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Bom Jesus (RS) - Ação do Ministério do Trabalho e Emprego resgata quatro trabalhadores em condições análogas à escravidão
Publicado em
19/01/2025
às
14:00
Os trabalhadores faziam a triagem de lixo em uma
cooperativa que presta serviços para a administração municipal
Uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou em
08/01/2025 quatro trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma cooperativa
que presta serviços ao município de Bom Jesus (RS), na região nordeste do Rio
Grande do Sul. Eram três mulheres e um homem, que realizavam a triagem de lixo
urbano em um galpão localizado na zona rural do município. A ação contou também
com a participação do Ministério Público do Trabalho.
Diante
das condições degradantes, os quatro recicladores, com idades entre 24 e 51
anos, foram resgatados, e o galpão de triagem de resíduos sólidos urbanos foi
interditado. Os auditores-fiscais apuraram que os recicladores faziam parte do
quadro de trabalhadores de uma cooperativa contratada em junho de 2024 pela
administração de Bom Jesus para realizar a coleta de resíduos urbanos, a
triagem de materiais recicláveis e o transbordo do lixo. A cooperativa, que também
presta serviços em outros municípios do Estado, foi notificada para pagar as
verbas rescisórias dos trabalhadores. Eles serão encaminhados para receber três
parcelas do benefício do seguro-desemprego. A administração municipal foi
informada sobre o resgate dos trabalhadores (todos moradores do município) e a
interdição do galpão.
De
acordo com as informações da fiscalização, a função dos trabalhadores era
revirar montes de lixo e separar materiais aproveitáveis para reciclagem. No
galpão de triagem de resíduos, eram armazenados tanto materiais recicláveis
quanto resíduos orgânicos e rejeitos, como restos de alimentos em decomposição,
papéis higiênicos usados e fraldas descartáveis. Apesar do contato direto com
esses materiais, o local não dispunha de água para que os trabalhadores
pudessem lavar as mãos. Não havia instalações sanitárias nem vestiários para
troca de roupas e guarda de pertences pessoais.
Os
auditores-fiscais verificaram que os recicladores, incluindo as mulheres,
realizavam suas necessidades fisiológicas no mato, devido à ausência de
instalações adequadas. Após a jornada de trabalho, retornavam para casa
vestindo os uniformes sujos, por não terem um lugar para se trocar ou se lavar.
Um casebre de alvenaria ao lado do galpão possuía um vaso sanitário, que não
tinha pia para lavar as mãos, e não podia ser usado pelos trabalhadores,
pois estava sem água e infestado por ratos.
A
equipe de fiscalização também constatou que o galpão apresentava condições
precárias de conservação, oferecendo risco aos ocupantes. Havia telhas
metálicas faltando na cobertura e nas paredes laterais, algumas das quais
estavam parcialmente soltas, com risco de queda. Em dias de chuva, a água
entrava no galpão, molhando os recicladores e o lixo, tornando o trabalho ainda
mais insalubre. Apesar de a necessidade de reforma do galpão ter sido
reconhecida pelo próprio município à época da contratação da cooperativa, os
recursos previstos no contrato para as melhorias não foram utilizados, e
nenhuma intervenção na estrutura foi feita.
Outras
irregularidades também foram identificadas, como a ausência de vacinação dos
trabalhadores contra doenças como tétano e hepatite B e a falta de
procedimentos para casos de acidentes com materiais perfurocortantes. Os
trabalhadores relataram que cortes e perfurações eram frequentes, devido a
cacos de vidro, lâminas, pedaços de metal enferrujado e seringas descartáveis
presentes no lixo. Na maioria das vezes, limitavam-se a limpar o sangue e
continuar trabalhando. Em algumas ocasiões, buscaram assistência médica por
conta própria.
Denúncias
As denúncias de
irregularidades trabalhistas e de trabalho análogo ao de escravo poderão ser
feitas pela internet, por meio dos canais
digitais de denúncias do Ministério do Trabalho e Emprego, sem necessidade de
comparecimento a uma das unidades das Superintendências Regionais do Trabalho.
Todo o processo é sigiloso, e os dados não serão divulgados em caso de eventual
fiscalização.
As denúncias de irregularidade
trabalhistas em geral poderão ser feitas por qualquer pessoa, mediante
identificação no Gov.br, no seguinte link: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/. É importante
que, no registro, a pessoa insira o maior número de informações possível para
que a fiscalização trabalhista possa identificar corretamente o problema.
No caso das
denúncias de trabalho análogo ao de escravo, está disponível canal para
registro é o "Sistema Ipê", disponível em: Sistema de Denúncias DETRAE/SIT (trabalho.gov.br). Nesse
canal, também não há a necessidade de identificação. O interessado em denunciar
deverá acessar o sistema e inserir o maior número de informações possível para
que a fiscalização do trabalho possa analisar os indicadores de trabalho
análogo ao de escravo e promover as verificações no local indicado.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Bom Jesus (RS) - Resgatados 80 trabalhadores vítimas de trabalho análogo ao escravo
Publicado em
28/04/2022
às
14:00
Auditores-fiscais do
Trabalho, vinculados à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, resgataram 80
trabalhadores de situação análoga à escravidão em ação realizada entre os dias
20 e 26 de abril de 2022, na cidade de Bom Jesus, na Serra Gaúcha. Participaram
da fiscalização o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Rodoviária
Federal.
Os
trabalhadores foram vítimas de tráfico de pessoas e trabalho análogo à
escravidão, especialmente por condições degradantes de trabalho e fraudes no
contrato de trabalho.
Tráfico de Pessoas e aliciamento de trabalhadores
De acordo com os
auditores-fiscais do Trabalho, os aliciadores de mão-de-obra, popularmente
conhecidos como "gatos", atuavam em nome do empregador em cidades do interior
do Maranhão, Paraíba e Bahia, oferecendo postos de trabalho para a colheita de
maçã em São Joaquim, cidade da Serra Catarinense. A oferta de trabalho também
assegurava boas condições de alimentação e alojamento.
O
destino das vítimas acabou sendo Bom Jesus, na Serra Gaúcha, e as vítimas
tiveram que arcar com os custos de deslocamento e alimentação da viagem,
chegando ao local de trabalho já endividadas com o empregador.
Também
foi verificado que as Carteiras de Trabalho não foram assinadas antes da viagem,
como determina a legislação, o que deixou os trabalhadores sem segurança sobre
as condições de trabalho que realmente teriam ao chegar no local.
O
retorno dos trabalhadores também foi limitado pelo empregador. O transporte de
volta seria custeado apenas parcialmente, e somente para quem trabalhasse até o
final da colheita, ato também definido como crime.
Condições Degradantes
Ao
contrário da promessa efetuada no aliciamento dos trabalhadores no nordeste
brasileiro, os auditores-fiscais do Trabalho identificaram péssimas condições
de higiene e conservação do alojamento e colchões disponibilizados, assim como
o não fornecimento de roupas de cama e cobertores. A água destinada ao consumo
humano não possuía condições de potabilidade e apresentava coloração escura, em
consequência do trânsito de animais no local de sua captação.
Fraudes e pagamento abaixo do piso
Os
auditores-fiscais do Trabalho constataram diversas fraudes na contratação dos
trabalhadores. Além da ausência de registro, foram encontrados contratos de
trabalho assinados mas em branco (sem preenchimento de datas e salário
acordado). Da mesma forma, os cartões ponto não estavam preenchidos pelos
próprios trabalhadores e indicavam jornadas uniformes de trabalho.
Além
disso, os pagamentos realizados também estavam aquém do que determina a
legislação. Os trabalhadores, por exemplo, nada recebiam nos dias de chuvas,
quando a colheita era interrompida, e com o desconto acabavam percebendo valor
abaixo do piso salarial da categoria.
Foi
constatado ainda que as rescisões foram fraudadas e calculadas abaixo do piso,
com a informação de datas incorretas de admissão, reduzindo o tempo total de
trabalho, e a omissão de parcelas como o décimo-terceiro salário e férias.
Resgate dos trabalhadores
Após
notificação da Inspeção do Trabalho, o empregador custeou o retorno de todos os
trabalhadores aos seus estados de origem, se comprometendo ao pagamento dos
direitos trabalhistas das vítimas. No total, serão pagos R$ 312.000,00 reais em
verbas rescisórias.
Em
paralelo, os auditores-fiscais do Trabalho emitiram as guias de
Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, pelas quais cada um dos resgatados
faz jus ao recebimento de três parcelas de um salário-mínimo (R$ 1.212,00)
cada.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Previdência Social, com edição da M&M Assessoria
Contábil
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Bom Jesus - RS - Parceria garante continuidade de capacitação turística
Publicado em
24/01/2007
às
09:00
Ação contempla empreendimentos da Região dos Campos de Cima da Serra
A renovação de uma parceria entre o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Região dos Campos de Cima da Serra (Condesus/Campos de Cima da Serra) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) garantirá a continuidade do projeto de qualificação nos serviços da iniciativa privada da região. Entre março de 2005 e setembro de 2006, a iniciativa beneficiou 1.049 empreendedores da chamada Rota dos Campos de Cima da Serra (nome fantasia do Condesus na região), estimulada pelo Sebrae/RS por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) de Turismo dos Campos de Cima da Serra. A renovação da parceria foi confirmada no último dia 20 de dezembro, em reunião realizada em Vacaria. Na ocasião, o prefeito de Vacaria, José Aquiles Susin, transferiu a presidência da Rota para o prefeito de Bom Jesus, José Paulo de Almeida.
"O convênio dará prosseguimento ao trabalho de capacitação e de acesso a mercados, realizados por meio do consórcio, visando o desenvolvimento sustentável dos municípios abrangidos", explica a consultora do Sebrae/RS, Roséli Nascimento. A Rota é composta pelos municípios de Bom Jesus, Cambará do Sul, Esmeralda, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes e Vacaria. De acordo com a assessoria de imprensa da Rota, a região foi selecionada pela revista Exame como um dos cinco pólos emergentes do turismo no País.
A parceria contempla as modalidades de turismo rural, cultural, de aventura e de eventos, envolvendo agências de turismo, hotéis, agroindústrias e estabelecimentos voltados para a gastronomia, além de empreendedores de artesanato e profissionais de arquitetura. As iniciativas de capacitação estimuladas pelo Sebrae/RS envolvem cursos, palestras e consultorias nas áreas de design, formatação de trilhas, hotelaria, alimentação e arquitetura. As prefeituras de Bom Jesus, Jaquirana, Esmeralda, São José dos Ausentes e Vacaria confirmaram a participação no convênio para que as empresas locais recebam consultorias em grupo.
A secretária de Turismo de Bom Jesus, Christiane Rodrigues, prevê um aumento no número de profissionais atendidos pelas ações de capacitação. "O consultor é um agenciador entre os setores público e privado. A atuação desses especialistas em turismo, eminentemente técnica, é de grande importância para os gestores públicos, cuja atuação é política", afirma Christiane sobre a atuação dos consultores do Sebrae/RS. Ela salienta que as consultorias têm contribuído, por exemplo, para o desenvolvimento de novas alternativas de destinos na região. Hoje, a localidade de Cambará do Sul, com os cânions Itaimbezinho (no Parque Nacional de Aparados da Serra) e Fortaleza (no Parque Nacional da Serra Geral), reúne as principais atrações dos Campos de Cima da Serra. Destaques de outras localidades, no entanto, também têm conquistado a preferência dos visitantes.
Christiane cita o exemplo do próprio município de Bom Jesus, localidade que é conhecida por sua ligação com os tropeiros - condutores de animais e de cargas do Rio Grande do Sul para outros estados. Foi no distrito de Casa Branca, às margens do Rio Pelotas, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que a Coroa Portuguesa instalou, em 1772, o Registro de Santa Vitória - também chamado Passo da Guarda -, que foi o primeiro posto de coleta de tributos do Estado. Um projeto de arqueologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufgrs) resgata atualmente os resquícios das operações do posto. Aventureiros de diversos estados reconstituem com freqüência a jornada enfrentada pelos tropeiros em uma das áreas mais frias do País.
Fonte: ASN/RS.
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Bom Jesus - RS - Receita Federal apreende cigarros
Publicado em
05/11/2004
às
11:00
Em Bom Jesus, houve a apreensão de 158.000 maços de cigarros em um ônibus. Segundo a Receita, a mercadoria abasteceria o comércio informal. Foi apreendido também um veículo usado como "batedor" e dois outros que transportavam mercadorias irregulares.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SRF.
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