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Descontos de programa de regularização compõem base de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins
Publicado em
22/10/2024
às
10:00
Qualquer benefício fiscal que tenha por
consequência aumento do lucro da empresa deve surtir efeito na base de cálculo
de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL) e das contribuições ao PIS e à Cofins.
Com esse entendimento, a 2ª Turma do
Superior Tribunal de Justiça concluiu que os descontos obtidos em juros e multa
decorrentes da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert)
compõem a base de cálculo de tributos calculados sobre o lucro.
O colegiado negou provimento ao recurso
especial ajuizado por uma empresa de tecnologia da informação que, beneficiada
pelo programa, sustentou que os descontos obtidos não representariam acréscimo
patrimonial e faturamento.
Relator da matéria, o ministro Afrânio
Vilela observou que a jurisprudência das duas turmas de Direito Privado do STJ
se firmou no sentido de que benefício fiscal que aumente o lucro da empresa
deve impactar a base de cálculo de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins.
A ideia é que a recuperação desses custos
por ocasião da adesão ao Pert deve ser considerada na determinação do lucro
operacional.
Isso garante a incidência de IRPJ e CSLL
sobre as reduções de multas e juros concedidos a quem aderiu ao programa de
parcelamento tributário. E também de PIS e Cofins. A votação foi unânime.
Clique aqui para ler o
acórdão do REsp 2.115.529
Nota M&M:
Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Conjur, com "nota" da M&M
Assessoria Contábil
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IRPJ/CSLL: Normatizada Autorregularização com Redução da Dívida em até 80%
Publicado em
04/04/2024
às
10:00
Por meio da Instrução Normativa RFB
2.184/2024 foi normatizada a autorregularização incentivada de
débitos tributários apurados em decorrência de exclusões de subvenções para
investimento efetuadas em desacordo com o art. 30 da Lei 12.973/2014.
Podem ser liquidados os seguintes débitos:
I - do Imposto sobre
a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL relativos:
a) aos períodos de
apuração encerrados até 31 de dezembro de 2022, cujas exclusões tenham sido
efetuadas indevidamente na Escrituração Contábil Fiscal
- ECF, original ou retificadora, transmitida até o dia 29 de
dezembro de 2023; e
b) aos períodos de apuração trimestrais referentes ao
ano de 2023, cujas exclusões indevidamente efetuadas tenham reflexo nos débitos
informados nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF, originais ou retificadoras, apresentadas até o dia 29
de dezembro de 2023; e
II - de tributos administrados pela
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil - RFB que tenham sido
compensados indevidamente com créditos de saldos negativos de IRPJ ou CSLL ou com
pagamentos indevidos ou a maior de IRPJ ou CSLL em razão de exclusão da base de cálculo, mediante
Pedidos de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
- PER/DCOMP transmitidos até o dia 29 de dezembro de
2023.
Os débitos
tributários poderão ser liquidados por meio de uma das seguintes modalidades:
I - pagamento da
dívida consolidada, com redução de 80% (oitenta por cento), em até 12 (doze)
parcelas mensais e sucessivas; ou
II - pagamento de,
no mínimo, 5% (cinco por cento) do valor da dívida consolidada, sem redução, em
até 5 (cinco) parcelas mensais e sucessivas e do restante:
a) em até 60
(sessenta) parcelas mensais e sucessivas, com redução de 50% (cinquenta por
cento) do valor remanescente do débito; ou
b) em até 84
(oitenta e quatro) parcelas mensais e sucessivas, com redução de 35% (trinta e
cinco por cento) do valor remanescente do débito.
O requerimento de
adesão à autorregularização deverá ser efetuado mediante abertura de processo
digital no Centro Virtual de Atendimento - e-CAC, na aba "Legislação e
Processo", por meio do serviço "Requerimentos Web", disponível no site da RFB
na Internet.
O contribuinte
deverá apurar e confessar os débitos a serem incluídos no regime de
autorregularização, mediante a entrega das seguintes declarações:
I - até 31 de maio de 2024, as ECF e DCTF retificadoras,
para os débitos relativos a períodos de apuração ocorridos até 31 de dezembro
de 2022; e
II - até 31 de julho de 2024, as DCTF retificadoras, para os períodos de apuração trimestral
referentes ao ano de 2023.
Fonte:
Portal Tributário
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IRPJ e CSLL - Ganho de Capital - Entidade sem Fins Lucrativos - Isenção
Publicado em
10/11/2023
às
10:00
O ganho de capital decorrente
da venda de bem imóvel, por entidade sem fins lucrativos, somente pode vir a
usufruir da isenção do IRPJ e da CSLL caso sejam cumpridos todos os requisitos legais
estabelecidos no art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997,
dentre os quais, que os recursos oriundos dessa alienação sejam integralmente
aplicados em seus objetivos sociais.
Base Legal: Solução
de Consulta Disit/SRRF 3.015/2023.
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Receita Federal oferece oportunidade de autorregularização para empresas que deixaram de recolher o IRPJ e a CSLL
Publicado em
16/07/2023
às
10:00
Empresas
do Lucro Presumido devem regularizar situação até 15/08/2023 e as empresas do
Lucro Real têm prazo até 15/09/2023
A Receita Federal identificou que 22.754
empresas deixaram de declarar e de recolher o Imposto de Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ) e a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) referentes ao
ano-calendário de 2019. O valor estimado de indício de insuficiência
verificado é cerca de R$ 3,4 bilhões.
A fim de promover a autorregularização, sem autuação e cobrança de multas de
ofício, a Receita Federal enviou dois lotes de avisos para a Caixa Postal das
empresas identificadas.
O primeiro lote com 18.554 avisos foi
encaminhado para empresas tributadas pelo Lucro Presumido, em maio de 2023. O
prazo concedido para a autorregularização para esse lote se encerraria em 16 de
julho, contudo foi prorrogado para 15 de agosto de 2023.
O segundo lote com 4.200 avisos foi
encaminhado para empresas tributadas pelo Lucro Real Trimestral, em 10 de julho
de 2023, e o prazo para autorregularização encerrar-se-á em 15 de setembro de
2023.
Autorregularização
Regularizar as divergências dentro do prazo
concedido na fase de autorregularização permite que o contribuinte recolha ou
parcele os valores devidos apenas com os acréscimos legais, sem incidência da
multa de ofício de que trata o art. 44 da lei 9.430/1996.
As empresas que desejarem proceder à autorregularização não precisam comparecer
às unidades de atendimento da Receita Federal, basta seguir as instruções
constantes nos seguintes endereços na Internet, conforme a forma de
tributação:
a) Empresas tributadas pelo Lucro Presumido, clique aqui.
b) Empresas tributadas pelo Lucro Real Trimestral, clique aqui.
Nesses mesmos endereços, constam
informações de como acessar as comunicações enviadas para as Caixas Postais no
Portal e-CAC e esclarecimentos adicionais para que os contribuintes se
regularizem sem a necessidade de comparecer à Receita Federal.
As empresas estarão sujeitas à autuação e
cobrança de multas depois de decorridos os prazos para autorregularização.Segue,
abaixo, o detalhamento dos valores de divergência de IRPJ e CSLL apurados nesta operação por Unidade da
Federação:

Fonte:
Receita Federal do Brasil, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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IRPJ/CSLL - Incentivos Fiscais do ICMS - PGFN divulga nota
Publicado em
13/06/2023
às
16:00
Publicação trata sobre a tributação
de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (IRPJ/CSLL) referente a incentivos fiscais do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Nota equipe Guia Tributário: o tema refere-se às subvenções
para investimento.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)
esclarece que o teor da decisão presente em Acórdão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) divulgado nesta segunda-feira (12/6/2023) preserva a política
social de benefícios fiscais concedidos por entes subnacionais,
respeita o Pacto Federativo e não afeta empresas que já cumprem o regramento
legal sobre tais benefícios.
A publicação trata sobre a tributação de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (IRPJ/CSLL) referente a incentivos fiscais do Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A possibilidade de dedução dos valores de benefícios fiscais atinentes ao ICMS da base de cálculo continua garantida para as empresas,
desde que respeitados os requisitos do artigo 30 da Lei nº 12.973/2014. Se não
forem devidamente cumpridas as exigências legais, o valor não pode ser retirado
da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
A subvenção,
independente do nome que receba em cada estado, seja de investimentos ou de
custeio, é um mecanismo que permite a redução dos preços finais ao consumidor,
tendo em conta a repercussão do ICMS cobrado das empresas pelos estados. Isso
não muda. Mas esses valores não são lucro e devem cumprir o regramento legal
para futuro reinvestimento. Essa era a tese defendida pela PGFN e que foi
acatada no Acórdão divulgado pelo STJ.
A PGFN adverte que a
decisão do STJ evidenciou que o ICMS que deixou de ser pago (inclusive com
reflexos na tributação nacional, pois afeta o recolhimento de IRPJ e CSLL) não pode ser
incorporado ao lucro da empresa. Incorporar a vantagem fiscal ao lucro
representa uma situação que deturpa a política social do benefício fiscal concedido. O valor correspondente ao
benefício deve ter registro na reserva da empresa e posteriormente ser
reinvestido na expansão ou implantação de um empreendimento.
A PGFN esclarece que o referido Acórdão do STJ (no qual
prevaleceu a tese do relator, ministro Benedito Gonçalves) diz respeito a
outros benefícios fiscais concernentes ao ICMS, sem envolver
a questão relativa a créditos presumidos (tema que já foi decidido anteriormente
pelo STJ). A medida deixa bastante claro que os benefícios que não são créditos
presumidos não podem ser abatidos da base dos tributos federais, nos moldes do
que decido no ERESP 1.517.492.
Fonte: PGFN / Guia Tributário Online.
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Mudança de atividade e a compensação de prejuízos fiscais
Publicado em
30/05/2023
às
10:00
A
pessoa jurídica não poderá compensar seus próprios prejuízos fiscais, para fins
de IRPJ e nem compensar bases de cálculo negativas da CSLL, se entre a data da
apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu
controle societário e do ramo de atividade.
A
cessação de uma das atividades secundárias com a manutenção das demais
atividades já realizadas pela pessoa jurídica não corresponde a uma mudança no
ramo de atividade, para fins de compensação de prejuízo fiscal acumulado e
compensação de base de cálculo negativa acumulada da CSLL.
Base Legal: Solução de Consulta nº 85, de
12/04/2023; Decreto nº 9.580, de 2018, art. 584 do Anexo; Decreto-lei
nº 2.341, de 1987, art. 32; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de
2017, arts. 3º e 209;
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ICMS apurado no lucro presumido compõe base de IRPJ e CSLL, decide STJ
Publicado em
23/05/2023
às
12:00
O ICMS compõe a base de cálculo do Imposto
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), quando apurados na sistemática do lucro presumido.
Essa foi a tese aprovada por maioria de
votos pela 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, em julgamento finalizado
na manhã desta quarta-feira (10/5/2023). O tema foi julgado em recursos
repetitivos e deverá ser obrigatoriamente seguido pelas instâncias ordinárias.
O caso é uma das
chamadas "teses filhotes" da "tese do
século" fixada pelo Supremo Tribunal Federal em 2017, quando definiu
que o ICMS não compõe a base de cálculo de PIS e Cofins. O tema, que teve
os efeitos modulados em 2021, se desdobrou em diversas outras discussões
envolvendo a inclusão de impostos na base de cálculo de outros tributos.
Prevaleceu o voto divergente do ministro
Gurgel de Faria, que adotou a linha segundo a qual a "tese do
século" não excluiu em caráter definitivo o ICMS do conceito
constitucional de receita para todo e qualquer fim tributário. Formaram maioria
os ministros Herman Benjamin, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e
Assusete Magalhães.
Ficou vencida a ministra Regina Helena
Costa, que entendeu que a posição do STF seria extensível ao caso em questão
porque o valor do ICMS não se incorpora ao patrimônio do contribuinte, sendo um
mero ingresso de caixa. Com isso, não serviria para integrar a base de IRPJ e
CSLL.
Aplicação
não automática
Como mostrou a revista
eletrônica Consultor Jurídico,
a "tese do século" fixada pelo STF se desdobrou em ao menos dez
"teses filhotes", nas quais o contribuinte busca estender a mesma
razão de decidir para excluir a incidência de tributos na base de cálculo de
outros impostos.
O problema é que o próprio STF, ao julgar
duas delas, já impôs uma diferenciação relevante: nos casos em que o tributo é
tratado como benefício fiscal, retirá-lo da base de cálculo de outras exações
implicaria em uma terceira forma de tributação não prevista pelo legislador e
duplamente benéfica para o contribuinte.
Essa indicação foi feita quando o Supremo
entendeu ser constitucional incluir ICMS e ISS na base de
cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Nesta
quarta-feira, a 1ª Seção seguiu a mesma linha.
No voto vencedor, o ministro Gurgel de
Faria apontou que o próprio STF indicou que não foi excluído em caráter
definitivo automático o ICMS do conceito constitucional de receita para todos
os fins tributários.
Ele destacou que a razão de decidir da
"tese do século" não se aplica quando houver a facultatividade do
regime de tributação. Assim, o fato de o contribuinte entender que recolher o
ICMS pela sistemática do lucro presumido não o autoriza a excluir da base de
cálculo de IRPJ e CSLL, ampliando a benesse.
"Não é cabível, assim, combinar um
regime favorecido com características do regime geral de tributação e criar
terceiro gênero ainda mais benéfico", explicou o ministro Gurgel.
"Para a contribuição do PIS e Cofins, a receita constitui a própria base
de cálculo. Já para IRPJ e CSLL, representa apenas parâmetro de tributação,
sendo esta outra distinção relevante."
No voto vencido, por sua vez, a ministra
Regina Helena Costa concluiu que o valor do ICMS na sistemática do lucro
presumido não resulta em acréscimo definitivo de patrimônio do contribuinte e
se opôs à alteração do conceito de receita a depender do regime de tributação -
se pelo real ou pelo lucro presumido.
Segundo o advogado Vinicius Caccavali, do VBSO Advogados, havia a
expectativa de que o STJ pudesse excluir a incidência do ICMS da base de
cálculo de outros tributos, seguindo a orientação do STF para exclusão do ICMS
da base de PIS e COFINS, mas a linha seguida foi outra: quem quiser fazer
deduções, que saia da apuração pelo lucro presumido e adote pelo lucro real.
"Apurar IRPJ/CSLL lucro presumido não é benefício fiscal, mas sim regime
de apuração", pontuou ele.
Processos:
REsp
1.767.631
REsp
1.772.470
Fonte:
Revista Consultor Jurídico
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Receita Federal oferece oportunidade para contribuinte regularizar IRPJ e CSLL antes do início dos procedimentos de fiscalização
Publicado em
15/05/2023
às
16:00
Autoregularização, após decisão do STJ, permite
recolhimento dos valores sem acréscimo de multa moratória ou de ofício, além de
evitar o litígio.
Contribuintes
que reduziram indevidamente os valores do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), em
desconformidade com o artigo 30 da Lei 12.973/2014, a partir de entendimento do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), consolidado em julgamento realizado no dia
26 de abril de 2023, poderão regularizar sua situação junto à Receita Federal,
espontaneamente, até o final de julho de 2023.
A
Receita Federal identificou aproximadamente 5 mil contribuintes com indícios de
redução indevida de valores de IRPJ e CSLL, em razão de prováveis exclusões de
benefícios fiscais de ICMS das correspondentes bases tributáveis, em que pese
tais benefícios não acrescerem os resultados econômico-financeiro das empresas,
por não lhes serem destinados.
No
dia de 10 de maio de 2023, o órgão deu início à comunicação dessa possibilidade
para esses contribuintes por meio de notas e correspondências. "A orientação
dos contribuintes e a oportunidade de autorregularização permite a redução do
litígio e a solução mais eficiente e proveitosa para as empresas e para a
população brasileira", afirmou o secretário da Receita Federal, Robinson
Barreirinhas.
Segundo
ele, a autorregularização dos contribuintes antes do início do procedimento
fiscalizatório permite o recolhimento dos valores sem acréscimo de multa
moratória (20%) ou de ofício (75% ou mais), "ou seja, em valor substancialmente
menor que aquele devido em caso de autuação."
De
acordo com Barreirinhas, mesmo no caso de contribuintes que já estão sob
fiscalização ou já autuados, a regularização dentro do prazo da autuação
permite substancial redução dos acréscimos, em até 50% do valor da multa.
Também oferece possibilidade de parcelamento em até 60 meses e, no caso de
contribuintes que já foram autuados, redução substancial das multas e juros por
adesão à transação do Programa Litígio Zero.
"As
dezenas de bilhões de reais a serem recolhidos no âmbito desse programa de
autorregularização e na cobrança subsequente serão essenciais para a
continuidade dos serviços públicos e programas sociais não apenas da União, mas
também de Estados e Municípios que receberão parcela significativa dos
recursos", completou o secretário.
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Toda isenção de ICMS deve ser excluída da base de cálculo de IRPJ e CSLL, diz STJ
Publicado em
20/10/2022
às
16:00
Se uma empresa recebeu incentivos e
benefícios fiscais de ICMS, e esse valor foi registrado como reserva de lucros,
ele deve ser automaticamente considerado subvenção para investimento.
Assim, fica de fora da base de cálculo para IRPJ e CSLL.
Relator,
ministro Mauro Campbell acolheu embargos de declaração e esclareceu tema
Dessa forma, a 2ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça adotou uma interpretação mais benéfica ao contribuinte
nessa controvérsia.
Para a Receita Federal, a classificação do
benefício fiscal como subvenção só poderia ser feita se as empresas provassem
que os incentivos foram concedidos para investimento em suas atividades
econômicas.
Sem isso, o valor deveria compor o montante
do lucro real, sobre o qual incidem o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a
Contribuição Social sobre Lucro Líquido.
Já para os contribuintes, a Lei
Complementar 160/2017 equiparou todos os benefícios fiscais ou
financeiro-fiscais relativos ao ICMS a subvenções para investimento, de forma
indistinta. Assim, não seria mais preciso provar que eles estavam sendo usados
para investimentos.
A conclusão final do STJ foi dada em
julgamento virtual de embargos de declaração, acolhidos pelo colegiado em 3 de
outubro. O acórdão foi publicado no dia 6 do mesmo mês. A votação foi unânime,
conforme posição do relator, ministro Mauro Campbell.
Legislação
e finalidade
O caso se refere à Lei 12.973/2014,
cujo artigo 30 prevê que as subvenções (incentivo fiscal) para investimento
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos
econômicos não serão computadas na determinação do lucro real, desde que seja
registrada em reserva de lucros.
A ideia é que esse valor que o Estado deixa
de recolher em favor do contribuinte seja usado por ele reinvestir no
desenvolvimento da própria empresa, motivo pelo qual não pode ser considerado
lucro e, com isso, compor a base de cálculo de IRPJ e CSLL.
Ao cobrar esses tributos, a Receita Federal
definiu que as subvenções de ICMS só poderiam ser afastadas da base de cálculo
de IRPJ e CSLL se concedidas pelos estados exclusivamente para estímulo à
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos.
O que mudou o jogo foi a edição da Lei
Complementar 160/2017, que incluiu o parágrafo 4º no artigo 30 da Lei
12.973/2014 para equiparar todos os benefícios fiscais ou financeiro-fiscais
relativos ao ICMS a subvenções para investimento.
Na interpretação da Receita Federal, apesar
dessa equiparação, ela deveria ser somada com a previsão do caput do artigo 30.
Ou seja, ainda seria necessário provar o objetivo da subvenção, de modo a
exclui-la do lucro apenas quando concedida como estímulo aos empreendimentos.
Ao acolher os embargos de declaração, a 2ª
Turma do STJ deu interpretação mais favorável ao contribuinte: se é benefício
fiscal relativo ao ICMS, é também subvenção para investimento. Logo, basta que
seja registrada em reserva de lucros para ser excluída da base de cálculo de
IRPJ e CSLL.
"Muito embora não se possa exigir a
comprovação de que os incentivos o foram estabelecidos como estímulo à
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, persiste a necessidade
de registro em reserva de lucros e limitações correspondentes", disse o
ministro Mauro Campbell.
Consequências
graves pró-contribuinte
O acolhimento desses embargos de declaração
é uma excelente notícia para o contribuinte. Bruno Teixeira, sócio do TozziniFreire Advogados, explica
que deixou de importar se o benefício fiscal serve para implantação de
empreendimento econômico ou se é para custeio.
Em vez disso, há um único requisito a ser
cumprido pelo contribuinte que é a constituição da reserva de iniciativa
fiscal.
Marcello Leal, sócio do Schuch Advogados, destaca que essa posição
permite que o contribuinte supere uma barreira até então invencível imposta
pela Fazenda. Antes, para qualificar o benefício fiscal como subvenção, seria
preciso comprovar dados ligados à política fiscal do ente federativo.
Com a posição da 2ª Turma, abre-se a
possibilidade de o contribuinte que foi cobrado a mais recuperar esse valor.
Será possível pedir a repetição de indébito (artigo 165 do CTN) ou a
compensação (artigo 170 do CTN), desde que observados os prazos prescricionais.
"Não fosse isso, a equiparação legal
feita pelo artigo 30, parágrafo 4º da Lei 12.973/2014 (Incluído pela Lei
Complementar nº 160, de 2017) seria inócua", disse Marcello Leal.
Bruno Teixeira ainda afirmou que a
discussão vai um pouco além. "A 1ª Turma do STJ diz que não precisa nem ter a
constituição da reserva, porque se a União quer tributar um incentivo fiscal
concedido pelo estado, ela na verdade está ferindo o pacto federativo na medida
em que ela está tributando política fiscal concedida por um outro ente da
federação, mas não é isso que se trata", disse.
"Para a 2ª Turma, eles entendem que
não há prejuízo para o pacto federativo, só que só que um requisito deve ser
obedecido, não são mais os dois requisitos que devem ser obedecidos pelo
pacto federativo. Então, por isso que esses embargos de declarações
chamam bastante atenção", concluiu.
Clique aqui para ler o
acórdão
Fonte: Processo REsp 1.968.755, Revista Consultor Jurídico
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IRPJ/CSLL: Exclusão dos Juros Selic Vale Desde 30/09/2021
Publicado em
06/05/2022
às
12:00
STF modula efeitos de decisão que afastou a incidência de
IR e CSLL sobre a Selic na devolução de tributos pagos
indevidamente.
A decisão deve produzir efeitos desde 30/09/2021, data da
publicação da ata de julgamento do mérito do recurso extraordinário.
O Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF), na sessão virtual encerrada em 29/4/2022, acolheu
parcialmente recurso (embargos de declaração) para esclarecer pontos da decisão
proferida no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1063187, com repercussão
geral, e modular seus efeitos. Na ocasião, a Corte declarou a
inconstitucionalidade da incidência do Imposto de Renda Pessoa
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre a taxa Selic recebida pelo contribuinte na
devolução de tributos pagos indevidamente (repetição de indébito).
Nos embargos de declaração, a União, entre outros pontos,
buscava saber se a tese fixada no julgamento abrange os pedidos de restituição,
compensação e levantamento de depósitos judiciais, quando ausente o ilícito
pressuposto no julgado, e os juros de mora pactuados em contratos particulares.
Pedia, também, a modulação dos efeitos da decisão.
Repetição de indébito
tributário
O
colegiado, acompanhando o voto do ministro Dias Toffoli (relator), esclareceu
que a decisão se aplica apenas nas hipóteses em que há acréscimo de juros
moratórios, mediante a taxa Selic em questão, na repetição de indébito tributário (inclusive na realizada por meio
de compensação) tanto na esfera administrativa quanto na judicial. Segundo o
ministro, a questão acerca da necessidade de existência de juros moratórios e
de repetição de indébito tributário foi
evidenciada no julgamento do RE, inclusive nos demais votos. A definição da
natureza jurídica dos juros relativos aos depósitos judiciais ou avençados em
contratos entre particulares foge do tema discutido.
Modulação
A Corte também estabeleceu que a decisão produzirá
efeitos a partir da publicação da ata de julgamento do mérito, em 30/9/21.
Segundo o relator, ela resultou em alteração no sistema jurídico, pois, há
quase nove anos, vigia entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em
sentido contrário e de observância obrigatória pelas instâncias inferiores.
Ficam ressalvadas da
modulação, as ações ajuizadas antes da data do início do julgamento do mérito
(17/9/2021), e os fatos geradores anteriores a 30/9/21 em relação aos quais não
tenha havido o pagamento do IRPJ ou da CSLL a que se refere a tese de repercussão geral.
Toffoli assinalou que, em razão do reconhecimento da inconstitucionalidade, a
União não pode cobrar a CSLL ou o IRPJ quanto a esses fatos, devendo, portanto,
paralisar o "estado de inconstitucionalidade".
Fonte: STF /Portal Tributário
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Custos de Produção para fins de IRPJ/CSLL
Publicado em
04/05/2022
às
14:00
O custo da produção
dos bens ou serviços compreenderá, obrigatoriamente:
1) o custo de
aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou
consumidos na produção, inclusive os de transporte e seguro até o
estabelecimento do contribuinte e os tributos não recuperáveis devidos na
aquisição ou importação;
2) o custo do
pessoal aplicado na produção, inclusive na supervisão direta, manutenção e
guarda das instalações de produção;
3) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na
produção;
4) os encargos de amortização,
diretamente relacionados com a produção;
5) os encargos de exaustão dos
recursos naturais utilizados na produção.
Base Legal: art. 302 do Regulamento do Imposto de Renda. Fonte: Portal Tributário
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Descontos e Bonificações - Dedutibilidade para fins de IRPJ E CSLL
Publicado em
30/08/2021
às
16:00
Os descontos
incondicionais consideram-se parcelas redutoras do preço de vendas, quando
constarem da nota fiscal de venda dos bens e não dependerem de evento posterior
à emissão desses documentos; esses descontos não se incluem na receita
bruta da pessoa jurídica vendedora.
Os descontos condicionais são
aqueles que dependem de evento posterior à emissão da nota fiscal, usualmente,
do pagamento da compra dentro de certo prazo, e configuram despesa financeira
para o vendedor.
As bonificações concedidas a
clientes, visando ao incremento de vendas e, consequentemente, dos lucros, se
reconhecidamente vinculadas às operações comerciais da empresa, enquadram-se no
conceito de despesas operacionais dedutíveis para fins de apuração da base
de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Base Legal: Solução de Consulta DISIT/SRRF nº 6015/2021; Lei
nº 4.506, de 1964, art. 47; Decreto nº 9.580, de 2018 (RIR/2018),
arts. 311 e 398 a 400; Instrução Normativa SRF nº 51, de 1978, item 4.2;
Parecer Normativo CST nº 32, de 1981; Lei nº 7.689, de 1988, art. 2;
Lei nº 8.981, de 1995, art. 57; Lei nº 9.430, de 1996, art. 28;
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, arts. 3º, 26 e 61.
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Bonificações - Dedutibilidade para fins de IRPJ e CSLL
Publicado em
20/07/2021
às
16:00
As bonificações concedidas a
clientes, visando ao incremento de vendas e, consequentemente, dos lucros, se
reconhecidamente vinculadas às operações comerciais realizadas pela empresa,
enquadram-se no conceito de despesas operacionais dedutíveis para fins de
apuração do IRPJ e da CSLL nas empresas tributadas pelo Lucro Real.
Base Legal: Solução de Consulta
DISIT/SRRF06 nº 6015, de 15 de junho de 2021; Lei
nº 7.689, de 1988, art. 2; Lei nº 8.981, de 1995, art. 57; Lei
nº 9.430, de 1996, art. 28; Instrução Normativa SRF nº 51, de 1978,
item 4.2; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, arts. 3º, 26 e
61.
Fonte: M&M
Assessoria Contábil
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Dedutibilidade dos descontos condicionais e incondicionais
Publicado em
13/07/2021
às
14:00
Os descontos
incondicionais consideram-se parcelas redutoras do preço de vendas, quando
constarem da nota fiscal de venda dos bens e não dependerem de evento posterior
à emissão desses documentos; para fins de IRPJ e CSLL, esses descontos não se
incluem na receita bruta da pessoa jurídica vendedora.
Os descontos condicionais são
aqueles que dependem de evento posterior à emissão da nota fiscal, usualmente,
do pagamento da compra dentro de certo prazo. Para fins de IRPJ e de CSLL,
esses descontos configuram despesa financeira para o vendedor.
Base Legal: Solução de
Consulta DISIT/SRRF06 nº 6015, de 15 de junho de 2021; Lei
nº 7.689, de 1988, art. 2; Lei nº 8.981, de 1995, art. 57; Lei
nº 9.430, de 1996, art. 28; Instrução Normativa SRF nº 51, de 1978, item
4.2; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, arts. 3º, 26 e 61.
Fonte: M&M
Assessoria Contábil
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IRPJ/CSLL - Momento do reconhecimento das receitas de créditos tributários
Publicado em
07/07/2021
às
16:00
Os créditos decorrentes de
decisões judiciais transitadas em julgado relativos a tributos pagos
indevidamente devem ser reconhecidos na determinação do Lucro Real no
período de apuração em que ocorrer a sua disponibilidade jurídica.
Base Legal: Solução de Consulta
92, de 21/6/2021; Lei nº 5.172, de 1966 (Código Tributário Nacional -CTN),
art. 43; Lei nº 4.506, de 1964, art. 44, III; Lei nº 6.404, de 1976,
arts. 177, caput, 186, § 1º, e 187, § 1º; Decreto Lei nº 1.598, de 1977,
arts. 6º, § 1º, 7º, caput, e 67, XI; Lei nº 8.981, de 1995, art. 41; Lei
nº 9.430, de 1996, art. 53; Lei nº 7.689, de 1988, art. 2º, § 1º,
alínea "c"; Lei nº 9.430, de 1996, art. 53; Regulamento do
Imposto sobre a Renda (RIR/2018), aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 2018,
art. 441, II; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, arts. 131, 215,
§§ 1º e 3º, IV, e 227, §§ 1º e 3º, IV; Ato Declaratório
Interpretativo (ADI) SRF nº 25, de 2003, arts. 1º e 5º.
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IRPJ/CSLL - Rateio de custos e despesas comuns entre pessoas jurídicas
Publicado em
26/04/2021
às
14:00
É
possível a concentração, em uma única pessoa jurídica, do controle dos gastos
referentes a departamentos de apoio administrativo, para posterior
rateio
desses custos e despesas comuns entre pessoas jurídicas
integrantes de mesmo grupo econômico, que não a
mantenedora da estrutura administrativa centralizada.
Essa
sistemática pode ser realizada sob o nome e inscrição no CNPJ de qualquer
empresa pertencente ao grupo.
Para a dedução na apuração do IRPJ e da CSLL, exige-se que esses valores rateados correspondam a custos
e despesas necessárias, normais e usuais, devidamente comprovadas e pagas;
calculadas com base em critérios de rateio razoáveis e objetivos, previamente
ajustados, formalizados por instrumento firmado entre os intervenientes; que
correspondam ao efetivo gasto de cada empresa e ao preço global pago pelos bens
e serviços; que a empresa centralizadora da operação aproprie como despesa
tão-somente a parcela que lhe cabe de acordo com o critério de rateio, assim
como devem proceder de forma idêntica as empresas descentralizadas
beneficiárias dos bens e serviços, e contabilize as parcelas a serem
ressarcidas como direitos de créditos a recuperar; e, finalmente, que seja
mantida escrituração destacada de todos os atos diretamente relacionados com o
rateio das despesas administrativas.
Base Legal:Solução de Consulta Disit/SRRF 2.005/2020 e SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 23, DE 23 DE
SETEMBRO DE 2013.
Fonte: Guia Tributário Online
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Receita Federal dá continuidade às ações de malha da Pessoa Jurídica relativas ao IRPJ e CSLL
Publicado em
09/08/2019
às
12:00
Para confirmar a veracidade das cartas enviadas, a
Receita Federal encaminhou mensagem para a caixa postal dos respectivos
contribuintes, que podem ser acessadas por meio do e-CAC
A Receita Federal iniciou mais uma etapa das ações
do Projeto Malha Fiscal da Pessoa Jurídica, novamente com foco na falta de
recolhimento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido.
A Subsecretaria de Fiscalização enviou cartas às
empresas avisando sobre divergências entre o montante de crédito tributário
declarado em DCTF/DCOMP e as informações contidas em suas ECFs para o ano
calendário 2015.
As inconsistências encontradas pelo Fisco podem ser
consultadas em demonstrativo anexo à carta, e as orientações para
autorregularização no próprio corpo da carta que foi enviada pela RFB para o
endereço cadastral constante do sistema de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
- CNPJ.
Para confirmar a veracidade das cartas enviadas, a
Receita Federal encaminhou mensagem para a caixa postal dos respectivos
contribuintes, que podem ser acessadas por meio do e-CAC (http://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/atendimento-virtual).
Nesta etapa, 12.171 contribuintes foram avisados
por meio da referida carta, e aqueles que ainda não foram intimados, ao
identificarem equívoco na prestação de informações à RFB, podem também promover
a autorregularização, evitando, assim, procedimentos de fiscalização que
poderão acarretar em multa de ofício de 75%, além do acréscimo de juros de
mora.
Os indícios constatados no referido projeto
surgiram a partir do cruzamento de informações eletrônicas, com o objetivo de
verificar a consistência entre as informações fornecidas pela própria
Escrituração Contábil Fiscal do contribuinte e o documento de constituição de
crédito tributário DCTF/DCOMP.
O total de indícios de sonegação verificado nesta
operação, para o ano-calendário de 2015, é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

Modelo de Carta

Fonte: Receita Federal do Brasil
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Receita Federal consolida legislação de IRPJ e CSLL
Publicado em
17/03/2017
às
13:00
Consolidação de normas melhora a relação
fisco-contribuinte
Foi publicada
no Diário Oficial da União a Instrução Normativa (IN) RFB nº 1.700 que
dispõe sobre a determinação e o pagamento do Imposto sobre a Renda e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas.
A IN
inova ao tratar conjuntamente os dois principais tributos incidentes sobre a
renda da pessoa jurídica: o IRPJ e a CSLL. A similaridade da legislação
tributária aplicável a esses dois tributos propicia que eles sejam
disciplinados simultaneamente, entretanto, com destaque para eventuais
diferenças de base de cálculo e alíquotas.
A IN
RFB nº 1.700 é produto da consolidação de nove Instruções Normativas. Esta nova
IN reproduz os dispositivos da Instrução Normativa RFB nº 1.515, de 24 de
novembro de 2014, e incorpora os dispositivos relacionadas à CSLL, devidamente
atualizadas, que atualmente estavam na Instrução Normativa SRF nº 390, de 30 de
janeiro de 2004.
A
norma foi elaborada com o objetivo de concentrar ao máximo a regulamentação da
matéria e, por consequência, tornar menos esparsas as normas infralegais
relacionadas à tributação sobre a renda das pessoas jurídicas emitidas pela
Receita Federal.
A
edição de um único ato normativo dispondo sobre os dois tributos traz as
seguintes vantagens: facilidade na pesquisa e aplicação da legislação
tributária; transparência do entendimento da Administração Tributária;
segurança jurídica na aplicação das regras do IRPJ e da CSLL; redução de
litígios; e melhora da relação fisco-contribuinte.
Acesse
o texto completo da IN/RFB 1700/2016 clicando
aqui.
Fonte: Receita Federal
do Brasil