Decreto que
exclui obrigatoriedade de 25% de áreas construídas para veículos foi assinado
pelo prefeito
O prefeito
Nelson Marchezan Júnior assinou, nesta sexta-feira, 1º/11/2019, o decreto que
retira a obrigatoriedade do número mínimo de vagas de estacionamento para novos
empreendimentos. O objetivo é inverter a lógica atual, que dedica 25% de áreas
construídas ao estacionamento de veículos.
A
determinação vai melhorar a mobilidade urbana, o aproveitamento dos espaços e
incentivar a construção de empreendimentos em regiões mais centrais, a redução
de custo dos imóveis e o uso de transporte coletivo e meios sustentáveis de
locomoção, como bicicleta, caminhadas, patinetes etc. "Esta é uma etapa importante
de priorização das pessoas em vez dos veículos. As fachadas ativas trazem mais
segurança e convívio social", defende o prefeito.
Residenciais
em terrenos com frente igual ou superior a 12 metros, postos de combustíveis,
hotéis, apart-hotéis ou motéis, clubes, cemitérios, parques, circos, igrejas e
templos, escolas de 3º grau e cursos e estabelecimentos de entretenimento
noturno não precisam mais ter número mínimo de vagas de estacionamento. Centros
comerciais ou shopping centers, supermercados, hospitais, pronto socorros,
auditórios, cinemas, teatros, centros de eventos, estádios e ginásios de
esportes poderão oferecer vagas de acordo com o objetivo do empreendedor.
Estabelecimentos comerciais, indústrias, pavilhões, depósitos, galerias
comerciais, feiras, exposições, escolas de 1º e 2º graus, de ensino técnico e
profissionalizante, creches, pré-escola e maternais devem prever áreas de carga
e descarga, embarque ou desembarque.
"A
partir de agora, cada empreendedor vai fazer sua opção de construir o número de
vagas que julgar apropriado", como explica o secretário municipal do Meio
Ambiente e da Sustentabilidade, Germano Bremm. "Este é um novo olhar para
a cidade. As novas gerações já não priorizam o transporte individual, e não faz
sentido a legislação não se atualizar. A tendência global é agir para reduzir a
emissão de gases do efeito estufa, e esta iniciativa também vai ao encontro desta
diretriz."
Um estudo apresentado pela coordenadora de políticas de sustentabilidade da
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, Rovana Reale
Bortolini, mostra que em empreendimentos Minha Casa Minha Vida, por exemplo,
nos horários onde há maior ocupação apenas 30% das vagas totais são utilizadas.
Os números mostram também que 95% da população está a menos de 500 metros de
uma parada de ônibus. "Esta solução, aliada a outras, como o projeto Ruas
Completas, que prioriza o convívio social na rua João Alfredo, no bairro Cidade
Baixa, ou as faixas exclusivas do transporte coletivo na cidade, demonstra um
avanço que vai melhorar a cidade", frisa o vereador Mauro Pinheiro.
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
(RS)
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