Esmeralda - RS - Hidroelétrica gera emprego e desenvolvimento
Publicado em
08/07/2005
às
16:00
Inauguração da primeira unidade da usina hidrelétrica, que será a terceira maior do Rio Grande do Sul, está prevista para outubro de 2005
A usina hidrelétrica Barra Grande recebeu licença de operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com isso, teve início o enchimento do reservatório da usina, construída no rio Pelotas, entre os municípios de Esmeralda, no Rio Grande do Sul, e Anita Garibaldi, em Santa Catarina. Após o enchimento, segundo a empresa CPFL Energia, ainda serão efetuados testes de comissionamento nos equipamentos. A inauguração da primeira unidade de Barra Grande está prevista para outubro deste ano. As outras duas devem entrar em operação em janeiro e abril de 2006.
Conforme o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, o investimento total realizado no empreendimento é de US$ 509 milhões. A capacidade instalada da usina é de 690 Megawatts (MW), dividida em três unidades, com energia assegurada de 380 MW médios. "Barra Grande, que será a terceira maior usina do Estado, gerou quase 3 mil empregos durante a construção da obra e mais 60 vagas permanentes na operação da usina", diz Andres. A usina será interligada ao sistema por duas linhas de transmissão de 230 kV, circuito simples, a serem conectadas na subestação Campos Novos, da Eletrosul, distante a aproximadamente 35 km da usina.
Andres lembra que Barra Grande é hoje a maior usina hidrelétrica em construção no Brasil. Sua barragem terá 180 metros de altura. O lago que será formado na área, de 93 quilômetros quadrados, vai inundar áreas de Mata Atlântica nos municípios de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, Capão Alto e Lages, em Santa Catarina, e Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul.
Para compensar os danos ambientais, entre várias medidas, será doada ao governo federal uma reserva de 5,7 mil hectares de araucárias nativas na região de fronteira entre os dois estados. Os custos com a compra da área que será transformada em reserva ambiental e sua manutenção ficarão a cargo das empresas Alcoa, Votorantim, Camargo Corrêa, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Departamento Metropolitano de Eletricidade (DME) e da Companhia Paranaense de Força e Luz (CPFL), acionistas da usina. O acordo foi realizado no final do ano passado, no âmbito do Comitê de Gestão Integrada de Empreendimentos de Geração do Setor Elétrico, que reúne os Ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente.