ensino são exemplares. Na verdade, em entrevistas com locais, era o objetivo da revolução e é que restou. O erro foi e está sendo é que o Estado se tornou grande demais e não consegue atender mais as demandas.
Os hotéis são partes do Estado, empresas de táxi, de turismo, restaurantes, quase tudo tem a mão do Estado. Placas azuis nos carros denotam serem do Estado. Vermelho, particulares. Verde, militares. Pretas, consulares. A grande maioria são azuis.
Tive uma experiência ao vivo na área medica. Filtro solar penetrou em meu olho e tive que ir ao médico do hotel. Prontamente atendido, porem a dor continuava. Fui encaminhado a uma clínica. Fui atendido prontamente porque não havia fila. Paguei obviamente à consulta, que será reembolsada pelo seguro já devidamente autorizado, e a doutora, a enfermeira, as atendentes foram profissionais, atenciosos. Mesmo sendo uma experiência rápida, confirmo que este setor funciona aqui.
Em uma das minhas entrevistas com a guia turística: Eu gasto mais com eletricidade do que o meu salário. Consigo sobreviver com as gorjetas. É possível comprar um carro? Sim, o governo precisa autorizar, mas com os níveis de salário, quase ninguém consegue poupar para comprar um. Os carros antigos, todos de antes da revolução, valem em torno de 10.000 Cucs, dólares convertidos, aproximadamente U$ 8.000.
Alias, os prédios, o Capitóio, idêntico ao dos USA (dizem que foi copiado daqui), Cadetrais, Igrejas, Prédios Públicos, todos são de antes da revolução. O que foi feito depois? Manutenção, pouca manutenção.
Qual é o futuro?Tem-se a esperança aqui que o governo vai aprovar uma lei para liberar viagens com mais facilidade e o retorno dos cubanos que fugiram para assim, aos poucos ir abrindo o mercado. Enquanto isto, aqui parece ser uma grande prisão, com mar e praias lindas por todo lado. O maior negócio atualmente é o turismo.
Tudo aqui também é uma questão de atitude. Ou você se adapta, ou provoca outra revolução.
Marcos Hans.
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A cobrança do serviço em bares e restaurantes
Publicado em
08/02/2010
às
09:00
Já é tradicional na conta dos bares e restaurantes a cobrança adicional de valor correspondente a dez por cento sobre o valor total gasto, supostamente para gratificar garçons. Alguns restaurantes colocam a cobrança como obrigatória e outros como facultativa.
O consumidor só é obrigado a pagar o valor discriminado no cardápio, que constitui oferta nos termos do art. 30 do CDC. Ainda que este mencione que sobre o valor total da refeição incidirá a cobrança de dez por cento, referente à taxa de serviço, trata-se de prática abusiva, já que não cabe ao consumidor ficar calculando qual será o valor a ser pago mediante o acréscimo desse percentual. O preço dos pratos e bebidas deve constar de forma clara no cardápio.
O pior é que esses mesmos estabelecimentos, que colocam a cobrança do serviço como obrigatória, emitem nota fiscal sem considerar o valor adicional cobrado. Ora, se o serviço é obrigatório e se o consumidor não tem opção outra a não ser pagar, a nota fiscal deve levar em conta todo o valor cobrado, configurando a exclusão de parte dele,em tese, o crime de sonegação fiscal.
Deve-se distinguir a gorjeta, que é opcional para o consumidor, do serviço do garçom cobrado na conta. O preço a ser pago pelo serviço dos garçons e demais profissionais que trabalham nos restaurantes deve ser embutido no preço das refeições e, consequentemente,lançado integralmente no valor da nota fiscal. Já a gorjeta, por configurar mera doação direta ao garçom, não deve ser discriminada na conta.
Quando o valor do serviço já está embutido no preço do produto, a cobrança de taxa de serviço configura duplicidade de cobranças.
Alguns países inclusive cobram preços diferenciados pela comida servida no restaurante e levada para consumo em casa, o que é bastante razoável, levando-se em conta que a primeira demandará o serviço do garçom, que tem um custo para o restaurante.
O sistema correto é aquele adota donos Estados Unidos, onde é costume dar gorjeta correspondente a quinze por cento do valor total da compra. O consumidor só está obrigado a pagar o valor correspondente às bebidas e comidas consumidas, podendo deixar de gorjeta o valor que bem entender, inclusive não dar nada. O valor eventualmente doado será embolsado imediatamente pelo garçom que serviu a mesa, não ingressando no cofre dos restaurantes.
No Brasil muitos restaurantes obrigam os consumidores a pagar os dez por cento, que deveriam ser facultativos,embolsam indevidamente parte desse valor e revertem outra parte, ainda, para os demais profissionais que trabalham no restaurante, ou seja, cozinheiros,auxiliares de cozinha, lavadores de pratos, manobristas, etc.. Muito embora o valor ingresse no caixa do restaurante, a nota fiscal emitida deixa de incluir o valor cobrado a título de serviço.
O consumidor só está obrigado apagar pelo que consumiu e deixa a gorjeta do garçom se for bem atendido e se quiser.
Arthur Rollo.
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O padrão IASB de contabilidade não é ainda adotado nos principais mercados financeiros
Publicado em
06/02/2010
às
09:00
Conforme declarações feitas em 15 de dezembro de 2009, ao “Le Monde” de Paris pelo presidente da “Autoridade dos Mercados Financeiros” da França, Jean-Pierre Jouyet, as normas contábeis ainda estão longe de uma convergência.
Atribui a referida divergência à pressão dos bancos com os seus fundos de investimentos e ao processo normativo que não consegue total aceitação.
Com maior gravidade afirma que falta proteção ao investidor e que o terreno está preparado para uma nova bolha, exigindo reformas.
Tais depoimentos coincidem com o de diversas outras grandes autoridades intelectuais e políticos, tanto da Europa quanto dos Estados Unidos.
O governo norte americano é questionado pela atitude com os Bancos e grandes empresas que fizeram forte pressão sobre a reforma financeira; o jornal Le Monde de 12 de dezembro já havia reproduzido as declarações de Obama, criticando os “lobistas”, estes que o presidente americano acusa de serem os privilegiados beneficiados e, também os maiores opositores de um controle da situação (comentário: Etats-Unis : la Chambre des représentants adopte un vaste projet de réforme financière), em uma atitude paradoxal, contraditória.
Infere-se das acusações que os Bancos sugaram recursos dos contribuintes, pesaram nos orçamentos públicos, mas ainda desejam safar-se do controle sobre derivativos e hedges, estes os “instrumentos” da crise mundial? Os que foram encobertos em demonstrações contábeis que geraram ativos podres e lucros fantasiosos deveriam assim continuar livres e ocultos?
É nessa atmosfera de indecisões do mercado que se situam igualmente as normas a serem aplicadas ao mesmo.
Como assegurar, então, que o IASB está aplicado inquestionavelmente nos maiores mercados de ações internacionais?
Duvidar dos pesados depoimentos de Jouyet, Krugman, De Castris, La Garde, Obama? Será que tantos tão qualificados personagens estão mentindo?
Convergir, pois, no Brasil para o que não se implantou ainda nos mercados não seria contrariar o texto da lei 11.638/07?
Se a uniformidade não se operou em relação ao IASB as normas deste copiadas se aplicadas não seriam prática de ilegalidade?
É inegável, segundo a imprensa mundial, que a harmonização ainda não se deu; como obrigar, então que em 2010 no Brasil se adotem?
Como justificar que se aplique a normatização IASB a pequenas e médias empresas se tanta celeuma causa?
Um profissional a seguir a ética não pode infringir a lei e no caso de adotar as normas em questionamento estará fugindo à realidade, segundo o que publicamente se está noticiando nos maiores mercados de ações do mundo; a realidade para a maioria absoluta das empresas no Brasil é a que está estampada no Código Civil Brasileiro e só outra lei específica a poderá revogar; mesmo que revogar, se for cometido o erro de aplicar-se aqui a titulo de convergência o que lá fora está sendo contestado, o profissional que deixar de ressalvar sobre o fato, mostrando a realidade objetiva, estará infringindo a ética, aos interesses de terceiros.
A consciência profissional do contabilista não deve permitir a fuga da sinceridade sobre a situação patrimonial e de resultados.
Enquanto o fisco arrocha o sistema de fiscalização tributaria, segundo o noticiado e as novas exigências do SPED se implantarão, abrangendo até os inventários físicos, a frouxidão das normas criará uma “pororoca”, certamente.
Além, pois, da ilegalidade de convergir para o que não tem convergência ainda, haverá o inequívoco embate entre o normativo e o tributário (aonde o cerco vai encasulando os artifícios).
O labirinto casuístico das leis tributárias (assim as próprias entidades dos auditores fiscais tem entendido e difundido) somado ao labirinto das normas expedidas pelo IASB (de alto teor empírico e pouco valor didático) criará sérios problemas já previstos por insignes autoridades.
Por mais que se deseje implantar a subversão feita ao sistema cultural que formou milhares de contadores e técnicos em Contabilidade, para ser subserviente a cultura anglosaxônica (pois esta é a do IASB), não se conseguirá vencer os deveres éticos e nem sequer as pressões tributárias; pode-se até influir sobre leis de reforma, mas, jamais sobre os preceitos da moral, do dever perante a virtude, esses que são imutáveis e inerentes à condição de um profissional íntegro.
Antônio Lopes de Sá.
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Produtos com defeito adquiridos pela Internet
Publicado em
05/02/2010
às
09:00
As compras pela internet crescem a cada dia, pela comodidade que proporcionam aos consumidores. Esse tipo de transação acaba dificultando um pouco a reclamação do consumidor, porque ele não disporá de uma loja para reclamar.
Quem compra pela internet tem o direito de se arrepender da compra, no prazo de sete dias contado do recebimento do produto ou do serviço. O consumidor não precisa sequer dizer o motivo do arrependimento e nada lhe poderá ser cobrado por ele, sequer as despesas de postagem ou de transporte.
Sendo assim, ao receber um produto com defeito adquirido pela internet, a melhor alternativa para o consumidor é exercer esse direito de arrependimento, já que devolverá o produto com problema e deverá receber imediatamente seu dinheiro de volta. A opção pelo arrependimento deverá ser manifestada por escrito, por meio de carta a ser remetida para o endereço da empresa vendedora, com aviso de recebimento. Esta se encarregará da retirada do produto.
O CDC é categórico em relação ao direito à devolução imediata do dinheiro. Algumas lojas realizam essa devolução no cartão no mês seguinte, mas esse tipo de prática é abusiva.
Afora o exercício do direito de arrependimento, só resta para o consumidor que adquiriu produto com problema reclamar nos termos do art. 18 do CDC. Constatada a irregularidade, o consumidor deverá reclamar, de preferência por escrito, à empresa que vendeu o produto ou ao seu fabricante, no prazo máximo de noventa dias. Uma vez recebida a reclamação, os fornecedores terão trinta dias para sanar o problema. Se isso não acontecer, abrem-se para o consumidor três opções: desfazer o negócio, pedir o abatimento proporcional do preço ou substituir o produto por outro idêntico, sem aqueles problemas.
Passado o prazo legal para arrependimento, só resta ao consumidor reclamar e torcer para que seu problema seja resolvido em trinta dias. Apenas após o decurso desse prazo é que ele poderá pedir o dinheiro de volta, ou optar por qualquer das outras alternativas.
A lei só reserva a opção imediata por uma das alternativas quando o produto for essencial ou quando a substituição das partes viciadas puder comprometer as características do produto ou seu preço. Produtos médicos, por exemplo, são considerados essenciais e autorizam a opção imediata por uma das alternativas, uma vez constatado o problema.
O grande diferencial em relação aos produtos adquiridos pela internet é a possibilidade de arrependimento, que também poderá ser exercida nos casos de defeito, já que o exercício desse direito independe da indicação do motivo.
Arthur Rollo.
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Um dia após o outro...
Publicado em
03/02/2010
às
09:00
Estou tomando café. Um “pingadinho”.
Alegre. Muito alegre!
Junto aos amigos.
Esperando os filhos que estão no congestionamento do “feriadão”.
Angústia!
Mas eles estão chegando... Já me telefonaram. Estão perto do destino final.
Estou junto aos meus amigos. Tomando um café. Um “pingadinho”. Num “shopping”.
E eu a olhar o firmamento, mas sorrindo e prestando atenção nas conversas.
Chegou à hora! A hora do fechamento deste Centro Comercial.
Muito calor!
Despeço-me dos amigos.
Vou para casa.
Com o carro do meu filho, pois o “meu” está com ele. E ele está no congestionamento.
Chego em casa!
Janto! Vejo TV junto à minha esposa. Sempre sorrindo. Os filhos começam a chegar. Contam-me tudo! Até do período dos congestionamentos. Ele chegou de “Punta’, e ela de” Floripa ““.
Muito calor! Lá e aqui, dizem eles.
Vou dormir.
O calor continua.
Custo a dormir...
Acordo cedo.
Tomo café.
Sinto sono.
Volto a dormir e não acordo mais...
É uma história triste para uma família unida e alegre.
Inicia o choro da perda.
Inicia o pensamento na perda...
Na perda de um chefe de família.
Na perda de um amigo.
Tudo depois de um dia no “shopping”. Tudo depois do “pingadinho” junto aos amigos.
Tudo depois de um feriadão.
Tudo no início de uma nova década. Década de esperanças... Para muitos!
Início de planos para outros.
Para outros tudo perdido!
Será mesmo?
Não será o “fim” de uma jornada previamente traçada?
Tudo a pensar.
Mas aconteceu a perda de um ente querido...
Um dia após o outro – tudo depois de um “pingadinho”. Pingadinho no “shopping”...
Tudo pode acontecer!!! Tudo pode acontecer num dia depois de outro...
“Tristeza não tem fim, Felicidade sim...” – É a letra da música.
David Iasnogrodski.
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Estados Unidos Árabes
Publicado em
02/02/2010
às
09:00
Somos contra, como temos dito várias vezes, o financiamento público de campanha porque não impede a existência do caixa 2.
Não é porque se pretenda fazer repasse de dinheiro arrecadado de impostos, que pode e deve ser utilizado com educação, segurança, pesquisas e outras rubricas com a mesma importância em favor de candidatos que se vai impedir com isso a existência do caixa 2. Dinheiro de caixa 2 é dinheiro sujo na origem e no destino que não pode aparecer e que não é fácil de detectar.
O cruzamento das contas de campanha com as doações que vinham sendo feitas acabaram por mostrar erros, equívocos e desvios. Um dos piores, dos mais flagrantes foi o relativo às doações feitas para partidos políticos e, posteriormente, repassadas para as campanhas dos candidatos.
O dinheiro dado em doação aos partidos políticos não tinha limitações legais. Eram feitas por pessoas físicas e jurídicas sem qualquer limite e sem identificação dos doadores. Assim, o caráter profilático da identificação das doações e dos doadores, que permitia o acompanhamento posterior de quem era beneficiado por obras ou prestação de serviços públicos, acabava totalmente.
No último pleito para a Prefeitura de S.Paulo, as doações feitas diretamente aos candidatos, que deviam obedecer a limites legais, foram de valor ínfimo se comparadas com as doações feitas aos partidos políticos, ilimitadas, por sinal, e depois repassadas aos candidatos, tudo em valores de grande significado.
A denúncia foi feita e foi incorporada ao texto legal da última reforma legislativa para as eleições. Entretanto, os legisladores preferiram tirar do texto essa inovação saneadora para deixar aberto o buraco por onde passava, do partido para o candidato, o fruto das doações ilícitas e ilimitadas.
Vem agora o TSE e resolve mexer nesse calcanhar de Aquiles dos financiamentos de campanha. E, mais uma vez, ao nosso ver, prenhe de boas intenções, invade a seara legislativa fazendo aquilo que o legislativo havia, propositadamente, deixado de fazer.
Assim, no ano da eleição, e 2010 é ano eleitoral, os partidos vão poder repassar recursos recebidos de pessoa física e jurídica, mas devendo discriminar o quanto e de quem esse dinheiro foi recebido.
Recursos financeiros recebidos em anos anteriores ao pleito não podem ser repassados para campanhas. Os partidos deverão manter contas bancárias específicas para abrigar esses recursos de forma a não poderem usar a desculpa do caixa único, onde o dinheiro não pode ser discriminado quanto ao valor e à origem.
Os partidos poderão transferir recursos recebidos para candidatos e comitês financeiros de campanha, porém, com tudo devidamente explicado e discriminado.
Dessa forma, diz a Resolução, poder-se-á aferir os valores doados, por quem foram doados, e se estão dentro dos limites de doação.
O princípio da moralidade parece ser o alicerce a dar suporte a essa construção jurisprudencial-legislativa, embora continuemos a não aceitar a falta de caráter objetivo do conceito. Mas, para punir os que se omitiram propositadamente a moralizar as doações de campanha, resta manter um sorrisinho matreiro, culminado pela expressão:
Bem feito!!!
Marcos Hans.
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Doações Ocultas - Limites
Publicado em
01/02/2010
às
09:00
Somos contra, como temos dito várias vezes, o financiamento público de campanha porque não impede a existência do caixa 2.
Não é porque se pretenda fazer repasse de dinheiro arrecadado de impostos, que pode e deve ser utilizado com educação, segurança, pesquisas e outras rubricas com a mesma importância em favor de candidatos que se vai impedir com isso a existência do caixa 2. Dinheiro de caixa 2 é dinheiro sujo na origem e no destino que não pode aparecer e que não é fácil de detectar.
O cruzamento das contas de campanha com as doações que vinham sendo feitas acabaram por mostrar erros, equívocos e desvios. Um dos piores, dos mais flagrantes foi o relativo às doações feitas para partidos políticos e, posteriormente, repassadas para as campanhas dos candidatos.
O dinheiro dado em doação aos partidos políticos não tinha limitações legais. Eram feitas por pessoas físicas e jurídicas sem qualquer limite e sem identificação dos doadores. Assim, o caráter profilático da identificação das doações e dos doadores, que permitia o acompanhamento posterior de quem era beneficiado por obras ou prestação de serviços públicos, acabava totalmente.
No último pleito para a Prefeitura de S.Paulo, as doações feitas diretamente aos candidatos, que deviam obedecer a limites legais, foram de valor ínfimo se comparadas com as doações feitas aos partidos políticos, ilimitadas, por sinal, e depois repassadas aos candidatos, tudo em valores de grande significado.
A denúncia foi feita e foi incorporada ao texto legal da última reforma legislativa para as eleições. Entretanto, os legisladores preferiram tirar do texto essa inovação saneadora para deixar aberto o buraco por onde passava, do partido para o candidato, o fruto das doações ilícitas e ilimitadas.
Vem agora o TSE e resolve mexer nesse calcanhar de Aquiles dos financiamentos de campanha. E, mais uma vez, ao nosso ver, prenhe de boas intenções, invade a seara legislativa fazendo aquilo que o legislativo havia, propositadamente, deixado de fazer.
Assim, no ano da eleição, e 2010 é ano eleitoral, os partidos vão poder repassar recursos recebidos de pessoa física e jurídica, mas devendo discriminar o quanto e de quem esse dinheiro foi recebido.
Recursos financeiros recebidos em anos anteriores ao pleito não podem ser repassados para campanhas. Os partidos deverão manter contas bancárias específicas para abrigar esses recursos de forma a não poderem usar a desculpa do caixa único, onde o dinheiro não pode ser discriminado quanto ao valor e à origem.
Os partidos poderão transferir recursos recebidos para candidatos e comitês financeiros de campanha, porém, com tudo devidamente explicado e discriminado.
Dessa forma, diz a Resolução, poder-se-á aferir os valores doados, por quem foram doados, e se estão dentro dos limites de doação.
O princípio da moralidade parece ser o alicerce a dar suporte a essa construção jurisprudencial-legislativa, embora continuemos a não aceitar a falta de caráter objetivo do conceito. Mas, para punir os que se omitiram propositadamente a moralizar as doações de campanha, resta manter um sorrisinho matreiro, culminado pela expressão:
Bem feito!!!
Alberto Rollo.
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Convergência contábil ainda não se operou
Publicado em
30/01/2010
às
09:00
(Convergência da Divergência)
Matéria publicada em “The Summa”, pela Internet, pelo professor David Albrecht em fins de novembro passado, resultante de pesquisa pelo referido feita, confirma que as IRFS (Normas denominadas como Internacionais de Contabilidade) estão sofrendo uma séria oposição nos Estados Unidos e na Europa.
Confirma a hipótese de que a União Européia possa abandonar as normas do IASB e criar as próprias como já fora declarado pela ministra das finanças da França Cristina Lagarde.
Contra as IRFS estão Alemanha, França e Itália, países que muito pesam nas decisões da Comunidade Européia, evidenciando um cenário bem diferente do que alguns jornais brasileiros têm publicado sobre uma pacífica “convergência”.
Fato é que pelo texto de Albrecht bem se pode notar que a situação é de turbulência e “não adesão”; enquanto isso no Brasil as normas copiadas do IASB saem em profusão com referências específicas ao IASB, mesmo antes que realmente elas estejam adotadas nos mercados maiores, segundo o que o autor referido pesquisou e editou.
Diante do quadro de indecisão é plenamente justificável que muitas empresas ainda não tenham, feito as suas “conversões” e que a imposição de obrigatoriedade possa até vir a ser contestada tendo em conta a realidade da situação mundial.
Se a lei 11.638/07 determina que “As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários”, se esses “principais mercados” ainda não seguem o IASB, se a CVM copiou o IASB, tudo que foi feito até agora está indefinido. Isso o que se infere desse singular silogismo, fundamentado no que se tem noticiado.
Enquanto a matéria não estiver pacificamente consumada será, pois, temerário operar uma convergência baseada no que ainda não se acha definido nos principais mercados de valores.
Se o pretexto é a convergência contábil e se esta não se acha feita ainda nos maiores mercados de ações do mundo, sem seguir a base do IASB, a cópia das normas egressas dessa entidade no Brasil deixa de obedecer ao texto da lei e que é afirmativo em evidenciar que o padrão é o “adotado”.
O momento é de muitas apreensões nos Estados Unidos em razão da reforma financeira e de embates de influências cujos efeitos ainda não se conhecem, com impactos sobre o FED, a SEC e órgãos afins.
O “Financial Times”, de Londres, de 14 de dezembro de 2009, assim como outros jornais europeus da mesma data, anunciavam a fala do presidente norte americano solicitando aos bancos que cessassem a oposição ao plano de reforma; noticias veiculadas na mesma ocasião davam conta de que os “derivativos” iriam sofrer controles (que antes não tiveram); tudo isso implicará certamente em mudanças nos critérios de informação, ainda não contemplados pelas normas denominadas como “internacionais”.
Na União Européia o ambiente é também tumultuado no campo financeiro pelos efeitos perversos da crise.
Aceitar, pois, como pacífico o que até agora tem sido editado pela CVM, seguindo o IASB, é deveras contrariar a realidade internacional.
Além de sujeitas a controvérsias as aludidas normas, como se encontram, são portas abertas ao subjetivismo, este que enseja a fraude, diversas lesões a doutrina científica da Contabilidade e até a lei civil.
O professor Albrecht declara-se ostensivamente contra as IRFS, como diversos outros de várias universidades estadunidenses que fazem depoimentos no portal da Internet do referido professor; o sistema efetivamente é falho não só nos procedimentos do IASB, mas, também do FASB, segundo criticas que há décadas dimanam de autoridades de expressão como, dentre várias outras ilustres e bem recentes as do Prêmio Nobel de Economia de 2008 Paul Krugman.
Antônio Lopes de Sá.
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Tempos Modernos
Publicado em
29/01/2010
às
14:00
Não vou escrever a respeito do imortal filme de Charles Chaplin.
Não vou escrever a respeito da novela da Globo, onde um dos principais intérpretes é Antonio Fagundes.
Vou, isso sim, é parafrasear o André Damasceno e falar a respeito do “velho Bonfa”.
O “Bonfa” dos velhos tempos...
Estou me referindo ao Bom Fim – um dos bairros mais conhecidos da Porto Alegre dos casais açorianos. Lugar que me fascina. Morei muito pouco, mas até hoje o visito e ali tem muito das minhas raízes. Lugar onde muitos dos poetas gaúchos se inspiraram para realizar seus trabalhos. Um lugar aprazível!
Tempos do “Bonfa”... Não tão velhos assim
Tempos das corridas de automóveis? As “carreteras” do galgo branco Catarino Andreatta e sua turma? Não.
Tempos da Escola de Cadetes, onde hoje se situa o Colégio Militar? Não.
Tempos do Zé do Passaporte – o sempre lembrado cachorro quente? Não.
Tempos do Bazar Carioca e seus brinquedos da Estrela? Não.
Tempos do Clube de Cultura, localizado na Ramiro Barcelos, onde se apreciava noitadas de música e teatro? Não.
Então que tempos são esses?
Tempos do romântico “Bonfa”.
Tempos do Círculo Social Israelita, localizado nos “altos” do Cinema Baltimore onde se realizavam memoráveis “bailes”. Nem o clube está mais ali e nem mais existe o Cinema, de tantas recordações. Estando ali, agora, naquele terreno um estacionamento que poderia te ser um “Centro Cultural’. Sinal dos tempos. Sinal dos tempos onde os carros são “tudo” na vida dos seres humanos.
Tempos do cafezinho do Bar João. Também “ele” não existe mais e por conseqüência o cafezinho. Era um local de muitas conversas e muitas “piadas” entre os freqüentadores, principalmente nas manhãs de domingo.
Tempos dos jogos de “snooker” junto ao “Serafin’s Bar” ( ou melhor o Bar do Serafim...), ali onde se encontram a Osvaldo e Felipe. Também não existe mais. Deu lugar um “arranha-céu” de escritórios. È o “Bonfa dos negócios”.
Tempos do “quebra-quebra” em função do suicídio do Presidente Getúlio. Foi uma correria infernal...
Tempos do Empório Americano de Móveis e de tantas outras “casas” de móveis. Ramo de negócio que até hoje está presente no “Bonfa” .
São tempos do “velho” Bonfa.
Tempos da vizinhança sentada nas calçadas à espera dos outros vizinhos. Tudo para o tradicional cumprimento e saber das recentes “fofocas”. Tudo faz parte de uma boa vizinhança...
Assim era o “velho” Bonfa. Uma integração completa entre os habitantes. Habitantes de todas as regiões. Habitantes de todos os credos. Habitantes com muita amizade.
E hoje com os novos tempos, tempos da tecnologia, tempos que “correm mais rapidamente” – tempos modernos, o “velho” Bonfa continua um atraente bairro, mas com pouca segurança – pouco policiamento. Com sua alegria. Com seu movimento. Com seus modernos supermercados no lugar dos “velhos” armazéns que vendiam tudo a granel... Sinal dos tempos!
Bairro das inúmeras residências coletivas ou unifamiliares, mas a maioria com pichações...
Bairro dos jovens da UFRGS, que preferem residir ali, em função da proximidade com o “campus” central da Universidade.
Bairro das inúmeras igrejas católicas e das inúmeras sinagogas.
Bairro do “famoso” brick da redenção, onde é o grande programa da população nos domingos pela manhã.
Bairro onde os habitantes poderiam, junto com o poder público, cuidarem mais da limpeza nas ruas.
Mas assim mesmo defino como um bairro simpático, em todos os sentidos...
Bairro com inúmeras farmácias. Todas, ou quase todas, muito próximas. Sempre com ofertas!!! Ofertas em farmácias???
Aproveitem as ofertas do dia...
É só aqui... É o mundo dos negócios – até na saúde!
Sinal dos tempos...
Tempos modernos!!!
David Iasnogrodski.
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O Desafio da Comunicação Empresarial
Publicado em
28/01/2010
às
09:00
Muitas empresas ainda não se deram conta que a comunicação interna é fundamental para o bom desempenho de seus colaboradores em se falar “a mesma língua”; muitos ainda estão lá no passado distante na Babel ou na Torre de Babel, que em linhas gerais significa “confusão”; não estamos dizendo que as pessoas devem ser comunicativas, mas estamos dizendo que a empresa deve ter um sistema ou um padrão de comunicação para transmitir suas informações, diretrizes, normas, missão, valores, planos estratégicos, disciplinas e outras de interesse geral dos funcionários e da empresa.
Podemos também definir que comunicação é um processo social que se caracteriza pela transmissão, recebimento e troca de informações. Os livros de Pierre Weil e Roland Tompakow “Relações Humanas na Família e no Trabalho” e “O Corpo Fala”, devem ser nossos livros de cabeceira para nossas relações, e a comunicação não-verbal.
Mas o que quero salientar são: a comunicação e orientações que podem levar as empresas ao caos, perder clientes, criar atritos e conflitos internos, ter inúmeros produtos refugados, não ter produtos em estoques para atendimento, não fazer alterações solicitadas pelos clientes, fazer um propaganda que não atenda as solicitações dos vendedores, não produzir os produtos prioritários, comprar matérias primas sem consultar a programação de produção, produzir sem consultar o planejamento de vendas, gastar ou fazer retiradas sem consultar o fluxo de caixa, fazer preços de vendas sem consultar os custos dos produtos, dar descontos sem consultar a lucratividade, não determinar limites de aprovações para compras, e outros.
Tudo isso parece óbvio para alguns, mas a realidade dentro das empresas mesmo as de médio porte continuam praticar o “laissez fair”, cada departamento ou diretoria faz o que acha melhor sem verificar as conseqüências futuras ou á dos outros departamentos, principalmente quando cada sócio está liderando uma área da empresa; um é de finanças, outro de produção o outro da área comercial e cada um faz aquilo que é melhor sem consultar ou planejar o que é melhor para a empresa num todo.
Neste caso específico a comunicação não existe, e os subordinados de cada um valendo-se do poder e autoridade do seu diretor divide a empresa em “feudos”, criando um caos administrativo e uma empresa de vida curta.
Outra ocorrência comum é quando a empresa começa a montar um sistema de informação, contrata-se um profissional de TI ou TCI, Tecnologia da Informação ou Tecnologia da Comunicação e Informação, com poderes “sobrenaturais” e sem fazer um levantamento e avaliação das reais necessidades, implantam-se “enlatados” ou “módulos” que nada tem a ver com a cultura da empresa e sem o devido treinamento dos usuários, geram-se informações erradas que prejudicam as tomadas de decisões, tais como: controle de estoques de matérias primas e produtos acabados, produtos em elaboração, ou ainda sendo fabricados, controle de duplicatas a receber ou em atraso, controle de contas a pagar, controles de pedidos a faturar, controle de produtos enviados em consignação ou em comodato, previsão de vendas, fluxo de caixa, controle de custos dos produtos, etc.
Outra ocorrência também muito comum para valorizar pessoas, coloca-se o titulo de Recursos Humanos, ao Departamento Pessoal; e sem a devida qualificação em recursos humanos e gestão de pessoas este profissional cria expectativas e frustrações nos funcionários pela falta de comunicação correta e linguagem apropriada, pela falta de atualização e valorização quanto aos benefícios oferecidos, pelo critério de avaliação dos funcionários, pela falta de um programa de treinamento e incentivo de carreira, pelo recrutamento interno, etc.
Quando todos os diretores, gerentes e funcionários conhecem a missão da empresa e respeitam os canais de comunicação estabelecidos e estão alinhados com os objetivos e metas da mesma, não fazendo nada que venha prejudicar o conjunto previamente planejado e sistematicamente atualizado, certamente o sucesso será alcançado.
Claudio Raza.
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Castiel e Companhia!!!
Publicado em
23/01/2010
às
09:00
O que fazer no verão?
Ir à praia?
Somente isso?
Não, muito mais...
Mas muito mais mesmo...
Em 1999, alguns “caras” tiveram a ousadia e a felicidade de pensar que “cultura não faz mal a ninguém’, principalmente no verão.
Pensaram!
Pensaram!
E fizeram...
Planejaram e realizaram.
Realizaram o sonho de muitos.
“Verão não é só praia!” – disseram eles. É também cultura junto à capital dos pampas. Porque não???
Surgiu o “Porto Verão Alegre” na cidade de Porto Alegre.
Estamos em 2010.
Esta idéia surgiu em 1999 e iniciou com apenas seis comédias, conseguindo a façanha ( dita por muitos, mas não pensada por eles, pois tinham a certeza do que estavam fazendo) de 9 (nove) mil ingressos vendidos. Que loucura!!! Disseram muitos... Os que não acreditavam em cultura...
Estamos em 2010.
O Porto Verão Alegre deste ano iniciou sua 11ª edição em 12 de janeiro, oferecendo por volta de 50 espetáculos e com certeza vão suplantar a 70 (setenta) mil ingressos vendidos.
Neste 2010 os empreendedores inovaram, pois outras formas artísticas estão sendo contempladas, tais como literatura, artes plásticas, música e até cinema.
É uma realização gaúcha e já consagrada por muitos e esperada, principalmente, pelo público. Já programam a praia depois dos espetáculos...
Idéia útil para os profissionais da cultura e “também” (vejam bem...) rentável aos patrocinadores. É verdade: - rentável aos patrocinadores e apoiadores... E alguns acham que investir em cultura não dá retorno... Só quando não tem qualidade!!!
Eu acredito que outras cidades já estão chamando os idealizadores do Porto Verão Alegre para conversar e “eles” realizarem outros “verões alegres...”
Não é um “ovo de Colombo”, mas é uma realidade que precisamos “todos” tirar o chapéu a estes empreendedores. Estão mostrando, desde 1999, que com cultura se pode realizar muito... Sei que fazer cultura não é fácil, mas fazer cultura ao gosto de todos e ainda rentável aos patrocinadores e apoiadores é algo fantástico.
Parabéns Castiel e Companhia!!!
David Iasnogrodski.
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Aplicando 5S na Vida Pessoal
Publicado em
22/01/2010
às
14:00
"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustăo.
Doze meses dăo para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovaçăo e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar,
que daqui para diante vai ser diferente."
(Carlos Drummond de Andrade)
Agora que você já fez a famosa contagem regressiva, bebeu champanhe, cumprimentou amigos e familiares, fez ótimas refeições e dormiu bastante, bem-vindo de volta ao cotidiano.
Para algumas pessoas, não passou de um dia como outro qualquer, uma passeadinha a mais do ponteiro nos relógios, exceção feita a uma mesa mais farta e ao final de semana prolongado.
Todavia, prefiro seguir Drummond, aproveitando a magia do momento para refletir sobre os últimos doze meses, repensar sobre os objetivos e metas traçadas, e recomeçar a luta e a caminhada.
Em Administração, utilizamos um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5 S”. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.
Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamental, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente.
Praticar os 5S significa:
- Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias;
- Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;
- Seisou (senso de zelo): criar e manter um ambiente físico agradável;
- Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva;
- Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.
A aplicação dos 5S numa empresa deve ser efetuada com critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal.
Assim, que tal aproveitar estes primeiros dias do ano para fazer uma pequena revolução pessoal?
Aplique Seiri em sua casa e em escritório. Nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto...”, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que você ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado.
Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerando-os e etiquetando-os se adequado for. Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas suspensas, uma para cada assunto (água, luz, telefone...). Estes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão como “economizadores de tempo” quando da busca por um objeto ou informação.
Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação.
Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencionados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) e seu espírito (cultive a fé) e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, e que significa controlar e manter as conquistas realizadas.
Faça isso e eu desafio você a ter pela frente doze longos e prósperos meses!
Tom Coelho.
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A Fragilidade Cartorial Brasileira
Publicado em
21/01/2010
às
09:00
Os últimos episódios envolvendo a tragédia em São Luiz do Paraitinga (SP) e a cobertura jornalística de várias emissoras mostrando o que aconteceu com a cidade levou-me a um questionamento sobre a fragilidade cartorial brasileira. Em amplas reportagens foram enfocadas a destruição de diversas residências e estabelecimentos comerciais, bem como a perda de todos os bens e documentos dos proprietários e moradores locais. Essas matérias também apresentaram os estragos que ocorreram no cartório da cidade e a consequente perda de importantes documentos que registravam todos que ali viviam, além de escrituras e registros dos imóveis atingidos pela catástrofe.
Em nosso país, a “queima de cartórios” nas cidades do interior já foi uma prática costumeira e tinha como objetivo maior regularizar questões de terra, sempre visando o interesse de poderosos da região. Sei também do caso da destruição de um cartório em uma cidade do interior paulista, onde a tia de um amigo, aproveitando a oportunidade, resolveu diminuir sua idade e tirou aproximadamente 20 anos de registro, o que, como castigo, obrigou a mentirosa a trabalhar até os 80 para poder obter a sua aposentadoria por idade.
E para que serve um cartório? Serve para salvaguardar a propriedade e afiançar a vida de todo cidadão, seja na comprovação do seu nascimento, da sua assinatura e tudo aquilo que a burocracia estatal exige de cada um de nós. Até recentemente era uma atividade altamente lucrativa e que só foi um pouco fiscalizada e alijada dos seus ganhos quando da criação do Ministério da Desburocratização que, de certa maneira, começou a controlar o órgão, aliviando para os cidadãos várias obrigatoriedades impostas pela atividade e defendidas à unha e fogo pelos seus proprietários.
Agora, quando surge uma tragédia como a citada acima e a necessidade daqueles flagelados em reorganizar suas vidas oficialmente, me pergunto como os mesmos deverão agir e o que será feito pelo cartório local. Pelo que sei ainda não existe um órgão máximo cartorial que guarde toda a documentação brasileira, mesmo hoje podendo esta ser facilmente arquivada em computadores e seus back-ups em um sistema centralizador. Quem será o responsável por expedir essa nova documentação e quem arcará com as despesas?
Espero que com esse lamentável fato, os responsáveis pelos cartórios do Brasil comecem a pensar novamente na criação de um órgão regulador e centralizador que, além das suas atividades primordiais, tem também a obrigação de conservar e resguardar a história legal do nosso país.
Sylvia Romano.
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Esperar não é saber quem sabe faz a hora
Publicado em
16/01/2010
às
09:00
No ócio de final de ano, comecei vasculhar o passado para comparar com o presente e visualisar o futuro, deparei-me com as músicas e poesias de Geraldo Vandré, desconhecido pelos jovens e esquecido pelos mais velhos.
Fixei-me especialmente na música “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, e fui saboreando cada verso e comparando com os dias atuais, nessa época eu tinha 25 anos e vivia cada momento (1968), pois estava no olho do furacão na faculdade de Economia Mackenzie, na Rua Maria Antonia, em São Paulo.
Analisei os versos desta música não no sentido da luta da época, mas como pesquisador da evolução dos gestores e governantes de 41 anos atrás, não são 4 anos de mandato, mas equivalente a 10 períodos de governos.
Com esse mesmo período o Japão se recuperou da destruição da guerra e é hoje uma potência econômica, mesmo com ajuda dos Estados Unidos na destruição e na reconstrução.
Nos paises onde 60 a 70% da população não sabe ler e escrever ou não consegue interpretar pequenos textos ou mesmo somente desenha seu nome é considerado analfabeto. O povo não escolheu essa situação, alguem decidiu por elas.
Nosso país é tido como o celeiro do mundo, a terra do petroleo, do pré-sal, do etanol, do bio combustivel, o pulmão do mundo, maior reserva de agua potável do mundo, do povo sem preconceitos, com libertade total, pacífico e finanlmente o país do futuro.
Vamos ajustar um pouco a nossa lente ou limparmos a nossa vidraça que está um pouco embassada, dificultando nossa visão.
Agora sim vejo melhor, com os olhos do entendimento, poderosos dominando sobre os mais fracos e famintos, nas carvoarias crianças que deveriam estar nas escolas, mas precisam trabalhar para não morrer de fome, pais dando suas filhas á prostituição por falta de opção ou políticas públicas dos nossos governantes, no sertão pessoas impedidas pelos poderosos de ter agua, comida e trabalho, o tráfico de drogas e o contrabando, dando emprego e dominando, pois a ausencia de governo cria um governo paralelo.
Todo início de ano mães fazendo filas nas escolas para garantir vagas e educação para seus filhos o que deveria ser o contrário sobrando vagas, professores despreparados por falta de políticas públicas de apoio e treinamento.
Quanto aos impostos a carga tributária é a maior do mundo inviabilizando qualquer negócio e esses recursos são mal administrados e até mesmo jogado fora com obras inacabadas, propinas, corrupção em benefício de poucos.
Estudos elaborados pela FGV, Fundação Getúlio Vargas, indica que a construção civil, contratará mais 180 mil trabalhadores em 2010, desde a indústria ao servente de pedreiro, mais os engenheiros.
Será que temos profissionais treinados para peencher estas vagas ou iremos importar mão de obra dos países vizinhos? Aí é que entra os versos da música de Vandré “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”; mas já imaginou se nossos governantes soubessem fazer a hora e não esperassem acontecer e abrissem frentes de trabalho, tais como manutenção e reparos, não remendos das rodovias nacionais, construção e ampliações de portos, aeroportos, presídios de segurança máxima, utilizando os próprios presidiários com redução de penas.
Também nossos governantes não esperando acontecer, “Nas escolas, nas ruas campos, construções somos todos soldados armados (de pás, martelos, colheres de pedreiros, lapis, canetas e uma vontade imensa de trabalhar para mudar) ........ e cantando e seguindo a canção somos todos iguais braços dados ou não...”, convocar e treinar pessoas para o futuro próximo na contrução de postos de saúde, novas escolas técnicas profissionalizantes, hospitais públicos, etc..
Com essas pequenas atitudes iriamos resolver em grande parte o desemprego nas classes menos favorecidas, mas iriamos criar outra situação a que já estamos encontrando, falta de qualificação profissional. Mas, isso é ótimo para o SENAI, SEBRAE, SESC, SESI, Escolas Industriais Profissionalizantes, aquelas que ainda restam e não foram desativadas.
Iríamos trazer de volta os brasileiros que foram para os Estados Unidos, Canada, Japão, Australia, etc. Trabalhar na construção civil, entregar pizzas, faxineiros, cabelereiras, manicures e tornaram-se profissionais excelentes.
Em 2014 teremos a Copa do Mundo, em 2016 as Olimpíadas, o pré-sal já está aí e exigindo profissionais qualificados, o crescimento das usinas de combustíveis, o turismo brasileiro sem projetos e infra-estrutura hoteleira para atrair turistas que será a grande fonte de renda brasileira, mas e os profissionais que utilizaremos estarão preparados, tais como, cosinheiros, copeiros, arrumadeiras, gerentes, guias turisticos, outros profissionais da culinária internacional, vamos prepará-los agora ou vamos esperar acontecer.
Verificamos que pequenas atitudes dos governantes trariam grandes resultados para o país, mas para isso precisamos de Administrados, Gestores, Planejadores nas cúpulas governamentais.
Infelizmente não conseguimos pensar e planejar a médio e a longo prazo, só pensamos no dia de hoje, é uma cultura nacional que precisa ser mudada.
Claudio Raza.
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Onde está o sossego?
Publicado em
15/01/2010
às
09:00
Nas cidades?
Nas praias?
No interior?
Na serra?
No exterior?
Onde está o sossego?
Procuramos sempre o melhor lugar.
Onde está o sossego?
É a grande preocupação do século.
De todos os citados, o sossego já foi mais fácil de ser encontrado.
No exterior – já conhecemos pessoas que foram assaltadas em plena luz do dia. Primeiro mundo...
Nas praias – as notícias não são tão “sossegadas”. Devemos ficar atentos a tudo e a todos. Em qualquer hora do dia ou da noite...
Nas cidades – nem podemos falar. Só lemos, ouvimos e vemos notícias de assaltos, estupros, homicídios, etc, etc...
Serra, interior, -já foi mais sossegado. Hoje em dia estas áreas cresceram e se tornaram iguais a outras...
O que sobra?
Nada...
Onde está o sossego?
Dentro das casas? E o medo? E as grades? E as notícias?
Fora das casas? Não estamos livres de nada...
A indagação continua no ar; Onde está o sossego?
Estamos vivenciando épocas de incômodos que está atrapalhando nossa vida. É uma insegurança total!!!
O que fazer?
Procurar o sossego é a grande tarefa da nossa gincana diária. Quem achar levará mais pontos...
Onde está o sossego?
Respondo: “ Hoje ao invés de sossego, vivemos com um “stress” diário – tudo em decorrência da insegurança urbana vigente em nosso meio, em todos os meios”.
Ainda vou continuar a procurar o sossego...
Se vocês acharem antes me avisem.
Estarei correndo para chegar onde ele estiver, mas onde está o sossego?
David Iasnogrodski.
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O desafio de prometer menos e surpreender mais em 2010
Publicado em
14/01/2010
às
09:00
Para inúmeras pessoas, 31 de dezembro é uma data comemorativa, de festa, confraternização e muita descontração. Percebo que neste dia, existem pessoas que realizam promessas, que serão apenas palavras soltas ao vento. Obrigações que serão assumidas somente naquele determinado momento, entretanto, serão esquecidas pela ausência de disciplina, organização e planejamento. Você conhece alguém, que em 31 de dezembro prometeu algo e certamente não realizará? Reconhece pessoas que prometeram uma melhor qualidade de vida e que no segundo mês do ano não irão lembrar o que prometeram?
Observe que 2010 é um período de inquietude, mudanças e renovações, principalmente no cenário político, com a eleição presidencial. Neste sentido, perceba que um compromisso assumido e não colocado em prática, demonstra ausência de respeito e lealdade. Um sonho que permanece somente na mente, acaba sendo esquecido por falta de revitalização. Para surpreender em 2010, passa a ser necessário lembrar que a atitude de prometer menos e agir mais, requer intensidade de esforço e organização das metas estabelecidas, além de assumir o compromisso de ultrapassar o limite do comodismo e das justificativas.
A promessa não pode ser esquecida - Certa vez eu estava no aeroporto de Congonhas, quando a companhia aérea anunciava atraso de uma hora no vôo. Ao meu lado observei, que irritados, dois homens comentavam: "Se agora está desta maneira, imagine quando o Brasil sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014..." Há pessoas que, antes mesmo do time entrar em campo, torcem para que algo de errado aconteça. Você conhece pessoas assim? Há quem não consegue alterar padrões de comportamento, pois acredita que não será capaz de cumprir as promessas anunciadas a si mesmo. Profissionais motivados assumem diante da gerência, que no novo ano serão diferentes na sua maneira de trabalhar. Alunos prometem aos seus pais, que terão melhores notas. Pessoas prometem emagrecer, cuidar mais da saúde e controlar suas emoções. O desafio de prometer menos e surpreender mais em 2010, exige parar alguns momentos da sua vida e escrever uma lista de todas as atividades que você deseja realizar neste ano. Em seguida, realize o exercício de estabelecer prioridades, de acordo com cada período do ano e busque cumprir cada meta estabelecida. Esta lista de prioridade pode ser escrita a mão, impressa, disponibilizada em um arquivo do seu computador, ou ainda, no próprio celular. O importante é que esteja em um local de rápido acesso e que permita monitorar seu desempenho. Lembre de colocar em prática o que prometeu e realize o exercício de monitorar mensalmente sua evolução. No final de 2010, você terá uma surpresa, pois evitou atropelos e conseguiu cumprir com compromisso, organização e perseverança as promessas assumidas.
A promessa não pode limitar as descobertas - Há pessoas que logo no começo do ano, pegam o calendário para verificar e apontar quantos feriados haverá de segunda a sexta. Você conhece pessoas assim? Há quem não consegue vencer desafios, pois não gosta de definir metas e para evitar assumir responsabilidades, simplesmente faz um jogo de aparência do tipo "faz de conta que ensina e eu faço de conta que aprendo". Como em uma metáfora, há pessoas que fazem o seu barco acompanhar as ondas e as evoluções da maré, sem erguer as velas para as mudanças do percurso. Não são capazes de acreditar na capacidade da força do motor do seu próprio barco e não acreditam no potencial de superar as ondas. Perceba que ao ler um novo livro, participar de treinamentos, feiras e congressos, viajar para conhecer novas tendências, você realiza a expansão dos seus próprios conhecimentos e desenvolve quatro atitudes essenciais: valorização, reconhecimento, incentivo e respeito. Observe que de maneira direta, você é quem ganha com a superação de seus limites e com a expansão dos seus conhecimentos, pois ultrapassa a insatisfação, a escassez de descobertas e a acomodação de inovar. Lembre que uma meta somente, não garante que você conquistará seu objetivo, mas contribui para visualizar onde deseja chegar. O desafio de prometer menos e surpreender mais em 2010, deve evidenciar que comportamentos desonestos geram desgastes financeiros, emocionais e motivacionais.
O Brasil está fortalecido por 15 anos de uma política monetária responsável pelo vigor de seu mercado interno e mesmo os observadores mais conservadores, acreditam no crescimento do PIB na casa dos 5% em 2010. Neste ano, as previsões para a economia são opostas ao do início de 2009, quando existia um cenário desafiador para os mais diversos setores. Há pessoas esperando que você tenha o compromisso de acreditar no seu potencial, nas suas promessas e na sua capacidade de superação. Perceba que, neste exato momento, há alguém que torce por você. Sim, uma pessoa próxima ou distante, desejando que você consiga vencer, superar desafios e ser feliz. Se há alguém que torce por você, então responda: Você realmente acredita que é capaz de prometer menos e fazer mais em 2010?
Dalmir Sant’Anna.
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O Consumidor e as armadilhas do Natal
Publicado em
13/01/2010
às
09:00
É somente após o Natal que muitos consumidores vão perceber as armadilhas que lhes foram preparadas por maus fornecedores, nas quais caíram. O maior problema, sem dúvida, é o super endividamento.
Não é difícil, nessa época de festas, comprar mais do que é preciso e o que é desnecessário até. Sob ofertas enganosas de promoções, que nesse período dificilmente ocorrem por contada maior demanda, os consumidores acabam comprando para não deixar passar o que entendem ser "oportunidades imperdíveis".
Sem dúvida, começar o ano endividado é a pior coisa que existe, ainda mais devendo para cartão de crédito e no cheque especial. Essas dívidas são impossíveis de serem pagas, o que significa que quem gastou além da conta não pode deixar que esse tipo de dívida prospere.
Para quem se endividou no cartão de crédito ou no cheque especial, o melhor a fazer é contrair empréstimo que tenha taxa de juros mais baixa para pagar essas dívidas. As menores taxas de juros costumam ser a do empréstimo consignado e daquele destinado à aquisição de veículos. O consumidor pode, portanto, financiar o seu veículo ou contrair um empréstimo com desconto em folha para quitar essas dívidas impagáveis.
Em período de Natal também são comuns as ofertas de cartões de lojas. Alguns configuram mero cadastro para a obtenção de descontos e outros são cartões de crédito, que implicam na cobrança de anuidade e de faturas. É comum a oferta desses cartões de forma indistinta, sempre afirmando que nada será cobrado em decorrência deles.
A surpresa vem depois com a cobrança das faturas, sendo que o consumidor acaba tendo muito trabalho para se livrar e, ainda, pagando multa contratual de rescisão. A dica para quem passa por esse tipo de situação é, após receber a cobrança, mandar carta com aviso de recebimento para a empresa dizendo que não quer mais o cartão e que,quando da oferta, lhe foi dito que nada seria cobrado. Se a questão não for resolvida dessa forma, resta recorrer ao PROCON ou ao Judiciário. O consumidor se livrará do pagamento da multa e da anuidade mas não das despesas que contraiu, por óbvio.
Também não podíamos deixar de mencionar as famosas "fichinhas" que, a cada loja que entra, o consumidor recebe para preencher. Essas "fichinhas" nada mais são do que cadastros. Toda vez que o consumidor preenche uma está autorizando a abertura de um cadastro, e permitindo a utilização de seus dados: e-mail, telefones e endereços para o recebimento de promoções, cartões de aniversário, cartões de Natal, etc..
Esses cadastros trazem para o consumidor a certeza de que no ano próximo ele receberá muitas cartas,muitos telefonemas e muitos e-mails contendo ofertas de produtos, ainda mais levando-se em conta que, de forma ilegal, os dados do consumidor costumam ser repassados entre as lojas.
O período de Natal pode trazer muitas dores de cabeça para os consumidores que não foram cautelosos.
Arthur Rollo.
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Aposentadorias 2010
Publicado em
11/01/2010
às
09:00
Com o novo aumento de 9,68% do salário mínimo e 6,14% para os aposentados, esta classe mais uma vez assiste o seu poder econômico ir desaparecendo ano a ano e, pelo que se espera, brevemente todos terão de se contentar em receber algo muito próximo do piso mínimo estabelecido por lei.
Pode parecer muito pouco uma diferença de 3,54% em relação aos que recebem apenas um salário mínimo e os aposentados acima do piso, mas se considerarmos uma sobrevida de 20 anos pós o início do recebimento do benefício, teremos uma perda, levando-se em conta 2010, de praticamente 70,8% da aposentadoria inicial.
E como irá sobreviver esse velho trabalhador que esperava poder ter um pouco de dignidade e independência no seu último período de vida? E o que pode fazer o “velhinho” que acreditou que na época da sua aposentadoria iria encontrar o período do seu merecido descanso? Provavelmente, este brasileiro ou esta brasileira chegou até a pagar por um período de contribuição sobre 20 salários mínimos, depois tal valor foi reduzido para dez e, atualmente, graças ao famigerado “fator expectativa de vida”, teve seu provento ainda mais reduzido. Portanto, ao se aposentar, o pacto, ou melhor, o contrato assinado no início de sua vida profissional foi mudado unilateralmente pelo governo tendo o aposentado de se contentar com a esmola, ou seja, o desaforo que acabou se tornando as aposentadorias pagas pelo INSS.
E quais seriam as soluções a serem tomadas por quase 9 milhões de ex-trabalhadores? A primeira seria morrer cedo, para não ver a miséria se aproximar cada vez mais a cada ano que passa. A segunda seria o engajamento em movimentos reivindicatórios das suas entidades de classe, como o Sindicatos dos Aposentados. A terceira seria através da Justiça, o que levará, com certeza, um longo tempo — o que provavelmente o aposentado não terá, conhecendo-se a morosidade da nossa Justiça. E finalmente a quarta opção, através da cobrança junto aos seus representantes no Congresso Nacional que não os defendem, nem encampam esta tão nobre causa.
2010 é um ano de eleições e as mesmas acontecerão em outubro. Aposentados, votem! Ainda que o voto não seja obrigatório para muitos de vocês, mas votem em candidatos que os defendam e que tenham em suas propostas proteger a quem já tanto contribuiu e que, no último período de sua vida, foi tungado, como se dizia antigamente, por quem prometeu lhe defender, mas infelizmente não cumpriu o compromisso.
Nicolau Amaral é empresário da área de Comunicação.
E-mail: Nicolau.amarau@nacom.com.br
Blog: http://nicolauamaral.blog.terra.com.br
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"Vamo que vamo..."
Publicado em
09/01/2010
às
09:00
É janeiro. Nova década.
Agora é esperar ansiosamente o carnaval.
Depois o início das aulas.
Logo em seguida a Páscoa.
Mais alguns dias e “ela” estará chegando: Copa do mundo de Futebol. Lá na África...
Depois são as eleições que farão parte do nosso calendário.
E daí em diante é esperar o Natal e novamente mais um início de ano.
Tudo logo ali...
Agora são as férias de verão. Tão esperadas...
Férias. Estradas congestionadas. Calor.
Férias!!!
Mudou alguma coisa?
Claro que não!
Tudo igual.
Rotina?
Claro que não!
Cada ano inicia diferente.
Uns com mais “feriadões” que outros...
Uns com mais calor, nevascas ou chuvas torrenciais. Tudo depende do clima.
E a gente não está dando bola para esta palavra: clima. E ele está nos atormentando. O calor, as chuvas, as nevascas. Tudo mudando, e nós não estamos dando a devida atenção. Ada vez mais os protetores solares estão com fatores de proteção mais avançados. Não é verdade?
Porque?
Em função das mudanças climáticas.
Lembram do “óleo dagelle”? A gente ficava “empapado” no óleo... Horrível! Nos protegia daquele “sol”. Sol daquela época...
O sol mudou?
“Ele” não, mas suas influências sim! O calor está fazendo muito mal para nossa pele. Precisamos nos cuidar. Cada vez mais...
Para uma simples caminhada é necessário colocar o devido protetor solar. Devemos colocar chapéu, óculos. Enfim- necessitamos nos proteger do sol.
Não devemos permanecer muito tempo expostos ao sol. Está nos fazendo muito mal. Sei que o bronzeamento é bonito, mas nossa saúde e m primeiro lugar...
Carnaval, páscoa, Copa do Mundo, eleições... Tudo!
“Vamo que vamo”, é o 2010 que chegou.
Já passamos alguns dias, mas ainda restam muitos para que possamos aproveitar condignamente.
Cuidem o sol.
Cuidem o trânsito junto às estradas.
Não exagerem na bebida.
E o resto: “Vamo que vamo”!!!
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Você se contenta com pouco e se ilude com muito?
Publicado em
06/01/2010
às
09:00
O brasileiro realmente é desinformado, crédulo, se contenta com pouca coisa, aceita a miséria e o sofrimento como provação para alcançar benefícios quando morrer; desconhece sua história passada e presente e acredita no “país do futuro”, e em promessas feitas por viajantes passageiros que gostam do poder e de fazer experiências com dinheiro alheio, sem ter qualificações ou ter exercido cargos de decisão em uma grande empresa e sem se importar com as expectativas dos que estão na realidade, pois esses, estão na “ilha da fantasia”.
Este “país do futuro” que acreditamos, só poderá ser realidade, quando houver profissionais competentes, na presidência, nos ministérios, nas assessorias, no legislativo, no judiciário e no executivo, com um “Planejamento Global para no mínimo 30 anos” e com metas anuais que deverão ser seguidas rigorosamente, como acontece com grandes organizações com profissionais qualificados e não com leigos.
Onde estão as cabeças pensantes deste país que se acomodou, se acovardou e se contenta com tão pouco? Ficam nas suas zonas de conforto dentro das universidades federais e estaduais, dentro dos centros de pesquisas. Isoladamente não poderão fazer nada, mas quando se unirem para um projeto ou um planejamento de 30 anos, verão que perderam muito tempo e se iludiram por acreditar em filosofias que não se adaptam mais ao país.
Não podemos mais aceitar experiências como cobaias, políticos corruptos, impunidade nacional, gastos exagerados, cabides de empregos, promessas de autoridades, impostos estorcivos, falta de planejamento, fome, falta de educação e cultura, com o desaquecimento da economia ao máximo em nome do combate à inflação, sem pensar no desemprego e no despreparo de nossa população para alternativas de emprego ou trabalho; isto é falta de um planejamento, incompetência e desconhecimento de planejamento estratégico.
Até quando vamos tolerar a falta de planejamento agrícola, num país privilegiado pelo clima e pela fertilidade da terra? Por que esses erros são repetidamente cometidos? Há décadas atrás quando só se plantava café por falta de planejamento agrícola, foi necessário grande queima do produto e erradicação de grandes áreas de plantio, mais recentemente, excesso de cebolas, de batatas, etc., e a população continua passando fome e sem emprego.
As autoridades responsáveis pelo planejamento da agricultura no país não conseguem orientar, planejar e subsidiar os pequenos e médios agricultores, pois os cargos são políticos e não técnicos.
Como é que queremos ser o “país do futuro” se não conseguimos alfabetizar uma população que já está envelhecendo e que terá problemas; também não temos planos definidos para nossas crianças onde a evasão escolar é uma das mais altas do mundo.
Existe uma necessidade urgente de implantação de um programa a longo prazo para aberturas de frentes de trabalhos, para a grande massa de trabalhadores sem qualificação e desempregados, que estão com sua dignidade de provedor familiar destruída; e essas frentes de trabalho deveriam fazer parte do “plano macro” que citamos acima (30 anos no mínimo), com reconstrução das ferrovias, aberturas de rodovias para escoamento da produção agrícola, construção de casas populares com tecnologias baratas e disponíveis no mercado e o reaproveitamento dos desperdícios nas construções que gira em torno de 40%.
Deveríamos resolver nossos problemas internos como nação pobre antes de querer fazer responsabilidade social com nossos países vizinhos; isto acontece muito com empresas que querem demonstrar falsa responsabilidade social, para com a comunidade e seus funcionários e familiares tem sérias dificuldades, não tem assistência médica, não tem vale refeição muito menos um refeitório decente para seus funcionários.
Novamente estamos servindo de escadas para países mais espertos e que tem visão de futuro, ex: Bolívia, Venezuela e agora os Estados Unidos, querendo usar o Brasil e irá usar mesmo porque não planejamos nada, e não temos programas definidos para o “Álcool ou Etanol” e para o Pré-Sal, onde já estamos gastando por conta do que desconhecemos e nem sabemos como e quando dará retorno.
Os Estados Unidos e o Brasil produzem aproximadamente 70% do etanol do mundo; o custo médio do litro no Brasil é de US$ 0,22, nos EUA de US$ 0,30 e na União Européia R$ 0,55 (Estadão-04/03/07- Lourival Sant’Anna). Um hectare de cana no Brasil produz 6.000 litros de álcool, nos USA, um hectare de milho, produz 3.500 litros.
O Brasil, precisa ficar atento com as próximas negociações com os EUA, que tem programas definidos de redução do consumo da gasolina de aproximadamente 20%, ou mais dentro de 10 anos, logicamente utilizarão suas reservas de milho para produção de álcool em substituição da gasolina, faltará milho para o consumo interno e para alimentação animal, aí estarão de olho na nossa soja ou possivelmente na nossa produção de álcool que, poderá trazer alta de preço para nosso consumo interno.
Outro fator também importante que precisamos fazer planejamento adequado com profissionais capacitados é que outros países, tais como Japão, China, Alemanha e outros, também poderão seguir o mesmo exemplo de redução do consumo de gasolina, e aí onde entramos como fornecedores, melhorando nossas exportações.
Os estudos e as pesquisas do biocombustível estão avançados com várias matérias primas alternativas e baratas como, celulose, milho, grama, madeira e outras; esta é a grande e única oportunidade de transformar este país em uma das três maiores potências, onde já estamos sendo procurados como alternativa de investimentos nas usinas já instaladas como também nas futuras que serão muitas.
Mas será que estamos preparados para esse grande passo? Será que nossos representantes negociadores saberão e estarão interessados em colocar os interesses da nação na frente de seus próprios interesses.
Não seria à hora das cabeças pensantes que citamos no início, analisarem ou interferirem nessas operações que a população brasileira desconhece. Poderíamos citar algumas: Os bilhões de dólares destas operações ficarão no Brasil.? Os bancos que acolherão estas operações qual será a lucratividade e quem se beneficiará nominalmente? Quantos milhares de hectares já foram vendidos ou serão vendidos, legal ou ilegalmente para estrangeiros, nos estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso e outros? Quanto irá gerar de empregos para os brasileiros? O preço do álcool para o consumo interno, terá subsidio ou pagaremos a conta em benefício dos países privilegiados como sempre.? Quanto irá gerar de impostos aos cofres públicos? Qual será o prejuízo para o meio ambiente a instalação destas usinas?
Por que não colocar este assunto para discussão nacional, por que deixar o povo na ignorância como tem sido feito desde o descobrimento, a transparência é a certeza da honestidade.
Claudio Raza.
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Confiança e o medo
Publicado em
01/01/2010
às
09:00
A falta de confiança nas próprias forças é uma forma de medo.
Duvidar sobre o pretendido é uma forma de impedir a si mesmo a realização, ou seja, é renunciar ao objetivo.
Não são poucos os que invejam sem tentar conseguir o que é invejado.
O invejoso é um medroso, acrescido da falta de virtude.
Quem confia, crê na possibilidade de conseguir o que almeja, pensa e luta.
Se existe vontade deve haver disposição para que se possa qualificar a ponto de habilitar-se a obter a pretensão formulada.
A quase totalidade das coisas permissíveis é possível se obter, mas requererá sempre capacitação.
Como os frutos as pretensões requerem tempo de maturação.
A fim de alcançar um objetivo a primeira pergunta a fazer a si mesmo é sobre o que é preciso para conseguir a materialização do imaginado.
Conhecida a trajetória a seguir não se deve adiar o empreendimento, admitindo que por mais longa que seja a caminhada ela será sempre iniciada com um primeiro passo.
Por mais tímida que seja a providência para a conquista de um escopo ela será sempre mais vigorosa que a omissão ou
inércia.
O deixar para amanhã, para uma data aleatória, é debilitar-se.
O que se dispõe a fazer necessita que mesmo modestamente deve-se logo começar sem medo, com obstinada vontade e ação.
Não basta, pois, apenas, começar; é preciso dar continuidade.
Quando iniciei minha vida de estudante admirava a cultura de meus mestres; sempre me imaginei um dia no lugar nobre que eles ocupavam, mas sabia que muito conhecimento deveria acumular; fiz comigo mesmo, então, um compromisso; não iria dormir sem que tivesse lido no mínimo trinta páginas de um livro, além dos que deveria estudar; dessa forma, calculava eu, conseguiria ler pelo menos três livros por mês, cerca de trinta e seis por ano e em 10 anos teria lido 360, adquirindo, dessa forma, uma razoável cultura.
Com o tempo percebi que era preciso melhorar o plano e questionei-me sobre o que me interessava saber basicamente; cheguei rapidamente à conclusão de que precisava conhecer sobre o que os antepassados tinham feito e como pensaram; isso me ensejou concentrar a leitura nas obras de História e de Filosofia; li de Tucídides, Heródoto e Tito Lívio a Cantú, de Tales de Mileto a Maritain.
O hábito foi fazendo com que mais rapidamente eu conseguisse superar metas, permitindo maior velocidade, a ponto de precisar apenas dois dias para terminar a leitura de um livro; e assim muitos milhares foram sendo objeto de minha atenção, anotação e desfrute.
Toda essa experiência ensejou-me sustentação para o que em minha vida deveria desenvolver, sem medos e sem pausa.
Não se deve temer diante dos propósitos, nem confundir intrepidez com ousadia, nem muito menos com leviandade.
Proteger-se contra o risco é prudência e esta não deve dissociar-se da confiança.
Nem a covardia do medo, nem a estupidez da inconseqüência devem orientar uma vida sadia e sensata.
“Sem pressa, porém sem pausa, como as estrelas”, como disse um poeta, se deve cumprir o destino determinado com a concessão da vida e a atribuição de dotes inatos.
Antônio Lopes de Sá.
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Mais um Ano Novo, Ainda Velhos Problemas e Muitas Novas Oportunidades
Publicado em
31/12/2009
às
09:00
Estamos chegando ao final de mais um ano, com a crise baixando já aos nossos tornozelos, com aquecimento da economia, pois ela anda sozinha, com a falta de juízo dos parlamentares aumentando, a impunidade aumentando, e os gastos públicos aumentando dia a dia.
As eleições de 2010, já estão ai, e mais gastos públicos virão, e a Economia tentando andar, mas sempre tem alguém no Banco Central, na Fazenda fazendo traquinagem.
Este é o retrato do país, esperando acontecer algo, sem investimentos, sem planejamento, sem educação, sem cultura, sem rodovias, sem ferrovias, sem portos, sem aeroportos, sem segurança, sem saúde, sem planos para a agricultura, para o etanol, para o pré-sal, para o analfabetismo, sem planos de frentes de trabalho para minimizar o desemprego dos sem qualificação e jovens sem expectativas de emprego por falta de políticas públicas, a corrupção tornou-se uma cultura no país e tolerada como se fosse um diferencial necessário aos parlamentares e aos altos cargos públicos.
A única instituição que ainda se mantinha sem mácula era a dos representantes da Justiça, já está manchada com atos impróprios; sem falar dos governos paralelos, das nossas fronteiras abertas ao contrabando, e nossas florestas sendo eliminadas sem qualquer ação efetiva.
Será que só temos coisas ruins? Não, mas as ruins estão superando as boas; a falta de uma Governança Qualificada e de um Corpo Diretivo mais amplo, não só na mão de três pessoas para tomar decisões e dirigir a vida de mais de duzentos milhões de brasileiros e de uma extensão territorial como a nossa, e como uma das maiores riquezas naturais, minerais e de um povo pacífico.
O palanque está sempre armado, com discursos e mais discursos com intenções eleitoreiras, como aqueles dirigentes da Venezuela, Bolívia, etc. etc., que tentam a todo instante nos colocar contra um dos maiores compradores mundiais dos nossos produtos, os Estados Unidos.
Afinal, quem realmente dita as regras da Economia, o Presidente, o Ministro da Fazenda ou Presidente do Banco Central.? Pois cada um tem opinião própria, um prega o consumo o desenvolvimento e quer abertura do crédito, outro é contra juros altos, outro quer inflação baixa, ora compra dólar, no mercado, ora vende dólar, tentando segurar a inflação ou manter o dólar em um patamar irreal, prejudicando nossas exportações, ou não existe consenso ou é um teatro.
Somos um país voltado principalmente para a agricultura, pecuária, avicultura e suinocultura, isto é o Agronegócio, mas as políticas públicas e os incentivos para favorecer a fixação do homem ao campo são insuficientes e até mesmo inexistentes.
O que nos impede de transformar nosso nordeste em algo produtivo, como já temos exemplos de agriculturas de uvas, mangas e outras frutas, com irrigação dos rios ali existentes? Será que ainda existem coronéis, que impedem o desenvolvimento da região? Até quando esse povo viverá na miséria sem alternativas de sobrevivência?
Os planos ou programas para o Brasil não podem ser de quatro em quatro anos, tem que ser de longo prazo, isento de influências partidárias, independente de quem será o Presidente, evitando desperdícios com obras e projetos parados; nunca nosso país foi administrado por equipes competentes de Administradores, Economistas, Engenheiros, Educadores, Advogados, Ambientalistas, com um só pensamento crescimento sustentável.
Já que não conseguimos um Plano de Longo Prazo para o país, pois não existe entendimento sobre isso e nem vontade política para tal, vamos aproveitar as novas oportunidades dentro das nossas empresas e no mercado que atuamos.
Muitos pequenos empresários ainda são resistentes ás novas idéias e novas maneiras de administrar seus negócios, não gostam que funcionários participem com suas sugestões de melhoria, não têm informações suficientes para ajudá-los a tomar decisões, informações tais como; Pesquisa de Mercado, Rentabilidade da empresa por produto, para identificar quais estão com lucro baixo ou até mesmo dando prejuízo, informações mais rápidas, pedindo aos escritórios de Contabilidade mais eficiência e mais informações com detalhes compreensíveis aos dirigentes.
Controlar seus estoques, exigir uma previsão de Vendas por produto e região, Fazer um pequeno Fluxo de Caixa ou “Cash Flow”, Fazer uma Previsão Orçamentária Anual, onde constarão as Vendas, menos os Impostos sobre as Vendas, os Custos dos Produtos, o Lucro Bruto, menos as Despesas Variáveis e encontrar a Margem de Contribuição, se possível até mesmo por produto, para verificar se cobre suas Despesas Fixas e assim obter lucro, também são fundamentais.
Outra oportunidade é verificar seu Regime Tributário; fale com seu contador, calcule cada um deles, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, talvez você possa lucrar mais ou deixar de recolher mais impostos por uma simples opção, uma vez ao ano, na escolha do Regime ideal para sua empresa.
Outra situação, que encontramos com freqüência, é das empresas que não estão no Regime Simples Nacional e tem seus produtos isentos de IPI na saída ou Vendas, mas não se creditam do IPI nas compras das matérias primas, que com esse crédito poderão pagar o PIS, COFINS, IRPJ, CSSL, por compensação através de petição a Receita Federal, ou até mesmo pagar seus fornecedores, consulte seus contadores.
Uma pequena análise de sua empresa poderá ajudá-lo a identificar quais seus pontos fortes, seus pontos fracos, quais suas ameaças, e principalmente quais as suas oportunidades no mercado.
Exemplo: Você fabrica armações de ferro para cadeiras escolares, para um só cliente, ou para poucos; primeiro, você corre o risco de perder alguns clientes para os concorrentes e enfraquecer seu negócio; segundo, você poderia diversificar seu negócio, fazendo a cadeira inteira, com apenas a colocação da madeira, exatamente o que seu cliente está fazendo, e vender em mercados não atingidos pelos seus clientes; terceiro, fazer armações para outros produtos ou segmentos de mercado; quarto, verificar o potencial produtivo de suas máquinas, para aproveitar horas ociosas em outros produtos sem precisar comprar outras máquinas, utilizando as mesmas, com pequenos ajustes de ferramental.
As possibilidades e oportunidades são muitas, só precisamos parar e enxergar com olho clínico de empreendedor, a empresa e o mercado.
Cláudio Raza.
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Resoluções de Ano Novo
Publicado em
30/12/2009
às
16:00
"Jamais haverá ano novo
se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
(Luis de Camões)
Lembro-me de, ainda muito jovem, acompanhar pela TV, no programa Fantástico, a divulgação do resultado da Loteria Esportiva. Naquele tempo, eram 13 jogos relacionados no volante, de modo que o sonho dourado dos apostadores era “fazer os 13 pontos”.
Léo Batista, ainda hoje na Rede Globo, informava o placar de cada partida e, ao final, anunciava o número previsto de ganhadores com base nos cálculos do matemático Oswald de Souza. Ele quase sempre acertava.
O mês de dezembro marca um ritual cada vez mais comum à maioria das pessoas: estabelecer metas para o ano vindouro. As resoluções de ano novo vão desde retomar a prática esportiva ou um curso de aprimoramento pessoal, até iniciar uma dieta ou alimentação mais saudável, passando por mudar hábitos e comportamentos.
Na elaboração de seu planejamento, há aqueles que buscam respaldo nas opiniões de gurus e especialistas. E, assim, vemos desfilar economistas com suas previsões para a taxa do câmbio, a cotação do barril do petróleo e a evolução do PIB; astrólogos e tarólogos apresentam suas expectativas com relação a conquistas esportivas, óbitos e casamentos de celebridades.
Oswald de Souza costumava acertar porque esta é a beleza da estatística: basta manipular os cálculos, mexendo no intervalo de confiança, para obter uma amplitude de valores que corroborem suas idéias.
Há tempos não vejo economistas acertarem suas previsões e os futurólogos de plantão eventualmente logram êxito, pois são tantas as especulações que acabam por atingir o alvo vez por outra.
Bom seria se as pessoas deixassem de dar ouvidos a estes agiotas de idéias e passassem a considerar suas próprias reflexões, lastreadas em seu contexto particular e experiência individual.
Melhor ainda seria substituir as resoluções natalinas por decisões diárias, constantes e consistentes, para construir continuamente um presente e um futuro melhor.
Este é meu desejo a você. Que possa mudar por si mesmo, mudar para melhor, e mudar hoje. Amanhã, pode não haver tempo ou espaço para um novo ano.
Tom Coelho.
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Quem deve pagar pelas enchentes?
Publicado em
29/12/2009
às
09:00
Todo o ano é a mesma coisa: móveis ficam boiando e pessoas ficam expostas a doenças. É certo que,dessa vez, as cheias vieram antes do prazo mas sempre a responsabilidade é atribuída a São Pedro, sendo que os administradores públicos, quando muito,reconhecem as omissões das gestões passadas.
As enchentes não decorrem só dos efeitos da natureza. São o resultado de anos e anos de administrações ineficientes, que permitiram que as cidades crescessem de maneira desordenada, com a ocupação de áreas de várzeas e de mananciais.
A ocupação dessas áreas nunca poderia ter acontecido e caberia, principalmente aos municípios, ter evitado a instalação dessas moradias. Ao revés disso, o poder público ainda regularizou essas áreas, anistiando as construções irregulares, como se isso fosse possível, bem como levando infra-estrutura para esses locais, como iluminação, transporte público, asfalto, água, esgoto, etc..
Depois de fazer tudo isso, agora pretende-se fazer o caminho inverso, ou seja, retirar as famílias das áreas alagadas, o que demanda um custo muito maior.
Percebe-se, pois, que as enchentes decorrem, em grande parte, da contribuição do poder público, que não evita a ocupação irregular de áreas ambientais e, depois que elas acontecem,ainda regulariza as moradias.
O índice de impermeabilização do solo nas grandes metrópoles é absurdo, não tendo as águas outro caminho a não ser as bocas de lobo, já que não existe lugar para a infiltração. A limpeza urbana, normalmente terceirizada, é precária, sendo difícil ver no dia a dia garis em bairros nobres. Na periferia das cidades,então, é ainda mais difícil que a limpeza aconteça.
Sem dúvida a população tem a sua parcela de colaboração, já que, por uma série de razões, se vê compelida a ocupar áreas de várzea e mananciais e acaba lançando esgoto e lixo diuturnamente nos córregos, nos rios e nas bocas de lobo.
A culpa pelas enchentes não pode ser atribuída a São Pedro, já que todo o ano elas ocorrem, aponto de em gestões passadas na cidade de São Paulo já ter ocorrido até isenção do pagamento de IPTU aos moradores atingidos pelas áreas alagadas.
A responsabilidade do poder público, principalmente das prefeituras, é evidente, já que muito pouco tem sido feito ao longo dos anos para combater as enchentes. Tivemos em São Paulo a lei cidade limpa, os enfeites de Natal e, enquanto isso, parte da população locomove-se em canoas ou com água nos joelhos, sujeita a todo o tipo de doença.Prioriza-se o detalhe e o que realmente é essencial é deixado de lado.
Qualquer um que tenha prejuízos decorrentes das enchentes, com destruição de casa, móveis, automóveis, etc., tem direito de buscar indenização no Judiciário, já que a responsabilidade das prefeituras é inescusável. Quem sabe se condenações pesadas começarem a acontecer, os gestores públicos passarão a priorizar a qualidade de vida das pessoas, que realmente é o que importa.
Arthur Rollo.
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Quem são os "donos" das cidades?
Publicado em
28/12/2009
às
10:00
Os veículos?
Os pedestres?
“Grande” pergunta... Não é verdade?
O que se ouve hoje nas ditas “grandes” cidades ou metrópoles são sons barulhentos das buzinas dos veículos. É uma verdade... Porque?
Ora, seu David, vocês devem estar dizendo, tudo por influência dos congestionamentos diuturnos que estão acontecendo. Outra verdade...
Congestionamentos?
Sim, congestionamentos.
De uns tempos para cá, o número de veículos em circulação ultrapassou o “limite” das nossas vias. Pouquíssimas são as obras viárias que foram realizadas para um número tão elevado de veículos que estão circulando pelas “estreitas” ruas de nossas cidades. Tuas estas construídas ao tempo das “carruagens” ou de um número pequeno de veículos que circulavam a época. Veículos esses que ao tempo eram denominados de calhambeques (segundo a música de Erasmo e Roberto Carlos – “O calhambeque – bi, bi...”). Até o número e tipo de transporte público era diferente. Bondes elétricos (lembram dos bondes gaiola?), ônibus com capacidade pequena de passageiros. Os próprios caminhões eram menores e menos pesados... Enfim eram outros tempos.
Buzinadas e mais buzinadas.
Congestionamentos e mais congestionamentos.
Cada vez mais as pessoas necessitam sair mais cedo de suas residências para se locomoverem aos locais de trabalho, de estudo ou de lazer.
Cada vez mais descansamos menos nas nossas horas de folga em virtude do tempo de deslocamento.
O ar das cidades torna-se cada vez mais poluente, em função dos gases oriundos dos veículos “semiparados”.
E o que fazer?
Transporte público alternativo?
É uma solução. Mas só esta não basta, é a minha opinião.
Outra solução: maior utilização, como em Amsterdã, da bicicleta para as devidas circulações. Trabalho, estudo ou mesmo lazer. Para tanto devemos construir ciclovias, pois a bicicleta é um veículo que não polui e nos leva para todos os lugares.
Afinal de contas, quem são os donos das cidades?
Não são as pessoas?
E elas é que estão sendo, cada vez mais, as prejudicadas. Em contra partida são estas pessoas que estão adquirindo “adoidadamente” os veículos. Tudo em função das ofertas... São estas pessoas, com seus veículos, que ficam nos congestionamentos a “resmungar” que estão atrasadas...
Estas pessoas!
O que fazer?
- Já sei: colocar um bom rádio no veículo e que o mesmo possa também ter possibilidade de se colocar CD ou ÁUDIO BOOK.
Vamos passar o tempo “enquanto o seu lobo não vem...”, ou seja, enquanto estivermos parados nos congestionamentos. Buzinar não resolve, só estamos gastando a bateria.
Nos congestionamentos só quem se diverte são os proprietários de postos de combustível...
Ah! Ah! Ah!
Frase de um taxista:
- Seu David, a cidade está parada! Totalmente parada. A qualquer hora do dia, e às vezes até nas noites... O que fazer? Só com muita paciência... Vamos esperar. A música está boa...
Cidades paradas...
Cidades arquitetadas a fim de que as pessoas possam se locomover.
Cidades “trancadas” em função dos congestionamentos.
Quem são os “donos” das cidades?
Os veículos?
Os pedestres?
Todos?
Não sei dizer.
Só sei dizer que esta crônica foi pensada e idealizada junto a um congestionamento. Ouvindo inúmeras “buzinadas”. Um som fantástico... Quase uma ópera...
Congestionamento!
Normal!
O de todos os dias.
Neste mesmo lugar...
David Iasnogrodski.
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2010! Hora de Recomeçar!
Publicado em
27/12/2009
às
09:00
2009 é um ano que não deixará muitas saudades, pelo menos em termos de economia mundial. Um ano que já começou com todo mundo sabendo o quanto difícil seria, cheio de previsões pessimistas e dias sombrios. Mais uma vez os videntes de plantão erraram e o ano se não foi dos melhores nem de longe foi tão terrível quanto se previa.
E o senhor Tempo mais uma vez nos dá uma nova chance. Zerem seus cronômetros, preparem as novas agendas, pois um novo ano está por vir.
2010 é a sua chance para recomeçar. A palavra é ambígua, pois se tem recomeço tem novas possibilidades de fracasso ou de sucesso. A decisão é sua em sentir mais desânimo ou vontade, desespero ou esperança, medo ou coragem. A vida é ambígua! Como tudo tem dois lados sugiro quem em 2010 você se apegue ao que pode fazer de bom e perceba que na sua vida e no mercado mais do que crise o que na verdade existe são...
► ciclos de expansão e de retração. Analise como anda o seu mercado, os seus clientes e os seus concorrentes. Qual a tendência para o novo ano? Expansão ou retração? Esqueça as notícias globais, as previsões dos mais renomados economistas. Caso sua empresa fracasse não são deles que os acionistas irão cobrar a conta. Faça uma análise fria junto com a sua equipe e trace as estratégias para o novo tempo que há de vir de acordo com a sua realidade.
► períodos de grandes transformações. Tudo se transforma o tempo todo. É assim com a sua vida, é assim com a sua empresa e clientes. Com a crise que passamos algo ao seu redor se transformou. Cabe a você descobrir o quê exatamente. Seu cliente demonstra novos hábitos de consumo? Seus funcionários demonstram um comportamento diferente? Em quê essa transformação tem impacto no seu negócio? Tudo muda o tempo todo e ficar parado já é um grande passo para ficar para trás.
► destruição criativa. Novos produtos e novas soluções surgem e acabam com negócios que fizeram ou fazem muito sucesso. Fique atento as novas empresas, produtos ou serviços que são diferentes do seu, mas que tem o mesmo propósito em atender uma necessidade do seu cliente. Quando garoto eu cansei de ficar até altas horas da madrugada ouvindo rádio só para gravar minhas músicas favoritas em uma fita cassete. Lembra? Existiam fitas de 30, 60 e até de 120min e minhas marcas preferidas eram Basf ou TDK. Surgiu a indústria do CD que acabou com a fita cassete e revolucionou o modo de ouvir música, que logo depois surgiu a indústria dos tocadores de MP3 que novamente inovou e criou um novo modo de entretenimento. Note que nenhuma das indústrias que tiveram sucesso com a fita cassete ou o CD foi o criador da nova tecnologia. O que está acontecendo de diferente no seu mercado? Quais são as ameaças ou oportunidades?
► e muitos boatos. Assim como em 2009, em 2010 o que não irão faltar serão boatos que muito atrapalham e pouco ajudam. A indústria do boato gera perdas milionárias, tempo e energia das pessoas. A maior lição de 2009 é não dar muitos ouvidos a boatos e a avalanche de notícias que invadem nossas casas e empresas. Preste atenção aos fatos e dados. Acreditar na sua intuição é uma coisa, praticar o achismo é outra.
Recomeçar é encerrar um ciclo e começar um novo. Fazer melhor do que a primeira vez, fazer diferente, usar os erros do passado para acertar no futuro. Recomeçar em seu início pode lhe trazer duas sensações: a do medo ou a da esperança. Entre um ou outro eu fico com a esperança! E você? Recomece e tenha um Feliz 2010!
Paulo Araújo.
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Preocupação na gestão de riscos
Publicado em
26/12/2009
às
09:00
A velocidade da informação que o mundo corporativo gerencia é tão rápida quanto à necessidade de resultados, mas como podemos gerenciar os riscos do negócio? Gestão de riscos é conhecer a sua atividade e, quando possível, administrar as oportunidades e os eventos corporativos. Mas será que estamos preparados para enfrentar o inesperado?
Gerenciar riscos quando conhecidos é muito mais fácil, pois estaremos mais preparados e com possíveis soluções — mas nem sempre é simples mensurar e identificar os riscos e as soluções. Afinal, muitos fatores estão envolvidos, tais como pessoas, sistemas, recursos financeiros, processos, leis, regulamentos, entre outros.
Cada administrador ou gestor do negócio deveria ter conhecimento dos riscos envolvidos no seu negócio, mas infelizmente muitos desconhecem. E um dos processos que mais causam temor é a gestão de continuidade do negócio – nesse caso, vale lembrar o evento do WTC de 11 de setembro de 2001, quando empresas simplesmente deixaram de existir por não terem algo semelhante.
Gestão de riscos é avaliar o quanto a empresa suporta ficar parada, ou por quanto tempo pode suportar financeiramente a falta de planejamento de riscos. Se a empresa não avalia adequadamente um fornecedor e ele opera com produtos fora do padrão legal, por exemplo, como ficaria a imagem da organização em uma reportagem com o nome da empresa como receptador de mercadorias deste tipo?
Não existem negócios sem processos. Não existem negócios sem as pessoas. E será que minha empresa hoje sobrevive sem tecnologia? Onde estão guardados os dados de minhas operações, clientes e de meu negócio? Em um pendrive? Ou no velho disquete?
Existem processos? Eles estão mapeados? Todas as organizações os possuem? Será que podemos automatizá-lo através da TI (Tecnologia da Informação)?
Tudo isso depende do tipo de negócio e do que os gestores querem. A principal função do planejamento de risco é adicionar valor. E estes valores podem ser percebidos pelos clientes, sejam internos ou externos, através da qualidade, performance, flexibilidade, preço, produtividade, entre outros.
Para gerenciar melhor os riscos no que tange as pessoas, precisamos entendê-las em cada organização, considerando-se a cultura organizacional como um dos principais fatores de influência.
Para que possamos pensar melhor sobre o assunto, devemos atentar para as possibilidades e nos assegurar que a empresa e todos os seus colaboradores necessitam de sua continuidade. Isso é o melhor caminho para começar a abordar a questão nas empresas.
Marcos Assi.
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A História de um Sorriso
Publicado em
25/12/2009
às
09:00
Tenho hoje seis anos.
Sou sorridente e muito sapeca...
Gosto de brincar. E muito!
Brincar com que?
Não tenho brinquedos. Então brinco com as pessoas... Gosto até de cantar!
Tenho afazeres. Muitos afazeres! Mas assim mesmo faço sempre sorrindo. Sei que não é fácil, mas estou sempre sorrindo.
Vejo!
Observo!
Observo que “amiguinhas” minhas que passam por mim e dizem oi! Possuem muitos brinquedos. Bonecas! Bonecas e mais bonecas. E eu só olho. Fico a pensar: “Ainda terei uma boneca...”.
Eu tenho muitos afazeres.
Desde ao acordar, normalmente debaixo de uma marquise, vou “saborear” o pãozinho dado pela Tia Olga. Chamo de Tia, pois ela diariamente está ali, na mesma hora, me entregando o pãozinho. Como é gostoso! O Tio Beto me traz o leite. Também ele não é meu Tio. Não tenho tios. Não tenho primos, nem pai.
Só minha mãe! Não conheci o meu pai. Não sei onde está. Pergunto à minha mãe. Ela me diz que também não sabe... Não sabe onde ele está!
Sou a maior das minhas irmãs. Somos em três.
“A esquina das três meninas”, diz sempre a Tia Esmeralda. Ela nos dá roupas, colchonetes e travesseiros. Às vezes a gente sente muito frio. Minha mãe quando acontece isso nos abraça bem, e aí fica bem mais quentinho... Será que ela também sente frio? Quando serei grande eu saberei responder a esta minha pergunta...
Estão curiosos por saberem dos meus afazeres?
Então vou contar: “fico sempre na esquina, junto à faixa de segurança pedindo um trocadinho”.
Sim, um trocadinho!
Mas sempre sorrindo e me cuidando dos automóveis. Muitas vezes eles passam com muita velocidade...
Levo depois para minha mãe. Ela diz sempre: “Isso é para o nosso sustento. Teu e das tuas irmãs”.
Eu estou sempre sorrindo. Desde o amanhecer até quando vou dormir. Durmo muito cansada!
Sei que o tempo vai melhorar e eu poderei ir para o colégio. Tenho certeza que lá conseguirei muitas amiguinhas. É o meu maior sonho... Amiguinhas e brinquedos!
Sou a Leonor.
“A Leonor dos cachinhos escuros” – assim me chama o Seu Fernando – motorista de táxi – que sempre passa pela “minha esquina” Além de passar pela “minha esquina” ele me dá uma moedinha. Às vezes até bombom.
Como é bom Bombom “!!! Quando ganho vou correndo até minha mãe, para ela provar um pedacinho. Ela fica satisfeita. Minhas irmãs também gostam de Bombom. Muitas vezes minha mãe não come e divide o pedacinho com minhas irmãs”.
Assim sou eu...
A Leonor.
“A Leonor dos cachinhos escuros”
E vocês, têm amiguinhos?
Um dia terei muitos amiguinhos.
Farei festa de aniversário e convidarei todos vocês. Terá balão e cachorro quente...
Quando sobra alguma moedinha minha mãe me compra um cachorro quente. Como fico feliz nesse dia. Sempre estou feliz!
Não esqueçam, logo logo farei meu aniversário e vocês todos, que me ajudaram, serão convidados. Cantaremos juntos os “Parabéns a você”. Minha mãe já me ensinou esta música...
Combinado?
Não esqueçam...
Ainda não sei o dia, mas acredito que está perto...
David Iasnogrodski.
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Quem tem medo de 2010?
Publicado em
24/12/2009
às
09:00
Todos os indicadores econômicos são favoráveis neste final de 2009. E os dados da economia apontam para um 2010 com crescimento. Crescem os investimentos externos e o crédito disponível em níveis recordes. O nível de emprego parou de cair. A produção industrial tem crescido. Até a poupança interna mostra sinais de melhora. A classe média assume um papel preponderante no mercado. Um novo consumidor surge com grande avidez e exigências nunca vistas.
O mundo todo está falando, estudando e procurando conhecer melhor os chamados BRIC countries – Brasil, Rússia, Índia e China. Em qualquer universidade estrangeira que se estude ou lecione, só se ouve falar nos BRIC. Muitas universidades e pensadores querem trocar a Rússia pela Indonésia, falando em BIIC’s, mas nenhum pensador sério fala em tirar o Brasil dessa lista.
E, quem tiver uma visão desapaixonada e crítica, e não for na onda só dos especuladores financeiros, vai chegar à mesma conclusão que vários estudiosos estão chegando e que nós vimos dizendo já há alguns anos(*). A China tem tido um crescimento espetacular. Mas é preciso considerar que a base sobre a qual esse crescimento é medido era muito baixa e pobre. Além disso, é preciso considerar os aspectos jurídicos, políticos, de idioma, de ausência de democracia, antes de pensar na China a longo prazo. Como será a China quando a sua população exigir um governo democrático? Como ficarão os custos de produção quando os trabalhadores chineses exigirem seguridade social, saúde, participação nos resultados? O que fazer com os 800 milhões de campesinos no mais atrasado estado de desenvolvimento agrícola? Estas e outras questões invadem as salas das universidades do mundo inteiro.
Será a Índia mais fácil? Vamos nos lembrar que há mais de 1.652 dialetos na Índia, 325 idiomas sendo 22 idiomas oficiais. 22% dos miseráveis do mundo estão na Índia e um complexo sistema de castas difícil de ser compreendido pelos ocidentais. Assim, montar uma indústria na Índia é uma tarefa hercúlea. Há áreas (clusters) de grande desenvolvimento como Bangalore no ramo da tecnologia. Mas a Índia como um todo é um dos mais complexos países do mundo.
Dos BRIC’s, o Brasil é o único país ocidental, com sistema jurídico conhecido com base no direito romano. Os costumes, o idioma, o modo de viver é bastante semelhante ao dos grandes países investidores, os chamados G6 – Estados Unidos, alguns países europeus e Japão. A mão-de-obra brasileira, quando treinada, tem mostrado ser capaz de altos índices de produtividade, comparáveis aos do primeiro mundo. O mercado interno é muito atrativo. Somos um dos maiores mercados do mundo e a oitava maior economia dentre os 192 países que compõem a ONU. Até geograficamente somos privilegiados.
Com tudo isso, sem dúvida, o Brasil irá se consolidar como um dos mais atraentes destinos para o capital internacional e se tornar uma das mais importantes plataformas exportadoras do século XXI. Montar uma fábrica no Brasil é, em relação aos demais países e com perspectiva de longo prazo, mais fácil e seguro, mesmo com o chamado “custo Brasil” e com os problemas que temos em nosso sistema portuário e de infraestrutura. É bom lembrar que somos uma democracia e que nossas conquistas econômicas e sociais foram feitas democraticamente.
Assim, terá medo de 2010, o empresário que não acreditar em nossas possibilidades e ficar esperando para ver o que irá acontecer. Terá medo de 2010 o profissional que não se especializar para se tornar a cada dia mais excelente no que faz. Terá medo de 2010 o estudante que não estudar e ainda acreditar que poderá “empurrar com a barriga” o seu curso e que seu diploma resolverá todos os problemas de emprego. Terá medo de 2010 aquele empresário que não compreender que qualidade, produtividade, extrema preocupação com custos, política de caixa, simplicidade, tecnologia e gente excelente são hoje os fundamentos do sucesso.
Terão medo de 2010 os acomodados, os que vivem procurando culpados para o seu fracasso. Terão medo de 2010 os que vêem todas as vantagens e aspectos positivos de outros países e só enxergam as mazelas e as negatividades do Brasil. Enfim, terão medo de 2010 os mesmos que sempre buscaram uma explicação externa para seu fracasso. Os mesmos; os de sempre....
Pense nisso. Sucesso! Feliz 2010!
Luiz Marins.
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A solução é renovar
Publicado em
23/12/2009
às
09:00
Segundo Eça de Queirós, “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.
Esse pensamento do grande escritor português, autor de preciosidades literárias como “A cidade e as Serras” e “O crime do padre Amaro”, demonstra que a política sempre foi a mesma. Não que não existam políticos bem intencionados — lamentavelmente a minoria — mas que o sistema colabora para que a corrupção grasse é uma grande verdade.
Esse estado de corrupção não é só um privilégio brasileiro, pois em todas as sociedades tal quadro sempre esteve junto ao poder. Mesmo nos Estados Unidos, por exemplo, no período em que o país foi governado por John Kennedy (JFK) a corrupção esteve presente, até com influências da própria máfia. Na nossa inculta e ignorante América Latina, então nem se fala, com caudilhos e ditadores fazendo das republiquetas o que bem entendem, desafiando direitos humanos e jogando a democracia na lata do lixo.
No Brasil, pelo menos, a liberdade ainda continua, mas já com algumas tentativas de cerceamentos do governo. Os encastelados no poder tentam de todas as formas driblar as instituições decentes buscando defender o indefensável, ou seja, o alto grau de corrupção em todos os níveis que se fortificou em todas as esferas governamentais do País.
E nós, simples mortais politicamente alienados e excluídos do poder, como podemos reagir a tudo isso? Não temos forças e, infelizmente, não somos unidos o suficiente para reagirmos em grupos de pressão. Mas individualmente, com a nossa única arma disponível que é o voto, em 2010 poderemos sim renovar esta casta política que aí está, buscando novos candidatos que ainda não fazem parte da grande quadrilha que nos governa e que nos impingem goela abaixo os seus desmandos e as suas bandalheiras – é chegada a hora da renovação!
Sylvia Romano.
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O direito do consumidor à troca de presentes
Publicado em
20/12/2009
às
09:00
O Código de Defesa do Consumidor consagra o direito à troca dos produtos apenas nos casos de vícios, conhecidos popularmente por defeitos, e, ainda assim, se o fornecedor não resolver o problema do produto em trinta dias.
Vale dizer, o consumidor que compra ou recebe o produto com problema tem que reclamar na loja ou no fabricante, que têm trinta dias para sanar o vício. Se isso não acontecer em trinta dias, abrem-se para o consumidor três opões: pedir o dinheiro de volta, pedir o abatimento proporcional do preço ou pedir a substituição do produto por outro em perfeito estado.
As trocas fundadas na simples insatisfação do consumidor não têm previsão legal, mas tornaram-se costume em alguns ramos do comércio, principalmente em épocas de festas. Esse costume incorpora-se ao direito do consumidor, nos termos do art. 7°, "caput" do Código.
A troca de presentes, sendo praxe no comércio, é um direito do consumidor e um dever do fornecedor, ainda mais se essa possibilidade foi oferecida no momento da venda. O fornecedor até tem a opção de não trocar os produtos que vende, todos ou parcela destes, mas deve informar ostensivamente os consumidores a esse respeito, de forma que estes saibam que aquilo que estão comprando não poderão trocar se o presenteado não gostar.
Produtos promocionais, em geral, não podem ser trocados. Antes de comprar o consumidor deve ser informado acerca da impossibilidade de troca para que, se for o caso, opte por outro produto.
Os fornecedores não podem limitar a troca a horários ou a dias da semana. Sendo a troca possível, o consumidor pode efetuá-la em qualquer dia e horário. A troca também deve ser realizada de acordo com o preço de venda. Se o produto, após as festas, entrou em promoção, o valor a ser considerado é o da nota fiscal.
A rigor também, notadamente no caso de presentes, é plenamente possível a troca sem a nota fiscal. Para esse tipo de situação, as lojas costumam fazer uma etiqueta de troca ou, a exemplo do que ocorre com calçados, colocar um carimbo na caixa, mencionando a data da venda e o período de troca.
As trocas também costumam ser possibilitadas em certo prazo, que deve ser informado no ato da venda. A loja tem plena liberdade para estabelecer sua "política de trocas", desde que informe adequadamente o consumidor.
Se a compra foi efetuada em uma loja que possui várias filiais, a troca poderá ser feita em qualquer delas. Obviamente que o consumidor não pode pretender trocar peças usadas. A troca é costume, mas exige-se a preservação do "estado de novo" dos produtos.
O melhor é trocar os presentes o quanto antes para evitar problemas.
Arthur Rollo.
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Fuja do preço. Venda valor!
Publicado em
19/12/2009
às
09:00
Uma das decisões mais difíceis a serem tomadas em vendas, sem dúvida, é a formulação do preço. O que é um preço justo? O cliente aceitará pagar? São algumas das questões que tiram o sono de qualquer gestor comercial.
Como podemos nos diferenciar no quesito preço e tentar justificar nosso valor de maneira a convencer o cliente que comprar da nossa empresa é um excelente negócio?
Mas antes vamos ver o que diz a teoria sobre formação de preços. Entre as inúmeras que existem decidi usar como fonte de referência as do autor Philip Kotler. Segundo Kotler as técnicas mais utilizadas são:
- Determinação de preço orientada para os custos. Neste caso a empresa forma seu preço levando em consideração os custos diretos e indiretos de fabricação e determina uma margem de lucro. Essa margem é chamada de markup e varia de mercado para mercado.
- Determinação de preço orientada para a demanda. Aqui entra a velha e boa "lei da oferta e da procura". Tem demanda e pouca oferta o preço sobe. Tem mais oferta do que demanda o preço cai. Nesta teoria entra o valor percebido pelo cliente na relação "custo versus benefício."
- Determinação de preço orientada para a concorrência. A preocupação é se nossos produtos ou serviços estão caros ou baratos em relação aos nossos concorrentes. Caso o seu produto não tenha algo diferente a oferecer e for igual aos demais o fator decisivo para o cliente tende a ser o preço. Por que pagar mais por algo que todo mundo oferece?
A essa altura do campeonato você deve estar pensando: - E aí, qual o melhor modelo? A resposta é simples: não tem melhor ou pior, mas sim as circunstâncias de mercado que a sua empresa está vivendo em determinada linha de produto.
É preciso equilibrar as três teorias: ninguém quer vender por um preço mais baixo do que custou, deve haver procura pelo produto e ter preço compatível com a concorrência.
Por isso é preciso criar uma percepção de valor junto à equipe de vendas para que os mesmos repassem isso a seus clientes. É a comunicação com o cliente que cria uma imagem de valor, que convence o seu João a pagar um pouco mais pelo o meu produto.
Quando falo em comunicação estou falando das ações de Marketing que englobam a qualidade da sua propaganda e material como catálogos, folders e ações de merchandising entre outras dezenas de outras atividades e também a forma de abordagem que a sua equipe de vendas utiliza com o cliente.
A forma com que o gestor se comunica com a sua equipe faz toda a diferença no processo. Treinar os vendedores a sair "fora da caixa". Saber argumentar, mostrar o valor do produto, usar planilhas com resultados de testes, promover testes com o cliente, enfim ser o maior defensor da venda do valor e não do preço. Caso o preço seja compatível com a concorrência e existem diferenças que podem ser percebidas pelo cliente a empresa pode e deve vender por um preço superior ao da concorrência até por que isso cria uma percepção de maior qualidade dos nossos produtos.
A equipe de vendas que está no mercado fica muito exposta ao quesito preço e faz a venda sempre com a tabela na mão. O comprador sempre tende a querer o preço mais baixo, fazer leilão e não raro tentar depreciar o seu produto em detrimento da concorrência.
De tanto passar pelas situações acima o vendedor acha que o que vende é só o preço e de que não adianta argumentar ou mostrar o valor, pois o danado do cliente quer sempre levar vantagem.
Cabe ao vendedor mudar sua comunicação com o cliente e ter uma nova postura que deve envolver os seguintes pontos:
Aumentar o seu nível de relacionamento com o cliente. Conhecer mais o negócio do cliente, os clientes do cliente, trazer mais ideais e sugestões que melhorem o desempenho do cliente.
Aumentar o seu conhecimento técnico em relação aos produtos. Ainda fico pasmo com a quantidade de vendedores que não estudam os manuais, catálogos e não investem em capacitação técnica, como se a obrigação de oferecer essa capacitação fosse só da empresa. Pensam que sabem tudo ou que as experiências do passado são garantia do sucesso no futuro. Confundem amizade com fidelidade. Ledo engano...
Demonstrar comprometimento e dedicação ao cliente. O cliente é quem paga o seu salário. É o seu ganha-pão e de onde sairá o capital para realizar os seus sonhos. Demonstre comprometimento para com as metas do cliente. A maioria dos profissionais de vendas nem sequer sabe quais metas o cliente deseja atingir. Dedique-se ao seu cliente, traga soluções, novidades, venda seu mix, deixe claro que você é o "cara" com todo o respeito que o seu concorrente merece.
Ao agir assim pode ter certeza que o assunto "preço" irá migrar para "valor", que prazos e formas de pagamento serão meros detalhes de quem precisa comprar de você.
Acredito com forte convicção que preço é argumento de quem não tem argumento. Quais são os seus argumentos para que o cliente pague o valor merecido pelos seus produtos?
Paulo Araújo.
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Curiosidades sobre a República de Cuba
Publicado em
16/12/2009
às
09:00
Como tudo e todas as empresas, mesmo as pequenas, pertencem ao Estado, o Salário mínimo, como estamos acostumados a comparar, é de 230,00 Pesos Cubanos, que aproximadamente dá U$ 10.00. O Estado deveria fornecer tudo para a sobrevivência, porem não tem mais condições e ai cada um, cada família, com criatividade, no mercado negro, consegue comida e tudo o mais que necessitam para viver.
Matar, por exemplo, uma vaca, boi, cavalo, que pertencem ao Estado, é um crime passível de prisão superior a oito anos. O que os campesinos fazem, é não registrar os terneiros e o matam quando estiver pronto e ai vendem a carne clandestinamente.
Pescar lagosta ou outros peixes existe uma cota. Depois tem impostos. O mercado negro de comida e a sobrevivência diária é parecida ao que se vê em filmes, quando um grupo de perde em uma ilha deserta.
Jantei com um grupo de cubano, locais, que nunca saíram do país. Um era médico, especialista em medicina interna. Perguntei se poderia trabalhar em qualquer parte do mundo, considerando sua preparação. “Eu sei, mas os que estão se formando agora, não mais, pois nossa literatura e as técnicas modernas, não nos são mais disponíveis.” Portanto, o conhecimento está parcialmente congelado.
Perguntei ao grupo de cinco, neste encontro, se alguém tinha um carro. “Não, é muito difícil senão quase impossível poupar.” Isto me leva ao pedir carona. Vi varias pessoas, na cidade, nas sinaleiras e entroncamentos, solicitando carona. Isto é normal aqui e também seguro. Por quê? Porque não há transporte publico suficiente. Nas rodovias, em baixo das pontes existe um funcionário estatal com macacão amarelo, responsável para organizar as caronas de longo alcance. Os carros de chapas azuis, do Estado, são obrigados a parar para acomodar a carona, ou podem ser reportados.
Mais curiosidades. Viaje para Cuba. Você nunca vai encontrar um congestionamento, nem na hora do rush, porque simplesmente não tem carros para isto. Se isto é positivo ou não. Você julga. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Se eu fosse um presente...
Publicado em
14/12/2009
às
09:00
Vamos pensar juntos.
Se fôssemos presente, o que gostaríamos de ser?
Um telefone celular?
Um computador?
Uma bola de futebol?
Um carro?
Uma boneca?
Ou um caminhãozinho?
Deverá vir acompanhado da outra indagação: Se fôssemos um presente, a quem gostaríamos que fosse “nosso” destinatário?
Uma criança?
Uma criança de rua?
Um jovem?
Um adulto?
Um idoso?
Todos são pessoas. Todos têm direitos a ganharem presentes.
Mas o que cada um deles gostaria de ganhar?
Um celular – hoje tão popular. Claro está que o presenteado gostaria de ganhar um aparelho celular super moderno, mas talvez alguns outros ficariam felizes em poder receber um celular modesto, aquele que, ainda, só recebe os telefonemas e mal e mal “fala" com os outros amigos...
Computador – Que tipo?
Notebook? Netbook? Ou outros menos sofisticados? Tudo a pensar... Hoje este equipamento, muito popular, há poucos anos atrás seria atraente para poucos... Sinal dos tempos. É a inovação presente em tudo. É a tecnologia presente em todos os momentos.
E uma bola de futebol?
Todos, sim, todos ficariam felizes e satisfeitos com este presente?
Acredito que sim. Principalmente os jovens, meninos e meninas, pois todos estão pensando no 2010 e também no 2014 – o ano da Copa “nossa”. Na realidade, quase todas as Copas tem sido “nossa"... Dunga, não esqueça deste recado!!!
Um carro? Que tipo? Que ano de fabricação? Quantas portas? Sedã? Monovolume? Com ar condicionado? Com computador de bordo? Com direção hidráulica? Nacional? Mas “quase” todos “agora” são nacionalizados... Mas que seria um ótimo presente, não tenho nenhuma dúvida... E que todos gostariam de receber... Outra certeza absoluta. E nem importaria a cor...
E uma boneca?
E um caminhãozinho?
São os presentes preferidos da meninada? Ou seriam os DVD de personagens famosos?
Acredito até que os “envelhecidos” e sempre lembrados bonecas e caminhãozinho ainda teriam um bom público.
...........................................................
Agora sou o presente.
Já fiz a pesquisa.
A quem me dirijo?
Vou escolher: a meninada de rua, que normalmente esperam esta época do ano. É neste período que “alguns” lembram deles. Que “eles” existem. Que “eles” também fazem parte da sociedade. E é a eles que vou me dirigir. Sou as bonecas – loiras e/ou morenas. Sou o caminhãozinho – não importando a marca ou a cor. Só sei dizer que serei recebido com muito amor e afeto por “eles”.
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Estão felizes a brincar.
Estão sorridentes...
Estão satisfeitos...
Gostaram muito de mim – “o presente”.
David Iasnogrodski.
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Entusiasmo e Otimismo
Publicado em
13/12/2009
às
09:00
Qual a diferença. O Otimista acredita que vai dar certo. Ele torce. O Entusiasta acredita na sua capacidade de realizar, de transformar, de fazer dar certo. Esta é a diferença. As duas habilidades juntas se completam.
Para ficar mais claro. O torcedor, em um jogo de futebol, torce, grita, esbraveja, levanta, dá incentivo verbal e com gestos. Ele acredita que seu time vai ganhar. Este mesmo torcedor, quando em campo, jogando por seu time, além de acreditar que vai ganhar, tem a oportunidade de acreditar em sua capacidade, em seu treino realizado, em sua habilidade de movimentação, articulação, visão e pode ainda usar seu tanque reserva para dar uma corrida espetacular e fazer muita diferença pra seu time, marcando um gol.
A pergunta óbvia que cabe aqui é se você é só otimista? Ou se você é otimista e também entusiasta? A resposta também deveria ser óbvia. Seja otimista e entusiasta. Torça por você, acredite em você. Levante você mais cedo e faz acontecer. Não negligencie sua vontade. O poder está com você.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Marketing Multinível de Resultado
Publicado em
12/12/2009
às
09:00
Amway, Herbalife, MegaBônus, Monavie. É provável que um ou mais destes nomes lhes sejam familiares, pois todos apresentam um aspecto em comum: são empresas com sistema de distribuição baseado no chamado Marketing Multinível (MMN), também conhecido por Marketing de Rede; em inglês, Multi Level Marketing (MLM) e Network Marketing, respectivamente.
O princípio é a comercialização de produtos ou serviços diretamente para o consumidor por meio de uma rede de distribuidores independentes – pessoas físicas sem vínculo empregatício com a companhia provedora. Entretanto, o propósito deste artigo não é apresentar conceitos. Quero conversar com aqueles que já atuam neste sistema ou que estejam tentados a fazê-lo.
Você deve estar imaginando que este autor está intimamente envolvido com este sistema e o conhece muito bem. Ledo engano. Não trabalho e não trabalharei com marketing de rede, embora já tenha sido convidado inúmeras vezes para ingressar nesta empreitada. Não que eu não acredite em sua viabilidade. Em verdade, vejo no MMN uma ótima oportunidade de negócios com potencial para lucros espetaculares! Contudo, apenas para aqueles que passarem pelas 10 peneiras discriminadas a seguir:
1. Tempo. Esqueça esta estória de “ganhe uma renda extra”. Primeiro, porque você não vai ganhar nada. A tal renda extra não cairá do céu, a menos que você faça por merecer. Segundo, porque MMN demanda dedicação, empenho e, em especial, tempo. Os resultados não surgirão com apenas duas ou três horas de trabalho nos finais de semana. Se você pretende ganhos significativos precisará fazer um planejamento para tornar este negócio o seu principal ao cabo de alguns poucos meses. E com grande entusiasmo.
2. Relacionamento. Para dar início ao processo será necessário acionar seus contatos, oferecendo o produto às pessoas de seu círculo de relacionamentos. Porém, deverá fazê-lo com seletividade, o que significa escolher pessoas que realmente possam se interessar em usar o produto continuamente e, em seguida, promover sua difusão a terceiros, ampliando a rede.
3. Comunicação. Estamos falando de venda, de modo que um dos fatores determinantes do sucesso será sua capacidade de comunicação verbal, dialogando com seus prospects; escrita, preparando peças publicitárias, materiais de divulgação e informativos; e interpessoal, mediante bom uso da expressão corporal e outros signos. Jamais se contente em ficar limitado ao material e às instruções fornecidas pelo provedor.
4. Investimento inicial. O ideal é dispor de recursos financeiros próprios suficientes para bancar a aquisição do kit de adesão e de um primeiro lote de produtos sem que isso comprometa seu orçamento pessoal. Agora, você pode lançar mão da ousadia e decidir até atrasar o pagamento do aluguel para direcionar seu capital para o negócio, desde que esteja disposto a trabalhar com afinco para alcançar retorno com a máxima brevidade e correr os riscos correspondentes.
5. Manutenção. De nada adianta romper a barreira anterior, do investimento inicial, e não ter fôlego para dar continuidade ao negócio exatamente quando ele começa a suscitar perspectivas de êxito. Você está diante de uma oportunidade de negócio e, como tal, um mínimo de capital de giro se faz necessário. Não basta capital para o kit inicial. Você precisará de verba para trabalhar a divulgação, a comunicação e seu deslocamento. Evite cometer o erro clássico daqueles que compram seu primeiro carro financiado olhando apenas para o valor da prestação e se esquecendo das despesas com licenciamento, impostos, seguros, manutenção e provisão para eventuais avarias.
6. Transparência. Já conheci muita gente envolvida com MMN. E invariavelmente pude vê-las perdendo grandes amizades ou colhendo conflitos familiares por terem envolvidos as pessoas no negócio sem que elas compreendessem sua magnitude. Entenda que pouco vale incluir alguém em sua rede se for para uma única compra. Explique tudo sobre o produto e o sistema, apresentando prós e contras, subsidiando com informação qualificada seu interlocutor para que possa tomar uma decisão qualificada.
7. Persistência. Para subir na hierarquia e alcançar bônus crescentes você terá que trabalhar duro. Nesta trajetória, esteja certo de que contabilizará mais respostas negativas do que positivas à sua oferta de associação. E, a menos que você encontre um nicho adequado para explorar, o índice de aceitação será possivelmente bastante baixo. Neste momento, esmorecer será meio-caminho para a derrota.
8. Determinação. Faça planejamento, trace metas, estabeleça uma visão de futuro. Sinalize aonde quer chegar. E sonhe alto. Nada pode ser mais medíocre do que sonhar pequeno e seus sonhos se realizarem. A persistência é o combustível, enquanto a determinação é o motor. A persistência é seu caminho; a determinação, sua estação de chegada.
9. Conhecimento do negócio. Aprenda tudo sobre a empresa, o produto e o mercado. Conheça os concorrentes e avalie seus pontos fortes e fracos. Torne-se um expert no assunto. Entenda que você não estará vendendo cosméticos, shakes ou cartão de crédito, mas beleza, alimentação saudável e comodidade. Em outras palavras, venderá benefícios.
10. Comprometimento. Em marketing de rede, o comprometimento significa mais do que perseguir metas e exercitar a determinação. Representa mais do que atenção com os membros da rede e respeito aos princípios e valores da empresa representada. A quinta-essência é apenas usar o produto. Esta é a melhor maneira de torná-lo confiável e desejável. Para persuadir, dê o exemplo.
Note que estas 10 peneiras envolvem aspectos técnicos (conhecimento do negócio e gestão de recursos), comportamentais (persistência, determinação e comprometimento), relacionais (comunicação e relacionamento) e valorativos (transparência). E todos eles podem ser praticados e desenvolvidos. Contudo, há que passar antes pela maior de todas as restrições: o tempo. E isso não é uma questão de boa ou má gestão, mas de opção e renúncia. É por esta peneira que nunca passei.
Tom Coelho.
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As compras de final de ano
Publicado em
11/12/2009
às
09:00
Chega o final do ano, os shoppings e as ruas de comércio estão enfeitadas, as lojas estão cheias de vendedores querendo receber suas comissões pelas vendas e os consumidores estão dispostos a comprar. Tudo é propício para as compras, sendo absolutamente natural seu incremento nesse período.
O consumidor precisa tomar cuidado para não comprar no impulso, principalmente ao fazer uso do cartão de crédito. O clima é propício para isso sendo difícil a recusa das ofertas ditas imperdíveis que lhe são feitas. O recomendável é já sair de casa com uma lista de compras pré-definida e com um limite de gastos e segui-los fielmente.
Não custa lembrar que as dívidas com as administradoras de cartões de crédito são as piores a ser contraídas, simplesmente porque os juros são impagáveis. Quem contrair esse tipo de dívida, pagando o mínimo da fatura por exemplo, certamente não terá condições no futuro de saldá-la, sendo que a margem de negociação nesses casos é nenhuma ou mínima. É comum o consumidor começar o ano endividado por conta das dívidas contraídas no Natal.
Se comprar pela internet, o consumidor deve fazê-lo com antecedência. A internet traz enorme comodidade para o consumidor, facilitando a pesquisa, evitando deslocamentos e promovendo a entrega do produto no endereço indicado. No entanto, o problema mais comum nesse tipo de negócio é o atraso na entrega. A promessa do site é a entrega em cinco dias úteis, por exemplo, mas em dez o produto ainda não foi entregue. Diante desse tipo de situação, o consumidor tem muito pouco a fazer pois, até reclamar no PROCON ou propor a ação judicial para obrigar a entrega, o Natal já passou. Comprar com antecedência é o melhor e, se a entrega demorar muito, o consumidor pode desistir da compra pela internet recebendo integralmente o dinheiro de volta e comprar na loja, para garantir que o presente seja entregue no Natal.
Também é recomendável, antes de comprar, que o consumidor pergunte se o presente que está comprando pode ser trocado, caso o presenteado não goste. A praxe do comércio é a troca de presentes, especialmente de peças de vestuário. Ainda que isso não conste da lei, o Código de Defesa do Consumidor dispõe que a praxe do comércio incorpora-se ao direito do consumidor. Vale dizer, se o costume é a troca em determinado ramo do comércio, ela não é uma faculdade do fornecedor mas sim um direito do consumidor. Produtos promocionais não costumam ser trocados. Muito embora o fornecedor tenha o dever de informar o consumidor, não custa perguntar. Uma resposta positiva obriga o lojista, nos termos do art. 30 do Código.
Prevenir problemas é fundamental. Além de observar esses cuidados, recomenda-se que o consumidor compre com antecedência, porque terá mais opções, os problemas serão menores, já que, quando as lojas ficam cheias, o tratamento é pior, costumam ocorrer panes nos sistemas das administradoras de cartões e as dificuldades, no geral, aumentam.
Se tomar pequenos cuidados e pesquisar antes de comprar, além de efetuar boas compras, o consumidor o fará de forma segura e não terá problemas no ano que se avizinha.
Arthur Rollo.
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O que significa "profissionalizar" uma rede associativa empresarial?
Publicado em
09/12/2009
às
09:00
A concentração verificada em alguns segmentos e a expansão de grandes grupos internacionais, atraídos pelo potencial de crescimento do mercado brasileiro, expõe às micro, pequenas e médias empresas a um grau de concorrência, que até então era desconhecido. As redes associativas empresariais, que reúnem e integram empresas independentes, são a única solução de mercado para enfrentar a irreversível tendência à concentração. Porém, a maioria das redes surgiu focada nas compras. Esta união visa ampliar o poder de barganha das empresas independentes junto aos fornecedores e, assim, tentar manter e ampliar a sua competitividade. Desde que, claro, os associados mantenham a fidelidade concentrando as suas compras nos fornecedores parceiros da associação. Porém, na prática, é comum que os associados troquem de fornecedor por conta de um desconto (às vezes irrisórios), por preferências pessoais ou por afinidades com alguns representantes ou fornecedores. Com esta atitude individualista, o principal objetivo da rede associativa, que era ampliar o poder de barganha, é sabotado pelos próprios associados.
A solução está então na reformulação de alguns conceitos básicos. É fundamental que os associados e principalmente os dirigentes, compreendam que a rede não tem como objetivo o conjunto das empresas, mas o de aumentar a competitividade da empresa por meio do conjunto das empresas independentes associadas. A rede deve ser entendida e gerenciada como uma nova organização tão ou mais importante que as próprias empresas associadas que a compõe.
Conceber a rede como uma organização complexa que pode gerar benefícios muito maiores do que apenas poder de barganha nas compras, é entender que a forma como ela é gerenciada é crucial para obtenção de ganhos competitivos. Para tanto, é necessário que a rede conceba coletivamente e implante um modelo de gestão adequado às necessidades e objetivos estratégicos dos associados. Esta tarefa é complexa e precisa ser apoiada por profissionais experientes e neutros, que não fazem parte do quadro de associados. É preciso entender que as redes associativas empresariais são organizações distintas das empresas tradicionais. As redes não possuem estruturas hierárquicas verticais onde o dono ou acionista principal tem o poder de decisão e sim, horizontais onde as decisões são coletivas para garantir o comprometimento dos associados e a representatividade, pois cada associado representa um voto, independente do montante do seu faturamento. Outra diferença relevante diz respeito ao lucro. Nas empresas individuais o objetivo principal é o lucro dos proprietários, enquanto que as redes associativas se concentram na busca de ganhos competitivos que proporcionem lucratividade às empresas associadas.
No entanto, uma das diferenças mais acentuadas está no papel dos gestores. Nas redes, os gestores precisam quebrar os padrões normais de autoridade e comando hierárquico, introduzindo em seu lugar padrões sustentados pelo consenso. Assim, a autoridade dá lugar à influência, e o comando à negociação. Em função das relevantes diferenças verificadas entre os princípios da gestão das empresas tradicionais e das redes associativas e para que o modelo associativista gere resultados mais relevantes para as PME’s, é fundamental que a gestão das redes seja profissionalizada. É preciso evoluir da auto-gestão, realizada pelos próprios associados, para uma gestão liderada por profissionais neutros capazes de alinhar os interesses estratégicos da rede aos interesses individuais das empresas associadas.
Adriano Arthur Dienstmann.
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75 Anos da "Minha" UFRGS
Publicado em
07/12/2009
às
13:00
Com esse título vocês devem estar achando que sou um egoísta.
E eu afirmo: “Não”. Não sou um egoísta.
Todos nós que passamos um ou mais dias, um ou mais anos junto aos “campus” da UFRGS, se consideram “donos” no bom sentido. Tenho a certeza de afirmar que todos devem estar eternamente gratos à UFRGS. Uma universidade padrão em todos os sentidos. Nos ensinou a viver e nos ensinou a participar da vida acadêmica. “ A melhor parte de uma vida...”
Sua história remonta o ano de 1895, com a fundação da Escola de Farmácia e Química, isso em 29 de setembro de 1895. No ano seguinte foi fundada a Escola de Engenharia. Após foram fundadas a Faculdade de Medicina de Porto Alegre e a Faculdade Livre de Direito. Ambas em 1900.
Em 28 de novembro de 1934, foi criada a Universidade de Porto Alegre, integrada inicialmente pela Escola de Engenharia, com seus Institutos, Faculdade de Medicina, Faculdade de Direito, Faculdade de Agronomia e Veterinária, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e pelo Instituto de Belas Artes.
Em 1947, a Universidade passou a ser denominada de Universidade do Rio Grande do Sul ( URGS).
Em dezembro de 1950, a Universidade foi federalizada, passando à esfera administrativa da União. Com a reforma do ensino introduzida em 1968, passou a chamar-se UFRGS.
Uma Universidade com muitos problemas, mas com grandes satisfações. Neste 2009 a UFRGS está completando 75 anos de existência. Sempre jovem.
Mantém centros de graduação e pós-graduação em diferentes áreas. Está na lista das melhores instituições educacionais de ensino superior do mundo, elaborada pela Shangai Jiao Tong University, onde foram analisadas 12 mil instituições em todo o mundo.
Eu neste 2009 estou completando 36 anos de minha saída da Escola de Engenharia, onde conclui o curso de Engenharia Civil e 30 anos da minha saída do curso de Administração de Empresas e Administração Pública.
Meu filho Fábio também hoje é estudante da UFRGS, concluindo o curso de Administração. Muitos de nós gaúchos e brasileiros estudamos e temos hoje filhos na UFRGS, assim como outros tiveram seus pais e agora possuem filhos e até netos na “velha” e sempre jovem UFRGS.
UFRGS – “Meu” e “nosso” muito obrigado.
David Iasnogrodski.
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O maior prazer
Publicado em
06/12/2009
às
09:00
O ser humano constantemente esta a procura de prazer, de bem estar. Quer na saúde, na comida, no sexo, no status, no reconhecimento. Isto é da natureza, ainda bem, é mais que instinto de sobrevivência, é isto que move tudo. Quanto deturpado e exagerado, arrogante, orgulhoso, ai sim, se torna inconveniente, para si, para os outros.
Mas qual é o maior prazer? A liberdade de ser ou não ser feliz, fazer o que se quiser, se aposentar bem cedo e desfrutar a vida em uma rede? Trabalhar muito e ser útil até o fim da vida? Cada um vai ter que descobrir ou já descobriu. Melhor ainda, se ainda não descobriu algo está errado. Vai esperar para ser feliz, ou sentir prazer pela vida quando?
Um antigo filósofo grego, fica chique mencionar alguém da Grécia, está na moda, acreditava que a busca pela felicidade era a única coisa realmente comum entre todos os seres humanos. Para ele a escolha de ser ou não feliz não nos pertence, pois a felicidade é inerente ao ser humano, é do DNA, é de fabricação, não é acessório, cabendo somente escolher o caminho que irá percorrer para alcançá-la.
Otimista ou pessimista (a felicidade nunca chega) podemos concluir que a felicidade não é uma arvore distante, posta pelos deuses em lugar não localizável, mas está em nós, na esperança, no mais vasto coração. E concluo escrevendo que o maior prazer é SER VOCÊ MESMO. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Intensificar a regulamentação da Lei das MPEs
Publicado em
02/12/2009
às
09:00
A Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia intensifica suas ações de estímulo à regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) nos municípios gaúchos, combinada com a necessidade do debate e implementação da dimensão e alcance da questão da inovação no cenário econômico atual. Fundamentalmente como diferencial para o enfrentamento e superação da atual crise mundial e seus rebatimentos no âmbito produtivo e de gestão.
A necessidade de fazer com que nossos executivos municipais, as câmaras legislativas e os empreendedores, por meio de suas entidades representativas de classe, com o apoio do Sebrae, que não tem faltado, aprofundem no âmbito local os resultados da regulamentação da lei, é dar os meios e as condições objetivas para que possamos consolidar e, sobretudo, ampliar a capacidade de desenvolvimento do nosso Estado.
Pois os benefícios que a lei proporciona a micro e pequenos empreendimentos são extremamente importantes, servindo para desburocratizar o registro e a baixa de empresas, facilitar o acesso ao crédito, investir em inovação tecnológica, apoiar o associativismo e a cooperação e essencialmente criar as condições de prioridade para as MPEs nas compras governamentais. Já começam a aparecer os primeiros resultados que tiram o Estado da 24ª posição levando-o para o 10º lugar no ranking das unidades da federação que efetivaram a regulamentação nos municípios. Hoje temos em torno de 70 cidades auferindo benefícios da legislação. Entretanto, ainda é um resultado aquém do que precisamos: é pouco mais de 12% das cidades gaúchas. Ampliar de forma forte e intensa estas metas e efetivá-las de modo concreto e objetivo no próximo período é ajudar o Rio Grande a retomar o crescimento e o desenvolvimento, gerando mais emprego e mais renda para seu povo.
Adão Villaverde - Deputado estadual/PT.
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Chanuká
Publicado em
01/12/2009
às
10:00
Estamos em dezembro.
Último mês do ano.
Normalmente é um período do ano que “passa rápido” em função da preocupação com os inúmeros festejos e as inúmeras “contas’ a pagar. Mas é neste período do ano que “ganhamos" o merecido 13º salário. Com ele vamos poder “respirar” mais aliviadamente em função dos IP... que temos a pagar. Também com “ele” vamos adquirir os inúmeros presentes.
Os judeus no mês de dezembro também tem uma comemoração onde “nos finalmente” as crianças também recebem presentes.
A comemoração se denomina “Chanuká”. E uma festa que tem a duração de 8 dias. Neste 2009 terá início em 12 de dezembro e vai continuar até o sábado 19 de dezembro.
No calendário judaico, o feriado inicia sempre no pôr-do-sol do dia anterior. E para isso ser observado Chanuká neste 2009 iniciar-se-á no pôr-do sol da sexta feira dia 11 de dezembro.
Chanuká lembra o episódio ocorrido no mês de Kislev, no ano 164 antes da era comum, quando os gregos entraram no Templo sagrado, e violaram todo o óleo que lá se encontrava, e que seria usado nos serviços religiosos. ando a dinastia dos Hasmoneus, conhecida como Macabeus, conseguiu uma vitória sobre os invasores, ao iniciarem a arrumação do Templo, procurando colocá-lo em condições para o culto, e ao quererem acender a Menorah, encontraram um único recipiente com óleo que não tinha sido violado.
Apesar deste óleo ser suficiente apenas para um dia, ocorreu o milagre deste óleo poder ser utilizado por oito dias, tempo este que permitiu que o Templo de Jerusalém pudesse ser reconsagrado e purificado.
Foi então estabelecido, a partir do ano seguinte, que estes oito dias fossem considerado como festivo, com músicas e preces, e daí surgiram os oito dias de Chanuká.
Por isso, acendemos as “luzes” do candelabro de oito braços, chamada de Chanukiá. Estas luzes podem ser velas ou lamparinas em óleo.
No primeiro dia acende-se uma vela.
No segundo dia acendem-se duas velas e assim por diante sucessivamente até que se completem as 8 velas.
A primeira vela deve ser colocada na extrema direita do candelabro. A cada dia acrescenta-se mais uma vela, sempre iniciando da direita para a esquerda, ao lado da anterior. A vela que acendemos as outras velas se denomina de Shamash. A Chanukiá tem nove braços
Ao acendermos as velas, recitam-se algumas bênçãos.
Costuma-se colocar a Chanukiá no parapeito da janela para tornar público o milagre.
Além do ritual do acendimento das velas, costuma-se consumir bolinhos, sonhos e panquecas de batata.
Outro costume de Chanuká é jogar pião ( dreidl ou sevivon – em hebraico). Neste pião estão escritas as letras N., G., H., e SH., uma de cada lado, que representam as quatro letras hebraicas que iniciam as palavras da frase: “Nês Gadol Haia Sham” ( Houve lá um grande milagre)
Costuma-se distribuir às crianças presentes.
Tudo isso em dezembro.
David Iasnogrodski.
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O Bom Velhinho
Publicado em
29/11/2009
às
09:00
Falando com o meu colega e amigo Jairo Chagas, ele me indaga:
- David, o que você irá escrever para esta época do ano?
Respondi: estou pensando.
E fico a pensar...
Tempo de chuvas. Muita água rolando...
Tempo de calor. Muito abafado e úmido.
Primavera... Quase verão!
Tempo tenso.
E os negócios? Todo o mundo a dizer: “ Este natal será de grandes negócios”. Será verdade?
Está chegando o Papai Noel.
Só o Papai Noel?
Bem, para as crianças é à espera do Papai Noel. Representando a esperança de dias melhores. De presentes melhores. De sorrisos. Isso para todas as crianças. Será que realmente acontece para todas elas?
E ele chegou – o Papai Noel. O bom velhinho... E elas – as crianças – no colo do bom velhinho.
E “eles” – Papai Noel a dizê-las: não façam mais “chichi” na cama. Devem parar de utilizar o “bico” junto à boquinha. E assim “eles” vão falando com “elas”... Sempre com aquele sorriso. Todos a falar com Papai Noel.
E os adultos?
Também tem o Papai Noel como símbolo?
Sim! É a esperança de dias e noites melhores. Mais tranqüilas.
Menos angústia.
Mais felicidade.
Menos preocupações.
Mais empregos.
Menos guerras.
Menos violência. Inclusive a urbana...
Mais paz.
Mais alegrias.
Tudo nas “costas” do Papai Noel. Tudo ele está trazendo no “saco’. Aquele que está nas costas... Não pensem mal!!
O bom velhinho – Figura lendária.
Vestes vermelhas.
Barba longa e branca.
Sempre com simpatia e sorriso nos lábios. É o bom velhinho...
Mas é ele que nos traz a “esperança”
“ O bom velhinho” – Sempre é bom vê-lo sorrindo. Não importa se somos crianças e/ou adultos. Ele é o bom velhinho para todos nós...
Vem sempre acompanhado do: Oh! Oh! Oh! Oh!... Oh!
- Papai Noel! Diga a todos que eu estou remetendo um pedido: Paz, Saúde e Alegria a todos nós...
...............................................................
Jairo, muito obrigado pela lembrança!!!.
David Iasnogrodski.
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A entrega com hora marcada
Publicado em
28/11/2009
às
14:00
No último dia 11 foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo decreto do Governador José Serra regulamentando a lei estadual n° 13.747/09, que estabelece o dever dos fornecedores de especificar dia e horário para a entrega de produtos ou prestação de serviços.
De acordo com a lei e o decreto, logo ao efetuar a compra do produto ou do serviço deverão ser fornecidas ao consumidor opções de datas e horários de entrega ou prestação, no caso dos serviços. Quanto aos horários, poderá o consumidor escolher entre três turnos de entrega: manhã, das 7 às 12 horas; tarde, das 12 às 18 horas e noite, das 18 às 23 horas. No ato da finalização da contratação, deverá o fornecedor entregar ao consumidor documento que identifique o estabelecimento contratado, especifique o produto ou serviço adquirido, discrimine a data e o turno da entrega ou prestação, bem como o endereço em que será realizada.
No caso de compras não presenciais, realizadas por meio da internet por exemplo, o consumidor deverá receber esse mesmo documento, antes da entrega do produto ou da prestação do serviço, por e-mail, carta, fac-símile ou outro meio que indicar.
Infelizmente, o que se tem visto atualmente é que a entrega dos produtos e serviços sequer é realizada na data combinada. O consumidor compra, porque o fornecedor promete que a entrega será feita rapidamente, e o fornecedor não entrega no prazo combinado ou, pura e simplesmente, não entrega. Esses problemas estão acontecendo muito nas compras pela internet, já que empresas vendem sem ter condições de entregar.
Esse tipo de conduta já era vedada pelo CDC que, no seu art. 30, determina que o fornecedor cumpra o que combinou com o consumidor, no ato da venda. Se prometeu que vai entregar em três dias, deverá fazê-lo. Se o fornecedor não cumprir, poderá ser compelido judicialmente a tanto, sem prejuízo da indenização das perdas e danos do consumidor. Também o art. 39, XII do CDC afirma como prática comercial abusiva a conduta do fornecedor que não informa o consumidor, no ato da compra, quando será entregue o produto ou prestado o serviço. Muito embora as situações já sejam regulamentadas desde 1990, os problemas continuam.
A lei estadual de São Paulo é boa porque vai além do que dispunha o Código. Os prazos de entrega, entretanto, há muito são ignorados pelos fornecedores sem que as punições cabíveis aconteçam. Quem é que já não recebeu produto ou serviço além da data combinada?
Se não houver fiscalização árdua e punições efetivas, que até agora não aconteceram, essa será mais uma lei a ser desrespeitada. O Decreto dos SAC, por exemplo, já praticamente caiu no esquecimento e as empresas estão abusando. Aquela almejada continuidade do atendimento, que evitaria que o consumidor tivesse que narrar seu problema várias vezes, não foi atingida.
O problema maior do direito do consumidor hoje não é de falta de leis, mas sim de fiscalização.
Arthur Rollo.
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Ser chefe. Ser líder
Publicado em
25/11/2009
às
09:00
No meu livro “Administrar, Hoje” (Editora Harbra, 1988 – 15ª Edição) escrevi um capítulo chamado “Precisa-se de um Chefe” em que eu digo que “Chefes fracos, moles, com baixo teor de exigência com relação a seus subordinados estão desmotivando os empregados.” E tenho continuado a notar este sério problema na empresa brasileira. Os chefes atualmente estão tímidos no exercício inalienável de sua função de chefiar, comandar, coordenar, liderar. Vêem o erro e fingem não tê-lo visto. Constatam a desídia e cegam a própria consciência.
Esse relaxamento no cumprimento das funções de chefiar está levando a uma profunda desmotivação entre os empregados. Não são poucos aqueles que vendo a completa ausência de reforço positivo pelo trabalho bem feito e a não-punição da negligência, desinteressam-se pelo auto-aperfeiçoamento e auto-exigência e disciplina. O ser humano precisa de desafios constantes que o levem a superar-se constantemente e precisa de modelos nos quais possa se espelhar. Os mais próximos modelos são os pais, professores e chefes. Na ausência de líderes, o homem se torna fraco, abúlico. Sem desafios, o homem se transforma num alcoólatra do ócio. É preciso reeditar aqueles chefes que eram respeitados, queridos, verdadeiros mestres, enfim, verdadeiros chefes.
O conceito de “chefe” hoje está mudando para o conceito de “coach” que em português significa “treinador” – “Coach” é o nome que os ingleses dão aos técnicos de um time. O “coach” é aquele que acompanha, que insiste em alta performance, que acompanha o time, que conhece cada um dos “jogadores” e trabalha individualmente com cada um ao mesmo tempo que faz com que todos tenham consciência de equipe. Num time, cada um dos indivíduos com as suas características individuais e aptidões é fundamental. Porém, se cada um jogar sozinho, o time não vencerá. Assim, uma das grandes tarefas do chefe-coach é fazer a necessária integração entre o individual e o coletivo. O coletivo na empresa é o seu mercado, seus clientes, seus objetivos. Para marcar o “gol” tanto é necessária a competência individual quanto a habilidade coletiva.
A mesma analogia se faz hoje com uma orquestra. Cada músico tem que ser o melhor individualmente, mas deve seguir a orientação clara e segura de um maestro que é o “chefe” e que orienta cada talento, conseguindo a necessária “harmonia” que fará da orquestra um sucesso. Conseguir essa interdependência é o fundamento da chefia de hoje.
Gostaria que você fizesse, como chefe, um exame de consciência e se perguntasse: (a) Deixo claro aos meus subordinados o que espero deles? (b) Sou firme e decidido e exijo o máximo de meu pessoal? (c) Quando vejo algo fora dos padrões de excelência, imediatamente chamo os responsáveis e, com eles, revemos se todos entenderam os objetivos e tarefas e os da empresa? (d) Tenho sempre a intenção de ser “justo” ao invés de ser “bonzinho”?
Pense nestas perguntas. Leve seu pessoal que tem subordinados a também pensar nelas. O que precisamos é de verdadeiros chefes e líderes que possam levar as pessoas a vencerem seus próprios desafios e limites sem esquecerem o coletivo, a harmonia, o “passar a bola” para que o outro marque o tão esperado gol e todo o time saia vencedor.
Luiz Marins.
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O mundo está ai para ser Redescoberto
Publicado em
24/11/2009
às
09:00
Descobri cedo que a melhor maneira, para mim, de aprender é viajar. Algumas das experiências podem ser de utilidades por outros peregrinos.
• Evite seguir o fluxo da maioria dos turistas. Evite museus. Talvez até seja absurdo, mas quando se viaja se quer conhecer a vida daquele lugar e não do seu passado. Se for visitar museus, saiba o que você quer olhar e caia fora. Se não você vai ter a sensação de ter visto um monte de coisas sem saber do que se trata.
• Faça contato com os locais. É ali que a cidade acontece e não nos museus. Nos bares, sente e veja as pessoas chegando e saindo e se alguém iniciar uma conversa, entre nela, por mais diferente que seja. Compre um jornal para os shows e passeios.
• Compre, compre muitas coisas que você não precisa carregar. Boa comida, espetáculos, shows, passeios. Com a internet você pode mandar vir qualquer coisa, sem pagar excesso de bagagem e sem ter que carregar as coisas para lá e para cá.
• Se possível viaje sozinho ou se estiver casado com sua companheira, as vezes. Viajar assim, necessita de mais esforço, porque não tem ninguém olhando por você. Mas é a única maneira de deixar o seu país para trás, por um tempo. Viajar em grupo é ir disfarçado para falar sua própria língua e ouvir mais notícias do seu país do que do país que você vai visitar. Os filhos? Ensine isto a eles.
• Não faça comparações de nada. De preço, limpeza, qualidade de vida ou transporte. Você não estava viajando para provar que você vive em condições melhores que outros. Você esta ali para descobrir como os outros vivem e o que você pode aprender com isto.
• Não tente ver o mundo em uma semana. É preferível ver uma cidade em quatro ou cinco dias do que cinco cidades é uma semana. As cidades são como mulheres sensuais, só se revelam aos poucos e com tempo.
• Aprenda a viajar de mochila. Já voltei de viagens e guardei roupas que não usei.. Viaje leve, já chega seu peso. Não volte mais gordo, só porque esta viajando. Ou vai ter que voltar correndo para academia. Aí perde a graça.
Finalmente. Viajar é uma aventura. A vida é uma aventura. Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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O desafio da convivência
Publicado em
21/11/2009
às
09:00
Com muita certeza pode-se afirmar que a convivência diária no trabalho e na família são desafiadores. Onde seres humanos convivem com freqüência, o atrito é inevitável.
Para ilustrar. Na era glacial, quando o globo estava coberto por gelo, a maioria dos animais não conseguiu sobreviver. Instintivamente uma manada de porcos espinhos começaram a se aquecer ficando pertos uns dos outros.
Machucavam-se por causa dos espinhos. Separaram-se novamente. Continuaram morrendo. Alguns se juntaram novamente mas sem se encostar a fim de aquecer, sempre respeitando uma distância mínima. Sobreviveram. Estão aí até hoje.
Da mesma forma, deveríamos e devemos permanecer juntos, convivendo e trabalhando sem nos machucar. Este é o desafio. Você já ouviu falar em pessoas que deixaram o emprego, se separaram da família por causa da convivência?
Reflita.
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio.
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber se encontrar.
É fácil beijar o rosto, desafiante é chegar ao coração.
É fácil apertar as mãos, desafiante é reter o seu calor.
É fácil o amor, o desafiante é mantê-lo.
Todos precisamos um do outro.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Pessoas e Realizações
Publicado em
20/11/2009
às
09:00
Algumas pessoas nascem com um potencial de crescimento incrível. São dotadas de inteligência acima da média, grande criatividade, facilidade em se relacionar e bom coração.
Acontece que transformam suas vidas num caos, desperdiçando aquilo que está ao alcance das mãos, dentro de si próprio. Culpam a tudo e a todos por seus fracassos, fazem-se de vítimas do mundo, acreditam não possuir defeitos e nem erros, não refletem sobre suas atitudes e acreditam estar sempre com a razão.
Quem sempre tem algo a dizer sobre a vida do outro, sabe a solução para a vida alheia, não está cuidando direito da sua vida e por esse motivo, pode estar perdendo a chance de se dar bem, perdendo o trem da história.
Percebo que muito está relacionado à dedicação e ao trabalho. Quando se tem potencial, mas não se utiliza daquilo que tem, transformando projeto e idéia em realização, patina-se e não se chega a lugar algum. Fica sempre programando, projetando e idealizando.
Utilizo sempre a máxima que diz que "a crítica é o antídoto do incompetente, ou seja, aquele que não realiza a contento, procura trazer o outro ao seu nível, denegrindo o próximo, difamando e o diminuindo.
A verdade, é que alguns transformam seu viver de forma a deprimir-se com sua própria condição. Aí, a depressão passa a ser a desculpa para seu fracasso.
O problema é que tudo poderia ser diferente com uma simples reflexão sobre si. É fácil transformar sua condição da insignificância ao sucesso, basta reconhecer onde estão as falhas, os erros e as faltas e aliar o potencial que se tem com uma nova condição, uma nova filosofia de vida.
Nada será possível sem o trabalho, o comprometimento e a dedicação. Não se constrói apenas com a idéia ou com o projeto.
Se assim fosse, bastaria um arquiteto desenhar o prédio que o mesmo se construiria por si só. Não é assim que funciona, é necessário idealizar e trabalhar duro para realizar e o mais importante de tudo não é o projeto, é a realização.
Já vi pessoas tidas como medíocres e sem projetos realizarem empreendimentos que hoje são reconhecidos por sua força no trabalho. Também já vi pessoas tidas como brilhantes morrerem na insignificância por não realizarem nada, viverem criticando a realização do outro, projetando e idealizando coisas nunca colocadas em prática e cuidando da vida do outro em prejuízo de suas próprias vidas, que deixam de merecer maior reflexão e correção de caminhos.
Com esforço e coragem, é possível vencer a tudo!
Rui Barbosa no livro "Oração aos moços diz que: "Ninguém desanime, pois, de que berço lhe não fosse generoso, ninguém se creia mal fadado, por lhe minguarem de nascença haveres e qualidades. Em tudo isso há surpresas, que se não esperar da tenacidade e da santidade do trabalho.
Que tipo de pessoa você é?
Todos somos capazes!
José Rodrigo de Almeida.
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Rigidez nos controles internos
Publicado em
19/11/2009
às
09:00
Recentemente, o Banco Central publicou as circulares 3.461 e 3.462, com o nítido propósito de adequar e consolidar as normas de prevenção à lavagem de dinheiro, conforme as recomendações do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional). Estas circulares já se encontram em prática nas instituições financeiras.
Porém, é interessante observar que no documento 3.461, em seu art. 1º, apresenta a seguinte informação: “as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem implementar políticas e procedimentos internos de controle destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei 9.613, de 3 de março de 1998.”
Mais uma vez se evidência que os controles internos são instrumentos importantíssimos a serem utilizados pelas instituições financeiras autorizadas a operar pelo BC — assim como as demais organizações, que em breve também deverão se render a tais controles. E é bem verdade que a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) também caminha na busca de melhores controles operacionais, conforme a circular 380, publicada no fim de dezembro de 2008.
Já a circular 3.462 implementa algumas regras para operações cambiais, que é de grande preocupação do BC e expõe as remessas de recursos ao exterior que as mensagens eletrônicas devem conter, obrigatoriamente: nome, número do documento de identificação, endereço, conta bancária ou CPF/CNPJ do remetente da ordem, quando a forma de entrega da moeda por aquele que envia não for débito em conta. Para os ingressos de recursos do exterior, a mensagem eletrônica que não contenha nome, endereço, documento de identificação e conta bancária do remetente no exterior devem ser aplicados os critérios para as operações que exigem especial atenção.
E, não obstante, ainda na necessidade de controle, o BC emitiu dia 14 de setembro a circular 3.467, evocando a responsabilidade da auditoria externa na elaboração de relatórios de avaliação da qualidade e da adequação dos sistemas de controles internos e de descumprimento de dispositivos legais e regulamentares.
Mais uma vez, o BC deixa bem evidente a responsabilidade das instituições no que tange a aplicação do PCN (Plano de Continuidade de Negócios), assunto de suma importância – se buscar em nossas lembranças, em 11 de setembro de 2001, com a queda do WTC nos Estados Unidos, diversas empresas simplesmente deixaram de existir por falta de plano de contingência ou pelo fato de seu site backup estar na torre ao lado. Portanto, vale a pena pensar no assunto.
Os profissionais da área necessitam buscar atualização para implementar estas mudanças, mas ainda existem desafios, como cultura organizacional, processo internos, aprimoramento de Tecnologia da Informação, entre outras necessidades existentes.
Portanto, os controles internos estão a cada dia sendo mais aprimorados, principalmente para as instituições financeiras, mas sabemos que em breve estes modelos também serão introduzidos em todos os setores da economia, impulsionando ainda mais a Governança Corporativa, que já faz parte da vida empresarial. Só não vê quem não quiser.
Marcos Assi.
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Fracasso e Sucesso
Publicado em
17/11/2009
às
09:00
“Se és homem, ergue os olhos para admirar os que
empreenderam coisas grandiosas,
ainda que hajam fracassado”.
(Sêneca)
“O segredo para o sucesso é fazer as coisas comuns incomumente bem”.
(John D. Rockefeller Jr.)
É preciso discernimento para reconhecer o fracasso, coragem para assumi-lo e divulgá-lo e sabedoria para aprender com ele.
O fracasso está presente em nossa vida, em seus mais variados aspectos. Na discussão fortuita dos namorados e na separação dos casais, na falta de fé e na guerra santa, na desclassificação e no lugar mais baixo do pódium, no infortúnio de um negócio malfeito e nas conseqüências de uma decisão inadequada.
Reconhecer o fracasso é uma questão de proporção e perspectiva. Gosto muito de uma recomendação da Young President’s Organization segundo a qual devemos distinguir o que é um contratempo, um revés e uma tragédia. A maioria das coisas ruins da vida são contratempos. Reveses são mais sérios, mas podem ser corrigidos. Tragédias, sim, são diferentes. Quando você passar por uma tragédia, compreenderá a diferença.
A história e a literatura são unânimes em afirmar que cada fracasso ensina ao homem algo que necessita aprender; que fazer e errar é experiência enquanto não fazer é fracasso; que devemos nos preocupar com as chances perdidas quando nem mesmo tentamos; que o fracasso fortifica os fortes.
Pesquisa da Harvard Business Review aponta que um empreendedor quebra em média 2,8 vezes antes de ter sucesso empresarial. Por isso, costuma-se dizer que o fracasso é o primeiro passo no caminho do sucesso ou, citando Henry Ford, o fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente. Daí decorre que deve ser objetivo de todo empreendedor errar menos, cair menos vezes, mais devagar e não definitivamente.
Assim como amor e ódio são vizinhos de um mesmo quintal, o fracasso e o sucesso são igualmente separados por uma linha tênue. Mas o sucesso é vaidoso, tem muitos pais, motivo pelo qual costuma ostentar-se publicamente. Nasce em função do fracasso e não raro sobrevive à custa dele – do demérito de outrém. Por outra via, deve-se lembrar que o sucesso faz o fracasso de muitos homens...
Já o fracasso é órfão e, tal como o exercício do poder, solitário. Disse La Fontaine: “Para salvar seu crédito, esconde sua ruína”. E assim caminha o insucesso, por meio de subterfúgios. Poucos percebem que a liberdade de fracassar é vital se você quer ser bem sucedido. Os empreendedores mais bem sucedidos fracassaram repetidamente, e uma medida de sua força é o fato de o fracasso impulsioná-los a alguma nova tentativa de sucesso. É claro que cada qual é responsável por seu próprio naufrágio. Mas quando o navio está a pique cabe ao capitão (imagine aqui a figura do empreendedor) e não ao marujo tomar as rédeas da situação. E, às vezes, a única alternativa possível é abandonar, e logo, o barco, declinando da possibilidade de salvar pertences para salvar a tripulação. Nestes casos, a falência purifica, tal como deitar o rei ante o xeque-mate que se avizinha.
O sucesso, pois, decorre da perseverança (acreditar e lutar), da persistência (não confundir com teimosia), da obstinação (só os paranóicos sobrevivem). Decorre de não sucumbir à tentação de agradar a todos (gregos, troianos e etruscos). Decorre do exercício da paciência, mais do que da administração do tempo. Decorre de se fazer o que se gosta (talvez seja preferível fracassar fazendo o que se ama a atingir o sucesso em algo que se odeia). Decorre de fabricar o que vende, e não vender o que se fabrica (dizem que qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas só um gênio é capaz de vendê-lo). Decorre da irreverência de se preparar para o fracasso, sendo surpreendido pelo sucesso. Decorre da humildade de aceitar os pequenos detalhes como mais relevantes do que os grandes planos. Decorre da sabedoria de se manter a cabeça erguida, a espinha ereta, e a boca fechada.
Tom Coelho.
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Um abraço pode fazer muita diferença
Publicado em
15/11/2009
às
09:00
Muitas pessoas passam muito tempo acariciando seus gatos e cachorros, enquanto isso, pessoas da família, filhos, avós estão do outro lado da sala, sem receber e privados de afeto, do toque, de um abraço.
Um estudo feito em uma universidade, na biblioteca, revelou que os alunos tocados acidentalmente, de propósito pelos atendentes fizeram comentários favoráveis sobre a biblioteca e os atendentes, ao contrario dos que não foram tocados.
O povo latino, do qual fazemos parte, é mais de demonstrar suas emoções, mas a individualização, a correria que cada um se impõe, leva a um comportamento mais solitário.
Um abraço deve levar o tempo, de um coração falar ao outro. Ao abraçar, é como dizer: meu coração te cumprimenta e deixa em ti meu amor. Quando você abraçou pela última vez alguém assim, com um sentido de cumprimento real? Você abraçou sua mãe no dia das mães deste jeito? Vale mais que um presente. Nunca é tarde. Faço enquanto é possível. Eu já não posso mais abraçar minha mãe deste jeito.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Projetos e Realizações
Publicado em
13/11/2009
às
09:00
Tudo o que fazemos deve ser planejado. Temos que projetar, programar as idéias e depois colocar os planos em prática sob pena de ficarmos apenas no mundo da teoria.
Um professor deve programar suas aulas, um negócio deve ter seu plano bem definido e traçadas as diretrizes e metas a serem alcançadas, um prefeito deve ter um programa de governo, um advogado deve ter a defesa do cliente estudada, um médico deve ter a cirurgia programada e assim por diante.
Temos que ter também um programa para nossas vidas, um projeto de vida, sabermos onde queremos chegar e o que queremos ser e como faremos para alcançar nossos objetivos.
Um grande problema é quando não conseguimos colocar em prática aquilo que planejamos, projetamos e programamos. Se o professor não tiver preparado a aula de acordo com o conteúdo proposto pela instituição de ensino, ficará perdido e não cumprirá com seu dever de ensinar de forma satisfatória. Da mesma forma o empresário. Se não tirar do papel seu plano de negócios, também estará fadado ao fracasso. Assim também é com o prefeito que deixa de cumprir aquilo que propôs em campanha ou o advogado que não projeta a defesa do cliente. Com o médico a mesma coisa, imagine um cirurgião chegar à mesa de operação e abrir o paciente sem ter programado a intervenção que pretende, não há tanto tempo para resolver o que é melhor a ser feito com o doente ligado a um monte de aparelhos e muitas vezes com sua vida depende de pressa na solução a ser executada.
Já disse certa vez: conheço pessoas excelentes na teoria, mas desastrosas na prática. Sempre há aquele sujeito que conhece a solução para a vida e os negócios de todo mundo, mas não aplica os projetos e a capacidade que julga ter em sua própria vida e em seu próprio negócio.
Vejo pessoas fracassando em seus negócios e criticando o negócio do outro que vai bem, também conheço pessoas que criticam a vida familiar das outras, mas se esquecem que suas famílias são desestruturadas e precisam de ajustes.
Tenho certa repugnância às criticas que não apresentam caminhos. Sempre busquei em meus artigos criticar algo propondo reflexões ou sugerindo soluções.
Não consigo conviver com burocratas e teóricos, pessoas que projetam e programam o tempo todo e nada realizam ou que não conseguem levar a cabo a realização de suas idéias.
Essas figuras geralmente são as mais críticas. Põem defeitos em tudo e em todos. Volto a dizer: a crítica vazia é o antídoto do incompetente, do incapaz.
Vi muitos bons projetos serem prejudicados por esse grupo de críticos sem causa. Principalmente na coisa pública, o ciúme e a inveja provocam expedientes aéticos e prejudiciais.
Acredito que só devemos criticar ou opinar quando em relação àquele assunto podemos fazer melhor ou contribuir para que aquilo saia melhor do que está saindo.
Sonhar, planejar, realizar, consolidar e vencer. Este é o caminho das pedras para atingirmos aquilo que desejamos.
Pode estar certo disso!
José Rodrigo de Almeida.
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Há dissabores em vender algo que não acredita?
Publicado em
12/11/2009
às
09:00
Entro em uma loja de eletrodomésticos, com o principal objetivo de comprar uma máquina de lavar roupas. Sou abordado pelo vendedor, que após ouvir minha necessidade, convida para conhecer os modelos disponíveis na loja. O profissional começa elogiando o primeiro modelo, depois enaltece os diferenciais da marca da segunda máquina de lavar e para finalizar, apresenta de maneira expressiva o terceiro modelo. Afirma que todas são excelentes e brinca de forma irônica que "as máquinas para serem impecáveis só faltam estender as roupas e passar!" Depois de ouvir o vendedor, questiono qual dos modelos apresentados ele tem em casa. Para minha surpresa, ouço o profissional responder que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Uma situação como esta já ocorreu com você?
Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou o produto, entretanto não é capaz de comprar o que está vendendo? Encontramos professores que apresentam dissabor ao plano de ensino e desejam que os alunos fiquem atentos ao conteúdo programático! Há publicitários que são capazes de criar a campanha de um determinado local, mas ao serem questionados se gostariam de conhecer pessoalmente a cidade, assinalam de maneira negativa. Encontramos garçons que são capazes de dizer que a comida está maravilhosa, mas ao questionar se ele comeu, a resposta é negativa! E qual o motivo destas ações? Qual o fator destes dissabores em vender algo que não se acredita? Observe nos dois fatores abaixo:
Você daria emprego a um especialista em jeitinho? - O profissional que deseja apresentar coerência no momento de argumentar sobre o produto ou o serviço ao cliente, deve praticar o exercício antecipado de conhecer o que está falando através de um treinamento prévio. Passa a ser inaceitável e um dissabor observar uma balconista em pé, parada em uma loja, sabendo que neste momento ela poderia estudar o catálogo de produtos, o tablóide de ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de funcionamento de uma marca. Penso que é um dissabor ao cliente, quando ao procurar por informações de um produto, ele se depara com um vendedor que pede licença para consultar um catálogo e este profissional demonstra espanto ao descobrir que o produto é capaz de fazer algo que ele próprio nem imaginava. O especialista em jeitinho é aquele que ao contrário de estudar, busca apresentar justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o especialista em jeitinho responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor de tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento ou uma reunião interna de trabalho pode contribuir para eliminar o comportamento do especialista em jeitinho e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais coesas com as realidades do mercado.
Pode ocorrer dissabor sem a identificação do público alvo? - Para desenvolver, ampliar e fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo nas atitudes desenvolvidas, através da cordialidade e uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão para fazer piadas para quem não quer ouvir e acredita que está arrasando! Você conhece pessoas assim? Há vendedoras que trabalham em lojas de roupas que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado demais para o perfil da cliente. Há profissionais de vendas que persistem em realizar a abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com um expressivo mix de venda, por exemplo. Ao utilizar de opções práticas e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de criar novas argumentações para produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos de acordo com o perfil do público alvo.
Houve um período da história comercial, onde o vendedor era representado por uma pessoa que usava de pretextos para "empurrar" algo a um cliente. Este tempo passou e atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial e verdadeira para o crescimento de qualquer organização. Neste sentido, não acredito ser coerente que um profissional de vendas, deixe de acreditar no seu próprio produto ou serviço. Note que quando ouvimos a sugestão de alguém que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Agora responda: Você estaria confortável em uma aeronave, onde o piloto não planejou que irá chegar? Você acredita em um professor que em sala de aula apresenta dissabor pelo próprio plano de ensino? Você realizaria a compra de um automóvel com um vendedor que não acredita e enfatiza dissabores no que está oferecendo?
Dalmir Sant’Anna.
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Pré-sal e as contraditórias políticas ambientais
Publicado em
11/11/2009
às
09:00
As evidências científicas traçadas pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC) demonstram os dramáticos efeitos, de ordem econômica e social, a serem ocasionados pelo aquecimento do planeta caso a temperatura global continue aumentando. Estima-se que somente se 80% das emissões globais relativas a 1990 forem cortadas até meados do século a situação do planeta poderá ser normalizada. Corre-se, portanto, contra o tempo. As providências necessárias significam a quase completa descarbonização dos países desenvolvidos. E países como China, Índia e Brasil, hoje responsáveis por grande parte da poluição global, não podem crescer com os mesmos padrões de consumo dos EUA e Europa. Seria o fim! O desafio, portanto, é imenso e a situação beira ao desespero. Em razão desse temor de proporções planetárias, iniciativas têm sido tomadas mundo a fora em busca da redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEEs), como forma de salvar o Planeta. Por outro lado, e enquanto se aguarda com ansiedade pela COP-15 (dezembro, em Copenhague), o governo brasileiro, após a descoberta de petróleo na camada do pré-sal, acena com a possibilidade da liberação da produção de veículos de passeio movidos à diesel.
Isso se confirmando, as consequências ambientais serão drásticas e se estará caminhando na contramão dos esforços mundiais para a redução das emissões de GEEs. Portanto, atitudes como essa são incoerentes não apenas com as políticas governamentais mundiais, mas até mesmo com aquelas do próprio governo brasileiro que vem apoiando sistematicamente políticas energéticas renováveis (eólica, biomassa, hidrelétrica, solar). Sendo o diesel um combustível fóssil, altamente poluente e não renovável, todo esse petróleo poderia servir para tornar o Brasil autossuficiente em diesel e exportador do excedente. Não deverá servir como um instrumento de incentivo à sua utilização, mesmo que eventualmente seja mais econômico. A imagem positiva conquistada pelo Brasil em razão de sua invejável matriz energética restaria manchada e o crescente consumo consciente desestimulado. As mudanças climáticas são uma realidade e não mais podemos errar. Que o governo reveja esta sua posição e esqueça os veículos de passeio a diesel!
Giuliano Deboni.
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"Design"
Publicado em
10/11/2009
às
09:00
Hoje, no mundo dos negócios, existe uma série de termos que são considerados chaves para um sucesso empresarial. Qualidade, atendimento, marketing e... “design’”.
Sim! “Design”
Uma das molas propulsoras para um ótimo negócio é possuirmos produtos e locais com um “design” apropriado ao nosso mercado.
A cada dia que passa, ou melhor a cada hora que passa surgem novos produtos ou produtos remodelados no seu “design”. Sempre é a exigência dos consumidores modernos.
Desejam novidades...
Podemos pensar em tudo, mas o “design” sempre será importante. O produto pode ser o mesmo, mas a embalagem remodelada, tem outro valor para os “clientes’”.
O mundo está se modernizando tecnologicamente a cada instante. Hoje não esperamos o próximo ano, o próximo mês, o próximo dia, a próxima hora. Tudo tem que ser lançado hoje e agora, pois o nosso concorrente está pensando da mesma maneira. Hoje a cada segundo estamos pensando em novos produtos, novos processos. Tudo em função de que “ele assim está exigindo.” “Ele’ é o consumidor. “Ele” somos “nós”... O “consumidor” é o “rei” das transações. E o mundo é um mundo de consumo...
Mas...
Surge um questionamento:
“Quem criou o produto homem?”
“Quem criou o produto mulher?”
De imediato vem à resposta:
Deus, o criador do Universo.
Sim, Deus ao criar o Mundo “criou o homem e a mulher”.
Dois produtos imutáveis no seu “design”?
Pelo jeito sim...
Passaram-se os anos...
Milhares de anos...
E esses produtos continuam com o mesmo “design”. Sem qualquer mudança, somente nas suas vestes.
Estas sim, sempre se modificando.
Ou seja, nem tudo é necessário pensar em mudanças.
Será que o consumidor deseja sempre estas mudanças? Dizem os especialistas que ao realizarem as devidas pesquisas, estas demonstram as satisfações dos consumidores. Satisfações nas ditas mudanças dos respectivos “design”... Será que não é uma “obra” de marketing?
Será que para os produtos homem e mulher não há marketing e pesquisas que observem necessidades de mudanças neste design?
Ou melhor, acredito que estes produtos foram tão bem estudados e projetados que não há no mundo algo que faça as mudanças nestes “design”. São perfeitos em tudo.
São imutáveis!
É isto uma verdade?
Se não for, porque não houve, ainda, uma mudança nestes produtos, mesmo com o avanço de toda a tecnologia?
Deus foi um grande criador de produtos. Produtos com “design” incomparável.
David Iasnogrodski.
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Amizade
Publicado em
08/11/2009
às
09:00
Que bacana é a vida quando temos amigos de verdade! Pessoas que ficamos algum tempo sem encontrar e quando nos encontramos parece que nos vimos ontem.
Tenho amigos dos tempos de escola que até hoje são leais e presentes. Digo tempos de escola, quando ainda estudávamos no primário.
Troco e-mails com o Kiko Maggio praticamente todos os dias, brincamos e rimos como quando estávamos na sétima série do Stélio Machado. Hoje somos casados, temos nossos compromissos, nossos filhos, nosso trabalho, mas quando surge a oportunidade, lá estamos nós pescando, fazendo um churrasquinho, batendo um papo e relembrando passagens felizes e engraçadas.
Assim também deverá ser com algumas pessoas que conheci na faculdade e que ano que vem não mais conviverei quase todos os dias.
Participei ha alguns anos de uma festa de 40 anos de formatura de meu pai. Quando lá chegamos, no local da festa, pareciam jovens que se viram frequentemente durante esses 40 longos anos. Faziam brincadeiras juvenis, lembravam passagens que jamais imaginei tenham acontecido, cantavam musicas inventadas na PUC e sorriam como crianças. Senti orgulho e uma grande inveja daquela relação de cumplicidade e respeito.
Hoje em dia, as pessoas sofrem uma concorrência muito grande oriunda da competição diária que a vida as impõe. A lealdade, a fidelidade, a disposição e o carinho entre os amigos estão cada vez mais raros.
No entanto, é muito bom saber que num momento difícil há alguém que pode nos dizer uma palavra amiga ou que temos uma pessoa para ligar quando conseguimos conquistar algo que muito desejamos, compartilhar com o amigo vitórias, derrotas e nosso desejo de dar a volta por cima.
Saber cultivar as amizades é uma grande virtude do ser humano. Há que se ter, principalmente verdade na relação. Não se pode trair ou trapacear um amigo.
Gostaria muito de daqui a alguns anos encontrar meus colegas de IMESB no fórum, alguns como advogados, outros promotores de justiça e com certeza também juízes de direito e poder relembrar tudo o que vivemos nesses cinco anos de curso.
O período de faculdade é aquele onde nosso caráter já esta formado, sabemos identificar pessoas as quais temos identidade. Somos mais velhos, muitos casados, convivemos em família e as chances da amizade perdurar são maiores.
Faltam poucos dias para nosso convívio em classe se encerrar. O que vai ficar serão lembranças de dias alegres, das aulas, das discussões acadêmicas e do convívio.
Que saibamos valorizar os laços que cultivamos em cinco anos, que continuemos todos unidos como aquela turma bacana do IMESB. Que possamos a cada dia fazer crescer os laços entre nós.
Como diz o ditado, "ninguém é mais forte que nós todos juntos.
Entre as riquezas que possuo em minha vida, meus amigos estão entre as mais valorosas. Guardo-as no cofre mais seguro que tenho, o meu coração.
Como foram bons esses anos. Que saudades ficarão.
José Rodrigo de Almeida.
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Marca Brasil!
Publicado em
07/11/2009
às
09:00
Marca, um dos maiores ativos de qualquer organização.
É assim que devemos pensar sempre!
Estou muito alegre, em função de que nossos governantes estão pensando seriamente na “Marca Brasil”.
Não pensem que é uma crônica política, apesar de que todos nós somos seres políticos.
Estou alegre, pois como brasileiro estou vendo a Marca Brasil ser bem conduzida.
Precisamos nos conscientizar que hoje e sempre nosso país necessita ser bem visto internamente e externamente.
A Marca Brasil, a partir de 2016, no mundo inteiro, em função dos jogos olímpicos serem realizados aqui e vindo após a realização de uma Copa do Mundo de Futebol, também no Brasil, será consideradíssima e muito valiosa.
O esporte é algo que ainda muitos não se deram conta de que é um fator importantíssimo para o mundo dos negócios, turismo, integração (interna e externa) e sociabilizaação dos povos. Somando tudo isso a Marca Brasil, com estes dois eventos internacionais, será um sucesso internamente e externamente. Terá um valor incalculável.
Um maravilhoso momento de integração.
Um maravilhoso marketing institucional.
Precisaremos saber aproveitar. Precisaremos saber organizar. Muito necessitaremos realizar para o sucesso destes dois eventos.
Mas: “A Marca é que Marca”, já dizia o título do meu áudio-book (Ed. Imprensa Livre).
É a realidade.
Parabéns a todos nós.
Desde já vamos arregaçar as mangas.
Todos ao trabalho...
“ A Marca é que Marca”.
David Iasnogrodski.
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O hábito de reclamar
Publicado em
04/11/2009
às
09:00
O empresário reclama que os impostos estão altos demais. Quem não tem empresa reclama que não teve chance de colocar a prova suas habilidades. Quem está empregado reclama do alto desconto para a previdência. Quem não está empregado reclama da falta de oportunidade. Quando parece estar tudo bem, reclamamos da comida, da dor de cabeça, da gripe. Reclamamos porque a prefeitura e os governos não fazem mais pelos impostos. A lista pode ser enorme. Estamos acostumados a isto. Esta atitude precisa deve ser mudada para que cada um viva mais em paz, sem tantos conflitos.
O rei estava morrendo. Os médicos não tinham mais alternativas. Uma criada se aproximou. Tenho a solução. Coloquem nele uma camisa de uma pessoa feliz e ele absorverá a energia e ficará bom. Como não tinham mais alternativas, tentaram.
Por dias procuraram uma pessoa feliz. Todos reclamavam de algo. Para aumentar a lista, reclamavam até do tempo, da comida, dos filhos, dos sogros, dos pais, do carro enguiçado. Ninguém parecia feliz.
Sem mais chances, o rei passeando no final de tarde, com seu secretário, ouviu vindo de uma cabana: Obrigado senhor, conclui meu trabalho, ajudei meu semelhante, comi, estudei e estou pronto para dormir e ainda me coloco a disposição para algum trabalho espiritual noturno. Pronto, achamos a pessoa. Vão lá e peçam a camisa dele.
Para surpresa, ao adentrarem a cabana, viram que o homem, de tão humilde que era não tinha camisa.
O hábito de reclamar está tão arraigado que não valorizamos o que temos. Embora seja da nossa natureza, devemos e temos obrigação de encontrar o lado positivo de tudo e parar de reclamar tanto. Corremos o perigo de nos tornarmos chatos e as pessoas começam a nos evitar.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Fraudes Como evitá-las?
Publicado em
03/11/2009
às
09:00
Há muito tempo a mídia vem publicando casos de fraudes muitos não acreditam, mas vivemos em um mundo que a índole, para algumas pessoas, ainda é muito questionável, e muitos ainda se vêem envolvidos, pois a ganância e a possibilidade de ganhar dinheiro fácil ainda movimentam milhares de pessoas. Por exemplo, o Ministério Público praticamente vive a investigar casos de fraudes na qual empresas fictícias ou até mesmo “legalizadas” realizam operações espetaculares e muitos ainda acreditam.
Podemos evidenciar alguns ingredientes tradicionais de uma fraude simples, bem sucedida, mas eficiente para quem aplica, muitos acreditam em promessas de altas remunerações sem menção ao risco, com a sugestão de que se trata de uma oportunidade única e que só poucos são os "eleitos".
Foi assim, mais recentemente com a fraude de Robert Madoff (acabou de ser condenado a 150 anos de prisão) ou com as "cartas da Nigéria" que chegam via e-mail e retratam as mágoas de uma viúva que tem uma fortuna para deixar e não possui herdeiros, esta ultima então é fantástica, no ultimo mês, recebi pelo menos 6 e-mails deste tipo, e cheguei a conclusão que na Nigéria só tem viúvas milionárias, Alguém se candidata?
Muitos casos ainda surgem todos os dias, quem se candidata a participar de pirâmides financeiras, e este golpe é velho, mas a possibilidade de ganhar dinheiro sem trabalho ainda movimenta milhares, até quando? Muitos casos não são mais do que versões modernas, mais ou menos sofisticadas, da célebre fraude do "embrulho de notas" que alguém encontrava caído na rua e pedia a para algum transeunte guardar por momentos, que ainda por cima tinha de entregar uma garantia em como não fugiria com as "notas". É como sempre, mas infelizmente demasiadamente tarde, esse transeunte venha a verificar tratar-se de um mero embrulho de papéis de jornal.
E como fraude encontra sempre um terreno fértil, há sempre "voluntários" prontos a encarnarem no papel de vítimas. É como se a memória não retivesse a informação de casos anteriores, é como se ela fosse muito curta para reter as notícias desagradáveis. Dizem os tratados de psiquiatria que a capacidade de esquecer o que de ruim aconteceu é sinal de uma mente humana sã. Talvez seja. Mas que isso provoca situações no mínimo constrangedoras, e penosas.
Mas a mente humana, e a sua incapacidade incalculável de criar necessidades de ganho fácil, poderá ser a única culpada do sucesso deste tipo de fraudes. Mas a ganância, traduzida no desejo do ser humano em querer ganhar muito sem esforço. Tende a funcionar como uma espécie de película que impede a pessoa de raciocinar e identificar e perceber a realidade em toda a sua plenitude.
Mas a fraude sempre possui um criador e alguém desprovido de atenção, tal como o golpe do bilhete premiado, quantas pessoas já não caíram neste golpe, simples, mas eficiente, para quem realiza o golpe?
Mas em algum momento chega sempre o fim da "festa", a dura realidade de se ter sido vítima de mais um esquema fraudulento. E ao impacto financeiro, nem sempre modesto - pois as "oportunidades únicas" são de aproveitar em toda a sua plenitude -, junta-se a isso tudo a vergonha social de ter sido trapaceado. Evita-se aparecer ou até mesmo procura-se arranjar um ou mais culpados para a situação.
A mídia vem todo o tempo informando, alertando, e alguns sites de bancos encontramos até treinamento de como gerir sua conta, e-mails e acesso a internet, mas o descuido ainda ocorre, para nossa tristeza e indignação. Os organismos de supervisão, bem como as forças policiais, têm procurado proteger os cidadãos dos perigos a que estão sujeitos, mas não podem é andar com cada cidadão pela mão.
E neste caso ainda podemos incluir as fraudes financeiras que estão intrinsecamente relacionados a índole das pessoas e a ausência de controles internos das organizações, neste caso as empresa já sabem que podem ser envolvidas, mas não dão as devidas atenções, até o dia em que a fraude é identificada e as perdas apuradas, e como lidar com isso?
Somente, para ter uma noção apresentamos algumas possibilidades de fraudes corporativas, tais como: orçamentos de compras com propostas fictícias de empresas através da utilização de modelos de carta-proposta; responsabilidade de controle de contas a pagar e a receber pela mesma pessoa ou área; pagamentos e recebimentos sendo controlados pela área contábil; criação de vendas fictícias para aumento de faturamento da empresa – para obtenção de crédito ou licitação; obtenção de informações privilegiadas para obtenção de processos licitatórios; falsificação de notas de despesas para obtenção de reembolso fraudulentos e/ou abusivos; ausência de controles das movimentações financeiras e bancarias; gestores de tesouraria que por excesso de poder podem transferir valores para outras contas sem que ocorra verificação das transações; gestores das áreas de cobrança que podem negociar com o cliente a baixa das parcelas sem que a empresa tome ciência por deficiência de controles e sistemas, entre outras possibilidades.
Então devemos buscar uma maior mobilização e principalmente valorizar a índole das pessoas e definitivamente entender que a riqueza não virá através dos ganhos miraculosos e espetaculares da noite para o dia, devemos melhorar a nossa atenção e buscar a melhoria financeira através do trabalho ou para alguns que crêem, apostando nas loterias e quem a sorte sorri para eles, mas por enquanto, vamos trabalhar com honestidade e vontade.
Marcos Assi.
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Cuidado com a Ambição
Publicado em
02/11/2009
às
09:00
Feio não é ser ambicioso, feio é ser ganancioso. Vamos ver mais detalhadamente a diferença entre um e outro.
Já palavra ambição vem do Latim – ambitione – e quer dizer "desejo veemente de fortuna, de glória, de honrarias, de poder." Até aí nada demais. Afinal, quem não quer?
Mas note a grande diferença no comportamento do ambicioso em relação ao ganancioso. Por essas definições podemos dizer que ser ambicioso é bom, mas ser ambicioso demais, nos torna gananciosos o que sugere um comportamento inadequado e por vezes até antiético.
Já desmistificamos e vimos que a ambição no nível certo faz parte de nossa natureza e pode e deve ser usada para alavancar nossa carreira. Vamos ver mais detalhadamente como.
Veja a ambição como algo positivo. A ambição é uma das molas do sucesso. A questão é como você lida com ela. A ambição na medida certa mexe com o metabolismo do nosso corpo e nos torna mais pró-ativos para a realização de objetivos. A ambição tem a ver com evolução, sem ela há estagnação.
Alie ambição a outras qualidades. Somente a ambição não ganha jogo. Os ambiciosos costumam ser mais assertivos, querem fazer valer sua opinião, mas é preciso trabalhar outros pontos como sua autopercepção e também prudência. Sim, prudência e autocontrole, cuidando para não sair dos limites e se tornado um sujeito que só pensa em si, e no seu mundo, o que acaba lhe tornando uma pessoa desagregadora e egoísta.
Ambição versus determinação. Creio que essa seja a palavra mágica. Para medir o seu nível de ambição reflita o quanto você está determinado para atingir certo objetivo. Quanto mais alta sua determinação, maior seu nível de ambição. Lembro que determinação é um dos fatores mobilizadores das pessoas. Analisando o seu grau de determinação fica mais claro perceber se estou passando dos limites da ética e dos bons valores.
Foco no controle emocional. Outra forma de medir o grau de ambição e saber se ela está sendo prejudicial ou não a sua vida é através de suas emoções. Ambição em excesso nos deixa angustiados, extremamente ansiosos e querendo tudo para ontem. Calma, tudo tem o seu tempo. Sua carreira é como uma estrada que para ser bem pavimentada e segura necessita de planejamento e visão de longo prazo, construção de bons valores e noção de ética na sua área de atuação.
A ambição é mutante. A ambição muda com a idade, momento profissional e filosofia de vida. As mulheres também são ambiciosas, porém de uma forma diferente. Segundo um estudo da psiquiatra americana Anna Fels pela Universidade Harvard, os homens são mais ligados ao poder, dinheiro e status. Já as mulheres são mais ligadas ao sentido do trabalho, equilíbrio entre carreira e família. Quanto mais maduros, mais preocupados ficamos com o sentido e propósito de nossa vida, a espiritualidade e o que podemos fazer efetivamente para ajudar ao próximo.
A ambição é sua. Vivemos em um mundo onde beleza, status, poder e dinheiro são muito valorizados. Muito cuidado para não ser levado a criar o que chamo de "Ambição de Revista", ou seja, pautamos nossos desejos pelo o quê os outros são. Quero ser tão bonito quanto fulano, queria ter a carreira que sicrano tem, e por aí vai. Pense em quais são realmente as suas ambições genuínas, o que realmente você deseja SER, pois o TER é conseqüência do que você é e do que construiu ao longo de sua carreira. Crie uma base forte, aprimore sempre seus dons e competências, afinal mais difícil do que ter é manter o sucesso.
A sua ambição e determinação o levarão a novos desafios e nos níveis certos são ingredientes que não podem faltar em sua carreira.
Paulo Araújo.
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Por que não comprar brinquedos piratas?
Publicado em
01/11/2009
às
09:00
Em época de crise setor na mais presente a idéia de economia e não são poucos aqueles que optam por comprar produtos piratas, geralmente em camelôs.
É função do Estado impedir a venda desses produtos. Entretanto, sabe-se que isso não vem acontecendo e uma série de fatores, principalmente o preço e a oferta abundante, acabam estimulando a compra por parte do consumidor e, consequentemente,mantendo vivo esse segmento do mercado.
Produtos piratas são inseguros e não poderiam ser comercializados, mercê do risco que acarretam à saúde dos consumidores. Os produtos nacionais e regularmente importados estão sujeitos a rígido controle de qualidade, exercido pelo INMETRO e, ainda assim,problemas ocorrem como no caso da Mattel, que realizou o recall de brinquedos em decorrência de excesso de chumbo na sua pintura. Se isso acontece com produtos legais, o que se dizer dos produtos piratas?
Esses produtos são mais baratos por uma série de fatores, começando pela sonegação de impostos, pelo emprego de mão de obra barata, com o desrespeito às normas trabalhistas, pela utilização de componentes e tecnologia de baixa qualidade, que resultam em produtos absolutamente não confiáveis.
Se os consumidores não se sensibilizam com o fomento da criminalidade que se dá a partir da aquisição de produtos piratas ou diante da sonegação de impostos, que impede que sejam geradas melhorias para a população, devem se preocupar com o risco grande à saúde que eles acarretam.
Brinquedos piratas costumam soltar peças, soltar tinta, sem falar que os próprios componentes utilizados devem gerar desconfiança, já que não se sabe a composição das tintas e peças, possivelmente tóxicos, que colocam em risco a saúde de quem usa e que,no caso de acidente, impedem a atuação precisa dos médicos, que não sabem que providências adotar diante do acidente pelo desconhecimento da sua composição.
A venda de produtos piratas prejudica o mercado de consumo, levando ao desaparecimento de pequenos fornecedores que não têm condições de competir com os baixos preços, porque,exercendo regularmente sua atividade, estão sujeitos ao recolhimento de pesados impostos, inúmeros encargos trabalhistas e a rígido controle de qualidade,concebido para proteger os consumidores.
Fere a concorrência,leva ao desaparecimento de bons fornecedores que não conseguem competir com os preços praticados no mercado informal e coloca em risco, de forma direta, a saúde dos consumidores.
Os bens mais preciosos tutelados pelo Código de Defesa do Consumidor são a vida, a saúde e a segurança.É notório que produtos piratas atentam contra esses valores e, nos termos do art. 8°, "caput" do Código sequer poderiam ser comercializados.
A aquisição de brinquedos é recomendada segundo a faixa etária da criança. No caso dos piratas,não existe qualquer critério e, aqueles que trazem alguma informação para o consumidor, geralmente o fazem em língua estrangeira, impedindo que o consumidor se informe. Produtos piratas também ferem o direito básico do consumidor à informação.
Deve-se sempre desconfiar de produtos muito baratos, já que a margem de lucro dos fornecedores regulares não costuma variar muito. Comprar mais barato é importante mas preços irrisórios despertam suspeita quanto à origem e à qualidade dos produtos.
Fica difícil exigir a garantia de produtos piratas. Primeiro, porque os fabricantes e importadores são desconhecidos, já que a atividade é criminosa. Segundo, porque os comerciantes não emitem nota fiscal, o que impossibilita a prova da data da aquisição e do comerciante que vendeu por parte dos consumidores. Terceiro, porque existe quem entende que não há como exigir garantia de produtos que têm origem ilícita.
A nosso ver a exigência de garantia dos produtos piratas, em tese, é possível, já que o Estado não consegue impedir a venda desses produtos e, se é assim, deve assegurar os direitos dos seus adquirentes. Quem compra age mal mas pior é o papel do Estado que não consegue coibir a entrada no país e a comercialização desses produtos.Se este fizesse o seu papel, o consumidor não teria como adquirir tais produtos.
É importante o consumidor comprar em estabelecimentos regulares, e não em camelôs, produtos de marcas e origem conhecidas e certificados pelo INMETRO. A máxima popular segundo a qual "o barato sai caro" deve estar sempre presente. Não existe dinheiro que pague a vida, a saúde e a segurança das nossas crianças.
Arthur Rollo.
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Dias mais longos
Publicado em
31/10/2009
às
09:00
É fácil perceber nas ruas a movimentação de pessoas, casais, caminhando, correndo ou praticando algum tipo de esporte para manter a forma.
Isto acontece por causa do verão. A temperatura ajuda, uns estimulam os outros. É contagiante.
Passa o verão, automaticamente estes atletas também se recolhem.
A questão e os fatos são:
O corpo foi feito para se movimentar. No passado todo alimento era conseguido se fosse caçado. Portanto não dava tempo para engordar. Hoje também caminhamos, mas pouco.
A atitude é praticar exercícios, que é um dos requisitos para manter saúde, felicidade e entusiasmo em todos os sentidos. Porém praticar regularmente, como alimentação, respiração.
Portanto, ao iniciar um exercício, caminhada, corrida, o planeje antes em sua mente, visualize e o encaminhe para toda a vida.
Fazendo assim sua disposição vai aumentar e permanecer em alta.
Por quê?
Por que é assim que funciona o corpo.
E porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Desejo de status
Publicado em
30/10/2009
às
09:00
Outro dia fui repreendido por uma advogada porque não a chamei de “Doutora”. Um amigo me contou que ficou esperando duas horas para que lhe fosse entregue um cheque que estava pronto sobre a mesa de um diretor. Ao entregá-lo a secretária lhe disse: “O cheque está pronto há muito tempo. É que o meu diretor gosta de deixar as pessoas esperando para se fazer de importante”. Um agente de viagens me contou que há clientes que fazem absoluta questão de sentar no primeiro assento do avião, pois acham que sentar no primeiro assento é questão de status. Numa oficina, um mecânico me disse que o “Dr. Fulano” não aceita esperar um minuto sequer. A mesma coisa ouvi de um frentista de posto de gasolina: “Aquela mulher não suporta esperar que atendamos outra pessoa em sua frente. Ela quer que a gente pare de atender a outra pessoa para atendê-la”. Maitres e garçons ficam abismados de ver que há clientes que não vão ao restaurante se a “sua” mesa estiver ocupada. Uns assistem uma palestra sobre vinhos e se acham os maiores especialistas em enologia, ensinando o sommelier. Outros fazem questão absoluta de serem atendidos pelo dono do restaurante e não por garçons. Alguns não admitem que seu “carrão” vá para o estacionamento. Exigem que ele fique estacionado defronte ao restaurante - mesmo que não haja vagas. Tal hóspede só fica na suíte 206. “Se ela estiver ocupada ele fica uma fera”, disse-me o gerente do hotel...”O presidente só toma café nesta xícara”, confidenciou-me a copeira da empresa. “Quando a anterior quebrou não encontramos no Brasil. Daí um diretor trouxe outra igual da França...”.
Esta lista de exigências não teria fim se quiséssemos esgotá-la. Por que certas pessoas sentem tanto desejo e mesmo necessidade de status?
Alain de Botton, um filósofo contemporâneo, estuda esse desejo tão exacerbado nos dias atuais em seu livro que leva o nome desta mensagem: “Desejo de Status” (Editora Rocco, 2004). O autor analisa o “esnobismo” contemporâneo como forma de vencer o anonimato e a falta de conteúdo das pessoas neste mundo de aparências em que vivemos. Vale a pena ler.
O mundo já está complicado demais para que as pessoas ainda vivam buscando status. Pessoas esnobes, desejosas de deferências e rapa-pés parecem não compreender que estamos no século XXI e não no XIX. Fico impressionado ao ouvir relatos de pessoas que fazem exigências absurdas, atendimentos especiais, mesas únicas. Geralmente são pessoas de origem humilde que necessitam dessas exigências e até da arrogância, para mostrar a sua importância, já que elas próprias, pouca importância se dão, dizem os psicólogos e filósofos que tratam do assunto.
Veja se você não está sendo vítima de um desejo exagerado de status e fazendo exigências descabidas de serviços e atenções, tornando-se arrogante e esnobe. Faça uma auto-análise antes de cair no ridículo e ser motivo de chacota das pessoas que lhe atendem e servem, mas riem de sua insegurança assim que você deixa o ambiente, crente que está abafando.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Nada contra ninguém... Mas!!!
Publicado em
27/10/2009
às
09:00
Gosto de ir a supermercado. E como gosto!!!
Lá em casa quem faz as compras sou eu.
Sinto-me um verdadeiro, e feliz, participante uma “gincana automobilística” ao percorrer os corredores das diversas gôndolas destes estabelecimentos. Procurando os itens da minha lista e achando os devidos produtos.
Algo fantástico!
Os “nossos” estabelecimentos comerciais deste gênero são padrões. Elogiados até no exterior.
O que não gosto?
É observar, em algumas lojas, produtos com preços muito elevados e sem a devida qualidade, principalmente nos produtos perecíveis e nos hortifrutigranjeiros.
Acreditem. Isso acontece. Acredito que muitos de vocês têm essa mesma observação. Não é verdade?
Infelizmente, em muitas lojas, é uma grande realidade...
Ainda por cima, nós os participantes da “gincana”, ficamos nos “mordendo de raiva” e não falamos às devidas pessoas: atendentes e gerentes. Será que eles tem poder de decisão? Mesmo assim necessitamos falar. Falar! Falar!
Erro nosso se não falarmos... E que erro!!!
Pelo código de defesa do consumidor, temos direitos e deveres... E um desses deveres é falarmos quando tivermos algum problema e um dos direitos é termos os produtos com a devida qualidade.
Eu falo! E como falo!!!
Pensam que adianta?
Até hoje ninguém me telefonou dando uma satisfação pelo acontecido.
É uma falta de respeito ao consumidor.
Deixo, sempre, consignado, quando da reclamação: nome, endereço, telefone... E daí?
Nada...
Nada acontece... Ao menos comigo nunca aconteceu retorno.
Necessitamos melhorar nosso atendimento. Isso faz parte do pós-venda... Outra verdade.
Necessitamos, em tudo, não só nos supermercados, ter um “pouquinho” mais de consideração com o consumidor.
Afinal de contas, o sucesso de uma organização pertencente ao dito “Mundo dos Negócios” é formado por ambas as partes: fornecimento do produto e/ou serviço e o consumidor.
Ou este mundo mudou?
Nada contra ninguém...
“Respeito e caldo de galinha nuca fez mal a ninguém...”
Tudo faz parte da “imagem” do negócio.
É o meu pensamento... Não sei o que vocês acham.
David Iasngorodski.
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Vida Associativa
Publicado em
26/10/2009
às
09:00
“Quando dizemos que o homem é responsável por si próprio,
não queremos dizer que o homem é responsável
pela sua restrita individualidade,
mas que é responsável por todos os homens.”
(Jean-Paul Sartre)
Passamos por mais uma crise. Falo sobre a crise econômica mundial cujo início ficou registrado com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers em setembro de 2008. Vários países entraram em recessão, situação na qual tecnicamente ocorre redução do nível de atividade por dois trimestres seguidos. Contudo, no último trimestre, muitas nações conseguiram reverter este quadro, anotando crescimento em suas economias.
O fato é que falar em crise está sempre na moda. O assunto é garantia de audiência, habitando os noticiários de jornais, revistas e programas televisivos. Para alguns, é fato e não especulação, ilustrado por vendas em queda e desemprego em alta. Para outros, oportunidade ímpar e inesperada.
Em momentos como este o associativismo surge renovado como instrumento de apoio, mediação e promoção do desenvolvimento. Um bom exemplo são os próprios sindicatos de trabalhadores, outrora vinculados à proteção de direitos e garantias, atualmente envolvidos com a manutenção do emprego sob um ponto de vista macroeconômico e social.
Para as empresas, as associações também evoluíram de meras defensoras de interesses corporativos para um ambiente de troca de experiências, debate de ideias e busca de soluções para problemas que se assemelham independentemente do porte e área de atuação das companhias.
As associações representam um fórum legítimo para a discussão de temas relacionados ao universo das relações empresariais. Quando bem conduzidas, podem assumir uma postura de vanguarda e pioneirismo, reunindo especialistas de elevada qualificação para semear discussões e apontar caminhos para novas e instigantes questões.
A vida associativa é um instrumento de exercício da sociabilidade. Por meio dela você conquista novos amigos, expande seus conhecimentos, exercita a liderança e atua como agente transformador da sociedade. Adicionalmente, aprende que por mais restrita que seja sua agenda, é sempre possível conciliar seu tempo com atividades que não geram ganhos financeiros, mas que plantam sementes para a posteridade.
No entanto, o bom proveito ocorre quando a atuação é efetiva, ou seja, não se limita à mera formalização da afiliação por meio de uma ficha de inscrição e a obtenção de uma carteirinha ou crachá. Integrar-se à gestão é, inclusive, praticar a cidadania.
Por isso, procure participar! Você poderá escolher associações industriais, como os Centro e Federações da Indústria; associações comerciais, como os CDLs; entidades de classe, como a AAPSA e a ABRH; organizações setoriais, como a Fundação Abrinq e o Instituto Ethos; organizações não-governamentais, sindicatos diversos e outros.
Este é um bom caminho para enfrentar um mundo que seguramente ainda presenciará muitas e muitas crises, as quais serão superadas com maior desenvoltura por pessoas e companhias com visão cooperativista e associativa.
Tom Coelho.
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Há pessoas do "SIM" e pessoas do "NÃO".
Publicado em
24/10/2009
às
09:00
Pessoas do "sim" são aquelas para quem tudo é possível desde que tentado com firmeza. Pessoas do "sim" são aquelas que acreditam em princípio que todas as pessoas são boas e capazes até que seja provado o contrário. Pessoas do "sim" são aqueles funcionários que estão sempre prontos a colaborar, a testar idéias, a comprometer o seu tempo com um novo projeto, a tudo fazer para que as coisas aconteçam. Pessoas do "sim" são pessoas entusiasmadas com o que fazem, com o que são, com as possibilidades de fazer as coisas de forma diferente. Pessoas do "sim" são as bem-humoradas, as com sorriso pronto, aquelas com as quais temos prazer em conviver, conversar, trocar idéias. Pessoas do "sim" são aquelas que fazem tudo e ainda encontram tempo para colaborar, participar, ajudar.
Mas há, também, pessoas do "NÃO".
Pessoas do "não" são aquelas para quem nada é possível. Pessoas do "não" são aquelas que vivem dizendo que já viram esse filme antes... e que tudo é "papo furado". Pessoas do "não" são aquelas azedas, amargas, vivem com uma nuvem negra sobre suas cabeças. Pessoas do "não" são aquelas que não têm tempo para nada. São ocupadíssimas (sic) e nada fazem. Pessoas do "não" são aquelas que vivem isoladas e dizem que "estão cumprindo o seu dever" que é sempre criticar, não-participar, não-colaborar, não-fazer. Pessoas do "não" são aquelas com as quais temos horror em trabalhar.
Sugiro que você fizesse uma auto-análise. Você em qual categoria se encontra? Você é do "sim" e acredita na sua própria capacidade de vencer obstáculos e fazer as coisas acontecerem com entusiasmo ou você é do "não" e vive dizendo-se "realista" e não vive de sonhos e por isso não acredita em nada, em ninguém e nem em você mesmo?
Pense nisso. Cuidado! O mundo de hoje só tem lugar para pessoas do "sim". Sucesso!
Luiz Marins.
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Pode o comerciante cobrar preço mais caro no cartão?
Publicado em
22/10/2009
às
09:00
Existe em trâmite proposta no sentido de permitir aos comerciantes que cobrem mais caro daqueles consumidores que pagam com cartão de crédito. Essa proposta já é antiga e conta com muitos adeptos e críticos.
Sob o ponto de vista constitucional, seria bastante razoável cobrar preços diferenciados daqueles que pagam com cartão de crédito, já que as administradoras cobram dos comerciantes em torno de 5% de comissão pelo seu serviço, além de repassarem os créditos após certo prazo. Vale dizer, o lojista recebe bem depois da compra com desconto de 5% no seu valor.
Se existe acréscimo no custo, bastante razoável que haja o correspondente aumento no preço final. Existe, portanto, relação lógica entre o aumento no custo e a necessidade de repasse desse aumento ao consumidor. Essa relação é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da distinção.
O outro lado, entretanto, deve ser também analisado, já que pagamentos em dinheiro costumam da mesma forma trazer riscos para os comerciantes. As vendas no cartão de crédito significam dinheiro certo para o comerciante no final do mês, no banco, sem os riscos decorrentes do transporte de valores.Quando existe o recebimento em dinheiro, existe o risco de roubos, de notas falsas, etc..
A facilidade da compra com cartão de crédito estimula as vendas, já que muitos consumidores só têm condições de comprar dessa forma, já que acabam rolando suas dívidas para o futuro. A cobrança de preço diferenciado nessa modalidade acarretará certamente a diminuição desse tipo de transação.
A outra forma de rolar a dívida é através do cheque popularmente conhecido como pré-datado. Se, de um lado, o fornecedor pode não pagar comissão pelos cheques, de outro aumenta bastante seu risco já que a inadimplência nessa modalidade de pagamento é significativa. Quando recebe com o cartão, o risco da inadimplência é passado para a administradora. O recebimento em cheques faz com que o risco de inadimplência fique com o comerciante.
Existem também aqueles que repassam os cheques de clientes para empresas de factoring. Nesse caso, além da comissão que é cobrada, existirá o risco de depósito do cheque antes da data combinada com o consumidor, fazendo surgir o dever de indenizar por parte do lojista, nos termos da súmula 370 do STJ, que afirma que"caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado".
Os comerciantes só são obrigados a receber pagamentos em dinheiro, tendo a liberdade de receber ou não por meio de cartões de crédito ou cheques. A diversidade nas modalidades de pagamento, sem dúvida, incrementa as vendas. Quem opta apenas pelo recebimento em dinheiro tem menos risco, paga menos comissão mas, de outro lado, vende menos. Cabe a cada comerciante fazer a sua opção.
Certamente se facultarem a os fornecedores a cobrança de valores diferenciados nas compras com cartões de crédito alguns lojistas continuarão praticando os mesmos preços, sem distinção. Sem dúvida estes terão a preferência do consumidor e incrementarão suas vendas. Na prática, esse tipo de diferenciação tende a não pegar.
Não caberá distinção na cobrança de valores daqueles que pagam com cartão de débito, já que a única vantagem que a modalidade traz ao consumidor é a de não ter que carregar na carteira grandes valores. O valor do pagamento é debitado imediatamente na conta do cliente. Nessa situação não existe motivo para a discriminação.
Na verdade, é a unificação das bandeiras dos cartões em um único terminal que melhorará a vida dos fornecedores. Isso permitirá uma maior concorrência entre as empresas do setor e, consequentemente, reduzirá o custo dos lojistas que hoje têm que ter diversas máquinas e pagar diferentes comissões para a utilização dos cartões. Iniciativas nesse sentido também estão em tramitação.
A distinção de preços para aqueles que compram com cartão de crédito é constitucional, mas o próprio mercado tende a rechaçar esse tipo de iniciativa, que prejudica o bolso dos consumidores.
Arthur Rollo.
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Política, Caráter, Lealdade e Companheirismo
Publicado em
21/10/2009
às
09:00
Um político só consegue sucesso numa eleição se pessoas aderirem à sua campanha, formadores de opinião o apoiarem, empresários acreditarem em seus projetos e colaborarem financeiramente com seu comitê e parte da imprensa tiver boa vontade em divulgar suas qualidades.
Nenhum, absolutamente nenhum, político foi eleito até hoje como candidato de si próprio, sem o apoio de um grupo de correligionários.
Por traz da eleição de alguém sempre há uma série de outras pessoas comprometidas com aquele projeto político. São cabos eleitorais, profissionais de marketing, de jornalismo, de rádio, coordenadores de campanha, membros e partidos coligados, assessores jurídicos, arrecadadores de fundos e financiadores.
Quem veste a camisa de um projeto político geralmente está em busca de algumas retribuições: acesso ao poder, prestígio pelo político, a melhora nas condições do todo, cargos, opinar em relação às realizações e projetos do mandato, entre outras.
Há um compromisso informal firmado pelo político com as pessoas que formaram a base de sua campanha. Esses são seus companheiros, esses deverão ser lembrados, esses deverão ser respeitados e, sobretudo, ouvidos.
Não há que se ouvir apenas um ou outro, deverá o eleito ouvir o maior número de companheiros, formar sua convicção em relação a algum assunto e dar a palavra final.
Saber o que decidir e em que momento decidir, é questão de coragem, capacidade e competência do político. No entanto, este não deve trair seus companheiros deixando de pelo menos ouvi-los. Ou pior, ao invés de ouvir àqueles que sempre estiveram ao seu lado, que lhe defenderam, que lutaram por seu projeto e acreditaram nele, ouvem os que outrora jogaram contra sua candidatura, lutaram por sua derrota nas urnas, ofenderam-no pessoalmente e politicamente.
O jogo político é podre, todos já chegamos a essa conclusão. Cabe a uma nova liderança se diferenciar deste consenso, honrar os compromissos assumidos com companheiros, prestigiá-los e ter lealdade para com eles.
Não se pode simplesmente trocar os companheiros pelos adversários em nome da governabilidade. Não se pode relegar os companheiros ao esquecimento simplesmente pensando em si próprio e no sucesso de seu plano pessoal.
É verdade que o adversário de hoje, em política pode ser o companheiro de amanhã. Mas o companheiro de hoje não pode ser tido como o adversário de hoje.
Há que ter honradez, fidelidade, gratidão e reconhecimento.
Não estou aqui pregando a nomeação ou a manutenção de pessoas incapacitadas e incompetentes em cargos. O governo deve ser composto por pessoas com condições de desempenhar a função que lhe foi atribuída de forma mais que satisfatória.
O que prego aqui, nada mais é do que a participação dos companheiros com idéias, que o político os consulte quando da tomada de decisões difíceis, que o político os prestigie, sobretudo, que não os traia em benefício próprio.
Não me parece correto alguém que se elegeu com apoio de algumas pessoas bandear para outro lado, esquecendo-se daqueles que o ajudaram em algum momento e foram fiéis a ele.
Há que se ter consideração com os companheiros em nome da continuidade de seu projeto, em nome do apoio nas próximas eleições, em nome de amizades surgidas ali atrás e em nome de sua própria moral e do respeito ao seu caráter.
Quem trai, debanda, relega, desprestigia e sente-se o todo poderoso quando eleito na verdade é um grande mau caráter. Novas eleições virão e ai, quem o apoiará? Os antigos adversários que foram contra seus projetos? Que o denegriram pessoalmente e politicamente?
Política é a arte de somar e não de trocar. Trocar amigos e companheiros por outras pessoas cuja lealdade desperta dúvidas, é correto?
Que interesses tão acima de determinados valores podem estar levando alguém a esquecer-se de quem realmente vestiu a sua camisa?
Aquele projeto de governo, construído em campanha a várias mãos, que deveria ser tocado com a ajuda dos companheiros, está angavetado?
Aqueles que ajudaram o político a construir sua imagem, sua eleição e seu plano estão sendo colocados de lado junto com o programa que foi defendido em palanque à exaustão em prol da sonhada governabilidade?
De que governabilidade estamos falando?
Será que o político ao tomar tal posicionamento está mal orientado ou age por seus próprios princípios?
Precisamos analisar onde cabe esta postura, sentar com aqueles que ajudamos e cobrar reciprocidade.
Gratidão e cumprimento de compromisso não se exige, são valores natos das pessoas. Acho, no entanto, que não custa lembrarmos alguns de que sempre difundiram possuir esses valores, e é hora de colocá-los em prática.
É momento de pararmos de brincar com o que é público e com o povo. É momento de seriedade. É hora de colocarmos a lealdade em prática para o bem de todo um grupo de pessoas que se sentem colocadas de lado e para o bem de algo maior, a melhoria nas condições de vida de todas as pessoas que apostaram em sua eleição.
José Rodrigo de Almeida.
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Encontro das Partes
Publicado em
20/10/2009
às
09:00
Aeroporto, Estação Rodoviária, Estação Ferroviária.
Existem lugares melhores para encontros?
Não!
Sei que esta é a palavra...
Normalmente quando se chega a um lugar e estão nos aguardando, a gente diz: “Nos espere junto à entrada principal da Estação”.
Não é assim?
Também sei que vocês estão aprovando.
Mas existem pessoas, e isso é muito comum, que desembarcam num lugar desconhecido e ficam aguardando “os familiares” na entrada principal, mas estes familiares e os viajantes não se conhecem. Nunca se “entreolharam...”, nem por fotos (coloridas ou preto e branco – antigas ou digitalizadas).
Também isso não é uma verdade corriqueira?
Obrigado pelas “sacudidas de cabeça”, significando a concordância de minha afirmativa.
E aí o que fazer?
“That’s the question”, também concordam, não é verdade?
Ora, diz o senhor que está ao seu lado, lépido e faceiro: “É só telefonar para o celular”.
Verdade!
Pura verdade!
E quem disse que alguma das partes conhece o número do celular da outra parte?
- Ficou vermelho, seu José?
- É verdade, não tinha me dado conta deste detalhe... Tem que ser acordado entre as partes. Precisaríamos nos acordar – ou seja, o fornecimento dos respectivos números. São detalhes de comunicação...
- Além do número, seu José, precisaríamos saber do respectivo código. Estamos em outra localidade. Muitas vezes o código é diferente. Podemos estar em outro país, não é verdade?
- Também esse detalhe pode dificultar esse encontro, que já não é mais um simples encontro...
E assim continuamos nessa tarefa do “encontro entre as partes”.
Como acontecer?
Fumaça?
Gritos?
Gestos?
Cor das malas?
Cor das “vestes”?
Tipo de óculos?
Tipo de penteado?
Cartazes com nomes e caricaturas?
O que fazer?
Precisamos “encontrar as partes”...
Bem, o trem, o ônibus, o avião já chegaram...
E nós ali a “encontrar as partes”... Encontrar os parentes. Ah! Os parentes...
E agora?
Microfone da estação para localizar “as partes?"
O barulho é tão grande que ninguém ouve a informação...
Será que sabem o endereço do destino?
“Nervos de aço” em ambas as partes...
O tempo passa e o encontro tão esperado não acontece.
Choros!
Lágrimas!
De ambas as partes...
O que fazer?
Indagar aos que desembarcam se não conhecem os “fulanos” – é uma sugestão.
Surpresa!
- Sou eu!
- Você?
- Sim, sou a Leocádia.
- E eu o Menandro
Mais choros.
Mais lágrimas.
Muitos abraços.
Até “quase” desmaios , em função do nervosismo.
Horas tinham passado, mas finalmente o tão esperado “encontro das partes”.
Festa!
Sucos!
Hamburguer’s.
Tudo junto e muito mais...
É só sorrisos...
Sorrisos “das partes”. Enfim juntas...
Saem felizes a comemorar.
Comemorar o “encontro das partes”.
David Iasnogrodski.
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A Escolha da Profissão
Publicado em
19/10/2009
às
09:00
“Antigamente publicitário era aquele que tinha largado o curso de jornalismo.
Hoje, publicitário é o cara que largou o curso de publicidade."
(Eugênio Mohallem)
Uma análise do Censo de 2000 do IBGE feita pelo Observatório Universitário indicou a correlação entre a profissão exercida e o curso superior realizado pelos profissionais. Enquanto 70% dos dentistas, 75% dos médicos e 84% dos enfermeiros trabalham na mesma área em que se formaram, apenas 10% dos economistas e biólogos e 1% dos geógrafos segue o mesmo caminho.
Exame atento de outras profissões ainda nos indicará que apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu.
É evidente que faltam vagas no mercado de trabalho. O emprego formal acabou. Se nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma apontava como colocação dos sonhos um cargo no Banco do Brasil, na Petrobras ou em outra empresa pública; nos anos de 1980 experimentamos o boom das multinacionais e empresas de consultoria e auditoria, que recrutavam os universitários diretamente nos bancos escolares; e na década de 1990 o domínio de um segundo idioma, da microinformática e a posse de um MBA eram garantia plena de uma posição de destaque, nada disso se aplica hoje.
As grandes empresas têm diminuído o número de vagas disponíveis e são as pequenas companhias as provedoras do mercado de trabalho atual. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à demanda – e, paradoxalmente, muitas posições deixam de ser preenchidas devido à baixa qualificação dos candidatos.
Assim como todos os produtos e serviços concorrem pela preferência do consumidor, os profissionais também disputam as mesmas oportunidades. Engenheiros que gerenciam empresas, administradores que coordenam departamentos jurídicos, advogados que fazem estudos de viabilidade, economistas que se tornam gourmets. Uma autêntica dança das cadeiras que leva à insegurança os jovens em fase pré-vestibular.
Há quem defenda a tese de que adolescentes são muito imaturos para optar por uma determinada carreira. Isso me remete a reis e monarcas que com idade igual ou inferior ocupavam o trono de suas nações à frente de grandes responsabilidades, diante de uma expectativa de vida da ordem de apenas trinta anos...
O que falta aos nossos jovens é preparo. Um aparelhamento que deveria ser ministrado desde o ensino fundamental através de disciplinas e experiências alinhadas com a realidade, promovendo um aprendizado prazeroso e útil, despertando talentos e desenvolvendo competências. Um ensino capaz de inspirar e despertar vocações. Ensino possível, porém distante, graças à falta de infra-estrutura das instituições, programas curriculares anacrônicos e, em especial, desqualificação dos professores.
Em vez disso, assistimos a estudantes com dezessete anos de idade, onze deles ou mais na escola, que às vésperas de ingressar no ensino superior sequer conseguem escolher entre Psicologia e Comunicação Social, entre Arquitetura e Educação Física, entre Veterinária e Direito.
A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o autoconhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influência possível. Muitos são os que direcionam suas carreiras para atender às expectativas dos pais, aos apelos da mídia e da moda, à busca do status e do sucesso financeiro, em detrimento da auto-realização pessoal e profissional. E acabam por investir tempo e grandes somas de dinheiro numa formação que não trará retorno para si ou para a sociedade.
Orientação vocacional não se resume aos testes de aptidão e questionários. Envolve conhecer as diversas profissões na teoria e na prática. Permitir aos estudantes visitarem ambientes de trabalho e ouvirem relatos de profissionais sobre os objetivos, riscos, desafios e recompensas das diversas carreiras. Tomar contato com acertos e erros, pessoas bem sucedidas e que fracassaram. Provocar o interesse e, depois, a paixão por um ofício.
Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?”. A magia desta indagação é que dentro dela residem os sonhos e a capacidade de vislumbrar o futuro. Aliás, talvez também devamos colocar esta questão para nós mesmos, pais e educadores...
Tom Coelho.
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Sinais de Desmotivação
Publicado em
18/10/2009
às
09:00
O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito – ou transporte público lotado – até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.
Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.
Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...
Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.
A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.
Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho – coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.
Outra variante possível é o que denomino de “síndrome da cabeça no teto”. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.
Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente “ter Deus dentro de si”, compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.
Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.
Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.
Tom Coelho.
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Tenha tempo para as coisas essenciais da vida
Publicado em
17/10/2009
às
09:00
É pura verdade que o mundo de hoje é estressante, corrido, impiedoso até. O aumento da competição pelo emprego, para vencer a concorrência, para desenvolver novos produtos e serviços tem nos feito trabalhar mais e mais – vivemos numa verdadeira roda-viva! Cuidado!
Pessoas estressadas, cansadas, mal dormidas, mal humoradas não conseguem desenvolver a criatividade tão necessária para vencer. Pessoas que só pensam em trabalhar, trabalhar, trabalhar não têm cabeça livre para criar e inovar. Cuidado!
Tempo é questão de preferência!
É preciso achar um tempo para você, para sua família, para sua recreação e para o seu lazer. É preciso ter tempo para ir a um cinema, a um jogo de futebol, a um restaurante. É preciso ter tempo para ler um bom livro, passear, viajar com a família, visitar amigos e “jogar conversa fora” de vez em quando. É preciso ter tempo para brincar com os filhos, participar da escola em que estudam, assisti-los num jogo ou num balé. É preciso ter tempo para ir a um teatro, a um circo, a uma festa sertaneja ou feira que esteja acontecendo na cidade.
Quem só trabalha vira “bicho”! Quem só trabalha, só fala em serviço, fica isolado. Ninguém o suporta! Cuidado!
Conheço pessoas que “deram a vida” para o trabalho e terminaram estressadas e enfartadas e o que é pior, sem o reconhecimento dos outros.
O que sua empresa quer é a sua inteligência, criatividade, capacidade inovadora, motivação, comprometimento e não o seu “sangue”.
Pense nisso. Será que você está dando o necessário tempo para a sua recuperação física e psíquica? Não estará você querendo provar para você mesmo que é um super-homem ou uma super-mulher que só pensa em trabalhar, trabalhar, trabalhar? Tenha tempo para as coisas essenciais da vida!
Luiz Marins.
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A pessoa empreendedora é apaixonada pelo que faz
Publicado em
16/10/2009
às
09:00
Estudos sobre a atividade empresarial na década de 40, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, estabeleceram o conceito de "motivação para a realização" e a identificação de um elemento psicológico crítico no empreendedor, direcionado para o "impulso de melhorar". Gradativamente, o perfil empreendedor passou a acumular outros elementos com a sensibilidade de praticar o exercício de saber ouvir, o desejo de inovar e a capacidade de identificar oportunidades através da paixão pelo trabalho realizado. Ao contrário de sempre reclamar de algum problema, da ausência de oportunidades e de constantes desculpas, o empreendedor busca superar desafios e procura aproveitar cada oportunidade como um momento único para surpreender. Você conhece alguém com estas características?
Observe que diante destas atitudes de ouvir, treinar, inovar e ser uma pessoa apaixonada pelo que realiza, o empreendedor passou por inúmeras transformações e neste período contemporâneo pode ser presença nos diversos setores da economia e, nos mais diversificados ambientes do mercado de trabalho. Com brilho nos olhos, o empreendedor é capaz de relatar seu processo de mudança e desejo contínuo de encantar através da ruptura do comodismo, alternativas para inovar e superar expectativas. Observe que ao procurar um empreendedor, os dois fatores a seguir são presença nos traços de comportamentos e personalidade.
Empreendedor não limita seus conhecimentos - O que levou as panificadoras a funcionarem por 24 horas? O que levou postos de combustíveis a oferecerem serviços de conveniências? O que levou uma empresa a criar pizzas refrigeradas para serem aquecidas no aparelho de microondas? O que será que levou uma empresa de chocolate a colocar um brinquedo dentro do doce e em formato de um ovo? Sem dúvida foi o empreendedorismo presente em mulheres e homens, que não limitaram seus conhecimentos, mas somaram suas idéias com estudos realizados pelas mais diversas ciências para comprovar que o empreendedor precisa conhecer ao máximo o negócio onde está inserido. Após o Brasil conquistar a estabilidade monetária, o empreendedor desenvolveu maiores possibilidades de acertos, compromissos, planos e metas. Foi através da estabilização da moeda que o mercado para as inovações passou a ser favorável ao empreendedor, que intensificou mudanças em alavancar novos negócios e gerir idéias para a otimização das margens de lucro. Neste sentido, o empreendedor passa a ser uma pessoa inquieta com seus próprios conhecimentos e não limita o esforço de aprender continuamente. Você conhece pessoas que com frequência respondem "não sei"? Pois, para uma pessoa empreendedora esta resposta dificilmente será proferida, pois ao perceber que desconhece algo sobre o seu próprio negócio realiza alguma pesquisa sobre o assunto. Note que uma pessoa empreendedora que é apaixonada pelo que faz, além de trabalhar mais horas, participa de constantes treinamentos, mas busca aprimorar seu próprio desenvolvimento pessoal.
Empreendedor procura encontrar felicidade - Conversei com uma pessoa que trabalha em uma empresa há dez anos. Depois de ouvir o relato de suas experiências, esta pessoa não parava de reclamar da empresa, das ações do seu líder, do clima organizacional e de maneira negativa não demonstrava satisfação com o seu trabalho. Depois de ouvir toda sua experiência, realizei duas perguntas: Você tem felicidade no trabalho que realiza? Você realmente é feliz? Quero que você leitor observe que para algumas pessoas a felicidade não existe! Em outra perspectiva, há pessoas que acreditam que a felicidade é resultado de uma construção e conquistada a cada novo dia. Interessante observar que para este segundo perfil de pessoa, a felicidade compreende não um estado constante, mas uma busca permanente. Mas o que é felicidade? É um estado afetivo ou emocional de sentir-se bem ou ainda, de sentir prazer pelo que está desenvolvendo. Procure demonstrar felicidade através de pequenos gestos no seu cotidiano, como um sorriso, por exemplo, um saudoso bom dia, um convite para almoço a uma pessoa que há muito tempo você não conversa, ou mesmo, praticar o exercício de reconhecer o esforço de um colega de trabalho. Que tal colocar em prática alguns destes desafios? Que tal terminar a leitura deste texto e buscar encontrar a felicidade em algo que está a sua volta? Ao procurar uma pessoa empreendedora, você deve lembrar que a característica de ser apaixonada pelo que faz estará em evidência, principalmente pelo aspecto de demonstrar felicidade do trabalho que desenvolve, no brilho dos olhos ao contar sobre o que faz e a relação emocional de fazer bem feito.
Embora algumas pessoas acreditem que o termo empreendedorismo é algo recente à literatura e ao atual cenário empresarial, passa a ser relevante enfatizar que os primórdios estudos e pesquisas foram realizados em 1950, por um importante estudioso da área da economia, Joseph Alois Schumpeter (1883/1950). O interessante é notar que desde os inícios dos estudos do empreendedorismo, sempre esteve constituído algumas fases que começam pela geração de idéias ou pela busca de oportunidades, seguidas do desenvolvimento de um plano de negócios ou de um planejamento estratégico, da busca de recursos financeiros e a ação de monitorar os resultados. Ao procurar um empreendedor lembre-se de constatar a seguinte equação: uma pessoa empreendedora é aquela que sabe realizar a junção da responsabilidade com o comprometimento, multiplicando o resultado desta soma com o talento pessoal e conquistando como resultado final, êxito na ação de empreender.
Dalmir Sant’Anna.
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Vai passar
Publicado em
15/10/2009
às
09:00
Tem dias que o caos se instala. Você acorda bem-disposta, cheia de planos e com uma agenda muito prazerosa. Entra no banho e falta água, a empregada não aparece, acabou o leite e por aí afora. Lá se foi por água abaixo o belo dia que prometia. O humor foi para o ralo, literalmente, por coisas tão pequenas.
Resolvo, então, ler os jornais e só vejo desgraças, roubos, assassinatos, estupros, políticos corruptos, escândalos de famosos, guerras infindáveis no Oriente Médio e outras ”coisitas más”. Isto sem falar nas contas que insistem a entrar por baixo da porta, pelo e-mail e por outros meios.
Finalmente a água volta, a empregada chega atrasada trazendo o leite da padaria e, apesar de não ser desnatado, continua sendo leite e tomo mesmo assim. São pequenas coisas que, de repente, nos surpreendem, mas acabam se solucionando. Todos já tivemos um dia ou, pior ainda, vários dias assim em nossas vidas. Felizmente essas mazelas cotidianas sempre acontecem e passam. Estragam o nosso dia e brevemente são superadas por novos acontecimentos. Isso é a vida, ou melhor, a nossa vida, e de certa forma ela vai se resolvendo.
Fatos externos também nos bombardeiam diariamente. A questão política, por exemplo, é uma das várias que nos afligem e que acabam com o nosso bom humor. Até quando vamos ter de aguentar esses políticos, velhos e novos, que se instalaram no poder e são adeptos do refrão “daqui não saio daqui ninguém me tira”? Cada vez mais ricos e poderosos, graças à participação e concordância com a quadrilha que também se colocou no poder. Apoiados por muitos assessores, guarda-costas e toda uma gana de “aspones”, acabam lá ficando por um longo tempo, alguns até morrer... E como duram esses facínoras!
E o que devemos fazer para apressar o fim dessa realidade política? Em primeiro lugar, ver o que aqueles que pretendem a reeleição fizeram em seu mandato. Quantas promessas foram cumpridas, em quais escândalos estiveram presentes, quanto compareceram às sessões e como contribuíram para a melhoria das coisas. Em segundo lugar, analisar os novos candidatos, suas propostas, seu passado, sua fidelidade partidária, seu compromisso com a ética, coerência no seu discurso e, principalmente, sua formação escolar. Basta de ignorantes e famosos no poder!
Dias melhores, espero, virão. As eleições de 2010 estão aí. O nosso envolvimento político e o nosso interesse em conhecer a realidade do poder é o que nos permite afirmar: VAI PASSAR!
Sylvia Romano.
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Poluição
Publicado em
13/10/2009
às
09:00
Meio ambiente, poluição, aquecimento global. Combustíveis limpos, tudo que se refere à limpeza de nossa grande casa está nas manchetes. Cada um limpa o seu canto, agora precisamos aprender a limpar e manter limpo todos os cantos do mundo. O Governo francês tem intenções de tornar lei, para que as empresas deste país usem o protocolo sobre meio ambiente europeu, quando se instalarem fora do país. Sim, eles vêm para América Latina e usam as normas daqui, que são muito mais brandas que as deles, conseqüente, com menor custo. O capitalismo é selvagem. Mas ele vai se adaptando, a nova realidade. Empresas Green é a moda. Tomará que não seja somente moda.
Mas a poluição deste artigo é outra. É a poluição causada pelos indivíduos em seu comportamento. Não é aquela poluição quando se joga um papel pela janela do carro, isto ninguém faz, já faz muito tempo, certo? Existem pessoas que poluem e pessoas que purificam, ou seja, não poluem. Senão vejamos:
As que purificam são aquelas que fazem tudo a sua volta ficar melhor, acreditam que tudo vai dar certo e trabalham, agem, se esforçam e tem um plano de metas para isto. Elas ouvem as palavras tóxicas dos poluidores, como os demais, mas as filtram antes de passar adiante. O que lhes chega pode ser poluído e negativo, mas o que sai delas é fresco e limpo. Parecem usinas de tratamento. Mas é somente uma analogia.
E as que poluem. São como chaminés, soltando fumaça o tempo todo. Elas detestam céu limpo, e não importa quão bom esteja o ar, encontram sempre uma maneira de fazer tudo ficar melancólico. Não gostam que o sol brilhe, sempre dão um jeito de invocar a presença de nuvens escuras. Quando as pessoas da organização onde trabalham, ou em seu ambiente social, adoecem gradativamente.
O efeito da atitude é crucial. Quando ela é negativa acaba por poluir o meio e tornar as pessoas tristes, mas quando positiva, ajuda, e muito, ampliar as possibilidades de sucesso.
Então, a pergunta óbvia é: Você é do tipo poluidor ou purificador? Sempre é hora de mudar de time. Se isto fosse um jogo, e eu o treinador, eu convocaria todos a participar do time dos purificadores? Como não é assim, convido você a fazer parte do time dos purificadores e tornar em primeiro lugar sua vida mais limpa e como conseqüência o seu meio. Afinal das contas, porque não estar na moda e se tornar também um indivíduo Green.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Pais, Filhos e Valores
Publicado em
12/10/2009
às
09:00
Há um consenso na sociedade sobre um ditado que prega que "criança não segura casamento.
Tenho plena convicção de que isso realmente proceda. Não segura mesmo!
No entanto, se pensarmos na responsabilidade que os pais têm em relação aos filhos, na pureza e na bondade dos pequenos, na felicidade em tê-los, podemos dizer, que pais conscientes de seu papel em relação à sua prole, procuram alternativas para que as crianças não sofram com as conseqüências de uma separação.
Sei do que estou falando, meus pais separaram-se e a verdade é que nós, os filhos, acabamos pagando a conta de uma situação que não provocamos. Hoje, passados vinte anos posso novamente contar com o convívio dos dois novamente.
Penso todos os dias como seria minha família cindida, dividida, destruída, como ficariam minhas filhas?
Agradeço a Deus todos os dias por viver harmonicamente em meu lar, por poder desfrutar do convívio das crianças e de minha esposa.
Imagino, como seria minha vida sem o "bom dia, eu te amo” que escuto de minha esposa todos os dias pela manhã, como poderia chegar em casa para almoçar e a Beatriz não estar lá para pular em meu colo e me dar um caloroso abraço ou a Manuella não me felicitar com seu lindo sorriso de "dois dentinhos recém nascidos.
Vejo na sociedade uma tolerância muito grande em relação à separação de casais. Tal fato, tem se tornado cada vez mais comum, e os filhos acabam sofrendo pela falta de diálogo e pela inconseqüência daqueles que deveriam prezar pela família.
Hoje, é mais fácil separar-se do que casar. Basta ir a um cartório ou simplesmente redigir um documento e homologá-lo perante um juiz.
Num mundo onde o que vale são as coisas e não as pessoas, a entidade mais importante que temos no meio social está perdendo valor. A família está deixando de ser o maior patrimônio que temos.
Cada vez mais estamos permitindo que se banalize algo que nossos avós muito prezavam. Veja o leitor que antigamente, separações eram raras. As pessoas conversavam mais, se entendiam mais, se respeitavam mais, faziam maiores concessões recíprocas e buscavam manter de pé a estrutura familiar que lhes era importante e que lhes tornava pessoas mais felizes e plenas.
Quando recebemos no escritório pessoas com o desejo de se separarem, não pensamos em quanto poderíamos ganhar financeiramente com aquela separação. Pensamos em quanto aquelas pessoas perderão com os traumas causados por essa decisão, o quanto seus filhos sofrerão por essa atitude dos pais.
Óbvio que há situações insustentáveis, e muitas ocorrem pela falta do cultivo de valores nos dias de hoje. Num momento em que infidelidade conjugal passou a ser tratada como virtude, ou seja, é bonito ser o "garanhão que "pega todas, famílias têm sido destruídas por aventuras amorosas que em grande percentual das vezes resultam na desestruturação das pessoas envolvidas pelo resto de suas vidas.
Vejo um papel extremamente importante exercido pelas mais diversas denominações religiosas no sentido da manutenção da família. Jamais vi qualquer Igreja, seja lá qual for, que não valorize a manutenção e a preservação do ente familiar. Eis uma grande contribuição que a religião presta à sociedade.
Ao bem da verdade, a inversão de valores que ocorre diuturnamente na sociedade, causa prejuízos em todos os sentidos à própria sociedade.
A honestidade caiu em desuso, sobretudo quando há envolvimento com a coisa pública. A lealdade entre as pessoas então, deixou de existir quando se envolve interesses tidos como maiores. O que realmente vale está deixando de valer a pena.
Pouco valorizamos o amor, a solidariedade, a amizade, o respeito e a lisura de caráter.
Enxerga-se hoje o quanto fulano tem em sua conta corrente e não os valores morais que possuí, o quanto é ético, e o tamanho do seu papel diante dos compromissos que deveria honrar junto à família e a sociedade.
É momento de repensarmos nossas vidas, de voltarmos um pouco no tempo, de valorizarmos mais as pequenas coisas e os grandes valores morais que um dia foram importantes.
Não podemos mais permitir que a sociedade se nivele por baixo. Há que se exigir das pessoas caráter, honradez e integralidade.
Todos somos responsáveis pela degradação do meio em que vivemos e todos sofremos as conseqüências da banalização daquilo que é mais importante em nossas vidas.
Nós todos é que estamos permitindo que nossos filhos sejam formados sem passar a eles os devidos valores que nossos avós transferiram para nossos pais e que estes procuraram nos transferir. Deixamos de observar regras importantes, somos negligentes.
O que nossos filhos irão transferir aos seus filhos? Que herança moral deixaremos todos em nossa passagem pela vida?
Com a palavra a sociedade.
José Rodrigo de Almeida.
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Abaixo as cotas e similares
Publicado em
11/10/2009
às
09:00
“A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o Estatuto da Igualdade Racial (PL6264/05) aprovou na última quarta-feira, dia 9 de setembro, o substituto do Relator, que aprova o Estatuto que incentiva a contratação de negros.”
Até quando os nossos ilustres deputados continuarão a propor medidas eleitoreiras como esta que tem como único objetivo angariar a simpatia dos eleitores afro-descendentes com vistas às eleições de 2010? Hoje é mais do que sabido que negros e mulatos representam mais de 50% da nossa população. Vejo esse empenho das autoridades como uma das maiores ações segregacionistas e que trará como consequência o incremento do racismo em nosso país.
Hoje em dia a discussão de quem é ou não minoria deve ser analisada com atualidade, pois não se pode apontar como minoria o que atualmente já é maioria. Além disso, como resolver a questão do conhecimento e da aptidão, uma vez que será imposta aos empresários uma legislação que não leva em conta as suas necessidades em termos de contratação de profissionais e as qualificações para o cargo e, sim, a cor da pele?
No meu entender, cotas devem ser criadas quando existem carências, o que não é o caso quando se pretende proteger a maior parcela da população. Racismo e preconceito são dois sentimentos abomináveis e devem ser combatidos com o rigor da lei. Protecionismo, por sua vez, é outra coisa e da maneira que as cotas vêm sendo impostas, daqui a pouco, vamos ter de contratar, loiros, ruivos, asiáticos, anões, gays, bonitos, feios, altos, baixos, carecas, gordos, magros, adolescentes, velhos, homens e mulheres, independentemente das suas habilidades e competências.
O Brasil é um País único no mundo, com uma miscigenação que é a maior característica e a melhor qualidade do nosso povo. Praticamente todos nós temos sangue índio, português, negro e das demais raças correndo em nossas veias, e quem ainda não tem, certamente seus descendentes o terá. Se os nossos ilustres deputados saíssem dos seus feudos — alguns até dos seus castelos —, perceberiam que o processo de integração de todos os brasileiros já vem ocorrendo há muito tempo, muito antes da Lei Áurea, impulsionado por algo que, graças a Deus, temos de sobra, que é o sexo e o amor independente das características peculiares de cada um.
Sylvia Romano.
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Mudanças, avanços, processos, evolução...
Publicado em
10/10/2009
às
09:00
... É preciso inovar sempre ou em time que está ganhando não se mexe?
O histórico de planejamento no Brasil mostra que não somos afetos a arte de planejar ou ter visão de futuro; vamos citar alguns exemplos: - Nossas ferrovias, transporte barato, totalmente sucateadas, compare com outros países com visão de futuro. - Turismo, sem incentivo, sem infra-estrutura, sem pessoal treinado, um dos países mais belos do mundo para exploração do turismo; compare com países que você conhece que por menor que seja, aproveita ao máximo seus recursos e belezas naturais. - Nossas rodovias, sem comentários, já viajou pelas rodovias dos Estados Unidos, compare. - Nossos portos e aeroportos, que estado se encontram, pouca capacidade, lugares inadequados com puçá infra-estrutura. - Nosso sistema nacional de saúde, caos total, sem alocação de verbas sem parcerias com iniciativa privada e vai por aí afora. - Nosso sistema de educação, um dos piores do mundo, como vamos alcançar desenvolvimento com povo sem cultura, Essa é a cultura dos governantes brasileiros, que infelizmente, sem visão de futuro, servem de exemplos negativos como administradores e interferem em muito na vida das empresas. E nos administradores e empresários diariamente assistindo a tudo isso, fica um pouco difícil a mudança de atitude, mas não podemos ficar olhando para nosso umbigo, temos de levantar as cabeças e olhar para o horizonte que é nosso futuro, um dia esse país vai ser governado por administradores, com visão de futuro, é a nossa esperança. Hoje, novamente volta-se a falar muito em Mudanças, Avanços, Processos, Inovação, Planejamento Estratégico, Gestão Empresarial, que já fazem parte do currículo escolar superior, mas que deveria fazer parte já do curso fundamental e médio, com noções de administração, criatividade, inovação, trabalho em equipe, etc. Por volta de 1975 a 1980, falava-se muito em planejamento estratégico, mas caiu no esquecimento, pois os empresários não estavam preparados e poucos se interessavam pelo assunto; mas agora 30 anos depois com a globalização e a competitividade atual, buscam-se desesperadamente soluções rápidas para não sair do mercado. Poderíamos estar 30 ou até mesmo 50 anos à frente com a prática do planejamento, inovação, mudanças, processos, evolução, mas ainda é tempo de aprender e recuperar o tempo perdido. O homem esqueceu-se que a terra é redonda e construiu um mundo administrativo e empresarial de quadrados, caixas, retângulos, com linguagem especial para a estrutura de comando e controle, ordem e previsão, escalada, em cima em baixo, de cima para baixo. Tudo se baseando na autoridade; a imutável hierarquia que enquadram as pessoas e funções em quadrados e retângulos, em estruturas rígidas. A grande maioria das empresas hoje ainda não percebeu, ou não se informou que já nas décadas de 70 e 80, alguns dirigentes visualizaram mudanças porque aquele sistema hierárquico não se adaptava mais a realidade da época como para o futuro, e libertaram as pessoas e as funções dos quadrados e caixas; liberando assim o espírito humano criativo e transformaram as organizações. Atualmente já começamos a ver em algumas empresas os dirigentes ou líderes trabalhando em estruturas administrativas mais fluidas e flexíveis, com uma nova linguagem, tais como, “As organizações devem centrar seu foco na missão, basear-se nos valores e orientar-se pelos dados demográficos”.“Aprenda a conduzir pessoas, não a conte-las”.“A administração é uma ferramenta, não um fim” ““ Aderir é confiar ““. Vamos tomar por exemplo, a General Electric, quando Jack Welch entrevistado pela Harvard Business Review declarou: “ Daqui a dez anos, queremos que as revistas falem sobre a GE como sendo um lugar onde as pessoas podem ser criativas, um lugar que faça aflorar o melhor de cada um. Um lugar aberto e justo onde as pessoas se sintam importantes e onde essa sensação de realização seja recompensada tanto no bolso como na alma. Esse será o nosso boletim escolar.” A GE começou a implantar um sistema administrativo fluído, circular e plano; o lugar para realizar mudanças está em seus próprios grupos de trabalho e suas atividades diárias.
Claudio Raza.
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Tragédias & Tragédias
Publicado em
09/10/2009
às
09:00
Quem me fez pensar e escrever estas linhas foi um jornalista e radialista da Rádio Gaúcha.
Cada final de semana que se aproxima, muitos ficam a pensar nas estatísticas.
Estatísticas das mortes.
Mortes no trânsito. Neste trânsito maluco...
Só nos finais de semana? Não, mas neste período é o que chama mais atenção.
Preocupo-me com o seguinte: numa bicicleta temos somente uma pessoa. Poderemos, talvez termos junto a nós uma criancinha. Numa moto até duas pessoas. Num veículo de passeio até seis pessoas. Numa Van de turismo até nove ou onze passageiros. Num ônibus urbano ou de turismo poderemos ter uma ocupação de 40 ou mais passageiros, principalmente, se esse veículo for urbano. Num microônibus podemos transportar até vinte ou um pouco mais de passageiros. Num caminhão transportamos, no máximo dois passageiros.
O trânsito está, a cada final de semana, matando muita gente através do choque ou perda de direção através dos veículos citados. No Rio Grande do Sul este número de perdas de seres humanos, através de acidentes de trânsito, está bastante elevado. Está sendo uma preocupação muito grande de todas as autoridades. Estas perdas estão acontecendo nas estradas e nas vias urbanas. Durante o restante dos dias da semana isto também tem acontecido em demasia. A estatística está muito elevada. Em cada estado brasileiro esta realidade também é uma constante.
Quando, por uma infelicidade, acontece um acidente aéreo a comoção é muito maior, em função do número elevado de vítimas que acontece no mesmo momento. No momento do acidente...
São as tragédias em todos os lados. Em todos os lugares.
Cada vez mais os aviões estão carregando um número maior de passageiros, em função do seu tamanho. Em contrapartida, o número de acidentes aéreos é bem menor que a realidade diária que acontece no nosso trânsito. Esse trânsito maluco...
O número elevado de carros e motos que circulam por nossas vias urbanas e estradas estão cada vez maior. Será que a estrutura foi preparada para isso? Para esse bum...
Os acidentes estão aumentando.
Necessitamos parar para pensar nesse assunto.
São vidas que estamos perdendo. A cada dia. A cada hora. Não há dia em que nos noticiosos dos rádios, jornais e televisão, que não assistimos perdas de motociclistas.
Não dia em que não vimos choques de carros e caminhões que circulam por nossas estradas.
O que é isso?
Imprudência?
Má sinalização de nossas estradas ou vias?
Má conservação dos veículos?
Má conservação das estradas?
E nos acidentes aéreos? O que será que está acontecendo? É um número bastante grande de vítimas de uma só vez.
Tudo são acidentes.
Tudo são vítimas que perdemos.
São as tragédias a nos abalar diariamente.
São as vidas sendo perdidas.
São as famílias a chorar. Em todos os momentos.
São as tragédias diuturnas que nos atormentam...
Tragédias & Tragédias...
Pensar em tudo.
Pensar em todos...
Em todos os meios de locomoção.
Até em pontos de ônibus, na espera dos veículos estão acontecendo acidentes...
Necessitamos ter um grande cuidado. Cuidado com tudo...
Cuidado no atravessar. Cuidado em nos locomover... Cuidado!!!
David Iasnogrodski.
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Vendas é Inteligência
Publicado em
08/10/2009
às
09:00
Você se considera um profissional de vendas inteligente?
Calma! Não se sinta ofendido. O que quero perguntar na verdade é se você usa as informações disponíveis na sua empresa para melhorar o seu desempenho.
Conheço vendedores esforçadíssimos, mas com resultados medianos. Trabalham como poucos, acordam cedo, fazem visitas e mais visitas, mas resultados que é bom...
Na verdade você deve sempre pautar o seu planejamento e as suas ações levando em conta a relação TEMPO versus ESFORÇO.
O TEMPO é o mais perfeito dos recursos. Não discrimina ninguém. Perante ele todos são iguais. Todos os dias somos presenteados com exatas 24 horas. O ESFORÇO eu posso mensurar e depende da realidade de cada um. Ambiente em que vive, condições financeiras, estímulos que recebe no decorrer da vida. São centenas de fatores que de certa forma eu posso medir. O recurso TEMPO ninguém consegue mudar, então preciso me diferenciar no ESFORÇO. Mas não um ESFORÇO BURRO! Opa, nada de ofensas! ESFORÇO BURRO é todo aquele que fazemos sem pensar ou analisar os fatos antes, corremos sem direção, estamos sempre ocupados fazendo coisas que nada agregam.
Vamos ver agora alguns exemplos de como podemos usar a inteligência em vendas para melhorar o nosso desempenho.
Descubra a abrangência da sua região. Chega de desculpas! Quantos clientes potenciais existem em sua região de atuação? Não importa se você é representante de um estado inteiro, de algumas cidades ou se tem uma rota de visitas de bairros de algum município. O importante é conseguir ter uma boa noção de para quem eu posso vender. A partir deste plano crie uma meta e um método de prospecção e defina um período do seu dia, semana ou mês só para buscar novos clientes.
Defina o que é um cliente inativo para o seu negócio. Para alguns o cliente se torna inativo quando deixa de comprar por mais de três meses, para outros por mais de um ano. Faça um trabalho específico em cima deste público e descubra os reais motivos de não comprar mais da sua empresa. Recuperar inativos é sempre uma maneira de melhorar a qualidade do atendimento, resolver pendências do passado, desenvolver ainda mais o seu produto e de aprender sobre o mercado e comportamento do seu consumidor, além é claro, de aumentar receitas.
Faça a Classificação ABC dos seus clientes. Baseado em Pareto, a teoria prega que 20% dos meus clientes representam em média 80% do meu faturamento. Esses são os clientes A. 30% dos meus clientes representam em média 15% do meu faturamento. Esses são os clientes B e 50% dos meus clientes representam em média 5% do meu faturamento. Esses são os clientes C. Elabore estratégias de atuação para cada grupo e lembre que se o recurso TEMPO é igual para todo mundo você deve passar mais tempo com seus clientes A e B. Assim você pode criar um novo roteiro de visitas e fazer um uso mais adequado dos contatos via telefone e e-mails, por exemplo.
Planeje cada visita e conheça a fundo cada cliente. Usando a inteligência em vendas você pode planejar e pré-antecipar cada visita. O vendedor irá ao cliente sabendo o que venderá, qual o volume médio de compra, quais os itens que o cliente compra regularmente do seu portfólio e o que sua empresa pode vir a oferecer. E ainda realmente fazer um papel de consultor, ou seja, trazer novas soluções para o seu cliente.
Em inteligência em vendas o objetivo não é substituir o vendedor, mas sim criar um novo contexto, uma nova forma de atuação. Estudar a empresa e seu comportamento de compra, conhecer o seu segmento de mercado e concorrentes, verificar os tipos de produtos necessários e estudar cada grupo de cliente deve fazer parte da rotina de qualquer vendedor bem-sucedido.
Dar ao seu cliente o que ele espera a concorrência já faz. Fazer uso da inteligência em vendas significa fazer visitas, atendimento pessoal ou contatos telefônicos mais qualitativos, administrar e fazer um uso mais racional do TEMPO e finalmente transformar todo o seu ESFORÇO em excelentes resultados.
Paulo Araújo.
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"O pior emprego do mundo é o meu"
Publicado em
07/10/2009
às
09:00
Já ouvi essa frase dezenas de vezes. Sem muita consciência da realidade, das dificuldades, da pressão por custos, dos efeitos da globalização nos mercados, muitos colaboradores começam a desenvolver uma impressão - que com o tempo e a repetição passa a tornar-se, para eles, uma quase-verdade - de que trabalham na pior empresa do mundo, que têm o pior salário do mundo, e que tudo na empresa é muito ruim - da comida ao uniforme e que têm “o pior emprego do mundo”.
É claro que há situações salariais negativas. É claro que há empresas em que a alimentação e o uniforme não são os melhores. Mas será essa a realidade da grande maioria? Será essa a realidade da sua empresa, da empresa em que você trabalha?
Além disso, é preciso usar um pouco de lógica quando se faz uma afirmação desse tipo: melhor ou pior em relação a qual empresa? Melhor ou pior em relação a qual setor da economia? Melhor ou pior do que qual comida ou uniforme? Quando dizemos “pior ou melhor” estamos fazendo uma afirmação comparativa. Estamos nos comparando com quem? Será essa comparação justa? Seremos nós, também, os melhores ou os piores colaboradores? Em relação a quem?
Ao fazer essas perguntas poderemos descobrir que estamos comparando situações e realidades diferentes. Muitas vezes estamos fazendo comparações por ouvir dizer e acreditando mesmo em meias-verdades de amigos em churrascos de final de semana que afirmam receber de suas empresas aquilo que de fato não têm. Mente-se muito sobre salários e benefícios para impressionar amigos. Cheque as informações que lhe deram de outras empresas e você verá que estou falando a verdade.
E essa atitude continuada de falar mal da empresa por uma parte dos colaboradores pode até desestimular melhorias. Muitos empresários afirmam que “não adianta melhorar nada, pois os empregados sempre reclamarão”.
Muitos dirão que eu estou fazendo uma defesa injustificada dos patrões e das empresas. Mas não é isso que estou fazendo. O que estou pedindo é que cada um faça uma justa avaliação da realidade e que tenha em conta todos os fatores que compõem a realidade e não apenas uma visão ingênua e unilateral. Seremos nós tão competentes, dedicados e comprometidos como imaginamos ser?
Nesta semana, faça uma análise fria, sensata e equilibrada de suas condições de trabalho e de seu emprego. Será que você realmente está no inferno que diz estar? Será que você não está acreditando numa mentira e achando que está no pior emprego do mundo, na pior empresa, com o pior salário do mundo?
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Compre o produto e aguarde a entrega rezando
Publicado em
06/10/2009
às
09:00
Infelizmente, está cada vez mais comum as lojas não entregarem os produtos adquiridos pelos consumidores ou entregarem muito além do prazo estabelecido. Algumas, de forma ainda mais afrontosa à lei, estabelecem prazo para o pagamento mas não o prazo de entrega, tornando a espera do consumidor eterna.
Há quem diga que o contrato escrito existe para não ser cumprido, já que, se cada um cumprisse o seu papel na relação de consumo, não haveria necessidade de escritos, que só servem para exigir o cumprimento da obrigação por parte daquele que deixou de fazer o que combinou. Entretanto, a existência de contrato escrito, ainda que bem redigido, está longe de ser garantia do recebimento do produto.
Em tempos de internet, por uma série de fatores que vão desde a comodidade no recebimento da compra em casa à facilidade da pesquisa dos preços, o consumidor compra e espera pela entrega. Muitos compram presentes e produtos essenciais ao dia a dia dessa forma. Mas e se esses produtos não chegarem na data combinada? E se o presente comprado para o dia dos pais chegar após essa data?
É importante notar que a menção ao prazo de entrega do produto, por parte do fornecedor, é sempre obrigatória. O consumidor, antes mesmo da compra, tem o direito de saber quando será entregue o produto, até para exercer a sua liberdade de escolha. Sabendo da demora na entrega, poderá optar por comprar em outro estabelecimento. Se a loja não diz o prazo de entrega desconfie.
Os atrasos nas entregas, ainda que sempre configurem descumprimento do contrato, podem acontecer. Sendo assim, o consumidor precavido deve comprar com certa antecedência para evitar transtornos. Se a compra está sendo feita em cima da hora, melhor comprar na loja e levar o produto no momento.
Toda a vez que o fornecedor deixar de cumprir o combinado com o consumidor, seja em relação ao produto adquirido, às condições de venda ou ao prazo de entrega, este terá direito de escolher dentre três opções, podendo pedir o cumprimento forçado da obrigação, aceitar produto equivalente ou, ainda, rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada e perdas e danos. É o que estabelece o art. 35 do CDC.
No caso das compras pela internet ou realizadas fora das lojas, o consumidor tem proteção extra, consistente no direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC. Assiste-lhe o direito de desistir da compra, independentemente de qualquer justificativa, no prazo de sete dias, contado do recebimento do produto. E todo o dinheiro pago deve ser devolvido, correndo todas as despesas de retirada do produto por conta do fornecedor.
Para exercer esses direitos, basta comunicar o fornecedor por meio de carta com aviso de recebimento. Se a carta for protocolada na empresa melhor.
De qualquer forma, se a empresa não for consciente do seu papel, deixará de atender à demanda do consumidor, o que tornará necessário o recurso a órgãos administrativos, como o PROCON, ou ao Judiciário. Mesmo buscando fornecedores idôneos por meio de referências, o consumidor deve rezar para a entrega acontecer e no prazo combinado. Se as preces não forem atendidas, a Justiça dos homens vai ter que dar cabo do problema, o que nem sempre satisfaz o desejo dos consumidores.
Arthur Rollo.
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Como você enxerga o seu futuro?
Publicado em
05/10/2009
às
09:00
Ou como você encara as situações que surgem em sua vida, pessoal, familiar, corporativa? Ou ainda, para usar a palavra chave deste artigo, que atitudes você tem diante do seu futuro, das situações e desafios que são inerentes à existência?
O episódio é da Bíblia Sagrada, considerado o livro mais lido, digo, vendido no mundo, sob as diversas denominações religiosas. Moisés, que após conseguir a libertação do povo da escravidão do Egito, enviou doze espiões, pesquisadores de mercado, para relatar as condições da Terra Prometida.
Muito bem, dez retornaram após longa jornada com relatos negativos sobre a terra. Muitas montanhas, pouca água, animais ferozes, sem vizinhos e o seu veredicto final foi que não é possível levar a multidão para este local porque as dificuldades vão ser maiores ainda.
Os outros dois, também após verem as mesmas condições, relataram de forma diferente. Estamos de acordo das hostilidades, mas com a força braçal e a vontade de cada um deste povo vamos conseguir. É certo que venceremos. Vejamos: água podemos trazer do rio mais próximo que não fica tão distante e as terras se tornaram férteis, as montanhas não serviram de abrigo contra os ventos e serão barreiras naturais contra os possíveis inimigos e animais ferozes, e por ser um lugar sem outros habitantes, construiremos uma cidade nova, com nossa cultura, nossa religião, nossa política para servir de exemplo aos que quiserem nos copiar.
Muitas vezes, na maioria das vezes não são os problemas que enfrentamos que fazem a maior diferença. É a nossa ATITUDE para com eles. O pior para aquele povo não foi fracassar, o pior foi que ele nem ao menos tentaram vencer. O medo é natural na pessoa que tem a virtude da prudência, e sabê-lo vencer é uma atitude de pessoas valentes. É atitude de quem tem um plano e sabe onde quer chegar.
É fácil fazer uma relação com os dias atuais. Nas empresas existem muitos espiões negativos, murmuradores, desacreditados. É a crise, a falta de venda, é o dólar, é a bolsa de valores, é o governo, é o prefeito, é o vereador. Criam desculpas para justificar seus insucessos.
O que as empresas precisam, o que cada família precisa e o que cada indivíduo precisa, são de espiões que mesmo sabendo que existem obstáculos, achem um plano para suplantar a situação. Espiões que acreditam que podem vencer.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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O Voo da Vida
Publicado em
04/10/2009
às
09:00
Muitas vezes pensamos:
Puxa vida! Faz já 7 anos que nosso filho menor nasceu...
Faz já 35 anos que casamos...
Faz já 12 anos que nossa empresa iniciou...
E assim por diante...
Faz já...
O que é isso?
É o voo da vida.
É o passar rápido dos dias.
É o tempo que passa e nos damos conta que ele já passou...
Para esse tempo não adianta greve dos controladores de voo. Não adianta neblina nos aeroportos. Não adianta fechamento dos aeroportos por qualquer motivo. Não adianta equipamentos obsoletos. Não adianta...
É o passar rápido do tempo.
E o que é o tempo?
Um termo igual a todos eles que se encontram nos dicionários, só que ao virarmos a página, o tempo já é outro. Aquele já passou... É outro tempo!
Precisamos nos dar conta que ao nascermos iniciamos a nossa viagem.
Uma viagem interessante!
Uma viagem audaciosa!
Uma viagem que sabemos o início e que no decorrer do tempo vamos, como em qualquer outro tipo de viagem, conhecer as “paisagens”.
Paisagens novas!
Paisagens com obstáculos.
Paisagens...
Todos pertencendo ao Voo da Vida.
Não podemos esquecer que essa viagem sai sempre no horário estipulado.
O que precisamos saber?
Precisamos estar atentos aos horários.
São “horários ingleses”. Sempre certo! Sempre no horário...
É o “Voo da Vida”!
Se perdermos este voo, não há outro marcado...
Alguns podem pensar que há outros voos logo ali...
Mas podem ser considerados outros voos...
É o voo da reflexão...
Mas não deixará sempre de ser o “Voo da vida”...
David Iasnogrodski.
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Informações que o pequeno empresário precisa para tomar decisões
Publicado em
03/10/2009
às
09:00
Na época em que estamos, de globalização, do conhecimento, da informação, a “inteligência de negócios” ou “business intelligence” é fundamental para a sobrevivência no mercado competitivo, e não se admite ao empresário ou gestor não estar atualizado com as várias ferramentas de gestão. O primeiro passo antes de abrir seu negócio ou mesmo agora caso não tenha feito, é conhecer seu mercado, ou mapear o mercado, isto envolve várias etapas; levantar seus consumidores ou público alvo, faixa etária, classe social, localização, concorrentes, preços praticados, sazonalidade de consumo, produtos similares ou alternativos que poderiam atrapalhar seu negócio e transformar-se em oportunidades futuras, as ameaças e as oportunidades que o mercado oferece. O segundo passo é fazer um Plano de Negócios, isso mesmo colocar no papel todas as informações necessárias para saber a viabilidade do negócio, qual a sua participação no mercado, a rentabilidade dos produtos, como irá fabricar, como irá vender, quais os pontos fracos e fortes da concorrência e como usa-las à se favor. Terceiro passo é verificar o preço ideal para os produtos, comparando com o preço de mercado, pois é este que comanda, e se o cálculo do preço contém todos os componentes, tais como matérias primas, embalagem, impostos, despesas, lucro desejado, e se este preço será competitivo. Para administrar sua empresa ou negócio já em operação, também terá que ter o mínimo de informações ou relatórios para se manter atualizado e tomar decisões mais corretas possíveis. A previsão de vendas é a base de tudo, é aí que você irá verificar a sua participação no mercado, o volume de suas operações, o investimento necessário ou se sua área produtiva é capaz de produzir o que foi previsto ou terá que terceirizar a fabricação ou investir em ampliação. Ainda dentro da área comercial, terá que manter um controle de vendas por clientes, por região e por produto, para conhecer a participação dos clientes em suas vendas, sua lucratividade, como também não concentrar as vendas em poucos clientes, pois caso um ou dois deixem de comprar, você terá sérios problemas financeiros. A lucratividade final de cada produto, após abater todos os custos e despesas e também o imposto de renda, deverá ser analisada mensalmente e comparativamente com os meses anteriores, para verificar quais foram as política de preços e descontos praticados. Com a previsão de vendas em mãos a área de produção ou planejamento e controle da produção (PCP), poderá avaliar seus estoques e acionar a área de compras. A má administração dos estoques, tem levado muitas empresas a dificuldades financeiras por falta de informações e planejamento, tanto dos estoques de matérias primas, de embalagens, semi acabados ou em elaboração, como o produto acabado final, pronto para venda. Ainda tem-se a idéia errônea que estoque não é dinheiro, compra-se em excesso, tira-se dinheiro de aplicações financeiras para ficar parado em estoques que só serão utilizados sabe-se lá quando, ou produz-se demais porque a empresa tem muito estoque e o produto fica parado só para os empregados da produção não ficarem ociosos; idéia totalmente errada. Em alguma empresas os produtos acabados ou mesmo as matérias primas chegam a ficar parados nos estoques até 23 meses, é uma falta de controle total, é dinheiro parado, e quando chega um pedido com especificações diferentes, você terá que comprar novas matérias primas ou retrabalhar os produtos, é aí que o dinheiro vai para o ralo. Quanto a área financeira ou controladoria, dependendo do tamanho e da cultura da empresa, cabe a responsabilidade de levantar e analisar com relatórios práticos e objetivos estas deficiências, para que pare de compras por determinado tempo e ou determinados produtos ou matérias primas, devido ao excesso de estoques. A área financeira terá que ter no mínimo um fluxo de caixa, com os saldos bancários, as previsões de entradas de dinheiro, como também a previsão das saídas ou desembolsos, tais como, fornecedores, salários, encargos, impostos, e outras. Cabe também à área financeira, baseado na previsão de vendas, montar um “Orçamento Empresarial” ou uma “Previsão Orçamentária” como se fosse um “Demonstrativo de Resultado do Exercício” um “DRE” ou um “Lucros e Perdas”como alguns preverem, e manter a diretoria ou o gestor principal informado sobre alguns índices básicos de liquidez financeira, índices econômicos, operacionais e de lucratividade. Caso você empresário ou gestor não tenha ainda estas informações mínimas, seu negócio estará em alto risco, e poderá ser engolido pela concorrência ou ter sérios problemas financeiros. Autor: Cláudio Raza; Administrador de Empresas, Economista, Contador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas para Negócio, Palestrante, Mestrando em Educação, Administração e Comunicação, com ênfase em Políticas Públicas, Professor Universitário, parceiro do Núcleo de Desenvolvimento Profissional da Câmara Alemã, mais de 35 anos assessorando empresas.
Claudio Raza.
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Sei o que fazer, como fazer, mas não sei porque não faço.
Publicado em
02/10/2009
às
09:00
Título cumprido para um artigo. Ele já diz tudo. Na maioria das vezes, quando não atingimos um objetivo, nas diversas áreas da vida, da empresa, sabíamos o que deveria ter sido feito e também sabíamos como, porém não foi feito. Faltou ação. Faltou um motivo maior, falou inspiração, e provavelmente não era um objetivo importante, porque quando é importante, quando realmente queremos, fazemos acontecer.
Mas não é só isto. Não basta ter o conhecimento, saber como fazer. Não é o intelecto que atua em nosso ser, aliás, ele atua pouco. O que faz acontecer, o que nos impulsiona é a emoção, a vontade, o entusiasmo. A água quando está a 99 graus centígrados está quente, mas não faz vapor. Quando chega a 100 graus surge o vapor. O vapor move a máquina par trem andar. A quantos graus você anda?
A etimologia da palavra entusiasmo nos remete ao grego, e significa ter deus dentro de si. Os atletas que ganhavam as olimpíadas eram chamados de entusiastas, porque realizavam coisas aparentemente desumanas. Todos nos temos esta centelha divina, se assim quisermos chamar, dentro de nós. Todos têm o poder de influencias a nós, o ambiente e de criar coisas. Lista as coisas que você já criou, participou, fez nestes anos todos de vida. A lista é enorme. Você sabia o que fazer, fez. Se a lista não é maior, é porque você sabia como fazer, mas não fez. Faltou um motivo, sentimento.
Isto esclarecido (espero), a pergunta é: Que motivos você tem, para realizar, fazer, ter, SER, no resto da sua vida?¨Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida. ¨ O tempo é cruel, passa sem percebermos e se não tivermos bons motivos, algumas páginas, ou muitas, do livro que cada um está escrevendo, ficarão em branco.
O sujeito está caminhando no final da tarde, indo para casa, a passos lentos. De repente lembrou que tinha que passar no mercado para comprar algo, imediatamente apressou o passo. Tinha um motivo, tinha algo a fazer, sabia como fazer e fez. Você está caminhando de que jeito em sua vida?Não significa estar frenético, correndo atrás de tudo e de todos, mas sim, de forma organizada, orientada.
Concluindo. Se você sabe o que fazer, como fazer, mas não tem feito, espero que este texto tenha lhe inspirado achar um motivo e mãos a obra. A felicidade, a satisfação, a alegria estão sempre alcance. E por um simples motivo. Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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A empresa arrogante
Publicado em
01/10/2009
às
09:00
O cliente do restaurante de luxo diz ao garçom: “O senhor pode me trazer um pouco de óleo para a minha salada?”. O garçom, com um olhar arrogante, respondeu: “Não temos óleo para salada. Temos azeite, serve?”. Quando ouvi isso, me perguntei: Será que o garçom não sabia que o cliente estava mesmo querendo azeite e apenas disse “óleo” como se chamava antigamente “óleo de oliva” ou “óleo para salada”?
Um dos maiores perigos da empresa é a arrogância. A arrogância da empresa pode ser vista e sentida de várias formas. Uma das mais comuns é no atendimento a clientes. As pessoas tornam-se arrogantes. E é uma grande tarefa dos líderes não permitir que isso aconteça. Nem sempre é fácil. Quando uma empresa é famosa, ou tem uma marca muito conhecida ou trabalha com produtos um pouco mais sofisticados, os colaboradores têm uma tendência a ficar arrogantes. Eles parecem confundir a fama da marca e da empresa ou mesmo de seus clientes com a sua própria pessoa e tornam-se arrogantes.
Há empresas que parecem pensar que comprar delas é um privilégio que poucos merecem e que os clientes precisam mais dela do que ela de clientes. Assim, não é incomum ver recepcionistas de hotéis de luxo tornarem-se arrogantes. Garçons de restaurantes famosos tornarem-se arrogantes. Balconistas de lojas de roupas de grifes famosas, tornarem-se arrogantes. Vendedores de automóvel de luxo, tornarem-se arrogantes. Por quê? Será que a marca com que trabalham lhes sobe à cabeça? Será que essas pessoas ficam contagiadas pelas arrogância de seus clientes ricos e famosos, muitas vezes, igualmente arrogantes? Por que será que as pessoas que trabalham nessas empresas perderam a sensibilidade e a humildade, muitas vezes esquecendo sua própria origem, quase sempre, simples?
A verdade é que ninguém mais está suportando a arrogância. Como sempre afirmo, temos hoje muitos concorrentes, com qualidade semelhante à nossa e preços iguais. Se tivermos uma postura arrogante, o mercado simplesmente nos trocará por concorrentes mais sensíveis e humildes, que valorizem o cliente. Cuide, pois, para que sua empresa não se torne arrogante, antes que seja tarde demais.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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A expulsão dos doentes pelos planos de saúde
Publicado em
30/09/2009
às
09:00
Já vimos casos de planos de saúde que expulsam viúvos idosos, em decorrência de cláusula de remissão prevendo isenção do pagamento das mensalidades durante os cinco anos seguintes ao falecimento do titular do plano e, após esse período, a rescisão contratual. Já vimos casos de mensalidades de planos de saúde que dobram após o contratante completar sessenta anos de idade, o que, sem dúvida, é forma de expulsão indireta. Já vimos casos de idosos e doentes que tiveram seus contratos rescindidos após deixarem de pagar as mensalidades, em virtude do não recebimento do boleto.
O último expediente lamentável que vimos, por parte dos planos de saúde, consiste na expulsão do segurado doente, beneficiário de plano coletivo.
Muitos vêm optando por contratos coletivos, firmados entre a operadora e uma pessoa jurídica intermediária, que pode ser associação de classe, sindicato, empregador, etc., encarregada de estabelecer a relação direta com o consumidor, pelo menor preço que geralmente é cobrado e também porque as operadoras não estão mais oferecendo no mercado planos individuais.
O consumidor está desprotegido nesses contratos coletivos por uma série de razões. As duas principais, a nosso ver, são a possibilidade de rescisão unilateral do contrato coletivo pelas operadoras, bem como a aplicação de reajustes de sinistralidade, que visam recompor as perdas decorrentes da maior utilização do plano pelos seus beneficiários. Nos contratos individuais, firmados diretamente entre o consumidor e as operadoras, não pode haver a rescisão unilateral nem tampouco o reajuste de sinistralidade.
A Lei n° 9656/98 e os contratos coletivos, firmados entre empresas e as operadoras, permitem a rescisão unilateral dos contratos. Ocorre que, em muitos casos, o consumidor está doente e terá que interromper o tratamento iniciado.
A lei deve ser interpretada no seu objetivo e não de forma literal, já que norteiam a compreensão de qualquer contrato princípios que se sobrepõem às próprias normas e à vontade das partes, como o da função social do contrato e da empresa e da boa-fé.
Quem tem plano de saúde tem a expectativa legítima de usá-lo em caso de doença. Paga durante a saúde para o caso de uma eventualidade. Justamente por isso, é inaceitável que as operadoras rescindam os contratos com as pessoas jurídicas intermediárias, prejudicando os doentes a estas vinculados. Quem tem a doença diagnosticada no curso de um contrato de plano de saúde, ainda que coletivo, tem o direito de concluir o tratamento nas mesmas condições iniciadas e as operadoras estão obrigadas a aceitar isso, porque a doença integra o risco da sua atividade.
Se a empresa lucrou durante a saúde do consumidor, deve ter a altivez de suportar os ônus da sua doença. O que se espera de uma empresa que lida com a saúde das pessoas é que tenha a sensibilidade de preservar os contratos de pessoas sob tratamento, sobrepondo a preservação da saúde do próximo aos seus próprios interesses econômicos.
Assim como as operadoras têm o direito de ressalvar em contrato as doenças preexistentes, os consumidores têm direito à cobertura das doenças diagnosticadas no curso do contrato.
Nesse sentido existem inúmeros precedentes judiciais, afirmando que: "Diante dos conflitos de valores (autonomia da vontade dos contratantes e interpretação literal da lei versus a saúde e a vida da paciente) impõe-se a mitigação da norma que permite a rescisão unilateral do contrato.", dentre os quais o julgamento pelo TJ-SP da Apelação Cível n° 209.046-4/8, de 28.04.2009, Relator Antonio Vilenilson.
Os consumidores doentes, expulsos pelos planos de saúde de contratos coletivos no curso do tratamento, têm direito à manutenção do contrato, sobrepondo-se o direito básico do consumidor à saúde, à autonomia contratual.
Arthur Rollo é advogado, mestre e doutorando pela PUC/SP, especialista em Direito do Consumidor.
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Vocação, Valorização e Oportunidade
Publicado em
29/09/2009
às
09:00
Numa discussão acadêmica, certa vez, o professor Fábio Paino da UNIP, questionava e ponderava o seguinte: A Itália é conhecida pelo design de vestuário e automóveis. O Japão e os EUA pela tecnologia. A Alemanha pelos automóveis de ponta. A França por seus museus e gastronomia. Citou mais alguns países e questionou: E o Brasil? Como somos conhecidos pelo mundo? Onde nos destacamos?
Da mesma forma, baseados na análise do professor quando ressaltava a vocação dos países, podemos buscar identificar a vocação das cidades da região.
Sertãozinho é conhecida como cidade que se destaca no setor Sucroalcooleiro, sobretudo na metalurgia voltada para este ramo. Ribeirão Preto é cidade prestadora de serviços diversos com comércio forte e pólo educacional, destacando-se também na medicina moderna. Barretos tem a festa do Peão e exportação maciça de carne. Catanduva virou pólo educacional, assim como Franca que também é forte no setor calçadista. São José do Rio Preto destaca-se na medicina de ponta e nos setores educacional e comercial, sendo pólo regional. E Bebedouro, se destaca em que setor?
Perdemos nos últimos anos uma série de oportunidades. Não as valorizamos e nem brigamos pela manutenção daquilo que tínhamos.
A Delegacia de Ensino não é mais aqui, assim como o Posto Fiscal, o IML e outras instituições.
Há muito nossa citricultura segue combalida. Tornamo-nos município fornecedor de matéria prima e não de produto acabado. Fornecemos cana de açúcar para Viradouro, Pitangueiras, Colina, Sertãozinho e outras cidades que possuem usinas. Sabe-se, que o produto acabado é que agrega valor à matéria prima e traz lucros. Estamos perdendo nesse setor.
Temos uma enorme oportunidade de nos tornarmos centro regional de ensino. Cidade prestadora de serviços educacionais, mas estamos deixando o trem da história passar com ações mesquinhas, mal articuladas e desastrosas para a cidade.
A verdade, é que por muito tempo atraímos alunos das mais diversas cidades da região para nossas escolas e faculdades, mas perdemos oportunidades de fidelizá-los e estes estão indo estudar em outras cidades.
Ao invés de valorizarmos Bebedouro, elogiarmos todas as instituições que temos aqui, vendermos a cidade ressaltando a qualidade dos seus serviços e suas empresas, bancamos uma briga desnecessária entre elas, denegrindo uma a outra com o apoio da imprensa, sobretudo de jornais que têm se mostrado tendenciosos em favor de algumas em detrimento de outras.
Por que não sentarmos todos na mesma mesa e chegarmos à conclusão que o que temos a fazer é atrair alunos da região, valorizar a todas as instituições que aqui temos, não denegrindo ninguém para o bem de toda a cidade.
Ridículo o que esta sendo feito contra o IMESB. Um movimento freqüente de desvalorização, sobretudo em época de vestibular. Será que há interesses obscuros ai? Todos somos perdedores nessa história toda!
Qual a vantagem de diminuirmos aquilo que conquistamos com trabalho e dedicação?
Um dia talvez iremos lamentar o fechamento do IMESB causado por ações incorretas e políticas?
Na qualidade de aluno da instituição, grato por tudo o que me foi proporcionado por cinco anos, por amar Bebedouro e tudo o que há de bom aqui, lutarei e buscarei mobilizar a sociedade em prol da faculdade, procurando abrir os olhos daqueles que a denigrem.
José Rodrigo de Almeida.
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Por que o país não cresce, não aprende e não pune
Publicado em
27/09/2009
às
09:00
Um remédio pode se tornar um veneno mortal ou deixar seqüelas irreversíveis dependendo da dosagem e da interação com outros medicamentos; é isto o que acontece quando somos medicados por profissionais inexperientes, ou especialistas em uma só área, sem ter conhecimento físico, mental e psicológico como um todo do paciente.
Aplicando-se isso às empresas e ao país como um todo não é diferente.
Nosso país não cresce, está emperrado e se continuar com esta política econômica ortodoxa, eu diria até inexperiente e teimosa, sem visão de conjunto ou das conseqüências que já estão se tornando irreversíveis, seremos ou se já não somos o pior país da América do Sul, em renda “per capta” digna, em analfabetismo real (só sabe escrever o nome e não consegue interpretar pequenos textos ou mesmo o que escreve), em violência, em desemprego, em saúde, em moradia, em governo paralelo, em corrupção, em impunidade e em outros mais.
Este é o resultado de continuarmos sendo “medicados” por profissionais especialistas em inflação baixa, mas sem visão de conjunto ou não se importando se o povo está passando fome, se o país não está crescendo, se não existem empregos, isso não é sua especialidade, seu objetivo foi alcançado inflação baixa.
Podemos chamar isso de abuso de poder, auto afirmação, orgulho ou miopia?, Ou é a soma de tudo isso e ainda mais outras. Para que se tenha investimentos no país ou mesmo as próprias empresas investirem tem que ter juros mais baixos; para que se tenha condições de exportar com lucratividade a taxa do dólar tem que ser no mínimo acima de R$ 2,50.
Podemos citar outro engano ou substituição de nomenclatura para encobrir o que o governo não quer ceder ou admitir, é a substituição da palavra inflação por gastos públicos; não temos inflação, pois foi substituído, mas temos um excesso de gastos públicos, que é a mesma coisa, e pelos meus parcos conhecimentos de bacharel em Ciências Econômicas, quando os gastos são maiores que as receitas, que é o caso, origina-se a inflação, o prejuízo, o déficit, é há a necessidade de emitir papel moeda para cobrir o prejuízo, ou pagar estes gastos em excesso gerando aí a inflação que está escondida debaixo do tapete, ou melhor, substituída por outra palavra que poucos entendem, mas sai do seu bolso.
Para o país crescer, precisa-se de profissionais mais experientes e com visão de conjunto e mudar a medicação, isto é, baixar os juros, deixar a inflação subir ao nível desejável do crescimento econômico do país, exemplo: crescimento 5%, inflação 5%, e assim sucessivamente, e fazer com que o dólar vá acima de R$ 2,50, para dar condições às exportações; esses são os primeiros passos para destravar o país e criar empregos, restabelecendo assim a dignidade perdida do chefe provedor da família.
As maneiras de aprender coisas, princípios, regras, educação, maneiras de fazer, são através de nossos sentidos, tato, paladar, olfato, visão e audição. Mas, os exemplos e as experiências de nossos pais, avós, profissionais e países são de fundamental importância para acelerar nosso desenvolvimento.
Pouca coisa se aprende na maioria das escolas brasileiras, pois o ensino no país necessita de mudanças urgentes, mas as autoridades responsáveis pelo ensino não sabem como fazer esta correção, pelo menos é o que tem demonstrado até agora.
Os alunos hoje e isto já vem desde 1970, só sabem responder questões com alternativas prontas é só colocar um (x), culpa deles não, culpa do sistema de ensino que não ajuda o aluno a pensar e a aprender escrever sobre determinados assuntos; nas faculdades a experiência que tenho é quando em uma prova se pede para escrever ou explicar não se consegue mais do que 3 linhas e são poucos os que alcançam 5 linhas com objetividade.
Temos dificuldade em querer aprender é necessário dosar a teoria com a prática, sem a parte prática o ensino fica cansativo e pouco atraente, o mundo mudou, não podemos ficar no passado.
“Entre todos os países que estão dando certo, há em comum o fato de que todos investiram nos seus cidadãos como vetores da transformação social e econômica, principalmente na educação, no atendimento das necessidades sociais, na distribuição da renda, na criação de ciência e tecnologia. Todos buscaram uma forma de inserção soberana, e souberam administrar suas dívidas, tanto a social quanto a financeira. A diferença fundamental estava na educação e na cidadania da população, bem como na visão de mundo de sua elite, consciente que o projeto econômico futuro transcendia a mera economia” – Cristovam Buarque.
As palavras de Cristovam Buarque define bem a nossa situação e estamos diariamente ouvindo pela rádio Jovem Pan entrevistas com alunos de até a 8ª. série ficamos envergonhados de como o ensino está deteriorado, este que é o nossa maior tesouro, e Monteiro Lobato deixou-nos este alerta “Um país se faz com homens e livros" -
Monteiro Lobato.
O diário britânico Financial Times traz uma reportagem sobre os problemas enfrentados pelo Brasil como conseqüência da impunidade.
Segundo a reportagem, a estrutura dos serviços de segurança impede uma mudança. A rivalidade entre as polícias civil e militar, os baixos salários, a falta de treinamento, a corrupção e a violência são os fatores citados pelo jornal como entraves às investigações e aos julgamentos.
O Financial Times compara a taxa de prisões em casos de assassinato no Rio de Janeiro, de 5%, à taxa verificada no Reino Unido, de 92%, para constatar o baixíssimo índice de punição aos criminosos.
A reportagem cita ainda os escândalos de corrupção no Congresso, em Brasília, para afirmar que os chamados crimes de colarinho branco são aceitos como “um fato da vida” no Brasil e que as punições são raras.
O jornal conclui dizendo que “algumas políticas promissoras foram desenvolvidas nos níveis municipal, estadual e nacional”, mas que elas acabam freqüentemente abandonadas. Nas palavras do jornal, “muitas pessoas, em todos os níveis, estão felizes em deixar as coisas como elas são”. -(Página Ultimas Noticias da UOL)
Mas, o assunto é muito mais complexo, existe uma cultura brasileira de: “explorar e ser explorado”, “levar vantagem em tudo”, “a coisa tem que ser política não prática”, “vamos nos garantir com um emprego público”, é isso e muito mais mesmo que nós aprendemos pelos maus exemplos e que nossos filhos e netos estão aprendendo, não existe referência ou modelo, pois as instituições estão falidas.
“Quanto mais escuto os "argumentos" de pessoas da nossa elite, supostamente esclarecida, mais fico estarrecido e ciente de que o Brasil merece mesmo a situação em que se encontra. Falta um mínimo de embasamento, falta total noção de conceitos de liberdade individual, e faltam argumentos lógicos. Sobram soluções mirabolantes, que ofuscam os direitos básicos do cidadão de bem. Sobram propostas absurdas que servem apenas para depositar ainda mais poder nas mãos dos burocratas "iluminados". Sobram medidas "emergenciais" que agravam ainda mais nossa crise. O país se enfiou em um enorme buraco? Então que se pare de cavar! ”- (Rodrigo Constantino – economista).
Existe solução para isso? Sim, mas o difícil é reunir pessoas interessadas, tem que ser um “Projeto de Reconstrução Nacional da Ética, da Educação e do Ensino” é um projeto de 30 anos ou mais e tem começar na pré-escola para que esta criança tenha um novo conceito e inserir este novo conceito no ensino básico, 2º. grau e universitário, não deixando as empresas de fora.
Se não soubermos fazer este projeto, vamos verificar e aprender com outros países que tiveram sucesso.
Claudio Raza.
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O exemplo deve vir de cima
Publicado em
26/09/2009
às
09:00
É o que eu sempre escutava, atualmente parece que isto não vale mais. Não sei mais de onde deve vir o exemplo. Recentemente, um vereador, e não vou personalizar aqui por que o texto é para ser atemporal, não assumiu uma secretaria da prefeitura, alem de exames que faltavam, por estar devendo ao próprio município, cadastrado em dívida ativa. Mesmo com cerimônia marcada, autoridades presentes, não assumiu porque neste momento o exemplo veio de cima. Cumprindo com a legislação, a secretaria que de direito, interrompeu a cerimônia.
Eu particularmente estou cansado e certamente você também, de saber e ouvir que os políticos em geral são imunes e parecem ser cidadãos que recebem um tratamento diferente e assim próprio se julgam.
Este exemplo nos leva mais longe. Atualmente a legislação em vigor que rege o Serviço de Proteção ao Crédito, permite que após três anos cadastro com dívidas, o devedor é remido. Isto é uma vergonha, quero dizer, um incentivo ao calote. Uma família, amigos, se revezam para comprar o que precisam e não pagam e trinta e seis meses não é nada. É óbvio considerando que também é nada, ter esta mancha em sua ficha, em seu caráter, em sua índole, em seu ser, em sua alma.
Concluindo. Não se engana energia. Faça as coisas certas porque são certas e porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Primavera
Publicado em
25/09/2009
às
09:00
Chega de mansinho...
Como não querendo nada.
Chega depois da metade de setembro.
Chega com tranquilidade trazendo tranquilidade... Nos informando que estamos quase no final de mais uma jornada de trabalho e também nos indicando que logo “ali” está o verão. Ah! O verão...
Estou falando dela.
Da primavera. A tão esperada estação do ano.
Chega depois do inverno.
Normalmente chuvoso e frio.
É associada às cores das flores. Do colorido das praças, parques e jardins. Das cores das árvores frondosas... Tudo na primavera...
É na primavera que a cada dia que passa o dia aumenta e a noite vai encurtando. É nesta estação do ano que vamos iniciar o tão esperado “horário de verão”.
Dizem os entendidos que aqui no hemisfério sul, na primavera, os oceanos ainda estão frios e vão aos poucos aquecendo, fazendo esta estação do ano ter até temperaturas amenas.
Cecília Meireles, em certa ocasião escreveu: “A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega...”
Chegou de mansinho...
Bem quieta.
Palmas a ela.
Primavera!
David Iasnogrodski.
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Ideia e Evolução
Publicado em
24/09/2009
às
09:00
O que somos, o ambiente que formamos, é fruto do que pensamos.
No lar, no trabalho, seja aonde for, somos passíveis de ser influenciados e de exercer influências através de nossas ideias.
Pensar com propriedade, positiva e construtivamente é o importante.
Somos os autores de nossas felicidades e infelicidades, assim como daquela de terceiros.
O limite de nossas ambições é também aquele de nosso sucesso.
Lutar por propósitos, todavia, pode não ser materializável no período curto de uma vida, mas possibilita formar semente que produzirá outra, mais tarde oferecendo frutos sazonados.
Defender grandes ideias pode não ser caminho fácil quando elas clamam por realidades que contrariam autocracias ou forças econômicas poderosas.
Fases enraizadas na civilização, às vezes por séculos, acabam, todavia por serem modificadas, por mais poderosas que sejam as adversidades, curvando-se diante de verdades contundentes, defendidas por intelectuais.
Nem sempre grandes ideias coroaram em vida titãs do pensamento e muitos deles faleceram sem ver as o triunfo do que pregaram.
Cumpriram, todavia, tais homens, o destino aos mesmos reservados, influindo nas linhas da história.
As ideias são forças lançadas que sobrevivem àqueles que as emitem.
Voltaire não chegou a ver a passagem definitiva para a idade moderna; a luta que empreendeu da prevalência da razão sobre a crença foi a que avigorou o positivismo e alimentou a chama de novo regime que após a morte do pensador inevitavelmente ocorreu.
Mais de dois séculos antes, quando se procurava a passagem do “Teocentrismo” ao “Antropocentrismo”, Gil Vicente, em Portugal, pai do teatro em seu País, já defendia o mesmo rompimento das linhas medievais, visualizando uma nova era; superou inclusive muita proibição que se fez a difusão de seus trabalhos.
Essas duas referências, expressivas dentre várias outras que ocorreram, justificam a presença em seus tempos de “construtores da evolução”, autores que entenderam sobre o inevitável poder arquipotente das ideias.
Pensamentos podem reformar uma época, mesmo quando a eles se opõe a massificação comercializada da informação, essa que em nossos dias profusamente ocorre.
No curso da civilização não foram poucos os poderes que se acabaram mesmo se achando absolutos.
Nada é indestrutível por paradoxal que tal antítese pareça em face da evolução cósmica.
A própria Astrofísica nos ensina que corpos celestes se criam e se destroem no curso universal; os próprios planetas de nosso sistema estão caminhando para se chocar contra o sol do qual foram egressos.
A evolução se constrói através de transformações constantes por que não se conforma com a apatia.
As ideias são motores da evolução e nós agimos como uma usina a produzi-las.
Em limites de atuação nos compete admitir que a força mental possa transformar não só a nossa vida, mas, a de terceiros e até a da história de toda a humanidade.
Para tanto basta ponderar que o mundo não foi o mesmo depois de Descartes, nem depois de Lavoisier, nem depois de Meucci, nem depois de Max Planck, nem depois de Fleming...
Antônio Lopes de Sá.
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Sinais de Desmotivação
Publicado em
20/09/2009
às
09:00
O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito – ou transporte público lotado – até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.
Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.
Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...
Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.
A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.
Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho – coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.
Outra variante possível é o que denomino de “síndrome da cabeça no teto”. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.
Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente “ter Deus dentro de si”, compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.
Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.
Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.
Tom Coelho.
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Três assuntos: diferentes
Publicado em
19/09/2009
às
09:00
Pensando!
Pensando!
Será que o cliente sempre tem razão?
Até bem pouco tempo atrás era o pensamento global: “ em todos os momentos o cliente terá sempre razão’”.
Hoje não; “ O cliente tem” “quase” sempre razão”. Existe a palavra “quase”... Sabem porque? Os fornecedores ou atendentes também têm razão. Em muitas ocasiões... Principalmente na falta de educação dos clientes. Necessitamos ter educação em todos os momentos. Nesse ponto o cliente mal educado terá razão?”.
Claro que não... Não é verdade?
São os casos em que “quase” sempre o cliente tem razão...
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Sempre goste de piano.
Quando pequeno não tive oportunidade de aprender. Mas sempre gostei de piano. De tocar e de ouvir este instrumento espetacular.
Tive um colega de faculdade onde num “belo dia” largou a Engenharia e nos disse: “Chega! Vou me dedicar única e exclusivamente ao que gosto. Vou me dedicar ao piano”.
Hoje é um exímio pianista e maestro.
Seus filhos o seguiram.
Meu aplauso a Paulo Dorfman.
Excelente pianista.
Gente! Amigo!
Faz o que sempre gostou e continua gostando.
Toca piano!
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E por fim um tributo.
Tributo a duas mulheres que sempre as chamei de “tias”.
Na realidade não eram minhas tias.
Eram tias de meu pai.
Mulheres inteligentes.
Mulheres do seu tempo.
Mulheres empreendedoras.
Líderes.
Sempre com pensamento nas atitudes benemerentes.
Berta (Basse) Starosta e Paula (Poli) Nestrovski.
Mulheres onde eu afirmo: são poucas iguais a elas.
Por tudo que passaram. Por tudo que fizeram. Por tudo que ajudaram serão sempre lembradas como um exemplo a todos nós.
Quem as conheceu sabe de quem estou falando.
Quem não as conheceu acreditem em mim: foram mulheres, mães, “tias” como sempre gostaríamos que fossem todas as pessoas.
O mais importante: foram gente!
Tias Basse e Poli – não importa onde estejam – Obrigado por tudo!
David Iasnogrodski.
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Contaminados pelo vírus da arrogância
Publicado em
18/09/2009
às
09:00
Por que marcas fortes, empresas dominantes que ficaram anos no topo de suas categorias perdem essa gloriosa posição de forma tão surpreendente? Por que pessoas famosas, envoltas em glória e fama, perdem a invejada posição? É claro que há muitas explicações. Mas, sem dúvida alguma, uma delas que nos salta aos olhos, é a arrogância.
Empresas líderes tornam-se arrogantes com muita facilidade. Pessoas também. O sucesso lhes sobre à cabeça. Não dão mais a devida atenção ao atendimento simpático e cortês; à assistência técnica rápida e eficaz; à visita constante aos clientes principais, etc., etc. Elas começam a acreditar que o cliente e o mercado precisam mais dela do que ela do cliente e do mercado. Tornam-se soberbas e arrogantes; acreditam que sua marca seja capaz de agüentar todos os desaforos. Essas empresas e pessoas não se apercebem quando a arrogância toma conta de suas almas.
Dia destes assisti a um respeitável senhor da sociedade humilhando um manobrista de estacionamento. Já tive o desprazer de ver madames ricas ofendendo balconistas. Já ouvi diretores de empresa dizer que não precisam de clientes. É o começo do fim! O mais grave é que essas pessoas são ensurdecidas e cegas pelo vírus da arrogância.
As pessoas que se deixaram inocular pelo vírus da arrogância não suportam mais suas velhas amizades, suas companheiras dos primeiros anos, os lugares simples que freqüentavam. O vírus faz um estrago total na mente da vítima. Tudo deve mudar - roupas novas, carros novos, mulheres novas, amigos novos, hábitos novos. E um dos maiores sintomas da arrogância é a cegueira mental que faz com que essas pessoas não se apercebam de que os novos amigos são falsos amigos e as novas mulheres só estarão ali enquanto a fama ou a riqueza durarem.
As empresas que se deixam contaminar pelo vírus da arrogância sofrem de perda total de memória. Não se lembram de quem as ajudou a crescer. Esquecem-se dos primeiros clientes, dos velhos fornecedores, dos funcionários que, sem perspectiva alguma, acreditaram em seu futuro. Elas se esquecem do passado. É o começo do fim. E a contaminada empresa, em vez de perceber a sua doença e buscar a cura, fica ainda mais arrogante. O vírus da arrogância, uma vez inoculado, não deixa mais aquela vítima, até matá-la.
E, para não se deixar contaminar, só há uma vacina: a humildade. E a humildade, por sua vez, só pode ser conseguida com muito esforço, muita espiritualidade, muita consciência da transitoriedade da fama e dos bens materiais e da sabedoria que nos avisa a todo instante de que é mais fácil chegar ao topo, que manter-se no topo.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Vendas Criativas e Divertidas
Publicado em
17/09/2009
às
09:00
Virar a empresa de pernas pro ar, estimular a criatividade da equipe de vendas, fidelizar o cliente e melhorar a sua lucratividade não é das tarefas mais fáceis em tempos difíceis.
Dizem que viver com medo é viver pela metade, então vamos nos espelhar nos curiosos, engraçados e criativos produtos e métodos de vendas nos casos abaixo citados e quem sabe criar algo novo que impulsione as suas vendas.
De olho no verão, sorveteria carioca cria os sabores 'viagra' e 'chá verde'. A internauta Fabiana postou a notícia no site www.dihitt.com.br e não é que a novidade está fazendo sucesso! Longe de ser só brincadeira o autor da façanha garante que o produto tem funções antioxidantes e estimulantes para abrir o apetite sexual. É provar para ver!
Vendedor honesto. Cansado de tanto responder a pergunta se o churrasquinho de gato que vendia realmente era de carne de gato um vendedor ambulante de apelido Ceará resolveu colocar uma placa ao lado da sua churrasqueira com os dizeres: Churrasquinho do Ceará de gato siamês criado na ração. Nunca comeu rato. Sabe o que é pior? Tem gente que compra!
A turma da Mônica cresceu! Recentemente foi lançada a nova revista da turma da Mônica Jovem. A novidade? Eles cresceram! O primeiro episódio envolve primeiro beijo da Mônica no Cebola, que não se chama mais Cebolinha. Mauricio de Sousa disse em entrevista: vou ter todos os cuidados para não ultrapassar a fronteira do bom gosto. Mesmo que com os personagens um pouco mais velhos, a nova fase da Turma da Mônica é uma revista para família, que precisa ter mensagens. Vamos falar de qualquer tema, mas sempre de maneira suave e tranquila, sem ferir sensibilidades. A tiragem será de 300mil exemplares, só para comparar o jornal O Estado de São Paulo tem uma tiragem diária de 260mil.
Essa saiu até na revista Veja. A dentista carioca Andrea se cansou de tanta mesmice nos consultórios dentários e inovou! Especialista no tratamento dentário em crianças ela decidiu comprar várias fantasias de personagens infantis e deixar o pequeno cliente se vestir com seu personagem preferido antes de iniciar o tratamento. Assim a sensação de dor é menor. Afinal Batman que é Batman não tem medo de anestesia!
Atender bem é bom, mas cuidado com a inadimplência! Essa eu mesmo presenciei em Luziânia - GO que fica no caminho entre Brasília e Caldas Novas onde fui realizar palestra. Veja só os dizeres da propaganda em um muro da cidade: Gás fiado! É só ligar e informar o número do CPF. Ligue 3601 xxxx. De tão simples chega a ser tentador pedir o gás pra uma empresa dessas! Mas e a inadimplência! Esse dado eu vou ficar devendo afinal estava só de passagem.
Agora reúna a sua equipe e pense em criar algo novo, simples, diferente e que possa atrair mais clientes e aumentar suas vendas! E já que o assunto é criatividade e diversão leia só mais esta e nunca se esqueça que sempre tem um jeitinho para vender mais.
O vendedor ambulante bate à porta da casa:- Minha senhora tenho aqui linhas, agulhas, alfinetes, presilhas, zíperes, grampos, pentes, escovas... - Não preciso de nada disso já tenho tudo! - Então, que tal comprar esse livro de orações pra agradecer a Deus por não lhe faltar nada!
Paulo Araujo.
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15 de Setembro - Um momento mágico para valorizar seu cliente
Publicado em
15/09/2009
às
09:00
Na história comercial, a mudança do comportamento do consumidor, de uma ação centrada nos vendedores para uma atuação centrada nos compradores, gestores dos mais variados segmentos comerciais passaram a perceber esta mudança e, intensificaram seus esforços para compreender como o cliente poderia ser conquistado. Com o fortalecimento de ações de marketing, envolvimento de outras áreas da empresa e reflexões sobre o perfil comercial, gradativamente, o cliente passou a receber atenção especial na pauta de reuniões e, no ano de 2003, a data de 15 de setembro passou a integrar o calendário comemorativo como Dia do Cliente.
Idealizado pelo consultor gaúcho João Carlos Rego, esta data representa o compromisso de avaliar como o consumidor é valorizado em todos os setores. Perceba o quanto cada cliente é fundamental para a continuidade do seu negócio e responda: quantos recomendariam seus serviços e produtos para outras pessoas? Quantos são multiplicadores do atendimento que sua equipe oferece? Qual será o comentário do cliente ao desligar o telefone após falar com sua equipe de trabalho? Para contribuir com as respostas para estas perguntas, realize a leitura e aplique as quatro sugestões para valorizar ainda mais o Dia do Cliente.
Objeto de compra - Você retornaria para um restaurante, onde embora o atendimento tenha sido perfeito, mas a comida além de uma aparência horrível também não atendeu suas expectativas? Qual será sua resposta? E qual o motivo desta resposta? Observe que você não retornaria ao restaurante em decorrência do produto, ou seja, do objeto de compra. Desta maneira é importante observar que de acordo com cada desejo de compra, sejam bens tangíveis, armazenáveis, transportáveis, duráveis ou bens de uso especial, a operação será distinta, pois a compra de uma calça jeans é diferente, por exemplo, da aquisição de um perfume. Quanto mais você conhecer o objeto de compra, maior a oportunidade de demonstrar conhecimento ao cliente.
Objetivos de compra - Conhecer o comportamento do consumidor é um processo que está em evolução e permite refletir que os objetivos de compra possibilitam exercitar a abordagem com o cliente, além de gerar importante aprendizado sobre o perfil do consumidor. Perceba que alguns clientes apresentam como objetivo de compra, a aquisição de um automóvel por necessidade de deslocamento, entretanto, outras pessoas realizam a compra de um automóvel por status. Reconhecer os objetivos de compra permite compreender que o ser humano possui atenção seletiva para reter aquilo que interessa e cria uma defesa para aquilo que não interessa. Seu cliente demonstra atenção para sua abordagem comercial e atenção a sua apresentação?
Observar quem participa da compra - Em toda família há uma pessoa que exerce o papel de iniciação da compra. Porém, em muitas ocasiões, a pessoa não é o responsável diretamente pela aquisição do produto ou serviço. Observar quem participa, interfere e apresenta influência na decisão da compra é um importante diferencial para compreender que este processo ocorre por estágio do ciclo de vida da família, autonomia dos filhos, antecedentes culturais e classe social.
Operações necessárias para compra - Note que o sentimento de pós-compra pode provocar uma redução no valor da marca, gerada pela insatisfação com o uso do produto ou do serviço. Com atenção para este item, perceba que as operações de compra envolvem decisões sobre a marca, forma, quantidade e prazo de entrega. Observe que para algumas pessoas, o cliente é um chato, entretanto, para outros profissionais o cliente é exigente, pois alguns fatores negativos no atendimento ou no produto ao serem constatados pelo consumidor geram enorme insatisfação.
Certa vez, ouvi de um empresário lojista uma excelente definição: "o meu desafio como membro ativo do movimento lojista é o de jamais levar stress para o cliente". Observe que interessante definição para valorizar ainda mais o Dia do Cliente. Quantas pessoas ao contrário de encantar, assustam com o péssimo atendimento telefônico. Você conhece alguma empresa assim? As quatro sugestões acima apresentadas são aplicadas por profissionais que querem tomar o dia 15 de setembro um momento especial para demonstrar como a organização está preocupada com a satisfação de seus clientes. Empresas com esta preocupação buscam através da missão, visão e valores, demonstrar na prática, compromisso com a comodidade do cliente e a facilidade.
Dalmir Sant’Anna.
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Reincidência de contrato por ineficiência do serviço prestado não gera multa
Publicado em
14/09/2009
às
09:00
Em tempos de portabilidade da telefonia e de concorrência acirrada entre os prestadores de serviços, vêm proliferando no mercado as chamadas cláusulas de fidelização. Por conta delas, o consumidor se compromete a contratar com a empresa por certo prazo, geralmente de seis meses ou um ano, em troca de vantagens.
No que diz respeito à telefonia, a vantagem dos consumidores geralmente corresponde ao subsídio do aparelho, a um desconto no plano mensal contratando, ou à oferta de mais minutos, mais mensagens, etc. Quando o serviço contratado é o de internet banda larga, a vantagem costuma ser a gratuidade do modem. Quando o consumidor contrata TV a cabo, costumam as prestadoras de serviços oferecer mais canais por um menor preço, em troca da fidelidade.
Atraídos por essas vantagens oferecidas e, muitas vezes sem maior reflexão, os consumidores acabam aderindo às novas condições e prometem, em troca disso, manter o contrato com a prestadora de serviços por determinado período, sob pena de multa.
Essas cláusulas de fidelização, em si, não podem ser consideradas abusivas, já que a sua estipulação é prevista, inclusive, em regulamentos. São, contudo, pressupostos de validade essas cláusulas a informação prévia ao consumidor e a eficiência do serviço prestado.
Nos termos do art. 46 do CDC, os contratos de consumo só obrigarão os consumidores se lhes for dada a oportunidade de conhecimento prévio de seu conteúdo. O § 4° do art. 54 do CDC, por sua vez, afirma que as cláusulas que limitem o direito dos consumidores só surtirão efeitos se forem redigidas em destaque, de modo que o consumidor, fácil e imediatamente, as compreenda.
Vale dizer, ninguém que tenha assinado cláusula de fidelização sem saber pode ser obrigado a manter-se fiel pelo prazo estipulado. Só poderá ser obrigado a permanecer no contrato, ou pagar a multa decorrente da rescisão antecipada da avença aquele que fez a contratação espontaneamente, após ser informado das suas consequências.
Da mesma forma, ninguém pode ser obrigado a manter-se fiel a um serviço que vem sendo mal prestado. O spreedy, como é notório, vem sofrendo sucessivas panes. Se é assim, por óbvio que, não restabelecida a qualidade do serviço, poderão os consumidores rescindir o contrato, independentemente do pagamento da multa.
Recomenda-se aos consumidores insatisfeitos com o serviço contratado que, após o não atendimento das reclamações feitas quanto à sua qualidade, notifiquem a prestadora de rescisão contratual motivada na ineficiência do serviço prestado. Se o motivo da ineficiência for o mau serviço, a multa não pode ser cobrada.
Antes de optar pela fidelidade, é melhor verificar se realmente a vantagem oferecida vale a pena. Do contrário, é melhor manter a possibilidade de mudança de prestadora, evitando problemas futuros.
Arthur Rollo.
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Contaminados pelo vírus da excelência
Publicado em
13/09/2009
às
09:00
Um grande líder, ao terminar uma visita a uma empresa, pediu para reunir os funcionários e disse-lhes: Parabéns! Vocês foram contaminados pelo vírus da excelência!
Tudo nessa empresa era bem feito. Quase perfeito! Os produtos eram de impecável qualidade. A limpeza era primorosa. As pessoas sabiam o que fazer e faziam bem. Até o café servido era um expresso de ótima qualidade. Num painel logo na entrada da empresa havia dezenas de cartas de clientes, carregadas de elogios. A empresa tinha sido contaminada pelo vírus da excelência!
De fato é impressionante como há empresas e pessoas que parecem ter sido contaminadas pelo vírus da excelência. Fazem tudo com sentimento de perfeição, com comprometimento, atenção aos detalhes e "follow-up" imediato. E todas as pessoas que trabalham numa empresa contaminada por esse vírus sentem-se mal quando alguma coisa não excede os padrões normais de qualidade. Não basta ter qualidade. É preciso exceder, ser excelente!
A palavra excelência vem de excellere (latim) ex = além, acima, + cellere = alto, torre. ma pessoa ou coisa excelente é aquela que é ou está acima ou além dos limites comuns.
E o vírus da excelência é benigno. Ele atrai ao invés de repelir; ele soma e multiplica ao invés de subtrair e dividir. O vírus da excelência aumenta a auto-estima e, como num círculo virtuoso, torna as pessoas inconformadas com a baixa qualidade.
Procure prestar atenção em empresas, marcas, pessoas que foram contaminadas pelo vírus da excelência. Você as conhece?
Há pessoas e empresas que nos deixam a impressão de terem sido contaminadas pelo vírus da excelência e que nos dão total segurança. Aquela marca de automóvel, aquele médico, aquele dentista, aquele professor, aquele militar, aquele restaurante – tudo o que fazem é com sentimento de perfeição.
E a verdade é que pessoas contaminadas por esse vírus contaminam outras. E, rapidamente, o vírus se espalha e toda a empresa ou organização em que trabalham fica contaminada e a excelência passa a tomar conta de tudo e de todos, trazendo como conseqüência um incrível sucesso.
Acredite: o vírus da excelência é o único vírus que, em vez de nos prejudicar ou matar, nos salva e fortifica. Deixe-se contaminar!
Pense nisso. Sucesso.
Luiz Marins.
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Etapas da Venda: Abordagem
Publicado em
12/09/2009
às
09:00
Agora é a hora da verdade e de fazer acontecer. Visita marcada e pronto... Lá está você cara a cara com o temido comprador, aquele que decide, quem realmente paga o seu salário.
Mas muita calma nessa hora! Um vendedor preparado sabe o que fazer, sabe o que dizer e principalmente sabe ouvir. Veja o que não pode faltar para uma abordagem eficiente.
Faça as perguntas certas e efetivas. Promova o diálogo e não queira vender pelas suas razões. O entusiasmo que você tem pelo produto que vende nem sempre é recíproco e nesta hora procure descobrir quais as reais necessidades do seu cliente. È obrigatório saber o que seu cliente usa ou pretende comprar exatamente. Não é nada raro a empresa mudar a especificação de um produto ou encontrar uma nova solução devido a perspicácia do vendedor em encontrar um nova solução. Pergunte como tem sido a experiência com os produtos da concorrência, nem preciso escrever que jamais deve se falar mal de um concorrente, não é mesmo? Caso seja a primeira venda não esqueça de perguntar quais os fatores importantes para comprar de um novo fornecedor. Cada caso é um caso, mas sugiro que você elabore uma pequena lista com as perguntas que você acha importante e que não podem faltar na hora da abordagem.
A abordagem foi feita para você ouvir e não para falar. Erro número 1 na fase da abordagem é despejar informações, casos de sucesso, referências de clientes super satisfeitos com nosso produto e esquecem de OUVIR o que o cliente tem a dizer, seus sonhos, problemas, vontades, etc. Ouvir é um ato de respeito, de carinho, demonstra atenção, enfim, tudo o que seu cliente procura em um bom fornecedor.
Use sua percepção para descobrir o perfil do cliente. Existem clientes mais racionais, outros emocionais. Para os pragmáticos mostre tabelas, números que demonstrem o quanto ele pode ganhar ou reduzir custos comprando com você. Outros querem referências e casos de sucesso. Tenha um portfólio de tabelas comparativas, estimativas, telefones de contatos de referências e sempre responda as dúvidas de forma clara e objetiva. Nada de ficar dando voltas e mais voltas sem chegar a ponto algum. Dê ao cliente o que ele quer não o que você deseja que ele queira.
Fique atento ao que acontece a sua volta. Preste bastante atenção a postura corporal do cliente, seu tom de voz, vocabulário, decoração da sala, entre outros fatores. Tudo isso lhe dará dicas sobre a cultura da empresa e de como se comportar da maneira mais adequada neste relacionamento. Seja empático, crie um vínculo com o cliente e sempre demonstre interesse genuíno em ajudar. E a comissão? Esqueça a comissão! Comissão é consequência de um bom trabalho realizado. Uma boa comissão virá naturalmente.
O importante na abordagem é descobrir o que seu cliente realmente precisa e aí sim fazer sugestões, dar o que ele espera e sempre procurar superar as suas expectativas.
Paulo Araújo.
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Um processo sem fim
Publicado em
11/09/2009
às
09:00
Um administrador, médico, advogado, trabalhador na área da metalurgia, construção civil, mecânico, motorista, ou seja, qualquer profissão, sempre vai necessitar de atualização. A vida precisa de atualização. Os tempos mudam, as necessidades são outras, os requisitos para exercer um cargo não são os mesmos de décadas atrás, nem de anos, muitas vezes nem de meses.
Portanto, dizer ou pensar, que se pode ficar sem fazer nada, definitivamente é o inicio do declínio. Uma empresa, seja qual for o tamanho, que tem a atitude de que já faz o melhor, já tem faturamento estabilizado, tem clientes suficientes, já atende seus clientes como deveria, inclusive além das expectativas destes, necessita de atualização.
Um exemplo da natureza dos animais. Um corvo estava pousado numa árvore alta, bem no topo, no último galho, sem fazer nada. Um coelho se aproxima, vê a tranquilidade do corvo e pergunta: Posso sentar ai, e ficar fazendo nada dia todo como você. O corvo respondeu: claro, por que não? Assim, o coelho sentou-se embaixo da árvore e descansou, observou a natureza, dormiu. Subitamente, do nada, apareceu uma raposa que saltou sobre o colho e o comeu.
Moral da história, além da sua conclusão: Para ficar sentado sem fazer nada, é preciso estar sentado muito, muito alto. Para ficar sem fazer nada, sem se aperfeiçoar em suas habilidades ou até adquirindo novas, é preciso ter um pé de meia, grande, muito grande e cheio.
A velocidade das mudanças é enorme. As habilidades de hoje, podem não ser as mesmas nos próximos meses. Por este motivo, pela competição internacional entre mão de obra, produtos e mercados, urge estar preparado para mudanças bruscas e se adaptar rapidamente.
Posto de combustível que só vende combustível, já é coisa do passado. Supermercado sem um caixa eletrônico a disposição e recebendo contas para facilitar a vida dos clientes já quase não existe mais. Profissional que somente trabalha as horas regulamentares e se atem somente as tarefas a si designadas, é uma espécie em extinção. Empresa que só vende, sem satisfazer e superar as necessidades e expectativas do clientes, estão em extinção.
É um processo de aprendizado, de reciclagem, de um novo começo, que não termina, é um processo sem fim. Não é possível acomodar-se. Isto tudo não significa agitação, preocupação, não aproveitar a vida, significa estar alerta, vivo e usufruir o máximo a vida e da vida da empresa.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Os dezenove anos do CDC
Publicado em
09/09/2009
às
09:00
No próximo dia 11 de setembro, o CDC completa 19 anos de existência. Continua sendo uma lei de vanguarda e absolutamente adequada à nossa realidade. Curioso é que, muito embora o Código seja eficiente, tenham sido editados decretos, regulamentos e leis, repetindo disposições que já existem. Estão em trâmite também iniciativas legislativas pretendendo dizer o que já está dito.
O direito básico dos consumidores à informação está previsto no Código e qualquer embaraço ao seu exercício configura prática abusiva sujeita a punição. Não obstante isso, foi editado decreto regulamentando os serviços de atendimento a clientes. Esse regulamento era desnecessário, bastando uma fiscalização eficiente da lei já existente.
O pior é que, além do Código já estar sendo desrespeitado, houve o descumprimento do próprio regulamento elaborado, especialmente por parte das empresas telefônicas, a ponto de levar os órgãos de defesa do consumidor a se unirem para propor ação contra elas. Recentemente, foram propostas ações contra empresas telefônicas pelo descumprimento do Decreto n° 6.523/08, que regulamenta os SACs, pedindo indenizações milionárias por dano moral à coletividade dos consumidores que, diariamente, sofrem com o mau atendimento.
A exemplo desse regulamento que "choveu no molhado", existem iniciativas legislativas para garantir que seja assegurado ao consumidor o direito à compreensão do conteúdo dos contratos e das bulas dos remédios, em decorrência, por exemplo, de letras minúsculas e termos técnicos. Basta, mais uma vez, cumprir o que está no Código, já que ele estabelece que os contratos de adesão não obrigarão os consumidores se não lhes for dada oportunidade de compreensão de seus termos, prevendo, inclusive, tamanho mínimo da fonte igual a doze, assim como assegura o direito à informação acerca dos produtos, principalmente quando potencialmente nocivos à saúde, como é o caso dos remédios.
A nosso ver essas repetições diuturnas do Código provam que, mesmo passados esses dezenove anos, ele continua sendo bastante atual. É certo que não resolve todos os problemas, mas os desafios que se colocam hoje são muito mais de fiscalização do que decorrentes da falta de disposições legais.
Para melhorar a vida do consumidor, basta aplicar o Código e punir exemplarmente aqueles que desrespeitarem os consumidores. É lamentável que a discussão das multas aplicadas pelos órgãos de defesa dos consumidores se arraste por anos no Judiciário. Não adianta aplicar multas pesadas se elas não são pagas.
Espera-se que futuramente a fiscalização seja mais eficiente e que as multas aplicadas sejam pagas, porque na hora que doer no bolso os maus fornecedores pensarão duas vezes antes de maltratar os consumidores.
Arthur Rollo.
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Males causados a si mesmo
Publicado em
08/09/2009
às
09:00
Maiores que os males que centenas de pessoas podem provocar são aqueles que cada um causa a si mesmo.
O “estresse” que hoje domina um sem número de pessoas é uma doença que elas mesmas cultivaram dentro de seus próprios seres.
A ansiedade, o medo, filhos da insegurança, são terríveis venenos anímicos.
Preocupações inúteis, visões desastradas do destino, pessimismo, são poderosas fontes de “energia negativa”.
Neurocientistas descobriram que estados mentais negativos promovem perturbações orgânicas, tornando o corpo vulnerável a doenças infectocontagiosas como gripes, herpes, resfriados, em razão de enfraquecimento do sistema imunológico.
Experiências realizadas na Inglaterra, em Sheffield, nos fins do século passado, comprovaram que as pessoas mais estressadas são mais vulneráveis aos vírus dos resfriados.
O imunológico e o emocional possuem mais associações do que se pode imaginar.
Outras mais graves lesões podem ainda advir como gastrites, úlceras etc. tudo em conseqüência da debilidade que é internamente provocada pela mente.
Inclusive o sistema cardiovascular pode ser lesado por efeito de “pensamentos negativos”.
Preocupação profunda, derrotismo, falta de crença em si mesmo, corrói o corpo como se fosse um poderoso ácido.
A doença está profundamente associada ao estado mental de cada ser.
A resistência do corpo depende do comportamento da mente.
Quanto mais tensão possui uma pessoa e tanto mais fica exposta aos males físicos.
Dizia meu sábio avô materno que “existem mais doentes que doenças”.
Fui entender com maior profundidade o que ele me ensinava, comprovando a tese que possuia, quando visitei a singela aldeia em que ele nasceu, no sul da Itália.
Ali encontrei expressivo número de pessoas idosas e saudáveis.
Não foi preciso muito esforço para perceber que apesar de tantas guerras e invasões que a região sofrera ao longo da história, provocando crises sucessivas, aquela gente estava sempre mais ligada aos encantos da natureza, a convivência solidária da família, que mesmo aos problemas.
Em verdade, do alto da pracinha aonde lá se situa a igreja de São João pode-se ver ao longe, em frente, o mar azul rumo ao estreito de Messina e às costas distantes picos nevados.
Hábitos simples, refeição substanciosa, mas, moderada, permitem que muitas ambições deixem de existir, essas que quase sempre contaminam a alma.
Na realidade, tantas vezes congestionamos a mente com desejos descabidos, com receios que se tornam em fantasmas na mente, que nos tornamos vítimas de nós mesmos.
A pressão mental é inimiga da saúde.
Se a cada dia avaliarmos as tantas coisas que nos são permitidas, em vez de lastimarmos por aquelas que julgamos nos são negadas, certamente reduziremos em grande parte as nossas tensões.
A depressão que atinge a muitos seres é quase sempre fruto da falta de avaliação do referido confronto, ou seja, do que se tem e se desfruta a mais que muitas outras pessoas e não se considera como um bem.
A cada dia o simples tomar o café da manhã já é um privilégio, este que é negado a muitos que não podem enxergar, locomover, falar, ouvir e alimentar regularmente, porque tais coisas lhes foram negadas pelo destino...
Antônio Lopes de Sá.
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Viver (ou pensar) no passado
Publicado em
07/09/2009
às
09:00
Ruas arborizadas?
Não tantas. Mas as que são arborizadas são bastante frondosas.
Mas as pessoas se cumprimentavam nas ruas com um largo sorriso nos lábios. Se conheciam. Se ajudavam.
Sentavam junto às calçadas.
Nos finais de tarde...
Com “cadeiras preguiçosas”... Lembram? Talvez muitos de vocês não conheceram as “cadeiras preguiçosas”. Eram de madeira com assento de lona.... Confortáveis!
O chimarrão, a coca-cola, a cuca de mel, bolachinha “Maria”. Tudo na calçada. Um piquenique diário.
Uns passavam.
Outros paravam, mas todos se conheciam.
Vinha a noite.
Muitas vezes, dependendo da temperatura, com a lua cheia, continuavam a “charlar” junto às calçadas.
Crianças correndo.
Brincando, com brincadeiras inocentes, como inocente é a criança... De esconde-esconde. De pegador. Jogando bola. Jogando peteca. Brincando com bonecas, ou até conversando a respeito da escola. Todos ali...
E depois jantavam. Toda a família. Uns continuavam a ouvir rádio. Eram as rádio-novelas, patrocinadas pela Gessi-Lever ou Colgate-Palmolive. Muito drama... Muita ação... Tudo no rádio.
Outros iam dormir.
No outro dia era a rotina do levantar. Higiene. Tomar café. Conversar um pouco. Ler o jornal. Ouvir o Repórter Esso e ir ao trabalho...
De ônibus. A pé ou de táxi. Muitos iam com seus “carrões”. Os felizes proprietários de um automóvel... eram poucos. Mas existiam. Tinham até garagem em suas residências.
Hoje é a vez dos congestionamentos. Grandes congestionamentos. Muitos carros, carrinhos e “carrões”. Todos a rodar ou parar... Todos! São os congestionamentos urbanos das nossas “mal traçadas” vias urbanas do século XXI. Congestionamentos juntos da (in)segurança urbana.
Vamos pensar: Não ficamos mais junto às nossas calçadas. As calçadas até estão um pouco esburacadas... Mas não é em função da nossa presença….
Ninguém mais conhece “ninguém”.
Grades nas janelas.
Grades nas portas.
Grades nos jardins.
Cercas eletrônicas junto a todas as aberturas...
Crianças não brincam mais nas calçadas. Vemos, isso sim, são crianças junto às esquinas solicitando uma moedinha.
Observamos câmeras de vídeo junto a todas as portarias.
Porteiros 24 horas.
Seguranças de roupa preta andando pelas calçadas.
Casinholas nas esquinas onde os seguranças” estão a nos proteger.
Proteger de quem?
Deles...
Portas chaveadas com trancas de ferro
Portas com quatro ou mais fechaduras “dobermann” ou superior.
Alarmes em todos os lugares.
Os carros além dos tradicionais alarmes parecidos com as sirenes das ambulâncias, possuem películas para que as pessoas do seu interior não sejam vistas, além de outros apetrechos para evitar os assaltos. E assim mesmo eles acontecem a todo instante em todos os lugares.
Onde vamos chegar?
É a realidade do nosso século. O século XXI. O século da tecnologia da informação e do desenvolvimento. Será que é o desenvolvimento da insegurança urbana?
Fico a pensar: Se voltar no tempo é viver no passado, acredito que seria melhor viver naquele tempo.
Não tínhamos celular e nem TV de Plasma. Não tínhamos computador nem outros equipamentos sofisticados dos dias de hoje mas éramos “humanos” vivendo como humanos ““.
E hoje?
Vivemos em quatro paredes, onde o máximo que olhamos são as grades.
Vivemos numa prisão e com medo. Isolados do mundo. Sem conversar em função do constante medo.
- Vou parar. Está soando o alarme. Qual? Do carro? Da casa? Do prédio? Não sei. Só sei que estou com medo. Não posso nem pegar a bolacha “Maria”, pois o barulho tradicional de mastigar pode demonstrar que aqui tem gente. Vou parar... Estou com medo. Muito medo...
David Iasnogrodski.
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Mistérios...
Publicado em
06/09/2009
às
09:00
Os maiores mistérios do Universo são aqueles que estão sempre a nossa volta e por isto não nos debruçamos sobre eles e tão pouco tentamos decifra-los.
Uma semente jogada por acaso, junta toda a química necessária para nascer, crescer e repetir este ciclo para sempre. Sementes achadas em sarcófagos no antigo Egito, demonstraram que mesmo adormecida, germinaram.
Os aromas das flores, suas cores. De onde eles vêm, que combinação de ácidos poderiam produzir algo semelhante? Escondemos nossa ignorância nas palavras. Não entendemos estes mistérios. As palavras, como estas deste texto, são combinações de visual com som sem significado.
O que explica a paixão, a raiva, a memória e a afeição a um cachorro? E os modos de reconhecimento e trabalho de uma abelha. Nossos sentidos são um mistério para nós, e nós continuamos mistérios para nós mesmos.
Espaço infinito, tempo infinito, sem inicio, sem fim e nós no aqui e agora tentando aproveitar cada momento. Carpe Diem. O livro da natureza esta aí, para ser lido, estudado e compreendido.
O comando é nos amarmos uns aos outros, e nós disputamos uns com os outros porque não conseguimos fazer parte e entender a essência da existência. Eu gostaria de ter um momento de inspiração repentino, para entender um pouco destes mistérios que estão ao meu redor, incluindo a mim mesmo.
Por quê? Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Afinal, Quem É Meu Cliente?
Publicado em
05/09/2009
às
09:00
Vejo empresas que confundem "cliente" com "prospect" – ou seja um "talvez futuro cliente". E com isso, fazem para um "prospect" tudo o que deveriam, de fato, fazer para o seu "cliente". Tratam um "possível futuro cliente" muito melhor do que um atual e concreto cliente.
Vamos deixar claro que cliente é aquele que já compra de mim. Cliente é aquele que dentre outras marcas, escolheu a minha. Dentre outras empresas concorrentes, escolheu a minha. Esse sim é meu "cliente"! Um "futuro cliente" poderá ou não ser um cliente.
Mas o que vejo são empresas que simplesmente "desprezam" seus atuais e bons clientes dirigindo toda a energia e mesmo recursos para a conquista de novos clientes – esquecendo-se dos atuais ou fazendo pouco para os atuais. E daí, é claro, acabam perdendo os seus atuais e verdadeiros clientes. Vejo agências de publicidade dando toda a energia e criatividade para conquistar uma nova conta, ao mesmo tempo em que dedicam-se pouco na busca de novas alternativas de comunicação e sucesso para os atuais clientes. Vejo consultores fazendo verdadeiros malabarismos para conquistar novos clientes, ao mesmo tempo em que deixam seus atuais clientes insatisfeitos com uma prestação de serviços pobre e descontinuada. Vejo distribuidores e atacadistas investindo tempo e recursos na conquista de um novo ponto-de-venda enquanto nada ou pouco fazem para os atuais pontos-de-venda que já são seus clientes. Vejo bancos forçando seus gerentes na busca de novas contas, visitando "futuros possíveis clientes" enquanto os atuais clientes estão insatisfeitos pelo atendimento prestado. Vejo revendas de veículos atendendo maravilhosamente bem um "possível futuro cliente" e dando péssimo atendimento, atenção e assistência técnica aos atuais possuidores de veículos das suas marcas. Vejo hotéis dando benefícios e incentivos a "possíveis futuros clientes" ao mesmo tempo em que nada oferecem de vantagem aos clientes fiéis e assíduos que estão a todo momento freqüentando o seu hotel. Vejo corretores de seguros que desmancham-se em atenção para conquistar novos clientes enquanto simplesmente desaparecem da vida dos atuais clientes....
E os exemplos podem ser dados às mancheias. Um dia destes saí no mercado com vendedor de um atacadista. Cada vez que ele passava defronte a um ponto-de-venda que ainda não era seu cliente ele exclamava: "- Ainda vou virar este cliente para mim. Já ofereci tudo a ele! E quando chegávamos a um cliente que já era seu ele dizia: "- Este cliente é muito chato! Ele vive pedindo coisas. Quer um atendimento especial. A única vantagem deste cliente é que ele compra muito!" (sic)
Logo em seguida paramos defronte a um "prospect" ou "possível novo cliente" e esse vendedor ofereceu a ele muito mais do que o outro velho cliente estava pedindo para ... "continuar comprando muito...".
Chamei a atenção do vendedor para esse fato e ele me respondeu que seu chefe o avaliava pelo "número de contas ou de clientes novos que ele conquistava" e não pela satisfação dos atuais clientes.
Novamente fiquei pensando nessa verdade da empresa brasileira. Não temos critérios de avaliação sistemática sobre a satisfação do cliente para incentivar nossos vendedores. Como nossos critérios são quantitativos fica muito mais fácil cobrarmos de nosso pessoal a entrada de "novos clientes" do que a manutenção dos atuais.
Trabalhando com um grupo de vendedores e gerentes de venda de várias empresas distribuidoras e atacadistas verifiquei igualmente que são feitas poucas análises do "potencial" dos atuais clientes. Com isso quero dizer que são poucas as empresas que se dedicam a um estudo individualizado de cada cliente para saber o quanto mais ele poderia comprar. Podem ser contadas nos dedos de uma mão as que prestam uma verdadeira "consultoria" aos seus clientes ensinando-os como vender mais seus próprios produtos criando assim oportunidades para o aumento do portfólio ou do volume de compra dos atuais produtos ali colocados. Da mesma forma as empresas não têm o hábito de trabalhar com seus clientes os aspectos de precificação e margem dos seus próprios produtos, o que faria com que seus produtos tivessem maior giro naquele ponto de venda.
A verdade é que as empresas precisam compreender que hoje, vender é mais cérebro do que músculos e que se não fizermos uma verdadeira análise one-to-one de nossos clientes ficaremos sempre à busca de novos e perdendo os atuais.
Numa conversa franca que tivemos com mais de 50 varejistas, eles nos disseram com toda a clareza que são raríssimas as empresas fornecedoras que realmente prestam um verdadeiro serviço de assessoramento na venda de seus próprios produtos. Eles nos afirmaram que os vendedores são mal treinados, pouco conhecem dos produtos que vendem e quase nada sobre o mercado em que atuam.
Assim, fica claro porque os vendedores buscam novos clientes – é mais fácil do que "estudar os atuais" para poder prestar-lhes um bom serviço e expandir as vendas. O ato de "buscar incessantemente novos clientes" funciona até como um "aplacador de consciência" para o vendedor que sente-se "trabalhando" em busca do aumento das vendas e assim justifica para si próprio e para sua empresa o seu trabalho e sua vida profissional.
Com o aumento da concorrência, globalização, meios de comunicação e informação mais disponíveis, vender ficou mais difícil. Trata-se agora de uma verdadeira "ciência" que exige uma qualificação antes não exigida do vendedor e principalmente dos supervisores e gerentes de venda.
Fazer uma análise e um verdadeiro estudo criterioso de cada cliente, seu passado, seu presente e seu futuro é essencial para o sucesso hoje. A empresa fornecedora não pode esperar que o seu cliente – varejista – entenda dos produtos todos que tem à venda. Hoje o varejista precisa de um verdadeiro apoio comercial eficaz e de resultados para poder vencer a concorrência.
Assim, em vez de dar todo o esforço na busca e conquista de novos clientes, a empresa deve trabalhar seriamente cada um de seus atuais clientes para mantê-los e para fazê-los aumentar seus pedidos e comprar todo o portfólio disponível.
Lembre-se de uma grande e simples verdade: Cliente é aquele que já compra de mim! Cuidado! Vejo empresas fazendo todo o esforço com a mão direita para conquistar novos clientes enquanto com a mão esquerda estão perdendo seus atuais clientes. E todas as pesquisas provam que manter um cliente é, no mínimo 20 vezes mais barato e fácil do que conquistar um novo cliente.
Pense nisso. Não estaremos nós também cometendo este erro?
Luiz Marins.
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Riscos culturais em contabilidade
Publicado em
03/09/2009
às
09:00
Informar sobre a riqueza dos empreendimentos é tarefa contábil, mas, requer, para tanto, respeito a disposições racionais que guiam a pertinente disciplina.
O que entender sobre os fatos sucedidos, como determinar atributos, julgamentos e por conseqüência conceitos é algo que demanda cultura, inteligência, racionalidade, atualização.
Entretanto, algumas vezes o referido como “inovação” tem sido em realidade retrocesso.
Como a evolução é a lei natural, o retroagir cria sempre um período de penumbra no processo do conhecimento, quando não termina por ser mesmo uma total escuridão.
Em razão dessa verdade foi que o cognominado pai da Química Moderna, Antoine Laurent de Lavoisier (1743 - 1794), intelectual famoso dos fins do século XVIII, advertiu na Introdução de seu "Tratado Elementar de Química", que "da palavra deve nascer a idéia" e a "idéia deve ater-se ao fato"; a importância dessa máxima está diretamente associada àquela da grande inteligência do autor e do que a obra representou para a ciência.
Essa expressiva lição, acolhida, no passado, por gênios do conhecimento é ainda a que eminentes pensadores contemporâneos sustentam em suas obras (veja-se, por exemplo: MARITAIN, Jacques - A ordem dos conceitos, Lógica Menor - 13a. Edição Agir, Rio de Janeiro, 1995); a verdade não tem idade por que se situa acima dos tempos e dos espaços.
No encalço de um posicionamento racional sobre a concepção das evidências patrimoniais, através dos balanços, em Ativo e Passivo, na busca do verdadeiro significado, foi que se realizaram esforços intelectuais desde remotos tempos; emitir conceitos é uma responsabilidade da razão humana.
Só, no entanto, no século XX, quando o positivismo já consolidara seu lugar no progresso das ciências, que em Contabilidade o russo Leo Gomberg produziu em 1903 adequado entendimento sobre a questão, na obra “Einzelwirtschaftslehre”.
Conceituou o Ativo como o efeito da “aplicação de capitais próprios ou de terceiros”.
Tal definição, logo a seguir foi adotada na obra sobre a “filosofia das contas”, de Charles E. Sprague, editada em 1907 (várias vezes reeditada em New York pela Ronald Press sob o título “The Philosophy of Accounts”) quando esse autor reforçou a tese de que se faziam necessárias concepções rigorosamente lógicas para o entendimento contábil; quer na Europa, quer na América, portanto, o conceito referido prosperou, por representar a realidade constatada.
As escolas científicas italianas, firmando-se no materialismo contábil nascido em 1840 com Villa, mesmo perante os abalos do personalismo de Cerboni, a partir de um renascimento doutrinário adotado pela escola de Veneza, a partir da década de 30 do século XX, aderiram integralmente à concepção de Gomberg.
O rigor lógico, a verdade contida no conceito de Ativo como “efeito”, “aplicação” ou “investimento” por axiomática tem prevalecido, ressalvado o que alheio à ciência tem fluido do empirismo, de normas produzidas por entidades particulares.
Fato incontestável é que não existe “geração espontânea” em matéria física, orgânica, nem patrimonial que pudesse ter sido demonstrada até os nossos dias; investimentos são frutos de capitais que os ensejam, ou seja, o recurso é uma precedência e o ativo uma conseqüência sob a ótica da estrutura patrimonial.
Definir, pois, Ativo como “recurso” fere ao princípio lógico de causalidade adotado universalmente pelas ciências, logo, também, uma lesão à racionalidade.
Admitir como possível formar patrimônio sem que exista suporte de uma origem é fantasiar ou falsear, blindando a inverdade.
Ensinar, partindo de conceito falso é condenável, aético, desumano.
O risco cultural está exatamente em deformar mentes pelo ensino mal guiado, pela opção por falácias como se realidades pudessem ser.
Adotar, pois, o conceito de Ativo como sendo este um “recurso” é retroceder um século; a idéia expressa pela palavra é responsável pela identificação dos julgamentos, estes que no caso devem exprimir relação de identidade entre dois termos, fundamentada na experiência da constatação perante a causalidade.
Se o que se exprime é uma ordem de equilíbrio de conjuntos de valores, como é o caso do Balanço, o envolvimento entre as partes (Ativo e Passivo) deve ser considerado em face da essência que é a riqueza patrimonial.
Recursos são as causas, ou seja, os suprimentos de capital, tanto de origem própria, quanto através de dívidas e isso é o que evidencia o identificado na outra face do balanço que impropriamente, “lato sensu”, se denominou como Passivo.
Antônio Lopes de Sá.
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Advocacia sem Ética e sem Respeito
Publicado em
02/09/2009
às
09:00
Hoje vou contar aos leitores uma das diversas histórias escabrosas que ocorrem na relação entre clientes e advogados.
Não estou eximindo nossa banca de advocacia de possíveis desentendimentos com clientes ou mesmo divergências quanto ao resultado de algumas demandas. Insatisfações ocorrem o tempo todo entre profissionais e clientes. Médicos, dentistas, engenheiros e arquitetos, entre outros, estão sujeitos ao descontentamento daquelas pessoas que contratam seus serviços.
O valor que defendo neste texto é o da lealdade que deve existir entre cliente e advogado. O advogado é escravo da informação que o cliente lhe presta, deve guardá-la no local mais protegido de sua consciência, e nunca utilizá-la contra aquele que lhe confiou um segredo, uma situação, um fato ou uma verdade.
Imagine o seguinte: Um cidadão que pautou sua vida pela correção, sempre honrou seus compromissos, cumpriu com seu papel na sociedade, foi bom pai, bom filho, bom marido e cidadão exemplar. Ao final de sua vida, sabendo que um de seus funcionários, já com idade, poderia ficar desamparado com sua morte, resolve procurar um advogado visando garantir a velhice daquele colaborador que sempre lhe foi tão fiel.
A solução apresentada pelo advogado foi no sentido de se fazer uma boa prova do tempo de serviços que o funcionário trabalhou ao longo de sua vida e aposentá-lo.
Com toda boa vontade e inocência do mundo, aquele cidadão que procura fazer o bem, entrega ao advogado todos os documentos que encontrou, e ainda, sob sua orientação, faz uma declaração que aquele funcionário trabalhou para ele durante algum tempo sem estar legalizado junto ao INSS, visando completar o tempo de serviços do empregado.
Toda a documentação pronta para dar entrada no pedido de aposentadoria, e o que faz o advogado?
Ingressa com uma ação trabalhista contra aquele senhor que o procurou, que queria de bom grado ajudar o funcionário, que confiou em seus serviços e sua orientação.
Trata-se da mais desleal conduta de um profissional, é querer ganhar dinheiro deixando a ética, o respeito profissional, a lealdade e todos os demais valores de lado. É buscar o ganho financeiro a qualquer custo.
Ocorre, que há um custo. Tal custo pode lhe ser cobrado ao longo da vida. Sua consciência inclusive um dia deverá lhe cobrar.
A ação foi paga pelo bom senhor, não sem antes, dizer ao advogado que o traiu que aquele dinheiro era fruto de anos de trabalho honesto e suado.
Pouco tempo depois o senhor falece. A família acredita que o golpe teve influencia em sua agonia.
Como o leitor acha que ficará o relacionamento entre as duas famílias? Como será o dia a dia do advogado e da família daquele que foi por ele traído?
Em certos momentos, acreditamos que as atitudes de algumas pessoas são fruto de gratuidade. No entanto, precisamos sempre buscar a verdade, conhecer fatos e os motivos que levam alguns a não aturar outros, a buscar reparação com os meios que possuem.
Será possível ainda o perdão? Há solução viável para tal mágoa?
O tempo dirá, o tempo é o Senhor da razão.
José Rodrigo de Almeida.
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Quando a troca de presentes é obrigatória?
Publicado em
01/09/2009
às
09:00
Existem comerciantes que afirmam que a troca de presentes só é obrigatória nos casos de vícios, popularmente conhecidos como defeitos. Não é bem assim.
Em alguns setores do comércio, a troca é sempre possibilitada, geralmente desde que observado certo prazo e preservados a etiqueta e o estado de novo do produto. Essas costumam ser as exigências.
No ramo de vestuário em geral, a troca é um costume, facultada, por exemplo, na aquisição de roupas e calçados. O costume incorpora-se ao direito do consumidor, nos termos do art. 7º, “caput” do CDC. Se uma determinada prática é costumeira num dado setor da economia, ela passa a ser obrigatória para o direito do consumidor.
O consumidor que compra uma roupa tem legítima expectativa da sua troca, caso venha a não gostar. Essa troca, diferentemente do que acontece nos casos de defeitos, é feita sempre por um outro produto de valor idêntico ou de valor superior, complementado o preço neste caso.
Quando o produto apresenta um problema sem solução, o consumidor tem a alternativa de trocá-lo, de receber um abatimento proporcional no seu preço ou mesmo de desfazer o negócio, recebendo o dinheiro de volta e devolvendo o produto. Quando a troca decorre do costume, devem ser observadas as regras impostas pelo lojista, já que cada um tem suas próprias regras.
Desde logo, é bom que se diga que impedir as trocas nos sábados, domingos e feriados ou em determinados horários, por exemplo, configura prática comercial abusiva. Se o consumidor tem o direito de comprar nesses dias, obviamente terá o direito de efetuar as trocas. Estas podem ser feitas em qualquer horário de expediente da loja.
Se a loja silenciar a respeito da troca, prevalece o costume. Caberá ao lojista, ao calcular o risco da sua atividade, decidir aceitar ou não as trocas. Se optar pela vedação destas poderá fazê-lo, desde que avise ostensivamente o consumidor.
Uma determinada loja, ainda que pertencente a setor em que a troca é costumeira, poderá proibir esse tipo de troca avisando o consumidor antes da compra. Se quando entra na loja o consumidor é avisado da impossibilidade de troca, optará livremente por efetuar ou não a compra naquele estabelecimento e naquelas condições.
São muito comuns as restrições às trocas de produtos promocionais e com pequenos defeitos. Existem, ainda, lojas de atacado que impedem que o consumidor experimente as peças e troquem produtos. Essas práticas são legais, desde que o consumidor seja previamente avisado.
Quando o consumidor compra no atacado sujeita-se às regras impostas aos atacadistas. Se comprar no varejo, terá direito de experimentar as roupas.
A rigor, as trocas de produtos só são obrigatórias nos casos de defeitos. Nos demais casos as trocas só serão obrigatórias quando o costume determinar e naqueles casos em que o consumidor não foi previamente avisado da sua impossibilidade.
O fornecedor tem o direito, mesmo nos casos em que a troca é costumeira, de restringi-la aos casos de defeito, desde que informe ostensivamente o consumidor a respeito. Certamente se o fizer perderá consumidores para outros estabelecimentos que facultam a troca costumeira.
Arthur Rollo.
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ESPERANÇA
Publicado em
31/08/2009
às
09:00
“É a última que morre” – a Esperança.
Dito popular.
Dito por muitos.
Esperada por tantos.
E o que fazer?
Esperar pela “esperança”...
Só isso?
Acredito que não...
É muito mais amplo. A esperança é até título de hino nacional. Hino do Estado de Israel, cujo título é “Haticvá”, significando em hebraico Esperança.
Temos hoje, no mundo todo, a esperança de que em algum dia destes consigamos a paz mundial. Entre todos os povos. Entre todas as pessoas... É a esperança!
Afinal de contas para vivermos com segurança e obtermos o tão almejado sucesso a paz e necessária. É a esperança de todos nós...
Esperança!
Esperança!
Em Porto Alegre, e acredito que em outras cidades brasileiras, até nome de rua esperança já foi... Sim, já foi... A atual rua Miguel Tostes, no bairro Caminho do Meio, outrora tinha o nome de Esperança... Porque a mudança? Será que ali se conseguiu tudo? Não há mais esperança de nada? Pergunta que, talvez, não tenha resposta...
Esperança!
Esperança!
Esperança do sucesso. Nos negócios. No amor.
Esperança de conseguir a felicidade global, ou quase global... Sempre esperança!!
Esperança de vencer!
Esperança de suplantar todos os obstáculos. Na importando o local...
Esperança!
Esperança!
Esperança de conseguirmos a cura das piores doenças, com isso conseguido a mortalidade dos seres humanos irá diminuir.
Esperança de que nosso “time” vença todos os adversários e com isso seremos campeões.
É a esperança. Sempre esperança!
Esperança da diminuição da corrupção. Será isso possível? Que pergunta... Mas é a esperança de todos nós. Sempre a esperança...
Termo simples, mas com um grande valor. Esperança – “É a última que morre...”
David Iasnogrodski.
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Os motivos do desacoplamento do Brasil da crise Internacional
Publicado em
30/08/2009
às
09:00
O Brasil é hoje visto como um país mais confiável e mais previsível pelos investidores nacionais e internacionais, devido a postura competente dos ministros da economia, fazenda e presidente do Banco Central dos dois últimos governos. Infelizmente isso ainda não contagiou nossos incompetentes políticos que atrapalham e destroem essa imagem positiva do Brasil. Esses competentes profissionais ministros e presidentes do Banco Central dos dois governos conduziram o Brasil á essa situação confiável, devido à “resiliência” dos assessores econômicos, a capacidade de retornar ao estado de excelência, superando situações criticas, superando tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades; esses resilientes foram capazes de vencer as dificuldades e os obstáculos. No Brasil, a resiliência se torna fundamental quando examinamos o fato de a taxa de crescimento econômico brasileiro, mesmo como nação emergente é muito baixa, senão negativa, e onde temos também um Congresso e Câmara ineficientes e despreparados para um país com vontade de crescer, mas com muitos entraves e falta de marcos regulatório”, isto é, conjunto de normas e leis que regulamentam as agencias reguladoras de determinado setor. Exemplo: “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a líderes da base aliada que quer agilidade na conclusão do projeto de exploração da camada do pré-sal. Uma comissão interministerial já trabalha na elaboração de um novo marco regulatório para o setor de petróleo e exploração do pré-sal.” Neste sentido os assessores econômicos obtiveram sucesso por serem rígidos e equilibrados na aprovação de “marcos regulatórios” para a condução da economia e do Banco Central motivos pelos quais, estamos nessa situação favorável perante a economia nacional e internacional. Pedro Malan, em seu artigo no Estadão de 14/6/09, cita alguns motivos pelos quais o país superou a crise: “Somos uma economia de cerca de US$ 1,5 trilhão, do qual as famílias consomem, ou compram US$ 1 trilhão”, isto é 67% da produção. “Temos 15 anos de inflação civilizada, desde o plano real e de um Banco Central com autonomia operacional, da renegociação da dívida,...privatizações,..abertura da economia brasileira ao resto do mundo,...taxa de câmbio flutuante,...regime de metas de inflação,.... lei de responsabilidade fiscal,...transferência diretas de renda aos mais pobres. “Apesar de tudo, as despesas totais do governo aumentaram cerca de 19% de 2008 para 2009, e as despesas com pessoal e encargos aumentaram 24%. Outro fator positivo para o Brasil é o empréstimo ou aplicações em títulos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em US$ 10 bilhões, tornando-se credor da instituição, onde sempre fomos devedores. Com esse investimento e possíveis outros, o Brasil poderá pressionar por reformas na instituição (FMI) e terá representatividade e respeito na economia mundial. Mas, não podemos pensar só na economia Internacional; a produção interna está começando a sofrer os efeitos da crise, da estagnação da possível mudança de governo nas eleições de 2010 e conseqüente mudança dos assessores econômicos que estão conduzindo bem a economia, da redução das compras internacionais, do aumento das importações, da redução das exportações, etc. Temos uma queda do Produto Interno Bruto (PIB), isto é tudo que é produzido no país; a taxa de investimentos na economia caiu em um ano por volta de 2%; os altos fornos das Siderúrgicas que deveriam trabalhar 24 horas estão desligados, os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC continuam lentos por questões políticas. Temos algo positivo internamente é a redução da taxa de juros para 9,5%, que irá incrementar os investimentos e o consumo. Levando-se em consideração, conforme correspondente do Estadão na Suíça (12/6, B6) e publicado no “fórum dos leitores” do Estadão de 14/6/09 por Fernando de Mattos Barreto, “brasileiros detêm nas contas secretas mais do que a máfia russa, os cartéis da droga da Colômbia, e as ditaduras africanas! Junte-se a isso a roubalheira generalizada como nunca antes neste país....e emprestamos aos hermanitos de Cuba, Venezuela e até ao FMI...”. Será que restam dúvidas que este país é viável, mas com problema de gestão?
Fonte: Claudio Raza.
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É possível reter talentos?
Publicado em
29/08/2009
às
09:00
Marcelo acompanhava cada um de seus clientes. Saia da empresa e ia onde o cliente estava para satisfazer uma necessidade. Todos diziam que ele realmente era “surpreendente”. Desligou-se da empresa sem dizer os motivos.
Júlio era o melhor vendedor. Vendia muito mesmo. Vendia mais que o dobro da média dos outros vendedores. Pediu demissão alegando motivos pessoais.
Marcela era uma secretária exemplar. Bilíngüe, ela atendia a todos com presteza e cortesia. Tinha excelente redação e dominava bem editores de texto e até planilhas de cálculo. Saiu da empresa sem explicar a razão.
O que terá acontecido com essas três pessoas – reais, como nomes fictícios?
Conversei separadamente com cada uma delas.
Marcelo explicou que deixara a empresa porque o seu chefe se incomodava muito com seu sucesso junto aos clientes. Os clientes ligavam para a empresa e queriam falar com ele (Marcelo) e não com seu chefe. As pessoas da empresa também não entendiam porque Marcelo recebia tantos convites dos clientes e fornecedores para confraternizações e isso parecia gerar um certo ciúme interno. Seu chefe começou a não permitir que ele visitasse os clientes com a mesma freqüência. Isso tudo o deixou muito chateado e ele pediu a conta.
Com Júlio o que aconteceu foi que ele vendia tanto que sua comissão de vendas era maior do que o salário do seu chefe e até do pró-labore de seu patrão. Eles queriam, então, renegociar sua comissão para baixo. Diziam: “Você não pode ganhar tanto!”. Esse foi o real motivo de sua saída.
Marcela disse que cansou de “brigar para trabalhar”. Seu chefe a mandava mentir a todo instante. Marcava um compromisso, não ia e mandava Marcela dizer que ele não estava sabendo do compromisso agendado. Além disso o ambiente de trabalho era muito ruim. As pessoas eram mal educadas, pouco gentis, e não havia respeito entre as pessoas que confundiam a vida profissional com a vida pessoal. A esposa e as filha do patrão mandavam e desmandavam na empresa sem que pertencessem ao quadro funcional. Não agüentou mais. Pediu a conta.
Reter talentos não é fácil. Justamente por serem pessoas talentosas, elas exigem condições de trabalho especiais. Muitas delas não reclamam, não falam, não se justificam. Como sabem ser talentosas e confiam na sua empregabilidade, elas simplesmente saem do emprego alegando qualquer motivo banal como “estou querendo dar um tempo para mim.” Elas não dizem a verdade porque sabem que a verdade poderá ofender e não querem sequer ter essa preocupação a mais. Simplesmente partem para outro emprego, outro desafio.
A discussão de retenção de talentos é fundamental nos dias de hoje, porque não há como sobreviver num mercado competitivo com pessoas sem talento em nossa empresa. Todos temos muitos concorrentes, com qualidade semelhante e preços similares. A nossa diferença só pode estar em gente talentosa que faça a diferença todos os dias, diferenciando nossa empresa, nossa marca.
Para reter talentos é preciso dar a eles condições para que exercitem seus talentos. Sem essas condições pessoas talentosas sentem-se mal e buscam sempre um lugar onde possam desenvolver seus talentos. E essa é a palavra-chave. Pessoas talentosas sentem necessidade de desenvolver seus talentos. Por isso sempre querem mais. Por isso querem sempre maiores desafios. Por isso são essenciais para o sucesso de uma empresa.
E sua empresa? Você e sua empresa criam as condições necessárias para que talentos se desenvolvam? Ou você prefere medíocres obedientes que farão sempre tudo o que o chefe mandar? Pense nisso. Sucesso!
Fonte: Luiz Marins.
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QUE CAFEZINHO!
Publicado em
28/08/2009
às
09:00
Saborear um cafezinho.
Bom?
Claro! É o “gostinho” do brasileiro.
Hoje é um “gostinho” mundial.
Cada vez mais são inauguradas outras e modernas cafeterias.
É o “pingadinho”. É o “pingadinho” clarinho.
É o “pretinho”. É o “pretinho” expresso.
E assim vai!
Cada um saboreando o seu “cafezinho”.
Não importando a hora.
Depois do almoço. Na “madruga”... Final de tarde. Não importa a hora...
Realizando um negócio.
Fazendo uma visita.
Antes do cinema. Depois do cinema.
Depois do teatro. Antes do teatro.
Assistindo a um espetáculo esportivo.
Antes ou depois de um concerto.
E assim vai!
Todos saboreando o “seu” cafezinho.
Uma “bebida” ao gosto de todos. Ou quase todos! Generalizar não é muito conveniente.
Ah! Cafezinho!
Até dizemos sempre que muitos de nossos problemas podem ser resolvidos através de um cafezinho, e muitas soluções são idealizadas após a ingestão de um cafezinho...
Está presente em tudo!
Até no saudosismo do tempo!
Sim, numa meã de café podemos recordar o tempo do café passado...
O tempo que não volta mais...
O tempo dos mendigos pedindo pão velho... E hoje? Hoje são pedintes de moedinhas... E moedinhas de alto valor, pois “pequenas” ( no tamanho e no valor) são jogas no chão...
O tempo das serenatas. Das músicas com letras amorosas. Das músicas não barulhentas.
O tempo do século passado... Século passado? Sim o XX. Aquele que se foi há poucos anos, mas o que chegou mudou muito nossa vida. É o XXI.
São outros tempos.
Tempos do e-mail. Chamamos todos por e-mail. Não é mais o Correio. Não é mais o grito... É o e-mail e outras “cositas”. Pois até o “novíssimo” e-mail, não é mais tão novo assim... Já temos coisas mais modernas. O tempo passa muito rápido.
Tempo do telefone celular que faz tudo... Tudo mesmo! Até fala... E fala com os outros...
Outros tempos...
Pensando no passado, e não tão remoto, não é pensar em museu. É pensar numa outra realidade. Mais romântica. Mais calma. Mais...
Menos populosa.
Menos poluída. Menos...
Hoje tudo é mais rápido. Até o cafezinho. Precisamos tomá-lo rapidamente, pois outros problemas nos aguardam...
- Moça (e não é o garçom, como antigamente...), o cafezinho ainda não chegou...
No entanto já conversamos bastante.
Já pensamos no ontem.
No hoje e quiçá no amanhã. No amanhã? Como será?
- Só depois de saborearmos o cafezinho, pois tudo isso acontece numa mesa junto a um saboroso café... Que cafezinho gostoso!
-Que cafezinho!
David Iasnogrodski.
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Valor Ético
Publicado em
27/08/2009
às
09:00
O valor ético pessoal é mensuração de qualidade; qualidade é sempre comparação.
Os seres humanos são desiguais em face dos comportamentos perante terceiros.
A capacidade intelectual difere entre os indivíduos, assim como a emocional.
Entre irmãos, filhos dos mesmos pais, vivendo no mesmo lar, frequentando escolas iguais, com idênticas antecedências familiares, em geral possuem expressivas diferenças de comportamento.
Não existe identidade absoluta entre os seres; conviver requer conhecimento e amor, coisas que a ciência Ética ensina.
Partindo do princípio de que somos desiguais é possível encontrar razões de entendimentos.
O equilíbrio nas relações só se opera através de medidas sábias entre as quais se destacam: serenidade, respeito, tolerância, benevolência, espírito de justiça.
Quer no âmbito particular de uma empresa, de um lar, de uma entidade, quer no social é preciso que exista liderança sadia, competente para preservar as condições morais e promover as de bem estar geral.
Foi pensando nisso que o excelso sábio Platão (427 - 347 antes de Cristo) imaginou uma sociedade ideal dirigida por pessoas de mérito.
Desiludido com a baixa moral na política, corrupção, intrigas, vitória da mentira, o grande sábio repudiou a democracia e imaginou um governo escolhido não pela quantidade de votos, mas pela qualidade humana notória das pessoas.
Em uma famosa obra sob o título “A República” defendeu uma administração estatal exercida por pessoas sábias e de probidade exemplar.
Para tanto imaginou um regime de “provas de seleção” e uma ampla e intensa educação sob a responsabilidade do Estado.
Para o grande pensador somente os que comprovassem ao longo do tempo capacidades teóricas e práticas e tivessem amor pelo povo, provando estarem dispostos a defenderem o bem público, poderiam assumir cargos políticos.
A apologia da qualidade humana, o respeito à hierarquia de valores, todavia, não tem sido a constante do mundo moderno, segundo o notável intelectual Lyotard que em sua obra “A condição pósmoderna” faz duras críticas a prevalência do dinheiro sobre o valor ético, supremacia do “individual” sobre o “coletivo”.
Dirigentes e políticos corruptos e de má índole costumam contaminar sociedades, tal como uma laranja podre pode colocar a perder todo um cesto de frutas; a opção de cada pessoa, entretanto, deve estar em manter o comportamento sadio, mesmo perante a devassidão.
Mais de um século antes de Platão, pregava Buda (563 - 483 antes de Cristo) que a virtude está em não roubar, mesmo vivendo entre ladrões; em não matar mesmo vivendo entre assassinos; frisou ele que se deve viver no mundo sem assimilar os erros que nos cercam.
O valor próprio, reconhecido ou não por terceiros, termina por fazer-nos feliz e tende ao sucesso no tempo.
Como o maior de todos os tribunais é o da nossa consciência, importante é que o auto julgamento não seja o de condenação.
Participar com qualidade, esmerar por conquistar valor, é um dever ético; os que deixam de cumprir tal obrigação desmerecem-se perante a vida, ainda que se julguem poderosos e não se arrependam dos males praticados.
Além de nossa passagem pela Terra estamos aqui a cumprir uma missão cósmica; a dignidade estará sempre em exercer a vida como pagamento da doação que nos foi outorgada por existir; a forma de fazê-lo, portanto, é a de equivalência, ou seja, com amor devolver o que por amor nos foi concedido.
Antônio Lopes de Sá.
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Ecologia, Meio Ambiente e Limpeza Urbana
Publicado em
26/08/2009
às
09:00
Com este artigo, inicio uma série de textos onde imagino uma realidade diferente daquela que temos em relação a valores e formas de conviver em sociedade.
Hoje vamos falar em Ecologia, Meio Ambiente e Limpeza Urbana.
Iniciamos pensando o seguinte: E se todos nós tivéssemos consciência e parássemos de jogar o lixo pela janela de nossos carros?
Se acondicionássemos nossos resíduos domésticos em saquinhos separados para evitar que os catadores de recicláveis revirem as sacolinhas e espalhem tudo em nossas lixeiras ou calçadas?
Já pensou se cuidássemos para que nossos cachorros não revirassem aquilo que não mais serve ao nosso vizinho ou a nós mesmos?
Pense como seria se a Prefeitura mantivesse todos os terrenos baldios da cidade limpos e roçados, nem que para isso tivesse que executar uma lei que já existe e prevê que ela cobre dos proprietários por esse serviço? Não seria ótimo?
Não seria igualmente bom se os caminhões do lixo passassem com a mesma freqüência em todas as ruas da cidade?
E os entulhos, nos bairros onde não é obrigatório o uso de caçambas, poderia haver um serviço de notificações na Garagem Municipal, onde o munícipe ligaria e informaria que em tal endereço estaria em determinado dia depositando restos de construção. Assim, a coleta seria agilizada e não ficaria a rua suja.
Como poderia ser se colaborássemos com o pessoal da varrição de ruas? Acho que pouparíamos um pouco do trabalho dos colaboradores da municipalidade.
Você conhece o Parque Ecológico? E o Horto? E a Patrulha Ecológica já ouviu falar?
Nosso Parque Ecológico, embora não receba da Prefeitura a atenção que merece, é um local bacana de ser visitado. Tem árvores de todo o tipo, mudas diversas, parquinho para crianças, áreas de piquenique, briquedoteca e um laguinho com alguns peixes. Imagine, já é agradável visitá-lo embora não recebendo a devida atenção, como seria se soltassem mais alguns alevinos, melhorassem a limpeza, conservassem melhor e dedicassem mais carinho a ele?
O Horto é um local igualmente especial, mas não o utilizamos. É nosso, temos o direito de visitá-lo.
Você sabia que a Patrulha Ecológica é uma entidade sem fins lucrativos mantida pelo Jorge Caran e pelo Janjão Gandra com a ajuda dos amigos que ensina noções de ecologia, cidadania, educação moral e cívica e música para mais de cem crianças? E que já plantou mais de 60 mil árvores em Bebedouro? Já imaginou com a nossa ajuda quanto mais poderia fazer?
Imagine se cada grande empresa de nossa cidade adotasse uma praça para zelar por ela? Claro, se os vereadores ajudassem e criassem uma lei onde quem cuidar pode exibir publicidade regulamentada de sua empresa, duvido que os empresários não se interessariam não é mesmo?
Na avenida Pedro Paschoal e na Osvaldo Perrone, alguns moradores tiveram a iniciativa de plantar flores e arvores nos canteiros. Como é agradável transitar por esses lugares. Poderíamos tomar a mesma iniciativa em todas as avenidas não poderíamos?
Se todos os jovens que freqüentam nosso Lago e festas pela cidade tivessem consciência e não jogassem latinhas de cerveja e copinhos no chão, não teríamos o dissabor de caminhar por esses locais pelas manhãs em meio ao lixo.
Lógico que passou da hora da Prefeitura colocar lixeiras pelos locais de aglomeração de pessoas, e isso é barato, basta querer!
Perceba o seguinte: Tudo isso é questão de atitude e iniciativa, não devemos reclamar que não limpam. O certo é não sujar.
Por que não colaborar um pouco cada um com o que pode oferecer?
As mudanças devem começar em nós mesmos, não espere seu companheiro ou o Poder Público realizarem, dê o exemplo, novos tempos dependem de novas formas de vivermos e isso só depende de nós.
Vamos lá, a hora é sempre agora!
Autor: José Rodrigo de Almeida.
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Você não precisa comprar para ser bem atendido... Ou será que precisa?
Publicado em
24/08/2009
às
09:00
Se você questionar à um profissional de vendas se a abordagem que realiza tem como principal direcionamento o produto, ou a abordagem é centrada no cliente, qual será a resposta? Pode parecer assustador, mas há pessoas que atuam no contato direto com o cliente, pessoalmente ou por telefone, que podem demorar um bom tempo para responder esta pergunta, pois na realidade, somente oferecem um bom atendimento se o comprador demonstrar algum sinal de compra. Quando a pessoa direciona a abordagem no produto, transforma a apresentação em um monólogo, com a ação direta de prometer muito e fazer na prática pouco. Entretanto, quando a pessoa direciona a abordagem comercial para um diálogo interativo, com habilidade para realizar perguntas e envolver o cliente, transforma a apresentação em uma conversa agradável e, como resultado, conquista a credibilidade de prometer o essencial e assumir o que foi acordado.
Perceba que há duas opções de abordagem, no entanto, o profissional que atua em vendas, jamais deve prestar um bom atendimento somente ao cliente que demonstrar interesse de compra. Há vendedores, balconistas e gestores de vendas que gostam de afirmar que o diálogo com o cliente, mais parece um brainstorm do que propriamente a ação de vender. Em outra perspectiva, há pessoas despreparadas, que não são capazes de realizar um esforço para mostrar um diferencial, se o cliente logo no início do contato comentou que esqueceu a carteira com o talão de cheque e os cartões de crédito em casa. Parece incrível, mas existem pessoas mal preparadas para atender que ao contrário de atrair clientes, são capazes de afastar para sempre o consumidor, principalmente por não praticar um bom atendimento. Realize a leitura, aplique as duas sugestões a seguir e perceba que o cliente, não precisa comprar para levar da sua empresa, uma imagem positiva com credibilidade, valorização de relacionamento e desejo de voltar.
Exercitar o treinamento de ouvir com sintonia fina - Quando era criança, lembro que meu avô, tinha apoiado em uma estante, um rádio de madeira que funcionava através de sistemas de válvulas. Cada frequência de rádio exigia o esforço de girar o botão da sintonia fina para encontrar a perfeição. O detalhe é que minha avó tinha como hábito ouvir a missa e meu avô, assim que terminava a celebração, girava os botões para sintonizar outras estações de rádio. Ao recordar este fato da minha infância, percebo que cada cliente requer um esforço de encontrar a sintonia perfeita através do diálogo e da empatia. Note que quando duas lojas vendem o mesmo produto, com o mesmo preço, o que faz a diferença é o atendimento oferecido pelo profissional de vendas. Quantas vezes você comprou algo que não precisava, mas o atendimento fez a diferença? Quantas vezes você pagou um pouco mais, pois o atendimento justificou? E na sua equipe de vendas, as pessoas percebem que cada cliente exige a adaptação de uma sintonia fina? Praticam o exercício de ouvir atentamente as reais necessidades dos clientes?
Exercitar o treinamento de transformar o curioso em comprador - Quem trabalha no comércio varejista, com certeza já ouviu o cliente responder que somente está dando uma olhadinha. Deixar o consumidor observar a mercadoria é algo aceitável, mas a ação inaceitável é abandonar o cliente no interior da loja. O grande desafio está em transformar o curioso cliente em um comprador. Perceba que em muitas ocasiões, desejamos realizar uma campanha de vendas com o nosso entendimento, não com o pensamento e desejo do cliente. Percebeu a diferença? Para transformar o curioso em comprador é necessário usar empatia e observar a situação comercial com os olhos do cliente, para que desta maneira, seja possível entender o ponto de vista do consumidor. Em alguns casos, um cliente pode entrar na loja por ser um curioso, mas passa a ser um comprador quando percebe a aproximação coesa de abordagem, atenção, cortesia e respeito.
O cliente não precisa comprar para ser bem atendido e a forma mais eficaz de descobrir o que realmente o cliente deseja, está centrada na ação de fazer o consumidor descrever suas necessidades e o que verdadeiramente deseja adquirir. Observe que quando um cliente entra na loja e, por algum motivo não realiza a compra, acaba por levar da sua empresa alguma imagem sobre atendimento, a organização, o clima de trabalho, a limpeza e o cuidado dos funcionários com a apresentação e zelo pelos produtos. Quantas vezes você já foi a algum lugar e desistiu de comprar, pois as pessoas estavam descontentes com o trabalho? Quantas vezes você entrou em uma loja e não comprou, pois o vendedor esqueceu de planejar uma venda futura? Aplique as duas sugestões apresentadas e perceba que ao melhorar o diálogo com o cliente, aumenta o resultado no envolvimento com a marca, com a empresa e com o atendimento oferecido.
Dalmir Sant’Anna.
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Será que vale a pena?
Publicado em
23/08/2009
às
09:00
Duvido que esta pergunta não tenha assaltado a mente de todos os brasileiros nestes tempos de turbulência moral. Será que vale a pena?
São tantos os “será que vale a pena?” que nos perguntamos que se formos fundo em sua análise podemos até cair em profunda depressão. Aqui vão algumas dessas perguntas:
1. 1. Será que vale a pena ser honesto?
2. 2. Será que vale a pena ser ético?
3. 3. Será que vale a pena ser justo?
4. 4. Será que vale a pena ser fiel?
5. 5. Será que vale a pena ser paciente?
6. 6. Será que vale a pena ser humilde?
7. 7. Será que vale a pena ser correto?
8. 8. Será que vale a pena falar a verdade?
9. 9. Será que vale a pena ensinar nossos filhos os valores morais tradicionais?
10. 10. Será que vale a pena estudar?
11. 11. Será que vale a pena trabalhar tanto?
12. 12. Será que vale a pena ler jornais, ouvir e ver notícias no rádio e na TV?
13. 13. Será que vale a pena não ser um alienado?
14. 14. Será que vale a pena....?
E tenho certeza que o leitor completará esta lista com mais uns dez “será que vale a pena?”. Mas será que vale a pena completar esta lista, ou mesmo continuar lendo este artigo ou mesmo ler alguma coisa?
Nestes tempos de turbulência moral ficamos todos um pouco mais filósofos porque ficamos enojados de tanta lama e sentimos, como seres humanos, uma enorme falta de alguma coisa mais elevada, mais decente, menos nojenta para encher o nosso espírito e a nossa alma. Talvez esteja aqui um benefício a ser visto pelos que ainda tentam acreditar numa possível grandeza do espírito humano. Os grandes filósofos surgiram em épocas de grande turbulência histórica, de Sócrates a Sartre, de Epicuro a Kant, todos questionaram as mazelas do tempo em que viviam.
A verdade, porém é que ao chegar de um dia estafante de trabalho e assistir aos “não vi nada”, “não sei de nada”, “nunca estive lá”, temos uma enorme dificuldade de nos lembrar dos conselhos da Phronésis (filosofia prática) dos antigos atenienses. Somos invadidos por uma raiva silenciosa e, como disse um dos envolvidos, sentimos medo até de que sejam libertados em nós “os mais primitivos instintos” que mantemos cativos pela vida civilizada.
A verdade é quando olhamos para o nosso contra-cheque vis-a-vis a nossas dívidas no cheque especial; quando vemos o cashflow negativo de nossa empresa e quando vemos tantas oportunidades de negócio que não podemos aproveitar por razões puramente éticas, novamente a pergunta “será que vale a pena?” nos vem à mente.
Portanto, nestes tempos de turbulência moral, parece que um novo dever ocorre aos honestos, aos éticos, aos empresários, presidentes, diretores, chefes que não se corromperam e se negam a deixar-se corromper. Acredito que seja o momento mais que oportuno de reunir nossos colaboradores e falar a eles, com toda a clareza que ainda valem a pena os princípios da moral e da ética. É preciso que eles saibam de nossa própria boca que ainda há pessoas que não se compram e pessoas que não se vendem. É preciso que nos vejam afirmar e reafirmar que ainda há motivos para ter esperança nas pessoas e neste Brasil, que por certo, mais uma vez, se mostrará machucado e combalido, mas ainda maior que a crise.
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Uma pergunta
Publicado em
22/08/2009
às
09:00
Nunca saia de casa sem levar seus documentos, sua alegria e esta pergunta: Que mudança, que atitude causaria maior impacto positivo em minha vida neste momento, neste dia? E, é claro, acostume-se a responder, anotar inclusive para comparar seus insights, suas respostas ao longo de um período.
E aja. De que adianta ler um livro, aprender algo com esta leitura e não aplicar. Ao responder, aja, coloque em prática. Se errar, corrija. É melhor se sujar caminhando do que estar limpo sem fazer nada.
Faça esta pergunta para as diversas áreas de sua vida. Na área financeira, talvez seja ter um objetivo mensal de poupança. Na aérea intelectual, talvez ler tantas paginas por mês ou tantos livros por ano. Na área do lazer, gastar o dinheiro poupado bem longe daqui.
O importante é ter a atitude de querer melhorar. De que maneira posso melhorar este processo. De que maneira posso melhorar minha saúde. De que maneira posso... qualquer coisa.
Por quê? Porque esta é uma pergunta valiosa. Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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FUTURO?!?!
Publicado em
21/08/2009
às
09:00
Minha vida é muito diferente.
A começar pela minha noite.
Durmo embaixo de uma marquise. Marquise esta de um prédio localizado numa rua bastante movimentada. Meu local junto à marquise está demarcado. Participo com meus colegas de um verdadeiro hotel – “hotel de muitas estrelas” – cada um tem seu “apartamento”...
No início da noite passa uns amigos e nos fornece “sopa”. Muito gostosa e muito quente. Fizemos fila para receber o “presente”. Não conhecemos o “fornecedor”, mas sabemos que ele nos “conhece” e nos “conforta”... Temos dificuldades... para muitas coisas!
Com chuva. Com frio. Com calor.
Todas as noites estamos na fila. Com muita alegria!!!
Após iniciamos a jornada do sono.
Alguns colegas, para se aquecer, esquecem a moderação do álcool, mas em contrapartida sabem que não vão dirigir...
O amanhecer é muito cedo para todos nós.
Não tomamos café, mas procuramos uma água para realizar a higiene. Guardamos nossos pertencem. Limpamos o “hotel”.
Vamos logo ao trabalho.
Muitos são “carrinheiros”.
Outros, como eu, vamos às esquinas movimentadas realizar piruetas com as “bolinhas” de borracha.
Fico sempre na mesma esquina.
Muitos motoristas já me conhecem e reconhecem o meu trabalho. Outros não dão bola. Nem olham!
Com sol. Com frio. Com chuva.
Feriados ou não. Sempre a mesma rotina. Já faz tempo! Muito tempo...
Na hora do meio dia passo numa fruteira, quando o dia foi de “bons negócios”... Ali adquiro uma fruta ou um pão com salame e queijo. Fico sorridente nesse dia e nessa hora...
Logo em seguida volto ao batente.
Canso. Fico muito cansado no final da jornada.
Não peço esmolas.
Tenho o meu trabalho.
Um dia destes um repórter de TV esteve no meu local de trabalho e me perguntou se sou feliz.
E eu respondi sem pensar: Sou feliz..., mas gostaria que minha felicidade fosse maior...
E ele me perguntou: porque?
E eu disse: gostaria de ter família. Tenho saudade da minha família. Sei que junto à marquise somos uma família. Família grande... Mas gostaria de ter conhecido meus pais. Fui abandonado, quando pequeno, embaixo de uma ponte. Lá fui criado por amigos. A eles devo minha existência.. Minha vida!
Sou hoje um artista.
Um artista de rua.
Não sou valorizado, mas eu me valorizo. Cada vez estou aprendendo mais. Cada dia para mim é um aprendizado.
E o repórter ainda perguntou: e o futuro?
Respondi: “o futuro a Deus pertence...”
Assim é a minha vida.
Assim penso.
Assim é a minha rotina
Assim acredito que muitos de meus “colegas” pensam...
...............................................................................
Assim vivem muitos brasileiros.
Pensando bem eles tem razão: “o futuro a Deus pertence...”
David Iasnogrodski.
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Verdades e Mentiras
Publicado em
16/08/2009
às
09:00
“Não existe mulher meio-grávida”.
Foi desta maneira que meu pai me ensinou que há situações nas quais inexiste o meio-termo. Ou é, ou não é.
Da mesma forma eduquei-me acreditando que a verdade também não admite interpretação dúbia. Como diria um provérbio iídiche, meia-verdade é uma mentira inteira.
Em tempos de crise de valores, quando a integridade, a idoneidade, a dignidade e tantas outras virtudes se despedem, tornando-se peças de museu, artigo raro seja na gestão pública, no mundo corporativo ou nas relações interpessoais, adotamos a verdade com vigor ainda maior. Primeiro, por princípio. E segundo, porque ela sempre vem à tona, cedo ou tarde.
Mas aí, como disse certa vez Luís Fernando Veríssimo, quando a gente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.
Escrevi um artigo intitulado “A fragilidade da vida” no qual relato a experiência da descoberta de um câncer que acometeu meu pai. O fato nos foi revelado após exames para diagnosticar o que parecia ser um AVC (acidente vascular cerebral). E durante vários dias vivenciamos um dilema: os familiares sabiam que era um tumor maligno, enquanto meu pai imaginava tratar-se apenas de um breve coágulo no cérebro.
Quando penso em meu pai, sempre me vem à mente uma pessoa ativa, dinâmica, criativa e muito batalhadora. Com pouca instrução, teve a capacidade de promover grandes realizações em sua vida. Proporcionou estudo aos seus cinco filhos e jamais permitiu que algo nos faltasse. Domina a matemática de maneira invejável para muitos estudantes de nível superior. Porém, ao lado de tantos aspectos positivos, há um contraponto tenaz: um terrível hábito de cultivar o pessimismo em momentos de adversidade.
Este aspecto já nos distanciou algumas vezes. Chegamos a trabalhar juntos por alguns anos, mas a divergência entre nossas posturas era objeto constante de conflito. Perante uma vicissitude ou uma oportunidade, eu sempre acreditava que seria possível, que daria certo. Já meu pai partia do pressuposto de que o jogo estava perdido.
Conhecendo este padrão de comportamento eu sabia que o ideal seria omitir a verdade sobre sua doença. Afinal, a cabeça comanda o corpo, de modo que em seu período de maior debilidade física, o melhor seria fazê-lo acreditar que tudo era relativamente simples e passageiro.
Contudo, hospitais trabalham com protocolos médicos. E um deles determina que todo paciente deve ser esclarecido com franqueza sobre seu quadro clínico e o tratamento ao qual será submetido. Diante disso, o pneumologista sentenciou: “Ou vocês, familiares, contam a ele o que está se passando, ou contaremos nós”.
Minhas irmãs decidiram por consenso que esta tarefa caberia a mim. E dois dias depois lá estava a sós com meu pai, em seu quarto, ao lado de seu leito. Solicitei-lhe que se sentasse, por um instante, de frente para mim. Segurei-lhe as mãos e reproduzo a seguir um resumo do diálogo que sucedeu:
– Pai, você acredita em Deus?
– Sim, acredito!
– E confia em mim?
– Com toda certeza, meu filho.
– Pois então, seu problema é um pouco mais grave do que imaginávamos...
– Eu já sabia... Mas não me conte. Eu não quero ouvir! Não quero! (virando o rosto)
– Mas eu preciso lhe dizer, porque ou você ouve de mim, ou ouvirá dos médicos. Você está com um tumor no pulmão. É algo raro, ainda mais para quem, como você, nunca fumou. E o coágulo em seu cérebro é uma consequência deste tumor.
– Então estou liquidado...
– Pai, deixe de pensar assim! Há tratamento, há cura, e é por isso que você está aqui, num dos melhores hospitais do país e com ótimos especialistas.
– É verdade? Mas me diga uma coisa, meu filho: isso não é câncer não, certo?
– É pai. É câncer. Tumor e câncer são a mesma coisa. Pouco importa o nome que se dê, mas sim que a medicina está muito evoluída e que juntos vamos sair desta.
Após esta conversa, senti que sua aceitação foi muito positiva. As lágrimas que rolaram foram menos intensas do que se poderia esperar. Mas fundamentalmente notei que ele decidiu abraçar a luta pela vida, em vez de entregar-se à enfermidade.
Eu poderia ter lhe dito que o tumor é maligno. Que seu estágio é avançado, alcançando os dois pulmões e que o edema no cérebro é fruto de uma metástase, caracterizando a evolução da doença. Poderia ter lhe dito que os oncologistas trabalham com expectativa de vida e que a luta não é pela cura, mas pelo que chamam de sobrevida. Mas optei conscientemente pela omissão. E descobri que há circunstâncias em que, sim, cabem meias-verdades. Porque elas aliviam, em lugar de ferir. Porque elas não são um erro, nem tampouco um acerto, mas apenas o adequado. Porque elas podem confortar e promover a esperança. Uma verdade oculta não é uma mentira contumaz.
Nietzsche dizia: “Não pretendo ser feliz, mas verdadeiro”. Abro mão da verdade plena e da minha felicidade, para ver feliz quem amo.
Tom Coelho.
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" VALE QUANTO PESA..."
Publicado em
13/08/2009
às
09:00
Lembram desta frase?
Não?
Claro, vocês têm menos idade do que eu... Não que eu seja velho!
Vou citar outra frase: “ A pausa que refresca”
E esta, recordam?
Também não?
Bem, as duas frases são da mesma época. Eram “slogan’ de produtos que fizeram sucesso e que estão te hoje na nossa memória. Memória daqueles da minha idade...
A primeira distinguia o sabonete “Vale quanto pesa”, muitas vezes confundido com o sabonete “Lifebuoy” e a segunda mostrava o slogan do refrigerante Coca Cola.
Agora estão lembrados?
São as publicidades antigas... As publicidades que atravessam o tempo.
Assim como nos dias de hoje, as publicidades estavam presentes em tudo. Claro que hoje com mais facilidade, em função das novas tecnologias existentes.
Com o início da televisão podemos assistir os comerciais em filme. Filme nas cores preto e branco... Anteriormente só podíamos “assistir” os comerciais através das ondas do rádio ou através das páginas dos jornais. Muitas vezes podíamos observar as publicidades nos “reclames” colocados nos bondes... Um “slogan” famoso colocado em bondes: “Dura lex sed lex, mas no cabelo só Gumex”.
Um comercial que jamais esqueceremos foi o que mostrava a história do “primeiro soutien”. Famoso! Ganhou inúmeros prêmios.
E a musiquinha: “Melhoral, Melhoral, é melhor e não faz mal...” Outro comercial que ficou na história e na nossa memória.
Tanto no rádio, como na TV, os comerciais nos tocam. Hoje, inclusive, com os comerciais veiculados junto à Internet. Pelo apresentado sou fã dos criadores destas “histórias”.
Mais um para a lembrança de vocês: “ O tempo passa, o tempo voa mas o Bamerindus continua numa boa...”. O Banco aludido neste comercial já se foi... mas a “musiquinha e sua letra” continua em nossa memória. Ate hoje!
Também o “slogan”: “Não é uma Brastemp...” Usado, por nós, até hoje, para mostrar algo de qualidade...
São os comerciais...
Disse anteriormente que admiro os criadores de publicidades. Admiro também a equipe toda... Pois um comercial, principalmente de TV, necessita de uma equipe enorme e coesa. É um trabalho estafante para nos deliciarmos em 30 segundos. É o tempo de veiculação de um comercial de TV. Podemos ter de 60 segundos, mas comumente são de 30 segundos.
É a criatividade a serviço dos negócios.
Dos bons negócios...
É a criatividade a serviço da qualidade, pois só vai para a história o comercial com qualidade e chega ao cliente...
Esta crônica é uma “pequena e modesta” homenagem aos publicitários de ontem, de hoje, de sempre e suas fabulosas equipes, que nos trazem diariamente suas “histórias”.
Os comerciais de rádio, jornal e TV e hoje os da Internet, é que alavancam o “Mundo dos negócios”. Acredito, como sempre acreditei, na comunicação. Ela completa o “grande” negócio. Não adianta possuirmos um “excelente” produto ou uma “excelente” empresa, se não soubermos como chegar até o nosso cliente, que é a razão da “nossa” sobrevivência. Não é a verdade?
Em tempo de crise ou não, necessitamos da criatividade para mostrarmos o “nosso” negócios. Não importa a mídia que utilizamos, mas necessitamos chegar no nosso cliente.
Comunicação junto ao nosso cliente é fundamental. Sempre será um investimento e não custo, como muitos apregoam por aí...
Até o próximo encontro, como dizia o “Grande Show Wallig”. Lembram? Acontecia, ao vivo, nas noites de todos os domingos na “saudosa” TV Piratini, canal 5, o pioneiro canal de televisão no Estado do Rio Grande do Sul. Era o “Fantástico – show da vida”, de hoje, mas apresentado somente nos “pampas”.
Tudo ontem...
Tudo através da comunicação.
Já dizia o “velho” Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica...”
David Iasnogrodski.
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Anarquia Institucional
Publicado em
09/08/2009
às
10:00
Foi na obra O espírito das leis, datada de 1748, que Charles Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu, apresentou sua “Teoria da
separação dos poderes” utilizada para respaldar a maioria das constituições liberais.
Ao poder Executivo cabe a função de administrar a coisa pública. Ao Legislativo, criar, extinguir ou modificar leis e fiscalizá-las. E ao Judiciário, julgar, sempre buscando dirimir conflitos de interesses.
Para limitar a autonomia destes poderes, o pensador francês sugeria um mecanismo de freios e contrapesos, por meio do qual um poder controlaria o outro, com o intuito de restringir atos despóticos e tirânicos. “Só o poder limita o poder”, dizia ele.
Assim, atuando com independência, porém em sinergia, os três poderes seriam responsáveis pela manutenção da ordem e pelo bom funcionamento do governo.
Contudo, o que temos notado em nosso país é a descaracterização destes princípios. Assim, vemos o Executivo legislando, mediante a edição das nefastas medidas provisórias, outorgadas pelo presidente da República. Embora não sejam leis, uma vez que serão apreciadas posteriormente pelo Congresso, apresentam força de lei, com efeito imediato após sua publicação. Apesar da emenda constitucional 32/2001 limitando a abrangência deste tipo de instrumento, sua utilização permanece tenaz, lembrando seu berço político, os decretos-lei do período militar.
O Legislativo, por sua vez, não tem feito nada além de instaurar Comissões Parlamentares de Inquérito, as CPIs, que embora sejam de sua atribuição constitucional, não deveriam figurar como prioridade ante a premência de reformas no plano tributário, previdenciário e político, para dizer o mínimo.
Finalmente, quanto ao Judiciário, o que temos é uma instituição distante da sociedade, marcada pela morosidade processual e por comandar a cadeia de reajustes no funcionalismo a partir do princípio da isonomia salarial. E que ficou em evidência recentemente graças às discussões envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa.
Nossos três poderes representam hoje o que há de mais retrógrado em termos de gestão pública. Não é por acaso que haja espaço para mensalões, farra com passagens aéreas, residências funcionais, aviões fretados, verbas indenizatórias, semana de trabalho com três dias, lobbies, propinas, favorecimentos, nepotismo, atos secretos e que tais.
Montesquieu dizia que o princípio de uma monarquia deve ser a honra; de um despotismo, o medo; e de uma república, a virtude. Na República Federativa do Brasil, onde está a virtude?
Tom Coelho.
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Disposição individual e ambiente geral
Publicado em
08/08/2009
às
09:00
Não há dúvida que muito influi sobre as pessoas os locais aonde vivem e a sociedade da qual participam.
Os seres deveras fortes espiritualmente, todavia, estão muito acima dos ambientes que os cercam.
Assim, por exemplo, mesmo em crise econômica existem pessoas e empresas que conseguem prosperar.
Negócios do mesmo ramo, vizinhos uns dos outros, podem possuir desenvolvimentos diferentes de acordo com a atitude de seus dirigentes.
Seres cheios de temor, sem esperança, indecisos, até em épocas de fartura geral podem fracassar em seus empreendimentos.
Tais fatos se repetem ao longo do tempo, há milênios, exemplificando sobre o poder da disposição das mentes individuais.
Se esperando coisas piores alguém se deixa dominar por um sentimento pessimista, mesmo sem que aquelas as tenha comprovado na prática, termina atraindo o fracasso e nele mergulha.
Bons ambientes potencializam a qualidade de homens de grande inteligência e muito os ajuda, como ocorreu em várias fases da história, na Atenas de Platão, na Florença de Leonardo da Vinci, na França de Voltaire.
Existiram, também, seres que souberam superar o entorno adverso, como ocorreu a Epicteto, este que esteve acima de todos os males da época em que viveu.
Inquestionavelmente, sem qualquer imputação de demérito, ter sido Aristóteles ao tempo de Alexandre foi certamente mais fácil que ser Epicteto ao tempo de Nero.
Absolutamente útil, inteligente, é cercar-se de pessoas de qualidade, buscando ambientes positivos; se em um meio de negatividades, entretanto, a superioridade do ser humano estará em não se deixar contaminar pelo mal do ambiente que o cerca.
A acomodação perante a adversidade ambiental é quase sempre uma forma de covardia.
Mesmo sendo um estóico Epicteto não foi tão conformado como pode parecer; construiu a sua Ética ao sabor da benevolência; sendo escravo no sistema social de seu tempo foi talvez o mais liberto dos homens de sua época, isso porque não aviltou seu pensamento.
A maior escravidão que o homem pode ter é a da perda da liberdade mental; o mesmo ocorre a uma nação quando de forma indigna cede a soberania cultural.
Quem se submete ao ambiente sabendo que nele só se pratica o vício ou o erro é menor do que o meio em que vive, porque nada faz para libertar-se ou libertá-lo.
O acomodado se habilita a ser um omisso; negando o poder que a vida lhe deu avilta-se pela inércia perante um destino onde tudo é dinâmico; ou seja, para ver a vida passar e acaba por não passar por ela.
A obrigação que perante o destino compete exercer não é apenas a de receber uma missão no processo evolutivo do universo, mas, de “interação”, ou seja, a de ser influenciado, mas, também exercer influência, contribuindo como pagamento ao recebido pela permissão da existência.
Antônio Lopes de Sá.
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Estamos Confundindo
Publicado em
06/08/2009
às
09:00
Sem adentrar no mérito em relação a quem tem razão nessas desavenças políticas todas que ocorrem na cidade hoje, quero neste texto prestar minha contribuição no sentido de esclarecer o papel do Poder Público em relação às empresas e negócios privados.
No mundo todo, empresas abrem e fecham suas portas todos os dias e isso ocorre por uma série de fatores alheios às atribuições de governos.
Fecham por questões de mercado, de sazonalidade de demanda, de custos, de negócios mal realizados, do mercado financeiro, de erros de estratégia por parte de seus dirigentes e uma série de outras questões.
E qual o papel então do Poder Público em relação à viabilização, a concretização e o fortalecimento dos negócios no país?
No que diz respeito às atribuições do Governo Federal, o mesmo deve conter a carga tributária, disponibilizar linhas de financiamento de máquinas, insumos e custeio de caixa, regular mercados, abrir as portas para as exportações, investir em infra-estrutura, estrutura portuária e aeroportuária, estradas, disponibilizar gás e energia elétrica.
Ao Governo do Estado cabe lutar pela permanência de empresas em seu território, conceder alguns incentivos, conservar as estradas estaduais, viabilizar o escoamento da safra agrícola através de investimento em estradas vicinais, qualificar a mão de obra e lutar por mercados junto com os empresários, seja em nível interno ou externo.
E ao Governo Municipal, o que cabe realizar?
Em primeiro lugar, deve haver áreas disponíveis com infra-estrutura básica, ou seja, asfalto, esgoto coletado e tratado, água encanada, guias, sarjetas, energia elétrica e galerias de águas pluviais.
Tais terrenos devem ser desmembrados em diversos tamanhos, pois assim haverá sempre uma área de acordo com a necessidade do empresário.
Isso é o básico do básico, todas as cidades deveriam disponibilizar e a maioria disponibiliza.
Depois, podemos também disponibilizar um programa de benefícios para que as empresas se instalem, cresçam e se fortaleçam. Isso, quase todo mundo tem também. Esse nós temos.
Qualificar mão de obra é essencial.
O empresário gosta de saber que tem com quem contar quando necessitar de alguma coisa, então um departamento municipal bem estruturado também é necessário, sua existência, por si só, já é um diferencial para a cidade. Nem todas têm. Hoje temos o nosso.
Então, qual o caminho?
Não estou aqui defendendo o prefeito municipal de Bebedouro, nem o vice ou qualquer assessor, até porque não os avalizo politicamente nem quanto às suas ações administrativas.
O que quero dizer e lembrar aos leitores é o seguinte:
Em primeiro lugar, o departamento municipal de desenvolvimento econômico de nossa cidade nunca funcionou a contento.
O governo Italiano assumiu a prefeitura em meio ao turbilhão de uma crise econômica mundial não vista há pelo menos cinqüenta anos.
O raio x da cidade no que diz respeito às áreas industriais que fizemos no inicio do ano mostrou sérios problemas a ser enfrentados, tais como: o asfalto esburacado, a má iluminação pública, problemas quanto ao abastecimento de água, galerias pluviais mal feitas ou ineficientes e a completa falta de infra-estrutura em alguns distritos industriais.
Vale aqui ressaltar, que um desses distritos industriais foi implantado há mais de vinte e cinco anos e, nesse período todo, ninguém se mexeu para melhorá-lo. Ninguém olhou para as empresas que lá se instalaram. Foi uma desídia total com o desenvolvimento.
E quanto às áreas que deveríamos ter disponíveis para empresários que por alguns diferenciais que possuímos, como por exemplo, a logística, gostariam de aqui instalar seus negócios?
Não tínhamos nada, absolutamente nada a oferecer! A questão da falta de terrenos já foi discutida à exaustão e a constatação é de que realmente necessitamos de novos terrenos, novas áreas disponíveis.
Ai, concluímos o seguinte:
Perdemos o trem da história, diversas cidades de nossa região iniciaram 2009 muito a nossa frente.
Nosso programa de incentivos, o PRODEBE, embora em vigor há muitos anos, jamais havia concedido qualquer incentivo a uma empresa.
Só tínhamos um departamento de desenvolvimento no papel e sem estrutura.
E ai, onde eu quero chegar com tudo isso?
É o seguinte:
Prefeitos, governadores e presidentes da república não têm poder para intervir diretamente em negócios privados.
Se eu resolver fechar uma empresa da qual sou o proprietário porque a mesma não mais é viável, pode vir o Bispo junto com o Papa aqui que na vou desistir da idéia.
O que poder ser feito pelos governantes é apoiar empresários em dificuldades quanto aos seus pleitos, suas necessidades. Apoiar politicamente fazendo pressão ou articulação. Isso sim é possível.
Prefeitos não tem atribuição e nem poder para abrir empresas ou obrigar que empresários optem por sua cidade.
E o que temos que fazer então?
Conquistar, convencer e encantar. Mostrar vantagens e oferecer vantagens.
Exatamente o que está sendo feito, salvo algumas correções de rumo.
Há muito a ser criticado no governo que se iniciou este ano, mas dizer que o mesmo não está trabalhando pelo desenvolvimento é uma grande mentira e até falta de ética, já que tal valor está tão na mídia, por que não apelarmos para ele?
Andemos pela cidade e veremos ruas em distritos industriais sendo asfaltadas com a disponibilização da infra-estrutura necessária para negócios se desenvolverem, terrenos estão sendo retomados pela prefeitura para licitação entre aqueles empreendedores que tem projetos a ser viabilizados, algumas pequenas empresas já estão assinando as primeiras carteiras de trabalho e outras virão por ai.
Contatos com empresários são executados diariamente e, mais cedo ou mais tarde, surtirão efeito e alegrias poderão vir por ai.
Negociações estão em andamento e em breve certamente serão anunciadas.
Verbas estão sendo conquistadas e viabilizadas visando corrigir as falhas dos distritos já existentes e o PRODEBE está finalmente funcionando a contento.
O departamento está desenvolvendo ações quanto ao levantamento de dados importantes para a atividade empreendedora, implantando programas de qualificação de mão de obra e apoio ao empresariado e lutando pela imediata disponibilização do básico, aquilo que todos oferecem aos empresários e que até o inicio deste ano não tínhamos.
Acredito que Spido tem feito o dever de casa à frente do setor desenvolvimentista de Bebedouro e como todo o dever de casa, lógico, correções são necessárias e cabíveis, mas o mérito está em enfrentar a questão e lutar pelo norteamento de um fator fundamental para a qualidade de vida, a economia e o fortalecimento de Bebedouro, o desenvolvimento econômico é a chave do progresso.
Como diz o ditado: "O tempo é o Senhor da razão, mas o apoio e a crença são fatores extremamente importantes na busca da superação de nossas dificuldades.
Então, façamos nossa parte enquanto principais interessados no desenvolvimento econômico de nossa querida Bebedouro, passemos a ressaltar as qualidades que temos ao invés dos defeitos, deixemos de lado o ceticismo e o pragmatismo, não nos insurgiremos contra aquilo que nos é caro. Devemos valorizar nossa terra e orgulharmo-nos dela.
José Rodrigo de Almeida.
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Nova ordem contábil mundial e seus controles
Publicado em
04/08/2009
às
09:00
Com as regras contábeis sendo alteradas e aprimoradas com a implementação do International Financial Reporting Standard (IFRS) no Brasil – ocorrida com a publicação da Lei nº 11.638, em 28 de dezembro de 2007 -, que trata da padronização dos relatórios financeiros internacionais, o objetivo é buscar a harmonização contábil no País.
Entretanto, um dos grandes problemas identificados pelos organismos internacionais está relacionado com o processo de harmonização da linguagem contábil em meio ao cenário mundial existente, através da aplicação das normas emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB). Para muitos ainda é um bicho de sete cabeças, principalmente para empresas de pequeno e médio porte, pois as grandes corporações com operações no exterior já aplicaram ou estão buscando alternativas, sistemas e profissionais para realizarem tais mudanças.
Não podemos esquecer ainda que as experiências de um passado – já não muito distante – mostram que podem ocorrer perdas na essência da norma entre a tradução para o idioma nacional, a interpretação e a aplicação das mesmas a eventos locais.
O fato é que a grande mudança está principalmente na cultura contábil aplicada no Brasil. A Lei 11.638/07 surgiu para complementar a última lei existente, a de nº 6.404, de 1976. Entretanto, a norma internacional trabalha com a essência. Mas qual é o problema?
Na realidade, poderá ocorrer que empresas do mesmo ramo de atividade venham a apresentar demonstrações contábeis de formas e resultados diferentes mesmo comercializando o mesmo produto e/ou serviço. Conforme a norma internacional, a forma de apresentação estará intensamente integrada às notas explicativas, haja vista que as empresas poderão contabilizar de acordo com a essência contábil — mas deverão justificar o método aplicado.
Por esse motivo, externarmos a preocupação com o controle contábil, afinal estará muito mais em evidência no dia-a-dia da contabilidade esta necessidade, sem contar com a maior especialização dos profissionais da área. Soma-se a isso as mudanças que vem ocorrendo no mundo corporativo, com a controladoria assumindo uma posição de destaque e, como o próprio nome sugere, deverá controlar mais e ainda participar da gestão do negócio. O profissional de controladoria necessita entender melhor o objetivo do negócio para que a essência contábil possa ser mais bem aplicada e seus controles melhor justificados.
A harmonização contábil deverá ocorrer a partir de 2010, mas os ajustes já estão ocorrendo, com pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC (Comissão de Pronunciamentos Contábeis), e validados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para se ter uma noção vale a pena ler a deliberação CVM de nº 550, que apresenta uma forma de apresentação dos derivativos utilizados pelas empresas, feita após os escândalos ocorridos com operações de derivativos. Portanto, a deliberação apresenta um modelo que as empresas devem divulgar as suas operações de derivativos. Porém, para isso, o controle e conhecimento são de suma importância.
Acreditamos que a plenitude da mudança ainda deve demorar, pois o problema cultural que sempre atrapalha nas grandes mudanças atormentará por algum tempo contadores e administradores. Mas em breve haverá muita sinergia entre todos e os balanços, que deverão representar muito bem se a governança corporativa esta sendo aplicada – ocorrendo, dessa forma, uma maior valorização do profissional de contabilidade.
Marcos Assi.
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O MASCARADO
Publicado em
03/08/2009
às
14:00
Numa madrugada dessas junto a um posto de saúde, chega um indivíduo cantando com voz anasalada: “Tanto riso, ó tanta alegria, mais de mil palhaços no salão...”
- E o senhor? O que deseja?
- Eu? Eu?
- Sim, meu senhor. O que deseja?
- Estou gripado. Acho que é esta tal de gripe A, B ou Y. Não sei bem a letra...
- Moço, o senhor vai me desculpar. O senhor está é bêbado. Cantando e com odor de álcool. E nós aqui com o posto repleto de pacientes querendo se tratar e o senhor só está nos atrapalhando. O senhor está é bêbado...! E bem bêbado... Ainda mais com esta máscara de carnaval cobrindo o seu rosto... Simplesmente ridículo!
- Sim, doutor. Estou cantando. Estou mascarado. Estou gripado...
- Então o que o senhor precisa é tomar algo para curar esta bebedeira...
- Já lhe disse: “Não sou bêbado. Não estou de” "porre”. Estou, isso sim, é gripado. E bem gripado...
- Como o senhor sabe? O senhor é médico?
- Ora, estou com voz anasalada. Estou com febre. E bem alta... Estou com dor na minha cabeça. Está difícil de engolir... Até a saliva! E este cheiro de álcool que o senhor está sentindo é em função de que eu vi na televisão que a gente necessita lavar bem as mãos e o rosto.
- Está certo! O que o senhor viu na TV está correto, mas isto não significa que o senhor não está bêbado. O senhor está cantando e mascarado... E nesta hora da noite!
- Claro! Vi na televisão... Tudo na televisão... Ela é a culpada! Vi que a gente necessitava lavar as mãos e o rosto com bastante assiduidade com álcool e colocar uma máscara no rosto para evitar contágios com os colegas e familiares.
- Certo! Tudo certo! Mas o senhor não está bêbado?
- Volto a afirmar. Não estou bêbado. Estou assim, desta maneira, em função das diversas lavagens que efetuei com o álcool da minha casa. O cheiro é do álcool... Ele é que me deixou assim – “todo alegrão”. Por esse motivo a cantoria...
- E a máscara?
- Ora! Doutor... O senhor não está de máscara também?
- Sim! Estou em função do meu trabalho... Todos os médicos devem utilizar máscaras para evitar contágios com as doenças.
- E eu também! Estou de máscara, pois não pude comprar uma igual à do senhor. Procurei na minha casa e encontrei esta máscara de cavalo... Eu a usei no último carnaval. Nós tínhamos um grupo grande de pessoas que estavam usando, no baile, a mesma máscara... Foi um “barato”... Não deixa de ser uma máscara. Não é verdade? “Quem não tem cão, caça com o gato...”.
- O senhor tem razão... Agora estou entendendo o seu caso. O seu diagnóstico! Vendo por esse ângulo observo que o senhor não está bêbado.
- Estou gripado, doutor. Já lhe disse desde o início da nossa conversa. E aí o que o senhor vai fazer comigo?
- Vou lhe examinar. Se for realmente a gripe A...
- É esta gripe mesmo, doutor...
- Bem, o diagnóstico é comigo... Se for a gripe A vou lhe fornecer o remédio adequado e lhe darei um atestado onde o senhor deverá permanecer em casa por sete dias, enquanto esta gripe permanecer no seu corpo... Certo?
- Doutor, só sete dias?
- Sim, no máximo sete dias...
- Doutor, não poderia ser esta licença até o próximo carnaval? Afinal de contas já estou com a máscara e também já estou cantando... Faça esse favor para mim. Deixa-me ficar cantando, em casa, até o próximo carnaval:
“Tanto riso,
Ó tanta alegria,
Mais de mil palhaços no salão...”
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Gripe A – uma realidade quase mundial...
Mas o melhor carnaval ainda é o brasileiro...
Esse ”produto” não é mundial...
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“Tanto riso,
Ó tanta alegria,
Mais de mil palhaços no salão...”
David Iasnogrodski.
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Enfiar a Viola no Saco com Ética
Publicado em
02/08/2009
às
09:00
A propósito do escracho público a qual fomos submetidos inclusive por parte da imprensa, quando da aquisição de uma área para desenvolvermos o novo Distrito Industrial de Bebedouro, tenho a fazer as seguintes considerações:
1 O parecer a respeito da necessidade de adquirirmos novas áreas para a instalação de empresas foi elaborado com base num profundo estudo realizado na legislação e nos títulos aquisitivos dos Distritos existentes.
2 Chegamos ao consenso que seria inviável, e porque não dizer impossível, retomarmos áreas significativas de Distritos existentes por falta de embasamento legal para tanto, ou seja, as leis que instituíram tais empreendimentos, quando existentes, possuíam uma série de falhas e erros que impossibilitavam a retomada em médio prazo dos terrenos.
3 A procura de áreas por empresários que se dirigiram ao novo Departamento Municipal de Desenvolvimento Econômico era significativa naquele momento, tanto que grandes empreendimentos serão viabilizados na nova área tão logo a administração licencie o terreno e viabilize a infra estrutura básica.
A que conclusão chegamos, então? Que a vontade de realizar de todos nós membros daquele Departamento, junto à coragem do Prefeito, de logo no início de uma administração efetuar tal aquisição estaria possibilitando a materialização da filosofia do governo que se iniciava em cuidar do desenvolvimento da cidade.
E o que fizeram os mordidos e despeitados rejeitados nas urnas? Denuncismo barato, imputações e sugestionamentos mesquinhos e sem qualquer base, levando parte da população a crer que alguém estaria levando vantagem com a negociação.
Lesaram nossas reputações com capas em jornais mencionando superfaturamento, buscaram laudos incorretos e ilegítimos, jogaram os nomes de pessoas idôneas e sérias na lama apenas para desestabilizar a administração Italiano logo no início.
Se não concordam com a administração, ganhem a próxima eleição e façam do seu jeito. Estamos numa democracia, é democrático não concordar. É a salutar o conflito de opiniões, o que não vale é se utilizar de artifícios baratos para atingir àqueles que não participaram do pleito eleitoral e só estão ali para dar sua contribuição para o coletivo recebendo o justo por sua dedicação.
Gustavo Spido sempre foi exemplo de vitória. Um garoto recém formado que monta com o pai uma pequena empresa e em poucos anos a transforma numa das principais empregadoras do município, entra para a política em busca do sonho de melhorar as condições de vida da população de sua cidade tem seu nome jogado na sarjeta por mesquinharia e rusgas políticas, sendo execrado na imprensa local como alguém que logo ao entrar na administração buscou levar vantagem pessoal, é no mínimo o ápice da falta de ética.
Apurem calados senhores! Quando houver a certeza ai denunciem e submetam as pessoas ao julgamento popular e da justiça. O que não podemos admitir é que até ontem, todos nós membros do Departamento e o Prefeito fomos apontados nas ruas como pessoas inidôneas e nossas famílias, clientes e amigos que sempre nos admiraram e em nós confiaram, por alguns momentos puderam desconfiar que fizemos algo errado e ilegal.
Saiu o laudo encomendado pelo Ministério Público, o valor que tínhamos era de R$ 4,37 por metro quadrado e o valor atestado pelos auxiliares do Promotor Público é de R$ 4,40 o metro quadrado. Nós agimos corretamente, pagamos o justo pelo terreno. Ai pergunto, e agora?
Seremos capa dos mesmos jornais que levantaram a suspeita de termos cometido irregularidades?
Haverá reparações?
E a ética onde está?
Veremos quais serão as cenas dos próximos capítulos desta novela.
José Rodrigo de Almeida.
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A Fragilidade da Vida
Publicado em
30/07/2009
às
09:00
Quase cinco anos após o falecimento de minha mãe, estou de volta a hospitais. Meu pai teve o que parecia ser um AVC (acidente vascular cerebral), pois sofreu uma hemiplegia – paralisação do lado esquerdo do corpo (braço e perna).
Transportado por UTI móvel até um hospital em São Paulo, uma tomografia indicou algo pior. Não era um AVC, mas sim um edema oriundo de metástase de um câncer posteriormente identificado em seus pulmões.
Para quem jamais fumou um cigarro sequer, foi uma grande surpresa. Sabe-se que 85% dos casos de câncer de pulmão acometem pessoas com histórico de tabagismo. Portanto, restam outros 15%, grupo no qual meu pai foi laureado.
Mais intrigante ainda é que a doença não é recente. Embora não seja possível precisar seu início, pode-se depreender que vem se desenvolvendo há mais de dez anos! Isso me leva a rever drasticamente meu conceito sobre a funcionalidade dos check-ups convencionais. Acabo de descobrir que exames clínicos diversos e mesmo radiografias eventuais são insuficientes para sinalizar uma doença silenciosa e perversa como esta.
Ao longo dos últimos 30 dias temos vivido uma verdadeira maratona. Passamos por quatro hospitais, enfrentando uma burocracia invejável, digna do mais áureo período do militarismo em nosso país, para obter guias e autorizações. Todos os procedimentos são morosos e sua abreviação depende da insistência e do monitoramento permanente de nós, familiares, junto aos burocratas do sistema. A saúde, tal qual a educação, é um excelente negócio...
Enquanto isso, assistir a meu pai, em seu cotidiano, leva-me a reconhecer a fragilidade e brevidade de nossas vidas. Do alto de seus 68 anos de idade, um homem ativo e falante tem limitações e inquietações patrocinadas pela doença que o aproximam de um recém-nascido, fazendo-o demandar auxílio para movimentar-se, alimentar-se, higienizar-se.
Em paralelo, o tempo, que passa devagar num leito de hospital, convida à reflexão. Paciente e acompanhante são tomados por um senso de urgência e de valorização da vida. Lembranças que nos visitam a mente, memórias de pessoas e eventos, coisas que fizemos e deixamos de fazer. A sensibilidade floresce, de modo que basta ouvir a voz ou vislumbrar o semblante de quem se gosta para que as lágrimas inundem os olhos.
Não é por acaso que quando abordo o conceito das Sete Vidas, principio falando sobre a saúde. Sem integridade física e mental, todo o mais carece de significado.
Podemos sobreviver 50 dias sem comer, 100 horas sem beber água, 15 minutos sem respirar, mas nem um único segundo sem fé. A certeza de que faremos mais do que o possível, a segurança de que buscaremos todos os meios e recursos necessários, a esperança de que o bem vencerá o mal. E a confiança de que, no fim, tudo dará certo.
Tom Coelho.
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CRESCER
Publicado em
29/07/2009
às
09:00
Crescer para que?
Para sobreviver?
Para viver?
Para sofrer?
Para que?
Muitos, como eu, devem estar pensando neste assunto. Ao olharmos a TV notamos que muitas vezes não adianta crescer (nem fisicamente...), pois observamos a incompreensão de muitos ou a corrupção de outros. Tudo isso em função da realidade em que vivemos. E que realidade!
Cada vez mais notamos que há impeditivos para o crescimento do ser humano. O financeiro, normalmente, é um grande impeditivo. Outro é a inveja. É verdade!
Em pleno século XXI, a inveja continua sendo um fator de grande impedimento para o crescimento. O cultural e o social também são fatores que redundam em negatividade para o crescimento natural do ser humano.
O que fazer?
Digo para mim mesmo: excelente pergunta.
Onde está a resposta?
Onde procurar a resposta?
Sob minha ótica é procurar sempre, tentar, sair destes empecilhos. Procurar ultrapassar estas barreiras nefastas a todos nós. Procurar crescer! Sem ferir a ética.
Sim, a ética. Ética acima de tudo e sempre! Sei que muitos não pensam e nem agem com este pensamento. Pensam, isso sim, em crescer a qualquer custo e a qualquer preço...
Não pertencem ao meu “time”...
Posso perder... mas não perco a ética. Não perco a honestidade. Não perco a minha personalidade e nem o meu nome.
Falando em nome: é o único bem patrimonial que possuímos e não fomos nós que o escolhemos.
Pensaram neste assunto?
É um bem que fomos obsequiados e nos pertence. E se nos pertence devemos honrá-lo com altivez, em função das pessoas que nos obsequiaram – nossos pais. Nossos amigos leais. Pensando neles, devemos pensar na ética. Pensando “nesta” ética podemos pensar neste crescimento.
Crescer com ética! Não é fácil...
Por tudo isso me pergunto: porque a inveja?
Porque não podemos crescer naturalmente?
Se tivermos capacidade, devemos crescer naturalmente.
Mas não é esta a realidade...
Infelizmente!!!
David Iasnogrodski.
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O que importa
Publicado em
26/07/2009
às
10:00
Olá! Como está? Cheio de planos?
Eu tenho um compromisso com você de trazer sempre alguma experiência que vivenciei buscando projetá-la em situações que vivemos no nosso cotidiano profissional. E esse compromisso continua firme.
É muito comum ouvir, nas minhas palestras, as pessoas comentarem fatos como os abaixo:
• “Meu chefe não valoriza as minhas ações. Como mudá-lo?
• “A empresa em que trabalho não possui um plano de carreira e pouco investe nos colaboradores”.
• “Vivo num mundo de trabalho hostil.”
• “Não há como mudar a minha rotina, tenho que fazer as coisas sempre da mesma forma!”
Essas questões são fortemente debatidas nos programas que tenho desenvolvido para liderança de equipes, administração de conflitos e inovação. E é cada vez mais comum encontrar essas situações dentro das organizações.
Penso muito nesses acontecimentos, reflito e acabo por concluir que não importa o que as pessoas fazem conosco. O que realmente importa é o que estamos fazendo com nós mesmos e o que permitimos que os outros nos façam.
É aí que entra a sua enorme responsabilidade em virar esse jogo. O que você preparou para realizar neste ano que, pelo menos, amenize situações como as descritas acima?
Bem, junte forças e vamos em frente
Abraço,
Maria Inês Felippe.
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Empresas de menor porte e orientação contábil
Publicado em
25/07/2009
às
09:00
A colaboração que o Contador pode dar à empresa vai muito além dos limites que a maioria dos empresários requer.
Preocupados com os rigores das exigências fiscais, cada vez mais complexas, ao profissional da área contábil tem ficado pouco tempo, também, para fazer ver aos clientes quantos recursos podem ser oferecidos pela tecnologia.
Erros administrativos, pois, podem ser acumulados em razão da falta de indagação analítica sobre os acontecimentos do dia a dia.
A tendência de deixar-se absorver pela burocracia veda a visão às vezes sobre as coisas mais importantes, sobre detalhes da vida dos empreendimentos; a falta de “parar para pensar”, de “dialogar”, pode custar muito caro, e, deveras custa.
Assim, por exemplo, o simples pesquisar até que ponto uma variedade de produtos a venda é proveitosa para uma empresa pode provocar menores lucros e até prejuízos.
Portanto, indagar sobre a conveniência de concentrar a produção em um só artigo ou manter diversos deles é fato vital nas indústrias; o mesmo ocorre no comércio com a variedade de mercadorias, e, também, nas prestações de serviços.
O profissional da Contabilidade, em função de consultoria, pode realizar indagações analíticas que oferecem conclusões sobre os “critérios de conveniência”.
Não importa o tamanho que a empresa possa ter; a maioria, sabemos, é de pequena e média dimensão (99,99% do universo dos empreendimentos), mas, mesmo assim, o problema continua sendo o mesmo, necessitando de atenção.
Diversificar ou não, manter a diversificação ou não, são questões do dia a dia que um contador pode estudar para a orientação clientes.
A importância da análise de custos destaca-se, pois, como algo de relevância na vida dos negócios.
Em geral, quando se fala em custos a primeira idéia que surge é a de “complicação”; hoje, todavia, os sistemas estão de tal forma beneficiados pelas conquistas da Informática que a questão pode ser resolvida com simplicidade.
A fim de mostrar o quanto é singelo o tema escrevi uma obra sobre Custos que a editora Juruá tem no prelo; a questão é só a de adotar um bom método, adequado ao que a empresa necessita, em vez de se meter em complexos enlatados comerciais que geralmente importados não servem para o caso brasileiro.
Em geral as formações universitárias enfocam prioritariamente grandes organizações como “modelos”, quando, em realidade, dever-se-iam preocupar prioritariamente com o que representa a quase totalidade do universo de trabalho e que é constituído de menores organizações.
Não se trata de sugerir a exclusão do estudo das empresas maiores, mas, sim de atribuir preferência ao que possui grande expressão social e que na prática representa a maior fatia do mercado de trabalho.
Como professor sempre me preocupou criar em meus discípulos uma consciência ética de socorro aos menores, em nível de igualdade ao que se daria aos grandes empreendimentos, pois, não se deve discriminar em matéria de assistência profissional.
O fato de alguns empresários entenderem que a escrita contábil só tem a finalidade de cumprir formalidades fiscais impede aos mesmos de tirar um grande proveito do valor que representa a análise das informações, mas isso não deve representar um obstáculo e sim um estimulo para o contador, no sentido de esclarecer e ajudar.
É natural que um comerciante possa desconhecer tal utilidade, mas, não o é que o profissional deixe de prestar orientação, mesmo quando essa não venha a ser requerida.
Compete ao contador a iniciativa de mostrar o valor de uma análise de situação, a importância dos levantamentos e estudo dos custos, a dos controles internos mesmo singelos, de manejo financeiro de menor risco.
Um homem de negócios quase sempre entende bem do ramo que tem como atividade, mas, nem sempre de como se administra de forma eficiente; saber comprar, vender e fabricar não basta.
Conheci empresários que sendo bons entendedores das técnicas comerciais e industriais fracassaram, todavia, em seus empreendimentos; também lidei com os que valorizaram as orientações técnicas contábeis e administrativas e tiveram grande sucesso; não foram poucas as empresas pequenas que pela consultoria que lhes ofereci transformaram-se em médias e até em grandes.
O que diferencia o conhecimento empírico daquele científico é a qualidade do mesmo em face da racionalidade.
A percepção subjetiva que cada um, pela experiência vai adquirindo, termina por formar juízos próprios de cada pessoa, mas, nem sempre esses são válidos em todas as partes e sob quaisquer circunstâncias.
Muitos empresários podem dar-nos lições de suas vidas e experiências, mas, poucos entendem o porquê realmente as coisas acontecem em relação ao comportamento da riqueza.
Por isto é habitual encontrarmos máximas errôneas, que aceitas como certas podem até ter aparência de eficácia, mas, na realidade representando apenas uma parcela do que de um total de sucesso poderia ser conseguido.
A orientação contábil pode e enseja corrigir erros administrativos; como ciência que é a Contabilidade não se confunde com a informação que muitos acham ser o seu limite; por mais sofisticado que seja um sistema informativo ele será sempre ineficaz se não for utilizado como instrumento de orientação racional, tenha a empresa que dimensão tiver.
Antônio Lopes de Sá.
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Ingrediente Secreto
Publicado em
24/07/2009
às
09:00
Parece que estamos sempre procurando uma fórmula para o sucesso. A ansiedade toma conta do ser. Cursos, seminários, pós graduação, palestras, autobiografias de pessoas de sucesso, na procura da fórmula que nos garante ou nos remete ao caminho do sucesso financeiro, emocional, familiar.
No filme Kung Fu Panda, o candidato ao terminar seu exaustivo treinamento, tem a acesso a um pergaminho que revelaria o segredo, o ingrediente secreto pra se tornar um guerreiro Kung Fu. Ao abrir o pergaminho, o vê vazio, em branco, somente refletindo sua imagem. Seu mestre se espantou, não entenderam, mas logo a ficha caiu.
Não existe ingrediente secreto, o ingrediente secreto é sempre você. O guerreiro, em poder do segredo, que é ele mesmo, se deu conta que acreditando em si, em suas habilidades, venceria as batalhas.
E assim é a vida. É óbvio que se adquire conhecimento em todos os investimentos na área acadêmica, porém o ingrediente secrete sempre virá de dentro de você, de sua atitude. Planeje, acredite, realize.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Milagreiros da Advocacia
Publicado em
23/07/2009
às
09:00
Faltam exatamente quatro meses de aulas para que eu consiga o título de bacharel em Direito.
Sem dúvida alguma optei por uma profissão apaixonante, importante no sistema democrático brasileiro, que exige muita responsabilidade, ética e dedicação.
Antes mesmo de me formar, procuro participar ativamente das entidades ligadas à advocacia. Sou estagiário inscrito na O.A.B., associado ao Instituto Brasileiro de Estudos do Direito Civil e à Associação dos Advogados de São Paulo.
Ocorre, que diariamente nos deparamos com situações das quais em alguns momentos ficamos desanimados em relação à profissão.
Aprendi com meu pai a tratar o processo judicial e a análise documental como se fossem um paciente do médico. Médicos, dificilmente prescrevem remédios antes de examinar o doente. Assim fazemos na advocacia. Antes de qualquer prognóstico, examinamos o "doente”.
Você já viu um dentista dizer que tipo de tratamento fará em seu dente antes de examiná-lo? Óbvio que não.
A profissão cuja concorrência é a mais desleal atualmente, acredito seja a advocacia.
Colegas encontram clientes de outros advogados e opinam a respeito de processos sob os cuidados destes, dizem inverdades, fazem análise do trabalho dos outros sem conhecimento em relação à causa, os documentos, os fatos e por ai vai.
O pior de tudo são os milagreiros, ou seja, aqueles que prometem prazos para a solução de um litígio, dizem que resolveriam aquilo numa única petição ao juiz ou que de alguma forma, como num passe de mágica, se aquela causa fosse a ele confiada, tudo já estaria resolvido.
A falta de ética e respeito aos colegas atinge o ápice quando encontra a necessidade do outro em ganhar algum dinheiro à custa da promessa e da mentira.
Ninguém pode prometer aquilo que dele não depende. Não pode prometer 100% de chances de o cliente ganhar uma demanda. Igualmente não pode criticar o trabalho do colega antes de ver o processo, saber dos fatos ou ver os documentos.
Mesmo quando encontramos sérios erros em trabalhos de colegas, nos reservamos ao direito de não opinar, se houver uma solução, se a causa a nós for confiada buscaremos corrigir o caminho, mas nunca desmerecer ninguém. Afinal, todos são passíveis de falhas, todos estão sujeitos a errar.
A verdade é que o número de advogados é muito grande e há uma grande desunião entre os profissionais. Não há o menor respeito, não há diálogo produtivo e também não existe gratidão.
Todos os dias advogados se visitam em busca de alguma orientação do outro, de palpites ou livros. Também buscamos orientações com outros profissionais nas áreas onde menos atuamos, pedimos eventualmente algum livro que não temos ou uma opinião em relação a algum caso.
Somos gratos aos que nos auxiliam, mas já presenciei muita ingratidão em relação a aqueles que aqui vêm.
Advogados que fizeram seu nome graças ao trabalho de meu pai são incapazes de passar no escritório para tomar um café, bater um papo ou trocar umas idéias.
O que fazem na verdade, é hoje concorrer pelas causas utilizando-se daqueles artifícios que mencionei anteriormente. Esquecem-se de que outrora dependeram do apoio dos colegas. Os criticam, diminuem e desmerecem.
A ingratidão, a falta de ética, a desvalorização da verdade e o desrespeito infelizmente, hoje, predominam entre os advogados.
Claro que existem as exceções, mas em regra, acho que a concorrência tornou os profissionais do Direito pessoas desacopladas dos valores importantes para a vida em sociedade.
Mas, diante de tudo isso não desanimo, pelo contrário, acredito que a nova geração de advogados que hora entra no mercado, sobretudo aqueles que estão se formando nas faculdades de Bebedouro e que serão colegas desde o primeiro ano do curso terão maior união e trarão gratas surpresas para a profissão. Quem sabe até dando lições nos mais antigos?
José Rodrigo de Almeida.
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Afinal, o que é motivação?
Publicado em
22/07/2009
às
14:00
E m quase todas as reuniões de empresa que participo, os dirigentes falam que seus funcionários precisam de "motivação". Muitos me pedem "programas de motivação" para seus empregados.
Afinal, o que é motivação? Como conseguir empregados motivados? Serão salários altos? Serão programas de incentivo? O que fazer?
A primeira coisa que precisamos deixar bem claro é que ninguém "motiva" ninguém. É a própria pessoa que se auto-motiva. Motivar é ter "motivos". Ter motivos para trabalhar, para se dedicar, para se comprometer, para querer vencer, para querer aprender, para se dedicar àquilo que faz.
O que a empresa deve e pode fazer é criar as contingências necessárias à motivação. Isto quer dizer criar um "clima" em que as pessoas sintam-se motivadas a empreender e fazer o que seja necessário. Nas pesquisas que temos feito com várias empresas temos visto que o salário e um bom pacote de remuneração é importante - sem isso, como fator básico, é muito difícil conseguir-se empregados motivados. Mas o salário e benefícios pecuniários e que tais, não são suficientes. Conheço empresas em que as pessoas ganham muito e não são totalmente comprometidas com o sucesso da empresa, de seus clientes, de seus mercados, de suas marcas.
Temos visto que os principais fatores de motivação hoje são AUTONOMIA E INICIATIVA. A empresa deve ser capaz de oferecer a seus funcionários a autonomia necessária para que possam exercer sua criatividade e tomar decisões e até, como temos dito, errar. Sem autonomia, as pessoas sentem-se numa rotina massacrante que embota a criatividade e faz com que elas não se comprometam com o que fazem. Dê o nome que quiser: empowerment ou delegação. Mas promova a autonomia em sua empresa. Deixe as pessoas tentarem, experimentarem, fazerem.
O segundo é a iniciativa. A iniciativa é uma decorrência direta da autonomia. Há que se valorizar funcionários que tenham iniciativa. Um grande empresário me disse: "Prefiro empregados que tenho que 'segurar' do que empregados que tenho que 'empurrar'." Numa empresa em que a iniciativa é punida ou desencorajada não pode haver motivação.
O ser humano precisa de desafios. Quer ser desafiado. Quer poder fazer, tentar, experimentar e só assim sentirá orgulho de si próprio. Esse "orgulho" é que o fará um ser "motivado".
Nesta semana, pense nisso. Dê autonomia e iniciativa a seu pessoal e você verá a diferença e conhecerá uma empresa em que as pessoas são "motivadas".
Luiz Marins.
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O Rio de Janeiro continua lindo!
Publicado em
20/07/2009
às
09:00
Lembram da música?
Tanto a letra como a realidade carioca continuam iguais. Lindas!
E a segurança pública ou insegurança pública? Devem estar me indagando. Não é verdade?
E eu respondo: não presenciei nada de anormal. Nada de diferente com outra capital brasileira, dita grande...
- Não vão aqui!
- Não vão ali!
- Não andam com “tal” transporte público...
- Não andam...
Todos a me recomendar antes de chegar no Rio de Janeiro. ( mesmas recomendações que a “gente” diz a todos quando vão a qualquer outro lugar brasileiro, atualmente...).
E o que eu presenciei?
Cidade linda. Como antes... Bem policiada, ao menos nos lugares que freqüentei.
Não fui onde o Papa esteve...
Não fui nas favelas.
Mas andei a noite. Estavam as noites com chuviscos...
Fui ao teatro.
Fui à pizzaria.
Em todos os lugares – lotados!
De dia caminhei nos calçadões da zona sul: Arpoador, Leblon, Copacabana, Ipanema. Tomei água de coco sentado nos quiosques à beira mar. Muita gente!
Andei de ônibus comum. A passagem é mais barata do que em Porto Alegre...
Freqüentei lanchonetes comuns.
Enfim! Fui um “turista” comum. Tudo no inverno carioca.
Minha estada junto aos cariocas se deve a um casamento. Casamento judaico realizado numa casa de festas “espetacular”, localizada em São Conrado, junto à Floresta da Tijuca. Nome da casa de festas: Casa das Canoas. Foi num final de tarde. Tarde de domingo. Que final de tarde! O Rabino era gaúcho. O “surfista” Bonder, com muitos livros publicados. Foi uma festa de Arromba, para lembrar os 50 anos do Rei Roberto Carlos...
Tudo no inverno carioca...
Vi um trânsito caótico nas horas de pico... E nas outras horas também... Igual! Igual a outras capitais...
Vi o sorriso dos habitantes. Esses cariocas são sempre alegres...
Vi as piadas nas rodas de chopp. Característica de sempre!
Enfim, vi o Rio de Janeiro lindo.
Como sempre! Aquele Rio de Janeiro mostrado nos filmes e nas novelas. Até no Caminho das Índias... Não é verdade?
Vi, isso sim, que as favelas continuam aumentando. Em número e em tamanho. Subindo os morros! Até onde? Não sei...
Vi pessoas dormindo nas ruas, como em qualquer outra cidade grande... É característica de cidade grande? Que característica...
Vi os pedintes, como sempre!
Vi muitos turistas de “outros rincões”. Todos sorridentes! Todos felizes por se encontrarem na ex-capital federal.
Tudo no Rio de Janeiro. Cidade de todos os meses: janeiro, fevereiro,..., Junho,...Dezembro. Cidade de todas as estações do ano.
Rio de Janeiro que continua lindo.
Com o Maracanã. Com o Engenhão. Com vôlei de praia. Com...
Continua a mesma cidade maravilhosa.
Existem problemas, como qualquer outra cidade brasileira. Devemos ter cuidado, pois a insegurança é grande, como afirma a mídia?
Não sei dizer se é grande. Sei, isso sim, dizer que os cuidados devem ser tomados como em qualquer outra “cidade grande” do “nosso” Brasil, ou em qualquer outra “cidade grande” deste mundo globalizado.
Estamos vivenciando a globalização. A tão comentada “globalização”... Problemas de uns – problemas de todos...
Só posso finalizar dizendo o título: “O Rio de Janeiro continua lindo!”
David Iasnogrodski.
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Quando você não é visto
Publicado em
19/07/2009
às
10:00
O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.
Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas – nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.
O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava de navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.
Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: “Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!”.
Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.
Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas “mais um”, com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?
Primeiro, conheça seu interlocutor. Identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.
Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.
Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.
Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido – o que não foi por acaso...
Tom Coelho.
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O que é ÉTICA
Publicado em
18/07/2009
às
09:00
Recentemente, no noticiário econômico, li uma notícia onde um ex-secretário da fazenda disse que não valia a pena ser honesto no Brasil. Referia-se a assuntos tributários. Hoje a carga de impostos está perto de 40%. Duplicou nos últimos 15 anos.
Mas a pergunta é: O que é Ética? É ético sonegar impostos? É ético o governo cobrar e inventar tantos impostos a ponto de as empresas e as pessoas físicas não conseguirem poupar para praticamente nenhum investimento? Mas fiquemos nos conceitos.
Ser ÉTICO é ser correto. É ter fundamentos. É ter princípios. É ter uma moral elevada (será que existe moral baixa?).
Ética é a ciência da moral, são os deveres mínimos. É perseguir os valores. Mas que valores? Vejamos.
· Honestidade
· Lealdade
· Pontualidade e outros.
Exemplos:
· Deu a palavra (fio de bigode) ou assinou – honrou.
· Prometeu – cumpriu.
· Comprou – pagou.
· Jurou – observou.
Onde se aprende:
· No jardim da infância e em casa, no berço, com os pais.
Pode se aprender quando adulto?
· Sim, incorporando estes valores, porém com mais dificuldade, precisando ser mais disciplinado e persistente.
Analogia: Um pé de eucalipto que nasce torto será sempre torto no meio da floresta. E se nesta floresta existirem muitos pés retos, este tende a desaparecer, mas olhando de perto, continuará sendo torto.
O que é um Código de Ética?
- É um conjunto de normas mínimas, que não deveria ser necessário escrever.
E aí se pode elaborar conjunto de normas para todos os setores da sociedade, profissões, empresas, instituições, porém o fundamento de todas serão os valores que o ser humano deve ter desde pequeno.
Última pergunta: Qual é o seu código de ética, como pessoa física?Precisa ser elaborado ou já está incorporado desde o jardim da infância?
Tudo é uma questão de ética, digo, atitude.
Marcos Hans.
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Solidariedade e vida
Publicado em
17/07/2009
às
09:00
Há palavras que por si só geram unanimidade, quer de aceitação, quer de rejeição. É o caso, por exemplo, da palavra solidariedade, cujo significado altamente positivo ninguém deixa de reconhecer.
Cada vez mais se busca conscientizar as pessoas de que a solidariedade é a mais valiosa arma no combate à desigualdade, chaga maior que assola o mundo. Tanto solidariedade como fraternidade, seu sinônimo, são vocábulos que titulam inúmeras campanhas que visam a sensibilizar os cidadãos para se engajarem em programas de atendimento a necessitados ou a vítimas de alguma tragédia. Fraternidade está na declaração dos direitos do homem e do cidadão e serviu de lema à Revolução Francesa, junto com a igualdade e a liberdade. Solidariedade identifica a terceira geração dos direitos humanos, que consagra os direitos sociais, sintetizando o direito à liberdade e à igualdade.
Proliferam organizações não governamentais – as chamadas ONGs – que passaram a desempenhar papel fundamental na sociedade. Aliás, o chamado terceiro setor já está sendo reconhecido como o quarto poder, pois o trabalho voluntário tornou-se um indispensável aliado para se garantir a dignidade do ser humano.
Tudo isso tem o nome de solidariedade, que é também a tônica de todas as religiões. Independentemente do deus a que se louve ou da fé que se professe, todos exaltam a solidariedade, a generosidade, a fraternidade. Dar-se, doar-se é um lema; gestos solidários garantem o céu e a vida eterna.
Ao falar em vida, vem à mente a palavra morte, que igualmente gera um sentimento unânime. É algo de que ninguém quer falar. Quer o sofrimento de quem experimenta a ausência que a morte provoca, quer o medo do desconhecido, o fato é que a palavra morte ninguém gosta sequer de pronunciar.
Assim, enquanto solidariedade é uma expressão positiva, a palavra morte lembra coisas ruins, negativas. Outro não é motivo de as pessoas sequer fazerem testamento, abrindo mão de que sua vontade seja respeitada.
Em face do antagonismo dessas duas expressões, parecem elas inconciliáveis. Todos esquecem que, mais do que possível, é recomendável que se conjugue solidariedade e morte, de cuja união resulta vida. Não há atitude que melhor espelhe um gesto de solidariedade do que o dar-se, muito mais do que dar algo. Mais sublime do que dar algo seu é dar de si mesmo. Esse é o gesto que espelha a essência da solidariedade.
Mas, ao invés de se praticar a solidariedade somente durante a vida, é indispensável que se seja solidário até depois da morte. Essa é a única forma de se viver além da vida: dar de si a alguém que necessita de algo nosso mais do que nossos bens, a nossa vida.
Nada mais sintetiza a essência da solidariedade do que viver a vida em outro. Talvez este seja o gesto mais singelo que existe, mas é o que tem maior significado: doar os próprios órgãos para que se continue a viver até depois da morte.
É assim que se conjugam vida e solidariedade.
Maria Berenice Dias.
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Lucros e perdas contestáveis e normas contábeis
Publicado em
16/07/2009
às
09:00
A pressa em implantar em nosso País as normas que se denominaram como “internacionais” começa a despertar interrogações e a gerar polêmicas que possivelmente até poderão, como se noticia, ser motivo de processos judiciais.
A votação nas últimas horas de 2007 da Lei 11.638, somada às dúvidas levantadas em relação à MP-449, ensejou fatos deveras dignos de reflexão; foram produzidos alguns balanços evidenciando lucros fantásticos, outros perdas absurdas e ainda outros resultados ocultos; interrogações sobre números fizeram com que até a Petrobrás se envolvesse em contraditório com a Receita Federal, segundo tem noticiado a imprensa.
Na mídia a empresa referida se diz certa, enquanto a Receita confirma que a Petrobras está errada; alguns entrevistados se dividem em definições sem argumentos mais detalhados; noticiou-se até que o Ministro da Fazenda teria advertido a Receita Federal e, também, que uma Comissão Parlamentar de inquérito se instalaria; chegou-se a veicular que o governo havia permitido o esvaziamento do lucro das variações cambiais; não se disse (pelo menos nos textos que li) quais as justificativas legais e as pessoas que deveras permitiram o ajuste contábil que promoveu a bilionária redução de pagamento de tributos; para mim, como no governo existem poderes definidos, o de legislar é privativo do parlamento e só a este cabe alterar leis que regulam critérios em matéria societária e tributária; o que é inequívoco é um clima de generalizada incompreensão e o quanto causou impacto a adoção de critérios contábeis que podem modificar bilhões no jogo dos lucros e das perdas.
Escrevi em artigo que está em minha página www.lopesdesa.com.br, já há algum tempo, que conflito haveria entre a implantação de normas contábeis denominadas como internacionais e a Receita Federal.
O que afirmei não foi profecia, mas, sim a decorrência de uma observação sobre a realidade derivada do confronto entre as falhas técnicas e científicas que reconheço existirem nas referidas normas em implantação e os rigores da lei.
Isso porque os aludidos procedimentos derivados da Lei 11.638/07 contrariam outras leis; a imposição de que os mesmos se apliquem a todas as sociedades é algo que irá comprometer a muitos profissionais da Contabilidade que cometerem o engano de seguirem de forma absoluta o normatizado; normas não são leis, nem sempre se inspiram nelas (e isso está expressamente declarado nas bases conceituais das referidas normas), nem no cientifico; sobre isso fiz advertências várias que se encontram em muitas páginas na Internet.
Os problemas prosseguem evidenciando que algo precisa de aprofundamento de consideração.
Portugal, por exemplo, não está aceitando integralmente as referidas normas (conforme declarações governamentais editadas na Revista da Ordem dos Contadores de lá, deste mês de Maio, páginas 36 e seguintes), nem a Espanha (que já editou norma própria sobre Intangíveis), como entendo que no Brasil precisam merecer expressivas alterações.
A atitude da CVM – Comissão de Valores Mobiliários dispensando a “comparação de balanços”, passando por cima do espírito da letra da própria lei 6404/76 que obriga tal confronto (art. 176 § 1º) é algo que denota preocupações.
Comparar, nessa situação de alterações de resultados (lucros e perdas), em verdade evidenciaria expressivas distorções; fico apenas a indagar-me sobre o porquê do esconder tal variação; acredito que as decorrências de tal fato no campo prático ainda são imprevisíveis, mas, possível é que até possam alimentar teses no campo judicial.
O rumo que vai tomando a questão tem preocupado não só a contadores, mas, inclusive, a terceiros; não têm sido poucos os empresários, professores, universitários, que procuram conhecer a minha opinião (e os aconselho a seguirem a lei).
O advogado Dr. Alessandro Spiller em artigo sob o titulo “Intromissão da Lei das S.A nas empresas limitadas”, recém editado na Internet destacou: “Por que a pressa no Brasil na adoção de tais normas, e por que extrapolar a idéia inicial, que inclui somente as sociedades anônimas e as empresas de grande porte? Este é um ponto para alta reflexão, pois estamos em um caminho sem volta, em um momento econômico delicado, onde modismos não poderiam impulsionar decisões tão sérias.”
A polêmica está instalada, quer nas páginas dos jornais, quer no mundo acadêmico, ganhando amplitude, mesmo com alardes contraditórios no sentido de apresentarem as normas como algo miraculoso e altamente avançado (coisas que elas não demonstraram ser, por que, se fossem, teriam impedido a ocorrência da atual macro crise, de cunho mundial).
Volto a afirmar que a prevalecerem as referidas normas, sem que a nação se acautele perante tais fatos (tal como outras têm feito), o Brasil não mais importará crises – tenderá a fabricar as próprias, que até poderão ter semelhança ao ocorrido com a dos ativos podres (créditos imobiliários principalmente e pirâmides financeiras).
Nos Estados Unidos a verdade foi deformada através de vários fatores como: 1) - distribuir créditos sem lastros para construções de casa própria; 2) - ensejar emissão de títulos relativos a um futuro incerto; 3) - avaliar ativos a preço de mercado; 4) - garantir por normas contábeis a imprudência da avaliação (Valor denominado “Justo”); 5) - permitir ajustes em bases subjetivas; tudo isso deformou balanços e garantiu a especulação que criou a crise atual; tais coisas, da mesma forma, tenderão a ocorrer em todos os lugares onde a falsidade ou “subjetividade” nos balanços se manifestar apoiada em normas flexíveis, infralegais, mas, garantidas ou permitidas pelos governos.
Mercados se manipulam pela mídia, como a ENRON e outras empresas o fizeram, tendo por efeito o amparo para maquilagem dos balanços, inspirada e garantida por normas de força compulsória.
Desejar impor tais procedimentos a todos, inclusive às empresas que são regidas pelo Código Civil, portanto, é uma lacuna histórica de alta dimensão, como também o é o confundir Contabilidade com escrituração e demonstração.
Contabilidade é ciência e oferece explicação sobre os fenômenos patrimoniais com base na realidade objetiva.
Escriturações contábeis apenas informam e quando seguem normas como as denominadas “internacionais” podem oferecer (como têm oferecido), ensejo para adulteração de valores, em razão de “flexibilidades”; a falta de base em doutrina científica e a desobediência à lei tendem a ensejar a mentira nos balanços.
Confundir Contabilidade com normas, por analogia, é comparar profissionalmente um engenheiro a um pedreiro; é aceitar como equivalente o estudar a força como grandeza vetorial em face da Estática, na Física e a prática de distribuir vergalhões para formatar lajes em prédios.
E pior que isso é ainda o admitir que o não científico possa ter por meta revelar a realidade objetiva; as normas abraçam o subjetivo, logo o empírico, ou seja, o que está na contramão da ciência, segundo dentre muitos denunciaram ilustres intelectuais e professores universitários; compulsar os escritos do Dr. Rogério Fernandes Ferreira (expressão máxima da Contabilidade em Portugal), Valério Nepomuceno (autor de uma das melhores obras de Teoria da Contabilidade), Domingos Cravo (da Universidade de Aveiro), Abraham Briloff (da Universidade de New York), já é o suficiente para ter a visão de como é vulnerável o método normativo; sobre o risco das normatizações, insurgiram, também, em suas obras cientistas famosos como Einstein e filósofos notáveis da modernidade como Lyotard.
O perigo para a sociedade humana está exatamente na deturpação contábil sobre a verdade, esta que por natureza a ciência defende; mais que todos esses argumentos referidos, todavia, falam as fraudes por várias vezes repetidas na prática, os calotes, essa vergonhosa macro crise da atualidade que vitima nações e perturba o bem estar social.
Antônio Lopes de Sá.
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Atingindo Objetivos e Metas
Publicado em
15/07/2009
às
09:00
Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei durante mais de um ano, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior.
O que a caçada aborígine nos ensina?
Em primeiro lugar vemos que a "dança" é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro "treinamento". Quando imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc.
Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte – caçar aquele determinado animal (e não outro).
Com o objetivo bem determinado, claro e de conhecimento de todos (qual é o animal a ser caçado) e com ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquistá-lo, e com as armas certas, não há como não obter êxito na caça!
No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade pois que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final – trazer o animal para a aldeia!
Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, instrumentos certos para atingi-los (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser.
Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claro os nossos objetivos pessoais e profissionais e um total envolvimento e comprometimento com as coisas e com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas e outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso.
Há pessoas que não se envolvem, não se comprometem, com a idéia falsa e errônea de que não se envolvendo e não se comprometendo ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem "morrer sentadas" com medo de participar ficam à margem do caminho, nunca são promovidas e são vistas como não-comprometidas.
As pessoas de sucesso são as que não têm medo de se comprometer e as que compreendem que o sucesso exige de nós a coragem para correr riscos, para assumir compromissos e lutar por nossos objetivos. A diferença fundamental entre ganhadores e perdedores está na medida do comprometimento, do envolvimento, da participação e da capacidade de fazer, empreender.
Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho menos comprometido e mais fácil? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em coisas que "dão trabalho"?
Eu conheço muita gente assim e tenho pena dessa gente.
O tempo atual é dos que tem objetivos claros e são comprometidos com aquilo que fazem. Vejo, com pesar, pessoas que se economizam o tempo todo. Parece que não querem "gastar-se". Não querem "doar-se" àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Jamais alcançarão seus objetivos e metas.
Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim, elas vão ficando cada vez mais "por fora" e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão igualmente esquecidas nas promoções e nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem e ficam à margem do caminho.
Acredite! Tenha foco, se aperfeiçoe, use as armas adequadas, tenha dedicação e entusiasmo e traga para casa o seu "bicho"!
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Por Que Escrever?
Publicado em
14/07/2009
às
14:00
Dia desses um cliente do escritório me perguntou quanto eu ganhava para escrever no jornal.
Expliquei a ele que a articulação jornalística, com raras exceções, não é remunerada financeiramente.
Questionou-me então, o porque opinar sobre diversos temas se muitas pessoas poderiam não concordar com minhas posições, se isso não me trazia prejuízos profissionais ou aborrecimentos.
Refletindo sobre o tema coloquei a ele o seguinte: Escrever é um grande prazer, exercita o português e distrai a cabeça. Desabafar e externar as indignações sobre diversos temas é uma terapia, acalma e relaxa. O cliente do escritório de advocacia gosta de saber que quem está trabalhando para ele são pessoas de coragem, e submeter-se às criticas relativas a textos publicados na imprensa é sem dúvida uma atitude corajosa. Então, ganho muito escrevendo!
Isso sem contar o grande número de pessoas que me encontram na rua e comentam que leram alguma coisa que escrevi. Elogiam, criticam ou fazem sugestões.
Ao digitar meu nome no Google, vejo meus artigos sendo reproduzidos numa infinidade de sites pelo país, isso me envaidece. É sinal que gostam do que escrevo e acreditam que os textos sejam úteis a alguém ou se enquadram na filosofia de seus negócios. Também vale dizer que estar na mídia é válido, traz muitos benefícios de ordem pessoal e profissional.
E ai tenho mais uma consideração a fazer: A "Gazeta de Bebedouro foi o jornal que me deu oportunidade e me concedeu espaço primeiro, ou seja, foi lá que me credenciei a escrever para outros veículos. Tenho muito a agradecer por isso.
No "O Jornal, encontrei tudo aquilo que qualquer articulista pensa ser o ideal para o desenvolvimento de sua coluna. Total liberdade quanto a temas e posicionamentos, espaço ilimitado, freqüentes elogios e comentários sobre os textos.
Quanto à penetração, é indiscutível que "O Jornal transformou-se num dos principais veículos jornalísticos da região, vende bem em bancas, tem grande número de assinantes, é dinâmico, corajoso e demonstra imparcialidade. O site na internet extremamente bem acessado, possibilita que no mundo todo saibam notícias de nossa cidade e leiam os textos dos colunistas.
Essa parceria tem tudo para crescer e render bons frutos. Comprometo-me com os leitores a manter-me imparcial colocando em discussão temas atuais e polêmicos, buscando moralidade, ética, justiça e correção,
Um grande abraço a todos e até a semana que vem.
José Rodrigo de Almeida.
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Caminhada das Vitoriosas
Publicado em
13/07/2009
às
09:00
Muitos devem conhecer o Instituto da mama do Rio Grande do Sul.
Muitos já devem conhecer e participar de uma das atividades mais alvissareiras e criativas que conheço: Caminhada das Vitoriosas. Vitoriosas em todos os sentidos, principalmente porque se ajudaram a sair do meio das cinzas ( como elas dizem...) e estão hoje em dia dizendo a todos em alto e bom tom: somos vitoriosas. Saímos do inferno e voltamos à realidade.
Saíram do inferno, pois, muitas delas tiveram de enfrentar um câncer de mama. São, sim, vitoriosas porque estão sempre ajudando outros a não passarem pelos momentos que elas viveram.
Se, porventura estão vivenciando, o Instituto da Mama ajuda. “Uma mão lava a outra” – diz o velho ditado.
Caminhada das vitoriosas, algo que poderia ser realizado, no mesmo dia no Rio Grande Do Sul e em todo o Brasil. Seria o dia das Vitoriosas.
Não é sonho!
Sonho de vitoriosos, transforma-se facilmente, e sempre, em realidade.
Parabéns ao Instituto da Mama do Rio do Sul.
Que belo exemplo!
David Iasnogrodski.
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"Ele é muito competente em coisas sem importância"
Publicado em
12/07/2009
às
10:00
Certa vez um presidente de empresa, falando sobre um seu funcionário disse: “Ele é muito competente em coisas sem importância. É pena que nas coisas realmente importantes ele não seja tão competente”. Peter Drucker disse numa entrevista à revista Forbes (outubro de 2004) que conhece muitos executivos que têm uma energia muito grande. O que lhes falta é dar energia nas coisas certas. “Conheço pessoas que têm um currículo cheio de vitórias em coisas triviais e de pouca importância no mundo empresarial”, completa ele.
Um outro diretor de empresa me disse ter um gerente que era excelente em promover festas e confraternizações, mas terrivelmente fraco no que a empresa realmente esperava dele. Ele é o gerente mais popular que temos. Mas os nossos acionistas não fazem concurso de popularidade, disse ele.
Ainda há pessoas que pensam que “ser popular”; “ser muito querido”; bastam para o sucesso profissional. A sua popularidade lhes dá uma falsa sensação de segurança. A verdade é que o que a empresa quer e necessita são pessoas competentes, que façam o essencial e o importante para levar a empresa ao sucesso. Muitas vezes, as pessoas mais populares são apenas populares e nada mais.
Conheci um diretor de marketing que tinha um enorme orgulho de “entender tudo de computação”. E de marketing? E de pesquisa? E de mercado? Essas coisas, absolutamente essenciais para a sua função, pareciam não fazer os olhos deles brilharem. E esse é um problema recorrente nas empresas. Desde motoristas que são muito competentes em criticar os departamentos, mas nada fazem para manter seus veículos limpos e em perfeitas condições de uso ou ainda em procurar conhecer melhor estradas e cidades por onde deve passar, até secretárias que buscam cada vez mais poder e não se aperfeiçoam em redação e estilo ou ainda num idioma estrangeiro.
Ser competente no que realmente interessa é um grande desafio que só os muito bons reconhecem e procuram vencer. Pessoas competentes no que realmente interessa têm foco e disciplina para manter-se no foco. Elas não gastam tempo e energia em coisas acidentais e periféricas ao seu objetivo principal e por isso conseguem o sucesso que outras, desfocadas e dispersas, jamais conseguirão. Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins.
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Criatividade e Inovação com Foco em Resultados
Publicado em
11/07/2009
às
14:00
Inovação e criatividade são essenciais para o continuo desenvolvimento e competitividade de uma nação.
Coisas boas acontecem quando o pensamento inovador começa, ele poderá ajudar na criar novos produtos, melhoria nos processos, novas tecnologias tornando a empresa mais competitiva.
O investimento em criação, novas tecnologias favorece não somente a pesquisas de idéias, através da internet, mas também contribui para que a empresa torne-se mais produtiva. Mesmo diante de situações de crises, onde nem sempre disponibilizamos de dinheiro para investir, temos que buscar várias idéias mesmo com recursos limitados, sempre pensando: de que maneira poderei melhorar esta atividade? De que forma poderei contribuir com maior impacto na rentabilidade, qualidade dos produtos, segurança do trabalhador, satisfação do cliente, obviamente sem ferir a ética? Como poderei contribuir para uma sociedade melhor? Como poderei aumentar a minha renda?
Nem sempre utilizamos todo o nosso potencial, embora percebemos que há muitas idéias criativas implementadas e apresentando resultados de uma forma geral. Estimular e investir no pensamento criativo e inovador, é retorno garantido.
O processo criativo exige mente aberta, receptiva ao novo, equilíbrio entre as emoções, pois nem sempre negócio combina com emoção, seguida da lógica.
Quando falamos em criatividade e inovação com foco em resultado, o pensamento lógico não poderá vir à frente, temos que inicialmente deixar a mente livre para buscar idéias, intuir, usarmos do pensamento divergente, expandir e depois colocar a lógica em ação, através do pensamento convergente, buscando resultados qualitativos e quantitativos.
Percebo a criatividade como algo que é novo, útil, tanto para o criador, quanto para a sociedade, tratando-se de um processo que possui começo meio e fim. Há o processo de criação, com a mente aberta, que necessita da imaginação, mas temos que colocar em prática o que imaginamos passando pelo crivo da lógica entre outros o mercado consumidor.
O processo criativo exige trabalho duro, disciplina, porém suas idéias também surgem quando sua mente está brincando, ociosa, quando está curioso, inquieto, por vezes incomodado.Se você for uma pessoa curiosa, idéias vão bater as suas porta, pois vai perceber lacunas, necessidades, costumes e que certamente favorecerá a geração de idéias.
Hoje a inovação está mais centrada à gestão de negócio, onde há constantemente melhorias no que já existe, e por vezes percebemos baixa originalidade, porém o pensamento criativo servirá como base tanto para um processo de inovação quanto originalidade.
O pensamento criativo é a fundamentação sobre a qual você constrói uma idéia inovadora ou original.
Exercitar este pensamento é simples. Pense sempre nas perguntas e busque respostas.
- Se em não fizesse estas atividades desta forma, de que outra forma faria?
- Como poderei dinamizar as minhas atividades sem comprometer a qualidade?
- Como poderei agregar valor as atividades que executo?
- Com o poderei agregar valos ao negócio da empresa?
- Que outros produtos ou serviços poderá criar a partir do que já existe?
- Que outros produtos ou serviços pode criar para preencher uma necessidade específica de uma população? Lembre-se dos curiosos!
Muitas vezes é preciso criar várias respostas para cada pergunta. Faça um grande Braisntorming, é da quantidade que sai a qualidade, e lembre-se não é preciso uma grande idéia e sim uma idéia de grande resultado. Nunca foi tão fácil criar como hoje. As necessidades, informações são inúmeras e o mercado consumidor é vasto.
O processo criativo, em alguns casos, é solitário, partindo de observações, sentimentos, inquietudes, mas que para ser colocado em prática é necessário compartilhar, este é em alguns casos um grande entrave. As pessoas nem sempre compartilham suas idéias por medo de serem furtadas, correndo o risco de morrerem na gaveta, ficando assim somente na geração de idéias deixando de lado o colocar em prática.
Na fase embrionária da idéia, por vezes é aconselhável que seja solitária, mas temos que buscar parceiros, para viabilizar a idéia. Poderei citar um exemplo: Prêmio APARH-Revista Vencer de Criatividade nas empresas.
Ao assumir a Vice Presidência de Criatividade e Inovação da APARH desenhei várias atividades entre elas o prêmio.Conversando com Celso Estrela( Diretor do prêmio) e um forte colaborador nas minhas atividades, ele também havia pensado e ficou entusiasmado, sendo assim, partimos para desenhar o projeto, pesquisando mercado, definindo critérios, conversando com pessoas, formatamos o regulamento. Vendemos a idéia para Paulo Xavier, Presidente da APARH, que agregou informações e agora o que fazer? Fomos buscar parceiros, adeptos, vamos vender a idéia , conversamos com Mauricio Cita que agregou idéias, surgindo assim à parceira com a revista Vencer. Assim como vários outros apoiadores, gerando idéias e viabilizando o projeto, a cada dia vão surgindo idéias e ajustes em torno de um único objetivo “ incentivar a criatividade nas empresas” através do prêmio.
Observe o processo, fase embrionária, pesquisa, venda, busca de parceiros, geração de idéias, concretização de idéias e já estamos colhendo resultados, recebendo cases valiosos. Ocorrerão críticas, desinteresses, desincentivo, sem dúvidas.
Sempre que lançamos uma idéia estamos sujeitos a críticas, reprovações, e ás vezes o rótulo de “ maluquice,” mas saiba que ela poderá ter grande valor, vá enfrente, pois o processo criativo é um ato de coragem.
Entenda o processo
Motivação - tenha um objetivo e trace desafios.
Preparação - defina metas, desconsidere formas e caminho, levante informações.
Incubação - confine-se, deixe o inconsciente trabalhar.
Iluminação - registre a idéia.
Elaboração - plano de ação, avaliação.
Ação - atacar, fogo.
Avaliar - quantitativo e qualitativo.
A inovação é desafio, sempre foi e sempre será, porque é um passo para o desconhecido, é uma aceitação do ambíguo, algo que somente pessoas corajosas fazem. Ser criativo é escolher não ser medroso, e é isso que fazemos nas empresas. Incentivamos a coragem a romper modelos mentais pessoais e da organização, pois consideramos que eles são naturalmente modelos em evolução. Podemos perceber que os modelos mentais tornam-se limitados por conhecimento técnico, experiências prévias, similares e pela forma como o ser humano percebe e processa as informações, favorecendo ou não a criação.
A inovação é um processo que usamos para focar nossa criatividade e o pensamento criativo. É fruto de um processo de educação que vai desde os ensinamentos no lar, nas escolas e no ambiente de trabalho que nos tornam prisioneiros ou livre.
A educação para o pensamento criativo é primeiro passo essencial para a melhora do nível de inovação, que acontece nas empresas. Trata-se de uma forte arma estratégica de sobrevivência na selva da competição.
O ambiente de trabalho é muito importante. Incentivo à criação individuais e coletivas, processos abertos de comunicação , cuidados com a qualidade de vida do cliente interno e externo, como também as políticas de recursos humanos adotada, são fatores importantes, sendo assim a cultura corporativa que encoraja o pensamento criativo, deve ser ativamente sustentada, isso supõe correr risco.
Se quiser fazer grandes progressos, terá que correr riscos calculados, pois idéias não funcionam sempre, devem ser registradas em banco de idéias, como também colocadas em prática. Em criatividade não existem erros e sim ensaios, e uma idéia poderá ser inadequada para determinado momento e valiosa em outro, aprender com erros e acertos é fundamental.
Estudos apontam que, quanto mais idéias você gerar, mais provavelmente terá uma idéia espetacular.
Se quiser ter grande idéia, tenha muitas idéias, propicie insigths através de observações, sentimentos, pensamentos para chegar aos resultados esperados, mas lembre-se que num determinado momento temos que utilizar o pensamento lógico.
Para cada problema há várias soluções. Ficar somente com uma resposta pouco vai adiantar, não existe nada pior do que uma única idéia, uma única opção. Entenda profundamente da causa, entre no âmago do problema e depois o ataque com várias e várias soluções, decida e implemente-a.
Solte a imaginação, invente.
Maria Inês Felippe.
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Verdadeiro Amigo Ainda que Político
Publicado em
11/07/2009
às
09:00
Hoje vou render minhas homenagens a um político. Apesar de tantas decepções com as pessoas que elegemos para nos representar, esse deputado tem sido um verdadeiro amigo de nossa cidade.
Roberto Engler teve 88 votos em Bebedouro na última eleição. Levando-se em conta os votos que teve em outras cidades, e a forma com que políticos distribuem as emendas e empregam verbas, Bebedouro deveria estar em último plano no quesito voto versus verba.
No entanto, acredito que estamos diante de um homem diferenciado, íntegro, atuante e honesto. Sensibilizado com nossas entidades e com os assistidos por elas, trouxe trezentos mil reais para o Educandário.
Trouxe também verbas para o DCA, para a AVIDA e para o CEPROBEM e está lutando incansavelmente pela construção do novo prédio da ETEC, apesar dos movimentos contrários.
O terceiro setor luta para suprir a falta do Estado, realiza aquilo que o governo deveria estar realizando, mas não o faz e sem o apoio da sociedade civil e, sobretudo, das verbas conseguidas a exemplo destas que Roberto tem trazido. Não seria capaz de dar continuidade a projetos e programas que estão em andamento sem auxilio.
Visitar o Educandário, conhecer seus projetos, conversar com os lá assistidos foi o que bastou para o deputado abraçar aquela causa. Isso chama-se solidariedade, sensibilidade e amor acima de questões políticas tão mesquinhas e baixas.
Quando disse que dependemos da caridade política de pessoas eleitas por outras regiões, falava exatamente disso. Temos sim que eleger alguém por Bebedouro, para nos representar, que tenha sua base política aqui, mas não podemos nos esquecer dessas pessoas que hora nos acodem. Que lembram-se que também precisamos de seu apoio, que nos trazem benefícios e que vestiram a camisa de nossa cidade.
Se inviável uma candidatura de pessoas daqui, como de fato o é, por pura falta de coalizão e excesso de vaidade, está ai o momento de reconhecermos através do nosso voto aquilo que temos recebido.
Óbvio que temos outros nomes que estão nos ajudando, a opção é de cada um, mas não podemos deixar de prestigiar quem nos prestigia. Devemos escolher entre aqueles que foram abnegados, que não levaram em conta a votação aqui e fizeram por nós e não votar por exemplo em Paulo Maluf, muito bem votado na cidade na última eleição, e outros que nunca nus ajudaram com um centavo sequer. Nem lembram que existimos.
Não sou partidário de Roberto Engler. Aliás, nunca tinha ouvido falar no deputado, mas hoje rendo a este homem público, minhas mais sinceras homenagens e meus agradecimentos como cidadão bebedourense.
Continue a alimentar os sonhos dos bons, acredite na verdade, na solidariedade e no amor ao próximo, é isso que esperamos das pessoas que elegemos para nos representar.
José Rodrigo de Almeida.
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Profissionalismo e Tecnologia em Contabilidade
Publicado em
10/07/2009
às
09:00
O bom desempenho do Contador na qualidade de profissional depende do rigor do método que adota na aplicação do conhecimento, ou seja, da visão e forma de raciocinar e agir.
Isso exige, sem dúvida, a eleição de uma doutrina científica como orientadora sem o que muito perde em qualidade de trabalho, além de comprometer a verdade.
A independência cultural está no campo da liberdade de pensamento; mais intelectivo e menos normativo deve ser o rumo da aplicação do conhecimento contábil em nível superior.
A verdade, como realidade objetiva, não é aquela imposta ou ditada por uma prática, norma, costume, lei ou ótica subjetiva, mas, sim, aquela que existe por si mesma, intemporal, em “lato sensu”, eterna; ou seja, a essência do que existe continuará a existir mesmo sem que ainda tenhamos conseguido alcançá-la, independentemente de formalização ou reconhecimento.
Em Contabilidade a maioria dos fatos que se sujeitam ao nosso reconhecimento intelectual é de natureza concreta, positiva, constatável, mas, depende de “método” para o entendimento; ou ainda, a tecnologia deve guardar coerência com o racional, este que está sujeito a uma rigorosa metodologia, a uma disciplina mental para que seja possível ensejar a prosperidade aos empreendimentos humanos através da ciência.
A informação sobre os fatos patrimoniais representa a gênese da Contabilidade, como a singela mistura de materiais representou a da Química; a escrituração e a demonstração de fatos representa o primitivo para a Contabilidade, como a Alquimia o mesmo significou para a Química.
Por mais sofisticada que seja hoje a informação, através de uma parafernália de normas, ela não tem condições de substituir e nem de nivelar-se ao refinado conhecimento científico, este competente para ensejar a prosperidade dos empreendimentos humanos cujo somatório resulta no bem estar das Nações.
Por maior que seja o progresso nos critérios de informação ele será sempre menor que os havidos na ciência, pois, esta é a que representa a qualidade superior do intelecto e que tem compromisso aferrado à realidade objetiva, sem deixar-se influenciar por políticas e conveniências subjetivas.
É relativo informar que a empresa investiu tantos milhões de euros em uma nova fábrica se não se consegue explicar sob que condições tal fato pode ter influência na continuidade do empreendimento e se realmente a eficácia plena foi conseguida, essa que não se espelha apenas em maior lucro em um determinado momento.
O profissionalismo requer competência, seriedade e responsabilidade na defesa da verdade, implicando lealdade aos princípios da realidade objetiva; tudo isso depende de uma tecnologia inspirada em rigores metodológicos, de índole epistemológica.
A função tecnológica em Contabilidade não se resume em demonstrar números e apresentar titulos de contas apenas, pois, isso, já bem foi referido, é apenas um nível do conhecimento que se encontra qualitativamente, na essência, como ocorreu há 6.000 anos; ao longo do tempo, as formas de registro apenas se sofisticaram, mas, a função continua sendo a mesma; é muito pouco para um profissional limitar-se a reger critérios de escrituração e demonstração, seja para que fim for.
Mesmo a intervenção do Estado na vida particular das empresas e instituições, gerando um incontável número de regras de informar (não poucas vezes deformando a realidade) conseguiu sobrepor-se a qualidade do que representa a orientação para a eficácia; complicou ainda mais a questão a criação de normas elaboradas por grupos de controle de entidades.
Os sucessivos escândalos no mercado de capitais, as crises, evidenciaram que normas e leis votadas pelos parlamentos, assim como os controles estabelecidos foram todos impotentes para gerar tantos males à sociedade; nada disso, todavia, tem a ver com a verdadeira qualidade do conhecimento contábil, pois, este aferra-se à verdade, como é da índole das ciências.
A grande função social da aplicação do moderno acervo cultural contábil está na orientação dos empreendimentos humanos em direção à prosperidade.
Para tanto, a liberdade de pensamento é fator imprescindível para o encontro com a verdade, esta que cria a ciência e oferece a cultura que permite a aplicação pela tecnologia; o profissionalismo tem responsabilidade com todo esse curso de fatos.
Antônio Lopes de Sá.
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Gerente-professor
Publicado em
09/07/2009
às
09:00
Com certeza já deixamos para trás o tempo do gerente-chefe, do gerente-comandante e do gerente-tecnocrata.Mais do que nunca nos aproximamos de uma forma de gerenciamento distinta, inovadora, moderna: O GERENTE-PROFESSOR.
Em 1982, Kenneth Blanchard e Spencer Johnson, no clássico livro ‘’O gerente minuto’’, já sinalizavam para este novo gerente. Ensinavam com dar um elogio-minuto, estabelecer um objetivo-minuto e a apontar uma falha com uma repreensão-minuto. São condutas típicas de professor, que quer ensinar como educador profissional.
O líder atual, do comércio, indústria, área de serviços, em sua família, precisa ter esta habilidade. Eis algumas características do gerente-professor:
- Além da capacidade técnica e boa formação teórica, condição sine qua non, deve ser um especialista em gente, capaz de estimular sua equipe, criando um ambiente de trabalho eficiente e produtivo.
- Transmitir conhecimentos, desenvolver ao máximo o potencial de cada liderado, saber lidar com conflitos, saber cobrar, buscar resultados positivos e não separar os objetivos da empresa dos objetivos de cada colaborador.
- Chefes autoritários e centralizadores estão fora de moda e fazem parte do passado. E, finalmente,
- Ter o cuidado para não correr o risco de cair no outro extremo, se tornando amigo em demasia e por terminar confundindo os papéis e desempenhando mal o seu trabalho.
O GERENTE-PROFESSOR sabe e precisa saber que a matéria-prima das empresas chama-se GENTE.
Reflita e aja como um gerente-professor. Sua liderança vai se destacar.
Por quê?
Porque tudo é uma questão de atitude.
Leia Conhecimento, habilidade e atitude
Marcos Hans.
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"Nossa" realidade
Publicado em
07/07/2009
às
09:00
Não importando nossa altura física, normalmente, gostaríamos de ser maiores do que somos.
Isso é do ser humano.
Não posso generalizar, mas é muito comum este “acontecimento”.
Assim acontece junto a muitas de nossas atividades.
Não nos conformamos com o que somos e nem com que possuímos. Gostaríamos de ser “exatamente” o que não somos...
Isso acontece muito em pequenas comunidades. Talvez até por serem pequenas... é a vontade de crescer... Mas muitas vezes “não podemos dar um passo maior do que nossas pernas...” Muitos , às vezes, não entendem esse “velho recado”. Mostrar a outros a nossa “não” realidade é muito comum. Infelizmente!
Em contra-partida, desejamos sempre viver em comunidade, mas em alguns momentos, e normalmente em momentos de grande receptividade, vamos nos mostrar em ambientes que não são “próprios” daquela comunidade.
Me pergunto: porque esses gestos dos seres humanos?
Será que o ser humano, em algumas oportunidades, tem vergonha do seu “eu”?
Não acredito muito que seja essa a resposta... Mas... dá para pensar...
Será que o ser humano deseja um “espelho” maior para se ver?
Também não acredito.
Porque então a pregação de que a juventude deve freqüentar ambientes sadios e adequados à sua realidade, se em muitas ocasiões, nós os adultos não damos esse exemplo?
São indagações que me perturbam, como ser humano e como pai.
São indagações que muitos de nós, seres humanos, devem fazer. Não é verdade? Que exemplo é esse?
Não sei se “nós” ( e eu me incluo como ser humano) temos a resposta a estas perguntas.
Posso, sim, responder que em tempos outros, esses acontecimentos eram em escalas menores.
Será que ainda aumentará, ou chegamos no ápice destes acontecimentos? Temos que nos contentar, em muitas vezes, com o que temos... Temos que ser empreendedores, mas com um cuidado. Cuidar a “sua” realidade.
O momento é de inovação em todos os setores.
Espero que com estas inovações o ser humano possa se dar conta do seu “real” tamanho e se conformar com a sua “estrutura física”, procurando realizar suas atividades dentro uma realidade.
A “sua” realidade. E não a dos outros...
David Iasnogrodski.
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Atitude
Publicado em
05/07/2009
às
15:00
Houve na idade Média um homem que foi lançado numa prisão.
Ali permaneceu vinte anos entregue à tristeza e ao desespero.
De vinte e quatro em vinte e quatro meses, o carcereiro trazia-lhe uma moringa de água e uma côdea de pão.
Após vinte anos ocorreu ao prisioneiro experimentar abrir a porta. A porta abriu-se. Saiu para o ar livre, viu arvores, céu, ouviu os pássaros, gozou do sol pela primeira vez nos últimos anos.
Não precisava ter esperado tanto para gozar da natureza, pois que a porta da prisão permanecera aberta durante todo este espaço. Apenas não ocorrera ao prisioneiro a idéia de experimentá-la. É o que acontece cada um de nós, possuímos possibilidades que nós mesmos desconhecemos. Nossa falta de curiosidade e sobretudo confiança em nós é a culpada de nossa estagnação, pobreza intelectual e material.
Apenas te peço para você, querido(a) leitor(a), que creias que poderá conquistar o que quiseres desde que a isso esteja revolvido. A porta não abre somente do lado de fora. Não devemos e não podemos ficar esperando.
A humanidade nos fornece exemplos aos milhares de que nós é que somos os arquitetos de nossos destinos.
A curiosidade está para o conhecimento, assim como a libido está para as atitudes, construções e prazeres.
Está faltando isso em você? Na sua liderança? Na sua equipe? Na empresa? Vamos conversar!
Maria Inês Felippe.
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Executivos demitidos ainda não descobriram o mercado acadêmico de Professor Universitário
Publicado em
05/07/2009
às
09:00
No desespero de uma demissão aos 40 anos em média, independente da crise ou da desculpa da crise, o profissional demitido pressionado pela vergonha, pelos compromissos, pelos parentes e ainda com filhos em idade escolar não conseguem enxergar outras oportunidades que o mercado de trabalho oferece. Focam a recolocação na mesma área e com o mesmo salário, coisa que nos dias atuais não é muito fácil. Deixam de analisar outras alternativas tão boas e até melhores, como a de Consultor de pequenas empresas, ainda pouco explorada e a de Professor Universitário, que as Universidades e Faculdades buscam profissionais experientes para transmitir conhecimento teórico e técnico. Lendo o Jornal O Estado de São Paulo de hoje 24/05/2009, Caderno de Empregos, deparei-me com uma pesquisa da Catho e estudo apresentado no 1º. Congresso Latino americano da Psicologia, sobre os “Fatores de Rejeição na Contratação de Executivos”, e vi ali os absurdos da pesquisa que mais dificultam na contratação e que cito alguns deles: 1- Executivos que permaneceram por menos de dois anos no emprego. Meu desabafo: Quando você é contratado por omissão de informações da empresa ou da empresa recolocadora, você tem que agüentar dois anos, se destruindo psicologicamente e profissionalmente por ter vítima de uma contratação enganosa. 2- Executivos com idade acima de 45 anos. Meu desabafo: Estou atualmente com 66 anos de idade e com uma experiência de mais de 40 anos em cargos de decisões em empresas de pequeno, médio, grande porte e multinacionais, sinto-me hoje muito mais preparado para exercer qualquer cargo ou função dentro de empresas de qualquer tamanho ou segmento de mercado. 3- Executivos Aposentados. Meu desabafo: Se você começa trabalhar cedo (15 anos), por volta dos (50 anos) estará se aposentando, com filhos na faculdade, com convenio médico, com despesas de alimentação, vestuários, etc.. Sempre contribuí com o teto máximo como executivo, não recebo mais do que R$ 2.000. Pergunto, como um executivo pode ser provedor de uma família? 4- Executivos Obesos Meu desabafo: Obesos não tem direitos ou todos somos iguais perante a lei? 5- Executivos Mulheres com filhos pequenos. Minha indignação: Será que alguns desses empresários, recrutadores e selecionadores ou até mesmo psicólogos da área de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas que colocam estes obstáculos não têm filhos? 6- Executivos Desempregados há mais de (3) três meses. Minha modesta opinião: Isso é coisa de profissionais que orientam os empresários despreparados, criando dificuldades para depois vender facilidades como a “Recolocação” ou a terminologia que mais gostam “Out Placement”. Depois de colocar para fora toda a minha indignação e repudia com relação à pesquisa e aos profissionais envolvidos no “Manual de Rejeição aos Executivos”, como também aos outros manuais impostos aos candidatos as vagas inferiores, volto a mostrar as vantagens de ser consultor ou professor universitário. A facilidade de ser Consultor no caso do Executivo é que ele conhece e pratica diariamente as soluções nas grandes empresas e as pequenas empresas estão iniciando seus processos de dificuldades e precisam de profissionais experientes, e o mercado é muito grande, pois em média 85% a 90% das empresas brasileiras são de micro, pequena e médio porte. Quanto ao Professor Universitário, desde que você tenha uma Pós Graduação, estará qualificado á lecionar como especialista as disciplinas que agregam a sua graduação ou pós graduação. O útil e agradável a tudo isso é que você estará sempre atualizado, pois terá que ler muito e será bem recompensado financeiramente. Tanto como Consultor ou como Professor Universitário, você será muito mais valorizado, pois poderá ainda, dar cursos, palestras, escrever artigos e livros. E viva o bom senso e a liberdade!!!!!!!!!!!!!
Cláudio Raza.
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Conhecimento, habilidade e atitude
Publicado em
04/07/2009
às
09:00
Perguntaram a Malcon Forbes, quanto vale este rapaz para sua empresa?
O rapaz ao qual me refiro, sabia tudo, ou quase tudo. Quem inventou o prego? Ele respondia. E o percevejo? Ele respondia. Quem escalou por primeiro tal montanha?
Quanto foi a revolução dos chineses contra eles mesmos? Ele respondia.
Malcon respondeu: Uns US$ 200,00. Somente isto? Sim, o valor de uma enciclopédia.
Ter conhecimento, acumular conhecimento, comprar livros, ler e não aplicar. Ou comprar, não ler e deixar guardado acumulando pó, pior ainda, não vale para quase nada. Somente para o Show do Milhão e eventualmente ganhar alguns trocados ou muitos.
Mas para o cotidiano, para a vida corrente, para a competição diária instalada, o conhecimento é uma parte.
Ter habilidade sobre aquilo que se conhece para aplicar é o próximo passo. Veja só. Você sabe tudo sobre tênis, leu, olhou fitas, viu jogos, mas ainda não pegou na raquete. Não vai sair jogo. Ou você sabe tudo sobre natação, leu, olhou fitas, como respirar, mas ainda não caiu na piscina e ainda não tomou água, quase se afogando. Não vai se salvar em caso de um acidente em águas profundas.
Porém, saber e praticar, criar a habilidade não é tudo. Vem o mais importante.
A atitude. O médico se forma. A paciente precisa ser operada. O medico diz: Bem, minha senhora, é minha primeira cirurgia, não tenho certeza se vou conseguir. Treinei bastante com corpos mortos, mas vamos tentar. Você se operaria?
Se o mesmo medido dissesse: Me formei agora, treinei com tantos corpos que hoje tenho a habilidade de um cirurgião de muitos anos de experiência. Aliás, fui recomendado por um de meus professores como o melhor da turma. A sua operação vai ser um sucesso. Você se operaria? Com muito mais chances.
Atitude é tudo. Desenvolva esta atitude. Mantenha este tipo de atitude.
Por quê?
Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Além de cega, muda!
Publicado em
03/07/2009
às
09:00
A Constituição Federal elege o respeito à dignidade da pessoa humana como base de um Estado que se quer Democrático de Direito, consagrando enorme rol de princípios, garantias e direitos. No entanto, para dar efetividade a todos os esses comandos, é necessário o suporte da legislação infraconstitucional.
Como o legislador se omite, deixando de cumprir o seu papel institucional, acaba o Poder Judiciário assumindo o encargo de garantir ao cidadão os direitos que lhe são assegurados pela Carta Magna. Cada vez mais os juízes estão conscientes desta verdadeira missão de preencher os vazios da legislação segundo os desígnios constitucionais. A carência de norma legal não torna o pedido de tutela juridicamente impossível. A falta de lei não significa inexistência de direito, e o magistrado não pode barrar o acesso à justiça alegando ausência de previsão legislativa. Afinal, o juiz não é somente a boca da lei como dizia Montesquieu.
O dever de julgar, independente do respaldo em norma legal expressa, é o poder judicial mais significativo e precisa ser exercido de forma responsável e corajosa. O ato de julgar não se esgota em dar uma resposta às partes. Vai além. Cada julgamento leva à construção da jurisprudência, que, ao consolidar-se, acaba pressionando o legislador a editar leis segundo as diretrizes ditadas pela Justiça.
Decisões judiciais pioneiras e de vanguarda, que conferem direitos que não tem previsão na lei, mas nos princípios constitucionais são de enorme repercussão por garantirem o exercício da cidadania. Forjam mudanças, estabelecem novos paradigmas que servem de pautas de conduta à sociedade e acabam por provocar avanços de ordem cultural. E, no momento em que a orientação jurisprudencial é transformada em normas legais, consolida-se a democracia. Deste modo, mister reconhecer que a sociedade avança na medida em que o Judiciário assegura eficácia à Constituição.
Um belo exemplo são as uniões homoafetivas. A covarde omissão do legislador em editar leis que as regulamentem levou o Judiciário a inserir no sistema jurídico as uniões de pessoas do mesmo sexo. Os avanços são vagarosos. Mas, na medida em que os tribunais se posicionam, os juízes acabam acolhendo a orientação majoritária. E, cristalizada a jurisprudência, tal motiva o exercício do direito e a proliferação de demandas. Outra não será a saída senão a edição de leis chancelando os direitos consagrados em sede jurisprudencial.
Todavia, para que este saudável movimento ocorra, mister que as decisões judiciais estejam acessíveis. E, todos que buscam a jurisprudência, sabem da dificuldade de proceder-se a essa pesquisa. No âmbito da justiça estadual, como os tribunais são distintos, cada um tem – ou deveria ter – disponível, via internet, suas decisões. Assim, para uma singela consulta é necessário acessar o site de cada um dos Estados. Porém, a grande maioria não disponibiliza os julgamentos proferidos. A justificativa é de que processos correm em segredo de justiça, sem atentar que basta excluir o nome para garantir a privacidade das partes.
Diante dos avanços tecnológicos da comunicação virtual, é inaceitável não se ter acesso ao que decide a Justiça de todo o país. Apesar das sugestões encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça, ainda não foi implantado um sistema unificado, que permita, com agilidade, proceder-se à pesquisa de determinado tema e obter informações sobre as decisões existentes em cada um dos Tribunais.
O Poder Judiciário tem o dever de disponibilizar os seus julgamentos. Tanto os acórdãos dos tribunais como as sentenças dos juízes. A dificuldade de acesso à jurisprudência desrespeita o direito de acesso à informação. Trata-se de omissão que afronta um punhado de princípios constitucionais, não se podendo afirmar que se viva em um Estado Democrático de Direito, quando um dos poderes da República não dispõe de transparência.
De há muito é contestada a representação da Justiça por uma deusa cega. Themis não serve mais para significar que a justiça deve ser igual para todos. Para ser justa, a justiça precisa ver as diferenças. Mas, pelo visto, além de cega, a Justiça também é muda, pois não há como se saber o que ela diz!
Maria Berenice Dias
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Terceirização de Vendas
Publicado em
02/07/2009
às
09:00
Em minha trajetória profissional encontrei companhias cujos dirigentes assumiram pessoalmente sua incapacidade em administrar sua força de vendas, após vários insucessos e tentativas infrutíferas.
Neste momento, uma opção pode ser considerada: a terceirização das vendas. Como fazê-la?
1. Pode ser aberta uma empresa de prestação de serviços a partir de sua equipe atual. Seus profissionais de vendas seriam demitidos constituindo uma corporação independente, sem vínculos trabalhistas. Para tanto, precisarão de apoio no âmbito jurídico (definição do quadro societário e dos termos contratuais), contábil (escolha do regime tributário menos oneroso) e administrativo (orientações sobre a gestão).
2. Caso você não tenha uma equipe própria, poderá buscar no mercado uma empresa especializada em intermediação e terceirização de vendas. Esta opção apresenta prós e contras. O aspecto positivo está na experiência deste tipo de organização no exercício da atividade. O negativo, na falta de exclusividade e possível dispersão, pois lidam com várias companhias de diversos segmentos.
3. Independentemente do caminho trilhado, um aspecto fundamental está nas pessoas, ou seja, na equipe que irá comercializar seu produto ou serviço. Por isso, o perfil destes profissionais deve ser detalhadamente definido e estar alinhado à sua cultura e valores. É recomendável buscar o subsídio de profissionais da área de RH na avaliação de competências dos candidatos.
4. O próximo passo envolve capacitação e treinamento. Toda venda hoje é consultiva, o que demanda conhecimento técnico do produto ou serviço ofertado, e ainda relacional, pois envolve a percepção das reações emocionais do comprador. Somente é possível ofertar soluções adequadas quando se conhece bem o mercado, o produto e as necessidades dos clientes. Durante esta fase, é aconselhável que os vendedores interajam também com a área de produção, objetivando reduzir o risco de atritos futuros. Lembre-se de que a corporação é um organismo vivo que deve ter todos os seus departamentos trabalhando em sinergia.
5. Com relação à política de remuneração, o sistema deverá combinar pagamento fixo com variável.
a) O valor fixo dificilmente será evitado porque poucos terão interesse em lançar-se ao mercado, com despesas de prospecção, deslocamento, alimentação, entre outras, além do custo de oportunidade do tempo e do capital (que poderiam estar sendo dirigidos para outra atividade) sem ter um valor mínimo que possa cobrir seus gastos. Isso se torna ainda mais relevante quando o ciclo de venda do produto é maior, demandando uma longa sequência de visitas para lograr êxito.
b) A remuneração variável deverá ser um percentual das vendas brutas ou líquidas (descontados os impostos). No segundo caso, o sistema de demonstração do resultado deverá ser transparente para não fragilizar o relacionamento com a terceirizada. Talvez seja melhor trabalhar com um percentual menor sobre o faturamento bruto, facilitando as contas. O percentual que será adotado dependerá de vários fatores. Primeiro, quanto maior o valor da remuneração fixa, menor o percentual da remuneração variável e vice-versa. Segundo, considerar as peculiaridades do produto ou serviço comercializado, pois alguns apresentam uma estrutura de preços rígida enquanto outros permitem descontos elásticos. Terceiro, analisar o potencial de geração de caixa do negócio, considerando-se se há, por exemplo, possibilidade de se firmar contratos de manutenção que proporcionarão renda permanente à terceirizada. Quarto, olhar para o mercado e para a estrutura de custos da empresa calculando o percentual de comissionamento que pode ser suportado pelo preço sem torná-lo economicamente inviável, perdendo competitividade.
6. Deve-se definir se a terceirizada concentrará a gestão das vendas em sua totalidade ou se haverá delimitação de área territorial. Como serão tratadas as vendas internas? E o comércio eletrônico, caso exista?
7. Metas devem ser estabelecidas, com prazos definidos e métricas para avaliação dos resultados. Tudo dentro de um planejamento estratégico traçado no início do relacionamento e revisado periodicamente.
8. Um contrato de prestação de serviços deve ser firmado com a terceirizada estabelecendo todas as regras desta parceria. É desejável que haja uma cláusula de exclusividade dentro do mercado de atuação, evitando-se o risco subsidiário de o vendedor terceirizado, na reta final de fechamento de um negócio, oferecer o cliente a um concorrente. Além disso, deve-se prever uma cláusula de saída, ou seja, em caso de distrato, como ficarão as relações comerciais entre as partes (o que fazer com os contratos de manutenção, por exemplo).
Finalizando, dois cuidados especiais devem estar presentes durante o processo de terceirização das vendas.
Primeiro, cuide do endomarketing, lembrando-se sempre de que há uma categoria de vendas que não pode ser delegada: as vendas internas.
Segundo, tenha a qualidade no atendimento e o comprometimento como bússolas. O contraexemplo no mercado atual é dado pela maioria das empresas de telefonia celular, que terceirizaram suas vendas corporativas, assim como as companhias de administração de planos de saúde. Assuma o seu papel de cliente para julgar se está na rota certa.
Tom Coelho.
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Origens e efeitos de Normas Contábeis
Publicado em
01/07/2009
às
14:00
Em fevereiro de 2005 o emérito professor Stephen A. Zeff escreveu um artigo alertando sobre as normas de Contabilidade; advertiu que as referidas estavam sendo adaptadas para atender a interesses particulares na acomodação de informações de balanços, de acordo com as vontades de partes.
Ou seja, por extensão, infere-se que de acordo com o acusado pelo egrégio intelectual, as normas consideradas como “internacionais” adotadas hoje no Brasil para sociedades abertas e grandes empresas, por força da Lei 11.638/07 não teriam idoneidade técnica, por serem manipuláveis segundo a vontade de especuladores privados, seguindo a políticas de conveniências de grupos.
Tal revelação o autor a justificou através de um competente histórico sobre a elaboração das ditas normas, estas egressas originariamente da entidade particular FASB (Financial Accounting Standards Board), instituição que em julho de 1973 sucedeu ao “Accounting Principles Board (APB)” nos Estados Unidos, gerando, pouco depois, uma entidade apêndice em 1977 a “SIC” para “interpretar” procedimentos.
Informou ainda o grande estudioso, no mesmo trabalho, que dois dias depois de constituído o novo FASB nascia, coincidentemente, o International Accounting Standards Committee (IASC), este que depois de 2001 seria denominado IASB (entidade privada sediada na Inglaterra da qual o Brasil vem agora, por efeito da Lei 11.638/07 traduzindo e se submetendo a tais Normas).
O plano normativo derivado de grupos particulares, todavia, já vinha sendo posto em marcha desde a década de 60, tal como em trabalhos de pesquisa publicou o egrégio professor Jorge Tua Pereda, da Universidade Autônoma de Madri em obra intitulada “El marco conceptual de la información financiera”, editada em 1996 pelo Instituto de Auditores-Censores Jurados de Cuentas de España, do Ministério de Economia e Fazenda.
Como parte de tal sistema, em 1969 e 1970, o Accounting Standards Steering Committee foi criado no reino Unido e Irlanda, substituindo a atuação do Institute of Chartered Accountants in England and Wales, com o objetivo de produzir “normas”.
Sem dúvida, tal como informa Zeff, infere-se facilmente ter ocorrido uma série de medidas coincidentes que içou através de força na mídia a expressão “Standard” e depois “International Accounting Standards” (IAS), que aqui se difunde como “Normas Internacionais de Contabilidade” (NIC); para a implantação do sistema, segundo o divulgado, têm entidades promotoras do regime investido muitos milhões de dólares.
Quando a movimentação normativa fervilhava, no fim da década de 70, estive pessoalmente com o professor Zeff, pesquisador do assunto e autor da matéria referida.
Minha obra pioneira no Brasil, sobre Normas Técnicas, havia impressionado o referido mestre, segundo me disse; depois de haver-me feito muitas perguntas recebeu minha resposta de que dedicação e preocupações de minha parte eram preferencialmente os temas ligados a ciência.
Externou-me, então, que as investigações que fizera permitiam a conclusão de que problemas muito sérios poderiam ocorrer; argumentou que a razão de seus temores situava-se no ensejo de manipulação de dados contábeis que as normas ofereciam; referiu-se com destaque ao “subjetivismo” ensejado, este através de “alternativas” que abriam estradas ao contraditório deixando, por isso, de ser verdadeiras, segundo os preceitos Lógicos.
Fiz ver ao ilustre mestre que mesmo com meu objetivo centrado na doutrina superior da Contabilidade e Administração, não desconhecia os gravosos acontecimentos que eclodiram no fim da década e que motivaram uma Comissão Parlamentar de inquérito no Senado dos Estados Unidos.
Naquela mesma ocasião, sobre o referido escândalo financeiro da década de 70, no DIÁRIO DO COMERCIO, de Belo Horizonte, cedi ampla reportagem, comentando sobre o risco que se estava a correr; isso por que também o Senado dos Estados Unidos, em relatório oficial, havia ostensivamente denunciado o uso indevido da Contabilidade, do nome de entidades da classe contábil, para fins de manipulação de balanços, lucros e perdas; o alentado relato, em 1760 páginas, eu já o tinha em mãos.
Concomitantemente o professor Rogério Pfaltzgraff, na TRIBUNA DA IMPRENSA, em uma sucessão de artigos, fazia graves acusações quanto à atuação aética de empresas transnacionais de auditoria e em palestras e pronunciamentos igualmente, na mesma linha de pensamentos, lançava pesadas críticas o emérito Professor Doutor Alberto Almada Rodrigues, da Universidade do Brasil.
A questão, pois, segundo advertiram Zeff, o Senado, intelectuais diversos da área contábil, não estava em “transparência”, mas, em “acomodação do informe contábil ao sabor do cliente inescrupuloso”.
O que provinha do mundo anglo saxão, apoiado por vastas influências na mídia e por agentes de especuladores financeiros fazia prenunciar crises que deveras se sucederam, até culminarem com a mundial de 2008.
O processo, todavia, não cessou; segue sua marcha, com a omissão, ainda em face de providências que possam proteger a fidelidade da informação contábil.
Produções normativas continuam a fluir de entidade privada sediada na Inglaterra, sob o controle majoritário de grupos norte americano e europeu (IASB); modestíssima continua sendo a participação do restante do mundo (ressalvado um percentual, sem poder de decisão final, para todo o continente asiático) na entidade normatizadora, segundo estatísticas editadas na Internet; a denominação “internacional”, pois, parece não coincidir a expressão de comando e decisão da entidade emissora, segundo o divulgado publicamente.
Não se pode negar, pois, que a publicação de Zeff feita em 2005, assim como as demais ao longo das últimas décadas do século XX, precedeu o estouro da bolha que gerou no presente um macro desastre financeiro mundial; alertas não encontraram eco, nem um competente e responsável tratamento que merecia da parte dos poderes públicos.
Em 1997, em conferência que realizei na Universidade de Saragoça, perante quase totalidade dos professores universitários de Contabilidade da Espanha, contribui realizando as mesmas advertências (o texto desta se encontra em minha página www.lopesdesa.com.br); fundamentei-me nas diversas acusações, especialmente nas do ilustre professor da Universidade de New York, Abrahan Briloff; complementou minha convicção a denúncia que faziam competentes jornalistas da “Der Spiëgel” da Alemanha (Harald Schumann e Hans-Peter Martin, que depois editaram a obra “A armadilha da globalização”); segui alertando culturalmente sobre os problemas éticos e tecnológicos derivados do processo normativo tal como estava organizado.
Cumprimos a nossa parte, mostrando as origens verdadeiras do comportamento político de concessões e negociações em que se fundamentava o movimento normativo, sob pressão de grupos de especulação, em conivência com agentes dos mesmos (tal como denunciaram a partir de dados de fonte Zeff, Briloff, Martin, Schumann, Koliver, Nepomuceno, Fernandes Ferreira, Cravo, Carqueja, Hendricksen, Breda e tantos outros); as pressões e influências, pois, que agora aludem ser do momento, na verdade não são de agora, mas, de passado já distante.
Os efeitos daninhos que foram prenunciados e pronunciados, acabaram por ser materializados; escândalos no mercado financeiro, com sérios calotes, se acumularam em trilhões de dólares, golpeando a vida econômica das nações no mundo inteiro e isso não é apenas suposição.
É preocupante que o sistema que começou a se estruturar na década de 60, sempre evoluindo, persistentemente, termine por encontrar adesão e apoio em nosso País amparado pela lei 11.638/07; as consequências serão imprevisíveis, mas, a variação em lucros e perdas nas empresas, de bilhões de reais, já é anunciada pela imprensa com alusão ao uso dos que denominaram como “Padrões Internacionais de Contabilidade” (matéria editada em Fiscolegis em 22/06/2009, na Internet).
Entrementes um clima atual nos Estados Unidos é criticado por favorecer o crime do colarinho branco, a fraude, como acusa o prestigioso “Le Monde” de 23 de junho de 2009 no artigo “Crise financière: les responsables jouissent d´une insolente impunité”; afirma o jornal que remorsos não existem por parte dos especuladores caloteiros e que as punições são raras.
Enquanto isso as economias vão sofrendo os efeitos da irresponsabilidade exportada; o jornal italiano “Corriere della Sera” de 24 de junho de 2009 informava, na página de Economia, que a redução do Produto Interno Bruto naquele País, neste ano, chegaria a expressiva queda de 5.5%; o “Le Figaro” da França anunciava que a dívida pública do País estava em montante igual a 88% do Produto Interno Bruto; segundo a OCDE, conforme o veiculado no Jornal do Brasil de 24 de junho, na seção de Economia, o Brasil sofrerá uma recessão forte em 2009 e os Estados Unidos, segundo o Valor On Line de 25 de junho, acusa uma recessão de 5,7%, deveras expressiva para uma economia da dimensão do referido;também o prestigioso jornal Estado de São Paulo divulgava em 25 de junho que a inadimplência das empresas no Brasil havia crescido em 27%, percentual esse deveras expressivo.
Sem dúvida, situações indesejáveis como as referidas, ocorridas no Brasil e em Países ditos de primeiro mundo, donos de uma longa história, são efeitos perversos de calotes que se agasalharam em ativos e resultados falsos, protegidos pelas licenciosidades de “normas”...
Será a continuidade disso o que a comunidade deveras almeja?
Cumprimos, todavia, inconformados diante desses cenários, o nosso dever cívico, ético, de responsabilidade perante a sociedade, a classe, nossos leitores e discípulos, tornando público o que apuramos em nossas indagações, fruto de longa participação no movimento cultural tecnológico e científico da Contabilidade.
Resta-nos a consciência tranquila de não ser omisso, de apresentar a realidade há décadas, evocando fatos comprovados no sentido de proteger a dignidade profissional e a preservação da grandeza de um conhecimento de rara utilidade social e humana.
Não evocamos matéria que pudesse ser considerada polêmica; advertimos, apenas, sim, sobre uma realidade que tange o bolso de milhares de seres, com lesão material, palpável, concretamente profunda, que ocorre há muitos anos, mas hoje atingindo a todo o mundo, em razão de desmedidas ambições financeiras, com o uso indevido da Contabilidade e das estruturas da classe, como foi por fontes de pleno crédito denunciado.
Antônio Lopes de Sá.
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Rouba Mas Fez
Publicado em
30/06/2009
às
10:00
Lula desvirtuou o antigo ditado "rouba mas faz, agora devemos dizer "rouba mas fez. Sarney tem o direito de roubar porque muito fez pelo Brasil.
Agora, quando você fizer alguma coisa pelo país, como por exemplo, ajudar uma instituição do terceiro setor, que cumpre o papel que o governos deveria cumprir, automaticamente você está autorizado a sair por ai roubando o que é público.
Sarney quando foi presidente, senador, deputado ou governador, recebeu altos salários para tal, e não fez mais que a obrigação em desempenhar o papel para qual foi eleito com dedicação.
Dizer que porque fez algo para o povo brasileiro dá direitos a cometer todas as irregularidades e ilegitimidades que o Senado Federal tem cometido contra o povo sofrido deste país é uma grande molecagem.
Aliás, como temos políticos moleques por ai não é mesmo?
Além disso, Lula soltou outra pérola "Ocorrem muitas denuncias que depois não dão em nada. Isso chama-se impunidade, Sarney agora nomeou uma comissão para apurar as irregularidade que ele mesmo cometeu. Colocaram a "Raposa para tomar conta do Galinheiro.
Escrevo faz bastante tempo que somos cidadãos de segunda categoria, e a reportagem da revista Veja dessa semana atesta o que eu digo, entrevistaram cem cidadãos comuns e perguntaram aos mesmos se têm os direitos que os políticos tem. Resposta unânime: Não!
Pergunto aos brasileiros e brasileiras até quando? Até onde vamos aguentar calados?
Volto a afirmar, somos um povo menor, inferior, fazem conosco o que querem, não são punidos, riem de nossas caras, somos mesmo uns palhaços.
No circo Brasil, somos os tontos que ficam em cima do palco e a platéia são os políticos.
José Rodrigo de Almeida.
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Sempre gostei de estudar
Publicado em
29/06/2009
às
14:00
Estudar para que?
Estudar porque?
Para depois, de muito esforço e dedicação, ver meus estudos serem “desconsiderados’? Não posso obter o meu “ambicionado” diploma? Depois de tanto esforço?
Estudar para que?
Não sou jornalista. Mas admiro os jornalistas. Tenho formação superior em outros cursos. Desejo um dia, ainda, se possível, ser jornalista com curso e com diploma.
Acredito muito na profissão do jornalista, apesar de que o STF acaba de derrubar a exigência do diploma para o exercício profissional. É uma lástima o ocorrido...
Jornalista – o profissional da comunicação.
Aquele profissional que nos ensina diuturnamente como deve ser a comunicação entre “as partes”.
Sim! Todas as partes.
O jornalista existe pois nos ensina a comunicação verdadeira.
É o verdadeiro profissional da comunicação social.
É o profissional que diariamente deve estar motivado a nos motivar. E o profissional que, em muitas vezes, é o formador de nossa opinião. E o profissional que está, sempre, ao lado de todos os outros profissionais para que sua opinião seja vista, lida e ouvida por outras “partes”.
É bom estudar!
Mas, em muitas ocasiões, surge à indagação: Porque?
E surge a notícia que desejam derrubar a exigência de diplomas para outros profissionais.
Onde vamos parar?
Para que estudar?
Onde está o estímulo ao estudo?
David Iasnogrodski.
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Lembre-se: Você Só Será Promovido, Se Alguém Promover Você
Publicado em
28/06/2009
às
14:00
Um funcionário me pergunta: Como faço para ser promovido? Respondi: Você só será promovido, se alguém promover você!
O funcionário ficou sem entender minha resposta. Expliquei a ele:
Um produto está em “promoção” quando ele é destacado dos demais e com ele faço alguma coisa “diferente” para vendê-lo. Dentre os inúmeros produtos que tenho, escolho um deles para fazer uma “promoção”. Aí, então, destaco suas qualidades, seus atributos e busco vendê-lo ao maior número de possíveis clientes. Da mesma forma é com Você.
Você só será promovido se alguém fizer sua “promoção”, isto é, falar bem de você, mostrar seus atributos. E para que alguém possa fazer a sua “promoção”, você precisa ser um bom “produto”, isto é, vendável.
Assim, se você é um funcionário que trabalha internamente, quem poderá fazer sua “promoção” são seus colegas de trabalho. Eles é que deverão falar bem de você, “promover” você de tal forma que essa “promoção” acabe chegando aos ouvidos de seu chefe que assinará o seu aumento de salário ou a sua mudança de função, consumando a sua promoção.
Se você é um vendedor ou tem qualquer outra função externa, você só será promovido ou promovida se seus clientes o(a) promoverem, isto é, falarem bem de você e fizerem a sua “promoção” e se essa “promoção” chegar aos ouvidos de quem tenha o direito de dar o seu desejado aumento de salário.
Assim, é preciso que fique bem claro que você só será promovido se alguém promover você. E só promoverão você se você se promover primeiro, isto é, se você conseguir ser um “produto” que atraia a atenção do seu “mercado”.
E qual é o “mercado” de um funcionário interno? São os seus colegas de trabalho, seus chefes, enfim, seus clientes internos. Assim como para um funcionário que trabalha externamente, seu mercado serão seus clientes externos, seus contatos, etc.
E para ser um “produto” que chame a atenção do seu mercado, você terá que “surpreender” e “encantar” esse seu mercado, fazendo mais do que ele esperava que você fizesse. Você terá que ser capaz de dar ao seu mercado o que chamo de “momentos mágicos”, isto é, o que as pessoas não esperam de você. Só assim as pessoas falarão de você. Só assim as pessoas “promoverão” você. Se você não fizer nada diferente, não chamar a atenção, não surpreender, ninguém falará de você ou seja ninguém fará sua “promoção” e você ficará no esquecimento junto com os milhares de produtos esquecidos numa prateleira de supermercado.
É por isso que eu respondi ao funcionário que ele somente seria promovido se alguém o promovesse. Fiz ele entender que a maioria das pessoas nunca são promovidas porque ninguém as “promove”, isto é, ninguém fala delas, ninguém as “vende”, ninguém as destaca das demais. Ficando na vala comum de todos, sem ser promovido por alguém, você jamais será “promovido”.
Luiz Marins.
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Palhaçada Geral
Publicado em
27/06/2009
às
10:00
Quando elegeram José Sarnei para a presidência do Senado Federal escrevi um texto com críticas ferrenhas a tal fato. Óbvio que já é tempo de renovação. Aliás, renovação geral da política e dos políticos Brasileiros.
Quando vejo nos jornais as molecagens, a falta de respeito com o povo, as artimanhas utilizadas para burlar leis que muitas vezes esses próprios parlamentares criam, percebo que somos mesmo um povo inferior, ou pelo menos é o que pensam de nós.
Dizer que o Brasil é um "país do futuro, ou que um dia seremos uma nação "séria e respeitada soa como piada.
Analisando toda a situação, chego à conclusão que nosso país é uma grande favela, senão, vejamos: Falta educação, saneamento, alimentação, assistência social, infra-estrutura, serviços públicos de qualidade, gente qualificada e o pior, o crime prevalece, criminosos agem livres de penalidades, corrompem e são corrompidos, fazem o que querem, como querem e a sociedade é sempre prejudicada.
É uma palhaçada geral! Sugiro a todos os Brasileiros que assumam sua condição de palhaços e passem a utilizar aquele nariz vermelho típico das fantasias carnavalescas.
E de quem é a culpa de tudo isso? Claro, dos palhaços Brasileiros, que elegem esses bandidos como seus representantes!
O que podemos fazer? Em primeiro lugar deixarmos de ser um povo passivo e pacífico em demasia, precisamos promover levantes, protestar em frente dos Tribunais, dos Fóruns, o Conselho Nacional de Justiça, da Sede da Polícia Federal, dos Palácios de Governo, das Prefeituras, das Câmaras Municipais, do Planalto e do Congresso. Onde estão os "caras pintadas? E a juventude estudantil? Cadê a U.N.E.?
Eleger sempre as mesmas figuras marcadas com o carimbo da desonestidade, da ganância, da corrupção é responsabilidade nossa. Nós é que confiamos nossas vidas e nosso futuro a esses escrotos políticos desta nação.
Elegemos vereadores que nem sabem quais as atribuições do cargo que vão assumir, pregam na tribuna de nossa Câmara Municipal que o prefeito deveria cometer atos que incorrem em improbidade administrativa, fazem questionamentos ridículos e criam leis mais ridículas ainda, ao invés de promoverem a correta fiscalização da administração municipal, auxiliando o prefeito e buscando nortear a administração para o progresso, a lisura e a seriedade.
Deputados estaduais manipulam verbas e emendas ao seu bel prazer, beneficiando apadrinhados com cargos e valores, deixando municípios necessitados sem a devida assistência só porque não fazem parte de sua base eleitoral ou os prefeitos não são seus partidários.
Prefeitos e Governadores, muitas vezes bem intencionados sofrem a influencia dos corruptos, dos velhacos das administrações e são facilmente seduzidos por dinheiro e vantagens, deixando de lado suas promessas de palanque e esquecendo-se dos valores que sempre cultivaram e pregaram.
Quanto aos membros de nosso Congresso Nacional, vergonha generalizada, seja porque são corruptos, porque não atuam com ética, correção e respeito ao povo que os elegeu ou porque são omissos e coniventes. Ali, a palhaçada é geral!
Até onde vai tudo isso? Até quando vamos suportar tanta molecagem e palhaçada? Que tipo de povo somos?
Com a palavra o povo Brasileiro.
José Rodrigo de Almeida.
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Uma dica que aumentará sua chance de sucesso
Publicado em
26/06/2009
às
14:00
Os americanos dizem: A dica que vale um milhão de dólares, a dica que aumentará em 1000% a chance de obter sucesso, para dizer e ressaltar que é valiosa.
Estamos falando de estabelecer metas. A cada novo período, novo ano, certamente passa-se por uma revisão, balanço e tem-se o desejo de mudar algumas coisas. Perder peso, voltar a estudar, comprar outra casa, ou uma segunda cada, fazer uma viagem, conseguir um novo amor, ficar mais com a família, viajar com a família, voltar a freqüentar a igreja, fazer um trabalho comunitário, cuidar mais da saúde, mudar hábitos alimentares, beber menos bebida alcoólica, tomar mais água, parar de fumar, parar de criticar, de se queixar, começar a dar elogios, parar de se preocupar tanto, tentar ser feliz o ano todo, etc.
A lista pode ser alimentada com as situações de cada um e certamente é maior do que esta.
A dica que podem aumentar em 1000% as chances de sucesso em alcançar suas metas:
- Escrever suas metas, seus objetivos.
Sim, simples como está escrito.
Talvez você já tenha lido, ouvido falar a respeito de escrever suas metas, em ordem e com detalhes e aí começar a agir.
Mas nunca o fez. Sabe que é assim porém não agiu.
Saber e não fazer é o mesmo que não saber.
Portanto, neste novo período, papel e lápis e mãos a obra. É o inicio. Uma casa sem planta não vai sair do chão. Se sair ficará sem registros, sem futuro, qualquer vento a derrubará.
Por quê?
Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans.
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Normas contábeis e ética profissional
Publicado em
26/06/2009
às
09:00
Em decorrência das alterações havidas na lei das sociedades por ações e dos efeitos da MP 449/08, muitas dúvidas surgiram no tangente à obrigatoriedade da adoção das Normas de Contabilidade denominadas Internacionais; recebi e continuo recebendo inúmeras consultas de leitores, colegas e empresários, muitas através de minha página www.lopesdesa.com.br que na Internet já ultrapassou a expressiva quantidade de 3.000.000 de acessos.
Sobre o tema fui impelido, pois, a emitir pertinente opinião, por solicitação de terceiros; escrevi e publiquei meu julgamento informando sobre a “não obrigatoriedade de aplicação das normas referidas a 99,99% das empresas e instituições no Brasil”, pois, a estas se aplicam as disposições do Código Civil Brasileiro, este não revogado no tangente aos artigos 1.179 e seguintes que tratam da escrituração contábil.
Posteriormente chegaram-me inúmeras solicitações de opinião sobre a questão Ética; fui inquirido sobre se o seguir ou não seguir as referidas Normas seria lesão de natureza comportamental na profissão.
Acredito que tais indagações derivaram-se do fato de haver-me dedicado tanto ao tema através de muitos livros específicos (Ética Profissional, editora Atlas; Ética e Valores Humanos, editora Juruá; Consciência Ética, editora Juruá; Ética a Revolução Necessária, editora Siracusa) e de centenas de artigos editados em diversos veículos de difusão.
Respondi a cada consulente, particularmente, o que me foi perguntado, afirmando que ressalvado o caso de sociedades abertas e as de grande porte, a não aplicação das normas que receberam o nome de internacionais não implicaria quebra de ética; afirmei que o aplicar as referidas poderia, inclusive, ser quebra de ética no que infringisse a lei, como no caso ensejado pelo denominado Justo Valor, do Arrendamento mercantil, do Intangível e outros.
Em minha forma de entender dever ético é seguir a lei.
O próprio Código de Ética Profissional do Contador determina:
Art. 2º São deveres do contabilista:
I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
(Resolução 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade, não revogada; o grifo é meu)
Considerando que o Código Civil Brasileiro é o que rege 99,99% das empresas nacionais é a este que o profissional deve obediência, uma vez que a lei 11.638/07 limita-se às sociedades por ações e a MP 449/07 é decorrência dessa lei.
Essa a minha forma de entender; a lei que o profissional deve seguir é a de regência, logo a do Código aludido.
Ademais, não há punição prevista em lei por não se seguir as normas que foram denominadas como internacionais, nem órgão competente do ponto de vista legal para examinar as escritas para ver se estão ou não sendo seguidas as aludidas (ressalvado o caso das sociedades de capital aberto), pois, assim determina expressamente o artigo 1.190 do Código Civil brasileiro, não revogado:
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
A exceção ao artigo 1.190 é apenas para as autoridades fazendárias (artigo 1.193):
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
Logo, seguir ou não seguir as normas referidas como internacionais nenhuma penalidade pode implicar 99,99% das empresas nacionais, nem de ordem legal, nem, também, de ordem ética, de acordo com o Código do Profissional da
Contabilidade, este que sugere seguir a lei.
A mim, pois, me parece deveras inadmissível punir-se alguém por seguir a lei e por comportar-se mal eticamente se seguindo as leis de regência também segue aos preceitos fundamentais do próprio Código de Ética Profissional do Contabilista (artigo 2º, I, referido).
Entendo particularmente que será infração ética seguir as normas que se dizem internacionais em seus conceitos básicos, no que tange a se considerarem acima da própria lei (como expressamente no IRFS está evidente) e no que a esta contrariarem.
Antônio Lopes de Sá.
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ACREDITO!
Publicado em
24/06/2009
às
09:00
E acredito muito!
Vocês estão me lendo (e agradeço muito a atenção de vocês) em matérias via computador.
Não é verdade?
Muitos, como vocês, também nesta hora estão se deliciando com a Internet. Estão em outros sites.
Eu tenho a certeza: a Internet veio para ficar. Cada vez mais moderna. Cada vez melhorando seu conteúdo. Mas, muitos, ainda estão lendo, e continuarão a ler o seu “jornal diário” – o jornal impresso. Assim como o rádio está cada vez mais atuante junto a nós, apesar da chegada da TV e o próprio computador, o jornal dito impresso continuará tendo seu papel e seu espaço.
Continuaremos com os jornais de grande circulação. Cada vez mais estão surgindo os jornais independentes. Os jornais de bairros. Os jornais das pequenas cidades. Os jornais gratuitos e diários junto a estações de metrô, isso acontecendo em Londres e em outras capitais do mundo.
O que é isso?
É a mudança para melhor.
É à procura da leitura. É o mercado de jornais se abrindo para outros campos. É à procura do leitor pela leitura... E isso é ótimo. Necessitamos ler para nos aprimorar cada vez mais. Ler Jornais. Ler livros. Ler...
Digo novamente: Possuímos tudo isso e mais os sites atualizados a cada minutos, a cada segundo, pois a notícia está acontecendo sempre..., Mas os jornais impressos de grande circulação e diários, continuarão sendo uma grande fonte de informação. É e será sempre uma realidade...
A maior prova do que estou relatando são os recentes investimentos, ao menos em Porto Alegre, capital de todos os gaúchos, onde os grupos RBS e Jornal do Comércio estão modernizando seus parques gráficos. O primeiro com o Jornal Zero Hora completando 45 anos de existência e o segundo com o Jornal do Comércio ter completado 76 anos de profícuo trabalho junto aos seus leitores. Ambos se modernizando e acreditando muito na mídia impressa.
O que é isso?
É acreditar na continuação de um mercado. Mercado de leitura em jornais impressos, mesmo com o avanço e modernidade das outras mídias.
Parabéns aos investidores.
Parabéns aos empreendedores.
Assim como eles, eu também acredito piamente na continuação e modernização da leitura.
Cada vez mais necessitamos da leitura para enfrentarmos esse mercado tão competitivo. Não importa o meio. Se tivermos ótimas fontes de conhecimento poderemos suplantar todos os obstáculos, ao menos com igualdade junto aos nossos concorrentes ou adversários, pois eles estão sempre agarrados no conhecimento. E este conhecimento só se adquire com leitura. Muita leitura!
Leitura é cultura e “cultura não faz mal a ninguém...”
Eu acredito!!!
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Fusões e Desemprego
Publicado em
22/06/2009
às
17:00
Se estivesse vivo, Aldous Huxley poderia escrever hoje “Admirável Mundo Oligárquico”. Não seria uma fábula, mas um documentário sobre o universo corporativo a partir dos anos 1990.
Com o fim da guerra fria e o advento da internet, surgiu a era do conhecimento, marcada pela queda das barreiras geográficas e econômicas. A velocidade das transações, o fluxo de informações, a integração promovida pela globalização desenhou um novo paradigma no mundo dos negócios segundo o qual é necessário crescer continuamente.
Fusões, aquisições, incorporações e seus correlatos foram a resposta imediata a esta demanda. O nome do jogo é ganho de escala. Concentrando-se a produção numa mesma unidade industrial, reduz-se a capacidade ociosa das instalações. Unificando-se as operações administrativas, ganha-se celeridade e economia nos processos.
Houve uma época na qual se procurava combater a formação de oligopólios e cartéis. Tempos áureos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, julgando administrativamente compras, vendas e associações de empresas sob a égide da lei antitruste buscando zelar pela licitude concorrencial.
O que vemos hoje é a concentração econômica em todos os segmentos. Os bancos largaram na frente, seguidos pelas mineradoras, siderúrgicas, farmacêuticas, montadoras, autopeças, empresas de telecomunicações, eletroeletrônicos e tantas outras.
A grande preocupação de outrora era com relação ao impacto destes movimentos em relação aos preços, ou seja, a criação de megaempresas sufocaria a concorrência, prejudicando os consumidores, em especial em países como o Brasil onde as chamadas agências reguladoras são ineptas e frágeis.
Mas o maior subproduto de fusões e aquisições é mesmo o desemprego. Afinal, não faz sentido manter duas agências bancárias com igual bandeira na mesma calçada, dois profissionais com funções equivalentes para uma mesma atividade.
A crise mundial recente nasceu no mercado financeiro, mas rapidamente vem devastando a economia “real”, que produz bens e serviços e não apenas se ocupa de intermediações e apostas em derivativos. Empresas de grande porte em todo o mundo anunciam diariamente suas listas de dispensas.
Aos governos, cabe repensar a legislação que rege as operações de compra e venda de empresas, em especial buscando proteger companhias de pequeno e médio porte da canibalização do mercado, posto grandes empregadores que são.
Aos RHs das empresas, ficam desafios. Primeiro, para conciliar culturas e valores muitas vezes díspares, buscando a conciliação e a criação de uma identidade corporativa única. E segundo, para conduzir os planos de demissão, procurando arrefecer a dor dos que saem e aplacar os temores e a insegurança dos que ficam.
Tom Coelho.
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Necessidades
Publicado em
21/06/2009
às
09:00
Muitas vezes somos solicitados a acolher as necessidades de outros.
Algumas dessas vezes sabemos como resolver o problema.
Outras vezes ficamos impossibilitados de resolver estas situações. Normalmente situações de dificuldades...
Saímos a pensar: como resolver?
Não visualizamos a “luz” no final do túnel...
O pior: as pessoas que recebem o “não” ficam, geralmente, “num mato sem cachorro...”.
O que fazer?
Conosco?
Com as pessoas que não tiveram a oportunidade de solucionar seus problemas?
O que fazer?
Fico sempre a pensar: “Não estamos nunca livres de sermos as pessoas que ora estão nos solicitando...”
Mas o que fazer se não temos a solução?
Deixo a pergunta no ar...
Será que alguém tem a solução????
David Iasnogrodski.
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Valor das doutrinas e cultura contábil
Publicado em
20/06/2009
às
09:00
A cultura é fruto da civilização; representa o progresso da mente humana, ou seja, a manifestação superior da razão.
Foi construída ao longo de milênios sendo hoje um acervo de conhecimentos resultado de sedimentação de esforços intelectuais.
A evolução da Contabilidade seguiu ao ritmo normal dessa marcha de valorização dos seres humanos e a partir das simples informações sobre o ocorrido com a riqueza chegou ao nível de explicação sobre os fatos informados.
Ou seja, cresceu de importância quando em vez de apenas registrar e demonstrar passou a opinar sobre os fatos, através do conhecimento racional das relações que se produzem na movimentação da riqueza patrimonial.
Milhares de mentes contribuíram para construir essa brilhante história das doutrinas.
Quando fervilhava a pesquisa para encontrar as verdades, guiada pela metodologia ou forma de pensar, edificaram-se as bases da ciência moderna, e, também, a contabilistica.
O estudo sobre as coisas e fatos relacionados ao ser humano que já havia sido considerado importante na filosofia grega, especialmente em Aristóteles e Platão, encontrou nas obras de Machiavelli um sabor especial no campo da gestão e no mesmo século com Ângelo Pietra no campo contábil.
A construção de conceitos, como bases para a formação de raciocínios lógicos conseguiu dar novas vestes ao conhecimento e assim se edificaram as doutrinas que seriam responsáveis por visões organizadas de um saber comprometido com a realidade.
A falta de conhecimento desse esforço feito no passado e, até de respeito aos valores intelectuais, tem, todavia, no curso do tempo, deformado realidades e imprimido retrocessos, ainda que aparentemente apresentados como “progressos”.
Essa a razão pela qual os conhecimentos de história e de filosofia das ciências são guias que não se podem abandonar quando a preocupação é a realidade.
Quem exerce uma profissão não pode desconhecer as referidas bases, sob pena de deixar-se influenciar por falsas culturas e de forma subserviente, ou, por comodidade, renunciar o intelecto.
Tal abdicação implica, inevitavelmente, negação à outorga do que de mais precioso o ser humano possui e que é a autonomia mental.
Estar a serviço de terceiros implica encargo duplo.
A responsabilidade defluente da confiança que se deposita em alguém tem seu relevo ostensivo no exercício das profissões; ao se confiar em um profissional representa traição, logo lesão ética, uma deturpada informação, uma opinião incoerente face à realidade.
A profissão impõe cultura como dever ético.
No exercício da referida ela está acima do homem e por isto deve ser, na expressão de Descartes uma “paixão”.
O grande filósofo, pai do Método Moderno, afirmou que se algo é menor que o ser pode gerar apenas estima; se é igual ao ser produz amor, mas, se é maior que o ser é “paixão”.
No profissional isso deve estar apoiado no desejo da verdade, esta que só na ciência é possível encontrar.
Tal estado de consciência deve ser inclusive o de uma comunidade de pessoas que estejam no desempenho de um trabalho que confiado na esperança do suprimento de uma necessidade.
O valor das doutrinas, pois, ao do homem se incorpora no desempenho das tarefas.
A dignidade perante o conhecimento requer a lealdade inerente à responsabilidade e esta no caso de um Contador está atada à verdade sobre o que informa e especialmente sobre o que opina.
Sem atribuir valor à doutrina nega-se a ciência e ao afastar-se desta se mergulha na falsidade.
Uma cultura científica se constrói doutrinariamente e esta a paixão pela verdade, aquela que no campo contábil representa o pleno cumprimento da Ética Profissional.
Antonio Lopes de Sá.
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Socorro! Quero Comprar e Não Consigo!
Publicado em
18/06/2009
às
09:00
Pode parecer absurdo, mas há empresas que fazem o mais difícil - lançam um produto, fazem propaganda, colocam no mercado, fazem uma grande promoção de lançamento, interessam o cliente, mas... o cliente interessado não consegue comprar! Isso já aconteceu comigo várias vezes e garanto que já aconteceu com muita gente.
Outro dia mesmo vi uma promoção de uma operadora de telefonia e tentei comprar. Liguei para dez lugares. Ninguém sabia da tal promoção. De um lugar me jogavam para outro e... nada. Até que desisti.
Vi o anúncio de uma promoção de veículos num jornal. Liguei para a concessionária e pedi para falar no departamento de vendas. Ninguém sabia da promoção! Um dos vendedores teve a capacidade de me dizer que talvez fosse um concorrente que estivesse fazendo aquela promoção e que com certeza ali não era. E eu estava com o anúncio nas mãos. Quando li para ele o anúncio de sua própria empresa ele ficou pasmo! Disse: Ninguém avisou a gente dessa promoção!
Isso sem contar as empresas que fazem tantas exigências para vender uma simples mercadoria que o cliente desiste. Exigem um cadastro absurdo. Perguntam tudo. E perdem a venda!
E ainda existem empresas que não aceitam cheque, nem cartões de crédito, e... quem sabe, nem dinheiro! Como querem que eu compre??
Há empresas que complicam para entregar, para deixar testar o produto, para abrir o pacote, para deixar o cliente experimentar. Enfim, complicam tudo! Como querem que eu compre??
Ligo para uma empresa e peço para que venham à minha casa para fazerem um orçamento. A pessoa que atendeu disse que prontamente eu seria atendido. Pedi para marcar uma data e uma hora para a visita do orçamentista. Ela me respondeu: Impossível marcar hora! Ele irá quando puder. Como querem que eu compre??
Chamo a assistência técnica de uma empresa especializada em meu produto. O técnico marcou cinco vezes a visita à minha casa. Fiquei esperando. Ele não foi. Quando liguei reclamando do atendimento, a pessoa me disse: o nosso técnico é muito ocupado! E a empresa continua fazendo propaganda nos jornais! Como querem que eu compre??
Mais uma. Ligo para uma empresa. A pessoa que atendeu não sabia nada sobre a empresa e menos sobre os produtos anunciados. Quando disse a ela que ela parecia não saber muito sobre a empresa e os produtos ela me respondeu: “- Não mesmo. Eu só trabalho aqui!”
Será que nosso cliente também não estará dizendo de nós - “Socorro! Quero comprar e não consigo!”? Será que nosso pessoal e nós próprios, empresários, temos a plena consciência de que o mercado mudou, o cliente mudou, que a competição será a cada dia mais acirrada e que temos que facilitar a compra de todas as formas possíveis e imagináveis? Será que temos consciência de que o cliente sabe que hoje há muitas empresas e produtos que o desejam e que a qualidade dos produtos concorrentes a cada dia é mais semelhante e os preços quase iguais? Será que temos consciência de que é quase um milagre quando um cliente deseja comprar nosso produto, com tantos concorrentes no mercado?
Pense nisso. Dê uma avaliada em sua empresa antes que seja tarde.
Luiz Marins.
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Carrapatos
Publicado em
16/06/2009
às
09:00
Impressionante como algumas pessoas confundem seus direitos legítimos com aqueles ilegítimos e obscuros.
Certos cidadãos entram para a política ou para a administração pública para enriquecer-se de forma ilegal acreditando que a corrupção e o desvio de verbas institucionalizados em nosso país justifiquem suas ações.
Agem e pensam mais ou menos assim: "tantos roubam, tantos se corrompem, o país é assim mesmo, se estão fazendo então tenho o direito de fazer também.
Outra máxima freqüente é aquela do "rouba, mas faz, tão difundida nas gestões daquele famoso político de origem libanesa que vive sendo eleito para diversos mandatos no Brasil.
Em nossa cidade a verdade é que administradores e seus comandados já aprontaram das suas. Alguns respondem a processos judiciais por atos que o tempo jogou no esquecimento, mas que em algum momento muito nos envergonharam e nos causaram revolta. Outros conseguiram se esquivar de denúncias e processos que muitas vezes tinham causa e fundamento, mas por influências ou defesas jurídicas bem elaboradas os livraram de punições.
O pior de tudo são os conhecidos "carrapatos da administração e do orçamento públicos, esses são os piores. Vivem atrelados a partidos políticos, analisam a situação em cada pleito e quando vislumbram que algum candidato tem mais chances de ser eleito, encostam-se no mesmo. O mal maior é que procuram descobrir pontos fracos, falhas e defeitos e depois chantageiam e achacam o eleito visando à obtenção de vantagens pessoais para si, seus familiares ou apadrinhados.
A população está cansada de nomeações meramente políticas ou acomodações. Estamos fartos de pessoas que ganham altos salários sem trabalhar somente porque alguém sabe de mais e pode prejudicar o andamento da administração.
Não queremos mais os mesmos bandidos no executivo nem no legislativo. É hora de denunciar com veemência tudo o que houver de imoral, irregular e ilegítimo.
Temos instituições sérias no país. O Ministério Público é um dos pilares sustentação da moralidade e da democracia e com certeza ao tomar conhecimento de algum fato desabonador ou incriminador tomará as medidas cabíveis.
Saibam senhores que as maiores apreensões de drogas em nosso país são fruto de denúncias, e para mudarmos essa realidade maléfica, devemos nos utilizar deste expediente também com os criminosos de colarinho branco.
Tolerância zero já com a corrupção, a ilegalidade, a imoralidade, com os achaques e as chantagens.
Conclamo a todos a trabalhar para virar o jogo, obrigando nossos administradores e seus indicados a atuar com lisura, com respeito ao que é público, com respeito aos cidadãos de bem, com honestidade e transparência, só assim teremos o país, o estado e a cidade que queremos.
Quando alguém rouba nossa casa queremos logo que a polícia prenda o ladrão. O mesmo devemos desejar quando estamos sendo diariamente lesados. O impressionante é que aquele ditado de "onde há fumaça a fogo é algo que constatamos no dia a dia, ou seja, aqueles que já aprontaram continuam aprontando a luz do dia com a certeza da impunidade.
Basta! Moralidade já e cadeia para os desonestos, corruptos e bandidos da administração pública.
José Rodrigo de Almeida.
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Conceitos Contábeis de Capital
Publicado em
14/06/2009
às
15:00
O conceito de capital em ciência contábil, enquanto considerado como um global é um universo de componentes de diversas naturezas (numerário, mercadorias, máquinas, veículos etc.), representando um complexo a serviço da utilidade nas empresas.
Não existe geração espontânea de capital, ou seja, ele não é um recurso que surge do nada, mas, sim que deve ser “formado” para que possa gerar os meios aptos para o desempenho das finalidades dos empreendimentos.
As causas da referida riqueza são os “recursos” que permitem formá-la e se originam de “fontes próprias (dos empreendedores”) ou de “terceiros” (financiamentos em dinheiro e fornecimentos de bens).
É desta forma que do ponto de vista lógico (este que é a base do raciocínio no campo científico) se analisa a “constituição” ou surgimento do capital e que é depois demonstrado nos balanços.
Existem, pois, dois distintos conceitos: Capital Próprio (formado pela empresa) e Capital de Terceiros (formado através de empréstimos ou entrega de bens e serviços por parte de não associados ou titulares da empresa).
Tais fontes geram, então, os recursos dos quais se derivam como efeitos os investimentos ou aplicações em utilidades para venda ou uso.
As causas, pois, são as origens (registrados no Passivo) e Efeitos são as aplicações dos recursos conseguidos (registrados no Ativo).
Essa a razão lógica da existência do capital, ou seja, ser gerado pelo recurso e este ensejar os meios que produzirão a utilidade (investimentos).
Os investimentos circulam de forma imediata ou mediata ou podem ser utilizados em prazos que ultrapassam ao de um exercício ou período de gestão; essa conversão em dinheiro ou outra utilidade e que ao longo do tempo um bem consegue executar é que lhe empresta a classificação de: Circulante (prazos menores) e Permanente (prazos maiores).
Embora as denominações referidas não possam ser tomadas em sentido absoluto, porque toda a riqueza circula, só variando o prazo em que isto acontece, foi, todavia consagrada desde a primeira metade do século XIX.
O conceito de Capital Global, ou simplesmente Capital, para os efeitos da doutrina contábil, expressa um “somatório” de todos esses aspectos, tanto de causa, quanto de efeito e abrange elementos de natureza material e, também imaterial.
Ou seja, Capital Global é um universo composto de: Capital Próprio, Capital de Terceiros (como origens), Capital Circulante e Capital Permanente (como aplicações das origens).
Assim a doutrina dos clássicos considerou e na realidade é possível constatar quando se tem em mira a duração ou prazo em que tudo volta a ser dinheiro.
Desta forma lecionou o mais famoso cientista da escola Aziendalista italiana, Gino Zappa, referindo-se ao capital: “Esse é um fundo de cuja natureza participa a totalidade dos elementos que concorrem para a sua formação; é um todo, que, como propriamente acontece, determina a qualidade das partes e a estas se vincula.” (ZAPPA, Gino – Il reddito di impresa, 2ª. edição Giuffré, Milão, 1946, página 58).
Na mesma obra (página 61) o grande mestre leciona que independentemente de serem positivos ou negativos todos os componentes são integrantes de tal conjunto, reafirmando com veemência que o capital para efeitos contábeis não se confunde com aquele que é estudado pela Economia.
O conceito de capital, do ponto de vista contábil equivale ao de “patrimônio”, mas, se qualifica pelo fato de ser um “patrimônio destinado a obter um acréscimo pelo lucro”.
O entendimento de “montante investido” pelo empreendedor, por exemplo, muito influiu em certa literatura guiada pela metodologia da “posse”, do “direito” e não da “essência como utilidade” (quer seja ou não de propriedade da empresa).
Tradicionalmente as teses eminentemente jurídicas no campo contábil (desde o século XIX) foram sendo contestadas para admitir outras genuinamente patrimoniais face à necessidade empresarial e o denominado princípio da essência sobre a forma foi obtendo espaços de adesão.
Os riscos, todavia, ainda não cessaram no campo conceitual, pois alternativas não são coisas aceitas pelo epistemológico e o excesso de liberalidade nos entendimentos pode conduzir ao “subjetivismo” fato que contraria em fundamento a ciência, logo à generalidade e realidade.
Antonio Lopes de Sá.
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Recuperação judicial não é milagre
Publicado em
12/06/2009
às
09:00
Em momentos de crise aparecem soluções milagrosas às empresas para enfrentar as dificuldades financeiras que surgem. Entre elas, muitos consultores apontam a recuperação judicial como se fosse a melhor solução. Ledo engano! Ocorre que o instituto da recuperação judicial é um benefício legal cujo objetivo é possibilitar ao empresário que reestruture a sua empresa e tente reorganizar suas dívidas, as renegociando com os credores. O grande equívoco apresentado por profissionais do ramo é achar que esse instituto está calcado apenas em conceitos jurídicos a serem inseridos em um processo judicial. Uma recuperação judicial bem estudada e preparada envolve um planejamento na esfera econômico-financeira, aspectos jurídicos e uma boa relação com os credores, mas não esperem milagres. Pelo contrário: a empresa deve estar preparada para momentos difíceis, principalmente aqueles de aperto de caixa, pois não há políticas claras e especiais de concessão de créditos, nem pelos bancos públicos, nem pelos de fomento, aliados à desconfiança de parceiros e fornecedores para a realização de negócios, com medo que a empresa não vença essa difícil etapa.
Dívidas fiscais, por sua vez, não se resolvem em sede de processo de recuperação judicial. Por mais absurdo que pareça, o fisco continuou com privilégios para a cobrança de seus créditos, totalmente alienado à realidade de crise dessas empresas que necessitam respirar para voltar a atuar, normalmente, no mercado.
Dois planos devem ser estudados: um, na esfera fiscal e, outro, planejando a renegociação com os demais credores. O especialista na área deve conduzir esse planejamento, mas sempre se valendo do auxílio do corpo diretivo da empresa, leia-se área financeira, estratégica e comercial.
Fabricio Scalzilli
Advogado
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A Compensação do ICMS
Publicado em
11/06/2009
às
10:00
A compensação constitui um instituto jurídico que visa a extinção das obrigações, quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, quando então os créditos e os débitos restam quitados até o limite dos mesmos.
Todavia, para que se proceda a compensação das dívidas elas devem ser líquidas, isto é, as obrigações a serem compensadas devem ter um valor certo.
Além disso, as dívidas a serem objeto de compensação devem estar vencidas e, portanto, exigíveis, visto que não se compensa dívida que não atingiu a data do seu vencimento.
Outro aspecto importante da compensação é o da reciprocidade, vale dizer, o devedor só pode compensar a sua dívida com o seu credor.
No segmento empresarial, notadamente o comércio e as indústrias têm buscado compensar os seus débitos ante o fisco estadual, com os créditos oriundos do ICMS decorrentes do uso de energia elétrica e telecomunicações no processo de industrialização ou na prestação dos serviços.
Sobre a possibilidade de compensação do crédito tributário referido, tivemos uma duplicidade de entendimento por parte dos Tribunais Superiores, parte entendendo que o creditamento se daria, quando a energia elétrica fosse consumida no processo de industrialização ou quando objeto da operação. A outra corrente jurisprudencial, conclama ser de todo inviável o referido creditamento do ICMS relativo à energia elétrica e aos serviços de telecomunicações utilizados pelos estabelecimentos comerciais e/ou pelos estabelecimentos industriais, pois segundo eles, não se caracterizam como insumo.
Assim a Primeira Seção do STJ, em procedimento de uniformização de jurisprudência sobre o tema, entendeu ser perfeitamente cabível o creditamento do ICMS pago referente ao consumo de energia elétrica, uma vez consumida no processo de industrialização e dito creditamento dos serviços de telecomunicações, uma vez prestados na execução de serviços da mesma natureza.
A referida decisão de natureza tributária pacifica o entendimento do Superior Tribunal de Justiça – STJ (EREsp. N. 899485/RS) e unifica a jurisprudência daquela Corte, no sentido de permitir a compensação dos créditos tributários de ICMS sobre a energia e telecomunicações com as dívidas junto ao fisco estadual.
Aldo Leão Ferreira Filho.
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O consumidor e os produtos vencidos
Publicado em
09/06/2009
às
17:00
Infelizmente é comum, especialmente em supermercados, a constatação de produtos expostos à venda com prazo de validade vencido. O consumidor inadvertido acaba comprando e, muitas vezes, acha que o produto venceu na geladeira e não reclama. Maus fornecedores acabam utilizando artimanhas para empurrar para os consumidores produtos que deveriam ir para o lixo.
Outra prática muito comum no mercado é a comercialização de produtos prestes a vencer. Normalmente essa comercialização é feita sob a forma de promoções e o consumidor, achando que está fazendo um bom negócio, acaba comprando vários produtos que não terá tempo de consumir.
Comercializar produto no fim do prazo de validade é permitido, mas o consumidor deve ser informado de que terá que consumi-lo em curto prazo. Já ouvimos relatos de novas embalagens de produtos vencidos a fim de enganar os consumidores. Essa prática é ainda mais reprovável, porque configura adulteração de produto.
O art. 18, §6° do CDC afirma que são impróprios ao consumo os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos. Vale dizer, aquele que compra o produto nessas condições tem o direito de optar pela sua substituição por outro dentro do prazo de validade ou pelo desfazimento do negócio, ou seja, a devolução do produto pelo consumidor e do dinheiro pago pelo fornecedor.
A nosso ver tem essas mesmas opções aquele consumidor que adquire o produto na véspera do vencimento, porque a falta de informação acarreta o vício. Ainda que o produto possa ser comercializado, se o vencimento é iminente o consumidor deve ser informado a respeito, já que pode optar por não adquirir, por adquirir uma única unidade, etc..
Nos dias de hoje o consumidor passa correndo pelo supermercado e não se detém olhando os prazos de validade. Se passar a fazê-lo, vai perceber que é comum a exposição à venda de produtos com prazos de validade vencidos.
E isso não devia acontecer porque essa conduta configura crime definido pelo art. 7º, IX da Lei n° 8.137/90. A lei dos crimes contra as relações de consumo tipifica como crime: “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo.”, sendo a pena incidente a detenção de dois a cinco anos ou multa.
Infelizmente, a falta de delegacias especializadas prejudica a apuração de todos os crimes contra as relações de consumo, já que a falta de estudo específico leva à ignorância das inúmeras leis que tipificam condutas nesse setor. Na prática, dificilmente o tipo específico é aplicado, sendo utilizados os crimes genéricos do Código Penal, o que redunda na má condução da fase inquisitorial.
A falta de treinamento do pessoal e de equipamentos para a conservação dos produtos quase sempre inviabiliza a perícia, porque não se sabe se o produto estava estragado na prateleira ou se estragou na sua apreensão, no seu transporte ou na delegacia, porque não foram tomadas nessas fases as indispensáveis medidas de conservação. No nosso entender, trata-se de crime de perigo abstrato já que o CDC afirma que produtos com prazo de validade vencido são impróprios ao consumo. Todavia, nossos Tribunais vêm exigindo o perigo concreto, vale dizer o potencial do produto de prejudicar a saúde do consumidor. Em virtude desse entendimento, falhas na apreensão e conservação dos produtos obstam a ação penal.
Muito embora a “criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo” tenha sido definida pelo art. 5º, III do CDC como um dos instrumentos da Política Nacional das Relações de Consumo, infelizmente poucos Estados as têm, fator que vem contribuindo para a proliferação dos crimes contra as relações de consumo.
Enquanto não existe a conscientização por parte dos fornecedores e não são criadas as delegacias especializadas, o consumidor deve redobrar sua atenção a fim de evitar a compra de produtos vencidos. Constatando a exposição à venda de produto vencido, deve comunicar à autoridade policial posto que configurado, em tese, crime contra a relação de consumo. Se só vier a perceber que o produto estava vencido após a aquisição, poderá também solicitar a devolução do dinheiro ou a troca do produto por outro dentro do prazo de validade.
Arthur Rollo - É mestre e doutorando em direitos difusos e coletivos pela PUC/SP.
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Não Acredito na Loteria
Publicado em
09/06/2009
às
10:00
O título deste texto poderia ser qualquer outro ligado à sorte, mas resolvi optar pela loteria porque, afinal é sonho de todos nós um dia acertarmos os números que serão sorteados e mudarmos de vida do dia para a noite.
Realmente, acho que a única forma de mudarmos de vida "do dia para a noite na questão financeira é ganhando na loteria.
Mudanças em nossas vidas ocorrem, na verdade, aos poucos e são conseqüência de uma série de fatores. Quem fica esperando acontecer algo para que sua vida tome novo rumo, geralmente passa a vida toda à espera e acaba morrendo de tanto esperar.
Atitudes provocam conseqüências. Se boas naturalmente trarão bons resultados; se ruins ocasionarão piora de nossas condições econômicas e humanas.
Quero neste texto tratar de algumas formas que percebo melhoram a vida da maioria dos seres humanos.
Vemos todos os dias cidadãos sentados nos bancos de jardim ou nos bares e cafés da cidade reclamando de tudo. Da situação econômica, das relações interpessoais, do governo, dos deputados, dos vereadores, do presidente da república, enfim, reclamando e reclamando. Só vêem pontos negativos em tudo, são céticos e incrédulos, pessoas que nos deprimem com poucos minutos de conversa.
No entanto, analisando mais a fundo suas vidas, percebo que não acreditam no trabalho, não crêem no potencial do ser humano, não tem religião ou suas famílias são desestruturadas. Na verdade, constato em primeiro momento, que não gostam de trabalhar, parece que ficam esperando cair um avião pagador no quintal de suas casas ou o governo promover milagres no país onde todos ficarão ricos, todos melhorarão suas vidas como num passe de mágica.
Não acredito em nada que não venha do esforço. Não acredito no dinheiro se não aquele proveniente do trabalho. Não acredito em benefícios sem sacrifícios.
Se essas pessoas parassem de denegrir as outras, deixassem de invejar, de reclamar, de difamar e canalizassem suas energias para algo produtivo, teríamos sem dúvida alguma uma sociedade melhor.
Pessoalmente, em determinado momento de minha vida decidi que deveria rumar para caminhos mais positivos e mais promissores. Passei a viver de forma diferente, com disciplina, cultivando valores que realmente importavam, valorizando a família, louvando a Deus e buscando colaborar pela melhoria da sociedade ao invés de ficar criticando a tudo e a todos. Também passei a trabalhar incansavelmente, começando bem cedo e parando quando o organismo não mais suportava continuar.
Enquanto isso, muitos estavam preocupados em ressaltar meus pontos negativos, em lembrar de momentos difíceis que vivi, me desacreditar e criticar.
Hoje, quando olho para trás, vejo o quanto já evolui, o quanto já estou longe daquelas pessoas e o quanto elas permanecem inertes na sua vidinha medíocre, cheia de maldades no coração, fadadas a passar a vida descontentes com o sucesso dos outros e querendo estar no lugar dos outros.
Todos nós podemos mudar, sempre é tempo de mudar, Chico Xavier dizia num pensamento que "ninguém é capaz de voltar e fazer um novo começo, mas todos são capazes de construir um novo fim.
Nossos passados sempre serão apagados com futuro, o que se faz hoje e daqui pra frente compensará os erros que cometemos antes, e para nós, a vitória terá um tempero especial, seremos exemplos de perseverança e superação.
Todos os dias acordo e busco melhorar aquilo que foi feito no dia de ontem, procuro me esforçar mais, aperfeiçoar meus relacionamentos e a estrutura de minha família
Faço questão de mencionar minha experiência porque constato diariamente os benefícios de mudar de vida, de novas atitudes, de pensar positivo e de trabalhar incansavelmente na busca pela melhoria de minhas condições e da sociedade.
José Rodrigo de Almeida.
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Todos ao mar...
Publicado em
08/06/2009
às
09:00
Medo.
Crise.
Viajar de avião.
Viajar...
Medo.
Crise econômica.
Notícias tristonhas.
Tudo a atormentar a nossa mente.
Tudo para nos apavorar...
E o dólar?
Baixando.
Menos mal... Vai facilitar nossas viagens. Viagens internacionais...
E o medo?
E as notícias?
Notícias de turbulência.
Notícias de desintegração do aparelho.
Notícias de ato terrorista.
Notícias...
Tudo a nos atormentar.
Ouvimos as notícias.
Vemos as notícias.
Tudo a nos atormentar.
São momentos.
Momentos tristes.
Muito triste...
E as famílias? Famílias dos desaparecidos... Todos a viajar...
Sempre são alegres os momentos de viajar.
Sempre são tristes os momentos de despedida.
Momentos.
Momentos de tensão. De dor. De angústia.
Todos a pensar.
Nós!
Eles.
Eles quem?
Os desaparecidos?
Seus familiares?
Todos...
São momentos.
Momentos de medo. Muito medo. Angústia!
Como foram os últimos instantes?
Viram?
Sentiram?
Sofreram?
Estavam dormindo?
Assistindo cinema?
Nunca saberemos... Nunca saberemos...
Todos ao mar...
Silêncio absoluto.
David Iasnogrodski.
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Um olho no peixe e o outro no gato
Publicado em
07/06/2009
às
09:00
Se o galo não tivesse estilo, a galinha corria com ele do galinheiro. Ou, para ser menos trivial ou aproximadamente sofisticado: a forma é o conteúdo que se deixa ver.
A questão “marcas” conduz-nos à personalidade dos produtos, sua irradiação, significado.
Acúmulo incessante de impressões causadas, colheita imperceptível de mensagens transmitidas, a marca tem como
(sua) virtude ou característica essencial, a instantaneidade.
Qual pequena pedra que jogada em águas calmas provoca círculos concêntricos crescentes, assim É a marca de um produto. Falemos, porém, das marcas, seus pecados e talentos.
Infantis, umas. Adolescentes, outras. Maduras, muito poucas.
Se é verdade que o homem mata pelo essencial e morre pelo supérfluo, como disse Oscar Wilde, existem grandes marcas para frívolos produtos. Em nossa civilização o dispensável se tornou essencial e o essencial, supérfluo. Neste meu já tão longo viver, nunca vi tempos em que a verdade tenha se tornado tão inoportuna e dispensável.
Vivemos os símbolos dos símbolos e a cada dia a realidade cria sua própria caricatura. Um Rei Momo feriu, gravemente, um Papai Noel no interior gaúcho. Símbolos contra símbolos.
Não somos uma sociedade sôfrega por verdades profundas.
Em certa medida, fugimos ao que for complexo e nos enamoramos do que for descartável. Esta me parece a ética e a estética da civilização do consumo.
Isto é bom? Não sei! Só sei que não tenho carteirinha cativa neste mundo de ciladas. Tenho um olho no peixe e O outro no gato.
Sinto estas tendências. Não aplaudo nem condeno, apenas contemplo com certa melancolia. As novelas são um “nada que é tudo.” Nós nos tornamos homens-sanduícheS, painel de grifes, sem as quais nosso status desaba ladeira abaixo. Nossas meias são Lupo; nosso tênis Reebok; a camiseta Dolce e Gabana; o relógio Patek-Phillippe; Cardin a gravata; a bermuda Gucci; a Cueca Pierre Cardin, e o resto é o cartão de crédito a nos cobrar pela utilização destes distintivos alegóricos.
Dize-me o que consomes E eu te direi quem és, seria o adágio (procedente) destes tempos.
Exclama-se: ora vejam só, o Coronel tão bailante e alegrete, agora tão sisudo e desconfortável!
Os tempos são bicudos. Obama é um mito antes da obra realizada, como aconteceu com Napoleão, Gandhi e outros tais.
Quem conseguir tocar a sonata da esperança há de jogar lágrimas nos olhos de multidões descrentes e fatigadas.
Qual equilibristas de circos mambembes, nos equilibramos sobre frágeis fios.
Oh, tempo de cantores aeróbicos, de clérigos barítonos, de marketeiros multi-idiomáticos, onde e quando o bombardeio de informações trespassa os ouvidos e mentes com precário resíduo no coração!
Como em Ricardo III, na tragédia de Shakespeare: “hoje não estou para generosidades.”
Quem disse que política é um compromisso social ou que A arte se constitui (em) um depoimento, na fria realidade dos fatos, está tirando sua certidão de anacronismo ou, pelo menos, de inatualidade.
Quem se pergunta o que há por detrás dos emblemas?
As marcas só merecem respeitabilidade se depositárias de um árduo trabalho embutido, quer se trate de produtos ou serviços.
Contardo Calligaris refere-se aos emergentes, frutos de uma rapidíssima mobilidade social, interessados apenas no status que os objetos e suas marcas podem conferir “ É um acumular produtos de luxo, sem ter tempo para cumular cultura mínima para apreciá-los.”
Nesta linha de pensamento, os produtos e serviços nada dizem da perícia e arte de seus produtores e sim “bradarão o status de seus consumidores.” Em porões são fabricados, ao mesmo tempo e do mesmo jeito, a suposta alta-costura e suas indefensáveis cópias, destinando produtos a quem os deseja ostentá-los no peito ou no cangote.
Sabe lá o que estou pretendendo? Um Moisés que suba o Monte Sinai e munido de uma caneta bic, um laptop, grave novos mandamentos a adoradores contemporâneos de falsos deuses.
Estou à espera de um renascimento, de um Leonardo, de um Miguel Ângelo, para tirar o mundo desta nova Idade Média Eletrônica, do atrofiamento da memória coletiva, do vazio utópico, das guerras insanas.
Guardo embaixo do travesseiro a lição de Gramsci : “é preciso que tenhamos pessimismo crítico e otimismo de vontade” para atuarmos sobre o mundo, sejam empolgantes ou minúsculos nossos encargos.
Presto reverência às marcas depositárias de um grande amor e suor, zelo e fadiga, pelo que se faz ou produz. Estas, o tempo respeitará.
Vejo signos metalizados de grandes bancos se espatifarem no ar, assisto estátuas de líderes despencarem nas praças, marcas alarmantes implodem, poluindo os informativos.
“Se o dinossauro fosse uma lagartixa, existiria até hoje” gracejou o Quintana.
O cinema argentino devolve o humanismo que os filmes italianos construíram e hoje perderam. Mas o signo do Oscar é mais forte. O poder bilionário das super - produções substitui o rosto humano e sua multiplicidade mágica de expressões pela explosão de carros em colisão e a superficialidade dos efeitos especiais.
No mundo das marcas devemos caminhar como quem pisa num terreno com minas. Ou antes, como quem leva uma cesta de ovos para entregar na vizinhança. Meu interiorano coração se ajusta e desajusta neste universo de aparências.
Sim, aqui estou eu, bancando o Profeta Jericó, ante doutos homens de marketing. É preciso um contraponto, para que não se caia no samba de uma nota só. Se esta postura assumo, e este espaço me é concedido, não há de ser em vão.
Cuidado com as marcas. Elas têm sete máscaras. Elas realizam a dança das cadeiras. Muitas são malabaristas. Tantas são meros caça-níqueis, outras subliminares. Somente olhos atentos e corações precisos, sabem distinguir as marcas que detém alto poder de verdade.
Luiz Coronel.
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O velho e o novo
Publicado em
06/06/2009
às
09:00
Não vou falar do Testamento. Existe o “velho” e o “novo”.
Vou falar de uma pessoa que olhou para seu espelho e disse em voz alta: “ Estão surgindo meus primeiros fios de cabelo brando. Será que estou ficando velho?”
E o espelho respondeu: “ Não, meu rapaz... é o sinal da experiência. De tanto você “me olhar”, estou avisando que já és uma pessoa com experiência...”
Mas não estou “ficando velho”?
O que é ficar velho? Indaga o espelho.
Não sei...
É a experiência que está chegando... Ou já chegou...
Bem, então fico feliz!
Sou experiente e não velho...
São duas imagens.
Duas verdades.
Mas com uma grande sensação: a do dever cumprido.
“Já posso dar conselhos...” Já tenho experiência.
Experiência de vida!
Experiência no trabalho!
Experiência...
E o ficar velho?
Não é possuir experiência?
E os fios de cabelo branco?
Não representa que a partir daquele momento posso ingressar no ônibus sem pagar a respectiva passagem?
Ingressar no cinema com “ingresso de idoso”?
Ingressar no teatro, futebol com ingresso diferenciado – “Lei do idoso” ou Lei do “velho”? Poderá ser Lei da experiência?
São momentos.
São verdades.
Todos nós chegaremos lá...
Todos nós, muitas vezes, não queremos chegar na “tal idade”...
“Espelho meu, espelho meu,
O que está acontecendo comigo?”
É a experiência que está chegando...
A partir de agora és uma pessoa com experiência. Com muita experiência...
David Iasnogrodski
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A governança corporativa e a logística
Publicado em
05/06/2009
às
16:00
O tema do momento entre os empresários e gestores inseridos no mercado logístico e de transporte de cargas é “governança corporativa”. Modismos à parte, este é um assunto de extrema importância para empresas de todas as atividades. Contudo, os executivos (inclusive da área de logística) ainda não abordam a questão com a profundidade que ela merece. Desta forma, antes de abordar os impactos, faz-se necessário lembrar que “governança corporativa” é o conjunto de processos, políticas, costumes, leis, regulamentos e instituições que regulam a maneira como a empresa é dirigida, administrada ou controlada. Isso envolve as diversas relações entre os muitos “atores” da empresa, bem como as metas pelas quais ela se orienta, com envolvimento também de todos os ambientes que circundam as companhias, como clientes, fornecedores, bancos e outras agências de crédito, agências reguladoras, meio ambiente e a comunidade.
Para as empresas de logística e transporte de cargas, o tema ganha importância no atual cenário de fusões e aquisições. Os empresários destes setores devem estar atentos ao fato de que as empresas que administram devem estar bem preparadas para uma eventual fusão o venda. Assim, esta reflexão é conduzida para a questão sobre o tipo de empresa a ser mais valorizada e, assim, ganha força o apelo à integridade da companhia ou, neste caso, principalmente se ela “entrega o que promete”. Nos processos de negociação de fusão ou aquisição, vale frisar que as análises envolvem alguns pontos fundamentais, como eficiência de custo, transparência, capacitação interna e desempenho operacional versus satisfação dos clientes. Neste sentido, as empresas não alinhadas às boas práticas de gestão estão completamente fora de contexto, pois a preparação com governança corporativa incide, por exemplo, em parar de dar “bola” ou qualquer outro tipo de propina para fiscais ou compradores; infelizmente, estas são práticas ainda comuns em muitas companhias do setor.
Neste panorama, há ainda a questão da sustentabilidade, muito abordada em diversos segmentos, mas pouco adotada, principalmente pelas empresas ligadas ao transporte e à logística. Neste caso, apesar de este conceito ser lembrado na maioria das vezes apenas aos importantes aspectos ambientais, deve estar ligado à continuidade dos negócios, tanto sobre os fatores econômicos como os sociais e culturais. Desta forma, o tema abrange todos os níveis da organização, desde a vizinhança da companhia até o planeta inteiro, tendo os empreendimentos de atender quatro requisitos básicos: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. No caso das empresas, a atenção a estes pontos deve ser mostrada por meio de ações claras, pois, mesmo em um momento de crise como o atual, as empresas identificam espaços para bons negócios e, quando a crise estiver no passado, elas não podem perder as oportunidades por estarem desalinhadas com as exigências mercadológicas que, inclusive, já se manifestam por meio das políticas econômicas anunciadas pelo governo de Barack Obama nos Estados Unidos, que ainda formam o maior mercado global, em que participam os principais players de todas as atividades.
Mas, embora os impactos do cenário econômico (seja ele qual for) sejam tangíveis a empresários e gestores de todos os níveis, pois incidem diretamente sobre os cofres das suas companhias, o mesmo não ocorre com a questão da governança corporativa. Nesta área, ainda resta um grande dilema setorial no Brasil: Como falar de governança para empresários de transporte de cargas cuja frota é de cinco caminhões ou menos, mas que representam 80% das transportadoras em operação no País? Isso mesmo. A esmagadora maioria das empresas do setor é constituída em que a realidade da governança corporativa, com atenção especial às questões da sustentabilidade, ainda está muito distante. Contudo, o cenário brasileiro é extremamente ambivalente no sentido de que, embora apenas 5% das transportadoras possuem mais de 100 veículos, juntas, elas compõem um setor significativamente estratégico para todas as atividades da economia.
Antonio Wrobleski Filho.
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Desta vez eles não escapam
Publicado em
05/06/2009
às
10:00
É sabido que o povo latino, especialmente o Brasileiro é muito criativo. Nos festivais internacionais de marketing e propaganda o Brasil sempre se destaca através das agencias por sua maneira diferente e criativa de apresentar os produtos. O mesmo ocorre, guardadas as proporções, no enfrentamento de dificuldades de estrutura mercadológica ou financeira.
O Brasil já passou por tantas experiências com planos econômicos de diversas denominações concomitantemente com troca de moedas, redução de atividade econômica, inflação de quase três dígitos e embora com dificuldades, supera tudo isto e continua crescendo e alegre.
Na atual conjuntura econômica com seu epicentro nos Estados Unidos da América do Norte, que varreu e está varrendo o mundo com suas conseqüências, paises que pouco enfrentaram turbulências, tem mais dificuldade de adaptação. Exemplo disto são alguns paises europeus, especialmente a Espanha.
A atitude que, nós como povo temos e isto se reflete na atitude individual é não desistir, por mais pessimista que seja o cenário. Isto se reflete na economia informal onde muitos vão buscar socorro, mas sempre com um olho para voltar à formalidade.
Um exemplo clássico acontece e um guerra quando o General viu-se cercado pelo norte, pelo sul, pelo oeste e leste, e por cima também. Ou seja, estava literalmente cercado por todos os lados, mas sua guarnição ainda era forte: O General disse aos seus homens: “Tudo bem, eles estão à nossa frente, estão à nossa direita. Estão à nossa frente e também atrás de nós – DESTA VEZ ELES NÃO PODEM ESCAPAR. ¨.
Você sabia que, cerca de 90% dos que fracassam não são de fato derrotados. Eles apenas desistem. Em nossa vida também acontece desta forma. A busca por vitórias não impede que percamos algumas batalhas, às vezes elas podem demorar um pouco a chegar. Só cabe a você ter esperança e persistir.
Outras frases: ¨Muitos fracassados na vida são homens ou mulheres que não perceberam quão perto estavam do sucesso quando desistiram. ¨ “ O homem que não acredita nele mesmo não acredita em mais nada.¨Todo homem é o arquiteto do seu próprio destino.¨ Apius Claudius. 53 dc.
A atitude madura, firme de fazer a vida o mais interessante possível, com vitórias saborosas e inteligentes, sem dúvida é um deleite para a alma, o espírito e o ego. É também dever ser vitorioso, uma vez que recebemos uma missão com este objetivo.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
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Importância das normas ditas internacionais face ao mercado de trabalho em contabilidade
Publicado em
04/06/2009
às
09:00
Em um universo de aproximadamente 6 milhões de empresas e instituições formalizadas existentes no Brasil, se considerados os cadastros divulgados pelo SERASA é possível inferir que mais de 80% das referidas é de pequena dimensão.
Quantas adotarão as Normas Internacionais de Contabilidade e para que?
A não ser a minoria registrada na CVM, deveras insignificante face ao universo do mercado de trabalho em Contabilidade, que empresas estariam obrigadas à submissão cultural que a Lei 11.638/07 determina?
Que vantagem traria à quase totalidade dos empreendimentos a adoção do procedimento normativo se este não segue totalmente à legislação, subverte conceitos e enseja a falsidade informativa?
Se essa maior parte significativa do mercado empreendedor não seguir as ditas normas quem fiscalizaria? Quem puniria?
Que lesão haveria aos empresários ou a terceiros a não adoção desse modelo informativo?
Tais perguntas são deveras significativas para que a quase totalidade dos profissionais do País minimize preocupações face à vasta propaganda que se está a fazer sobre os milagres da adoção do modelo dito internacional, este que não terá sentido prático de impacto sobre a realidade da vida da maioria dos empreendimentos.
A título de “modernidade”? Que modernidade é essa, todavia, se ela é exatamente a que se está a comprovar falha (nas crises sucessivas) e necessitada de mudanças segundo os pensadores mais credenciados de nosso século como Lyotard?
Não se justificará, também, priorizar no ensino uma questão que não tem relevância no mercado de trabalho do profissional nem é recomendável em perícias, análises financeiras, de custos e aplicações administrativas da quase totalidade das empresas; porque perverter conceitos que se formaram em bases científicas através de intelectualidades consagradas?
Em sã consciência ética um professor deve ensinar tendo por base a realidade objetiva e essa é a da ciência, inspirada na verdade.
Assim, por exemplo, instruir o aluno afirmando que um arrendamento mercantil é imobilizado, tal como preceituam as normas, é induzir ao erro, contrariando a verdade; é violentar a lógica apoiando-se em sofisma.
Induzir, através do ensino, ao “subjetivismo” face ao dito “valor justo” é mal formar a consciência do discente, é moldar mentes para a “volatilidade”, esta contrária a sinceridade que deve ter o demonstrativo contábil, compromentendo as possibilidades de análises eficientes.
Em um mundo que reclama por mudanças de modelos, com a prevalência do empreendedorismo sobre a especulação, a metodologia de ensino deve adaptar-se a tal diretriz, pois, a do atual padrão evidenciou-se contra o democrático e o humano e redundou em séria crise.
Quer na prática, quer no ensino, portanto, tal como se encontram as Normas estas só interessarão a minoria que pretende prosseguir no ineficaz arquétipo que já se evidenciou fracassado, como assim têm acusado desde há muito inclusive vários intelectuais, estes amplamente referidos em artigos que se encontram em minha página www.lopesdesa.com.br e em muitas outras, assim como em revistas e jornais.
A mega importância que se deseja atribuir, sob pretextos que até agora não se justificaram como válidos, não tem sentido, a não ser para os que se privilegiam do evento e que igualmente pertencem à mesma minoria.
Desejar apresentar a matéria como se fosse uma “nova Contabilidade” é outra questão polêmica; basta uma simples pesquisa bibliográfica para constatar que se trata apenas de apresentar sob diferente embalagem o mesmo produto, porém, piorado.
Antonio Lopes de Sá.
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E se Fosse Diferente?
Publicado em
02/06/2009
às
10:00
Muitas vezes em nossas vidas paramos e pesamos em algumas situações e nos questionamos: e se fosse diferente?
Se, por exemplo, as pessoas fossem mais solidárias e olhassem mais para os lados e se sensibilizassem com o sofrimento do outro?
Ou se as nossas lideranças e nossos formadores de opinião fossem mais unidos em busca de soluções e benefícios para toda a sociedade?
O mundo poderia estar menos contaminado pela vaidade, a inveja e a deslealdade, não seria melhor?
Em muitos textos que escrevi ao longo de dois anos ininterruptos de articulação jornalística, sempre procurei manter uma linha conciliadora e preguei a união de forças em prol da coletividade.
Unidos, somos mais fortes e quando sonhamos juntos realizamos com maior facilidade!
Quero aqui me desculpar pelo caráter agressivo de meus dois últimos textos publicados aqui em minha nova coluna. Ocorre, que a correria do dia a dia, o trabalho mal reconhecido e as sabotagens que por vezes sofremos, acabam ocasionando a necessidade de em determinados momentos soltarmos alguns desabafos.
Não se trata de buscar atacar esse ou aquele, ou mesmo ferir alguém, mas em determinadas situações temos que tomar alguma atitude, ter a coragem de externar a repulsa contra aquilo que está prejudicando a todos, doa a quem doer!
Eu, terei sempre essa coragem e a hombridade de colocar minha cara a tapa na busca constante por uma sociedade mais próspera e justa.
Seja lá quem for que eu desagrade, o que não admito é que a cidade onde vivo e a sociedade em que estou inserido sejam prejudicadas pela vaidade ou projetos que beneficiam somente uma minoria.
Não tenho a menor pretensão de agradar ou desagradar a fulano ou beltrano, mas de deitar em minha cama com a sensação de ter feito o que deveria, de ter lutado pela moralidade, a correção e a ética, seja na família, no trabalho ou na política.
Podemos sim construir um mundo mais justo, mais fraterno e menos desigual, é só termos a coragem de fazermos a nossa parte.
Quero ser criticado por minhas ações, nunca por minhas omissões, quem não se define, só critica, não desce do muro e se enche de pudores, jamais será lembrado por realizar.
Coragem de externar aquilo que pensa num jornal de circulação regional, expondo-se ao julgamento de milhares de pessoas é um mérito que já conquistei. Agora, busco efetivamente conseguir melhoras nas condições de vida de todos nós, e a transformação do pensamento das pessoas passa pela capacidade do outro em expor as mazelas de nossa sociedade propondo caminhos e soluções que se não as mais corretas, pelo menos despertarão em alguns a capacidade de questionar e aperfeiçoas idéias e nortear rumos.
Jamais me calarei enquanto os valores que regem o bem corram risco ou não estejam sendo observados.
Sou independente, e para muitos exemplos de superação, e assim permanecerei na busca por aquilo que acredito e almejo, ou seja, o mundo e a sociedade melhores a cada dia.
Autor: José Rodrigo de Almeida.
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Percepção de Marca e seus Caminhos
Publicado em
01/06/2009
às
17:00
O brand equity tem trazido alguma polêmica, pelo menos no mercado financeiro, quanto ao verdadeiro valor que a marca (bem intangível) pode representar no balanço financeiro empresarial. Algumas fórmulas de cálculo têm sido sugeridas, outras discussões abordadas. Na verdade, o ponto de partida para o raciocínio de "valor" atribuído a uma marca não está exatamente em quanto ela pode representar em números no balanço financeiro das companhias, mas, principalmente, em quanto ela contribui no processo de decisão de compra e/ou fidelização do consumidor.
O primeiro estudo que costumamos realizar para construção de estratégias de marcas situa-se na correta identificação dos Pilares de Marca e, não menos essencial, nos seus significados semânticos. Por exemplo, podemos identificar facilmente quatro pilares básicos, porém fundamentais, para uma empresa do setor de alimentação, que são: VALOR, BEM-ESTAR, QUALIDADE E CONVENIÊNCIA.
Esse conjunto de associações que atribuímos às marcas só poderá ser concebido a partir do ponto de vista cultural do consumidor, ou o brand territory onde a marca está situada. Daí a sua maior complexidade. VALOR pode ser conferido a partir da capitalização dos diversos recursos de gestão associados à marca, tais como Gestão da Qualidade, Certificações Internacionais, Premiações, Diferencial Competitivo, etc. BEM-ESTAR é a consciência permitida ao consumidor sobre o conteúdo utilizado na fabricação dos produtos e o seu impacto saudável para a saúde. Um exemplo notório para esse caso é a Nestlé, que inclusive possui seu posicionamento localizado nesse importante atributo. Quem não lembra do uso que a marca faz do eficiente "Good Food, Good Life", ou para o Brasil, Nestlé "Faz Bem". QUALIDADE é entregue à percepção a partir de todos os artefatos visíveis da organização: embalagem, design, identidade, produção publicitária, etc. E, por último, e não menos importante, a CONVENIÊNCIA, indispensável para esta categoria. Estar no lugar certo, na hora certa é quase uma prestação de serviços que a marca faz ao consumidor final.
A fórmula para alicerçar estratégias de marcas parece simples e lógica. Ou melhor, é simples e é bastante lógica quando detemos as informações corretas, provocadoras de insights. É a partir da percepção das microtendências, que afloram de forma quase sempre sutil no comportamento do consumidor, que podemos definir os caminhos corretos e geradores de grandes resultados. O modelo acima pode ser utilizado para diferentes setores. Cada qual, obviamente, terá suas concepções particulares.
Definidos os parâmetros estratégicos para a base de marca, entra a comunicação como principal ferramenta de apoio. O trato com os diferentes públicos, internamente à organização ou orbitando o negócio, deverá saber traduzir todos os aspectos agregadores de valor. Daí o fundamento que tem dado as organizações que optam pela visão sistêmica, com todos os seus benefícios, a credibilidade necessária para atuar. A integração da comunicação publicitária, do marketing de relacionamento, dos meios digitais, do endomarketing e da gestão de design é uma habilidade que requer sincronicidade entre as equipes envolvidas, confiança do gestor e muita clareza sobre todas as ações propostas. O objetivo final é uma marca saudável, criativa, carregada de ligações emocionais e pronta para a “briga”.
Augusto Bellini
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Direito de precedência no registro de marcas
Publicado em
01/06/2009
às
09:00
O presente artigo tem por objetivo comentar algumas exceções ao Sistema Atributivo no Direito Marcário. Em regra, o registro de marca será concedido ao primeiro depositante que preencha os requisitos de registrabilidade (novidade, veracidade, licitude e distintividade), pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, com base na Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial – LPI).
O Direito Marcário teve seu ápice após as Revoluções Francesa e Industrial, considerados marcos nucleares e introdutórios dos primados de isonomia, liberdade de iniciativa e livre concorrência. Com o surgimento da nova ordem econômica, baseada em ditames liberais, o Direito de Propriedade Intelectual (marcas, patentes, indicação geográfica, direitos autorais, cultivares, software e correlatos) passou a ser considerado como matéria de incontestável relevância no desenvolvimento social e tecnológico das nações. Tornou-se assunto básico e essencial nas constituições de quase todos os países. Em 1883 foi assinada a Convenção da União de Paris (CUP), tratado de proteção da Propriedade Industrial, da qual o Brasil é signatário e membro fundador.
No Brasil, quando da proclamação da República em 1891, as marcas foram elevadas ao grau de Direito Fundamental (art. 72, §27), permanecendo até a promulgação da nossa Constituição Federal de 1988, inteligência do art. 5º, XXIX: “a lei assegurará (...) à propriedade das marcas (...), tendo em vista o desenvolvimento tecnológico e econômico do país”.
Inúmeras são as interpretações técnicas na definição conceitual das marcas. GAMA CERQUEIRA define como “todo sinal distintivo aposto facultativamente aos produtos e artigos da indústria em geral para identificá-los e diferençá-los de outros idênticos ou semelhantes de origem diversa”. J. X. CARVALHO DE MENDONÇA explica que “essas marcas consistem em sinais gráficos ou figurativos, destinados a individualizar os produtos de uma empresa industrial ou as mercadorias postas à venda em uma casa de negócio, dando a conhecer sua origem ou procedência, e atestando a atividade e o trabalho de que são o resultado”. Na atual doutrina de DENIS BORGES BARBOSA, marca “é o sinal visualmente representado, que é configurado para o fim específico de distinguir a origem dos produtos e serviços”. A marca é o primeiro parâmetro de identificação, onde o consumidor irá valorar as qualidades ou defeitos do sinal no mercado; exercendo sua percepção sensitiva e auferindo adjetivos àquele produto ou serviço, frente aos demais existentes no mesmo ramo.
Em resumo, a marca pode ser constituída de três formas:
CRIAÇÃO: quando houver cunho autoral de personalidade – como na criação de expressão inédita BOMBRIL; na estilização de marca mista, composta de termo res nullius ANTÁRTICA ou JAGUAR; ou quando tratar-se de marca figurativa, como o emblema da marca de combustíveis SHELL, dentre outros.
OCUPAÇÃO: quando o termo ou figura é de domínio público (res nullius), já conhecido por todos – como MOÇA, NATURA, NINHO, etc. Qualquer um, em princípio, pode dele se apropriar.
RETOMADA: quando o sinal não estiver sendo utilizado pelo titular, com base no princípio da função social da propriedade – como as marcas extintas por falta de prorrogação do registro. Outro caso é quando a LPI prevê sanção ao titular de marca registrada que tenha interrompido seu uso por mais de cinco anos; forte no art. 143, II, LPI, que trata de Caducidade de registro.
Há dois sistemas utilizados no mundo jurídico como parâmetro na proteção marcária. O Sistema Atributivo, originário do direito Romano-Germânico, estabelece como prioridade a data do depósito no órgão público competente, ou seja, quem deposita primeiro a marca detém o direito de usar, gozar e dispor do direito, caso estejam preenchidos os requisitos de registrabilidade. No Sistema Declarativo, só o uso comprova e justifica o direito à propriedade da marca. No Brasil vige o Sistema Atributivo, com algumas exceções do Sistema Declarativo, de modo que a doutrina entende que nossa legislação adotou o Sistema Misto ou Híbrido.
A LPI prevê algumas exceções ao Direito Atributivo, como o §1º, art. 129, da LPI (marca de uso anterior de boa fé); o art. 126, da LPI (marca notoriamente conhecida) e o art. 124, V, da LPI (elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa). Assim, o Direito de Precedência ao registro de marca está calçado em parâmetros ético/morais de preexistência, pois o Direito deve proteger o criador do signo.
Portanto, quem usa marca para assinalar determinado produto ou serviço e ainda não a depositou no INPI, goza de preferência na aquisição de registro. No entanto, essas prerrogativas de Direito de Precedência detém limites temporais, vez que o direito não socorre a quem dorme, razão de prevalecer o ato jurídico perfeito, direito adquirido e prescrição.
O art. 129, §1º, da LPI dispõe: “toda pessoa que, de boa fé, na data da prioridade ou depósito, usava no País, há pelo menos seis meses, marca idêntica ou semelhante, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, terá o direito de precedência”. Como exemplo, para ilustrar a aplicação do dispositivo assinalado: uma empresa situada no estado do Amapá explora, desde 02/01/2000, produtos de vestuário com a marca LITO e não depositou o sinal perante o INPI. Todavia, tomou conhecimento que uma empresa situada no estado de São Paulo depositou a marca LITO em 02/01/2005, para assinalar o mesmo ramo de vestuário.
Nesse caso, a proteção especial de precedência poderá proporcionar duas ações:
1a) Impugnar o depósito de marca que confronte com os interesses do signo precedente;
2a) Depositar o pedido de marca precedente caso não haja qualquer impedimento, com base nos primados ético/morais do usuário anterior de boa fé.
Parte da doutrina entende que essa impugnação de marca depositada, que confronte àquela anterior de boa fé, só poderá ocorrer em sede de Oposição ao pedido de registro de marca no INPI (art. 158 da LPI – sessenta dias após a publicação do depósito de marca). Segundo DENIS BORGES BARBOSA: “o prazo para impugnação de marca baseado no direito de precedência também deve ser o prazo para o oferecimento da oposição”. LÉLIO DENÍCOLI SCHMIDT, por sua vez, entende que a impugnação poderá ocorrer em qualquer via incidental, tanto na Oposição como em sede de Processo Administrativo de Nulidade de Marca (art. 169 da LPI – cento e oitenta dias após a publicação da concessão do registro de marca), e também via Ação para Declarar a Nulidade do Registro (art. 174 da LPI – cinco anos contados da data de sua concessão). Isso ocorre porque não há prazo ou meio de oferecimento de contestação no art. 129, §1º da LPI, e essa limitação infligiria os fundamentos basilares dos incisos II, XXXV e XXXVI, art. 5º, da CRFB.
Esse dispositivo só é aplicado ao titular de boa fé, sendo vedado ao agente utilizar dessa privilegiabilidade pela má fé.
A segunda hipótese, que pode ser utilizada como Direito de Precedência no registro de marcas, ocorre quando um sinal venha a colidir com o nome empresarial e/ou título de estabelecimento preexistentes (art. 124, V, da LPI). O titular de nome comercial ou fantasia poderá impugnar o depósito de marca, ou mesmo o certificado de registro que confronte com tal direito precedente, observados os prazos legais (arts. 158; 169 e 174 da LPI). Nessas circunstâncias, a LPI concede direito de preferência ao pedido de registro de marca, com base no nome de empresa ou título de estabelecimento.
Além disso, há ainda uma outra possibilidade de gozar do Direito de Precedência: o art. 126 da LPI dispõe que “a marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil”.
Os países signatários da CUP, de acordo com as especificidades de cada legislação, comprometem-se a recusar ou invalidar o registro ex officio, ou a pedido do interessado, proibindo o uso de marca – que constitua reprodução ou imitação suscetíveis de estabelecer confusão entre produtos idênticos ou similares – cuja autoridade competente considere notoriamente conhecida e esteja amparada pela Convenção. Trata-se de mais uma privilegiabilidade, pois na omissão do INPI, o titular poderá arguir o Direito de Precedência. Em tese, a notoriedade da marca, por sua própria natureza, dispensa prova. O conhecimento generalizado a consagra. Entretanto, toda prova fica sempre a critério da convicção do julgador.
A LPI protege o usuário anterior de boa fé, o nome empresarial e/ou o título de estabelecimento, bem como as marcas notoriamente conhecidas do regime Atributivo. Contudo, essa proteção não é absoluta, sendo crucial que o titular deposite o signo no INPI, mesmo que goze de tais prerrogativas. Em suma, o depósito evita inúmeros transtornos e dissabores ocasionados no sistema jurídico Pátrio.
O sistema essencialmente Atributivo pode, por vezes, beneficiar àquele que não detém moralidade para depositar o signo, criado ou ocupado por agente que já o utiliza no mesmo segmento. Já o sistema absolutamente Declarativo também irá gerar alguns transtornos de segurança jurídica, pois os titulares interessados necessitam de unicidade na publicação de marcas que venham a causar algum tipo de transtorno, fato que acarretaria em aumento considerável de ações no poder judiciário.
Em suma, o Sistema adotado pela legislação Pátria não é perfeito, porém tem aplicação admissível segundo os ditames do Estado Democrático. Só o uso preexistente comprova e justifica o direito à propriedade da marca ou de outros signos distintivos, razão da cristalina necessidade de tutelar o Direito de Precedência no Registro de Marcas.
Custódio Armando Lito de Almeida
Advogado de Custódio de Almeida & Cia
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Não acredito!!!
Publicado em
31/05/2009
às
10:00
Mas está acontecendo...
A área de serviços poderia ser melhorada. Em muito!!!
Existem empresas (de todos os tamanhos e em todos os ramos) que não estão dando a devida importância aos seus clientes. É verdade!!!
E esses clientes são a razão da existência e sobrevivência da empresa. Não é verdade?
Pois é, mas não pensam “muito” nesses clientes. São muito poderosos...
Existem empresas que na relação entre seus clientes, passado algum tempo depois da devida venda,“dignam-se a dizer” que a empresa tem como política a possibilidade de colocação de peças recondicionadas, nos devidos consertos realizados por ela”. Isso na compra do contrato de garantia, pois na hora da venda do devido produto “esse” pequeno detalhe não é mencionado.
Surge a indagação do cliente: “Será que no dito produto “zero quilômetro” já não estão, também, colocadas peças recondicionadas? É a desconfiança... Se depois podem ser colocadas, porque no “zero” também não...?
São as políticas de venda “versus’ políticas de manutenção...
Isso é serviço...
No meu “modesto” entendimento não poderia ser assim, mas são “as políticas das empresas...”
Isso está acontecendo em diversos setores de serviços, onde a qualidade está sendo levada a segundo plano, mas os valores cobrados são de primeiro plano...
Porque isso?
Será que “nós” clientes não poderíamos ter uma melhor consideração pelos prestadores de serviços? Uma melhor transparência... Ou eles, em muitas ocasiões, não são clientes também?
Ou será que eles “fariam” para eles mesmos estas propostas? Devem sair do pedestal e se colocarem no lugar dos clientes...
Não acredito!
Não acredito que “eles” não se consideram clientes...
Não acredito que “eles” fariam para “eles” mesmo esse tratamento dado a “nós” – seus clientes.
São as “famosas” políticas de empresas.
E o cliente?
Bem, a esse só resta pensar, agir e procurar outra empresa... Outros produtos...
David Iasnogrodski
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Em quem confiar?
Publicado em
29/05/2009
às
09:00
A cada dia chego à conclusão que estamos à deriva no que diz respeito às lideranças constituídas neste país.
Já não tinha lá muita esperança no Poder Executivo em nenhuma das esferas. O Legislativo então envergonha os brasileiros todos os dias com escândalos e mais escândalos amplamente divulgados na mídia.
Restava-me ainda a esperança de que o Poder Judiciário nos trouxesse um alento quanto à moralidade, o respeito e a ética.
Na semana que passou, levamos um banho de água fria. Perdi a esperança, essa é a verdade! Hoje vivemos num país onde membros da mais alta corte Judiciária brigam como se estivessem num bordel, bêbados num fim de noite imputando adjetivos negativos uns aos outros. Onde já se viu cogitar que um ministro do Supremo Tribunal Federal tem capangas?
Não tiro a razão do Sr. Joaquim Barbosa em discordar da atuação do Sr. Gilmar Mendes. O que questiono é o método utilizado para externar posições, indignações e o local, uma sessão pública transmitida ao vivo para milhões de cidadãos.
É verdade que obscuridades ocorrem fartamente nos tribunais brasileiros. Foi realmente concedida uma liminar num habeas corpus que beneficiou o banqueiro Daniel Dantas de forma ilegítima e ilegal. O remédio jurídico foi utilizado para questionar uma ordem de prisão num processo e a liminar foi concedida abrangendo outro processo, sem que o Sr. Gilmar Mendes tivesse elementos ou informações acerca daquele procedimento. Há sim um movimento de desprestígio e desrespeito aos juízes que querem agir de forma correta.
Magistrados de primeiro grau tem sido humilhados a todo momento nos Tribunais Superiores, suas decisões, na maioria das vezes acertadas, tem caído em descrédito e seu trabalho tem sido desrespeitado.
O pior, no entanto é outra constatação: no Brasil quem tem dinheiro tem acesso a um melhor atendimento na saúde, na educação e inevitavelmente no Judiciário.
Não deveria ser assim. Pelo menos o trâmite processual deveria ser igual para todos. Impetramos habeas corpus no Tribunal de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal visando a correção de alguma ilegalidade no curso de procedimentos onde nossos clientes figuram como réus. Tal medida leva muitos meses para ser julgada e às vezes nossos clientes ficam aguardando a boa vontade de desembargadores e ministros em cadeias sujas, cumprindo uma pena antecipada sem que tivessem ainda sido condenados. Questiono então, o rápido trâmite de processos envolvendo grandes empresários, banqueiros e políticos.
Como podemos aceitar que a instituição que deveria promover a igualdade e resguardar nossos valores aja de forma exatamente contrária?
Até quando nossos líderes irão nos decepcionar?
Não somos definitivamente um país sério! Não somos o país do futuro, a não ser que tal futuro seja algo pior que o hoje.
Somos cidadãos pacatos em demasia. Se fossemos um povo sério, protestaríamos junto ao Congresso, o Supremo e o Planalto exigindo seriedade, moralidade e respeito.
Já nos esquecemos do mensalão, da crise provocada com Renan Calheiros, dos anões do orçamento, dos cartões corporativos e de tantos outros fatos que nos prejudicaram diretamente e logo nos esqueceremos das passagens aéreas e da falta de respeito no Supremo.
Será que somos um povo inferior? Por que não tomamos atitudes? Somos comodistas?
Com a palavra o povo brasileiro.
Autor: José Rodrigo de Almeida
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Livro CD - "Uma nova forma de leitura"
Publicado em
03/06/2005
às
10:00
Sempre gostei de ler.
Sempre gostei de escrever.
Sempre gostei de ouvir músicas.
Acho que são práticas importantes para todo o ser humano.
Tenho livros editados.
Tenho livros editados, também, em conjunto com outros companheiros - os famosos "livros cooperativados".
Possuo um livro cujo título é "Atendimento 10 - a fórmula do sucesso", onde é tratada com uma linguagem fácil - "a minha linguagem" - este tema tão atual: o atendimento ao público. No final de 2004 terminei de escrever dois livros seguindo esta mesma linha - a da administração. São eles: "A marca é que marca" e a "Moderna Relação Marketing e Vendas". Queria eu que fosse editado nos mesmos moldes. A Editora Imprensa Livre me convenceu que poderíamos inovar, realizando a produção através de CD.
Realizei uma pesquisa e notei que nos Estados Unidos esta modalidade é muito comum - livros em CD. Nós não temos, ainda, este hábito. São poucos os livros nesta modalidade. Inclusive beneficia os deficientes visuais.
Feito isso, lá me fui eu para um Estúdio de Gravações - o Graves e Agudos - e fiquei quatro dias "interpretando" os meus livros, ou seja, conversando com os ouvintes/leitores ". Após" mixamos "músicas junto a cada início e término do capítulo. Músicas muito legais! Ficou uma maravilha, segundo o responsável pelo Estúdio. Eu também achei... Mas a minha opinião é parcial, não acham?".
Logo em seguida a Editora registrou seguindo a legislação vigente. Foi idealizada a capa. Tudo aos moldes de um livro convencional.
Tudo pronto para ir à Gráfica e imprimir a arte das capas. A Divultec está realizando a multiplicação do CD Máster (original). Enfim, a equipe está aprontando tudo para o lançamento nacional que será numa livraria de Porto Alegre. Desde já todos vocês estão convidados a comparecerem neste ato festivo da sessão de autógrafos dos livros CD.
Não percam este lançamento, pois livro CD é "uma nova forma de leitura".
Autor: David Iasnogrodski - engenheiro, administrador, escritor
E-mail: david.ez@terra.com.br
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