Rolante (RS) - Ministério do Trabalho flagra trabalho infantil
Publicado em
13/09/2015
às
15:00
Na
operação, realizada com apoio da Polícia Federal, foram localizados
adolescentes manipulando substâncias tóxicas e operando máquinas
Auditores
Fiscais de Trabalho (AFTs) localizaram oito adolescentes, com idades entre 13 e
15 anos, sujeitos às piores formas de trabalho, em indústria calçadista do
interior do município de Rolante, no Rio Grande do Sul, a 120 quilômetros da
capital Porto Alegre. Durante a operação, realizada em conjunto com agentes da
Polícia Federal, os auditores constataram que, entre as vítimas, quatro
adolescentes realizavam atividades perigosas, com manipulação de substâncias
tóxicas, sem qualquer proteção.
Um
deles, inclusive, efetuava a operação de máquinas em condições insalubres
altamente nocivas à saúde. Capazes de oferecer riscos à integridade física, o
trabalho nas condições encontradas neste caso, pode ser enquadrado, segundo a
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre as piores formas
de trabalho infantil, definidas em decreto de 2008, que regulamentou a
Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No
local, também foram flagrados vários trabalhadores sem registro em Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), o que não é permitido por Lei.
Durante
a ação de fiscalização, os auditores procederam com o afastamento dos
adolescentes do trabalho e notificaram a empresa, que presta serviços como
terceirizada, na cadeia do setor calçadista do estado.
De
acordo com o coordenador de fiscalização de trabalho infantil, da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/RS), Roberto Padilha
Guimarães, até o momento já foram constatadas pelo menos quatro situações
irregulares, que deverão acarretar multa estimada em R$ 20 mil para a empresa,
que terá de efetuar, nos próximos dias, o pagamento da indenização aos
trabalhadores. Roberto Guimarães destacou que os adolescentes com 14 anos
completos, serão encaminhados pela fiscalização para a Rede de Proteção da
Criança e do Adolescente e para aprendizagem profissional.
Fonte Assessoria de
Imprensa/MTE